segunda-feira, 18 de julho de 2011

A oito pontos do 16°, Atlético-PR tem pior cenário de lanterna desde 2003

Nos pontos corridos, último nunca esteve tão distante de sair do Z-4. Porém, nesses oito anos, 22 de 30 times conseguiram fugir da zona de rebaixamento

Por Fernando Freire Curitiba
Um lanterna nunca esteve em situação tão complicada quanto a do Atlético-PR no atual Campeonato Brasileiro. Com apenas dois pontos em dez jogos, o Furacão está a oito do Bahia, 16° colocado e logo acima da zona de rebaixamento. É a maior distância entre o último colocado e o primeiro fora da Z-4 após as 10 primeiras rodadas desde 2003, quando a competição passou a ser disputada no sistema de pontos corridos. O levantamento leva em conta adiamentos de jogos, mas que não tiveram efeito direto na parte de baixo da tabela.
O time que viveu situação mais semelhante ao do Rubro-Negro foi o Santa Cruz, em 2006. Na ocasião, a equipe pernambucana tinha três pontos, contra 10 do Botafogo, o 16° na ocasião. O Santa não reagiu e acabou rebaixado à Série B do ano seguinte.
O próprio Atlético-PR em 2005, ano em que chegou à final da Taça Libertadores, ficou a sete pontos do primeiro fora da zona de rebaixamento. A equipe paranaense venceu a primeira partida apenas na 11ª rodada, mas arrancou e terminou aquele Brasileirão na sexta posição.
marcone bahia gol atlético-pr (Foto: Geraldo Bubniak / Agância Estado)Atlético-PR está a oito pontos do Bahia, para quem já perdeu (Foto: Geraldo Bubniak / Agância Estado)
Desde então, a distância entre o 20° e o 16° colocados depois de 10 jogos vinha caindo. Nos últimos dois anos, o equilíbrio foi grande. Em 2009, o lanterna Avaí estava a apenas três pontos do Cruzeiro, primeiro fora da Z-4. No ano passado, o Atlético-GO, último colocado, também tinha três a menos que o Atlético-PR, que ocupava a 16ª posição. Já em 2006 e 2007, dois times que estavam entre os últimos não conseguirem reagir e caíram para a Série B.
Ano Último colocado Primeiro fora da Z-4 Diferença de pontos
2003 Goiás Fortaleza 3
2004 Botafogo Vasco 5
2005 Atlético-PR Figueirense 7
2006 Santa Cruz Botafogo 7
2007 Náutico Santos 5
2008 Fluminense Sport 5
2009 Avaí Cruzeiro 3
2010 Atlético-GO Atlético-PR 3
Um consolo para o torcedor do Rubro-Negro paranaense é que a maioria dos times que ocupavam a zona de rebaixamento após dez rodadas conseguiram se recuperar e permanecer na elite nacional. Em 2003, 2004 e 2010, nenhum time que ocupava a Z-4 nesta altura do campeonato caiu. Em 2005, 2008 e 2009, apenas um dos quatro foi rebaixado. Já em 2006 e 2007, dois times que estavam entre os últimos não conseguirem reagir e caíram para a Série B.
Ano Estavam na Z-4 e se livraram Estava(m) na Z-4 e caiu (caíram)
2003 Goiás e Fortaleza Nenhum
2004 Corinthians, Fla, Paysandu e Botafogo Nenhum
2005 Atlético-PR, Flamengo e Vasco Atlético-MG
2006 Corinthians e Palmeiras Fortaleza e Santa Cruz
2007 Flamengo e Náutico América-RN e Juventude
2008 Fluminense, Goiás e Santos Ipatinga
2009 Avaí, Botafogo e Fluminense Náutico
2010 Atlético-GO, Atlético-MG, Grêmio e Vasco Nenhum
O próximo desafio do lanterna Atlético-PR é contra o Botafogo, às 18h30m (horário de Brasília) de sábado, na Arena da Baixada. Mesmo se vencer, o Furacão permanece na última posição, já que o 19° colocado, o Avaí, tem seis pontos - quatro a mais.

Discurso afinado em desembarque: cabeça erguida e bola para frente

Elias, que assistiu à derrota diante do Paraguai no banco de reservas, lamenta não ter podido ajudar em campo

Por Marcos Guerra Guarulhos, SP
elas  desembarque seleção brasileira   (Foto: Marcos Guerra/Globoesporte.com)Elias diz que eliminação dói muito
(Foto: Marcos Guerra/Globoesporte.com)
Depois da desclassificação na Copa América, os jogadores da Seleção Brasileira chegaram ao aeroporto de Guarulhos com um discurso na ponta da língua: manter a cabeça erguida e aprender com a lição. Bastante abatidos, alguns como Robinho e Luisão preferiram não comentar a derrota nos pênaltis diante do Paraguai. Por outro lado, Elias, que viu tudo do banco de reservas, disse estar tão aborrecido quanto os companheiros em campo.

- Dói muito, porque estamos prontos para ajudar e não podemos fazer nada. Quando perde, o grupo inteiro perde, então estou tão chateado quanto os que jogaram. Agora, temos de trabalhar, levantar a cabeça e que isso sirva de lição – disse Elias.
Maicon seguiu a linha de pensamento do volante.

- Nem sempre as coisas saem como queremos, mas precisamos manter a cabeça erguida. É vida que segue. São grandes jogadores, que vão amadurecer bastante com essa derrota – explicou o lateral.

O Brasil teve sua melhor apresentação na Copa América, mas não conseguiu passar pelo goleiro Villar. Nem mesmo nos pênaltis o arqueiro foi vazado. Foram quatro tentativas dos brasileiros sem sucesso. Um desempenho que rendeu elogios do técnico paraguaio Gerardo Martino, que reconheceu a superioridade do time canarinho. Elias, porém, preferia um enredo oposto.

- Queria que o Brasil tivesse jogado mal, mas vencido. Futebol é assim mesmo. Temos de aprender com as situações – lamenta o jogador.

Adilson Batista chega ao São Paulo falando em se reerguer na carreira

Novo técnico estreia no sábado, contra o Atlético-GO, às 18h30, no Morumbi

Por Marcelo Prado São Paulo
O técnico Adilson Batista foi apresentado nesta segunda-feira à tarde como novo técnico do São Paulo. Ele substitui Paulo César Carpegiani, demitido há duas semanas. Adilson conheceu os jogadores no domingo, pouco antes da partida contra o Inter, em Porto Alegre, mas só começa a trabalhar nesta terça-feira. A estreia será no sábado, contra o Atlético-GO, às 18h30, no Morumbi, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. Junto com ele, chegou o auxiliar-técnico Ivair. O restante da comissão técnica será a mesma que vinha trabalhando com ex-técnico Paulo César Carpegiani.
O vice-presidente de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes, apresenta o técnico Adilson Batista (Foto: Marcelo Prado / Globoesporte.com)O vice-presidente de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes, apresenta o técnico Adilson Batista (Foto: Marcelo Prado / Globoesporte.com)
Adilson estava desempregado desde o mês passado, quando foi demitido do Atlético-PR. Foi a terceira demissão dele em um ano – antes, fora desligado do Corinthians e do Santos. Por isso, Adilson sabe que terá de lidar com a desconfiança de muitos torcedores em sua chegada ao Morumbi.
- É mais um desafio, entendo a preocupação de me reerguer. Tive duas passagens curtas nesse estado, é um aprendizado. Tenho só 43 anos, espero trabalhar mais uns 20 anos dentro do futebol. Espero estar melhorando. Recebi a chance em um clube que pode me proporcionar uma conquista e alavancar a minha carreira. Pelo meu empenho, sei que tenho tudo para crescer profissionalmente - disse o treinador.
Adilson Batista (Foto: Marcelo Prado / GLOBOESPORTE.COM)Treinador terá seis meses para mostrar trabalho
a (Foto: Marcelo Prado / GLOBOESPORTE.COM)
Adilson assinou até dezembro com o São Paulo, um contrato bem mais curto do que seus antecessores Paulo César Carpegiani, Ricardo Gomes e Muricy Ramalho - todos tinham contratos de pelo menos uma temporada. Ele receberá salários de R$ 180 mil mensais, bem abaixo do que ganhava Paulo César Carpegiani. Pelo acordo que fechou com a diretoria tricolor, caso ele renove contrato para 2012, o que só acontecerá no caso do time no mínimo ter uma vaga na próxima Taça Libertadores da América, ganhará um substancial aumento.
- O contrato de quatro meses é só uma circunstância, apresentamos uma proposta, o que menos falamos foi a duração de contrato, nós mostramos uma proposta de trabalho - justificou o diretor de futebol, Adalberto Batista.
- Fizemos até o fim do ano, para poder discutir depois com mais propriedade um novo contrato, com mais tempo de duração - emendou o dirigente.
O técnico disse não se sentir incomodado com o curto contrato.
- Quero agradecer as palavras da diretoria, tenho respeito e admiração pelo clube. Esta é uma chance única. O acerto me deixou contente, pela grandeza do clube. Estou preparado, sabendo das cobranças por resultados, mas com a convicção de fazer o melhor.
Estou maduro, consciente, tranquilo, sabendo da importância de dirigir o São Paulo. Eu melhorei e vocês vão perceber isso no dia a dia"
Adilson Batista
Adilson foi bombardeado com perguntas sobre seus consecutivos fracassos no Corinthians, no Santos e no Atlético-PR. Sem perder a compostura, e mostrando serenidade, o técnico tratou de se defender, lembrando que foi seu sucesso no Cruzeiro em jogos contra o São Paulo que o credenciou a ser bancado agora pela diretoria do Morumbi:
- Foram três trabalhos em nove meses. Antes disso era um excelente trabalho no Cruzeiro. Naquela época tinha grandes jogos contra o São Paulo e é por isso que aqui estou. São turbulências, provações da vida, mas às vezes Deus está reservando algo melhor ali na frente e eu estou acreditando nisso.
Questionado se esta seria sua "última chance" num grande clube paulista, Adilson respondeu:
- Volto a repetir, tenho mais 20 anos dentro do futebol. Temos de dividir responsabilidades dentro do futebol. Tenho minha parcela, mas são "n" fatores que acontecem dentro de um clube.
Adilson admitiu que as três experiências recentes o fizeram rever alguns conceitos, principalmente de comportamento. Ele nunca conquistou um título nacional ou internacional como treinador - apenas estaduais -, mas se mostra otimista em quebrar esse tabu no Tricolor.
Auxiliar Ivair, Milton Cruz, João Paulo de Jesus Lopes, Adilson Batista e Adalberto Baptista na apresentação do novo técnico do São Paulo (Foto: Rubens Chiri / Site oficial do São Paulo FC)Auxiliar Ivair, Milton Cruz, João Paulo de Jesus Lopes, Adilson Batista e Adalberto Baptista na apresentação do novo técnico do São Paulo nesta segunda-feira (Foto: Rubens Chiri / Site oficial do São Paulo FC)
- Estou maduro, consciente, tranquilo, sabendo da importância de dirigir o São Paulo. Passei perto de conquistas recentes nos últimos anos. (O título) está batendo na trave, daqui a pouco encaixa e espero que seja no São Paulo. Eu melhorei e vocês vão perceber no dia a dia.
Adilson evitou falar especificamente sobre suas passagens pelos rivais Corinthians e Santos. Político, fez questão de repetir vários elogios à diretoria e à estrutura do São Paulo. E comemorou o fato de pegar o time na vice-liderança do Brasileiro com 21 pontos, quatro a menos que o Corinthians.
- É bom pegar o clube numa situação dessa, importante essa contribuição do Paulo (César Carpegiani) e do Milton (Cruz, auxiliar que comandou o time interinamente nas vitórias contra Cruzeiro e Inter). Com essas vitórias você ganha moral, tranquilidade, a ambição aumenta. Espero contribuir para que possamos comemorar juntos no fim do ano - disse Adilson, que foca na classificação à Libertadores.
- É o objetivo, chegar no topo do Brasileiro. O São Paulo está acostumado. Venho de três Libertadores seguidas, acho isso importante.
 

Alex Silva assina com o Fla por três anos: ‘Sou guerreiro e vencedor’

Zagueiro vai começar a treinar no Ninho do Urubu na manhã desta terça-feira e será apresentado à tarde: 'Estou louco para encontrar a torcida'

Por Janir Júnior e Richard Souza Rio de Janeiro
Depois de um longo período de negociação, o Flamengo oficializou a contratação do zagueiro Alex Silva, de 26 anos. Nesta segunda-feira, ele firmou contrato com clube por três temporadas. O Rubro-Negro adquiriu 50% dos direitos econômicos do jogador junto ao Hamburgo-ALE por  € 2,5 milhões (cerca de R$ 5,5 milhões). A outra metade pertence aos empresários Sérgio Malucelli e Juan Figger, que têm sociedade sobre os direitos econômicos do atleta.
- Estou feliz demais com este acerto, feliz por vestir o manto sagrado. Foi um acordo bom para os dois lados, mas hoje ninguém está mais feliz do que eu. Venho para ajudar o Flamengo a ficar ainda mais forte e a ser novamente campeão brasileiro. Sou guerreiro e vencedor. Tenho isso no meu espírito e isso contagia os jogadores. Estou com bastante saudade de jogar futebol. Não via a hora de assinar esse contrato e voltar à rotina de treinos, reencontrar os companheiros. Estou louco para ver a torcida e fazer história. O Flamengo é muito grande.  
Alex Silva São Paulo (Foto: Marcelo Prado / Globoesporte.com)Mesmo depois de sair do São Paulo, Alex Silva manteve a forma (Foto: Marcelo Prado / Globoesporte.com)
Alex passou o fim de semana no Rio e vinha treinando sob a orientação de profissionais do clube. Na manhã desta terça-feira, ele vai trabalhar pela primeira vez no Ninho do Urubu. À tarde, terá o primeiro contato com o grupo e será apresentado. Na quinta passada, Pirulito afirmou que precisaria de pelo menos 15 dias para estrear.
Hoje, ninguém está mais feliz do que eu. Venho para ajudar o Flamengo a ficar ainda mais forte e a ser novamente campeão brasileiro. Sou guerreiro e vencedor. Tenho isso no meu espírito e isso contagia os jogadores."
Alex Silva
- Desde sábado eu tenho treinado. Foram dois períodos no sábado, fiz um trabalho específico na praia no domingo e hoje academia. Estou me sentindo muito bem, acordei bem nesta segunda-feira. Creio que este prazo irá se cumprir. Vamos ver como vai ser com bola, tempo de bola é algo que você pode perder um pouco.
Alex ainda não sabe que número vai usar na camisa. A 3 é de Welinton, enquanto Angelim usa a 4.
- Não escolhi número, não me importo com isso. O que eu quero é vestir essa camisa e jogar com muita raça, ajudar o Flamengo a vencer.
Caso o prazo do zagueiro se confirme, ele poderá estrear contra o Cruzeiro, dia 3 de agosto, em Sete Lagoas-MG, ou no dia 6, contra o Coritiba, no Engenhão.

Mágoa, dor, decepção: 'Frustração maior que o Beira-Rio', diz Falcão

Emocionado, técnico se despede do Inter com ataques ao presidente do clube e munido da convicção de que um dia voltará

Por Alexandre Alliatti Porto Alegre
falcão coletiva internacional   (Foto: Alexandre Alliatti/Globoesporte.com)Falcão se emociona: 'Coração sangrando', diz ele
(Foto: Alexandre Alliatti/Globoesporte.com)
Paulo Roberto Falcão vestiu uma camisa vermelha para se despedir do Inter nesta segunda-feira. Ou para dizer “até mais”. Muito magoado, muito emocionado, lutando contras as lágrimas, sentindo na pele uma das maiores decepções de sua vida, o ex-treinador colorado deixa o Beira-Rio convicto de que um dia voltará. Até lá, tentará controlar o coração que, como disse ele, “está sangrando”.
- O tamanho da frustração é maior do que o Beira-Rio. Esperava que as coisas fossem um pouquinho diferentes. (...) A frustração é enorme. A tristeza, também. Essas coisas amadurecem a gente. No momento certo, as coisas vão acontecer de uma maneira diferente. Lamento que não tenha acontecido no Internacional. Queria títulos em cima de títulos. Não temos certeza absolutamente de nada, mas sinto que em uma nova situação, com pessoas do ramo, que entendam o que é o futebol, vou voltar a trabalhar no Internacional – disse ele.
Foi uma entrevista histórica para o Inter. Nela, Falcão deixou um agradecimento aos jogadores, emocionou-se ao falar da torcida e fez fortes ataques (com a educação habitual, sem agressões) ao presidente do clube, Giovanni Luigi, o responsável por sua demissão. Disse que não recebeu os reforços prometidos. E manifestou certeza de que agora eles chegarão - sugerindo uma espécie de boicote a ele. Questionado sobre o grau de aproximação com o mandatário, ele não tirou o pé:
- É zero.
Falcão chegando ao Beira-Rio no Internacional (Foto: Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)Já quando chegava ao Beira-Rio, Falcão demonstrava o que sentia (Foto: Alexandre Alliatti/Globoesporte.com)
Falcão se mostrou convicto de que assumiu o cargo contra a vontade de Luigi. E deixou no ar uma possível tentativa de interferência na escalação.
- O presidente tem uma maneira de trabalhar que não é a minha maneira. Você acha que o presidente me queria treinador do Internacional? E você? E você? Se ele não me queria, a relação nasce ruim. Não tenho o hábito de dar a escalação antes do jogo. Dou para os jogadores. O treinador não pode discutir escalação. Se o resultado não acontece, tem de ser cobrado. Discutir escalação, não pode. Ou confia no profissional, ou troca – disse Falcão.
O treinador conversou com os jogadores antes da coletiva de despedida. Agradeceu a cada um deles. Abraçou os atletas, um por um:
- Gostaria de começar meus agradecimentos com os jogadores do Internacional, que entenderam sempre todas minhas manifestações. Tudo que fiz, foi em benefício da instituição. Eles sempre tiveram a mesma disposição, porque queriam ganhar tanto quanto eu. Tivemos uma relação extraordinária.
Em seguida, Falcão esteve à beira das lágrimas. Teve que se controlar para não chorar no instante em que falou dos torcedores:
- Eles são nossa razão de ser. Meu trabalho foi de coração. Claro que vou continuar sendo torcedor do Internacional. Trabalhar aqui sempre foi um sonho. Joguei aqui desde os 16 anos.
Falcão Internacional (Foto: VIPCOMM)A frustração de Falcão durante a derrota para o
São Paulo, no domingo (Foto: VIPCOMM)
Falcão disse que sentia uma necessidade diária de vitórias, sob pena de ser demitido. E valorizou o fato de sempre ter recebido o apoio da maioria dos torcedores. De quebra, deixou forte crítica à diretoria.
- Essa relação com o torcedor do Internacional nunca se fragilizou, mesmo quando estive na imprensa. Sempre aumentou. Naquele momento em que já sentia a necessidade de ganhar, ganhar, ganhar, e uma desconfiança em cima do meu trabalho, eles sempre estiveram junto. A esse torcedor, quero dizer muito obrigado pelo carinho, pela atenção. Eles têm que continuar apoiando o Internacional. O Internacional é maior do que as pessoas que o comandam hoje. Muito maior. No momento certo, vai ter pessoas com a grandeza do clube para dirigi-lo – afirmou.
- Não vou analisar a figura do presidente. Não vamos perder tempo com isso – completou.
Falcão chegou ao Beira-Rio em 11 de abril disposto a formar um time que encantasse, que o deixasse feliz à beira do campo. Queria bater recordes de permanência. Exatos 99 dias depois, deixou o Inter. De camisa vermelha, com mágoa, com dor, com decepção – e convicto de que um dia voltará.

Martinuccio é aprovado nos exames
e fica ainda mais perto do Fluminense

Hospedado em hotel na zona sul do Rio, meia prefere não dar entrevista
e pede para não ser fotografado. Contrato oferecido é de quatro anos

Por Edgard Maciel de Sá Rio de Janeiro
adriano Martinuccio penarol santos (Foto: AP)Martinuccio em ação pelo Peñarol na final da
Libertadores contra o Santos (Foto: AP)
O meia Martinuccio foi aprovado nesta segunda-feira nos exames médicos realizados pelo Fluminense e está cada vez mais perto de ser anunciado como novo reforço do clube. O argentino está hospedado num hotel da zona sul do Rio e, abordado pela reportagem do GLOBOESPORTE.COM, preferiu não comentar o andamento das negociações.
- Não, não posso falar - disse o jogador, que também pediu para não ser fotografado.
Dirigentes do Fluminense continuam reunidos com representantes do jogador e do Peñarol para acertar um contrato de quatro anos. O gerente de futebol Marcelo Teixeira trata de vários assuntos unto com Roberta Fernandes, advogada do clube, e Daniel Cravo, advogado especialista em direito esportivo internacional que foi contratado pelo clube para dar apoio no imbróglio que pode se tornar o caso, uma vez que o Palmeiras alega ter um pré-contrato com o jogador e, inclusive, já notificou o Fluminense sobre a existência da multa de R$ 50 milhões.
A última partida de Martinuccio foi a final da Libertadores, quando o time uruguaio foi derrotado pelo Santos. Por isso, o argentino, caso seja anunciado como novo jogador tricolor, precisará de um tempo para se recondicionar.

Kia nega acordo entre Timão e City e diz que 'trabalha duro' por final feliz

Agente de Tevez nega que clubes tenham definido a transferência do argentino e prefere não comentar sequer se está otimista: 'Seria um chute'

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
O empresário Kia Joorabchian, representante do atacante Tevez, confirmou a informação divulgada pelo Corinthians nesta segunda-feira pela manhã. Ao contrário do que foi noticiado por jornais ingleses, ainda não há um acordo entre Manchester City e Corinthians sobre a transferência do argentino.
Kia, que já foi parceiro do Timão e levou Tevez para o Parque São Jorge pela primeira vez, em 2005, explicou que as negociações continuam, mas que ainda não é possível determinar se a transferência irá se concretizar.
- Ainda não há acordo, mas estamos trabalhando duro. Veremos o que pode acontecer - afirmou o iraniano, em entrevista à rede inglesa BBC.
O agente não quis dar muitos detalhes sobre o andamento das negociações. Não disse sequer se segue otimista com relação a um desfecho positivo das conversas. Tevez quer voltar ao Corinthians para ficar mais perto de suas filhas, que moram na Argentina.
- Eu não quero mais falar muito sobre o assunto. Dizer se estou otimista seria um chute, mas estamos trabalhando duro - repetiu.
O presidente corintiano, Andrés Sanches, tem afirmado que Kia não participa das negociações. O dirigente teme ver sua imagem associada ao agente que liderou a polêmica parceria entre Timão e MSI, que terminou de forma melancólica, com diversos problemas judiciais. No entanto, Joorabchian dá mostras de que tem participação bem ativa nas conversas, falando, inclusive, em nome de Tevez.
 

Negociação com Lucio Flavio está 90% fechada, diz Vitória

De acordo com o clube, o jogador chega nesta segunda-feira ao Brasil. Meia estaria apalavrado como Rubro-negro

Por GLOBOESPORTE.COM Salvador
lucio flavio visita botafogo (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)Lucio Flavio está próximo de vestir a camisa do Vitória
(Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)
O esperado camisa 10 de Geninho pode, enfim, desembarcar na Toca do Leão. A conexão da cabeça pensante rubro-negra partiu do México e deve chegar ainda nesta segunda-feira ao Brasil. O nome é Lucio Flavio, um velho conhecido do treinador rubro-negro. Geninho treinou o jogador no Paraná, em 2000, e no Al Ahli, da Arábia Saudita, em 2005. O meia tem 32 anos e estava no Atlas, do México, desde o fim de 2010. O namoro foi anunciado na semana passada e está perto de um final feliz.
De acordo com a assessoria de imprensa do Vitória, a negociação entre o clube e o jogador está avançada. O meia deve chegar em Salvador nos próximos dias para acertar detalhes do contrato.
Com passagens por Santos, São Paulo, Atlético-MG e outros clubes, foi no Botafogo que Lucio Flavio viveu o seu melhor momento na carreira. Entre 2006 e 2010, o meia disputou 239 partidas pelo Alvinegro. Em 2008, ele foi eleito o craque do Campeonato Carioca.
Meia do Ceará é descartado
Com a chegada de Lucio Flavio, o Vitória tira o pé de uma outra negociação. O meia Geraldo, de 37 anos, que está no Ceará, recebeu uma proposta do Rubro-negro baiano, porém nesta segunda, o Vitória descartou o acordo.
A diretoria do Ceará já havia vetado a negociação entre o time baiano e o jogador. Nesta segunda-feira, a direção do clube cearense se reuniu para decidir o destino do jogador. O resultado da reunião deve ser divulgado nesta terça-feira.

Grêmio consegue efeito suspensivo, e Douglas enfrenta o Figueirense

Meia, que havia sido suspenso por quatro jogos por expulsão contra o Avaí, é liberado no STJD

Por GLOBOESPORTE.COM Porto Alegre
Douglas do Grêmio recebe o cartão vermelho (Foto: Ag. Estado)Douglas foi expulso contra o Avaí (Foto: Ag. Estado)
O Grêmio ganhou um importante reforço para a partida contra o Figueirense, nesta quarta-feira, às 21h50m, no Orlando Scarpelli. O meia Douglas conseguiu o efeito suspensivo e está à disposição do técnico Julinho Camargo.
Em julgamento na última quinta-feira no STJD, no Rio de Janeiro, Douglas foi suspenso por quatro jogos pelo tribunal e multado em R$ 100. Ele foi expulso por reclamação no empate por 2 a 2 contra o Avaí, no dia 29 de junho, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. A pena foi considerada severa demais pelo Grêmio, que imediatamente acionou o jurídico para recorrer e buscar o efeito suspensivo.
Com Douglas, o provável time de Julinho para essa partida em Florianópolis é o seguinte: Marcelo Grohe; Gabriel, Mário Fernandes, Rafael Marques e Bruno Collaço; Gilberto Silva, Fábio Rochemback, Douglas e Escudero; Leandro e André Lima.

Uruguai treina em local onde camisa da Seleção Brasileira não é bem-vinda

Celeste troca CT do Boca Juniors pelo do Vélez Sarsfield na véspera do duelo contra o Peru pelas semifinais da Copa América

Por Marcos Felipe Direto de Buenos Aires, Argentina
Depois de treinar na semana passada no CT de Boca Juniors, a seleção uruguaia mudou de casa em Buenos Aires nesta segunda-feira, véspera do confronto contra o Peru pelas semifinais da Copa América. Como o time de Riquelme e companhia voltou à Argentina após uma pré-temporada em Curitiba, a Celeste teve de trabalhar no CT do Vélez Sarsfield, local não muito convidativo para a Seleção Brasileira.
Na entrada do local, uma placa avisa que não é permitido que pessoas ingressem vestindo camisas de clubes e seleções que não sejam do Vélez ou da Argentina. Exceção feita para equipes que tenham alugado o CT (caso do Uruguai) ou que estejam ali para enfrentar o atual campeão nacional. No entanto, para exemplificar essa regra, a placa mostra uma camisa da Seleção, modelo usado na Copa de 1998, como o exemplo a não ser utilizado.
Ao contrário de domingo, quando abriu cerca de 20 minutos da atividade à imprensa, o técnico Óscar Tábarez optou por um treino secreto nesta segunda. Mas, devido ao mau tempo em Buenos Aires, boa parte da prática foi realizada no ginásio do Vélez.
Vélez Sarsfield ct aviso (Foto: Marcos Felipe/Globoesporte.com)Camisa do Brasil não entra: placa no estádio do Vélez dá o aviso (Foto: Marcos Felipe/Globoesporte.com)

Entre lágrimas, fotos e promessa não cumprida, Larissa vibra com Paraguai

Modelo paraguai faz figa, chora e celebra vitória por 2 a 0 para 'povo sofrido', nos pênaltis, sobre o Brasil na Copa América. Mas não tira a roupa...

Por João Paulo Garschagen e Julyana Travaglia Direto de La Plata, Argentina
 De longe não é nada difícil notá-la em meio a tanto verde e amarelo ou vermelho, azul e branco. Ela se destaca por estar sempre rodeada de pessoas que pedem uma foto próxima ao par de seios mais famosos da Copa de 2010. E Larissa Riquelme reapareceu na Copa América já como celebridade. No último domingo, a modelo acompanhou a partida entre Brasil e Paraguai das arquibancadas, do estádio de La Plata, como já havia feito nesta edição da competição continental. Falou palavrões e incentivou a equipe paraguaia, como em outras partidas. Mas viu pela primeira vez seu time superar a Seleção Brasileira e seguir à semifinal. E chorou – por emoção ou para dar mais realismo ao personagem que já se transformou.
Larissa Riquelme Paraguai (Foto: Julyana Travaglia / Globoesporte.com)Larissa Riquelme vibra com a vitória paraguaia nos pênaltis (Foto: Julyana Travaglia / Globoesporte.com)
Durante os 90 minutos do tempo normal, Larissa esteve mais contida tanto nas vestimentas quanto nos gestos. Com frio, a modelo escondeu seu principal atributo dos torcedores em um longo casaco negro. Dois botões ficavam abertos para mostrar um leve decote. E só. Por baixo, um macacão colado nas cores da bandeira paraguaia no corpo. Os mais atentos notavam que sua calcinha tinha um “pink” escrito na parte da frente.
- Estou muito nervosa. O Brasil é uma grande equipe, mas confio nos paraguaios. Acho que vamos ganhar – disse.
Galeria: Veja mais fotos de Larissa Riquelme
Depois do 0 a 0, os 30 minutos da prorrogação. E Larissa começa a voltar a ser aquela que se notabilizou como torcedora símbolo dos paraguaios durante a Copa do Mundo passada. Um festival de gestos, lágrimas e palavrões, com o casaco se abrindo cada vez mais. Figas nos dedos e beijos no crucifixo que carregava no pescoço cada vez que percebia que estava sendo filmada. E suspiros.
Larissa Riquelme Paraguai (Foto: Julyana Travaglia / Globoesporte.com)A modelo sofreu durante a partida
(Foto: Julyana Travaglia / Globoesporte.com)
- Não adianta rezar! A nossa Nossa Senhora é mais forte – provocou um torcedor brasileiro, conseguindo arrancar um sorriso simpático da paraguaia.
Nos pênaltis Larissa já estava à vontade. Sem casaco e sem o sapato de salto. Cantava, tirava foto e dava entrevistas quando os jogadores ainda se preparavam para as cobranças. E tempo para fazer uma aposta inusitada com um programa de televisão: tiraria a roupa se o Paraguai fosse a semifinal ali mesmo, no estádio Único de La Plata.
- Agora é sorte, não tem jeito.
E cada vez que um brasileiro errava, um abraço nos familiares e amigos. Entre lamentações e esperança, os torcedores de verde e amarelo esperavam por um alento com a derrota que começava a surgir: um stripe-tease da beldade.
- Nós merecemos esta vitória porque somos um povo que já sofreu muito.
Quando Fred mandou a bola para fora, acabando com as chances brasileiras, Larissa não se conteve. Correu para mureta da arquibancada e começou a reger a sua torcida. Sem terem o que comemorar - o jogo terminou 2 a 0 com os canarinhos perdendo quatro pênaltis - , os brasileiros pediram pela nudez prometida da moça.
- Deixa para a próxima – disse, aos risos, levando os brasileiros à segunda decepção da noite.
Larissa Riquelme Paraguai (Foto: João Garschagen / Globoesporte.com)Larissa beija seu crucifixo depois da vitória paraguaia nos pênaltis (João Garschagen/Globoesporte.com)

Descartada por equipes, coberturas de cockpits são testadas pela FIA

Cogitadas após acidente de Massa em 2009, peças trariam mais segurança

Por GLOBOESPORTE.COM Paris
As equipes já descartaram a ideia. A FIA, no entanto, segue fazendo testes para o uso de uma cobertura de cockpits para os carros de Fórmula 1. Preocupada com a segurança dos pilotos após o acidente com o brasileiro Felipe Massa em 2009, a entidade pensa em introduzir a nova peça. Para isso, estudou o impacto que o choque de um pneu a 225km/h teria no acessório.
A cobertura é a mesma usada em naves espaciais, feitas de policarbonato especial. De acordo com o consultor técnico da FIA Andy Mellor, a peça não sofreu nenhum dano com o choque.
teste de cobertura do cockpit na Fórmula 1 (Foto: Divulgação / Site Oficial F1.com)Instante em que o pneu acerta a cobertura durante o teste (Foto: Divulgação / Site Oficial F1.com)
- O pneu deixou marcas na cobertura, mas nenhuma fratura aparente. Isso mostra que é um material bastante elástico e muito eficiente ao afastar a roda e pneu para longe.
Mellor, no entanto, afirma que outras questões, como visibilidade do piloto, ainda não estão sendo estudadas.
- Não estamos olhando para esse tipo de coisa no momento. Este teste foi puramente para ver o efeito de segurança mecânica. Agora que temos dados nisso, podemos ver o que há em seguida.
acidente felipe massa gp da hungria 2009 (Foto: Agência EFE)Massa após o acidente na Hungria (Agência EFE)
A ideia de introduzir a proteção surgiu após o grave acidente de Felipe Massa em 2009, no GP da Hungria, em que o piloto brasileiro foi atingido na cabeça por uma mola que caiu do carro de Rubens Barrichello e bateu em seu capacete.
O motivo pelo qual a proposta não teria sido aceita deve-se ao fato de que os canopis poderiam impedir os pilotos de sair do carro em possíveis casos de capotagem ou incêndio. Os próprios pilotos teriam reprovado a ideia. Segundo eles, outro porém seria a chance de os detritos do carro baterem na cobertura e serem lançados em direção aos torcedores.
Chefe da Mercedes, Ross Brawn disse que há muitas outras questões que eliminam a proposta.
- As mudanças desta natureza nos carros da F-1 estão definitivamente fora de questão. Você pode ter coberturas, mas você também tem que ter acesso ao piloto para retirá-lo do cockpit. Existem muitas questões secundárias - explicou Brawn.