segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Dedé se rende ao MMA atual: "Ou pensa no show, ou fica para trás"

Mesmo sendo contra provocações para chamar atenção, experiente técnico admite que precisa se adequar ao estilo. E analisa lutas de Barão e Aldo

Por Rio de Janeiro
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Renan Barão, José Aldo e os atletas da Nova União em geral sempre seguiram a cartilha de respeitar o adversário acima de tudo, conforme foram instruídos pelo mestre Dedé Pederneiras. Muito em função disso, eles talvez ainda não tenham conseguido na mídia e no bolso o destaque e os valores que merecem. Nos últimos anos, as provocações têm se intensificado como forma de chamar atenção para as lutas, e os maiores expoentes desse método vêm sendo muito bem recompensados. Chael Sonnen, por exemplo, disputou cinturão mais vezes do que deveria se analisarmos somente sua técnica, mas ao mesmo tempo colocou os números de pay per view nas alturas com sua polêmica verborragia.
Com o desenrolar dos fatos, Dedé entendeu que a realidade agora é outra e, mesmo contra sua vontade, viu-se obrigado a fazer mudanças na equipe nesse sentido. E Aldo deixou isso claro ao pegar pesado na troca de farpas que teve com Chad Mendes. Nesta entrevista ao Combate.com, o treinador contou que promoverá uma reunião com seus atletas para que todos definam uma nova forma de trabalho. Vender lutas deve passar a integrar os itens da cartilha.
Dedé Pederneiras em seu escritório na academia Upper (Foto: Ivan Raupp)Dedé Pederneiras em seu escritório na academia Upper, no Rio de Janeiro (Foto: Ivan Raupp)
- Não quero ver um atleta meu xingando, empurrando o cara, saindo na porrada. Não quero. Esse é meu lado esportivo, de treinador, professor. Eu me preocupo não só em colocar um atleta para ser campeão do UFC, mas também em ensinar a ele educação, caráter, coisas que ele leva para a vida inteira, independentemente da fase competitiva. Por esse meu lado, falo para você que não gosto dessas coisas e não incentivo. Agora, pelo outro lado, o do "business", a gente vai ter uma reunião aqui justamente para falar disso. Chegamos a um dilema hoje em dia: ou você entra para lutar num evento desse pensando no show também, ou você vai ficar para trás. Vamos nos reunir, todo mundo da equipe, e decidir que posição tomar a partir de agora. (...) É um lado que a gente não queria, mas que vende e que financeiramente vai valer a pena para eles.
É um lado que a gente não
queria, mas que vende e que financeiramente vai valer a
pena para eles"
sobre vender lutas
Dedé Pederneiras recebeu a reportagem em seu escritório na academia Upper, onde fica a equipe Nova União, no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, para tratar desse e de outros assuntos mais analíticos. Sobre o fato de o MMA ter dado uma estagnada no Brasil em relação aos últimos três anos, o técnico afirmou que o país precisa de mais campeões. O único brasileiro campeão do UFC hoje, por sinal, é José Aldo - e Barão tentará neste sábado retomar o título que perdeu em maio. E esse problema, segundo Dedé, dá-se pela cultura do povo verde-amarelo, acostumado a criticar mais do que apoiar.
- Eu acreditava no MMA, mas não acreditava que chegasse em tão pouco tempo ao nível que chegou hoje em dia. E acredito que vai chegar um dia ao mesmo estágio onde chegou o boxe. O problema é que, no Brasil, por mais que você tenha construído uma coisa muito sólida, tenha feito grandes campeões, a partir do momento em que eu não tiver mais campeão vou virar só mais um treinador, e os ex-campeões já terão virado uns m***, já terão deixado de ser "os caras". Enquanto está ganhando, colocam o cara como super-herói. Perdeu? Acabou, o cara é um lixo - declarou.
O líder da Nova União comentou ainda as próximas lutas de Barão e Aldo, nos UFCs 177 e 179, respectivamente. Em relação ao primeiro, disse que tem trabalhado principalmente o psicológico dele para que consiga entrar confiante na revanche contra TJ Dillashaw, no duelo em Sacramento (EUA), que ocorre no fim de semana. Dedé elogiou Junior Cigano, novo integrante do time e que ele acredita ser o melhor peso-pesado do mundo. E disse que a escolha de Duane Ludwig como melhor treinador do mundo no "Oscar do MMA" foi merecida, apesar de apresentar argumentos para não concordar com o resultado.
A seguir, leia a entrevista com Dedé Pederneiras na íntegra:
Combate.com: Olhando agora para a derrota do Renan Barão, três meses depois, você acha que foi acidente de percurso, uma coisa que acontece uma a cada 100 vezes?
Dedé Pederneiras: Não. Se eu achasse isso, estaria sendo louco e provavelmente iria me estrepar na próxima também. Acho que o Dillashaw veio com uma estratégia muito boa para a luta contra o Barão. Foi feliz de ter acertado um pombo daquele? Foi. Se pegar a luta até aquele momento, ele tocava e saía, o Barão tocava e ele saía. Acho que ele tocou mais vezes do que o Barão até aquele momento. Mas como ele estava andando para trás, e o Barão estava caçando ele o tempo todo, isso deixa uma luta bem igualada. Mas aí a mão entrou, e ele ganhou uma confiança que não teria até aquele momento. Tanto que ele estava com medo do confronto direto, estava tocando e fugindo o tempo todo para não ficar nessa.
A luta que o Dillashaw fez foi muito, muito boa. Você se surpreendeu? Achou que ele poderia competir naquele nível?
A verdade é a seguinte: aquela foi a melhor luta que ele fez na vida. Talvez ele nunca mais faça uma luta igual àquela. Ou talvez até faça uma melhor do que aquela, mas acho bem difícil. Acho que aquele era o dia dele. Deus chegou e falou: "Hoje vou te dar seu dia".
Dedé Pederneiras (Foto: Divulgação)Dedé com os campeões Dudu Dantas (Bellator) e Aldo; Barão pode retomar cinturão (Foto: Divulgação)
Como preparar psicologicamente o Barão, um cara que não perdia havia tanto tempo e sofreu uma derrota como aquela?
Acho que o principal são as conversas que a gente está tendo diariamente. Não só eu, como os outros treinadores também. É motivar e botar confiança na cabeça dele. Se o Barão entrar com a confiança que entra normalmente, a luta vai por um caminho. Se ele entrar sem confiança naquilo que sempre fez, vai para outro caminho, um caminho desastroso.
E você, pelo que conhece do Barão, está confiante que ele entrará bem de cabeça?
Sim. Lógico que em luta você pode mudar isso da noite para o dia. Se você toma uma porrada bem dada e não consegue encontrar o cara, existe uma frustração durante a luta. Aí naqueles intervalos você tem pouco tempo para tentar mudar isso. E o próprio cara tem que acreditar naquilo que faz.
A verdade é a seguinte: aquela foi
a melhor luta que ele fez na vida. Talvez ele nunca mais faça uma luta igual àquela. Ou talvez até
faça uma melhor do que aquela, mas acho bem difícil"
sobre a vitória de Dillashaw sobre Barão
O Team Alpha Male enfim ganhou da Nova União numa disputa de cinturão. Acha que eles evoluíram com todas as derrotas para vocês no passado?
A evolução de tudo é uma coisa constante. Nós estamos no topo há muito tempo. Todo mundo que entra na competição mira a gente. Então, os caras veem todo dia tudo o que a gente faz aqui, e nós não temos como fazer isso com todo mundo que está na categoria. Nós somos um ponto, e eles são vários pontos. A gente só se preocupa com um cara quando ele entra na linha de colisão, ou seja, você se preocupa com um cara por três meses, desde o anúncio da luta. Os caras estão se preocupando conosco há anos. Lógico que temos que melhorar fazendo o que já fazemos. Vejo várias lutadores de várias categorias diferentes fazendo coisas que o Aldo faz, e eles nitidamente copiaram, porque ninguém fazia. Isso é normal. Eles estão evoluindo e com certeza vão continuar evoluindo. Eles têm grandes atletas, grandes treinadores, suplementação adequada, um espaço muito maior do que o nosso, têm tudo na mão. Quer dizer, eles têm todas as vantagens, e a gente têm o coração e a vontade.
Quanto ao José Aldo, o que você achou da intensa troca de farpas com o Chad Mendes? Os atletas da Nova União não têm o costume de se envolver nessas polêmicas. Como você está vendo isso?
Cara, as pessoas têm que entender que o MMA hoje, o UFC principalmente, segue dois caminhos: tem o lado esportivo e tem o lado "business" muito grande. No lado esportivo, sempre aprendi e sempre transmiti a todos os meus atletas que você deve respeitar seu adversário independentemente de ter espancado o cara. Sempre tem que ser uma pessoa cordial e tratá-lo da melhor maneira possível. Só que esse modelo para o "business" não é tão atraente. Você vê pessoas chegarem à disputa de título muito mais com o gogó do que com a própria luta. Posso falar que está errado? Não posso. Pelo lado dos negócios, está totalmente certo. Pelo lado esportivo, não posso dizer que está tão certo. Não quero ver um atleta meu xingando, empurrando o cara, saindo na porrada. Não quero. Esse é meu lado esportivo, de treinador, professor. Eu me preocupo não só em colocar um atleta com nível de ser campeão do UFC, mas também em ensinar para ele educação, caráter, coisas que ele leva para a vida inteira, independentemente da fase competitiva. Por esse meu lado, falo para você que não gosto dessas coisas e não incentivo. Agora, pelo outro lado, o do "business", a gente vai ter uma reunião aqui justamente para falar disso. Nós chegamos a um dilema hoje em dia: ou você entra para lutar num evento desse pensando no show também, ou você vai ficar para trás. A gente vai se reunir, todo mundo da equipe, e decidir que posição tomar a partir de agora. Começa na internet, manda uma gracinha para o outro. Esse é o lado "business".
Renan Barão comemora conquista do cinturão com Jair Lourenço e Dedé Pederneiras (Foto: Divulgação/UFC)Dedé ergue Barão na conquista do cinturão ainda
interino do UFC (Foto: Divulgação/UFC)
É uma coisa em que você não pensava anos atrás, mas com o desenrolar dos fatos está tendo que mudar o estilo.
Não pensava e não queria. Assim como uns 10 ou 12 anos atrás eu tive uma reunião com eles. A gente era uma academia de jiu-jítsu e resolveu migrar para o MMA. Falei para eles o seguinte: "Se vocês pensarem em só botar no chão e não trocar em pé, evento nenhum vai querer vocês. Ninguém quer ver um cara só agarrando, às vezes finalizando e às vezes não finalizando. No mercado que vocês estão entrando, que é o americano, os caras querem ver vocês saindo na porrada, trocando em pé. Se tiver queda, tudo bem, mas eles querem ver mais trocação". E a gente veio realmente investindo nessa parte de trocação, defesa e ataque de queda, e acabou dando certo. Então, essa reunião que vou ter com eles é para dizer que o mercado hoje não quer só que eles saiam na porrada em pé, quer que eles falem um monte de m*** do adversário, para chamar atenção do atleta em si e do mercado em geral. É um lado que a gente não queria, mas que vende e que financeiramente vai valer a pena para eles.
Você acha que o Chad Mendes melhorou muito a ponto de oferecer mais perigo ao Aldo do que na primeira luta? Ele passou a nocautear os adversários depois que perdeu no Rio de Janeiro em 2012.
Sempre achei o Chad muito duro, não só ele como todos os atletas do Alpha Male. Acho que ele evoluiu, está mais confiante na parte em pé, mas não vejo evolução só nele. Vejo uma evolução muito grande no Aldo. Ele nocauteou quatro vezes, mas dos caras que ele nocauteou só um ou dois eram ranqueados. Fez lutas boas? Fez. Mas daí a chegar e bater o campeão da mesma forma, existe uma diferença muito grande. Não estou dizendo que é impossível ele ganhar do Aldo. Ele tem a chance como todos que entraram lá tiveram. Só que acho que é um buraco mais embaixo. E a gente não sabe como vai estar a cabeça dele de lembrar que foi nocauteado pelo Aldo, que foi a única derrota dele até hoje, e de lutar no Brasil novamente, que é uma coisa que ele não queria. São fatores que a gente não sabe como vão pesar na cabeça dele, motivando ou desmotivando. Isso é uma incógnita que a gente só vai poder responder depois da luta.
Que nomes da categoria dos penas você destaca? Quem você acha que vai se manter lá em cima a ponto de disputar cinturão?
Acho que o (Conor) McGregor é um moleque que vai se manter ali. É um bom atleta. Acho que o Cub Swanson é um cara bem duro. O Frankie Edgar é um atleta muito duro nessa categoria. Acho que a categoria está recheada de grandes nomes, que têm chance de chegar ali a qualquer momento. O Dennis Bermudez também é um cara bem duro. Tem muita gente boa.
Para mim, o Cigano é um cara
que, se estiver treinado, não vejo ninguém ganhar dele. Não vejo o Cain, ninguém. Se ele estiver em plenas condições de luta, não vejo ninguém ganhar dele"
sobre seu novo aluno
Você sempre treinou atletas mais leves. Agora com o Cigano, o que teve de mudar nos seus treinos para poder atendê-lo?
Nada. Meu treino é igual para todo mundo. A diferença é que a gente procurou trazer caras mais pesados para treinarem com ele. Independentemente de quem venha treinar aqui, a gente não tem que mudar uma estrutura por causa de uma pessoa. Nunca fiz para os meus atletas, muito menos para os que vêm de fora. Aqui todo mundo é igual. Claro que cada luta é uma luta, cada treino é um treino, mas de uma forma geral eu ofereço para o atleta de 52kg a mesma coisa que ofereço para o Cigano: wrestling, boxe, muay thai... E ele vai tentando se adaptar. Se tem um treino que não compensa para ele, a gente tenta ver outro treino, mas estruturalmente se mantém.
O que vê de diferente do Cigano que chegou na Nova União para o Cigano de hoje?
O Cigano é um cara que, quando chegou à minha academia, se machucou muito. Já veio com algumas lesões, e isso foi aumentando aqui. Mas, para mim, o Cigano é um cara que, se estiver treinado, não vejo ninguém ganhando dele. Não vejo o Cain, ninguém. Se ele estiver em plenas condições de luta, não vejo ninguém para ganhar dele.
Hoje você se sente um cara realizado por tudo que conquistou?
Realizado por onde eu cheguei, sim, porque eu não esperava que o esporte crescesse tanto. Eu acreditava no esporte, tanto que tinha uma equipe vitoriosa no jiu-jítsu e resolvi abandonar isso para investir no MMA, e pouca gente tem coragem de fazer isso. Eu acreditava no MMA, mas não acreditava que chegasse em tão pouco tempo ao nível que chegou hoje em dia. E acredito que vai chegar um dia ao mesmo estágio onde chegou o boxe. O problema é que, no Brasil, por mais que você tenha construído uma coisa muito sólida, tenha feito grandes campeões, a partir do momento em que eu não tiver mais campeão vou virar só mais um treinador, e os ex-campeões já terão virado uns m***, já terão deixado de ser "os caras". Enquanto está ganhando, colocam o cara como super-herói. Perdeu? Acabou, o cara é um lixo. Mas não é assim. Lá fora a ideologia é diferente. Se o cara foi campeão uma vez, aquilo fica com ele para o resto da vida. Aqui não, aqui ele é esquecido.
O povo brasileiro critica muito mais do que aplaude.
Sim, sim. O brasileiro quer um super-herói. Quer um vencedor para o resto da vida. Isso não existe no esporte. Aqui não tem a consciência de que o cara também perde. Aí, quando ele perde, é destruído. O Anderson Silva, para mim, foi o cara que mais elevou o nome do Brasil no MMA em popularidade. E depois que perdeu tacaram fogo nele, sem necessidade nenhuma. Com o Minotauro foi a mesma coisa. Foi campeão no Pride e no UFC, e hoje em dia tacam pau nele. A memória do brasileiro em relação não só ao esporte, mas também à política, é muito curta. Só lembram que o cara ganhou hoje. Se perder amanhã, esquecem tudo que ele já fez. Com político é pior. O cara rouba hoje, sai no Jornal Nacional, e daqui a dois anos está sendo eleito de novo. É uma memória muito curta.
Como você disse, esse "boom" do MMA foi bem rápido. Agora você acha que o esporte está um pouco estagnado. O MMA corre algum perigo por conta disso?
Vou te responder essa pergunta com outra pergunta: como você vê o tênis hoje no Brasil, sem o Guga? Não tem. Como você vê a Fórmula 1 sem o Senna? Não tem. A resposta está aí. Você tem que ter ídolo. Se no MMA não existir ídolo, vai acontecer a mesma coisa. Procuro sempre analisar tudo que faço pelo que já aconteceu em qualquer situação. Quando o jiu-jítsu explodiu no Brasil, na época eu fazia judô e já tinha treinado muay thai. Vi todos esses esportes terem um "boom" muito grande, os professores ganharem muito dinheiro, e depois murcharem. Todos os que souberam investir o que ganharam nesse momento de vacas gordas continuaram num nível de vida relativamente bom. Quem não soube investir e torrou tudo achando que aquilo nunca fosse acabar se estrepou. O MMA vai ser a mesma coisa. Se a gente não tiver um campeão, se não tiver Aldo, Barão, nenhum campeão, a tendência é diminuir. As crianças têm que ter um ídolo, os jovens e os adultos também. Se a gente não tem um campeão, pouca gente vai torcer para o Jon Jones. Sempre teremos os amantes de MMA, mas o novo, o cara que não conhecia e vai passar a conhecer, a gente não vai ter. O novo fã vai porque tem um brasileiro se destacando, ou vários brasileiros. Se isso não acontecer, vamos virar o tênis, a Fórmula 1.
José Aldo ouve atentamente os conselhos de Dedé Pederneiras durante o treino (Foto: Leandro Lima)José Aldo ouve atentamente os conselhos de Dedé Pederneiras durante treino (Foto: Leandro Lima)
Muita gente acha que você é o melhor treinador de MMA do mundo. O que o Dedé acha disso?
Acho que estou entre os melhores. Me achar o melhor é difícil falar. Mas acho que tenho muita experiência. Dentro do mercado atual, se não for o mais experiente, sou um dos mais experientes. Hoje minha equipe está se destacando dentro do UFC, mas ela se destacou no Japão, na Europa. Não faço isso há cinco anos. Meu primeiro atleta lutou no UFC 9, que foi o Rafael Carino, e ganhou. O UFC 9 foi em 1996. A maioria dos treinadores que está no mercado provavelmente tem menos tempo do que eu em questão de ter atletas vitoriosos.
E quem você coloca nesse grupo seleto?
Tem muita gente. É difícil falar uma pessoa e esquecer outra. Tem uma seleção de cinco que eles colocam no MMA Awards ("Oscar do MMA"), e acho que sempre faltam grandes treinadores lá. Falando de brasileiros, o (Luiz) Dórea é um grande treinador, o (Josuel) Distak também. Esse menino de São Paulo (Diego Lima) que está fazendo um trabalho na Chute Boxe é um grande treinador. São pessoas que não estão naquela lista, mas mereciam estar. Em vez de ser um grupo de cinco, deveria ser de 15. E a maioria dos que estão lá é treinador de cinco ou 10 anos para cá. Você vê uma equipe que coloca o atleta para competir só num lugar. Sou americano, e minha equipe só compete aqui. Sou um bom treinador? Sou. Mas quero ver a equipe que coloca os caras para serem campeões no Japão, na Europa, ou seja, rodar para ver como acontece. Tem que colocar o cara para rodar em tudo quanto é lugar, e o cara vencer em tudo quanto é lugar. Se pegar os treinadores que são sempre os escolhidos e analisar quem eles fizeram campeões pelo mundo, talvez essa lista diminua.
E o que você achou de Duane Ludwig ter sido eleito o melhor treinador do mundo?
Cara, foi merecido. Ele está fazendo um grande trabalho, chegou a colocar vários atletas ano passado para disputar cinturão. Este ano foi a prova de que ele é um grande treinador, fez o TJ campeão. Você vê a melhora nítida do pessoal do Alpha Male na parte em pé. Eu talvez poderia ponderar em algumas coisas. A votação é feita anualmente, então quando você coloca anualmente, não vi melhor equipe nem melhor treinador do que a gente no ano passado. Porque no ano de 2013 a gente tinha dois campeões no UFC e um no Bellator, coisa que nenhuma equipe tinha e nenhum treinador tinha. Então, talvez minha única discordância pudesse ser essa. Agora, em relação a méritos de quem ganhou, não tenho dúvida que ele merece.

Com pneu, Sharapova abafa Kirilenko e retorna com vitória ao US Open

Russa ganha dez games seguidos e avança com tranquilidade à 2ª rodada

Por Nova York
Comente agora
Não importou o esforço da compatriota Maria Kirilenko, Maria Sharapova levou a melhor no duelo entre russas nesta segunda-feira, pela primeira rodada do US Open. No retorno ao Grand Slam americano depois de não ter disputado a edição do ano passado por causa de uma lesão no ombro direito, a atual número 6 do mundo conseguiu superar a boa atuação da 113ª do ranking da WTA nos minutos iniciais, tornou o confronto tranquilo e se classificou para a segunda rodada por 2 sets a 0, parciais de 6/4 e 6/0.
tenis maria sharapova us open (Foto: EFE)Após ausência em 2013, Sharapova vence Kirilenko no jogo de estreia deste ano em Nova York (Foto: EFE)
No começo da partida, Sharapova desperdiçou break points e acabou sendo quebrada no quinto game com um erro não forçado de direita. Já controlando mais o jogo, ela devolveu a quebra no oitavo game e seguiu melhor até faturar o quarto game seguido para encerrar o primeiro set. A ex-número 1 do mundo seguiu com a sequência vitoriosa até faturar o décimo game consecutivo depois de uma dupla falta de Kirilenko, sacramentando assim a classificação com o pneu (6/0).
A próxima adversária de Sharapova em Nova York, em partida a ser realizada nesta quarta-feira, será a romena Alexandra Dulgheru (95ª do ranking), que passou na estreia pela tcheca Kristyna Pliskova (92ª) por 6/3 e 6/4.
O SporTV2 transmite ao vivo o US Open, a partir de 12h (horário de Brasília).
Outros resultados desta segunda-feira:
Venus Williams (EUA) 2 x 1 Kimiko Date-Krumm (JAP) - 2/6, 6/3 e 6/3
Simona Halep (ROM) 2 x 1 Danielle Rose Collins (EUA) - 6/7(2), 6/1 e 6/2
Agnieszka Radwanska (POL) 2 x 0 Sharon Fichman (CAN) - 6/1 e 6/0
Angelique Kerber (ALE) 2 x 1 Ksenia Pervak (RUS) - 6/2, 3/6 e 7/5
Jelena Jankovic (SER) 2 x 0 Bojana Jovanovski (SER) - 6/2 e 6/3
Caroline Wozniacki (DIN) 1 x 1 Magdalena Rybarikova (EVQ) - 6/1, 3/6 e 2/0

Jobson viaja para o Rio e deseja nova chance no Bota: "Estou à disposição"

Atacante fica na expectativa de decisão a ser tomada após reunião de seus advogados e dirigentes do Alvinegro, com o qual tem contrato até o fim de 2015

Por Rio de Janeiro
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Jobson Botafogo x bangu (Foto: Pedro Vilela / Futura Press)Jobson nos tempos de Botafogo: desejo de mais uma chance no clube (Foto: Pedro Vilela / Futura Press)
Na tarde desta segunda-feira, Jobson embarcou com o destino ao Rio de Janeiro, mas rumo ao desconhecido. Sua intenção é se apresentar ao Botafogo, clube com o qual tem contrato até dezembro de 2015. No entanto, ainda não sabe quais são os planos do clube. Uma reunião de seus advogados com dirigentes alvinegros nesta semana deve selar o destino, mas desde já o atacante tem clara a vontade de retornar a General Severiano.
- Quero jogar no Botafogo, sim. Mas isso vai depender do clube. Primeiro pretendo me apresentar, treinar e esperar que haja um acordo. Espero ter uma chance, mas por enquanto vou ficar caladinho esperando essa decisão - disse.
Jobson vem de um período de dificuldades no Al Ittihad, da Arábia Saudita. Após conviver com atraso de salários, chegou a ter o passaporte retido. O atacante acredita que o retorno ao Brasil será mais uma importante oportunidade para recuperar um bom futebol, em outro clube ou no Botafogo.
- Não sei como vou ser recebido pelo clube ou pela torcida, mas quero conversar. Estou à disposição. Sei que vou ter que mostrar algo a mais, mas primeiro preciso treinar. Quero dar a volta por cima - ressaltou Jobson.
O Botafogo vem conversando com os advogados de Jobson para decidir o futuro do jogador. A intenção do clube é negociá-lo, seja por empréstimo ou em definitivo. No entanto, o clube entende que, enquanto isso, precisa colocar sua estrutura à disposição para que o atacante treine com regularidade. Caso o Alvinegro não encontre um clube interessado em Jobson, naturalmente ele passará a ficar à disposição da comissão técnica, mesmo que trabalhe no grupo dos atletas que não estão nos planos.

Cristóvão defende Fred e diz que não foi pressionado a escalá-lo após Copa

Técnico do Flu ressalta que a volta do atacante ao time tricolor foi pensada
de forma gradativa, para recondicioná-lo: "Sabia o que estava fazendo"

Por São Paulo
Comente agora
Com apenas um gol em seis partidas na Copa do Mundo, Fred tem convivido no país com as críticas pelo desempenho tanto pessoal como de todo o time no Mundial. E a crise do camisa 9 chegou às Laranjeiras, já que o Fluminense também teve uma queda de rendimento, que acabou também na conta do centroavante. No “Bem, Amigos!”, o técnico do Fluminense, Cristóvão Borges, saiu em defesa de seu jogador, e garantiu não ter tido pressão alguma para colocá-lo de volta no time após a Copa (assista ao vídeo).
- Nenhuma (pressão). Não sei como é que as pessoas passaram a falar sobre isso, porque antes da Copa o Fred era titular do time, vinha jogando e fazendo gols. E depois da Copa, esse “legado maravilhoso" que colocaram na conta dele, que foi o jogador responsável por tudo de ruim que tinha acontecido, passaram a usar um pouco também no Fluminense. A equipe teve uma queda técnica, mas quando começou ele nem estava jogando, depois que ele entrou, só que no Fluminense tudo que acontece é o Fred. É o mesmo de antes da Copa, passou por dificuldades, mas ele se encontra no Fluminense porque é uma equipe criativa. Depois da Copa, ele teve um desgaste emocional muito grande, teve que descansar, e na volta teve que se recondicionar - afirmou.
Fred comemora gol Fluminense x Sport (Foto: Matheus Andrade / Photocamera)Fred comemora um dos gols contra o Sport
(Foto: Matheus Andrade / Photocamera)
Após o fim da Copa do Mundo, Fred ganhou uma folga de dez dias, enquanto o Fluminense vivia boa fase no Brasileiro. Ele voltou a jogar diante do Goiás, e entrou aos 16 minutos do segundo tempo, na vitória por 2 a 0. Depois, foi titular na vitória por 3 a 0 diante do América-RN, ainda sem gols. Em seguida veio uma série de quatro jogos sem vitórias, porém, Fred não jogou no empate com o Coritiba, e na eliminação da Copa do Brasil, diante do América-RN, o Fluminense ganhava por 2 a 1, com um gol dele e uma assistência, quando não voltou do intervalo devido a um choque no joelho no primeiro tempo.
- Todo mundo queria saber quando eu ia colocar ele para jogar. Se eu colocava ele um pouco para se recondicionar, falava-se. E eu tinha que ter calma, sabia o que estava fazendo, tinha que ir colocando ele para se recondicionar. Não sofro pressão nenhuma. Se tiver também, tudo certo - disse Cristóvão.
Mas se Fred não tinha tanta participação em meio ao momento ruim da equipe tricolor, a vida do atacante ficou mais complicada no clássico com o Botafogo, quando o Fluminense perdeu por 2 a 0 e o camisa 9 desperdiçou um pênalti. Na derrota para a Chapecoense, na rodada seguinte, Fred passou em branco de novo, e na volta ao Rio ameaçou uma greve do time, depois que torcedores ameaçaram alguns atletas no desembarque. Neste último domingo, contra o Sport, as pazes foram refeitas com dois gols e uma assistência na goleada por 4 a 0. Não se sabe até quando ela vai durar.

Com propostas em mãos, Santos e Doyen discutem liberação de Damião

Milan e Benfica estão interessados no futebol do camisa 9 do Peixe. Os europeus querem contar com o atacante por empréstimo, mas ele precisaria abaixar salários

Por São Paulo
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Leandro Damião Santos (Foto: Ivan Storti / Divulgação Santos FC)Leandro Damião tem sondagens para deixar o Santos (Foto: Ivan Storti / Divulgação Santos FC)
O atacante Leandro Damião tem propostas para deixar o Santos antes do dia 30 deste mês, quando a janela de transferências para a Europa fecha. Milan, da Itália, e Benfica, de Portugal, querem o camisa 9 do Peixe por empréstimo. O interesse dos clubes foi revelado pelo jornal "Lance". O assunto é discutido pelo clube e pela Doyen Sports, responsável pela compra do jogador do Internacional por R$ 42 milhões.
Apesar do interesse milanês, os portugueses estão com mais força no negócio. Para trocar de país, porém, Damião precisaria abaixar o salário. Na Vila Belmiro, ele recebe R$ 700 mil mensais, mas o Benfica estaria disposto a pagar "só" R$ 600 mil. Esse fator dificulta o negócio.
Além disso, Santos e Doyen não têm certeza se tirá-lo do clube agora é a melhor opção.Há correntes nas duas partes que ainda acham que o atacante pode voltar a desempenhar o futebol apresentado no Internacional até dezembro, o que o valorizaria e despertaria o interesse de outros clubes, que poderiam fazer uma oferta de compra. Até o momento, alguns clubes já demonstraram interesse nele - até brasileiros -, mas nenhum fez proposta de compra.
Outro entrave é que o Alvinegro já avisou a empresa que precisa de uma peça de reposição caso o camisa 9 seja negociado. Como o Campeonato Brasileiro já está na 17ª rodada, praticamente todos os jogadores da posição disputaram mais de seis jogos - limite permitido para trocar de clube e disputar a competição ainda este ano. Por isso, a Doyen teria de achar alguém na Série B.
Leandro Damião foi contratado pelo Santos no início deste ano. O time da Vila Belmiro terá cinco anos para devolver os R$ 42 milhões, mais juros de 10% ao ano, à Doyen Sports, que desembolsou o montante para tirar o centroavante do Internacional. Até então, ele marcou seis gols em 23 jogos disputados e não caiu nas graças da torcida.
*Bruno Giufrida colaborou sob supervisão de Adílson Barros

De olho na Tríplice Coroa, Cruzeiro tenta virar copeiro e driblar calendário

Para repetir feito de Alex & Cia em 2003, time de Marcelo Oliveira precisa encarar jogos em sequência e superar baixo rendimento recente em torneios de mata-mata

Por Belo Horizonte
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Líder do Brasileirão com sete pontos de vantagem, campeão do primeiro turno e dono de um futebol mais que convincente, o Cruzeiro inicia nesta semana mais um objetivo: brigar pelo título da Copa do Brasil. Mais do que isso. Sonha repetir o feito de 2003, quando conquistou a Tríplice Coroa, vencendo o Campeonato Mineiro, a Copa do Brasil e o Brasileiro (relembre o feito assistindo ao vídeo acima). Em 2014, o Estadual já foi. E cada vez mais forte no objetivo de defender o título nacional, o time mineiro vê a possibilidade de repetir o feito de Alex & Cia, 11 anos depois. Para isso, no entanto, tem que encarar um calendário apertado, além de superar o rendimento recente em torneios de mata-mata. Enquanto o time de Marcelo Oliveira sobra nos pontos corridos, disputas como a Copa do Brasil têm se mostrado um calo para a Raposa, que não consegue mostrar a mesma autoridade do Brasileirão.
O sonho de repetir a Tríplice Coroa é real, embora não seja um objetivo definido, como explica o gerente de futebol do clube mineiro, Valdir Barbosa.
- Nós não temos um projeto para conquistar a Tríplice Coroa. Esse projeto não existe. Agora, é lógico que o caminho está aberto. Temos condição de ganhar a Copa do Brasil e o Brasileiro. Se a gente fechar dessa maneira, ótimo, batemos mais uma vez a Tríplice Coroa. Mas não há programação nenhuma em torno disso.
Não há programação, mas oportunidade. O Cruzeiro já entra nas oitavas de final da Copa do Brasil, encarando o Santa Rita-AL nesta quarta-feira, no Mineirão. Para levar mais duas taças este ano, terá que comprovar a força do grupo, pois vai praticamente até o fim do ano jogando no meio e no fim de semana.
João Paulo Flamengo x Cruzeiro (Foto: Alexandre Vidal / Flaimagem)Eliminação para o Flamengo no ano passado serve de alerta (Foto: Alexandre Vidal / Flaimagem)
Histórico recente serve de alerta
O atacante Willian lembrou que a saída precoce para o Flamengo nas quartas da Copa do Brasil do ano passado acabou ajudando na conquista do título Brasileiro, já que permitiu ao time mineiro se concentrar no campeonato. Em 2014, no entanto, com chance de brigar pelos dois, o Cruzeiro terá de usar a qualidade do elenco.
- A gente tem grupo para isso. Creio que quando o Marcelo optar, quando for mesclar, todo mundo está preparado para fazer seu melhor, independentemente da competição. O Cruzeiro tem um plantel vitorioso, que quer marcar história. Tem que contar com todo mundo. Esperamos avançar na Copa do Brasil, chegar mais longe que no ano passado e manter esse ritmo no Brasileiro para novamente conseguir o título de novo - diz Willian.
Se para levar o Brasileirão basta manter o ritmo, para conquistar a Copa do Brasil e, consequentemente, a Tríplice Coroa, o Cruzeiro precisa fazer algo de diferente. Se o time de Marcelo Oliveira sobrou no Brasileirão passado e tem a chance de fechar um primeiro turno em 2014 ainda melhor que o anterior, o rendimento em torneio eliminatórios não é o mesmo. Na Copa do Brasil de 2013, queda nas quartas de final para o Flamengo, após vitória no Mineirão no primeiro jogo. Na Libertadores deste ano, saiu também nas quartas, de forma considerada precoce, para o San Lorenzo.
Marcelo oliveira cruzeiro e Grêmio (Foto: Gualter Naves / Light Press)Marcelo terá de montar time para jogar duas vezes por semana até o fim do ano (Foto: Gualter Naves)
O lateral-direito Ceará admitiu que é diferente jogar partidas eliminatórias como a Copa do Brasil. Para ele, o Cruzeiro precisa evoluir em alguns pontos, se concentrar em não sofrer gols como mandante, e buscar tentos fora de casa.
- A diferença é que o Cruzeiro tem a mesma dinâmica todos os jogos. E as equipe que jogam tudo numa competição de mata-mata se motivam de uma maneira diferente, acabam reunindo forças de onde não tem. São diretores prometendo bicho, premiações, para que aquele seja o jogo da vida das equipes. O Cruzeiro não tem esse hábito. O Cruzeiro tem o hábito de jogar todos os jogos como finais, então, dá o máximo possível. Por isso temos essa regularidade dentro dos pontos corridos. Às vezes, no mata-mata, um detalhe ou outro acaba nos prejudicando. Mas vamos tentar ir até o fim nas duas competições.
Cruzeiro e Santa Rita-AL jogam nesta quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), no Mineirão, em Belo Horizonte. O jogo da volta será na outra quarta, no mesmo horário, no estádio Rei Pelé, em Maceió. Se passar pelo time alagoano, a equipe mineira vai enfrentar Vasco ou ABC nas quartas de final. Maior vencedor da competição, com quatro títulos, o time celeste pode ver um clássico contra o Atlético-MG, algo que foi muito esperado na Libertadores, ocorrer na final da Copa do Brasil.  

Palmeiras sugere contrato por produtividade, e Ronaldinho estuda

Estafe do meia chega a pedir parte das rendas dos jogos e até dos contratos de patrocínio, mas clube não aceita; ideia é pagar salário mais aditivos por metas

Por São Paulo
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Ronaldinho Gaúcho (Foto: Maurício Paulucci / Globoesporte.com)Ronaldinho Gaúcho: reforço para o Palmeiras?
(Foto: Maurício Paulucci / Globoesporte.com)
O Palmeiras fez uma oferta a Ronaldinho Gaúcho, que fez uma contraproposta. O Verdão não aceitou os termos e formalizou uma nova proposta, que está agora sendo estudada pelo meia. Há uma possibilidade - ainda que remota - de que o acerto seja costurado até esta terça-feira, data do centenário do clube.
Dirigentes do Palmeiras mantêm contato com os representantes do atleta. O que está sendo discutido são os vencimentos do jogador. O Verdão teria oferecido cerca de R$ 300 mil mensais, mais aditivos por produtividade, com metas a serem estipuladas.
O estafe de Ronaldinho chegou a sugerir que ele recebesse parte da renda dos jogos e até de contratos de patrocínio, mas o Palmeiras não aceitou os termos. Outra pendência é definir o tempo do contrato: até dezembro ou até o fim de 2015? A ordem no Verdão é manter os pés no chão e não se empolgar com a negociação.
- Não falamos sobre nenhuma contratação que esteja em curso, nem sobre uma contratação que alguém ache que esteja em curso e não esteja - disse o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, durante evento Câmara Municipal de São Paulo, na noite desta segunda-feira.

O motivo de os palmeirenses terem adotado essa postura é bem simples. Em duas oportunidades, Ronaldinho esteve bem perto de acertar com o clube, mas, nas duas ocasiões, acabou optando por acertar com outros clubes - Flamengo, em 2011, e Atlético-MG, em 2012.
Na última semana, o jogador foi oferecido ao Palmeiras. Mas, como o atleta também estava na mira do Santos, o Verdão manteve frieza nas negociações para evitar um leilão entre os rivais paulistas.

Na ocasião, aliás, o clube emitiu nota oficial afirmando que o último contato entre o Palmeiras e os representantes do meia havia acontecido no início da temporada. De lá para cá, porém, as conversas evoluíram.

Para evitar mais euforia entre torcedores, que fazem campanha nas redes sociais para que o jogador seja anunciado como reforço durante a cerimônia em comemoração ao centenário do clube, em evento que será realizado na noite desta terça-feira, o Verdão não comenta publicamente a negociação. No clube a postura é de não comprometer ainda mais já difícil situação financeira palmeirense.

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