domingo, 11 de novembro de 2012

A euforia e o drama: Flu vence, é tetra e desespera o Palmeiras
Fred arrebenta, participa dos três gols e garante título ao Fluminense em vitória de 3 a 2 sobre o Palmeiras em Presidente Prudente
 
DESTAQUES DO JOGO
  • nome do jogo
    Fred
    Fred resolveu condensar em um jogo todo o ótimo campeonato que faz. Marcou dois gols e levou Maurício Ramos a marcar contra. Acabou com a partida.
  • pelo alto
    desespero
    No desespero para vencer o jogo de qualquer jeito, o Palmeiras alçou 32 bolas na área do adversário, o dobro do Fluminense no mesmo quesito.
  • lance capital
    Cavalieri
    Aos 30 minutos do 2º tempo, com o jogo empatado, Maurício Ramos mandou uma pancada, e Cavalieri espalmou. Pouco depois, o Flu fez mais um.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Melhor ataque. Melhor defesa. Maior número de vitórias. Goleador do campeonato. E campeão. Quatro vezes campeão - tantas vezes campeão, como diz seu hino. A contagem regressiva do Fluminense terminou neste domingo, em Presidente Prudente, com a vitória de 3 a 2 sobre um Palmeiras agonizante, que cambaleia rumo à Série B. A supremacia foi tão grande, a campanha foi tão superior, que os tricolores se permitem o luxo de transformar em festa as três rodadas finais do Brasileirão.
Fred foi decisivo, destruidor. Fez dois gols e forçou Maurício Ramos, do Palmeiras, a marcar outro contra. De nada adiantaram os gols de Barcos e Patrick Vieira para o Verdão. O rebaixamento é iminente para os paulistas. O título é definitivo para os cariocas.
- Estou muito feliz porque, depois de uma história de luta e sacrifício no clube, a gente vê uma equipe jogar com tanta dedicação desde a primeira partida, quando poupamos jogadores para a Libertadores - afirmou Fred, ainda em campo.
E vale o clichê: parece que tem que ser sempre com um sofrimento danado, sempre com uma emoção desumana. O Fluminense abriu 2 a 0, cedeu o empate e fez mais um perto do final. O empate do Atlético-MG com o Vasco em São Januário não deixou ressalvas. Não há mais tempo, espaço, rodadas que tirem o título do Tricolor.
Com o resultado, o time do multicampeão Abel Braga foi a impressionantes 76 pontos. Tem dez a mais do que o Grêmio, que assumiu a vice-liderança ao bater o São Paulo. O Palmeiras, com 33, vive o inferno. É o 18º, sete abaixo do Bahia, o primeiro fora da linha da queda - e que joga neste domingo.
No próximo domingo, o Fluminense recebe o Cruzeiro às 17h, no Engenhão. No mesmo dia, o Palmeiras visita o Flamengo em Volta Redonda.
Fred Fluminense campeão (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Fred nas alturas: atacante marca dois gols e tem 19 no nacional (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
A diferença é Fred
Se Fred tiver uma chance, até pode acontecer de perder. Se tiver uma segunda, vá lá, existe a chance de a bola não entrar. Mas uma terceira há de ser fatal. O primeiro tempo em Presidente Prudente parecia avisar que chegaria o momento em que o centroavante desequilibraria a balança da partida, bastante parelha. Pois chegou.
O camisa 9, tão decisivo ao longo de todo o campeonato, alcançou todas as variantes em sua luta pelo gol. Na primeira chance, viu Bruno espalmar; na segunda, observou a bola bater na trave; na terceira, finalmente celebrou.
Ele cheira a gol. Porque o natural seria que o passe matemático de Rafael Sobis, aos 45 minutos, já rendesse gol na conclusão de Wellington Nem. Mas não. Bruno espalmou. E Fred estava lá, munido desse ímã que parece ter nas chuteiras - sempre hipnotizando a bola na sua direção.
O gol foi precedido por forte equilíbrio das duas equipes - os mandantes perderam Henrique, que levou uma pancada de Bruno nas costelas. Se o Fluminense tinha Fred à espreita, o Palmeiras contava com Barcos sempre disposto a incomodar. De costas, acossado por Gum, ele conseguiu girar, mas concluiu para fora aos 18 minutos. Pouco depois, teve uma chance rara. Na pequena área, mal marcado, subiu livre. E cabeceou para fora.
A afobação do Palmeiras foi visível. No início do jogo, até conseguiu controlar o jogo, deixar a bola sob seu domínio - mas sempre acelerando as jogadas mais do que a partida pedia. No desespero, exagerou em jogadas aéreas. Tentou otimizar seus ataques, buscou atalhos, correu contra o relógio. Acabou tendo apenas 42% de posse nos 45 minutos iniciais e não mais que quatro finalizações. O Flu arriscou a gol dez vezes.

Diego Cavalieri Fluminense campeão (Foto: Nelson Perez / Flickr do Fluminense)Cavalieri comemora título: goleiro foi outra vez fundamental (Foto: Nelson Perez / Flickr do Fluminense)
O sofrimento, sempre ele
Não poderia dar mais certo. Mal começava o segundo tempo em Presidente Prudente, e o Vasco alcançava o gol de empate com o Atlético-MG em São Januário. A combinação de resultados dava o título ao Fluminense. Não precisava de mais nada. Era só esperar o tempo passar, manter tudo como estava. Mas os tricolores queriam mais. E tiveram mais - para o bem e para o mal.
Fred, aquele que cheira a gol, aquele que tem ímãs que chamam bolas nas chuteiras, foi novamente decisivo - involuntariamente, mas foi. Aos oito minutos, ele se deslocou para a ponta direita e decidiu cruzar para a área, onde estava Sobis - que antes, em posição duvidosa, tivera um gol anulado. No meio do caminho, a bola desviou em Maurício Ramos e encobriu Bruno. Era o segundo gol. Era a mão na taça. Era o prenúncio do título.
Será? Faltava combinar com o Palmeiras. Por mais trôpego que estivesse, por maior que fosse o desespero alviverde, ainda havia vida no adversário. E havia Barcos. Após cobrança de escanteio, a bola ficou viva na área e rumou na direção do Pirata. Ele não perdoou. Renascia a esperança.
Eram 15 minutos. Quatro depois, o empate. Novo cruzamento da direita, novo cabeceio, desta vez de Patrick Vieira. E novo gol! Incrível: o 2 a 2 mudava tudo, tirava o título antecipado do Fluminense, renascia o Atlético-MG em São Januário, dava alento ao Palmeiras.
O gol revolucionou a partida. Com ele, o Alviverde resolveu se jogar de vez para o ataque. Passou a agredir o Fluminense, que ganhava espaço para o contra-ataque - em um deles, Marcos Júnior foi puxado, mas a arbitragem não marcou nada. Maurício Ramos, aos 30 minutos, só não virou a partida porque Diego Cavalieri fez defesa assombrosa.
O Fluminense seguia ameaçando. Fred teve uma chance. Não fez. Mas faria depois. Faria porque sempre faz, porque cheira a gol, porque tem ímãs nas chuteiras. Eram 43 minutos do segundo tempo. Jean, novamente gigantesco, cruzou da direita, e o centroavante fez.
Gol do Fluminense, gol do título, gol do campeão, do tetracampeão, do clube tantas vezes campeão. Gol da equipe que mais fez gols e que menos tomou. Gol da equipe de Diego Cavalieri, de Jean, de Gum, de Thiago Neves, de Abel Braga. E de Fred...
Com fim de jejum de Alecsandro, Vasco empata com Galo e ajuda Flu
Igualdade em São Januário contribui para o título tricolor. Galo cai para a terceira posição, enquanto vascaínos dependem de milagre para ir ao G-4
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • fim do jejum
    Alecsandro
    O atacante vascaíno balançou a rede depois de nove partidas em branco. Ainda assim, ele é o artilheiro da equipe no Brasileirão, com 10 gols.
  • arbitragem
    polêmicas
    O trio ouviu reclamações dos dois lados. O árbitro deu pênalti duvidoso para o Galo e anulou gol do Vasco. Os auxiliares erraram várias vezes.
  • estatística
    Réver
    O zagueiro apareceu várias vezes no ataque e foi o maior finalizador do Galo no jogo, com quatro tentativas. Nos acréscimos, quase marcou de cabeça.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
Alecsandro não fazia um gol havia nove jogos, desde o dia 1º de setembro. Neste domingo, o atacante ajudou a decidir o Brasileirão ao garantir a igualdade entre Vasco e Atlético-MG por 1 a 1, em São Januário. Aliado à vitória do Fluminense sobre o Palmeiras por 3 a 2, o resultado assegurou o título nacional ao Tricolor com três rodadas de antecedência. Ultrapassado pelo Grêmio, o Galo caiu para a terceira colocação, com 65 pontos. Já os vascaínos, que chegaram a 51 pontos, dependem de um milagre para conquistar uma vaga no G-4, já que somam oito pontos a menos do que o São Paulo, atual quarto colocado.
O jogo foi marcado por polêmica, especialmente no primeiro tempo, quando o árbitro anulou gol de Wendel ao assinalar que o volante gritou "deixa" antes de finalizar e, pouco depois, marcou  pênalti duvidoso de Douglas em Escudero, que originou o gol do Atlético. Além disso, os auxiliares erraram diversos lances de impedimento, para as duas equipes.
Depois da saída de Marcelo Oliveira, o empate do Vasco, que foi comandado pelo interino Gaúcho, evitou que o time perdesse a sua sétima partida seguida, o que igualaria a pior marca da história do clube em Brasileiros, estabelecida em 1995. Já o Galo continua a sua sina de não vencer fora de casa desde o dia 21 de julho, pela 11ª rodada, quando goleou o Sport por 4 a 1, na Ilha do Retiro.
Mesmo com o fim de seu jejum pessoal, Alecsandro saiu triste do gramado. Ele lembrou a boa campanha do Vasco durante o primeiro turno e lamentou a queda de rendimento da equipe na reta final.
- Comemorar o quê? A essa altura era para estar comemorando título. Não tem nada para comemorar, vamos jogar pela dignidade. O grupo não está merecendo passar por esse momento. Nesses dois anos em que estou no clube, é bom lembrar, quando cheguei o time se encontrava em situação bem ruim. Ganhamos Copa do Brasil e voltamos para a Libertadores depois de 11 anos. E às vezes você não vê o reconhecimento do torcedor - desabafou.
Juninho e Ronaldinho Gaúcho Vasco x Atlético-MG (Foto: Dhavid Normando / Ag. Estado)Juninho e Ronaldinho conversam após trocar a camisa no intervalo (Foto: Dhavid Normando / Ag. Estado)
Do lado do Atlético, Ronaldinho lembrou que o time agora briga pelo vice-campeonato brasileiro, que garante a vaga direta à fase de grupos da Libertadores.
- A gente criou bastante. Mas jogar com um a menos, com esse calor, é muito complicado. Conseguimos envolver o adversário. Agora é descansar, vencer mais um jogo dentro de casa e encaminhar essa classificação direta para a Libertadores - afirmou.
Galo pressiona, Vasco reage
O forte calor em São Januário não incomodou os atleticanos no início da partida. A velocidade de Ronaldinho, Bernard e Escudero causou estragos na defesa vascaína, que só parava os adversários com faltas: foram cinco infrações nos primeiros nove minutos, quatro delas nas imediações da área de defesa. Numa delas, Ronaldinho cobrou forte, Fernando Prass espalmou e, no rebote, Réver chutou para fora.
Depois da pressão inicial, o Vasco se encontrou em campo, sempre comandado por Felipe e Juninho no meio-campo. Victor salvou o Galo ao sair nos pés de Tenorio na pequena área. A primeira jogada polêmica aconteceu aos 19 minutos, quando Alecsandro cruzou da esquerda e Wendel mandou para a rede. O árbitro goiano Elmo Alves Resende, no entanto, anulou o gol. Ele assinalou que o volante vascaíno disse "deixa", atrapalhando os atleticanos. Wendel argumentou que o pedido era para o companheiro Felipe, já que não havia qualquer adversário entre ele e a bola que vinha em sua direção.
O primeiro gol do jogo também saiu depois de lance controverso: aos 25 minutos, Ronaldinho lançou Escudero, e o argentino caiu na área depois de contato de seu pé com o joelho do zagueiro Douglas. O juiz marcou pênalti, que Ronaldinho bateu para abrir o placar.
Os veteranos Juninho e Ronaldinho criaram perigo em lances de bola parada. O vascaíno exigiu boa defesa de Victor em cobrança de falta. O atleticano acertou a trave em cobrança de escanteio. O Vasco também acertou a trave com Tenorio, porém a jogada já estava parada, uma vez que o equatoriano estava impedido.
A partir dos 39 minutos, o Vasco ficou com um jogador a mais. Serginho, que já tinha cartão amarelo, entrou de sola em disputa com Juninho no meio-campo e foi expulso.
Chances para os dois lados
Sem Serginho, Cuca substituiu Escudero por Richarlyson depois do intervalo, com o objetivo de recompor o meio depois da expulsão. Gaúcho também promoveu mudanças do lado vascaíno: os jovens Max e Marlone entraram no lugar de Jonas e Tenorio.
Com um jogador a mais, o Vasco voltou melhor para a segunda etapa. Felipe e Alecsandro ensaiaram aos 8 minutos, mas Victor evitou o empate. Logo depois, porém, a dobradinha funcionou. Passe do Maestro, chute do camisa 9, gol. Normalmente vaiado pela torcida, o centroavante não comemorou.
O resultado ajudava o rival Fluminense, que naquele momento vencia o Palmeiras por 1 a 0. Mas a torcida vascaína pedia a virada a plenos pulmões. Ela quase saiu do pé direito de Max, porém Victor fez boa defesa. Com a empolgação que vinha da arquibancada, o Vasco passou a deixar espaços em seu setor defensivo. Num deles, o zagueiro Réver surpreendeu ao avançar ao ataque e chutou rente à trave de Prass.
Iguais no placar, os times também ficaram com o mesmo número de jogadores em campo a partir dos 36 minutos, quando Douglas, que já havia recebido o amarelo, derrubou Neto Berola e levou o vermelho.
Com a igualdade numérica em campo, o Atlético voltou a ameaçar a reta final. Nos acréscimos, Fernando Prass fez uma defesa espetacular para evitar o gol de Réver e garantir o empate em São Januário. Depois do apito final, veio a notícia do terceiro gol do Fluminense, que acabou com a esperança do Galo de encerrar o jejum de 41 anos sem título nacional.
Grêmio vira sobre São Paulo, garante Libertadores e torcida grita 'fica Luxa'
Rogério Ceni abre o placar de pênalti, mas André Lima e Moreno viram e fazem a festa dos gaúchos no Olímpico
 
DESTAQUES DO JOGO
  • deu certo
    André Lima
    O Guerreiro Imortal saiu do banco no segundo tempo, empatou a partida e iniciou a reação do Grêmio, que culminou na virada quase no fim da partida
  • deu errado
    Ataque do SP
    .Principal destaque da equipe paulista, o ataque não conseguiu vantagem no jogo. Luís Fabiano e Lucas quase não concluíram e o gol saiu dos pés de Ceni.
  • Lance capital
    Aos 39 do 2º
    O Grêmio pressionava muito, mas o jogo se encaminhava para o 1 a 1. Foi aí que Pará cruzou da direita e Marcelo Moreno deu uma linda cabeçada para virar o jogo.
A CRÔNICA
por Hector Werlang
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Um grande estádio merece um grande jogo. Um grande jogo merece grandes duelos. E grandes duelos merecem grande público. Em uma grande virada contra um grande rival, o Grêmio venceu o São Paulo por 2 a 1, assumiu a segunda posição do Brasileirão, confirmou a vaga matemática na Libertadores 2013 e ainda viu a consagração de Vanderlei Luxemburgo no Sul: o treinador ouviu mais de 45 mil vozes gritarem ‘fica’ para a próxima temporada, embora negocie uma complicada renovação de contrato com o novo presidente de Fábio Koff.

Rogério Ceni abriu o placar, de pênalti, cometido por Saimon depois de uma falha gritante. No segundo tempo, André Lima saiu do banco e empatou o jogo. E aos 39, Marcelo Moreno, em uma linda cabeçada, garantiu a vitória aos donos da casa.

Com o resultado, o São Paulo estacionou nos 59 pontos, chegou ao terceiro jogo sem vitória no Brasileirão e já vê a aproximação do Botafogo, que tem 54. Já o Grêmio acumula o retrospecto de 12 rodadas sem derrota na competição e alcançou 66 pontos, um a mais que o Atlético-MG. Na próxima rodada, os paulistas recebem o Náutico no Morumbi, enquanto os gaúchos visitam a Portuguesa.
Marcelo Moreno comemora gol pelo Grêmio (Foto: Lucas Uebel/Divulgação, Grêmio)Marcelo Moreno comemora o gol decisivo pelo Grêmio (Foto: Lucas Uebel/Divulgação, Grêmio)
Sem quatro titulares (Werley, Gilberto Silva, Elano e Kleber), Vanderlei Luxemburgo se viu obrigado a mudar não só a escalação como a forma de o Grêmio atuar. Em função do adversário, que atua com os três atacantes Lucas, Luís Fabiano e Osvaldo. Então, o tradicional 4-4-2 deu lugar ao 4-3-2-1.

A tática deu certo, afinal, a marcação dobrada nas laterais impediu os ataques rivais. Na direita, Souza ajudou Pará a controlar Bruno Cortez e Osvaldo. Léo Gago fez o mesmo, pelo lado esquerdo com Anderson Pico, em relação a Douglas e Lucas. Se marcou bem, faltou força para atacar.

Falha e o gol

Basta ver que a primeira finalização foi registrada apenas aos 17 minutos, e pelo São Paulo – desfalcado apenas por Wellington. Em cruzamento da esquerda, Osvaldo achou Luís Fabiano livre, dentro da área. Ele cabeceou para boa defesa de Marcelo Grohe. Àquela altura, Lucas levava vantagem sobre Pico.

Um chute de fora da área, três minutos depois, de Léo Gago animou o time e a torcida. Sem reação, Rogério Ceni contou com o certeiro golpe de vista. A partir daí, o Grêmio foi superior. Sempre com cruzamentos na área. Moreno e Souza ganharam da zaga, porém, erraram o alvo.

Só uma jogada individual, no panorama, poderia mexer no placar. E ela aconteceu. Não de habilidade ou de inteligência, mas de falha e decisão equivocada. Saimon dominou mal. Tentou recuar, mas o passe foi curto. Grohe precisou sair do gol, mas antes de tocar na bola, o zagueiro derrubou Osvaldo. Pênalti. Mesmo com a pressão da torcida, Ceni manteve a tranquilidade e a habilidade habitual: bola no lado esquerdo, goleiro no lado direito e 1 a 0 no placar.

Segundo tempo arrasador

Atrás no placar, o Grêmio manteve a estrutura tática e a escalação após a volta do intervalo – o São Paulo não tinha motivos para mudar. O que alterou foi a postura. Luxa adiantou a marcação e teve em Zé Roberto o seu comandante. Com três minutos, o meia já tinha chutado de fora da área com perigo.
O entusiasmo foi diminuindo com o passar do tempo. Até porque o time do Morumbi é um rival e tanto. Jadson acertou o poste em chute da intermediária. Então, os treinadores começaram a mudar o rumo da partida. Luxa sacou Souza (volante) e apostou em André Lima (atacante). Ney Franco fez o inverso: trocou Osvaldo (atacante) por Maicon (volante). E aí...
Zé Roberto fez grande jogada, passou por três marcados e serviu André Lima, livre na entrada da área. O domínio foi seguido por um chute seco, forte e em curva que venceu Ceni: 1 a 1 aos 15 minutos.
O Grêmio continuou melhor. Moreno, de cabeça, e Pico, em chute de fora da área, fizeram Ceni trabalhar. Pressionado e sem força para sair de trás, o São Paulo ficou refém das escapadas de Lucas. Melhorou após Ney Franco mandar a campo Ademilson – no lugar do volante Casemiro. Tanto que Luís Fabiano, após milimétrico passe de Jadson, só não marcou porque Grohe fez ótima defesa.

Então, a persistência foi premiada. Aos 39, em ótima jogada de Pará, Moreno tocou de cabeça após cruzamento da direita, no ângulo esquerdo de Ceni: 2 a 1, de virada. O gol, a vitória, a vaga confirmada na Libertadores e a chance de ser segundo colocado no Brasileirão.
 
 

Paysandu é recebido em Belém por uma multidão de torcedores

Jogadores não conseguem deixar a sala de desembarque. Um trio elétrico aguardava os atletas para festejar o acesso do time à Série B

Por Jorge SaumaBelém
Uma multidão recebeu os jogadores do Paysandu em Belém (Foto: Jorge Sauma / GLOBOESPORTE.COM)Uma multidão recebeu os jogadores do Paysandu em Belém (Foto: Jorge Sauma / GLOBOESPORTE.COM)
A torcida do Paysandu ainda comemorava o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro quando os jogadores desembarcaram em Belém, por volta das 13h deste domingo, dia 11, em meio a uma multidão que se aglomerava no saguão e na avenidas nas proximidades do Aeroporto Internacional de Belém. Os atletas tiveram muita dificuldade para chegar até o trio elétrico que os aguardava na saída do terminal.
Um dos mais emocionados, Harison lembrou o inicio da temporada, das dificuldades enfrentadas pelos jogadores e do jogo contra o Coritiba, pela Copa do Brasil, quando se desentendeu com um repórter por conta da torcida do Paysandu. O meio-campista disse que, agora, as atenções se voltam para o próximo jogo contra o Icasa, válido pelas semifinais da Série C.
Jogadores desembarcam na capital paraense (Foto: Jorge Sauma / GLOBOESPORTE.COM)Jogadores desembarcam na capital paraense (Foto: Jorge Sauma / GLOBOESPORTE.COM)
– Vocês (torcedores) lembram quando eu discuti com aquele repórter lá de Curitiba? Pois então, isso aqui é a prova do tamanho da nossa torcida, que é fiel e apaixonada. Vamos trabalhar durante a semana para fazer uma grande partida contra o Icasa e buscar o título, já que o acesso está garantido e era nosso primeiro objetivo.
Yago Pikachu, autor do primeiro gol da derrota por 3 a 2 para o Macaé (em Belém, o Papão venceu por 2 a 0), foi um dos mais festejados pela torcida. Junto com atacante Rafael Oliveira, com o técnico Lecheva e com o volante Vanderson, o lateral-direito teve que aguardar na sala de desembarque para deixar o Aeroporto, já que o saguão estava tomado de torcedores de todas as idades.
Trio elétrico aguardava os jogadores do Paysandu (Foto: Jorge Sauma / GLOBOESPORTE.COM)Trio elétrico aguardava os jogadores do Paysandu (Foto: Jorge Sauma / GLOBOESPORTE.COM)
– Eu fico muito feliz por está vivendo isso tudo. Voltar para Belém com este acesso é inexplicável. Mas a nossa torcida merece isso tudo, merece receber esse presente, pois nos apoiou durante todo o campeonato. Vamos trabalhar duro ao longo dessa semana e pensar na partida contra o Icasa que nos credenciará para disputar a final da Série C.
“Peguei esse clube sem divisão”, dispara Luiz Omar Pinheiro

Visivelmente emocionado e com lágrimas nos olhos, o presidente do Paysandu não conseguia pronunciar muitas palavras. De cima do trio elétrico, ele falou com a torcida rapidamente, destacou as dificuldades enfrentadas pelo time paraense durante o ano, os salários atrasados e o comprometimento dos jogadores com o time.
Lecheva foi muito festejado pela torcida (Foto: Jorge Sauma / GLOBOESPORTE.COM)Lecheva foi muito festejado pela torcida (Foto: Jorge Sauma / GLOBOESPORTE.COM)
– Esse é o presente que tenho para dar aos nossos torcedores. Eles merecem, pois nunca nos abandonaram. Essa torcida é maravilhosa e vem nos ajudando. Eu peguei o Paysandu sem divisão e sairei com ele na Série B. Não é fácil administrar esse clube sem receita e com patrocínios bloqueados, mas nossos jogadores foram guerreiros e comprometidos.

Falcão treina com bola e é liberado para 

 

 

ficar no banco contra o Panamá

Em processo final de recuperação de uma lesão na panturrilha, camisa 12 participa de movimentação e é relacionado para as oitavas de final do Mundial

Por SporTV.comKorat, Tailândia
Comente agora
Falcão futsal (Foto: André Garcia/TV Globo)Falcão treinou normalmente neste domingo, com o
restante da seleção (Foto: André Garcia/TV Globo)
O ala Falcão segue contrariando todos os prognósticos sobre sua recuperação de umalesão na panturrilha esquerda. Um dia após o médico da seleção, Aloir Neri,declarar que o atleta estaria apto a atuar apenas nas quartas de final, o jogador surpreendeu novamente e acabou relacionado para a partida desta segunda-feira, contra o Panamá, às 9h30m (horário de Brasília), pelas oitavas de final. A decisão foi tomada pela comissão técnica brasileira, uma vez que o camisa 12 treinou normalmente com o grupo, neste domingo, em Korat.
O intuito da medida é dar ritmo de jogo a Falcão, que vem convivendo com constantes lesões na temporada. Na final da Liga Futsal, em outubro, o jogador atuou com dores no músculo adutor da coxa, o que quase causou o seu corte do Mundial. Apesar de relacionado, o craque deve atuar por poucos minutos nesta segunda-feira.
- Vejo que valeu a pena todo o sacrfício desse tratamento intensivo. Foram dias e muitas horas concentrado no hotel e agora, felizmente, o pior já passou - destacou Falcão, em entrevista aoSporTV.
Feliz em estar treinando novamente com o grupo, ele ressaltou que a motivação, perdida no início do Mundial, foi recuperada. Ao sentir dores na panturrilha contra o Japão, o ala chegou a dizer que acreditava que não se recuperaria a tempo de atuar na Tailândia.
Mundial de futsal falcão brasil  japão - Agência AP (Foto: Agência AP)Falcão atuou apenas poucos minutos da estreia do Brasil, contra o Japão - Agência AP (Foto: Agência AP)
- Precisava do treino para ganhar confiança. Agora, vou trabalhar para ganhar ritmo de jogo e isso só se consegue atuando. Minha recompensa virá a partir de segunda-feira - finalizou.
Sobre a Copa do Mundo de Futsal Fifa 2012:
Sediado na Tailândia, nas cidades de Bangcoc e Korat, o Mundial de Futsal 2012 é disputado por 24 seleções, maior número de participantes da história da competição. As equipes foram divididas em seis grupos. Os dois primeiros de cada chave garantiram vaga nas oitavas de final, assim como os quatro melhores terceiros colocados. A competição vai até o dia 18 de novembro.
Confira todos os confrontos das oitavas de final:
11/11 (domingo) -Bangcoc - Paraguai 1 x 4 Portugal
11/11 (domingo) - Bangcoc - Ucrânia 6 x 3 Japão
11/11 (domingo) - Bangcoc - Espanha 7 x 1 Tailândia
11//11 (domingo) - Bangcoc - Irã 1 x 2 Colômbia
12/11 (segunda-feira) - 7h - Korat - Itália x Egito (com SporTV)
12/11 (segunda-feira) - 9h30m - Korat - Brasil x Panamá (com SporTV)
12/11 (segunda-feira) - 9h30m - Bangcoc - Rússia x República Tcheca
12/11 (segunda-feira) - 12h - Bangcoc - Sérvia x Argentina (com SporTV)
*Colaborou André Garcia (TV Globo)

Max Wilson vence em Brasília e sete 

 

 

pilotos brigam pelo título da Stock

Em dia de dobradinha da RC, com Ricardo Maurício em segundo, categoria define os pilotos que brigarão pelo campeonato na Corrida do Milhão, em SP

Por Alexander GrünwaldBrasília
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A chuva, que foi a dor de cabeça dos pilotos durante todo o fim de semana em Brasília, só caiu após a bandeirada final da 11ª etapa da Stock Car 2012. Mesmo assim, a penúltima corrida da temporada foi de prender o fôlego. Ao longo dos 40 minutos de prova, o desgaste dos pneus e os muitos toques entre os carros nas quatro curvas do anel externo do Autódromo Nelson Piquet definiram os primeiros colocados e tiraram alguns favoritos da briga pelo título, que agora está restrita a sete pilotos. Entre eles, o vencedor da prova, Max Wilson, que fez dobradinha com o companheiro de equipe Ricardo Maurício. Nonô Figueiredo completou o pódio. O pole Thiago Camilo, que teve um pneu estourado, não pontuou e saiu da briga pelo campeonato.
- Uma vitória é uma vitória, mas no final de campeonato é mais importante, porque é um momento decisivo. Matematicamente falando, não faz diferença alguma se for no começo ou no meio, mas é importante estar vencendo quando a coisa está para ser decidida – vibrou Max Wilson, campeão da categoria em 2010, também pela RC Competições.
Max Wilson vence a etapa de Brasília da Stock Car 2012 (Foto: Duda Bairros / Stock Car)Max Wilson vence a etapa de Brasília da Stock Car 2012 (Foto: Duda Bairros / Stock Car)
Como 14 dos 32 pilotos usaram o botão de ultrapassagem no treino classificatório, a corrida teve um começo agitado, com os competidores que guardaram a carga total tentando ganhar posições. Com alguns favoritos fora dos dez primeiros, como Cacá Bueno, Valdeno Brito, Daniel Serra e Allam Khodair, foram muitos os toques nas disputas por posição, e alguns “porta com porta” que terminaram em rodadas, caso do campeão de 2003, David Muffato.
Quem parecia tranquilo rumo à segunda vitória na temporada era o pole position Thiago Camilo. Mas, na 15ª das 41 voltas, o piloto da RCM, viu seu pneu traseiro esquerdo – o mais castigado pela força exercida no circuito que só tem curvas para a direita – estourar, minando suas chances de ficar entre os primeiros colocados. E, consequentemente, de faturar o campeonato, para desespero de André Bragantini, seu chefe de equipe.
A partir daí, Max Wilson, que havia largado bem, saltando de terceiro para segundo, assumiu a liderança, seguido pelo companheiro de equipe Ricardo Maurício, que havia partido da sexta posição, driblando os adversários na bela briga pelo pódio. Uma mensagem da equipe RC pelo rádio fez com que os dois pilotos passassem a economizar o equipamento, rumando para uma dobradinha inédita. Numa corrida espetacular, após largar em 22º, Nonô Figueiredo ganhou muitas posições e superou Rodrigo Sperafico na penúltima volta para chegar ao pódio. Após a corrida, o piloto do carro 11 confessou que começou a chorar ao alcançar o terceiro posto.
Largando em 11º, o líder do campeonato Cacá Bueno fez uma prova agressiva, com muitas trocas de posição, mas não foi além do nono lugar. Mesmo assim, ele chegou aos 159 pontos e abriu uma margem de dez em relação à segunda posição na tabela, que tem três pilotos empatados, com 149: Átila Abreu, que terminou em sexto após largar em segundo, Daniel Serra, que saiu do 17º no grid para sétimo na prova, e Ricardo Maurício, segundo colocado em Brasília.
Outros três pilotos ainda lutam pelo campeonato: o vencedor Max Wilson foi a 138, enquanto Valdeno Brito, décimo em Brasília, está com 137. Nonô Figueiredo, com 130, é o último dos sete que brigarão pelo título na Corrida do Milhão, em Interlagos. A prova terá pontuação dobrada, com o vencedor levando 44 pontos, em vez dos 22 habituais, e terá transmissão ao vivo e na íntegra pela TV Globo, dentro do Esporte Espetacular. Além de Rubens Barrichello e Tony Kanaan, que correram em Brasília, a corrida também terá a participação de Helio Castroneves, tricampeão das 500 Milhas de Indianápolis.

Sonnen parabeniza Ronda e provoca Rampage: 'Ele não pode vencê-la'

Falastrão americano tem luta marcada contra Jon Jones para 27 de abril, enquanto Rampage enfrenta o brasileiro Glover Teixeira em 26 de janeiro

Por SporTV.comRio de Janeiro
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Chael Sonnen, UFC (Foto: Divulgação/ UFC)O falastrão Chael Sonnen (Foto: Divulgação/ UFC)
Dono de um humor ácido, Chael Sonnenpode até ser um falastrão, mas também tem tiradas interessantes e divertidas. O americano, famoso por provocar Anderson Silva e Jon Jones, desta vez mirou em Quinton "Rampage" Jackson, com quem também já trocou algumas farpas pela imprensa. Ao fazer um breve comentário sobre a ida de Ronda Rousey para o UFC, tornando-se a primeira mulher a lutar pela organização, sobrou para o compatriota:
- Eu gostaria de parabenizar Ronda Rousey por estar se tornando uma pioneira neste esporte. Foi merecido e com atraso. Parece que o Mitt Romney tem um novo lutador preferido, e Rampage tem outro adversário que não pode vencer - disse ao "TMZ", referindo-se também ao candidato republicano derrotado na corrida presidencial de 2012 dos Estados Unidos.
Sonnen atuou pela última vez no UFC 148, em julho deste ano, quando foi derrotado pela segunda vez por Anderson Silva, campeão dos médios do Ultimate. Após o revés, ele retornou à categoria dos meio-pesados e foi escalado para enfrentar Forrest Griffin no UFC 155, em 29 de dezembro, mas a organização mudou os planos e o colocou de técnico da 17ª temporada do reality show "The Ultimate Fighter" nos Estados Unidos, onde ele treinará a equipe rival à do campeão Jon Jones. Os dois vão se enfrentar no evento de 27 de abril do ano que vem, valendo o cinturão.
Rampage, por sua vez, sofreu uma derrota para Ryan Bader em sua última luta, no UFC 144, e vai dividir o octógono com o brasileiro Glover Teixeira no próximo compromisso, em 26 de janeiro.
Rampage Jackson (Foto: Terni Castro/Globoesporte.com/PE)Rampage Jackson durante passagem pelo Brasil (Foto: Terni Castro / Globoesporte.com/PE)

Impedido de ir à coletiva, Rich Franklin vai direto para o hospital após nocaute

Americano ficou desacordado após levar golpe de Cung Le no UFC Macau

Por SporTV.comMacau, China
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Rich Franklin passou um susto em dose dupla neste sábado, no UFC Macau. Primeiro, foisurpreendido por um overhand e acabou perdendo para o vietnamita Cung Le, contra quem era favorito; e segundo, "apagou" ao sofrer o nocaute com o golpe do adversário. O americano ficou desacordado por alguns instantes dentro do octógono e nem pôde ir à coletiva de imprensa após o evento. Os médicos recomendaram que ele fosse direto para o hospital.
Rich Franklin, UFC MAcau (Foto: Getty Images)Rich Franklin 'apagou' com o overhand de Cung Le na China (Foto: Getty Images)
- Rich Franklin realmente queria estar aqui, mas ele teve que ir ao hospital para fazer exames - disse Mark Fischer, dirigente do Ultimate, durante a coletiva.
Assim que Cung Le aplicou o golpe que lhe daria a vitória, o árbitro imediatamente entrou na frente para interromper o combate, aos 2m17s do primeiro round. Foi o sétimo revés no cartel de Franklin, contra 29 vitórias e um "no contest" (luta sem resultado). Antes, ele havia perdido para Anderson Silva (duas vezes), Vitor Belfort, Lyoto Machida, Dan Henderson e Forrest Griffin.
Confira os resultados do UFC Macau: