quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Atlético-PR vacila, Vasco reage, empata, mas não alcança a liderança

Furacão faz 2 a 0, mas cede o empate no segundo tempo e ainda pena no Z-4. Time carioca encosta no líder Corinthians, mas tem menos vitórias

Por Rafael Cavalieri Curitiba
Não foi o resultado que o torcedor vascaíno sonhava e muito menos o que o atleticano desejava, mas os 2 a 2, nesta quinta-feira, na Arena da Baixada, acabou refletindo o que foi a partida e sendo melhor para o time carioca. O Furacão abriu 2 a 0 no primeiro tempo, poderia respirar melhor no Brasileirão, mesmo permancendo no Z-4, mas recuou muito no segundo tempo e deu espaços para o Vasco reagir e empatar. Paulo Baier e Guerrón marcaram para a equipe da casa, e Elton, que entrou na etapa final, fez os dois do time do Rio de Janeiro.
O resultado pôs o time cruz-maltino encostado no líder Corinthians, com 51 pontos, mas com uma vitória a menos (15 a 14). O Atlético-PR foi a 28 e permaneceu em 18º lugar, agora dois pontos atrás do Atlético-MG, o 17º, e três do Cruzeiro, que está fora da zona da degola, na 16ª colocação. O próximo jogo do Atlético-PR será contra o Botafogo, domingo, no Engenhão. Já o Vasco receberá no mesmo dia o Atlético-MG, em São Januário, pela 30ª rodada.
O Vasco entrou em campo com uma mudança tática que surpreendeu muita gente: Felipe de volta ao lugar onde começou, a lateral esquerda. De início, ficou a impressão que a estratégia poderia dar certo. No primeiro lance de ataque do Furacão, um corte preciso. Em seguida, quando o Vasco avançou, foi dele o cruzamento para Alecsandro desviar de cabeça e assustar. Os cariocas ainda passaram a impressão de que iriam retomar o futebol que os levou à liderança.
A marcação estava na saída de bola. Tanto é que Eder Luis carimbou o travessão após corte errado da zaga do Furacão, que só havia assustado em cobrança de falta venenosa de Paulo Baier. No entanto, a maré começou a mudar. Experiente, o técnico Antônio Lopes percebeu que os 33 anos de Felipe poderiam pesar e passou a explorar a velocidade da dupla Wagner Diniz e Guerrón da direita de seu ataque. Foi dos pés do lateral que saiu o cruzamento, na frente do camisa 6 vascaíno, para Paulo Baier, livre de marcação, abrir o placar.
Menos de dez minutos depois, mais um lance pela direita. Novamente Wagner Diniz dominou e, com espaço, cruzou perfeitamente na cabeça de Guerrón. Fagner marcou o equatoriano de longe e nada pôde fazer para impedir o Atlético-PR de ampliar.
Os dois gols abalaram demais a confiança do Vasco, que não mostrava poder de reação. E o adversário se aproveitou para explorar os contra-ataques com jogadas rápidas para ameaçar o adversário. Ciente de que o Atlético-PR continuaria a explorar a direita, Felipe evitou passar do meio-campo, e o time carioca perdeu sua qualidade no passe e passou a insistir pelo meio.
Atlético-PR recua, Vasco passa a dominar e empata
O técnico Cristóvão Borges mandou o Vasco de volta para a etapa final com duas alterações: Elton no lugar de Alecsandro, e Allan, no de Romulo. No Furacão, Lopes não viu necessidade de troca. E pouca coisa mudou no início, com o Atlético-PR explorando bem a fragilidade defensiva do Vasco, com Guerrón deitando e rolando por ambos os lados do campo. E Wagner Diniz continuou tendo espaços pela direita. Tanto que deixou Morro García à vontade para fazer o terceiro, mas a bola foi chutada para fora pelo atacante uruguaio, na pequena área.
Apesar de defensivamente permanecer o mesmo, no ataque o Vasco foi melhorando a sua produção, aproveitando-se do recuo adversário. E acertou nova bola na trave, desta vez com Elton. Aos 16, o atacante mais perigoso do Furacão, Guerrón, saiu para a entrada de Adaílton. O Vasco passou a dominar o meio do campo e a pressionar em busca do gol, que acabou vindo pouco tempo depois, com Elton completando cruzamento da direita, após falha da zaga do Atlético-PR.
A equipe carioca mandava em campo e quase chegou ao empate, numa bola mal recuada para Renan Rocha, que por muito pouco Elton não alcançou. Apesar de jogar em casa, o Furacão parecia assustado e pouco ameaçava o adversário. Lopes fez mais duas mudanças para tentar recolocar sua equipe nos eixos pouco antes dos 30 minutos: Jenison substituiu Morro García, e Cleber Santana entrou no lugar de Marcinho.
No entanto, o Vasco continuou apertando: Eder Luis perdeu ótima chance, e pouco depois Renan Rocha fez boa defesa após cobrança de falta de Fagner da esquerda. Mas aos 36 não teve jeito: Elton fez o segundo e pôs justiça no placar pelo que a equipe carioca produzia e a paranaense deixou de produzir.
O empate despertou o adormecido Furacão para a sua dura realidade, mas Rafael Santos perdeu uma chance incrível na pequena área, deixando o torcedor rubro-negro com o grito de gol entalado na garganta. A partir daí, o jogo ficou equilibrado, com os dois times em busca do terceiro gol, o que deu à partida momentos de emoção e dramaticidade em seu final. Mas os 2 a 2 permaneceram no placar para decepção completa do torcedor atleticano, que vaiou seu time.

Em noite iluminada de Fred, Flu bate o Coritiba e volta a brigar pelo título

Atacante faz de bicicleta, perde pênalti, e depois volta a marcar outras duas vezes para assegurar os 3 a 1 do Tricolor. Time fica a quatro pontos do líder

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Fred chegou ao Rio, vindo do México, onde estava com a Seleção Brasileira, apenas na madrugada desta quinta-feira. Cerca de 17 horas depois, o atacante pisou o gramado do Engenhão para enfrentar o Coritiba, em jogo da 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. O possível cansaço pela longa viagem (26 horas) não se confirmou, e Fred foi o grande nome da vitória do Fluminense, que teve o placar de 3 a 1. Foram dele os três gols tricolores, o mais bonito o primeiro, em conclusão de bicicleta. A festa poderia ter sido maior e mas tranquila. Afinal, Fred desperdiçou um pênalti, sofrido por ele mesmo, quando o jogo ainda estava empatado. Marcos Aurélio marcou para o Coxa na partida.
Com o resultado, o Fluminense chegou aos 47 pontos e voltou à briga pelo título do Campeonato Brasileiro. O Tricolor, apesar de figurar na sexta posição, está apenas quatro pontos abaixo dos líderes Corinthians e Vasco. O Coxa, por sua vez, estacionou nos 40 pontos e aparece na décima posição da tabela de classificação.
No domingo, pela 30ª rodada, o Fluminense volta a campo em jogo contra o Palmeiras, no Canindé. No mesmo dia, o Coritiba recebe o Bahia, no Couto Pereira.
O jogo começou com o Coxa surpreendendo o Fluminense. Com a marcação adiantada e saindo rapidamente da defesa para o ataque, o Coritiba, atuando no 4-4-2, dominou os dez primeiros minutos. Rafinha e Marcos Aurélio tiraram o sono da defesa tricolor. Rafinha, por sinal, teve chance para abrir o placar, em chute da entrada da área, mas Cavalieri fez grande defesa.
De bicicleta, Fred faz o 200º gol da carreira
Aos poucos, o Fluminense cresceu na partida e equilibrou as ações. Sem ser brilhante, o Flu, que teve Deco titular ao lado de Diogo, Edinho e Marquinho no meio, ganhou volume de jogo e passou a pressionar. Ainda antes de abrir o placar, Fred já obrigara Vanderlei a fazer grande defesa em bela cabeçada. O melhor, entretanto, viria aos 24. Mariano levantou bola na área, Fred ajeitou no peito e mandou uma linda bicicleta, sem chances para Vanderlei. Um golaço, o 200º da carreira do atacante.
Fred gol Fluminense (Foto: Photocâmera)Fred corre para comemorar um dos três gols que fez pelo Fluminense (Foto: Photocâmera)
O gol fez o Coritiba se perder em campo nos minutos seguintes. O Flu passou a dominar as ações e por pouco não ampliou em bomba de Marquinho, que Vanderlei teve muita dificuldade para mandar a escanteio. Para piorar, o Coxa ainda perdeu Tcheco, machucado. O meia deu lugar a Everton Costa.
Momento de vilão
Na volta para o segundo tempo, o técnico Abel Braga investiu na criatividade ao sacar o volante Diogo para lançar na partida o meia Lanzini. O treinador precisou queimar uma segunda substituição, uma vez que o zagueiro Digão sentiu um problema na coxa direita e teve de dar lugar a Elivélton.
Animado, o Fluminense partiu para cima logo no início e teve grande chance para fazer o segundo gol logo aos 2 minutos. Fred foi puxado por Jonas na área e arbitragem marcou pênalti. O próprio Fred se encarregou da cobrança mas não foi feliz: Vanderlei caiu para o canto direito e fez a defesa.
diogo fluminense x coritiba (Foto: Dhavid Normando/Photocamera)O tricolor Diogo recebe combate durante a partida desta quinta (Foto: Dhavid Normando/Photocamera)
A oportunidade desperdiçada fez mal ao Fluminense e animou o Coxa. Na base da velocidade, o time paranaense voltou a incomodar a defesa tricolor, ao passo que o Flu abusou dos erros de passe. O time tricolor precisou de 20 minutos para voltar a se encontrar em campo e de fato voltar a oferecer algum perigo ao Coxa.
A redenção do artilheiro
Mesmo sem grande superioridade na partida, o Fluminense se valeu novamente da dupla Mariano-Fred para voltar a ficar em vantagem. Aos 27, o lateral recebeu lançamento na ponta direita e cruzou para o camisa 9, que dominou e bateu com raiva para fazer 2 a 1. Festa com direito a dancinha e "graxa" na chuteira de Mariano.
O gol balançou o Coxa, que implodiu de vez três minutos depois. Em nova jogada pela direita, desta vez Sobis cruzou na medida para Fred estufar a rede de cabeça. Foi a senha para a festa tricolor no Engenhão.

Réver faz investimento valer a pena, e Atlético-MG vence o Santos em casa

Zagueiro foi peça fundamental na vitória que renova o ânimo do Galo na luta para deixar o Z-4. Peixe segue em posição intermediária na tabela

Por Marco Antônio Astoni Sete Lagoas, MG
O investimento de R$ 26 mil feito pelo Atlético-MG para ter Réver no jogo desta quinta-feira, contra o Santos, valeu cada centavo. Galo, Peixe e outros quatro clubes pagaram o valor para ter os atletas que defenderam a Seleção Brasileira, no México, na rodada do meio desta semana. O zagueiro atleticano, além de ter tido atuação quase perfeita, fez o primeiro gol da vitória atleticana por 2 a 1 em cima do Santos, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
Neymar também jogou, na mesma situação de Réver. O ídolo santista teve boa atuação, mas o cansaço da longa viagem e o fato de disputar sua 59ª partida este ano fizeram com que o garoto cansasse cedo. Muito nervoso, Neymar acabou sendo expulso no segundo tempo por reclamação com árbitro.
O Atlético-MG chega aos 30 pontos na tabela, no 17º lugar e ainda na zona de rebaixamento, mas apenas a um do 16º colocado, o Cruzeiro. O Santos segue estagnado no meio tabela. Tem 38 pontos e ocupa a 13ª posição.
Os times voltam a campo domingo. O Santos recebe o Grêmio, às 16h (de Brasília), na Vila Belmiro, em Santos. Um pouco mais tarde, o Atlético-MG joga com o Vasco, às 18h, no Estádio São Januário, no Rio de Janeiro.

Jogo quente na Arena
Atlético-MG e Santos fizeram um belo jogo na Arena do Jacaré, em alta velocidade e repleto de alternativas. A desesperadora situação do Galo na tabela exigia que o time tomasse a iniciativa da partida. E foi o que a equipe fez, buscando o ataque em sucessivas oportunidades, ora com Bernard, ora com André. A insistência atleticana foi premiada logo aos seis minutos, quando o zagueiro da Seleção Réver pôs a bola no fundo das redes de Rafael, após jogada de Fillipe Soutto e Magno Alves.
O Santos não se fez de rogado após o gol do Galo e partiu pra cima, buscando o empate, sempre em jogadas puxadas por Neymar. O garoto levava a defesa atleticana à loucura. Só era parado com faltas. A preocupação com o atacante santista era tanta, que Cuca mudou seu esquema tático para marcá-lo, ao tirar o meia Renan Oliveira e colocar o volante Serginho.
De forma inteligente, o Galo não se fechou no campo de defesa, mesmo em vantagem no placar. O time mineiro seguia levando perigo à defesa do Santos, aproveitando os espaços que tinha para pensar e armar as jogadas.
Com isso, o jogo permaneceu muito agradável de ver durante os primeiros 45 minutos. A entrada de Serginho fez com que o Galo ganhasse o meio-campo, anulasse Neymar e saísse para o intervalo com uma justa vitória parcial.
Pênaltis decisivos
O segundo tempo começou como foi o primeiro, alucinante. O Santos chegou ao empate, logo no primeiro ataque que deu. O árbitro Wilton Pereira Sampaio marcou pênalti de Leonardo Silva sobre Borges, após disputa de bola na área, num lance duvidoso. O artilheiro do Brasileirão bateu para fazer seu 21º gol na competição.
O empate santista, porém, não abalou o Atlético-MG, que continuou vivo na partida, empurrado pela torcida. Cuca mandou Neto Berola para o campo e o baiano incendiou o jogo. O Galo fez o segundo gol logo depois. Berola cruzou na área e o árbitro marcou outro pênalti duvidoso, desta vez de Crystian sobre Réver, o grande destaque do jogo. O defensor santista recebeu o segundo cartão amarelo no lance e foi expulso. Magno Alves, desta vez, não vacilou. Cobrou com categoria e deixou o time mineiro novamente na frente do placar.
O Santos seguiu valente na partida, mesmo com um jogador a menos em campo. Mas a boa atuação do sistema defensivo do Atlético-MG impediu que o time praiano conseguisse o empate. O Galo, assim como havia feito no primeiro tempo, manteve a postura de não abdicar do ataque. Bernard e Neto Berola, abertos nas extremidades do ataque, correram muito até o fim do jogo.
A torcida do Galo comemorou aliviada a vitória, que o deixa com esperanças de deixar o Z4 na próxima rodada. A cabeça do Peixe e de sua torcida parece já estar focada no Mundial de Clube do Japão. É bom o Santos abrir o olho porque ainda restam nove rodadas no Campeonato Brasileiro.

Gramado da Arena da Baixada ganha retoques por causa das fortes chuvas

Linhas de marcação do campo ganharam uma nova mão de tinta. Prass e Alessandro conferem de perto o gramado, que aparentemente resistiu bem

Por Rafael Cavalieri Curitiba
Funcionário retoca gramado da Arena da Baixada (Foto: Rafael Cavalieri/Globoesporte.com)Funcionário retoca gramado da Arena da Baixada
(Foto: Rafael Cavalieri/Globoesporte.com)
Durante toda a tarde desta quinta-feira, Curitiba foi castigada por fortes pancadas de chuva. O grande volume de água obrigou os funcionários da Arena da Baixada a fazer alguns retoques de última hora no gramado. A marcação das laterais, do círculo central do meio-campo e da área ganharam uma nova mão de tinta. No geral, o gramado está em boas condições e suportou bem a forte chuva.
Os goleiros do Vasco Fernando Prass e Alessandro foram conferir o estado do campo logo que chegaram. Apenas na grande área que fica à esquerda das cabines de transmissão, ficou um pouco de água acumulada. Vasco e Atlético-PR se enfrentam às 20h30m (de Brasília).

Algoz do Inter no Mundial, Kidiaba
se machuca e para por três meses

Goleiro de 35 anos deslocou o ombro em jogo do campeonato local

Por GLOBOESPORTE.COM Lubumbashi, República Democrática do Congo
Não se sabe se foi praga do torcedor do Internacional, mas o goleiro Robert Kidiaba, marcado por sua comemoração inusitada durante o último Mundial de Clubes, estará fora dos gramados pelos próximos três meses. Aos 35 anos, o arqueiro do TP Mazembe, que eliminou o Colorado na ocasião, deslocou o ombro em jogo do campeonato local no último fim de semana e teve o prazo de ausência confirmado após exames divulgados nesta quinta.
– Eu sei que é um duro golpe para minha carreira, mas não estou frustrado. Vou esperar me recuperar completamente para voltar. Quero agradecer a todos os meus fãs ao redor do mundo pelas mensagens confortantes e prometo que estarei nos campos em breve – disse.
No Mazembe desde 2001, Kidiaba é um dos maiores ídolos do clube, que se classificou ao Mundial como campeão da Liga dos Campeões da CAF e chegou à decisão contra o Internazionale de Milão, em dezembro de 2010.
Muteba Kidiaba comemora vitória do Mazembe sobre o Internacional (Foto: Ag. Estado)Kidiaba comemora vitória do Mazembe sobre o Internacional: dança ficou marcada (Foto: Ag. Estado)

Adriano dá susto em treinamento após dividida, mas não preocupa

Comissão técnica pode deixar Imperador fora da relação do jogo com o Cruzeiro para que sua preparação seja intensificada

Por Carlos A. Ferrari e Wagner Eufrosino São Paulo
Na reapresentação dos jogadores após a derrota para o Botafogo, Adriano veio a campo e participou do trabalho com os reservas. Quase no final do treino, o Imperador dividiu uma bola com o volante Bruno Octávio, caiu no campo, gritou de dor e já colocou a mão no tornozelo esquerdo, deixando todos apreensivos.
Após alguns minutos no gramado, o jogador se levantou e saiu de campo caminhando ao lado do fisioterapeuta Bruno Mazziotti.
- Ele se ressentiu no tornozelo, não tem nada a ver com o tendão que foi operado, mas foi uma situação normal de jogo-treino. O atleta sempre tem essa desconfiança. É mais em função da instabilidade que ele apresenta. Isso pode acontecer em situação de jogo ou de treino. Por isso, temos de fazer um trabalho à parte para que ele fique 100% - tranqüilizou Mazzzi.
Adriano com a mão no tornozelo (Foto: Wagner Eufrosino/Globoesporte.com)Adriano deu susto em treinamento do Corinthians nesta quinta (Foto: Wagner Eufrosino/Globoesporte.com)
Adriano foi atingido justamente no tornozelo, onde o jogador sente dores crônicas em razão de lesões sofridas no passado. Por isso o choque durante o treino causou uma apreensão entre todos. Mas o fisioterapeuta do Timão trouxe tranquilidade em relação a situação do atacante.
- Não preocupa a comissão porque sabemos que isso poderia acontecer. Todos os riscos com o Adriano são calculados – afirmou Bruno Mazziotti.
Depois de ficar nove meses se recuperando de uma cirurgia no tendão do pé esquerdo, Adriano voltou aos gramados e jogou 12 minutos contra o Atlético-GO. Nesta quarta-feira, o atacante teve sua segunda oportunidade de entrar em campo e atuou por 30 minutos. Porém sua presença entre os relacionados para o jogo contra o Cruzeiro neste domingo só será definido um dia antes.
- Estamos esperando até sábado para definir muito em função dos resultados da semana. Se dentro da programação imaginarmos que é melhor ficar e fazer um trabalho à parte, vamos fazer. O intuito é preparar o Adriano para encerrar bem o ano. Só sábado vamos saber. Ficando, ele trabalha mais que os outros. Não adianta ele entrar ficar em campo 30 minutos e não sentir que ajudou – comentou Mazziotti.

R10 segue para Fortaleza, e Veloso garante: 'Iniciativa do voo foi válida'

Após chegar de madrugada, astro só almoça por volta das 16h30m. Depois, vai com o restante do grupo do Flamengo rumo a Fortaleza

Por Cahê Mota e Janir Júnior Rio de Janeiro
Depois do empate em 1 a 1 com o Palmeiras na noite de quarta-feira, os jogadores do Flamengo se reapresentaram na tarde desta quinta no hotel em que o grupo costuma se concentrar na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Quem não jogou a última rodada fez um treino na praia. Os demais fizeram uma atividade regenerativa no hotel. Depois de desembarcar por volta das 3h da madrugada, em voo fretado que atrasou 11 horas, Ronaldinho não participou da atividade. Segundo o diretor-executivo Luiz Augusto Veloso, o camisa 10 ficou descansando em um dos quartos do hotel. Por volta das 16h30m, o capitão desceu até o lobby e entrou no restaurante do hotel para almoçar. Alguns jogadores já estavam dentro do ônibus que levará a delegação para o embarque rumo a Fortaleza. Ronaldinho subiu no ônibus às 17h10m.
Ronaldinho no desembarque do Flamengo (Foto: Cahê Mota/Globoesporte.com)Ronaldinho se encaminha para ônibus que leva o Fla ao aeroporto (Foto: Cahê Mota/Globoesporte.com)
Na avaliação de Veloso, valeu a pena o clube ter investido cerca de R$ 26 mil na viagem do jogador em avião especial depois de participar da vitória da Seleção Brasileira por 2 a 1 sobre o México.
- Valeu pela mobilização dos clubes. Ele não chegou a tempo de enfrentar o Palmeiras, mas ganhou tempo de recuperação. Está no hotel descansando e irá viajar com o grupo para Fortaleza. Achei que a iniciativa foi válida - disse Veloso.
Mais cedo, o preparador-físico Antônio Mello afirmou que a comissão técnica não contava com Ronaldinho no jogo da última quarta.
- Sabíamos a hora que ele ia chegar. Sabíamos que ele não ia jogar. Apenas deixamos no ar para provocar dúvida no Palmeiras. Deixar em aberto foi para confundir. Quem está acostumado a viajar, sabe. Vindo em avião pequeno, tem que fazer escala, parar em uma cidade brasileira para fazer fiscalização na alfândega, essas coisas. Vindo do México, isso não dá menos de 13h. Nós sabíamos disso tudo, não tínhamos era que divulgar – afirmou Mello, em entrevista à Rádio Brasil.
Alex Silva celebrou o retorno de Ronaldinho ao time rubro-negro, que joga neste sábado contra o Ceará, no Presidente Vargas, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Segundo o zagueiro, a experiência do capitão fez falta no tropeço diante do Palmeiras, quarta-feira, no Engenhão.
- A experiência ajuda. Contra o São Paulo, ele provou isso. Depois do segundo gol, foi quem mais segurou a bola para gastar o tempo. Contra o Palmeiras, ele podia arrumar o time, não deixar recuar tanto. Sem contar que prende sempre dois marcadores. Ele é 50% da nossa equipe - disse o zagueiro.

Massa se emociona ao saber de homenagem de Eric Clapton em show

Piloto da Ferrari é amigo do cantor, que já o presenteou com uma guitarra

Por GLOBOESPORTE.COM Yeongam, Coreia do Sul
Na Coreia do Sul para o GP Yeongam, Felipe Massa ficou emocionado ao saber que foi homenageado pelo cantor Eric Clapton nesta quarta-feira. Em show realizado no Estádio do Morumbi, em São Paulo, o artista dedicou o espetáculo, que durou quase duas horas e teve cerca de 45 mil espectadores, ao piloto brasileiro.
- Fiquei superemocionado quando soube. Além de ser um irmão e um fenômeno, é o número 1 da guitarra e da música internacional – disse Massa.
O brasileiro conheceu Eric Clapton nos boxes da Ferrari. Fã da escuderia italiana, o astro inglês visita os bastidores da equipe sempre que pode e ficou amigo de Felipe. Há pouco mais de um ano, presenteou o paulista com uma guitarra, que hoje faz parte da decoração da sala do apartamento em São Paulo.
Eric Clapton é considerado um dos maiores guitarristas do mundo.  A veneração ao músico em Londres é tão grande que muros da cidade, nos anos 60, foram pichados com a frase "Clapton is God" (Clapton é Deus, na tradução do inglês). As composições do britânico são carregadas de solos do instrumento e foram, durante anos, consideradas inovadoras pela crítica musical.
Eric Clapton Show no Morumbi (Foto: Eduardo Nicolau/Agência Estado)Eric Clapton em show no Morumbi: homenagem a Felipe Massa (Foto: Eduardo Nicolau/Agência Estado)
F-1 também era paixão de ex-Beatle
O gosto pelas guitarras e pela Fórmula 1 também era comum a George Harrison, falecido em 2001. Primeiro Beatle a vir ao Brasil, o inglês viajou a São Paulo em 1979 para assistir ao GP de Interlagos. Amigo de Emerson Fitipaldi, se hospedou na casa que o bicampeão da categoria tinha na praia do Guarujá, no litoral paulista.
George, que colecionava itens das equipes de Fórmula 1 na infância e juventude, aproveitou a fama para ficar amigo de pilotos e conhecer os bastidores do esporte. Em 1977, acompanhando o campeão mundial de motociclismo Barry Sheene, teve a chance de dar algumas voltas em um Mercedes no circuito de Brand Hatch, na cidade de Kent, na Inglaterra.
 

Presente no polêmico jogo da Série D, Finazzi comemora decisão do STJD

Atacante, atualmente no Bragantino, atuou pela Anapolina na partida contra o Tocantinópolis e diz: 'Foi uma sacanagem o que eles fizeram'

Por Daniel Mundim Goiânia
Atacante Finazzi durante a partida contra o Tocantinópolis (Foto: Mantovani Fernandes/O Popular)Finazzi durante o jogo contra o Tocantinópolis
(Foto: Mantovani Fernandes/O Popular)
A novela envolvendo a partida entre Anapolina x Tocantinópolis pela fase final da primeira fase da Série D parece estar próxima do fim. Nesta quarta-feira o Pleno do STJD decidiu manter a remarcação do jogo, que já havia sido decidida em primeira instância, mas anulada após recurso da equipe tocantinense. Presente no polêmico jogo do dia 19 de setembro, o veterano atacante Finazzi, ex-Corinthians, comemorou a decisão.
- Foi uma verdadeira sacanagem o que eles (Tocantinópolis) fizeram. Essas coisas existem, a gente sabe, mas a gente lamenta. A gente treina duro pra conquistar os objetivos, e eles foram pro jogo claramente pra segurar o resultado. Desde o início do jogo eles levaram a bola lá pro canto do campo, não queriam jogar. Já tinha visto algo parecido, mas nunca tinha participado. Foi uma coisa estranha, eu tenho quase certeza que o jogo ficou mais parado do que com bola rolando – lembrou Finazzi.
O atacante não poderá ajudar a equipe goiana. Após disputar a primeira fase da Série D pela equipe goiana, o jogador acertou com o Bragantino para até o final da Série B. Segundo ele, a incerteza em relação ao futuro da Anapolina na quarta divisão o incentivou a se transferir para o time de Bragança Paulista, apoiado pelo próprio presidente da equipe de Anápolis. Entretanto, o time goiano já manifestou o interesse para contar com Finazzi para o Estadual no ano que vem.
- Fiquei na Anapolina até o primeiro julgamento, que anulou a partida, mas recebi a ligação do Bragantino. Conversei com o Leandrinho (presidente da Anapolina), ele me falou que era difícil garantir alguma coisa, a gente ainda não sabia se ia ter o jogo ou não, então poderia ficar dois meses desempregado. No último dia de inscrições eu fui para o Bragantino. Mas acompanhei tudo, sigo na torcida, espero que a Anapolina consiga subir. Desde o início a nossa meta sempre foi subir. Nas últimas rodadas da primeira fase fomos atrás das três vitórias que precisávamos pra nos classificar e aí aconteceu tudo isso – relatou o jogador.
Presidente mantém otimismo
A Anapolina não parou de treinar durante todo o período que envolveu o imbróglio acerca da partida. Mesmo com a incerteza sobre a realização do novo jogo, os jogadores continuaram em atividade, inclusive com disputas de amistosos. A confiança ficou ainda maior após a decisão desta quarta-feira. De acordo com o presidente do clube, Leandro Ribeiro, a Xata goiana está preparada para fazer o obter o resultado que precisa, com vitória por quatro gols de diferença.
- Satisfeito, agora vamos esperar a equipe do Tocantinópolis. Eles devem ir pro jogo, não vão querer sofrer uma dura punição novamente. Sempre acreditamos em uma decisão favorável a nós, por isso continuamos treinando sem parar, tínhamos certeza que o jogo ia ser remarcado. Vencemos uma luta, agora vamos vencer a guerra. Já provamos uma vez que temos condições de nos classificarmos, e vamos mostrar outra vez – declarou.
O novo jogo entre Anapolina e Tocantinópolis deve acontecer na próxima quarta-feira, no estádio Jonas Duarte, em Anápolis. A CBF, assim que for notificada sobre o caso, divulgará a nova data. Caso o time goiano vença por quatro ou mais gols de diferença, o Itumbiara será eliminado, e a Anapolina encara o Villa Nova-MG pelas oitavas-de-final da Série D. O GLOBOESPORTE.COM tentou entrar em contato com o vice-presidente do Tocantinópolis, Salim Rodrigues Milhomem, mas ele não atendeu às ligações.
Entenda o caso
Na rodada decisiva da primeira fase da Série D, Itumbiara e Anapolina disputavam vaga à próxima etapa enfrentando, respectivamente, o Tupi-MG e o Tocantinópolis-TO. Com a derrota do Itumbiara por 1 a 0 para os mineiros, a Anapolina precisava de quatro gols de diferença para se classificar. Com o placar favorável em 4 a 1, o time goiano necessitava de mais um tento para passar à próxima fase, mas viu o adversário ficar sem o número mínimo de jogadores permitido (atletas da equipe visitante caíram no gramado e foram retirados posteriormente) a partida ser encerrada antes do término do tempo normal.

Novas imagens registram confusão envolvendo João Vitor e torcedores

Não é possível ter certeza de como a briga começa, mas vídeo mostra volante discutindo torcedor e depois sendo surpreendido por grupo maior

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
Novas imagens em vídeo da briga entre João Vitor e torcedores do Palmeiras foram divulgadas pelo You Tube nesta quinta-feira (confira ao lado). Na filmagem, feita por uma pessoa que passava diante da sede do clube, não é possível saber quem começou a confusão, pois o vídeo já se inicia com a briga. Nele, João Vitor e um amigo vão para cima de duas pessoas. Não é possível identificar qual delas é Wellington Oliveira Almeida, o torcedor que posteriormente prestou queixa contra o atleta alviverde. Durante a confusão, uma das pessoas, vestida com as cores do Palmeiras, chama outros torcedores que estavam do outro lado da rua. O grupo chega correndo e agride João e o amigo.
No Boletim de Ocorrência, João Vitor afirma que foi ofendido por Wellington e que, depois de ter o carro chutado pelo torcedor, os dois amigos que o acompanhavam desceram do veículo para protegê-lo. O jogador sustenta que foi Wellington quem o agrediu primeiro. Já o torcedor nega ter ofendido o volante. Disse que "apenas fez cobranças" e que então passou a ser agredido pelas pessoas que acompanhavam João Vitor. O torcedor acusado, sustenta que "do nada, apareceram alguns palmeirenses" e que "não viu" se João Vitor e seus amigos foram agredidos.
A confusão se deu na última terça-feira. Na ocasião, o volante passou por atendimento médico  e registrou Boletim de Ocorrência na 7ª DP da Lapa, Zona Oeste de São Paulo. O torcedor Wellington também prestou queixa. Por causa da confusão, a delegação do Palmeiras não viajou para o Rio de Janeiro naquele dia, e os jogadores não concentraram. Kleber ficou indignado com a situação vivida por João Vitor e cobrou mais medidas da diretoria, batendo de frente com Felipão. O técnico já declarou que não trabalha mais com o atacante, o que foi reforçado pela diretoria.
Após o empate por 1 a 1 com o Flamengo, no Engenhão, Felipão deu a entender que João Vitor poderia também ter culpa no episódio de violência. O jogador, em entrevista a Globo nesta qiunta, se defendeu das insinuações do treinador e cobrou mais apoio dos dirigentes.
joão vitor palmeiras agressão (Foto: Julyana Travaglia / Globoesporte.com)João Vitor mostra os ferimentos na boca (Foto: Julyana Travaglia / Globoesporte.com)

'Como Água' mostra Anderson Silva desgastado com exigências do UFC

Documentário, que retrata período de preparação para luta com Chael Sonnen, em agosto de 2010, é aplaudido na estreia em festival carioca

Por Adriano Albuquerque Rio de Janeiro
O documentário "Anderson Silva: Como Água" estreou nesta quarta-feira no Brasil, como parte do Festival do Rio de Cinema. O longa-metragem, que tem mais seis sessões no festival e lançamento nacional previsto para dezembro, retrata a rotina do atual campeão dos pesos-médios do UFC durante sua preparação para o épico combate com o desafeto Chael Sonnen, em 7 de agosto de 2010. A página do Combate conferiu o filme, de 74 minutos e classificação 14 anos, e assistiu a uma história comovente, sobre um homem dedicado, exigente e muito ligado à família, mas cada vez mais cansado com as demandas do mundo das lutas.
Diretor Pablo Croce, produtor Jared Freedman e Anderson Silva em estreia do documentário "Como Água" (Foto: Roberto Bonifácio/Festival do Rio)Anderson Silva (à direita) fala com o público na estreia de 'Como Água', ao lado do produtor Jared Freedman (centro) e do diretor Pablo Croce (à esquerda) (Foto: Roberto Bonifácio/Festival do Rio)
A sessão para cerca de 500 pessoas, a grande maioria convidados, começou com um pequeno discurso do próprio Anderson Silva, que disse esperar que seus compatriotas se identifiquem com uma história sobre "o espírito de não desistir nunca do brasileiro".
- Passa bastante a energia do brasileiro e muitas outras mensagens, como a de respeitar o mestre e as artes marciais. Estou muito feliz e realizado com este filme - disse Anderson ainda no tapete vermelho, acompanhado de toda sua família. Segundo ele, o que aparece na tela grande é o "Spider" em seu comportamento natural - Foi algo que aconteceu bem naturalmente, nem percebia que estavam filmando.
Segundo o diretor Pablo Croce, o título é inspirado numa citação famosa de Bruce Lee, ídolo máximo de Anderson, de que um artista marcial deve ser "como água" - sem forma, facilmente adaptável a qualquer ambiente. A frase, retirada de uma entrevista do falecido ator e lutador, é usada logo na primeira cena do filme, e é ligada ao estilo de luta do brasileiro, que domina diferentes artes marciais como muay thai, jiu-jítsu, capoeira e taekwondo.
- Anderson diz que o estado mental dele quando entra no ringue tem que ser "como água". Ele até brinca com isso no filme - contou Croce.
Para fãs que só passaram a seguir o MMA recentemente e para cinéfilos alheios ao esporte, "Como Água" é uma ótima apresentação ao mundo das lutas. O espectador pode acompanhar todo o processo de preparação de um lutador e o desgaste físico e emocional criado pelo campo de treinamento, além das demandas de promoção de cada evento. Durante o longa, o presidente do UFC, Dana White, ameaça cortar o campeão dos pesos-médios várias vezes, numa delas após uma participação lacônica numa teleconferência com a imprensa americana, em sequência que levou o público às gargalhadas.
Assista ao trailer de 'Anderson Silva: Como Água'

Parte deste desgaste é culpa da distância da família, causada pela mudança do seu campo de treinamentos para os EUA. Anderson é retratado como um homem bastante ligado à esposa e aos filhos, sempre mantendo contato via rádio. À medida que a luta se aproxima, ele se torna mais desgostoso e confessa estar "de saco cheio" da distância. Na véspera do combate, diz que o mais importante para ele não é manter o cinturão, mas retornar inteiro para a família. Por outro lado, desde o início o paulista diz não concordar com as críticas recebidas após o combate com Demian Maia, anterior ao contra Sonnen, em que foi evasivo por cinco rounds. "Eles querem que você vá para a briga, mas se você perder, eles te cortam", reclama.
- Ele é muito esforçado e trabalhou muito para chegar aqui. Agora, as pessoas vão poder ver isso, a loucura que é a rotina desses caras - afirmou o empresário Ed Soares antes da sessão. No tapete vermelho, o "manager" disse que acredita que Anderson Silva faça mais quatro lutas na carreira antes de se aposentar do MMA.
Anderson Silva em cena de "Como Água" (Foto: Divulgação)Anderson treina com boneco em cena de 'Como Água': brasileiro fica desgostoso com distância da família e é retratado como pai e marido preocupado, além de homem religioso (Foto: Divulgação)
Para os fãs mais antigos de Anderson Silva e do MMA, o filme traz poucas novidades. Para estes, o mais interessante é ver como o "Spider" é castigado nos treinos, como ele se comporta longe das câmeras de TV e como tudo o que aconteceu na luta com Sonnen fora antevisto pelo campeão e sua equipe. Fica claro o respeito que Anderson tem pelos seus treinadores e pela estratégia montada. Embora a famosa lesão na costela direita sofrida uma semana antes do combate não seja nem sequer citada, o incômodo sentido pelo brasileiro na região é nítido nos últimos treinos e no aquecimento para o confronto.
Usando quase predominantemente câmeras de mão para documentar todo o processo, Croce consegue passar a sensação de "mosca na parede acompanhando tudo" que desejava. Por outro lado, teve a sorte de contar com Chael Sonnen como um vilão perfeito para a história. As controversas entrevistas do americano são usadas por todo o filme como contraponto da trajetória vivida por Anderson. Ao final, a vitória do "Spider" sobre o falastrão no UFC 117 foi aplaudida pela plateia com entusiasmo.
- Parece que ele encontrou a vocação dele! - brincou Rodrigo Minotauro após a sessão.
Botafogo anula o Corinthians, vence e embola a disputa pela liderança
Em noite inspirada, Glorioso faz 2 a 0, no Pacaembu, e encosta novamente na briga pela taça. Timão pode perder topo para o Vasco nesta quinta
 
A CRÔNICA
por Carlos Augusto Ferrari e Diego Ribeiro
O Corinthians sonhou encerrar o feriado de 12 de outubro com quatro pontos de vantagem na primeira posição do Campeonato Brasileiro. Mas a quinta-feira será com sabor de ressaca graças a um Botafogo quase perfeito. Com uma atuação segura de um candidato ao título, o Glorioso venceu o Timão por 2 a 0, no Pacaembu, ganhou força na briga e aumentou a disputa pelo topo da classificação. Loco Abreu e Maicosuel marcaram ainda na etapa inicial.
Foi uma noite para Tite e seus jogadores esquecerem. Depois dos 3 a 0 sobre o Atlético-GO, no último domingo, o Corinthians voltou a ser instável, errou em demasia e perdeu grande chance de embalar definitivamente. Adriano entrou aos 18 minutos do segundo tempo para ser o "salvador", mas esteve longe de decidir. Sem ritmo e muito lento, o melhor que o Imperador conseguiu foi uma perigosa cabeçada para fora.

O Timão permanece com 51 pontos, mas pode perder nesta quinta-feira a liderança que roubou do Vasco no último final de semana. O clube de São Januário enfrenta o Atlético-PR, às 20h30m, na Arena da Baixada. Um empate mantém os paulistas na ponta. No domingo, enfrenta o Cruzeiro, às 16h, em Sete Lagoas-MG.
Já o Botafogo consegue reagir com uma grande exibição em um momento de decisão do torneio. A equipe volta a triunfar após três rodadas de jejum e atinge a marca dos 49 pontos, apenas dois abaixo do Corinthians. O clube tem ainda um jogo a menos para brigar pela liderança – contra o Santos, dia 19 de outubro, na Vila Belmiro. Neste domingo, pega o Atlético-PR, às 16h, no Engenhão.

Botafogo anula o Timão
A velocidade e a pressão que o Corinthians exerceu sobre o Dragão na rodada passada desapareceram diante do Botafogo. Caio Júnior travou o meio-campo paulista com a entrada de Felipe Menezes no lugar de Herrera. Abertos pelos lados, Maicosuel e Elkeson impediram as descidas dos laterais Alessandro e Fábio Santos e, de quebra, ainda aproveitaram os espaços dados por eles.
Os cariocas só não abriram o placar aos quatro minutos por um erro da arbitragem. Após cobrança de falta para a área, a defesa corintiana errou a linha de impedimento, e Elkeson recebeu em condição legal. Ele tocou para trás, Marcelo Mattos desviou para a rede, mas o lance já havia sido parado sob a alegação de impedimento. A superioridade do Botafogo foi confirmada aos 11. Elkeson tabelou com Felipe Menezes em contra-ataque pela direita e cruzou. A bola desviou em Moradei e sobrou para Loco Abreu tocar de cabeça na saída de Julio Cesar.
O Corinthians bem que tentou reagir, mas esteve longe de levar perigo. Bem marcados, Willian e Jorge Henrique pouco fizeram. O estilo mais cadenciado de jogo também fez Danilo e Alex sumirem diante do eficiente sistema adversário. Para complicar, Fábio Santos precisou ser substituído pelo improvisado Weldinho depois de se chocar com Fábio Ferreira e sentir dores no joelho esquerdo. O Timão perdeu uma de suas opções de saída para o ataque e passou a se enervar a cada tentativa fracassada.
Com o jogo controlado, o Botafogo foi fatal quando chegou ao ataque. Aos 31, Maicosuel recebeu de Felipe Menezes na entrada da área e bateu forte. A bola desviou em Moradei novamente e matou qualquer chance de defesa. O placar ainda mais desfavorável irritou a torcida e fez o Corinthians entrar em parafuso. Alex, em cobrança de falta que Renan defendeu bem, foi o máximo que a equipe conseguiu em 45 minutos.
Imperador entra, mas Botafogo resiste à pressão
Com Adriano tendo condição de atuar poucos minutos, Tite transformou Danilo em centroavante no segundo tempo, amparado pelo bom desempenho dele em jogadas aéreas contra o Vasco. Para segurar Maicosuel, o treinador inverteu os laterais Weldinho e Alessandro. O time ganhou empolgação no embalo da torcida, mas não contava com a parede do ex-corintiano Marcelo Mattos à frente de Renan. Em chutes de Paulinho e Leandro Castán, o volante fez cortes decisivos na pequena área para impedir o gol.
Mais recuado, o Botafogo permitiu que o Corinthians adiantasse toda sua equipe e sufocasse. A pressão aumentou depois que Cortês recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. No lance seguinte, Alex carimbou o travessão em cobrança de falta. Imediatamente, Tite sacou o volante Moradei para a entrada de Adriano, aos 18. Caio Júnior respondeu com o zagueiro Gustavo na vaga do meia Felipe Menezes para trancar ainda mais a defesa.
A presença do Imperador na área mudou a maneira do Corinthians jogar. O Timão esqueceu os passes rápidos e a movimentação para apostar tudo nas bolas cruzadas. Com o camisa 10 longe da condição ideal, os zagueiros Fábio Ferreira e Antônio Carlos e o goleiro Renan, que já realizavam uma grande partida, se consagraram com tantos cruzamentos para a área.
A partir dos 35 minutos, o Corinthians perdeu parte de seu fôlego e diminuiu a força ofensiva. Paulinho e Paulo André ainda tiveram boas chances paradas por belas defesas de Renan. Era o que faltava para acabar de vez a esperança da Fiel e dar ao Botafogo novamente o controle da partida e mais três preciosos pontos.