quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Comitiva da Fifa vistoria o Mineirão
e elogia o andamento das obras

Secretário extraordinário Sérgio Barroso diz que Belo Horizonte luta com
muito mais condições que São Paulo de abrir a Copa do Mundo de 2014

Por GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte
Com pouco menos de mil dias para a Copa do Mundo de 2014, técnicos da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL), visitaram as obras do Mineirão, em Belo Horizonte, cidade que ainda briga para receber a abertura do Mundial. A comitiva, com 35 pessoas, acompanhou o andamento da reforma e, ainda, a região do entorno do estádio, que fica na região da Pampulha, área turística da capital mineira. O secretário extraordinário da Copa do Mundo, Sérgio Barroso, garantiu que a vistoria foi proveitosa.
vistoria da Fifa no Mineirão (Foto: Lucas Catta Prêta / GLOBOESPORTE.COM)Vistoria da Fifa no Mineirão (Foto: Lucas Catta Prêta / Globoesporte.com)
- Eles vieram visitar o Mineirão, como estádio, mas também a região, para saber onde será o centro de imprensa, que será no Mineirinho. Foi uma visita técnica importante e, além disso, quiseram ver o andamento das obras, as atividades. Evidentemente, eles têm várias informações, mas querem ver in loco o que acontece.
Sérgio Barroso afirmou que a comitiva não tem poder de influência na decisão de outubro sobre o local da abertura da Copa de 2014. Porém, o secretário, que aproveitou para, indiretamente, alfinetar São Paulo, disse que o Mineirão é o que tem melhores condições de abrir o Mundial.
- Não houve nenhum relatório, mas os membros elogiaram abertamente. Claro, eles tomaram cuidado para não passar nenhuma preferência. Eles ficaram bem confortáveis com a data de entrega, que será em 21 de dezembro de 2012. Não acho que a Fifa deva trabalhar com o imponderável, mas com aquilo que está certo. O Mineirão é uma obra garantida, certa e estará totalmente pronto em dezembro, 18 meses antes da abertura da Copa do Mundo. A garantia que o Mineirão dá é total.
O Mineirão foi o segundo estádio visitado pela comitiva da Fifa, que, antes, esteve no Maracanã, no Rio de Janeiro. A próxima cidade será Brasília.
 

Cristóvão Borges confirma Juninho dentro e Felipe fora

Treinador revela que camisa 6 ainda sente desconforto e não quer correr o risco de perdê-lo por mais tempo na reta final

Por Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
Sem fazer qualquer tipo de mistério, Cristóvão Borges confirmou o time que irá enfrentar o Atlético-GO, na noite da próxima quinta-feira, às 20h30m (de Brasília), em São Januário. Como esperado, Felipe não será relacionado para dar continuidade ao processo de recuperação após ter sido submetido a uma artroscopia no joelho direito. Por outro lado, Juninho Pernambucano vai para o jogo mesmo tendo perdido praticamente uma semana de treinos em função de uma viagem particular estipulada em contrato.
juninho pernambucano cristovão buarque vasco treino (Foto: Alexandre Cassiano / O Globo)Após dois jogos fora, Juninho volta contra o Atlético-GO (Foto: Alexandre Cassiano / O Globo)
Segundo o comandante vascaíno, Felipe tem participado dos treinamentos, mas ainda sente um certo desconforto no local. Ele poderia até jogar, mas a ideia é não forçar para evitar o risco de perdê-lo na reta final do campeonato. A tendência é que ele retorne aos gramados no domingo, contra o Cruzeiro, às 16h (de Brasília), na Arena do Jacaré. No entanto, esta definição só vai sair na próxima sexta-feira.
Felipe no treino do Vasco (Foto: Maurício Val/Fotocom.net)Felipe pode voltar contra o Cruzeiro, no domingo
(Foto: Maurício Val/Fotocom.net)
- O Felipe não está relacionado. Ele ainda sente um pouco de desconforto e segue com o trabalho específico. Como ele não está tão confiante, vamos deixá-lo trabalhar mais um pouco para se sentir mais seguro. A parte final do campeonato está chegando, a preocupação é que ele se recupere para jogar até o final. Avaliamos dia a dia até chegar a essa conclusão. Pelo que o Felipe tem demonstrado pode ser que a volta aconteça neste fim de semana ou no outro - explicou.
Quanto ao retorno de Juninho, Cristóvão não mostrou qualquer tipo de preocupação. Segundo o comandante, o camisa 8 se reapresentou em forma e pronto para iniciar como titular.
- Não tenho preocupação pois sei que o Juninho está em condições de jogar. A sua última partida foi muito boa e por isso ele começa jogando. Além disso, ele é um jogador experiente que soma muito ao restante do grupo. Neste momento, é importante contar com jogadores assim - afirmou.
Com 45 pontos, o Vasco é o líder do Campeonato Brasileiro.

Em noite de garçom, Messi ajuda o Barça a arrancar empate com Valencia

Craque argentino dá passe para os gols de Pedro e Cesc Fábregas nos 2 a
2 no Mestalla. Donos da casa continuam na liderança após quatro partidas

Por GLOBOESPORTE.COM Valência, Espanha
Se Lionel Messi marcou três vezes na goleada sobre o Osasuña, no último sábado, dessa vez ele passou em branco. Mas só no placar. Em noite de garçom, o craque argentino tirou da cartola duas assistências para Pedro Rodríguez e Fábregas no acirrado empate entre Barcelona e Valencia, por 2 a 2, nesta quarta-feira, no Estádio Mestalla, pela quinta rodada do Campeonato Espanhol. Abidal, contra, e Pablo Hernández anotaram para os donos da casa.
Confira a classificação atualizada e a tabela de jogos do Campeonato Espanhol
pedro messi valencia x barcelona   (Foto: Reuters)Lionel Messi abraça Pedro na comemoração do primeiro gol do Barça: pé calibrado nos passes (Reuters)
O resultado mantém a equipe do brasileiro Jonas, que entrou na metade do segundo tempo, na liderança isolada da competição, com 10 pontos. O Real Betis, no entanto, recebe o Zaragoza no complemento da rodada, nesta quinta-feira, e pode chegar aos 12. O atual vice-líder é o Málaga, com nove, enquanto os catalães pularam para quarto, com oito.
O Barcelona se prepara para outra parada dura no fim de semana. No próximo sábado, os catalães recebem o Atlético de Madri de Diego e Falcao García no Camp Nou. O Valencia, por sua vez, visita o Sevilla no Estádio Ramón Sánchez Pizjuán.
Pela esquerda, Valencia constrói vantagem
daniel alves valencia x barcelona   (Foto: AP)Daniel Alves deixou espaços e teve papel mais
defensivo no segundo tempo (Foto: AP)
A surpresa na escalação indicou que o Barça novamente adotaria o esquema 3-4-3. Com David Villa - um dos últimos ídolos do Valencia - no banco de reservas e a zaga improvisada com Mascherano e Abidal ao lado de Puyol, não houve facilidades. Guardiola pagou o preço e viu novamente sua equipe, praticamente imbatível na temporada passada, sofrer gols, no plural mesmo.
Foram dois no primeiro tempo. O primeiro surgiu de um cruzamento de Mathieu, aos 11 minutos. Abidal antecipou-se a Valdés e cortou contra o próprio patrimônio, para festa da torcida que encheu, não por completo, o Mestalla, e fez a pressão que o brasileiro Jonas prometera na véspera.
A comemoração durou pouco. Em menos de dois minutos, os visitantes responderam na base do talento. Lionel Messi recebeu de Fábregas na entrada da área e encontrou Pedro livre para tocar na saída de Guaita. A virada poderia ter saído na sequência, aos 17, mas o árbitro Velasco Carballo não marcou pênalti na jogada polêmica entre Rami e Messi.
O Valencia aproveitou e voltou a ficar à frente no placar. Aos 23, novamente Mathieu cruzou rasteiro da esquerda, mas dessa vez nem Soldado nem Abidal alcançaram. A bola ficou de presente para Pablo Hernández, que só escolheu o canto, sem chances para Valdés. Os donos da casa por questões de centímetros não ampliaram a contagem aos 40, quando Soldado desperdiçou uma oportunidade debaixo das traves. O desvio do goleiro catalão, instantes antes, foi providencial.
pablo hernandez valencia x barcelona   (Foto: EFE)Jogadores do Valencia comemoram: primeiro tempo foi dos donos da casa (Foto: EFE)
Passe de Messi, gol de Fábregas
Atento aos espaços que deixava, principalmente nas costas de Daniel Alves, Guardiola voltou com a mesma equipe, mas outro posicionamento na etapa final. Recuou o lateral brasileiro e adiantou Cesc Fábregas ao ataque, em um 4-3-3. Não convencido, mexeu duas vezes com 12 minutos, colocando Villa e Thiago Alcântara em campo. O lateral brasileiro Adriano entrou na sequência.
O Barça ensaiou uma melhora e chegou a ameaçar em um chute de longa distância de Mascherano, que carimbou o travessão, aos 22 minutos. Lionel Messi também perdeu sua chance aos 29, após ótima enfiada de Thiago.
O pé esquerdo do craque argentino, no entanto, continuava calibrado nos passes. Aos 31, ele descolou passe por cima e deixou Fábregas livre na grande área. Em ótima fase, o meia deslocou o goleiro com classe e definiu o empate, repetindo a cena do último sábado e da vitória sobre o Porto na Supercopa Europeia. Aos 43, Messi ainda deixou Villa na cara em passe espetacular, mas o atacante não aproveitou a chance contra o ex-clube.
Confira a quinta rodada completa:
Terça-feira
Osasuña 0 x 0 Sevilla
Real Sociedad 1 x 0 Granada
Villarreal 2 x 0 Mallorca
Quarta-feira
Atlético de Madri 4 x 0 Sporting Gijón
Málaga 1 x 0 Athletic Bilbao
Rayo Vallecano 1 x 2 Levante
Racing Santander 0 x 0 Real Madrid
Valencia 2 x 2 Barcelona
Quinta-feira
Espanyol x Getafe
Betis x Zaragoza
fabregas  valencia x barcelona   (Foto: Reuters)Cesc Fábregas novamente deixou o dele: já são quatro gols com a camisa do Barcelona (Foto: Reuters)

Adriano rebate notícia sobre demissão por atraso: 'Não teve nada disso'

Atacante diz que informou ao gerente de futebol, Edu Gaspar, e ao diretor adjunto de futebol, Duilio Alves, sobre problema no voo do Rio para São Paulo

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
adriano corinthians treino (Foto: Mauro Horita / Agência Estado)Adriano fez questão de desmentir os boatos sobre
seu atraso (Foto: Mauro Horita / Agência Estado)
Na última segunda-feira, Adriano chegou atraso ao treino do Corinthians e causou um mal-estar no clube. O jogador acabou não treinando e foi multado em 10% do salário. Para piorar, o presidente Andrés Sanches teria ameaçado demitir o Imperador caso o episódio se repetisse.  Nesta quarta, o repórter Régis Rösing conversou por telefone com o jogador, que falou sobre o assunto.
Chateado, Adriano contou que avisou ao gerente de futebol, Edu Gaspar, e ao diretor adjunto de futebol, Duilio Alves, sobre o atraso do voo do Rio de Janeiro para São Paulo. Além disso, disse que Andrés Sanches em nenhum momento falou com ele sobre demissão e até mostrou preocupação, perguntando se estava tudo bem e se ele precisava de alguma coisa.
- Só cheguei atrasado uma única vez. Tinha ligado para o Duilio e para o Edu e avisei que iria me atrasar. Já até falaram que o presidente ia rescindir meu contrato. Não teve nada disso. O presidente só falou que se acontecesse de novo ele chamaria minha atenção. A diretoria do Corinthians tem me tratado com muito carinho e paciência. Espero não decepcionar ninguém e vou retribuir em campo.
Em entrevista exclusiva ao Esporte Espetacular, no último domingo, o Imperador falou sobre a perseguição que diz sofrer fora dos gramados e o trabalho que está fazendo para se recuperar da lesão no tendão de aquiles e estrear com a camisa do Corinthians.
Em meio aos protestos da torcida, o Timão tem pela frente o clássico contra o São Paulo, na noite desta quarta-feira, às 21h50, no Morumbi. O time do Parque São Jorge precisa da vitória para retomar a liderança do Brasileirão, pelo menos até quinta-feira, quando o Vasco entra em campo contra o Atlético-GO.

Slater vence 'tira-teima' a 30s do fim e conquista o quinto título em Trestles

Americano responde rápido após sofrer virada, derrota Owen Wright na terceira decisão seguida contra o aussie e abre vantagem na liderança do ranking

Por GLOBOESPORTE.COM Trestles, EUA
No fim de agosto, Kelly Slater derrotou Owen Wright na final em Teahupoo, no Taiti. Cerca de dez dias depois, em Nova York, o australiano deu o troco. Nesta quarta-feira, eles fizeram o tira-teima em Trestles, na Califórnia, na sétima etapa do Circuito Mundial. Era a terceira decisão seguida entre os dois em menos de mês, e o equilíbrio se manteve. Com duas viradas no último minuto, os surfistas já haviam deixado a água quando o americano decacampeão mundial pôde comemorar seu quinto título na praia californiana.
Terceira vitória na temporada e 48ª na carreira, o pentacampeonato em Trestles fez Slater conseguiu ampliar sua vantagem na liderança do ranking na busca pelo 11º título mundial. Wright aparece na segunda posição.
- Owen é um grande competidor, ele não tem pontos fracos. Acho que tive sorte naquela última troca. Eu fiquei sempre pegando a primeira onda, e depois vinha uma melhor. Quando peguei prioridade, quis esperar por uma onda boa. Mas não estava vindo nada, eu o vi dando um grande aéreo e comecei a me preocupar - afirmou Slater ao receber o troféu.
O australiano começou a decisão melhor. Slater pegou a primeira onda da bateria, mas não conseguiu muita coisa e tirou um 3,67. Owen veio logo atrás e teve mais sucesso, abrindo a disputa com um 6,50.
Nenhum dos dois estava disposto a perder o tira-teima e começaram a se alternar na liderança. Primeiro foi o americano, que conseguiu uma boa onda para tirar 7,67. O aussie respondeu rápido, tirou 7,37, e deixou o adversário precisando de um 6,20. Ficou por pouco na quarta onda de Kelly Slater, que tirou um 6,00.
O melhor ainda estava por vir, e os dois travaram uma emocionante disputa na água. Slater tomou a vantagem faltando 6m46s para o fim, com um 8,50. Wright tentou responder na onda seguinte, mas o 7,87 o manteve em segundo, precisando de 8,31.
O mar californiano parecia que iria garantir o quinto título do surfista americano, mas, faltando cerca de um minuto para o fim, o australiano foi com tudo para reassumir a liderança outra vez, deu um belo aéreo. Não deu nem tempo de comemorar. Kelly Slater mostrou mais uma vez por que é decacampeão mundial e tirou mais uma bela onda da manga.
O resultado oficial ainda não tinha saído, mas a torcida americana já comemorava. Owen Wright saía devagar da água, ainda acreditando em um desfecho positivo. Kelly Slater correu para os monitores e viu as notas dos juízes saindo aos poucos. O aussie tinha conseguido 8,87, mais do que precisava. Mas ele havia tirado um 9,00, deixando o somatório em 17,50 a 16,74. Festa em Trestles e 2 a 1 para o decacampeão no tira-teima.
No dia 4 de outubro, o Circuito Mundial vai para a França. Resta saber se Slater e Wright se encontrarão mais uma vez na final.

Montillo passado a limpo: ‘jogar
no futebol europeu ainda me seduz’

Argentino, craque do Cruzeiro, diz que esteve perto do Flamengo,
rejeita rótulo de dono do time e afirma que Neymar é o melhor de todos

Por GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte
Montillo na partida do Cruzeiro (Foto: Idário Café / Vipcomm)Montillo, ídolo do Cruzeiro, no gramado
(Foto: Idário Café / Vipcomm)
Montillo chega para a entrevista e pede desculpas pelo atraso.
- Desculpe-me, é que fiquei na academia, fui tomar banho. Tudo bem? Vamos conversar?
Não é à toa que esse argentino, de 27 anos, caiu nas graças do torcedor cruzeirense em tão pouco tempo. Além de ter o principal, ser dono de um futebol bem acima da média, Montillo sempre esbanjou educação, simpatia e cordialidade, seja nos bons ou, como agora, nos maus momentos. E para a felicidade da imprensa, o argentino não é adepto do “portunhol”, muito pelo contrário: faz questão de falar um bom português.
Desde que chegou ao Cruzeiro, Montillo viveu de tudo um pouco. Sob o comando de Cuca, em 2010, comandou uma das sensações da temporada e disputou o título nacional até a última rodada. No começo de 2011, ainda com Cuca, tudo parecia ainda melhor, com a Raposa – liderada pelo argentino – que dava show na Taça Libertadores. A eliminação para o Once Caldas, no entanto, fez o time descer a ladeira. Por pouco, o Cruzeiro não perdeu o título estadual para o maior adversário, o Atlético-MG.
- O golpe da Libertadores foi forte, ninguém vai falar que não. Foi um ano de muita coisa diferente. Começamos bem, ganhamos o Mineiro, que, para nós, era importante, para ser o melhor time do estado.
Com o título conquistado, as atenções do vice-campeão brasileiro de 2010 se voltaram para o Brasileirão. O resultado, porém, até agora, é decepcionante. São três técnicos, um time desmanchado e sem personalidade. A tabela castiga: 29 pontos em 24 jogos, com o Cruzeiro perigosamente perto dos clubes que estão na zona de rebaixamento. Montillo admitiu que o futebol apresentado passou longe das tradições cruzeirenses.
- No Brasileiro, o time não começou bem, acertou um pouco com a chegada do Joel, depois caiu de novo. Mas, mesmo assim, não era o Cruzeiro que todo mundo esperava, que todo mundo quer ver. Por isso, estamos onde estamos na tabela. Temos que melhorar muito. Somos conscientes disso.
Falar que Montillo foi do céu ao inferno não seria justo. Mesmo com todas as adversidades, o argentino sempre foi o destaque do time, com belas atuações e, quase sempre, com muitos gols. Walter Damián Montillo é, sem sombra de dúvidas, a estrela que brilha mais forte no grupo que ainda busca a melhor qualidade técnica.
Nesta entrevista, Montillo falou um pouco sobre tudo: a má fase do Cruzeiro, a quase ida para o Flamengo, os dias difíceis na época da cirurgia do filho, Santino, o sonho de jogar na Europa e quem ele vê como o melhor jogador brasileiro da atualidade.
Montillodependência
Mesmo ciente de ser um dos principais jogadores do elenco, Montillo quer evitar que um rótulo seja estabelecido no Cruzeiro: o da Montillodependência.
- Às vezes, quando o jogador é meia, tem mais responsabilidade também na criação de bons lances. Sempre falo que, quando ganhamos, ganhamos todos. Eu posso fazer gols, dar uma assistência, ser o melhor em campo, mas, aqui, brigamos para ganhar. Não sei se uma “Montillodependência”, como vocês da imprensa falam. Talvez, por verem o jogo de fora dê para falar, mas, dentro do campo, sempre trato de fazer o melhor.
Entre o Ninho e a Toca, a Toca
Se hoje Montillo atua com tanta desenvoltura pelos gramados, antes de chegar ao Brasil, o craque argentino confessou que teve medo.
- Eu via com muito respeito o futebol brasileiro, antes de chegar aqui. Há muitos jogadores de qualidade técnica. Então, cheguei com respeito e com um pouco de medo também. O medo era errar, porque ninguém me conhecia quando cheguei aqui. Falaram que o Riquelme ia chegar aqui também, com experiência muito grande. Cheguei calado, o que foi melhor também.
Antes de firmar as bases na Toca da Raposa II, no entanto, Montillo, por muito pouco, não tomou o rumo do Rio de Janeiro. O Flamengo esteve muito próximo de levar o jogador. Porém, como no Universidad de Chile ainda não tinha o nome que tem hoje, o rubro-negro preferiu não arriscar, naquilo que a própria presidente do clube, Patrícia Amorim, definiu como uma frustração.
- O Flamengo tinha passado uma proposta do salário, mas não queria pagar o passe. Eles queriam trocar por um jogador e pagar uma parte. O Universidad de Chile não queria isso. E nisso o Cruzeiro começou a negociação e acertou tudo mais rápido, colocaram o dinheiro, confiaram, e acho que foi com sucesso.
Que fase...
Em meio aos problemas no Brasileirão, Cruzeiro e torcida contam com o talento de Montillo para tirar o time da atual fase: 29 pontos em 23 jogos e jejum de quatro rodadas sem vitória. Para o meia, vários fatores explicam a queda de rendimento que levou o clube a ser, no começo do ano, um dos mais temidos da temporada e, agora, mero coadjuvante.
- São coisas que atrapalham. O time, quando não ganha, perde a confiança. Às vezes, nem o próprio jogador acredita, quando são muitas derrotas. No Cruzeiro, tem muito jogador novo também. Tem o Naldo, que começou agora, o Gil, que foi vendido, o Diego Renan, o próprio Wallyson. É um conjunto de coisas que atrapalha.
As contusões, situação que viraram mais rotina também prejudicam muito, segundo Montillo.
- É difícil quando o time não consegue jogar duas partidas com a mesma equipe. São muitos desfalques, muitos jogadores machucados. Não é que quem entre não seja bom como os que jogavam, mas, às vezes, alguém que não esteja jogando tem dificuldade de jogar 90 minutos.
#FuerzaSantino
Antes mesmo das dificuldades dentro dos gramados, Montillo travou uma luta paralela. Não por ele, mas pelo pequeno Santino, hoje com um ano e meio. O filho, que tem síndrome de Down, foi internado por conta de uma pneumonia e realizou uma cirurgia no coração. Montillo explicou como conciliou os problemas em casa com o trabalho na Toca da Raposa II.
ESPECIAl Montillo cruzeiro esposa ao lado do filho santino (Foto: Valeska Silva / Globoesporte.com)Montillo e a esposa ao lado do filho Santino (Foto: Valeska Silva / Globoesporte.com)
- Minha família compreende que nós vivemos essa pressão no trabalho. Tive que continuar normalmente, não dava para ficar duas semanas fora e voltar. Aqui tem que trabalhar com o físico e se não treinar no dia a dia, perco muito. Eu tratava de estar aqui, estar lá, com a ajuda da minha mulher, que ficava lá o tempo todo com o Santino. Mas a torcida, imprensa, todo mundo, ajudou muito. Aqui no Cruzeiro, quando precisei do tempo, de chegar mais tarde à concentração, todos estavam à disposição para aceitar.
¡Hasta la vista!
Se Montillo conseguiu reunir uma verdadeira corrente do bem em torno do filho, o mesmo não deverá acontecer no dia que ele deixar o clube. Na verdade, depende do referencial. Para a torcida celeste será uma perda imensa. Para os adversários brasileiros, um alívio. O jogador já foi assediado várias vezes, mas o Cruzeiro conseguiu mantê-lo no elenco. Até quando é difícil dizer. E o argentino reconheceu que jogar na Europa é um sonho.
- O futebol europeu sempre seduz. Pessoalmente sempre quis jogar em um time grande, seja na Europa ou na América. Seduz jogar na Europa, em um grande clube. Tenho 27 anos e, às vezes, é difícil que um time grande contrate um jogador que já tem essa idade, mas tudo pode acontecer no futebol. Se continuar as coisas bem aqui, e algum time ficar interessado em mim, bem-vindo seja.
Conselho de argentino
Os laços de Montillo com o Brasil estão tão fortes, que o argentino deu um conselho para os dirigentes do país: cuidem de Neymar. Para Montillo, o craque da Vila Belmiro é, disparado, o melhor jogador brasileiro em atividade.
- É um jogador acima da média, totalmente diferente. Eu o vi dentro do campo. É um jogador jovem, não se machuca e pensa como um jogador de 30 anos. Ele é craque, muito diferenciado. O Brasil tem que cuidar muito dele, porque no futebol brasileiro ele é muito importante. É uma exceção. Acredito que ele vai conseguir muita coisa na Seleção.
Desafio
Montillo está confirmado para a partida de logo mais, às 20h30m (de Brasília), no Couto Pereira, diante do Coritiba, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mais uma chance para os fãs do futebol-arte admirarem esse argentino, que, com muito talento, já conquistou o Brasil.

Brasil Afora: bem na 'D', Cianorte é o Leão que assustou Timão de Tevez

Chamado de 'time de costureiros' em 2005, clube paranaense foi celebridade instantânea' após vencer estrelado Corinthians de 2005, na Copa do Brasil

Por Gabriel Hamilko Curitiba
Dá para dizer que o Leão do Vale ainda é filhote, mas já assustou um gigante. Com oito anos de existência, o Cianorte tem, pelo menos, uma grande história para contar. A equipe, que acabou de conseguir avançar às oitavas de final na Série D, se transformou em celebridade quando surpreendeu o Brasil vencendo por 3 a 0 o poderoso Timão deTevez, Mascherano, Roger, Carlos Alberto & Cia., na Copa do Brasil de 2005, deixando louca a torcida da pequena cidade de quase 70 mil habitantes.
Em 9 de março daquele ano, o Leão do Vale se tornou uma “celebridade instantânea”, quando, com apenas dois anos, disputava a sua primeira competição nacional. Na primeira fase passou pelo Cene (MS), e logo na próxima "esquina" encontrou o Corinthians, que estreava um elenco sob o comando do argentino Daniel Passarela. Chamado de "time de costureiros", pelo fato de a cidade ser considerada a capital do vestuário, o Cianorte entrou mordido com a brincadeira e venceu a primeira partida por 3 a 0. Depois, acabou eliminado no jogo de volta por 5 a 1, mas se orgulha do momento de "alta-costura" nos gramados.
Seis anos se passaram do Cianorte que aprontou com o Timão para os tempos atuais. Nem só de passado vive o clube, que comemorou no último fim de semana a classificação para a segunda fase do Brasileirão da Série D. A equipe joga a primeira partida neste domingo, em Cianorte, contra o Oeste Paulista, pelas oitavas de final. Resultado que a diretoria entende como o desdobramento de um trabalho organizado e iniciado no Campeonato Paranaense, quando o time foi campeão do interior.
cianorte jogadores corrente (Foto: Andye Iore/Cianorte)A corrrente antes dos jogos, prática comum do time do Cianorte (Foto: Andye Iore/site oficial do Cianorte)
- Entendo que a boa fase do Cianorte está associada à administração profissional do clube e também à manutenção do plantel - explicou o atual diretor do clube, Adir Kist. Em 2005, ele era o goleiro e um dos destaques daquele time que aprontou para cima do Timão.
Agora, da melhor equipe do interior paranaense, o Leão conseguiu manter a maior parte, perdendo apenas o atacante Giancarlo e o zagueiro Brinner. Os dois foram para o Paraná Clube disputar a Série B do Brasileirão. Entre os substitutos, Willians já é o artilheiro da equipe, com quatro gols, e um novo líder se destaca com a camisa 10: o meia Felipe Pinto, considerado o organizador do time dentro de campo. Pelo Grupo A8, o Cianorte terminou em segundo lugar, com 14 pontos ganhos. Foram quatro vitórias, dois empates e duas derrotas.
cianorte jogo (Foto: Andye Iore/Cianorte)Time do interior paranaense já está nas oitavas da
Série D (Foto: Andye Iore/site oficial do Cianorte)
Os planos do Cianorte não param na Série D. A diretoria acredita ser possível o acesso para a Série C em 2012 e, de lá, projetar em dois anos um novo acesso para chegar à Série B e figurar entre os principais times do país.
- Nossas metas são a longo prazo e, passo a passo, vamos obter os êxitos.
Time de costureiros?
Certamente, aquele feito de 2005 é usado para servir de inspiração. Adir Kist conta que nenhum integrante na época esperava um resultado tão elástico no primeiro jogo. Enquanto toda a expectativa nacional era de que o Corinthians se classificasse na primeira partida (segundo a regra do campeonato, o time visitante que vence por dois gols de diferença elimina o jogo de volta), o Leão do Vale, além de obrigar a partida em São Paulo, preocupou o Timão, que precisava inverter uma vantagem de três gols, fato inédito até então na Copa do Brasil.
Kist conta que o menosprezo, tanto por parte do Corinthians como da crítica nacional, ajudou a motivar o elenco cianortense. Como a cidade de Cianorte é conhecida como a capital do vestuário, por ser um dos maiores centros atacadistas do Brasil, Adir lembrou que o elenco ficou bastante chateado com as brincadeiras ouvidas país afora de que o time era formado por costureiros. Isso serviu como combustível para a equipe.
- Lógico que tivemos méritos, mas houve um pouco de subestimação por parte do Corintihians. Ouvimos comentários dizendo que o Cianorte era um time de costureiros, de cidade pequena. Não procuraram saber sobre o nosso futebol.
Tevez do Corinthians contra o Cianorte em 2005 (Foto: Gazeta Press)Corinthians de Tevez & Cia. levou susto do Cianorte em 2005 na Copa do Brasil (Foto: Gazeta Press)
Kist lembrou que, quando o Cianorte abriu o placar, sentiu o adversário pouco preocupado. Achava que, pela superioridade técnica, poderia mudar o resultado a qualquer momento.
- Só quando perceberam que já estava três a zero tentaram correr atrás e se desesperaram, pois a nossa equipe marcava muito bem e não deu espaço para o bom time deles.
2ª fase: da Rua Augusta ao indigno rótulo de ‘vacilão’
Adir Kist, gerente de futebol do Cianorte (Foto: Divulgação / Cianorte)Adir Kist, gerente de futebol do Cianorte, foi o goleiro
no confronto com Timão (Foto: Divulgação / Cianorte)
Hoje em dia, como diretor de futebol, Adir Kist revela que mudaria muitas coisas na organização e logística do clube. Sem muitos recursos, a delegação não passou por bons momentos na capital paulista. Primeiro pela pressão e rivalidade exagerada criada pelos fiéis corintianos, que colocaram o adversário paranaense no mesmo nível de rivais como São Paulo e Palmeiras.
Segundo, pela falta de recursos que não permitiu dar um conforto ideal para os jogadores e comissão técnica. Kist lembra que o Cianorte ficou hospedado num hotel da Rua Augusta, exposto ao movimento diversificado do tradicional point paulista e sem organização na entrada.
A única coisa que não aceito, e que o Cianorte não merece, é o rótulo de que “entregou a partida” para o Corinthians "
Adir Kist
diretor de futebol do Cianorte
- Ficamos muito expostos. A imprensa fazia plantão no saguão do hotel, torcedores pressionavam. Na hora de ir para o estádio, o ônibus que contratamos não chegou e dividiram os atletas em vans. Alguns membros da comissão foram de táxi – reclamou o ex-goleiro, afirmando que o clube aprendeu muito com aquele episódio.
Por outro lado, “o sangue já tinha baixado” da vitória do primeiro jogo, até mesmo pelo grande intervalo entre as duas partidas: quase um mês depois.
- Passaram trinta dias do resultado daqui (no Paraná). A situação era diferente, o embalo da vitória já tinha passado. Foi difícil para a equipe suportar a pressão. A gente queria passar de fase, mas faltou experiência.
Como remanescente daquela equipe histórica, Adir declara que fica ressentido cada vez que ouve boatos de que o Cianorte “entregou” ou “vendeu” o jogo de volta.
Cianorte na série D (Foto: Divulgação / Cianorte)Diretoria acha que com elenco atual time consegue passar para Série C (Foto: Divulgação / Cianorte)
- Mesmo não passando de fase, nós temos um grande orgulho daquela partida. A única coisa que não aceito e que o Cianorte não merece é o rótulo de que “entregou a partida” para o Corinthians, através de uma combinação. Nós lutamos, mas faltou mais experiência para a gente administrar o resultado a favor.
Caio Júnior: cria do Cianorte
Quem comandava o recém-criado Cianorte do duelo com o Timão era Caio Júnior, atual técnico do Botafogo. Proveniente de Cascavel, o paranaense começou a sua carreira no Paraná Clube, em 2000, mas organizou o Leão do Vale de 2005, conquistando o título de “campeão do interior paranaense”, que deu direito a uma vaga na Copa do Brasil.
O carinho de Caio Júnior pelo clube do noroeste paranaense continua até os dias atuais. A prova foi dada no início deste ano. Mesmo comandando o Al-Gharafa, no Qatar, ele acompanhava o Cianorte e postou em seu twitter uma mensagem de apoio pela liderança momentânea do Campeonato Paranaense deste ano:
- Parabéns ao Cianorte pela liderança no Campeonato Paranaense. Clube sério e organizado – postou no dia 5 de fevereiro.
Elza, a torcedora oficial do Cianorte
Dona Neusa é torcedora do Cianorte e visita os atletas no vestiário, antes de cada jogo (Foto: Andye Iore / Divulgação)Antes de cada jogo, dona Elza visita os atletas no
vestiário (Foto: Andye Iore / Divulgação)
Com 74 anos recém-completados esta semana, dona Elza Bento Ramos é uma "figurinha carimbada" no clube. Todos a conhecem e a respeitam. A cada jogo do Leão do Vale em casa, a sua presença nos vestiários antes de começar a partida é uma espécie de talismã, que pelo menos na Série D está dando resultados.
- Por toda vida eu gostei de futebol. Conheço boa parte dos jogadores desde crianças e aprendi a ter um amor pelo clube e pelas pessoas - afirmou a fanática torcedora.
O conhecimento dela sobre o Cianorte é invejável. Conhece cada um dos atletas da base e acompanha o crescimento profissional dos pupilos.
- Sempre estou acompanhando o que acontece no Leãozinho (base do Cianorte). Vejo e dou carinho para vários jogadores desde que chegaram aqui no clube - disse Elza, listando Marcinho, Fabinho, Fernando e Danilo, que atua no Londrina.
Atualmente, a principal preocupação é com o jovem goleiro Marcelo, que se lesionou em um jogo-treino com o Cambé e perdeu a posição de titular para o veterano Colombo.
- O Marcelo é um goleiraço, está machucado. Mas tenho um carinho especial por todos eles.
cianorte jogo (Foto: Andye Iore/Cianorte)Campanha na primeira fase da Série D foi boa para o Cianorte, que terminou em segundo do Grupo A8, com, 14 pontos - quatro vitórias, dois empates e duas derrotas (Foto: Andye Iore/site oficial do Cianorte)
A assídua frequentadora do estádio Albino Turbay afirmou que todos no clube, de tão acostumados à sua frequente presença, estranham quando não está por lá.
- Quando eu não vou ao jogo, já se preocupam comigo, imaginando que estou doente ou com algum problema.
Confiante no sucesso do clube do Noroeste paranaense, dona Elza acredita que a próxima conquista do Cianorte será chegar à Série C, em 2012.
Uma curta história do Cianorte
O Cianorte é mais um clube de empresários do futebol brasileiro. Marco Franzato é dono de uma marca de roupas, sediada na cidade, e fundou o novo time em 2002, resgatando a tradicional equipe, extinta em 1993.
A ascensão do Leão do Vale foi rápida. Com um ano de existência, o Cianorte subiu para a elite do futebol paranaense e, em 2003, já conquistou o título de campeão do interior, após terminar o Paranaense em terceiro lugar, atrás do campeão Coritiba e do vice Atlético-PR.
Com o feito, conquistou a oportunidade de disputar a Copa do Brasil de 2005, quando conseguiu o memorável resultado de 3 a 0 sobre o Corinthians.
Desde 2003, o Cianorte jamais caiu da Primeira Divisão do estado. Alternando bons e médios resultados, neste ano conquistou, novamente, o título do interior (veja o vídeo ao lado). De leva, granhou o direito de disputar a Série D do Brasileirão.

Roberto Leal ensina comemoração à lusitana ao elenco da Portuguesa

Torcedor fanático da equipe rubro-verde, cantor dá ritmo português à festa pós-gol dos comandados de Jorginho no Campeonato Brasileiro da Série B

Por Cassio Barco e Marcos Guerra São Paulo
Uma casa portuguesa, com certeza! Assim é o Canindé para Roberto Leal. Apaixonado por futebol, o torcedor do Benfica adotou a Lusa como time do coração quando veio morar no Brasil. O cantor já frequenta o clube há quase 50 anos e está empolgado com o desempenho dos comandados do técnico Jorginho na Série B. Com 50 gols em 24 jogos, o ataque da Lusa vem sendo o trunfo da equipe para se manter na ponta da Segundona. As comemorações, porém, não estão à moda lusitana.
- Tentamos ensaiar uma comemoração com música sertaneja, mas não deu muito certo. Ainda não aprendemos nenhum passo português – disse o meia Henrique.

Para dar um ritmo português ao time, Roberto Leal, a convite do Globo Esporte, ensinou alguns passos ao elenco rubro-verde (veja vídeo acima). Depois de um treino físico exaustivo, os jogadores da Lusa mostraram disposição para ensaiar as coreografias lusitanas. Edno, Guilherme e Henrique até começaram tímidos, mas, no final, “arrebitaram” ao som de “roda, roda, vira, olha se roda bem, mas que raio de festa que eu não encontro ninguém”. Apesar da pouca sincronia do trio, a atuação recebeu elogios do professor-torcedor.
Estou abismado. Não sabia que eles realmente estavam bem com a música tradicional portuguesa"
Roberto Leal, cantor português
- Estou abismado. Não sabia que eles realmente estavam bem com a música tradicional portuguesa. Depois de um treino, normalmente o jogador não tem muita disposição para a dança, mas eles estavam muito bem. Agora, vamos esperar pelo “Bate o Pé” nas comemorações – disse Roberto Leal.

Henrique até “confundiu” a letra da música com a famosa “Vira-Vira” dos Mamonas Assassinas, mas, se a letra ainda não está na ponta da língua, os passos estão bem coreografados. O trio embalou ao som da música portuguesa, assim como está embalado na Segundona.
Artilheiro da Lusa na competição com 11 gols, Edno prometeu estrear a nova coreografia de comemorações já no próximo desafio da Lusa. O atacante foi o mais exaltado por Roberto Leal, que elogiou a entrega do jogador pelo time. Agradecido, Edno diz já ter um quê de português.
- Eu me sinto português. Como a torcida canta, aqui é uma casa portuguesa. Torço sempre pela Lusa. Mesmo quando estive no Botafogo ou no Corinthians, carregava a Portuguesa dentro do coração. Aqui é minha casa, minha família - diz Edno.
Nem mesmo os goleiros escaparam dos ensaios. Eles não fazem gol, mas os “guarda-redes” também decoraram o hino da Portuguesa, que, aliás, foi composto por Roberto Leal. A exemplo dos jogadores de linha, os arqueiros não mostraram muita desenvoltura em coral, mas depois de umas cinco tentativas, enfim, o hino estava na ponta da língua. Eles receberam muitos cumprimentos do cantor, que os parabenizou pelas boas atuações em campo.
Roberto Leal parabeniza Edno (Foto: Marcos Guerra/Globoesporte.com)Roberto Leal parabeniza Edno, que já se sente
português (Foto: Marcos Guerra/Globoesporte.com)
De futebol, Roberto Leal entende bem. Ele sempre foi muito próximo da Portuguesa e também fez muitos amigos no Vasco e no futebol português. Foi nas terras lusitanas que Roberto Leal se tornou grande amigo do técnico Luiz Felipe Scolari. O cantor diz que o treinador, então no comando da seleção portuguesa, utilizava as suas músicas para incitar um espírito nacionalista nos jogadores de Portugal e isso levou a equipe à quarta colocação na Copa do Mundo de 2006.
Roberto Leal diz que ficou amigo de todos os jogadores daquela seleção e coleciona histórias dos bastidores do futebol. Ele jura que até teve participação em algumas transferências de jogadores envolvendo times portugueses e brasileiros. Com a bola no pé, ele também conta vantagem.
- Era centroavante. Queria só marcar gol. Na minha banda, tínhamos um dia de lazer, formávamos um time para jogar futebol. Só que o mais importante era o churrasquinho depois do jogo. Fazia muitos gols, mas o pessoal ajudava também (risos).
Se as músicas de Roberto Leal ajudaram a seleção lusitana a chegar ao quarto posto em uma Copa do Mundo, as comemorações coreografadas ao som de música portuguesa prometem carimbar o acesso da Lusa à elite do futebol nacional. O elenco não quer cantar vitória antes da hora, mas, como torcedor, Roberto Leal não tem dúvidas quanto à promoção para a Série A.
- Como torcedor, posso dizer que a Lusa já subiu. Pela mágica que esse time vem mostrando, só um desastre tira a Lusa da Série A em 2011.
Roberto Leal no treino da Lusa (Foto: Marcos Guerra/Globoesporte.com)Música de Roberto Leal ajudou a seleção portuguesa em 2006 e promete dar uma força para as comemorações da Lusa em busca do acesso à Série A (Foto: Marcos Guerra/Globoesporte.com)

Como nas Olimpíadas de 2008, Brasil vai disputar Pan sem escudo da CBF

Nike confirma que por conta das regras dos Jogos em Guadalajara, equipe canarinho não utilizará o logotipo da Confederação Brasileira de Futebol

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Os uniformes da Seleção Brasileira de futebol que vai disputar o Pan-Americano de Guadalajara, em outubro, no México, já estão definidos. Além de não poder utilizar o escudo da CBF por conta das regras da competição, o time canarinho vai apresentar uma novidade no peito durante os jogos da equipe sub-20, que será comandada pelo técnico Ney Franco: a bandeira do Brasil.
montagem camisa Brasil bandeira (Foto: Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM)Confira a montagem da camisa da Seleção para o Pan (Foto: Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM)
A informação foi confirmada nesta quarta-feira pela Nike, fornecedora de material esportivo da Seleção Brasileira. O Pan não será a primeira competição que a Seleção Brasileira vai atuar sem o escudo da CBF. Nas Olimpíadas de 2008, em Pequim, o time canarinho até estreou no torneio de futebol com o logo da confederação, mas foi obrigado a mudar nas partidas seguintes.
Nesta quarta-feira, o técnico Ney Franco e o supervisor Guilherme Ribeiro participaram de uma reunião para fechar os últimos detalhes da logística da Seleção Brasileira no México. O comandante vai convocar a equipe para a competição na próxima segunda-feira. A apresentação está marcada para o dia 4 de outubro.
Ney Franco vai convocar 18 jogadores para a competição. A comissão técnica será a mesma das conquistas da equipe sub-20 no Sul-Americano, disputado no Peru, e do Mundial, na Colômbia. O time canarinho ficará hospedado na Vila Pan-Americana.

Kaká joga só 15 minutos, e Real não sai do zero com o Racing Santander

Após derrota de 1 a 0 para o Levante, time de Mourino tropeça de novo. Em Madri, Atlético goleia o Sporting Gijón com dois de Falcao Garcia

Por GLOBOESPORTE.COM Santander, Espanha
Marcelo no jogo do Real Madrid contra o Racing (Foto: EFE)Marcelo atuou os 90 minutos pelo Real Madrid
contra o Racing Santander (Foto: EFE)
O Real Madrid tropeçou de novo no Campeonato Espanhol: após derrota de 1 a 0 para o Levante no último domingo, o time de José Mourinho não saiu do 0 a 0 com o Racing Santander nesta quarta-feira, fora de casa, pela quinta rodada. Kaká começou no banco e só atuou nos 15 minutos finais. A equipe merengue agora soma sete pontos em sétimo lugar, enquanto o Racing tem dois e é o 17º.
No estádio Sardinero. Mourinho montou o setor ofensivo do Real com Cristiano Ronaldo,  Benzema, Özil e Callejón. Xabi Alonso e Lass ficaram na marcação, enquanto a defesa teve Arbeloa, Varane, Ricardo Carvalho e Marcelo, além do goleiro Casillas.
EXPRESSO DO ESPORTE: Kaká diz que último ano foi o pior da carreira. Veja o vídeo!
No segundo tempo, a entrada de Di María pela direita melhorou a equipe de Madri, mas mesmo assim o Real criou poucas chances. Kaká entrou apenas aos 30, no lugar de Lass, e pouco produziu.
Sem o meia Diego, machucado, o Atlético de Madri recebeu o Sporting Gijón e venceu por 4 a 0, com dois gols do colombiano Falcao Garcia (Lora, contra, e Domínguez também marcaram). O Atlético também tem sete pontos, em oitavo.
Em casa, o Málaga bateu o Athletic Bilbao por 1 a 0 com um belo gol de falta de Carzola e assumiu a vice-liderança provisória, com nove pontos. O "novo rico" do futebol espanhol contou com Júlio Baptista como titular no ataque, ao lado de Van Nistelrooy e Joaquín, mas deve perder o seu posto nesta quinta, já que o Betis (9) recebe o Zaragoza. O Valencia lidera com 10.
Confira a quinta rodada completa:
Terça-feiraOsasuña 0 x 0 Sevilla
Real Sociedad 1 x 0 Granada
Villarreal 2 x 0 Mallorca
Quarta-feira
Atlético de Madri 4 x 0 Sporting Gijón
Málaga 1 x 0 Athletic Bilbao
Rayo Vallecano 1 x 2 Levante
Racing Santander 0 x 0 Real Madrid
Valencia 2 x 2 Barcelona
Quinta-feira
Espanyol x Getafe
Betis x Zaragoza

Em ano de extremos, Rogério Ceni reencontra seu 'carma' Corinthians

Ídolo do Sâo Paulo é o goleiro que mais sofreu gols do Corinthians na história e acumula números negativos em 53 clássicos disputados

Por Carlos Augusto Ferrari e Marcelo Prado São Paulo
Rogério Ceni no treino do São Paulo (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)Nesta quarta, Rogério e Corinthians se encontram
mais uma vez (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)
Rogério Ceni vive uma temporada que vai do céu ao inferno nos confrontos contra o Corinthians. Pelo Campeonato Paulista, o goleiro teve seu momento de glória ao marcar o gol 100 da carreira no clássico disputado na Arena Barueri. A “resposta” alvinegra veio no primeiro turno do Brasileirão: goleada histórica por 5 a 0, no Pacaembu. Nesta quarta-feira, no último encontro entre os rivais em 2011, a partir das 21h50m, no Morumbi, o ídolo tricolor tem pela frente números desfavoráveis em duelos com o Timão.
Com mais de 20 anos no clube e titular desde 1997, Rogério Ceni é o goleiro que mais sofreu gols do Corinthians, com 81 em 53 jogos. Segundo o pesquisador Celso Unzelte, o segundo colocado é Oberdan Catani, do Palmeiras, com 64 em 34 partidas, seguido de perto por José Poy, também do Tricolor, com 60 em 35. O palmeirense tem a maior média (1,88), contra 1,52 de Ceni e 1,71 do argentino.
Os 81 gols sofridos servem também para colocar o Alvinegro do Parque São Jorge como o clube que mais vezes balançou a rede do goleiro em seus 1.002 jogos na carreira. O número foi alcançado com a goleada , dia 26 de junho, pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro. O Santos aparece em segundo, com 79, e o Palmeiras em terceiro, com 63.
O resultado do último clássico e a marca atingida pelo Corinthians contra o capitão tricolor viraram piada com o diretor de marketing do Timão, Luiz Paulo Rosenberg. Logo depois do expressivo placar, o maior entre os clubes na história do nacional, o dirigente provocou ao dizer que a meta agora é chegar ao centésimo. Faltam 19.
- Infelizmente, o grande Ceni teve um momento de vacilo. Acontece na vida de todos nós, mas nem por isso ele deixará de ser um grande goleiro. Está criado mais um repto: chegar a 100 gols nele. Acho uma contagem interessante. Vamos fazer o possível para brindá-lo com esse troféu também – ironizou.

O duelo desta quarta-feira poderá fazer Rogério Ceni praticamente acabar com a desvantagem que tem contra o Corinthians. Em 53 partidas, ele obteve 18 vitórias, 20 derrotas e 15 empates. Mais do que o Morumbi lotado, o São Paulo tem como aliado a crise que explodiu no rival pela queda de rendimento. Um triunfo fará o Tricolor chegar à liderança e, de quebra, abrir quatro pontos de vantagem para o inimigo.
Mas não é apenas de números negativos que se faz a história de Ceni diante do Corinthians. O Timão sofreu apenas três gols dele (o que mais levou foi o Palmeiras, com sete), porém, sempre perdeu quando ele foi às redes. Em 2005, de pênalti, o goleiro marcou na goleada por 5 a 1, no Pacaembu, pelo Brasileirão. Já em 2007, também em penalidade, comandou novo triunfo por 3 a 1, no Morumbi, pelo Paulistão. No início de 2011, ele chegou ao centésimo gol com os 2 a 1 que quebraram o jejum de 11 partidas sem vitórias no clássico.
- Foi como tinha de ser, de falta, como eu queria. E um gol que decidiu um jogo importante. Mas o fato de ter sido contra o Corinthians não faz diferença, talvez para o torcedor isso seja importante - disse o camisa 1, logo depois do jogo.

D’Alessandro completa 150 jogos pelo Inter: ‘Quero ainda mais’

Meia comemora data voltando ao time, após suspensão, contra o Figueirense nesta quarta-feira

Por GLOBOESPORTE.COM Porto Alegre
D´Alessandro no jogo do Internacional (Foto: Ag,. Estado)D´Ale completa 150 jogos pelo Inter contra o
Figueirense (Foto: Ag,. Estado)
De bem com a vida e querendo muito mais. Assim D’Alessandro completará 150 jogos com a camisa do Internacional nesta quarta-feira, contra o Figueirense, pelo Brasileirão. Há três anos no Colorado, o meia argentino já conquistou seis títulos com o time e sonha com o sétimo no fim do ano.
- Alcançar essa marca importante e com tantos títulos é o que me deixa mais satisfeito. Junto com os companheiros, consegui ganhar muito e atingir grandes objetivos no Inter. E quero ainda mais, para retribuir da melhor maneira todo carinho que o torcedor sempre me transmitiu - disse o autor de 32 gols pela equipe gaúcha, 12 deles na atual temporada, ao seu site oficial.
Das 24 partidas do Colorado no Brasileirão neste ano, D’Alessandro atuou em 17, com oito vitórias, quatro empates e cinco derrotas. Foram 28 pontos conquistados em 51, o que resulta num aproveitamento de 55%, índice que hoje colocaria o time gaúcho em quinto lugar na tabela de classificação, na zona de classificação da Libertadores. Sem o camisa 10, o aproveitamento total é de 38,5% - sete jogos, com uma vitória, cinco empates e um revés.
- Tento contribuir do meu jeito, com meu estilo, e fico feliz que isso traga resultados positivos na maioria das vezes. Retorno com muita vontade de ajudar o nosso time neste momento decisivo do campeonato - conclui o jogador, que estava suspenso na última rodada por ter recebido o terceiro cartão amarelo.
 

'Tiozão' do Sul-Americano, paraguaio esbanja saúde e forma beirando os 40

Na seleção desde os 15, Roberto Bogado diz que preparo mental vale tanto quanto cuidados com o corpo: ‘Tudo passa pela cabeça, pela vontade de jogar’

Por Helena Rebello Direto de Cuiabá
Volei - Roberdo Bogado do Paraguai (Foto: Alexandre Arruda/CBV)Roberto Bogado é o jogador mais velho deste
Sul-Americano (Foto: Alexandre Arruda/CBV)
Enquanto Chile, Uruguai e Venezuela jogam com times quase juvenis, o Paraguai conta em seu elenco com o jogador mais velho do Campeonato Sul-Americano. Aos 39 anos, Roberto Bogado se diz um privilegiado por ter o esporte como um dos pilares de sua vida. E para manter seus 69 quilos e acompanhar o ritmo dos mais novos, o levantador afirma que tudo passa pela busca do equilíbrio mental.
- Creio que tudo passa pela cabeça, pela vontade de jogar. O esporte é lindo. Gosto de desfrutar deste momento com meus companheiros. A vida me deu essa oportunidade. Muita gente gostaria de estar aqui, e eu posso. Temos que cuidar da alimentação, do físico, mas, sobretudo da mente.
Defendendo a camisa do país desde os 15 anos, Roberto viu muitos atletas ingressarem na seleção e se despedirem desanimados pela falta de perspectivas. E diz que, a cada ano, a renovação se torna mais difícil.
- Não temos estrutura e é difícil lançar jogadores jovens. As gerações não surgem aos poucos, ano a ano. Nosso time é simplesmente formado por gente que gosta de jogar vôlei, e não formado em uma escola ou coisa assim – disse o atleta, que trabalha durante o dia como engenheiro agrônomo.
A experiência do capitão é referência para o restante da equipe. O colega José Gaona revela a importância de Roberto em quadra e o exemplo que ele dá para que o time siga trabalhando firme, apesar das dificuldades.
Roberto Bogado no treino de vôlei do Paraguai (Foto: Helena Rebello / Globoesporte.com)Roberto Bogado (dir) puxa a fila no aquecimento paraguaio (Foto: Helena Rebello / Globoesporte.com)
- Ele mostra uma grande forma e segue o ritmo sem qualquer dificuldade. Até puxa a corrida às vezes. Também nos dá esperanças, mostrando que é possível seguir no esporte ainda por muitos anos mais.
Brasil e Paraguai se enfrentam às 22h30m (horário de Brasília) desta quarta-feira. O SporTV transmite todos os lances, ao vivo, direto do Ginásio Poliesportivo Aecim Tocantins.

Como em 2010, RBR vai presentear Vettel com o carro do segundo título

Alemão receberá a 'Kinky Kylie' sem motor. Modelo é avaliado em €1 milhão

Por GLOBOESPORTE.COM Cingapura
vettel rbr gp da bélgica (Foto: Agência Getty Images)Vettel vai ganhar o carro do bi (Foto: Getty Images)
Apesar da RBR dizer que ainda não preparou a festa para o bicampeonato de Sebastian Vettel na Fórmula 1, Dietrich Mateschitz, dono da equipe austríaca, já sabe qual presente dará ao alemão pela conquista de 2011. Assim como no ano passado, o piloto receberá o carro com o qual conquistou o título, o RB7 apelidado de "Kinky Kylie" (Kylie Safada, em uma tradução literal). O modelo, avaliado em €1 milhão (R$ 2,4 milhões), não contará com o mmotor Renault, contudo.
- O presente será o mesmo do ano passado: seu carro do título mundial. Lentamente, sua garagem está se tornando cada vez menor - disse o empresário de 67 anos, em entrevista à agência de notícias alemã DPA.
Em 2010, após Vettel se tornar o mais jovem campeão da história da F-1, Mateschitz entregou o RB6 projetado por Adrian Newey na casa do alemão na Suíça. A direção da equipe se mantém cautelosa quanto à possibilidade do bi em Cingapura, mas o empresário é mais otimista. Ele elogiou bastante seu piloto, que tem uma liderança de 112 pontos para Fernando Alonso.
- Já podemos antecipar que, mais uma vez, chegaremos aos dois títulos neste ano. Sabemos do fato que Sebastian é altamente capaz. Mas o fato de ele conseguir se manter com um excelente desempenho por tanto tempo surpreendeu muita gente fora da equipe.
Vettel, por sua vez, prefere não pensar no presente ainda. Ele não está preocupado com as chances de ser bicampeão já no GP de Cingapura, neste fim de semana.
- Não estou pensando nisso ainda porque ainda não venci nada. O que vai acontecer neste fim de semana não importa. Se estivermos em primeiro após a última corrida, será ótimo.
Horários GP Cingapura 2011 (Foto: ArteEsporte)