domingo, 9 de junho de 2013

Com Biancucchi inspirado, Vitória bate o Atlético-PR e sobe para 2º
Atacante argentino marca um gol e dá assistência para outro no triunfo do time baiano. Gramado foi um dos protagonistas em Feira de Santana
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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O argentino Maxi Baincucchi detesta ser comparado ao primo Lionel Messi. Geralmente, quando algum repórter desavisado fala no parentesco com o melhor jogador do mundo, o atacante faz cara feia, dá uma resposta seca e sai pisando duro. Neste domingo, no entanto, Biancucchi mostrou que o bom futebol deve sim ser uma característica de família. Com um gol e uma assistência, o baixinho comandou o Vitória no triunfo por 3 a 2 sobre o Atlético-PR, no estádio Joia da Princesa, em Feira de Santana.
Com o Barradão transformado em centro de treinamento de seleções para a Copa das Confederações, o duelo entre os dois rubro-negros precisou ser realizado no interior da Bahia. O estádio escolhido foi o Joia da Princesa, que se transformou em um dos protagonistas do confronto. O gramado irregular e a grande quantidade de buracos prejudicou bastante o andamento da partida e aumentou consideravelmente a estatística de passes errados.
Com o triunfo, o Vitória chega aos 10 pontos, sobe para o segundo lugar e encerra as cinco primeiras rodadas pelo menos no G-4, objetivo que o técnico Caio Junior havia traçado como necessário para ter tranquilidade no mês em que o Brasileirão será paralisado para a realização da Copa das Confederações. A equipe pode perder uma posição caso o Fluminense vença a Portuguesa na quarta-feira, em jogo adiado. O Atlético-PR, por sua vez, estaciona nos cinco pontos e fica na parte de baixo da tabela de classificação, sinal de que haverá muita cobrança para o Furacão até a retomada da Série A, em julho.
Luis Cáceres vitória gol atlético-PR brasileirão 2013 (Foto: Felipe Oliveira / Agência Estado)Vitória passa pelo Atlético-PR em duelo movimentado (Foto: Felipe Oliveira / Agência Estado)
Autor do último gol do Vitória, o argentino Escudero afirmou após a partida que o Rubro-Negro tem cacife para continuar brigando pelas primeiras posições na sequência do Brasileirão.
- Sabemos que é difícil. Mas estamos jogando bem e conquistando as vitórias em casa, e pontos fora. Vamos descansar para voltar bem - disse.
Já o zagueiro Luiz Alberto destacou a luta do Atlético-PR, que tem marcado muitos gols, mas não consegue chegar até o final da partida com o resultado positivo.
- A gente não está conseguindo manter o resultado, mas a gente tem lutado, tem feito boas partidas. Sempre buscamos o resultado, dentro e fora de casa. Temos uma equipe muito sólida, forte. Faltam detalhes para conseguir o resultado. Hoje, poderia ter pelo menos conquistado um pontinho - analisou.
Michel e Felipe, Vitória e Atlético-PR (Foto: Eduardo Martins / Agência Estado)Vitória bateu o Atlético-PR em Feira de Santana (Foto: Eduardo Martins / Agência Estado)
Campo ruim e golaço
Donos de ataques bastante produtivos, Vitória e Atlético-PR prometiam um duelo recheado de grandes emoções no Joia da Princesa. O gramado do estádio, no entanto, se mostrou um marcador implacável no início da partida. A bola ganhava vida toda vez que tocava no campo e tornava a construção de jogadas um desafio ainda maior, o que transformou os primeiros minutos da partida em um teste de paciência para o torcedor.
O relógio já marcava a metade do primeiro tempo quando Maxi Biancucchi resolveu colocar a bola no chão e foi recompensado. O atacante argentino avançou pelo meio e passou com açúcar para Caceres, que pegou de primeira e colocou no canto direito, sem chances de defesa para Weverton. A alegria do Vitória, contudo, não durou muito. Logo após o gol baiano, o Atlético-PR chegou ao empate com Ederson, que aproveitou cruzamento de Pedro Botelho e a confusão na área para balançar as redes de Wilson.
O caminho para o gol definitivamente estava no chão, e Biancucchi tratou de mostrar que conhecia todos os atalhos para chegar às redes adversárias. Poucos minutos após o Atlético-PR empatar a partida, o argentino recebeu lançamento na esquerda, aplicou um lindo drible em Pedro Botelho, ignorou os buracos do campo e marcou um golaço. Sempre perigoso, Ederson não igualou o placar por muito pouco quando o primeiro tempo já se encaminhava para o final. Em mais uma jogada pela direita da defesa do Vitória, o atacante aproveitou cruzamento e cabeceou na trave do goleiro Wilson.
Estreia e muita emoção
A exemplo do início da partida, o segundo tempo começou morno em Feira de Santana. Apesar de passados 45 minutos, os jogadores dos dois times davam mostras de que ainda não haviam se adaptado ao gramado. Para corrigir esse problema, o técnico Caio Junior resolveu mexer no Vitória. Chamou do banco o estreante Rômulo, acostumado a jogar no Joia da Princesa com seu ex-clube, o Bahia de Feira. O jovem atacante substituiu Giancarlo, que deixou o campo vaiado pela torcida.
A esperança do Vitória era a de que Rômulo pudesse mostrar intimidade com a velha casa e marcasse o terceiro gol para matar de vez a partida. Entretanto, foi o Atlético-PR que por pouco não chegou ao empate. Paulo Baier cobrou escanteio pela esquerda e Luiz Alberto cabeceou com força para linda defesa de Wilson. O lance era apenas um aviso do que estava por vir. Aos 34 minutos, Paulo Baier cobrou falta na área, a bola passou por toda a defesa do Vitória e sobrou para Luiz Alberto, que mais uma vez livre de marcação cabeceou em direção ao gol, dessa vez sem errar o alvo.
O empate deixou a partida dramática. Cansado, Biancucchi deixou o campo. Caio Junior já havia gasto as três substituições quando Caceres e Willie caíram no gramado reclamando de dores. Como não havia mais como mexer no time, os dois permaneceram em campo na base do sacrifício. Pelas circunstâncias, o empate já parecia ser um grande resultado, mas Escudero mostrou que o time baiano podia mais. No final do jogo, o argentino dominou na área, caiu, se levantou e bateu firme para deixar o Vitória mais uma vez em vantagem. Luiz Alberto, novamente de cabeça, ainda teve a chance de deixar tudo igual, mas colocou a bola na trave, para alegria dos mais de quatro mil torcedores baianos que acompanharam o duelo nas arquibancadas.
 
Com gol relâmpago de Deivid, Coxa vence o Náutico e continua na ponta
Deivid marca aos 54 segundos de jogo, após bom cruzamento de Alex. Coxa segura pressão do Timbu e continua em primeiro lugar
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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O Coritiba fez a lição de casa, venceu o Náutico por 1 a 0 e continua na liderança provisória do Campeonato Brasileiro, com 11 pontos. Quando Alex cruzou a bola para Deivid dar um simples toque para a rede, aos 54 segundos de jogo, a torcida chegou a ter a sensação de que o time alviverde aplicaria uma goleada no Estádio Couto Pereira. Mas apesar dos donos da casa apresentarem um maior volume de jogo durante a partida, o Timbu foi valente e não se entregou.
O jogo foi bem movimentado, e a equipe pernambucana tentou fazer uma tática inteligente, esperando com paciência na defesa, para puxar os contra-ataques mesmo após levar um gol relâmpago. As bolas alçadas na área alviverde eram os maiores perigos do Náutico na busca pelo empate. Mas o Coritiba conseguiu atacar com mais perigo e sempre esteve mais próximo de ampliar a vantagem.

A festa foi quase completa. Com uma rodada a menos, só o Fluminense pode ultrapassar o Coxa antes do intervalo para a Copa das Confederações no país, já que o Grêmio perdeu para o Atlético-MG e não pode passar o time paranaense. O Náutico, por sua vez, entrou na zona de rebaixamento, ocupando a 17ª colocação, com apenas quatro pontos.
Deivid coritiba gol náutico brasileirão 2013 (Foto: Franklin de Freitas / Agência Estado)Deivid comemora o gol marcado contra o Náutico (Foto: Franklin de Freitas / Agência Estado)
Dobradinha Alex e Deivid funciona no primeiro minuto
Não teve tempo de tática e nem de estudo entre as equipes. A pressão coxa-branca no Couto Pereira se fez presente assim que a bola foi rolada pelo Verdão, que desceu para o campo de ataque. Rafinha sofreu falta na intermediária. Bola perfeita para o craque Alex, que cruzou na medida para Deivid tocar para as redes. Tudo isso em apenas 54 segundos.
Com a vantagem, o Coxa dominou o meio-campo e cadenciou o jogo. A equipe paranaense teve outras duas chances claras, sempre passando pelos pés do capitão Alex. Em busca do empate, o Timbu ameaçava através de contra-ataques pelo lado direito, que eram interrompidos com faltas dos zagueiros. O goleiro Vanderlei também teve muito trabalho para afastar o perigo nos cruzamentos do time pernambucano.
Movimentação nos dois ataques tempera o segundo tempo
Os primeiros dez minutos da segunda etapa também foram movimentados, com as duas equipes tentando explorar os contra-ataques. O Coritiba tinha uma postura ofensiva, com boa posse de bola, mas parava na muralha defensiva montada pelo Timbu, que tentava sair em velocidade pelo meio em vez de jogar pelos lados.
O Coxa continuou sendo mais perigoso e teve duas chances claras de ampliar o placar com o volante Gil, além de uma cabeçada de Júnior Urso. Com uma lesão no pé, Deivid deu lugar a Everton Costa. No Náutico, o técnico Levi Gomes promoveu uma troca de atacantes: Jones Carioca por Hugo. O jogo continuou com o mesmo ritmo, sem cansaço dos dois lados, e o duelo seguia indefinido.
Com o término da partida se aproximando, o Timbu mudou a estratégia. Levi Gomes pediu para a equipe adiantar a marcação, pressionando a saída de bola coxa-branca. A pressão aumentou, mas os espaços para Alex e Lincoln também aumentaram. Apesar do nervosismo no fim, o Coxa conseguiu segurar a vitória e ficar no topo da tabela, pelo menos até a próxima quarta-feira.

Com a parada para a Copa das Confederações, o Coritiba folga uma semana e depois realiza uma intertemporada em Foz do Iguaçu, antes de enfrentar o Flamengo no dia 6 de julho. A equipe permanbucana entra em campo um dia depois, contra a Ponte Preta, no Estádio dos Aflitos.
 
Fluminense vira para cima do Goiás com um jogador a menos
Após expulsão de Rhayner, Tricolor sai atrás em Macaé, mas busca dois gols no final da partida, com Rafael Sobis e Denílson, e vence por 2 a 1  

DESTAQUES DO JOGO
  • a decepção
    Rhayner
    Um carrinho violento no goleiro do Goiás fez o xodó tricolor, que já tinha cartão amarelo, levar o vermelho direto. Ele quase complicou a noite do Flu.
  • estatística
    chance de gol
    O Goiás jogou todo o segundo tempo com um homem a mais, mas não foi incisvo. Ao longo do jogo, teve apenas uma chance real de gol, contra oito do Flu.
  • revelação
    Denílson
    Cria de Xerém, o atacante, de 17 anos, entrou no intervalo, na vaga de Biro Biro. Coube justamente ao estreante decretar a virada tricolor no fim.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Enorme vitória. Com um jogador a menos em todo o segundo tempo, o Fluminense teve força, garra e confiança para virar contra o Goiás, no início da noite deste domingo, no estádio Moacyrzão, em Macaé. Golaço de Rafael Sobis e oportunismo de Denílson garantiram a vitória por 2 a 1 e os três pontos ao Tricolor. Vítor havia colocado o Esmeraldino na frente.
Em jogo fraco tecnicamente, sobrou suor ao Flu. Rhayner foi expulso no final do primeiro tempo, por falta muito dura no goleiro Renan. No segundo período, o Goiás pulou na frente, mesmo jogando pior, e depois parou. Resultado: cedeu uma virada impressionante.
Rafael Sobis, que passou mal logo após o apito final, exaltou o espírito da equipe tricolor.
- Acho que tive uma queda de pressão, mas não foi nada grave. Tenho muito orgulho de jogar com esse time, quando todo mundo dá o Fluminense por vencido, a gente reage. Jogamos contra uma boa equipe, mas não merecíamos ter levado o primeiro gol - declarou.
Pelo lado esmeraldino, Dudu Cearense admitiu o vacilo do time.
- Essa derrota tem um peso grande, a gente vinha de uma grande vitória contra o São Paulo. Demos a vitória para o Fluminense, estávamos com um homem a mais, o Sobis foi feliz no chute e depois eles viraram na bola parada. Agora é ter tranquilidade e trabalhar durante a Copa das Confederações - avaliou.
Denilson fluminense gol goiás brasileirão 2013 (Foto: Agência Photocamera)O garoto Denílson corre para celebrar o gol da virada tricolor (Foto: Agência Photocamera)
Com isso, o Fluminense se recuperou da derrota para o Coritiba e foi a nove pontos, na quarta colocação no Brasileiro e com um jogo a menos do que a maioria dos rivais. O Goiás é o 15º. O Tricolor pega a Portuguesa quarta-feira, no Canindé. Se vencer, será líder. O Esmeraldino só volta a jogar em 7 de julho, contra o Vitória, em casa.
Sofrível
Pouco se salvou do primeiro tempo em Macaé. Com o Fluminense descaracterizado e o Goiás exageradamente preocupado em marcar, o jogo ficou sofrível. Foram 45 minutos de soberania das defesas sobre as estruturas ofensivas das duas equipes. Quase nada foi produzido.
O Fluminense tentou mais. E mal. Apesar dos 62% de posse, foi bem anulado pelos volantes esmeraldinos. Repetidas vezes, Edinho e Diguinho tiveram que avançar com a bola dominada, como se fossem meias de criação. Quando pintaram chances, elas não foram aproveitadas. Wagner teve um chute defendido por Renan e uma chegada travada por Vítor. Biro Biro mandou um cabeceio por cima.
Rhayner tratou de deixar o primeiro tempo ainda mais feio - parecia impossível. Deu um carrinho inacreditável no goleiro Renan. Poderia ter quebrado a perna dele. Já tinha amarelo, mas levou o vermelho direto.
Virada tricolor
A vantagem numérica fez o Goiás se soltar mais na largada do segundo tempo. Com Dudu Cearense no lugar de Rodrigo, o Esmeraldino passou a ser o dono da bola. E aí coube ao Fluminense, com Denílson em troca de Biro Biro na frente, tentar sair com velocidade no contra-ataque. Mas por pouco tempo. A partir dos dez minutos, voltou o panorama do período anterior.
Digão, Fluminense e goias  (Foto: Agência Photocamera)Digão, do Flu,  tenta conter o avanço da equipe do Goiás (Foto: Agência Photocamera)
Araújo foi o desafogo do Goiás, o único a incomodar no ataque. Chute cruzado dele ameaçou o goleiro Berna. Muito pouco. Mesmo com um a menos, o Tricolor conseguiu sair ao ataque. Dois chutes, um de Wagner e outro de Diguinho, ameaçaram Renan. O Fluminense parecia mais perto do gol.
Mas não estava. Vítor arrancou campo afora pela esquerda, com a bola dominada, aos 25 minutos. Quando foi dividir com Bruno, teve sorte. E saiu na cara de Berna. O desvio foi fatal: 1 a 0. Quando saiu o gol, Abel Braga já tinha colocado Monzón no lugar de Wagner, o que dificultou a reação depois. Restou testar Eduardo na vaga de Diguinho.

Mas a salvação começou em uma jogada individual. Rafael Sobis se livrou de dois marcadores pela ponta direita, avançou para o meio e mandou no ângulo. Golaço. Na sequência, Gum desviou de cabeça e Denílson, 17 anos, feito centroavante, empurrou para o gol. Incrível: 2 a 1 para o Fluminense.
Ronaldinho Gaúcho decide, e Atlético-MG derrota o Grêmio
Com dois gols do craque alvinegro, Galo encerra jejum de seis partidas sem vitória e deixa a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • o nome do jogo
    Ronaldinho
    Mesmo sem ser brilhante, Ronaldinho Gaúcho foi decisivo. Foram dele os gols que determinaram a vitória e a recuperação do Atlético-MG.
  • arbitragem
    Passividade
    O árbitro André Luiz de Freitas Castro, de Goiás, foi mal no jogo, inverteu faltas e foi alvo da reclamação tanto de jogadores do Atlético-MG quanto do Grêmio.
  • deu errado
    Meio-campo
    Luxemburgo escalou Zé Roberto e Elano, mas a dupla não rendeu como esperado. Com eficiência, o Galo neutralizou as jogadas ofensivas do time gaúcho.
A CRÔNICA
por Fernando Martins Y Miguel
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Mais encorpado, com Ronaldinho Gaúcho e Diego Tardelli de volta, o Atlético-MG derrotou o Grêmio por 2 a 0, neste domingo, em partida adiada da segunda rodada do Campeonato Brasileiro. E R10, que completou 50 jogos com a camisa alvinegra, marcou os dois gols da vitória. O primeiro, de pênalti, e o segundo, já no fim do segundo tempo, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
Ronaldinho chegou a 19 gols desde que estreou pelo Atlético-MG, diante do Palmeiras, no dia 9 de junho de 2012. O craque fez até a Copa das Confederações, que se inicia no próximo fim de semana, ficar um pouco de lado. Nas cadeiras do estádio, a seleção do Taiti acompanhou de perto todos os passos do ídolo. Os jogadores da seleção campeã da Oceania fizeram um pedido à diretoria do Galo e foram atendidos. Queriam ver de perto R10 e acompanhar um jogo do Campeonato Brasileiro.
Em outra parte do estádio, uma pequena, mas barulhenta torcida demonstrava sentimento diferente do da delegação do Taiti. Os torcedores do Grêmio reviveram a aversão por Ronaldinho Gaúcho. A mágoa persiste, desde que o jogador recusou a proposta de voltar ao clube e preferiu jogar no Flamengo. Todas as vezes que R10 se aproximava de onde estavam os tricolores, a vaia e os insultos surgiam.
O Atlético-MG encerrou a sequência de seis partidas sem vitória. Desde quando bateu o Cruzeiro, na primeira partida da final do Campeonato Mineiro, não conseguia um resultado positivo. O time mineiro deixou a zona de rebaixamento, alcançou a 16ª posição, com quatro pontos, e ainda pode subir mais na tabela, já que, nesta quarta-feira, às 19h30m (de Brasília), encara o Santos, na Vila Belmiro, em jogo válido pela quinta rodada. O time gaúcho, por sua vez, não vence fora de casa desde o dia 20 de março, quando bateu o Pelotas, por 3 a 1, pelo Campeonato Gaúcho. Já são cinco jogos, com quatro empates e uma derrota. O próximo compromisso do Grêmio, oitavo colocado, com sete pontos, também será na quarta-feira, mas às 22h, diante do São Paulo, em Porto Alegre.
ROnaldinho gaúcho atlético-mg gol GrÊMIO (Foto: Bruno Cantini / Flickr do Atlético-MG)Ronaldinho foi o nome do jogo no Independência (Foto: Bruno Cantini / Flickr do Atlético-MG)
Equilíbrio e chances desperdiçadas
Desfalcados por terem jogadores servindo à Seleção (Réver, Bernard e Jô do Galo, e Fernando, do Tricolor) os times fizeram um jogo movimentado, com muitas chances de gol, mas esbarraram várias vezes na incompetência dos ataques e também na falta de sorte. A trave, em vários momentos, impediu o gol.

Na primeira etapa, o Atlético-MG levou uma certa vantagem sobre o Grêmio. O clima dentro de campo era pesado, e os jogadores discutiram muito, mesmo sob o olhar passivo do árbitro André Luiz de Freitas Castro, de Goiás. Diego Tardelli reclamou bastante de uma entrada de Elano. Os dois discutiram, mas apenas o atleticano levou cartão amarelo. Foi o terceiro, e ele desfalca o Galo diante do Santos. Leonardo Silva, em outro lance, também foi advertido e não pega o Peixe.
Na bola, o 0 a 0 prevaleceu, muito por causa da trave, que salvou Victor, em belo chute de Souza, que arriscou de fora da área. A má pontaria do ataque atleticano também contribuiu. Alecsandro mandou por cima do gol, na pequena área, e Leonardo Silva, de cabeça, também acertou a trave de Dida.
Ronaldinho Gaúcho decide

O árbitro André Luiz de Freitas estava muito confuso. E, no primeiro lance capital do segundo tempo, se mostrou ainda mais. Alecsandro foi derrubado por Dida na área, e o juiz precisou da ajuda do auxiliar, Osimar Moreira da Silva, para marcar a infração. Ronaldinho, aos 14 minutos, devolveu as provocações sofridas pelos gremistas com uma batida seca, no canto esquerdo de Dida: 1 a 0.
O gol fez com que Vanderlei Luxemburgo colocasse o time para frente. O treinador gremista colocou Guilherme Biteco na vaga do volante Adriano. O Grêmio já tinha mais posse de bola, quando Luxa trocou Barcos e Kleber pelos também atacantes Welliton e Lucas Coelho, respectivamente. Cuca resolveu povoar o meio-campo, sacou Alecsandro e colocou o volante Josué. Com isso, R10 passou a ser a referência do ataque.
E foi dele o segundo gol, aos 47 minutos, após jogada espetacular de Neto Berola, pela direita. A bola sobrou livre para R10, livre, na pequena área, empurrar para as redes de Dida. Vitória merecida do Galo: 2 a 0.

Após lesões, Ultimate divulga o
terceiro pôster para o UFC 161

Evento já teve o evento principal e o coevento principal mudados

Por Rio de Janeiro
6 comentários
AS lesões do UFC 161 deram trabalho não só aos dirigentes responsáveis por formar os cards dos eventos do Ultimate, mas também ao departamento de marketing da organização. Neste domingo, foi divulgado o terceiro pôster para promover as lutas do próximo sábado, em Winnipeg (CAN).
O pôster inicial (à esquerda) destacava a disputa do cinturão interino do peso-galo entre Renan Barão e Eddie Wineland, além de duas lutas do peso-meio-pesado: Maurício Shogun x Rogério Minotouro e Rashad Evans x Dan Henderson. Mas Barão se machucou e acabou sendo retirado do card. Sem adversário, Wineland também foi sacado.
MONTAGEM - pôster cartaz UFC 161 (Foto: Divulgação)MONTAGEM - pôster cartaz UFC 161 (Foto: Divulgação)
+ Combate.com: confira as últimas notícias do mundo do MMA
O segundo (o do meio) apresentava Rashad Evans x Dan Henderson como luta principal. Em baixo, Maurício Shogun x Rogério Minotouro foi mantido. Roy Nelson foi convocado para reforçar o evento e teve sua luta contra Stipe Miocic exposta no pôster. Foi a vez de Minotouro se machucar.
Com o brasileiro fora do evento, o UFC casou Maurício Shogun x Chael Sonnen. Mas a luta ficou marcada para Winnipeg por menos de 24 horas. Sonnen apresentou problemas com o visto e não conseguiria entrar no Canadá. O duelo passou para Boston (EUA), no dia 17 de agosto.
Com duas lutas a menos, o Ultimate optou por promover o UFC 161 com os duelos Rashad Evans x Dan Henderson e Roy Nelson e Stipe Miocic. O evento tem outros 11. Confira:
UFC 161
15 de junho de 2013, em Winnipeg (CAN)
CARD PRINCIPAL
Rashad Evans x Dan Henderson
Roy Nelson x Stipe Miocic
Ryan Jimmo x Igor Pokrajac
Alexis Davis x Rosi Sexton
Pat Barry x Shawn Jordan
CARD PRELIMINAR
Jake Shields x Tyron Woodley
Sam Stout x James Krause
Sean Pierson x Kenny Robertson
Roland Delorme x Edwin Figueroa
Mitch Clarke x John Maguire
Yves Jabouin x Dustin Pague

Luiz Besouro ganha chance no UFC após deixar TUF Brasil por lesão

Lutador carioca diz que vai passar mototáxi adiante e quer dar lar aos filhos

Por Fortaleza
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Na coletiva de imprensa do TUF Brasil 2 Finale, enquanto Léo Santos sorria com o troféu de campeão do The Ultimate Fighter Brasil no pódio e respondia a perguntas, seu ex-companheiro de equipe no reality show, Luiz Besouro, assistia sentado na primeira fileira. O lutador da RFT era cotado para estar no lugar de Santos ao final do programa, mas sofreu uma lesão na mão e foi forçado a deixar a casa antes das quartas de final. Apesar disso, Besouro recebeu boas notícias: além de ganhar o prêmio de melhor finalização da temporada pelo mata-leão em Pedro Iriê, ouviu do diretor internacional do Ultimate, Marshall Zelaznik, que está sob contrato e terá uma oportunidade de lutar pela organização.
Luiz Besouro UFC TUF Brasil MMA (Foto: Adriano Albuquerque/Globoesporte.com)Luiz Besouro receberá chance no UFC após passar pelo TUF (Foto: Adriano Albuquerque/Globoesporte.com)
O atleta carioca ainda não sabe quando poderá lutar, nem os termos de seu contrato com o UFC, mas já está pronto para o desafio. Recuperado da lesão na mão, afirmou que poderia estar no card deste sábado se fosse necessário. O certo é que vai largar a vida de piloto de mototáxi e se dedicar exclusivamente aos treinos.
- A partir de segunda, não trabalho mais. Graças a Deus, sou proprietário da minha vaga, devido ao tempo que trabalho lá. Agora é uma nova fase, porém o trabalho nunca me diminuiu. Toda vez que subi no ringue, me senti muito bem preparado, independente de estar trabalhando ou não. Eu só subia se estivesse preparado, até porque, 30 dias antes, através da ajuda do Márcio Cromado, ele pagava minhas contas de cartão, telefone, pensão, então eu podia treinar como um profissional de verdade. Trabalhar nunca me atrapalhou. Agora, minha vida vai ser treinar normalmente como se fosse sempre um mês antes da luta, até porque não vou mais precisar trabalhar. Vou passar o mototáxi - contou Besouro.
A primeira prioridade de Besouro como atleta do UFC é ter uma casa para receber os três filhos, que teve com três mães diferentes.
- Preciso dar um lar para meus filhos. Não estou com nenhuma das mães dos meus filhos, então preciso de um lugar para recebê-los, um lugar onde possa me sentir como pai. Eles não são filhos do Neymar. O Neymar tem dinheiro, vai e volta e leva os filhos onde quiser. Eu não, estou começando minha vida como lutador profissional, agora que está começando a vir dinheiro.
A vida de Besouro já mudou antes mesmo de entrar oficialmente no UFC. A mera presença no TUF o tornou uma celebridade, o que foi constatado já na pesagem do evento em Fortaleza, quando foi cercado por inúmeros fãs para tirar fotos e dar autógrafos.
- É tudo muito novo para mim ainda. Procuro não sair de casa muito porque já estou focado na minha próxima luta. É óbvio que nós somos artistas marciais e temos que aprender a lidar com isso, estou aprendendo. Nunca tive um assessor, agora eu tenho. É o que o mestre Cromado diz: só tenho que treinar, estou focado no treinamento, mas andar na rua, é muito bom ser reconhecido. A melhor sensação foi chegar ontem (sexta) nesse ginásio e ser aplaudido de pé. Eu não estava no card, não estou na final do TUF, fui participante, mas consegui passar às pessoas o que sou e como penso, e fiquei muito agradecido ao povo de Fortaleza - concluiu.

Após lesões, Ultimate divulga o
terceiro pôster para o UFC 161

Evento já teve o evento principal e o coevento principal mudados

Por Rio de Janeiro
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AS lesões do UFC 161 deram trabalho não só aos dirigentes responsáveis por formar os cards dos eventos do Ultimate, mas também ao departamento de marketing da organização. Neste domingo, foi divulgado o terceiro pôster para promover as lutas do próximo sábado, em Winnipeg (CAN).
O pôster inicial (à esquerda) destacava a disputa do cinturão interino do peso-galo entre Renan Barão e Eddie Wineland, além de duas lutas do peso-meio-pesado: Maurício Shogun x Rogério Minotouro e Rashad Evans x Dan Henderson. Mas Barão se machucou e acabou sendo retirado do card. Sem adversário, Wineland também foi sacado.
MONTAGEM - pôster cartaz UFC 161 (Foto: Divulgação)MONTAGEM - pôster cartaz UFC 161 (Foto: Divulgação)
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O segundo (o do meio) apresentava Rashad Evans x Dan Henderson como luta principal. Em baixo, Maurício Shogun x Rogério Minotouro foi mantido. Roy Nelson foi convocado para reforçar o evento e teve sua luta contra Stipe Miocic exposta no pôster. Foi a vez de Minotouro se machucar.
Com o brasileiro fora do evento, o UFC casou Maurício Shogun x Chael Sonnen. Mas a luta ficou marcada para Winnipeg por menos de 24 horas. Sonnen apresentou problemas com o visto e não conseguiria entrar no Canadá. O duelo passou para Boston (EUA), no dia 17 de agosto.
Com duas lutas a menos, o Ultimate optou por promover o UFC 161 com os duelos Rashad Evans x Dan Henderson e Roy Nelson e Stipe Miocic. O evento tem outros 11. Confira:
UFC 161
15 de junho de 2013, em Winnipeg (CAN)
CARD PRINCIPAL
Rashad Evans x Dan Henderson
Roy Nelson x Stipe Miocic
Ryan Jimmo x Igor Pokrajac
Alexis Davis x Rosi Sexton
Pat Barry x Shawn Jordan
CARD PRELIMINAR
Jake Shields x Tyron Woodley
Sam Stout x James Krause
Sean Pierson x Kenny Robertson
Roland Delorme x Edwin Figueroa
Mitch Clarke x John Maguire
Yves Jabouin x Dustin Pague

Melhor técnico do mundo, Rafael Cordeiro quer academia no Brasil

Paranaense fala sobre início da carreira, sua participação em filme nos EUA, livro de Anderson Silva e conta bastidores do Pride

Por Fortaleza
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Quem olha para o paranaense Rafael Cordeiro, sempre de sorriso aberto e solícito com fãs e jornalistas de todo o mundo, não pode imaginar a história desse ex-lutador de 40 anos, treinador de MMA desde 1999 eleito o melhor do mundo em 2012. Discípulo da tradicional Chute Boxe, pendurou as luvas em 1999 e, tempos depois, encarou o desafio de ir para os EUA montar a sua própria academia, a Kings MMA, que hoje possui oito atletas no UFC. Com uma longa história no MMA nacional, como atleta e treinador, foi o mentor de Wanderlei Silva em sua época áurea no Pride, e hoje treina Fabrício Werdum, um dos melhores pesos-pesados do mundo, entre tantos outros lutadores.
Em uma conversa de quase uma hora com a equipe do Combate.com no hotel em que estavam hospedados os atletas e membros das equipes que participaram do TUF Brasil 2 Finale, em Fortaleza, Rafael Cordeiro falou sobre sua trajetória no mundo da luta, a participação no filme "Here comes the Boom" com seu aluno, o ator Kevin James, relembrou bastidores do Pride, não fugiu de temas polêmicos como o uso de TRT entre os atletas de MMA e o livro de Anderson Silva, no qual o campeão dos médios do UFC deu a sua versão sobre seus tempos de Chute Boxe e revelou planos de abrir franquias da Kings MMA no Brasil.
Rafael Cordeiro (Foto: Adriano Albuquerque)Rafael Cordeiro projeta franquias da Kings MMA no Brasil (Foto: Adriano Albuquerque)

Confira a íntegra da entrevista:
INÍCIO NAS ARTES MARCIAIS
- Comecei nas artes marciais em 1986, treinando tae-kwon-do em Curitiba, com o mestre Daniel Lee, em uma academia perto de onde eu estudava. Daniel Lee era um professor muito famoso na época, com uma flexibilidade e capacidade de chute muito grandes, e eu tinha 11 ou 12 anos. Fiquei por quase dois anos lá. Um dia passei em frente à Chute Boxe e vi um exército chutando colchonete, dando joelhada, e eu nunca tinha visto aquilo. Decidi que queria treinar aquilo, e passei a treinar lá em 1987. Não parei nunca mais.
CHEGADA AO VALE TUDO
- Nosso primeiro vale tudo surgiu em um atrito que teve entre o Pelé e o pessoal da capoeira. Eles desafiaram a nossa academia para fazer a luta e a gente não tinha noção do que era o vale tudo. Pra gente era briga, a gente era muito garoto, brigava bastante mesmo, então estava em casa. Seria mais uma briguinha só. Depois passamos a treinar muito o muay-thai, o bloqueio de entradas, pra não deixar os caras nos botarem pra baixo, até porque naquela época em Curitiba não havia um professor somente de jiu-jitsu para MMA. Então nós mesmos passamos a desenvolver uma técnica que nos permitisse anular as tentativas de quem quisesse nos botar pra baixo. E aí surgiu a nossa técnica, que vem sendo lapidada até hoje. O mais importante, desde aquela época, era a disposição para lutar, que todos nós tínhamos. Só adaptamos a técnica para o MMA.
MMA Fabrício Werdum, Rafael Cordeiro e Andre Baggio. (Foto: Divulgação)Fabrício Werdum e Rafael Cordeiro em treino na Kings MMA (Foto: Divulgação)

MUDANÇA PARA OS EUA
- Minha chegada aos EUA foi difícil. Eu saí de Curitiba, da Chute Boxe, com 350 alunos em um ponto nobre de Curitiba, na Praça do Japão. Saí de lá com apartamento, academia, vida estabelecida, para começar praticamente do zero, com a minha esposa, as minhas filhas e dois faixas-pretas que me acompanharam. O primeiro ano foi muito difícil. Fui para lá com uma ideia que surgiu em Curitiba de montar um CT da Chute Boxe lá. Tínhamos um investidor certo, mas que na última hora deu pra trás. Eu sabia que o mercado americano, que já era grande, estava começando a ficar imenso, e era o momento. Tive que começar na humildade tudo de novo, com uma academia pequena, em um espaço mínimo. Logo no primeiro ano eu montei a Kings MMA, sabendo tudo o que iria passar para voltar a ser grande. Tive coragem pra poder fazer isso. Agora tenho a autonomia de fazer as coisas do jeito que eu acho certo. Não que não tivesse isso na Chute Boxe, mas lá era diferente, porque ela é do mestre Rudimar Fedrigo. Ele é o fundador e eu queria ter a possibilidade de fazer a minha academia. Hoje tenho oito lutadores dentro do UFC. Cheguei nos EUA sem nada, sem falar inglês, só com a disposição de dar aula. Eu até tinha um nome por causa do Pride, mas o Pride ainda não era tão conhecido lá. Algumas pessoas me conheciam, mas não havia uma referência.
A KINGS MMA E O PROJETO DE FRANQUIAS NO BRASIL
- Não podia imaginar que chegaríamos tão longe com a Kings MMA. Comecei treinando na Chute Boxe, que era muito forte, fui aluno, instrutor, competidor, representei a academia, terminei invicto no muay-thai em quase 30 lutas. Depois virei mestre, montei minha própria escola, que foi indicada a melhor do ano, eu fui escolhido o melhor técnico do ano. Acho que estou cumprindo dentro das artes marciais todos os pontos para chegar aonde cheguei, e quero chegar muito mais longe ainda. Meu sonho é abrir várias escolas Kings MMA no Brasil para difundir o nosso conhecimento e a nossa metodologia de ensino. Se Deus quiser, isso logo vai acontecer. Quero abrir as academias em forma de franquia, claro, mas tendo dentro de cada uma professores faixas-pretas meus. Não vender a marca para quem não tenha passado pelo que eu acho importante. Não posso prostituir aquilo que eu construí. Eu sou da galera da velha guarda, cresci num ambiente de porrada mesmo, não tinha essa. Crescemos fortes nesse sentido. Não posso vender o nome para um cara que não tenha esse espírito forte que foi formado. Formei vários faixas-pretas na carreira. Quando montar o sistema de franquias no Brasil, será com professores oriundos dessa filosofia. Hoje a Kings MMA tem oito atletas que fazem a diferença dentro do UFC. O Werdum está na boca de disputar o cinturão. O Jake Ellenberger logo também deve estar, o Ian McCall começou a treinar conosco agora, Mark Muñoz, Rafael dos Anjos... É uma gama muito grande de atletas. Hoje os EUA são uma grande meca. É como a Chute Boxe era no tempo do Pride.
PARCERIA COM FABRÍCIO WERDUM
- Logo no primeiro ano nos EUA o Fabrício Werdum me acompanhou. Ele me ligou e disse que queria ir comigo pra lá, pra ficar mais próximo da família, porque ele morava em Porto Alegre e ia toda semana para Curitiba para treinar. Tenho muito orgulho do Werdum, que é um seguidor fiel, fez uma bela transição do jiu-jítsu para o MMA e é merecedor de todo tipo de vitória que aconteça na vida dele. Acho que o Werdum está muito próximo de disputar o cinturão do UFC, sempre respeitando demais o Minotauro, que nem tem o que falar. Pra você ver, eu dou aula dentro da Black House nos EUA. Temos um bom relacionamento. Cabe a mim realizar o sonho do Werdum de disputar o título. O sonho dele virou o nosso sonho, e não vamos medir esforços para que isso aconteça. É o desejo de chegar ao que é mais sagrado na luta, que é o cinturão. Quem disser que não quer lutar pelo cinturão mente. Todo mundo quer o cinturão. Se não pensar assim, não merece estar no UFC.
Fabricio Werdum Rafael Cordeiro TUF Brasil 2 UFC (Foto: Getty Images)Fabricio Werdum conversa com Rafael Cordeiro:  (Foto: Getty Images)

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A ÉPOCA DO PRIDE
- O Pride tem uma diferença grotesca pro UFC. Tinha aquela coisa do Japão, da filosofia das artes marciais, eles dão ênfase à academia que o lutador representa, ao treinador. Eles faziam um filme, resgatavam a história de cada atleta na arte marcial. Nos EUA o atleta é tratado como produto, e no Japão ele é um discípulo de um templo que se destacou na sua arte marcial. É uma história sendo contada. Foi uma coisa sensacional. Eles gostavam de ver a luta do ponto de vista de ver a técnica fluir. Eles torcem para os dois lutadores. Se um atleta faz um movimento bonito, eles aclamam. Fico triste do Japão não ter evoluído nessa parte técnica. Eles ficaram para trás, lamentavelmente. Não sei dizer o que houve, mas eles pararam. Na época da Chute Boxe nós perdemos para alguns japoneses que eram duros, muito bons de chão. Acho que o tempo que eles ficaram sem competir fora do Japão fez diferença. Lutar nos EUA é diferente. Lá é a Fórmula-1. Tudo acontece muito rápido, e se não evoluir, você dança. O que eu senti nos EUA e que não tinha no Japão era a necessidade de se ter um produto. O lutador é um produto, e tem que mostrar o que ele tem. Tem um pessoal por trás dele, mas ele é o cara. Acho que essa foi uma grande diferença.
LUTA INESQUECÍVEL
- Fui 50 vezes para o Japão e vivemos várias coisas lá, mas a segunda luta do Wanderlei contra o Rampage foi muito forte. Aquela luta foi uma coisa incrível. O primeiro round terminou com o Rampage por cima do Wanderlei, botando pressão no chão, aquela loucura toda. Na volta, foi aquele nocaute espetacular. Foi uma luta muito marcante, por ter sido um bicampeonato, pela história, quase um filme. Os caras se empurrando, o Wanderlei subindo ao ringue, desafiando e gritando "Eu sou o campeão!" Não tinha nada programado. O Wanderlei, louco como ele é, subiu lá e fez aquilo. Nesse dia, eu lembro que o Rampage ia saindo, e o Wanderlei subiu, pegou o microfone e falou que era o campeão. Os caras foram rápidos em fazer uma camiseta com a foto da cena. Usaram aquilo da melhor maneira para contar a história da luta. O Pride tinha dinheiro, eles produziam bem o show. Se não tivesse acabado o dinheiro deles, nós estaríamos lá até hoje. Não sei se faltou mais intercâmbio para os japoneses, depois, evoluírem. Eu dou aula para bastante japoneses, como Caoru Uno, Kid Yamamoto, Mizuno Hirota... Antigamente tinha 15 bons japoneses no mínimo, e hoje não, o que é triste, porque se chegamos aonde chegamos hoje, foi muito por causa do Japão, pela exposição que eles nos proporcionaram.
montagem UFC Wanderlei Silva x Rampage Jackson (Foto: Getty Images)Segundo duelo entre Wanderlei Silva e Rampage no Pride marcou Rafael Cordeiro (Foto: Getty Images)

CHEGADA DO MERCADO AMERICANO
- Naquela época o Japão dominava por ter muito dinheiro, investiam muito e mantinham as estrelas lá por muito tempo. Foram mais de 50 eventos entre Pride e Pride Bushido. Nesse período, o americano estava se preparando fisicamente nos EUA. Eles se tornaram mais atletas, com a preparação física forte do wrestling. Hoje todo mundo faz preparação física, mas eles faziam desde sempre, principalmente os wrestlers, que treinam desde os quatro anos de idade. Nesse período do Pride, os americanos estavam vivos, mas sem tanta oportunidade de se integrarem ao Japão como os brasileiros, e vinham trabalhando fisicamente. Nós não víamos o que acontecia nos EUA porque o foco era o Japão, mas eles estavam bem preparados. Aquela luta do Shogun contra o Forrest Griffin, que foi o nosso batizado no UFC, ninguém esperava o que aconteceu. A gente achava que o Shogun ia matar aquele cara, porque ele estava treinando demais. Mas a parte atlética do Griffin fez a diferença. Não foi nem a técnica. Os americanos ganharam na parte física. Se você for ver, os caras que entraram no UFC vindos do Pride morriam no gás rapidamente, não estávamos acostumados com aquela exigência física. O ringue de cordas te dava pausas durante as lutas. O octógono, não. Ele não te dá tempo para parar e voltar para o meio, respirar. É luta o tempo todo.
LUTA CONTRA RUMINA SATO
- Rumina Sato quase me quebrou o joelho. Naquela época, em 1999, eu estava voando na Chute Boxe, nem queria saber quem era o cara. "Rumina Sato? Demorou, vamos lá! Ver vídeo? Que nada! O que ele faz? É finalizador? Aqui não! Vou quebrar esse japa!" Você vê o que é a prepotência e a arrogância. Deveria ter estudado, me preparado... Enfim, eu estava aquecendo para entrar e no telão passaram os meus highlights, e depois vieram os dele. Ele aparecia dando armlock voador e tudo, e eu pensei: "Aqui ele não faz isso de jeito nenhum!" Eu era faixa roxa de jiu-jítsu, e fui muito no coração. Achava que ia sair na mão, matar as tentativas de queda e arrebentar ele. Comecei a luta indo pra cima, ele foi na minha perna e estourou o meu joelho. Faltavam 11 dias para o meu casamento. Cheguei com o joelho inchado e o pastor mandando ajoelhar para casar. Eu fiquei com um joelho direito no chão e o esquerdo erguido. Essa é a lembrança que eu tenho do meu casamento. O Rumina Sato participou do meu casamento (risos).
WANDERLEI X SAKURABA
- Sempre foi uma honra lutar contra o Sakuraba porque ele sempre foi muito respeitoso. Uma coisa legal na primeira luta foi a coletiva de imprensa. Todos os repórteres japoneses lá, muito diferente de como é nos EUA. Aquele silêncio, todos de terno e o Wanderlei com aquela cara de psicopata do lado dele (risos). O Sakuraba nem olhava pro Wanderlei, só para os jornalistas. Ele respondendo as perguntas dizendo que esperava fazer uma excelente luta, Wanderlei é um grande atleta, aquelas palminhas contidas dos japoneses, aquele negócio todo. Aí vem a mesma pergunta pro Wanderlei. Ele vira e responde: "Quero dizer que estou muito bem preparado, e quero uma ambulância na porta do estádio." Traduziram pro Sakuraba, e ele fez aquela cara de surpresa, arregalou o olho e tudo. Todo mundo fez aquele "Oh!". Eu não acreditei que ele falou isso. E dito e feito. Na segunda luta, a mesma coisa. O Sakuraba dizendo que esperava fazer uma boa luta, igualzinho. O Wanderlei me manda essa: "Espero fazer uma boa luta e quero dizer que, quando ele chegar em casa, a mulher dele vai achar que ele é visita." Os caras traduziram isso, e o nosso manager, o Kawasaki, disse pra gente não falar isso, porque ele tem duas filhas (risos). Eles achavam que o Wanderlei ia matar o Sakuraba. O japonês tem uma inocência e uma pureza muito grandes. Eles queriam que um japonês ganhasse do Wanderlei, mas enquanto não surgia um, que o Wanderlei vencesse.
wanderlei silva kazushi sakuraba mma ufc (Foto: Reprodução)Combates entre Wanderlei Silva e Kazushi Sakuraba também entraram pra história (Foto: Reprodução)

LIVRO DE ANDERSON SILVA
- Os fatos que o Anderson retratou no livro dele aconteceram há 21 anos. Ele mostrou ali um sentimento que estava guardado. Foi uma surpresa para todos, mas é algo que cabe a ele. Se ele ficou na academia depois de tudo o que aconteceu, é sinal que tudo o que ele aprendeu ali valeu para o resto da vida. Nas entrevistas, 21 anos depois, ele diz que, vindo de onde ele veio, ele está acostumado a pressão. Até hoje ele salienta que a passagem dele pela Chute Boxe fez diferença. Independente do que aconteceu, o resultado foi um cara com a mente de aço, pronto para o que vier pela frente. Não fiquei surpreso, porque as pessoas não são o que você quer que elas sejam. O Anderson é um grande atleta, sensacional, tenho um bom relacionamento com ele. Éramos muito jovens na época. Cada um foi para o seu lado, mas o saldo daquela época foi um espírito forte e que deu resultado. Se ele chegou até onde chegou hoje, é porque a base do espírito dele foi preparado para qualquer tipo de batalha, dentro ou fora do ringue. Eu saí da Chute Boxe faz três anos, e nunca diria para você que uma vez um cara me deu um chute, outra vez um cara me deu um soco. Era o sistema da academia, antigamente era assim. Eu tomei tanta porrada lá, que se for falar faço dois livros (risos). Um monte de gente me bateu na academia. O sistema era assim. Na verdade eu nem li, mas me decepcionei com o que eu ouvi, claro. Nem quis ler. Você convive com uma pessoa por tantos anos e um dia a pessoa vem e solta um negócio desses? Qual o sentido disso? Então era algo falso? Se você é casado e separa, tempos depois vem dizer que não gostava da sua mulher, que traía ela? Então não era uma coisa verdadeira. Eu nunca dependi do Anderson, sempre tive muitos atletas, trabalhei bastante. Decepção mesmo é quando você depende totalmente da pessoa e ela te dá uma dessa. Quando você não depende, a pessoa simplesmente mostra um lado dela que é dela, e que ninguém vai mudar. Isso é dele. Hoje a gente treina, ele vai à minha academia. Acredito que não haja nenhuma mágoa, porque se ele me procura até hoje, é sinal que o que eu ensinei deu resultado.
BRIGAS EM NOME DA HONRA DA ACADEMIA
- Desde a era Gracie, várias coisas foram importantes para o esporte chegar aonde chegou. Não vamos ser hipócritas aqui. Os Gracie defendiam a honra deles, e nós, da Chute Boxe, defendíamos a nossa honra também. Se fosse para brigar, nós brigávamos mesmo, porque era ahonra da academia, dos nossos amigos, dos nossos mestres. Na época em tinha 17, 18 anos, hoje estou com 40. Há 22 anos nós defendíamos a honra da academia, Era matar ou morrer no sentido de homem-bomba. Nós nos jogávamos de cabeça e fazíamos qualquer coisa pela academia. Isso foi importante. Não digo que se tenha que fazer balbúrdia. A gente não entrava arrepiando hotel (risos). O que acontecia era de homem para homem, para resolver um atrito da forma de antigamente. Hoje é ridículo fazer uma coisa dessas, mas na época era assim. Não só na nossa academia como em todas as outras. A Chute Boxe tinha um foco grande em cima dela, porque era muito grande. Nós nunca tivemos muito medo da verdade, o sulista é muito sincero e muito franco. A gente via muito cara vaselina, que nas competições de abraçava e se beijava, e por trás falava mal do outro. Nós, não. Não abraçávamos nem beijávamos ninguém. Era a Chute Boxe, o nosso time e pronto, pra evitar essa imagem de falsidade. Todas essas brigas e confusões que aconteceram no passado foram necessárias para o esporte chegar aonde chegou. Não era bonito, mas era a honra da academia que tinha que ser protegida. Olhando para trás, vendo o lado romântico, era bonito de ver o amor que existia. Não tinha dinheiro. Era a honra da academia, do seu professor. A galera era robô daquilo, era um exército. Foi necessário para se criar a metodologia de fidelidade à escola.
LUTADORES X FANFARRÕES
- Vou te dar o exemplo do Besouro. Um atleta excelente, grande lutador, que trabalha de motoboy. Pela experiência dele e pelos combates que já fez, deveria estar em uma situação melhor. Poderia só viver da luta, mas infelizmente ainda não pode. A gente que é de verdade sabe quem é de verdade e quem é de mentira, como diz a música. A gente sabe quem precisa e quem vive esse sonho. Como em qualquer outro emprego, vai ter os fanfarrões e os verdadeiros. Tem aquela galera que precisa e luta por R$ 50, e mata ou morre por esse dinheiro, porque sabe que esses R$ 50 podem virar R$ 100 e, um dia, quem sabe, pode estar ganhando um milhão. Mas o sacrifício vem dos que não são os fanfarrões do esporte.
Anderson Silva, Wanderlei Silva, Rafael Cordeiro e Jérôme Le Banner (Foto: Reprodução/Twitter)Rafael Cordeiro se decepcionou com relatos de Anderson Silva em seu livro (Foto: Reprodução/Twitter)

PARTICIPAÇÃO NO FILME "HERE COMES THE BOOM"
- Eu dou aula particular para o Kevin James há muito tempo. Ele mora em Encino, perto de Hollywood, e é meu aluno. Um dia ele me disse que precisava emagrecer porque ia fazer um filme em que eu seria um lutador, e falou para eu me preparar porque eu iria lutar no fime também. Até brincou que iríamos lutar no filme, e ele descontaria tudo o que eu bati nele nas aulas. E surgiu dali a ideia. Foi muito bom, porque no filme ele fez questão de botar o meu nome como Rafael Cordeiro mesmo, para dar moral. Todos tinham pseudônimos, mas o meu nome era o real. Fiquei gravando uma semana no frio de Boston. E eu e o cara da luta final fomos os únicos que fizeram três rounds com ele. Todos os outros acabaram antes, mas comigo ele fez questão de fazer uma cena que dura dois ou três minutos, que é muita coisa. O Kevin é muito forte. Gordinho, mas bate duro. Já me deu knockdown em treino (risos). Saí na mão com ele na aula, e ele acertou uma que eu tive que colar na perna dele. Pensei: "Meu Deus, senti!" (risos). O cara tem 120kg, e eu tenho 85kg. Mas isso é normal, somos professor e aluno. Um dia ele baixou a cabeça e largou o braço. Só lembro de estar agarrado nas pernas dele, querendo saber aonde estava (risos).
ENTRADA DO MMA REAL NO CINEMA
Esses dias eu estava vendo um filme do Arnold Schwarzenegger, que está com quase 70 anos de idade. Na cena final ele sai na mão com o bandido, entrando com uma baiana, botando o cara pra baixo, o cara dando um armlock nele, ele defendendo direitinho, levantando e dando um pilão no cara, o cara indo pra um triângulo. Eu vi que, ali se quebrou uma grande barreira. As coreografias de filmes a gente sabe que não existem. Mas filmes como "Here comes the boom", que mostram a realidade, fizeram a diferença. Depois do lançamento do filme, teve muito mais alunos na academia, porque finalmente viram a realidade da arte marcial, com octógono, juiz, público, tudo.
MMA FEMININO
- Acho que o MMA é um esporte que, como todos os outros, merece ter a participação feminina. Temos várias atletas na academia, a Jessica Penne, que foi campeã do Invicta, muito dura. A Cris Cyborg vai fazer treinos com a gente. Não sou machista nesse sentido. Quanto mais mulheres, crianças praticarem, mais o esporte vai crescer. Se quisermos fazer do esporte o número um do mundo, temos que incentivar as mulheres a participar. Tem um monte de meninas aí que luta melhor que muito homem. As meninas do UFC tem mostrado mais técnica e vontade que muito cara não mostra.
Cris Cyborg lutadora MMA (Foto: Esther Lin / STRIKEFORCE)Cris Cyborg vai treinar com Rafael Cordeiro na Kings MMA (Foto: Esther Lin / STRIKEFORCE)

POLÊMICA SOBRE O TRT
- Acho que fica muito desigual. Um atleta que tem condições de se abastecer de substâncias que uma grande maioria não pode, faz a coisa ser injusta. A regra tem que ser igual para todos. Pode não haver a mesma igualdade técnica, mas física, sim. Fazendo TRT você está burlando a lei. Cada um pensa de um jeito, mas quanto mais parelhas ficarem as coisas, melhor. Não vejo com bons olhos isso porque aquele que não tem condições acabam ficando em desvantagem em relação aos que conseguem se abastecer da ilegalidade. Muitos atletas usam, e nunca vai se saber qual o limite do que foi usado. Dizem que tem uma taxa X, mas a gente sabe que não é assim. A partir do momento que está liberado, tem cara que vai se encher dos produtos e vai chegar diferente na luta. É mais justo que não haja.
TUF Brasil 2 Finale
8 de junho de 2013, em Fortaleza
CARD PRINCIPAL
Rodrigo Minotauro x Fabricio Werdum
William Patolino x Léo Santos
Thiago Silva x Rafael Feijão
Erick Silva x Jason High
Daniel Sarafian x Eddie Mendez
Rony Jason x Mike Wilkinson
CARD PRELIMINAR
Raphael Assunção x Vaughan Lee
Godofredo Pepey x Felipe Arantes
Ildemar Marajó x Leandro Buscapé
Rodrigo Damm x Mizuto Hirota
Caio Magalhães x Karlos Vemola
Antônio Braga Neto x Anthony Smith

Erick Silva diz que ainda não pensa no cinturão do UFC: 'Acho muito cedo'

Meio-médio finalizou Jason High em apenas 1m11s neste sábado, no TUF
Brasil 2 Finale, e pretende tirar tempo de folga antes de voltar aos treinos

Por Fortaleza
34 comentários
A vitória incontestável de Erick Silva sobre Jason High, com a quarta finalização mais rápida da história do UFC, em apenas 1m11s de combate, não fez o lutador sequer cogitar uma disputa de cinturão em um futuro próximo. Com os pés no chão, ele afirma que considera ser cedo para isso e vai tirar um período de folga, antes de voltar às atividades para o próximo compromisso, ainda sem data marcada.
- Acho muito cedo ainda. Não me preocupo com cinturão nem um pouco. A única coisa que quero é fazer meu trabalho. Só estou focado na próxima luta. Agora quero tirar uma folga, depois voltar a treinar.
O triunfo sobre Jason High foi o 15º de Erick Silva na carreira, que tem também três derrotas e um "no contest" (luta sem resultado).
Erick Silva na coletiva do TUF Brasil 2 Finale (Foto: Adriano Albuquerque)Erick Silva na coletiva do TUF Brasil 2 Finale (Foto: Adriano Albuquerque)

Campeão do TUF Brasil, Léo Santos não quer revanche contra argentino

Brasileiro diz que luta contra Santiago Ponzinibbio no reality show foi histórica, deseja sorte a ele e afirma que não pretende realizar novo combate

Por GLOBOESPORTE.COM Fortaleza
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Léo Santos era só alegria na coletiva do TUF Brasil 2 Finale. O título do reality show após finalizar William Patolino garantiu o contrato com o UFC. Porém, apesar de ter entrado na final pela lesão sofrida por Santiago Ponzinibbio, que o derrotou na semifinal, mas não pôde disputar a decisão por estar lesionado, Léo deixou claro que não pretende ter a revanche contra o argentino no UFC.
Ao ser questionado sobre o assunto, o lutador da Nova União mostrou ter carinho por Ponzinibbio, disse que a luta entre eles entrou para a história do programa e desejou sorte para o argentino que, segundo ele, vai levar o nome de seu país no UFC.
- E aí Santiago, o que eu falo? O que a gente fez no TUF vai ficar na história. Não foi luta, foi guerra. E ele é um argentino "xente boa", como ele fala. Torço muito por ele, vai arrebentar no UFC e levantar o nome da Argentina com todo coração que ele tem. Esse cara tem coração gigante. Eu vou ser sincero, não queria lutar com ele de novo, não (risos). Desejo toda sorte do mundo a ele - afirmou Léo.
Léo Santos cumprimenta Santiago Ponzinibbio na coletiva do TUF Brasil 2 Finale (Foto: Adriano Albuquerque)Léo Santos cumprimenta Santiago Ponzinibbio na coletiva do TUF Brasil 2 Finale (Foto: Adriano Albuquerque)
Já o rival de Léo Santos na final do TUF Brasil 2, William Patolino, que normalmente é extrovertido, pouco falou sobre a derrota. Para ele, a estratégia utilizada por seu adversário foi o grande diferencial no resultado e o lado emocional não o atrapalhou.
- Não fiquei nervoso. O Léo fez uma boa estratégia. Tentei derrubar, ele respondeu com outra queda, caiu por cima e conseguiu a finalização. Ele fez uma boa estrategia e é isso aí. Foi questão de estratégia mesmo. Aprendi muito com a luta de hoje. Não tenho muito o que falar não. O emocional não influenciou. Eu estava muito confiante - concluiu o atleta de 21 anos da Pejor.

Perdeu alguma? Semana agitada tem 25 novas lutas para eventos do UFC

Combate.com lista os cards completos dos próximos shows da principal organização de MMA do mundo. Próxima parada, UFC 161, no sábado

Por Rio de Janeiro
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MMA Montagem Lyoto Machida e Phil Davis (Foto: Reprodução/Site Oficial do UFC)Lyoto Machida e Phil Davis vão se enfrentar no UFC
Rio 4(Foto: Reprodução/Site Oficial do UFC)
Não foi só o TUF Brasil 2 Finale que agitou o UFC na última semana. Os dirigentes da principal organização do mundo também trabalharam bastante para organizar os cards dos seus próximos eventos. Nada menos do que 25 novas lutas foram acertadas entre segunda-feira e sábado.
O Combate.com fez uma lista mostrando como ficaram os card atualizados. Três receberam nada menos do que sete lutas. Destaque para o UFC 163 (UFC Rio 4). O evento na capital carioca, ao que tudo indica, já fechou o seu card com 13 lutas. Na semana que passou, por exemplo, foi anunciado o coevento principal da noite, o duelo entre os meio-pesados Lyoto Machida e Phil Davis. E também a primeira luta feminina da história do Ultimate no Brasil, entre Amanda Nunes e Shiela Gaff.
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Outros dois eventos tiveram suas lutas principais anunciadas. Em 17 de agosto, em Boston (EUA), os meio-pesados Maurício Shogun e Chael Sonnen vão encerrar a noite. O mesmo vai acontecer com Ben Henderson e TJ Grant no UFC 164, no dia 31 do mesmo mês, em Milwaukee (EUA). O duelo vale o título do peso-leve.
Montagem Ben Henderson x TJ Grant (Foto: Editoria de Arte)Ben Henderson e TJ Grant vão disputar título dos leves no fim de agosto (Foto: Editoria de Arte)
Confira como ficaram os cards atualizados (em negrito os nomes dos eventos e as lutas anunciadas na semana passada):
UFC 161
15 de junho de 2013, em Winnipeg (CAN)
CARD PRINCIPAL
Rashad Evans x Dan Henderson
Roy Nelson x Stipe Miocic
Ryan Jimmo x Igor Pokrajac
Alexis Davis x Rosi Sexton
Pat Barry x Shawn Jordan
CARD PRELIMINAR
Jake Shields x Tyron Woodley
Sam Stout x James Krause
Sean Pierson x Kenny Robertson
Roland Delorme x Edwin Figueroa
Mitch Clarke x John Maguire
Yves Jabouin x Dustin Pague
UFC 162
6 de julho de 2013, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Anderson Silva x Chris Weidman
Frankie Edgar x Charles Do Bronx
Tim Keneddy x Roger Gracie
Chan Sung Jung x Ricardo Lamas
Dennis Siver x Cub Swanson
CARD PRELIMINAR
Mark Muñoz x Tim Boetsch
Chris Leben x Andrew Craig
Norman Parke x Kazuki Tokudome
Edson Barboza x Rafaello Trator
Gabriel Napão x Dave Herman
Seth Baczynski x Brian Melancon
Mike Pearce x David Mitchel
UFC: Johnson x Moraga
27 de julho de 2013, em Seattle (EUA)
CARD DO EVENTO
Demetrious Johnson x John Moraga
Rory MacDonald x Jake Ellenberger
Robbie Lawler x Siyar Bahadurzada
Liz Carmouche x Jessica Andrade
Michael Chiesa x Jorge Masvidal
Bobby Green x Danny Castillo
Mac Danzig x Melvin Guillard
Brendan Schaub x Matt Mitrione
Yves Edwards x Spencer Fisher
Julie Kedzie x Germaine de Randamie
Ed Herman x Trevor Smith
Aaron Riley x Justin Salas
John Albert x Yaotzin Meza
UFC 163
3 de agosto de 2013, no Rio de Janeiro
CARD DO EVENTO
José Aldo x Anthony Pettis
Lyoto Machida x Phil Davis
Demian Maia x Josh Koscheck
Clint Hester x Cezar Mutante
Serginho Moraes x Neil Magny
Vinny Magalhães x Anthony Perosh
Thales Leites x Tom Watson
Robert Drysdale x Ednaldo Lula
Ian McCall x Iliarde Santos
John Lineker x Phil Harris
Amanda Nunes x Sheila Gaff
Rani Yahia x Josh Clopton
Bristol Marunde x Viscardi Andrade*

UFC: Shogun x Sonnen
17 de agosto de 2013, em Boston (EUA)
CARD DO EVENTO
Mauricio Shogun x Chael Sonnen
Alistair Overeem x Travis Browne
Urijah Faber x Iuri Marajó*
Matt Brown x Thiago Pitbull
Joe Lauzon x Michael Johnson
Michael McDonald x Brad Pickett*
Uriah Hall x Nick Ring
Mike Brown x Akira Corassani
Diego Brandão x Daniel Pineda
Ovince St. Preux x Cody Donovan*
Andy Ogle x Conor McGregor
Ramsey Nijem x James Vick*

UFC: Condit x Kampmann
28 de agosto de 2013, em Indianápolis (EUA)
CARD DO EVENTO
Carlos Condit x Martin Kampmann
Donald Cerrone x Rafael dos Anjos
Kelvin Gastelum x Paulo Thiago
Court McGee x Robert Whittaker
Sara McMann x Sarah Kaufman
James Head x Bobby Volker
Brad Tavares x Bubba McDaniel
Justin Edwards x BrandonThatch

UFC 164
31 de agosto de 2013, em Milwaukee (EUA)
CARD DO EVENTO
Ben Henderson x TJ Grant
Josh Barnett x Frank Mir
Chad Mendes x Clay Guida
Diego Sanchez x adversário a ser divulgado*
Ben Rothwell x Brandon Vera
Dustin Poirier x Erik Koch
Soa Palelei x Nikita Krylov
Chico Camus x Kyung Ho Kang*
* Lutas não confirmadas oficialmente

Rodrigo Minotauro machuca o braço na luta, mas exame descarta fratura

Peso-pesado do Ultimate será submetido a uma ressonância magnética
para identificar o tipo de lesão com mais precisão

Por Rio de Janeiro
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Rodrigo Minotauro por pouco não viveu neste sábado o mesmo drama da luta contra Frank Mir, realizada em dezembro de 2011. Na ocasião, o brasileiro perdeu para o americano e fraturou o braço após ser finalizado com uma kimura. Em Fortaleza, Fabrício Werdum derrotou o ex-campeão do Pride com uma chave de braço. Minotauro voltou a se machucar, mas um exame de raio-X mostrou que não houve fratura.
Rodrigo Minotauro (Foto: Reprodução/ Instagram)Rodrigo Minotauro com o braço esquerdo imobilizado (Foto: Reprodução/ Instagram)
O Combate.com entrou em contato com a fisioterapeuta de Rodrigo Minotauro, Angela Côrtes. De acordo com ela, a suspeita é de estiramento ligamentar.
 Nos próximos dias, Minotauro será submetido a uma ressonância magnética para identificar o tipo de lesão com mais precisão. Na noite deste sábado, ele foi direto para o hospital após a luta e por conta disso não compareceu à coletiva de imprensa.
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Fiscal é atropelado por guindaste após GP do Canadá. Estado é crítico

Homem tropeçou enquanto corria em frente a veículo que rebocava Sauber de Esteban Gutiérrez e é levado com urgência para hospital da região

Por GLOBOESPORTE.COM Montreal, Canadá
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Logo após o GP do Canadá deste domingo, vencido por Sebastian Vettel, um fiscal de pista foi atropelado por um guindaste que recolhia o carro de Esteban Gutiérrez, da Sauber, que havia abandonado a corrida a quatro voltas do fim. De acordo com o organizador da prova, François Dumontier, o homem de 38 anos corria diante do veículo, fazendo a escolta, quando tropeçou. O motorista não o viu cair e acabou o atropelando. A vítima não teve o nome divulgado, mas segundo informações possui dez anos de experiência na função.
Fiscal é atropelado após GP do Canadá de Fórmula 1 (Foto: Reprodução/Twitter)Fiscal é atropelado após GP do Canadá de Fórmula 1 (Foto: Reprodução/Twitter)
Testemunhas afirmam que a equipe médica chegou rapidamente ao local do acidente, imobilizou a vítima e a encaminhou ao centro médico do circuito. De lá, o fiscal foi imediatamente transferido de helicóptero para o Hospital de Sacré Coeur, que fica a cerca de 20km da Ilha de Notre-Dame, onde está localizada a pista. O chefe do centro médico do autódromo, Jacques Bouchard, afirma que o estado da vítima é considerado crítico.
- Uma roda gigantesca passou sobre seu corpo, então há fraturas. É isso que sabemos até o momento. Há danos nos pulmões e no cérebro? Acreditamos que não - declarou Bouchard ao jornal local "Montreal Gazette".
Fiscal pouco antes de ser atropelado por guindaste após GP do Canadá de Fórmula 1 (Foto: Reprodução/Twitter)Fiscal pouco antes de ser atropelado por guindaste (Foto: Reprodução/Twitter)

Vettel vence no Canadá e dispara na liderança. Massa se recupera e é 8º

Alemão leva dois sustos, mas triunfa em Montreal. Alonso cruza em 2º após belo duelo com Hamilton. Raikkonen é nono e iguala recorde de Schumacher

Por GLOBOESPORTE.COM Montreal, Canadá
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A “secada” que Fernando Alonso deu em Sebastian Vettel nesta semana parece não ter adiantado muito, pelo menos em curto prazo. Largando na pole position pelo quarto GP do Canadá consecutivo, o alemão da RBR, enfim, quebrou seu jejum pessoal e conseguiu converter a posição de honra em vitória, sua primeira em Montreal. Um triunfo tranquilo, não fossem dois sustos. Com grande vantagem na ponta, o tricampeão mundial raspou sua RBR no “Muro dos Campeões” no início da prova, passou reto em uma chicane na parte final, e mesmo assim recebeu a bandeirada com uma vantagem de quase 15 segundos justamente sobre Alonso. O espanhol da Ferrari largou em sexto, fez uma corrida agressiva e chefou em segundo após travar um belo duelo com Lewis Hamilton (Mercedes), que completou o pódio. Confira os melhores momentos no vídeo acima.
Vantagem de Vettel na pista e também na tabela de classificação. Com a vitória, sua terceira na temporada, ele disparou na liderança. Alcançou 132 pontos e possui 36 a mais que Alonso, o novo vice-líder. O piloto da Ferrari deixou Kimi Raikkonen para trás na tabela.
Raikkonen iguala recorde de Michael Schumacher
Como prêmio de consolação, o finlandês da Lotus, nono em Montreal, completou 24 corridas seguidas na zona de pontuação e igualou a marca estabelecida por Michael Schumacher entre 2001 e 2003. Kimi chegaria em oitavo, mas na penúltima volta não conseguiu segurar a pressão de Felipe Massa. O brasileiro da Ferrari, aliás, fez uma boa corrida de recuperação. Largando em 16º após bater no treino classificatório, imprimiu ritmo forte, conseguiu belas ultrapassagens e cruzou em oitavo.
sebastian vettel RBR fernando alonso ferrari lewis hamilton mercedes pódio gp do Canadá (Foto: Agência Reuters)Vettel celebra no pódio com Alonso e Hamilton no Canadá (Foto: Reuters)
Já o finlandês Valtteri Bottas, que havia surpreendido na qualificação ao obter o terceiro lugar no grid de largada, não conseguiu segurar o pelotão com o lento carro da Williams e terminou apenas em 14º. Quem se destacou nesse domingo foi Jean-Eric Vergne, sexto com a STR, e Paul di Resta, sétimo no dia que marcou o 100º GP da Force India. Seu companheiro Adrian Sutil completou o top 10.
Quem ficou fora da zona de pontuação foi a dupla da McLaren. Sergio Pérez foi 11º, logo à frente do parceiro Jenson Button, o 12º. Com isso, a escuderia britânica vê interrompida uma sequência de 64 corridas nos pontos, recorde na F-1, justamente em uma pista onde havia vencido nos últimos três anos.
A Fórmula 1 volta daqui a três semanas, no dia 30 de junho, com o GP da Inglaterra, oitava etapa da temporada 2013. A prova no tradicional circuito de Silverstone está marcada para as 9h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo da TV Globo. O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real. Confira o calendário completo.
Header_corrida (Foto: arte esporte)
A chuva que complicou a vida dos pilotos no treino classificatório deste sábado não deu as caras neste domingo. Com pista seca, a largada transcorreu sem acidentes. Vettel manteve a ponta, seguido por Hamilton. Como era de se esperar, com um carro mais lento e ainda inexperiente, Bottas, terceiro no grid, perdeu posições para Rosberg e Webber. Ciente que também precisaria se livrar rapidamente do finlandês da Williams, Alonso botou pressão e conseguiu a ultrapassagem ainda na primeira volta, subindo para quinto. Partindo de 16º, Massa ganhou duas colocações na volta de abertura e pulou para 14º. Duas voltas depois, o brasileiro da Ferrari conseguiu ganhar mais uma posição, a de Maldonado, e passou a ser 13º.
Bottas seguiu despencando. Foi ultrapassado por Vergne, e caiu para sétimo. Sutil também tentou deixar o jovem finlandês para trás e protagonizou o primeiro incidente da prova. Deu um giro de 360° na pista e um pelotão formado por Ricciaro, Raikkonen, Hulkenberg, Pérez e Massa teve que desviar rapidamente para não acertá-lo em cheio. Para piorar, curvas depois, o alemão da Force India foi tocado por Maldonado e os dois danificaram parte de seus carros. O venezuelano foi punido com um drive-through (passagem direta pelos boxes) pelo toque.
Vettel raspa 'Muro dos Campeões'
Enquanto isso, Vettel já abria cinco segundos sobre Hamilton na liderança. Entretanto, um descuido quase acabou com o tranquilo passeio do tricampeão. O alemão entrou mal na reta principal e raspou os pneus no famoso “Muro dos Campeões”, mas não sofreu nenhum dano (veja no vídeo).
Massa seguia sua corrida de recuperação. Na volta 9, desbancou Pérez. Pouco depois, pressionou Ricciardo, que foi para os boxes e deixou o brasileiro assumir a 11ª posição.
Na 14ª volta, Webber foi o primeiro dos ponteiros a parar nos boxes. Vettel fez seu pit duas passagens depois e Hamilton assumiu a ponta até trocar os pneus na 19ª volta, fazendo o alemão retornar à liderança. Massa fez sua parada e voltou em 13º. Ele seguiu imprimindo um bom ritmo, e logo superou Gutiérrez com facilidade. Já Sutil fez jogo duro. O brasileiro deu o bote na curva 1, mas o alemão retardou a freada e Massa precisou recolher para não bater (vídeo). Os dois não tomaram conhecimento de Button, deixaram o britânico da McLaren para trás e seguiram duelando, agora pelo nono lugar, já que outros pilotos ainda faziam pit stops. O ferrarista tentou outra manobra, dessa vez na chicane final, mas Sutil novamente fechou a porta.
Apesar do susto de encostar no “Muro dos Campeões”, Vettel seguia pisando fundo. Na 30ª volta, já havia aberto 17s sobre Hamilton. A essa altura da prova, a principal disputa era pelo terceiro lugar entre Rosberg, Webber e Alonso. O australiano da RBR e o espanhol da Ferrari levaram a melhor na briga tripla e deixaram o alemão da Mercedes para trás.
Só que Webber acabou tendo um problema ao tentar ultrapassar o retardatário Van der Garde, último colocado. O holandês da Caterham não viu a aproximação do australiano e o fechou, danificando o bico dianteiro da RBR. Van der Garde foi punido com um stop and go (parada obrigatória nos boxes). Já Webber não perdeu rendimento com a asa quebrada e seguiu na pista. Mesmo assim, Alonso, que já vinha na cola fazendo volta mais rápida atrás de volta mais rápida, conseguiu superar o australiano ao acionar a asa móvel na curva 1 e assumiu a terceira posição.
A partir da 40ª volta, começou a segunda rodada de pit stops. Os cinco primeiros colocados não se alteraram. Vettel era líder, seguido por Hamilton, Alonso, Webber e Rosberg.  Felipe Massa retornou dos boxes em 11º e subiu para 10º ao ultrapassar Grosjean.
Alemão passa reto em chicane
Na 52ª volta, outro susto interrompeu a tranquilidade do passeio de Vettel. O alemão da RBR “cochilou” e passou reto na primeira chicane (confira no vídeo). Mas sua vantagem para Hamilton era tanta que ele retornou à pista ainda 16s à frente. Se Vettel não era ameaçado, o britânico da Mercedes começou a sofrer pressão de Alonso.
Belo duelo entre Alonso e Hamilton
O britânico e o espanhol passaram então a protagonizar um bonito duelo a poucas voltas do fim. Por uma série de curvas, Hamilton deixou o lado de fora para Alonso e conseguiu manter o segundo lugar. Mas o bicampeão enfim conseguiu levar a melhor, com a ajuda do DRS no fim da reta principal. De caça a caçador, Hamilton passou a pressionar Alonso tentando retomar a segunda posição. Em uma das investidas, acabou tocando na Ferrari do espanhol e danificou o bico. Daí em diante, não conseguiu mais pressionar o rival.
Vettel cruzou a linha de chegada em primeiro, 15s à frente de Alonso. Hamilton completou o pódio, seguido por Webber e Rosberg. Massa ainda terminou em oitavo. O brasileiro conseguiu ganhar mais duas posições nas voltas finais: uma de Sutil, que foi punido por ignorar bandeiras azuis quando era retardatário, e outra com uma ultrapassagem sobre Raikkonen na penúltima volta.
Header_resultado (Foto: arte esporte)
1 - Sebastian Vettel (ALE/RBR) - 1h32m09s143
2 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m26s504 - a 14s408
3 - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - a 15s942
4 - Mark Webber (AUS/RBR) - 1m26s208  - a 25s731
5 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m26s008 - a 1m09s725
6 - Jean-Eric Vergne (FRA/STR) - 1m26s543 - a 1 volta
7 - Paul di Resta (ESC/Force India) - a 1 volta
8 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m30s354 - a 1 volta
9 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 1 volta
10 - Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 1 volta
11 - Sergio Pérez (MEX/McLaren) - a 1 volta
12 - Jenson Button (ING/McLaren) - a 1 volta
13 - Romain Grosjean (FRA/Lotus) - a 1 volta
14 - Valtteri Bottas (FIN/Williams) - a 1 volta
15 - Daniel Ricciardo (AUS/STR) - a 2 voltas
16 - Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 2 voltas
17 - Jules Bianchi (FRA/Marussia) - a 2 voltas
18 - Charles Pic (FRA/Caterham) - a 2 voltas
19 - Max Chilton (ING/Marussia) - a 3 voltas
20 - Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber) - a 7 voltas
Melhor volta: Mark Webber (RBR) - 1m16s182 - na volta 69
Não completaram:
Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) - na volta 46
Giedo van der Garde (HOL/Caterham) - na volta 44
Circuito Gilles Villeneuve - GP do Canadá (Foto: Arteesporte)