quinta-feira, 22 de maio de 2014

Belfort treina com Kelly Slater novamente: “Bom lutador de jiu-jítsu”


qui, 22/05/14
por ultimmato |
categoria Vitor Belfort
Vitor Belfort e Kelly Slater estão cada vez mais próximos. Após o surfista americano visitar a academia do lutador brasileiro no Rio de Janeiro durante a realização do WCT na cidade, Belfort reencontrou Slater na Flórida, onde treina e reside. O ex-campeão peso-meio-pesado do UFC publicou uma foto ao lado do surfista 11 vezes campeão mundial, elogiou seu jiu-jítsu e disse que fará uma entrevista com ele para seus seguidores no Instagram:
- Hoje meu amigo @kellyslater esteve treinando comigo e amanhã iremos treinar Again (“novamente” em inglês). Ele é um bom lutador de jiu-jítsu, vou postar um vídeo do treino de amanhã. Fiquem ligados aqui e vocês gostariam de perguntar algo a ele? Vou escolher 5 perguntas e amanhã ele vai responder em vídeo pra vocês, ok, mande as perguntas – escreveu Belfort.

Cormier exalta Hendo, mas garante que vencerá e disputará o cinturão

Invicto em 14 lutas como profissional, o agora meio-pesado diz ter o melhor wrestling do UFC e espera enfrentar o campeão Jon Jones no início de 2015

Por Direto de Las Vegas, EUA
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A simpatia e a facilidade com que se comunica fazem o meio-pesado Daniel Cormier parecer menos perigoso do que é. Sempre muito sorridente e brincalhão, o lutador, que está invicto em suas 14 lutas como profissional, conversou por cerca de 15 minutos com exclusividade com o Combate.com em Las Vegas, palco de sua luta contra o legendário Dan Henderson no UFC 173, que acontece no próximo sábado, e disse que respeita seu adversário, mas que não poupará esforços para vencê-lo e conquistar seu grande objetivo: disputar o cinturão do UFC.
Daniel Cormier UFC MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)Daniel Cormier enfrentará Dan Henderson no co-evento principal do UFC 173 (Foto: Evelyn Rodrigues)
- É bom enfrentar uma lenda, ter a chance de lutar contra um cara que conquistou tanta coisa no nosso esporte. Mas, no fim das contas, eu tenho uma disputa de título para conseguir, e essa luta é o que me separa dela. Venho buscando esssa chance há muito tempo, e tudo o que Dan fez e continua fazendo é incrível, mas tenho que vencer essa luta, porque ser campeão é mais do que toda a admiração e respeito que eu posso vir a sentir por alguém. Se eu vencer Dan Henderson, vou esperar pela disputa do cinturão. E vou melhorar, não importa quanto tempo leve. Vou curar algumas lesões que venha a ter. O tempo estará do meu lado. Não gostaria de esperar um ano, e acho que isso não vai acontecer. Jon Jones e Alexander Gustafsson devem lutar em setembro, e eu devo voltar a lutar no início de 2015. A espera será de sete ou oito meses, o que é um bom tempo.
Jon Jones MMA UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Cormier acredita que enfrentará Jon Jones no início
de 2015 pelo cinturão (Foto: Evelyn Rodrigues)
Perguntado sobre quem espera enfrentar na disputa do cinturão, Cormier não teve dúvidas em apontar o atual campeão.
- Acho que enfrentarei Jon Jones. Ele é o melhor do mundo e vem vencendo todos seus rivais. Ele derrotou Gustafsson em uma má noite. Imagine o que ele faria se estivesse em uma boa noite. O próprio Jones disse que não se preparou como deveria para a luta contra Gustafsson. Ele é muito novo, e muita gente diz para ele fazer isso ou aquilo. É difícil não cair nessa armadilha, mas eu acho que ele não fará mais isso. Gustafsson é fenomenal, um grande atleta, mas Jones tem mais armas para sair vitorioso dessa luta. Acho que Jon Jones não tem pontos fracos. Para vencê-lo, é preciso que você identifique aonde pode ser melhor que ele. Acho que Glover bateu mais forte que Jon Jones na luta entre eles, e achei que ele seria melhor na curta distância, mas Jones mostrou que ele, sim, foi melhor ali. Ele esytá evoluindo, o que é muito perigoso para os adversários. E agora ele não só finaliza os oponentes, mas também faz lutas longas, de cinco rounds. Ele está melhor a cada vez que sobe no octógono.
Relembrando sua última luta, contra Patrick Cummins, Cormier confirmou que ficou irritado pelas declarações do adversário antes da luta, mas garantiu que, na hora da disputa, deixa as emoções no vestiário.
Cormier contra Cummins no UFC 170 (Foto: Getty Images)Daniel Cormier venceu Patrick Cummins por nocaute no primeiro round no UFC 170 (Foto: Getty Images)
- No momento que vou para o octógono, toda emoção fica do lado de fora. Não me deixo influenciar por nada disso. Tudo fica fora das grades. Sou um profisssional, este é o meu trabalho. Nunca se deve levar as emoções para dentro do octógono. Se fosse assim, seria briga de rua. Você já viu uma briga de rua durar 15 minutos? Nunca, porque não acontece, é tempo demais e emoção demais, e isso te deixa mais cansado. Lá dentro eu luto como devo lutar.
Escalado originalmente para lutar no UFC 175, Cormier viu antecipada a sua luta para o UFC 173, perdendo cerca de quatro semanas de preparação. Nada, no entanto, que o deixe preocupado. Sua maior atenção se voltou para o pouco tempo que Dan Henderson teve entre a luta deste sábado e o duelo contra Maurício Shogun em Natal - cerca de dois meses.
MAURICIO SHOGUN X DAN HENDERSON ufc natal (Foto: Rodrigo Malinverni)Dan Henderson foi muito castigado por Shogun antes
de vencê-lo no UFC Natal (Foto: Rodrigo Malinverni)
- Não foi tão menos tempo de preparação como pareceu ter sido. Na última vez que lutei, eu enfrentei um adversário com apenas dez dias de preparação, então quem sou eu para negar oito semanas de antecedência para uma luta? O ideal são 12 semanas, mas tive tempo suficiente para me preparar. Acho que Dan voltou a lutar cedo demais, e isso não é bom para ele. A luta contra Shogun foi uma guerra, e ele pode dizer que saiu da luta se sentindo bem e sem lesões graves, mas quando se é acertado como ele foi, isso afeta qualquer um de alguma forma. Não me lembro de ter voltado a lutar em tão pouco tempo, especialmente após uma luta como a que ele fez contra Shogun. Dois meses é muito pouco tempo. Talvez Shogun tenha estado a um soco de vencer aquela luta. Tomara que eu consiga estar perto assim de vencer no sábado (risos).
Favorito destacado para a vitória - as casas de apostas de Las Vegas apontam vantagem de 9 para 1 contra Dan Henderson - Cormier diz que nada disso o influencia.
- Eu não faço as cotações das casas de apostas, e números não lutam. Nós, sim. Dan Henderson e eu temos o poder de definir a luta no sábado. Já tenho 35 anos de idade, não tenho mais 22 ou 23 anos. Não sou mais influenciável. Você pode me dizer que eu vencerei Dan Henderson pelo tempo que quiser, e eu sempre te responderei que não saberemos até que a nossa luta acabe. Sei como me manter concentrado, e meu foco tem sido Dan por todo esse tempo.
Perguntado qual sua maior vantagem, e qual o maior erro que Dan Henderson poderia cometer na luta contra ele, Cormier foi sincero e direto.
- Minha vantagem sobre qualquer um é o wrestling, que é melhor do UFC. Só preciso arrumar um jeito de me aproximar o suficiente para usá-lo. Meu jogo de chão e minha velocidade também são muito bons. O ponto é ditar aonde a luta vai acontecer. O pior erro que Dan Henderson pode cometer contra mim é diminuir o ritmo dos seus golpes. Isso o tornará mais lento, e se isso acontecer, enquanto ele tentar me acertar uma vez, eu vou acertá-lo três ou quatro. A estratégia é parecida com a que eu usei contra Roy Nelson. Não se pode deixar um cara grande e nocauteador te acertar. É bem simples.
Cain Velasquez Cinturão (Foto: Evelyn Rodrigues)Para Daniel Cormier, Cain Velásquez é o campeão
mais dominante do UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)
Por fim, Cormier analisou as categorias do UFC e falou sobre a diferença entre os principais campeões e seus demais adversários. Para ele, Jon Jones, José Aldo, Renan Barão e Cain Velásquez são os mais dominantes, com vantagem para o campeão dos pesos-pesados.
- Estou na mesma categoria de Jon Jones, e espero que ele não esteja tão acima dos outros nos meio-pesados quanto Cain Velásquez está nos pesos-pesados. Nós vimos as duas últimas lutas dele contra Junior Cigano, e a diferença foi imensa. E para mim, a mesma distância que Cain tem para Junior é a que Junior tem para o restante da divisão. Acho que Velásquez, José Aldo e Renan Barão estão muito acima do restante de suas divisões. A forma como Barão venceu Urijah Faber, que vinha vencendo todos nos pesos-galos foi incrível. Mas nos pesados acho que a diferença é maior, pela forma como Cain venceu Junior Cigano por duas vezes. Se ele lutar contra Werdum como lutou contra Cigano, dificilmente perderá o cinturão. Mesmo sendo Fabrício bom como é, Cain mostrou-se muito confortável e seguro. Werdum também se mostrou assim contra Travis Browne, mas o venceu por pontos. Se Cain pressionar durante todo o tempo e golpear sempre, acho que será uma luta difícil para Werdum.
O UFC 173 será realizado neste sábado, no MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas. O canal Combate transmite o evento ao vivo e com exclusividade a partir das 19h30m (horário de Brasília), e o Combate.com acompanha tudo em Tempo Real.
UFC 173
24 de maio de 2014, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-galo: Renan Barão x TJ Dillashaw
Peso-meio-pesado: Dan Henderson x Daniel Cormier
Peso-meio-médio: Robbie Lawler x Jake Ellenberger
Peso-galo: Takeya Mizugaki x Francisco Rivera
Peso-leve: Jamie Varner x James Krause
CARD PRELIMINAR
Peso-leve: Michael Chiesa x Francisco Massaranduba
Peso-leve: Tony Ferguson x Katsunori Kikuno
Peso-galo: Chris Holdsworth x Chico Camus
Peso-leve: Al Iaquinta x Mitch Clarke
Peso-leve: Anthony Njokuani x Vinc Pichel
Peso-pena: Sam Sicilia x Aaron Phillips
Peso-meio-médio: David Michaud x Li Jiangliang

Hendo e a vida sem TRT: "Me sinto bem, talvez um pouco mais cansado"

Adversário de Daniel Cormier, americano de 43 anos se mantém motivado por um sonho: "Só falta uma coisa para eu conquistar: o cinturão do UFC"

Por Direto de Las Vegas, EUA
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Na vitória sobre Maurício Shogun em Natal, no fim de março, Dan Henderson foi o último lutador a ter aprovado o uso do tratamento de reposição de testosterona no UFC. Mesmo com o TRT já banido pela Comissão Atlética de Nevada e também pela brasileira, esta resolveu abrir uma exceção para o veterano de 43 anos, que já havia entrado com o pedido e sido liberado. Para o duelo contra Daniel Cormier, no UFC 173, não houve alternativa, e Hendo teve de se adaptar à nova realidade. Ele garantiu que seu corpo reagiu bem, apesar de o cansaço agora estar mais evidente do que antes:
- Eu me sinto bem sem TRT, talvez um pouco mais cansado. É difícil dizer quando você está no meio do camp de treinamento porque, com ou sem TRT, você vai cansar. Não dá para saber se realmente faz muita diferença. Eu também não estava tomando tanto assim, eu estava usando apenas o nível normal - disse, em entrevista ao Combate.com.
Dan Henderson (Foto: Evelyn Rodrigues)Dan Henderson concede entrevista ao Combate.com (Foto: Evelyn Rodrigues)
Henderson já havia lutado sem TRT contra Rashad Evans, no meio de 2013, por não ter conseguido a permissão da comissão do Canadá, mas disse que se sentiu bem na ocasião. Desta vez, o que poderia prejudicá-lo era o pouco tempo entre os duelos contra Shogun e Cormier, apenas dois meses de diferença. Só que Hendo é "old school", e por isso não teve dificuldade na hora de aceitar a luta no UFC 173.
Uma das principais razões pelas quais eu aceitei esta luta foi
porque o Dana White me disse
que, se eu vencer o DC, terei a chance ao cinturão"
Dan Henderson
- Só tirei algumas semanas de folga depois da minha luta contra o Shogun. Ainda estava em boas condições físicas quando o duelo acabou, então não tive problema em aceitar esta luta. Quando eu lutava no Pride, várias vezes recebia uma proposta para lutar faltando dez dias para o evento, duas semanas, e eu tinha que aceitar. Naquela época eu conseguia estar em forma o tempo todo e pronto para lutar a qualquer momento. É diferente quando você sabe que isso pode acontecer e está em forma. Hoje em dia é bom saber quem vai ser o meu adversário com três meses de antecedência e, neste caso do Cormier, eu soube um pouco em cima da hora, mas a minha condição física estava ótima. Ele tem um estilo que não é tão estranho para mim. Essa parte de wrestling eu conheço muito. Ele é perigoso e muito duro, mas todo mundo também é - declarou.
Dan Henderson tem uma motivação especial para este sábado. Ele contou que Dana White, presidente do UFC, garantiu-lhe uma chance pelo cinturão dos meio-pesados (até 93kg) em caso de vitória sobre Cormier. Esse título é só o que falta para completar a coleção:
- Uma das principais razões pelas quais eu aceitei esta luta foi porque o Dana White me disse que, se eu vencer o DC, terei a chance ao cinturão. O meu objetivo principal é conseguir o cinturão do UFC, e saber que eu ainda posso conquistá-lo me mantém motivado. O desafio também me motiva. Cada adversário é diferente e, quanto mais difícil, mais motivador é. Daniel Cormier é um desafio enorme e eu me sinto bem, motivado. Eu amo esse esporte. E só falta uma coisa para eu conquistar na minha carreira: o cinturão do UFC.
Dan Henderson (Foto: Evelyn Rodrigues)Dan Henderson está com 43 anos e sem TRT (Foto: Evelyn Rodrigues)
A estratégia para vencer Cormier é, claro, manter a luta em pé, na trocação franca. O veterano demonstrou uma ponta de preocupação com o ótimo wrestling do adversário:
- Como eu posso derrotar o Cormier? Eu acho que é só acertar mais socos do que ele e adicionar o wrestling, ter certeza de que estou defendendo as suas tentativas de queda. Eu não acho que ele vai lutar o tempo todo em pé e buscar somente a trocação. Acho que ele vai tentar me derrubar para poder se sentir mais seguro. Para mim é só me manter agressivo, mas não ao ponto de dar brecha para ele conseguir a queda.
Se depender das apostas, Henderson terá vida difícil neste sábado. Cormier está cotado em "-1050", ou seja, para cada montante de US$ 105 (o equivalente a R$ 232) investidos no ex-peso-pesado, o apostador ganha US$ 10 em caso de vitória dele. Já Hendo está cotado em "+650" e, se sair vitorioso, vai proporcionar um ganho de US$ 65 (o equivalente a R$ 144) para cada US$ 10 depositados nesse resultado. O fato de ser tamanho "azarão" não preocupa o lutador americano:
Eu me sinto bem, ainda sou capaz de vencer esses caras. Talvez não seja tão comum alguém da minha idade competir nesse nível, mas eu não acho isso nem um pouco estranho. É perfeitamente normal"
Dan Henderson, aos 43 anos
- Eu não me importo em ser o azarão, não ligo. Eu sou do que sou capaz e o que eu preciso fazer lá dentro e eu vou conquistar esse objetivo. Eu não ligo para o que as pessoas pensam porque eu sei no que eu mesmo acredito.
Se, por um lado, as apostas são ignoradas, o fato de a questão da idade avançada sempre ser trazida à tona parece incomodar um pouco Dan Henderson, apesar de ele negar:
- Não me chateia, mas eu acho engraçado que as pessoas focam nessa coisa de me aposentar em vez de focarem na luta em si. Eu me sinto bem, ainda sou capaz de vencer esses caras. Talvez não seja tão comum alguém da minha idade competir nesse nível, mas eu não acho isso nem um pouco estranho. É perfeitamente normal.
Com Dan Henderson x Daniel Cormier no coevento principal, o UFC 173 será realizado neste sábado, no MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas. O canal Combate transmite o card ao vivo e com exclusividade a partir das 19h (horário de Brasília), e o Combate.com acompanha tudo em Tempo Real. Na sexta-feira, canal e site transmitem a pesagem às 20h.
UFC 173
24 de maio de 2014, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-galo: Renan Barão x TJ Dillashaw
Peso-meio-pesado: Dan Henderson x Daniel Cormier
Peso-meio-médio: Robbie Lawler x Jake Ellenberger
Peso-galo: Takeya Mizugaki x Francisco Rivera
Peso-leve: Jamie Varner x James Krause
CARD PRELIMINAR
Peso-leve: Michael Chiesa x Francisco Massaranduba
Peso-leve: Tony Ferguson x Katsunori Kikuno
Peso-galo: Chris Holdsworth x Chico Camus
Peso-leve: Al Iaquinta x Mitch Clarke
Peso-leve: Anthony Njokuani x Vinc Pichel
Peso-pena: Sam Sicilia x Aaron Phillips
Peso-meio-médio: David Michaud x Li Jiangliang

Wand não se arrepende de briga com Sonnen no TUF: “Agi como homem”

Brasileiro culpa edição do programa por ter imagem de “vilão” e fala sobre confusão com desafeto: "Foi uma ação errada, mas uma postura certa"

Por Direto de Las Vegas, EUA
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Wanderlei Silva (Foto: Evelyn Rodrigues)Wanderlei Silva (Foto: Evelyn Rodrigues)
A rivalidade entre Wanderlei Silva e Chael Sonnen tem sido um dos grandes destaques da terceira edição do TUF Brasil 3. O clima esquentou tanto que os dois chegaram às vias de fato no sexto episódio do programa, e a confusão acabou dividindo a opinião de fãs e atletas. Wand, no entanto, não se arrepende da briga e não se considera culpado pelo que aconteceu dentro da casa:
- Acho que a gente tem que se arrepender de algo que não fez. Eu sou um atleta profissional, o cara também é, nós dois somos homens, é uma coisa que pode acontecer com qualquer um nessa situação. É óbvio que eu não sou a favor de nenhum tipo de violência e, aliás, costumo dizer que a arte marcial funciona assim: nós somos praticantes de arte marcial, usamos a nossa arte estritamente para nos defender. E qual é a regra da arte marcial? Eu estava falando para ele o que eu achava dele, mas ainda não tinha encostado nele. A partir do momento em que o cara encosta em você, ele quebrou a regra, entendeu? Ele quebrou a regra, me empurrou e aí eu já me senti desrespeitado. Então eu pensei: “Beleza, vamos ver qual é”. E aí foi rapidinho ali, foi um lance só para dar uma esquentada, ninguém se machucou seriamente. Entre mortos e feridos todos sobreviveram. Foi uma ação errada, mas uma postura certa. Uma postura de homem que está se impondo e mostrando que com homem não se brinca - declarou, em entrevista ao Combate.com.
O “Cachorro Louco” se disse surpreso com a repercussão negativa do caso, mas acredita que já contornou a situação e que não saiu do episódio com a sua imagem arranhada:
Acho que a gente tem que se arrepender de algo que não fez. Eu sou um atleta profissional, o cara também é, nós dois somos homens, é uma coisa que pode acontecer com qualquer um nessa situação"
Wanderlei Silva, sobre briga com Sonnen
- Como dizem, é muito mais fácil você ser pedra do que vidraça, né? Então foi bom eu sentir a reação do público dessa maneira. A gente tem sempre que ver o lado bom da coisa. Eu acho que a galera que é das nossas viu os extremos por fora da ação. Você não pode generalizar com relação ao todo por conta de algumas mensagens de Facebook e Twitter. Pelo tipo da ação, muita gente vê um comentário e já vai no embalo e começa a criticar porque quer ser aprovado. Então a pessoa fala uma coisa e, de repente, pode mudar de opinião. De repente ela até discute se estava certa ou não. Acho que o povo que está demonstrando apoio a mim é muito maior do que esse pessoal que ficou contra. Muita gente não tinha visto ainda o que o Sonnen tinha falado. A opinião vai e vem né? E eu estou sentindo que o povo está comigo.
Wand acredita que a edição do programa acabou favorecendo Chael Sonnen em alguns momentos e que, justamente por isso, passou a ser visto como o vilão da história, enquanto o rival tem conquistado a cada dia mais torcedores brasileiros. O lutador ainda explicou a lesão que o impediu de competir no card do TUF Brasil 3 Final. Confira a entrevista na íntegra:
COMBATE.COM: Como treinador do TUF Brasil 3, qual é a análise que você faz do programa?
WANDERLEI SILVA:
Foi muito bom participar dessa edição. A gente conseguiu números muito bons. Na estreia, já tivemos dois milhões de pessoas a mais assistindo do que no primeiro episódio, e é muito interessante conseguirmos chegar a novos lares, divulgar o esporte e mostrar toda essa rivalidade. Porque isso aqui não é "telecatch" não, não é WWE (risos). Aqui é tudo de verdade.
A briga entre você e o Sonnen dentro da casa foi uma das coisas mais comentadas até agora. Você se arrepende de ter chegado às vias de fato com ele?
Acho que a gente tem que se arrepender de algo que não fez. Eu sou um atleta profissional, o cara também é, nós dois somos homens, é uma coisa que pode acontecer com qualquer um nessa situação. É óbvio que eu não sou a favor de nenhum tipo de violência e, aliás, costumo dizer que a arte marcial funciona assim: nós somos praticantes de arte marcial, usamos a nossa arte estritamente para nos defender. E qual é a regra da arte marcial? Eu estava falando para ele o que eu achava dele, mas ainda não tinha encostado nele. A partir do momento em que o cara encosta em você, ele quebrou a regra, entendeu? Ele quebrou a regra, me empurrou e aí eu já me senti desrespeitado. Então eu pensei: “Beleza, vamos ver qual é”. E aí foi rapidinho ali, foi um lance só para dar uma esquentada, ninguém se machucou seriamente. Entre mortos e feridos todos sobreviveram. Foi uma ação errada, mas uma postura certa. Uma postura de homem que está se impondo e mostrando que com homem não se brinca.
Wanderlei Silva (Foto: Evelyn Rodrigues)Wanderlei durante treino em sua academia em Las Vegas (Foto: Evelyn Rodrigues)
No início do programa, o Chael Sonnen era visto como o vilão, por tudo o que ele já falou sobre o Brasil e pelas provocações a lutadores brasileiros como Anderson Silva, Rodrigo Minotauro e até você.  Porém, depois do episódio da confusão entre vocês dentro do TUF, as pessoas passaram a questionar o seu comportamento dentro do reality show. Acha que se tornou o vilão da história? Que houve inversão de valores?
Na verdade não. De repente a noção de marketing do cara é melhor do que a minha. Ele conseguiu até doar uma bola de futebol de um jogo que nós disputamos dentro da casa e isso é coisa para figurino, para gringo ver. É claro que é uma ação bem-vinda, pois tudo o que for para ajudar a gente tem que ser bem-vindo, mas são ações paliativas, que não são tão efetivas. O show não mostrou muita coisa, foi meio que editado e muita coisa acabou sendo distorcida. Mas tudo bem, foi o preço que a gente pagou para aparecer no programa. Não é a gente que manda na edição e, muitas vezes, o público não sabe que está sendo manipulado. Essa manipulação pode ser discreta, de coisas colocadas no meio da programação. Você põe um sorriso aqui, um palavrão ali, depende da colocação. Agora a gente tem que tocar a bola para a frente e aproveitar os números da audiência que foram muito bons. Conseguimos divulgar mais o MMA no Brasil, e isso é um ponto muito positivo.
O que aconteceu no programa e que não foi mostrado na edição que foi ao ar?
Nesse último episódio que eu vi agora, por exemplo, eles colocam o Sonnen sorrindo e eu só de mau humor. Eu até pensei: “Poxa, eu não sou tão mal-humorado assim". Algumas vezes é verdade, porque ele fazia umas gracinhas que eu não aceito. Como disse o meu pai, homem não brinca com homem. Não tem essa. Eu tenho esse lado meio machão, que me levou tão longe na minha carreira, e eu não iria sucumbir a um show de televisão a chegar ali e fazer um personagem, apertar a mão dele porque tudo o que ele falou a meu respeito é só promoção. Não existe muito esse lance de promoção, né? Eu posso falar agora um monte de coisa aqui e falar que é promoção. Qual a diferença de ser promoção e não ser?  Então eu não concordei, expressei a minha real face diante do show e ocorreu o que ocorreu.
O show não mostrou muita coisa, foi meio que editado e muita coisa acabou sendo distorcida. Mas tudo bem, foi o preço que a gente pagou para aparecer no programa"
Wanderlei Silva
Você ficou surpreso com a repercussão negativa desse episódio da briga entre vocês?
Como dizem, é muito mais fácil você ser pedra do que vidraça, né? Então foi bom eu sentir a reação do público dessa maneira. A gente tem sempre que ver o lado bom da coisa. Eu acho que a galera que é das nossas viu os extremos por fora da ação. Você não pode generalizar com relação ao todo por conta de algumas mensagens de Facebook e Twitter. Pelo tipo da ação, muita gente vê um comentário e já vai no embalo e começa a criticar porque quer ser aprovado. Então a pessoa fala uma coisa e, de repente, pode mudar de opinião. De repente ela até discute se estava certa ou não. Acho que o povo que está demonstrando apoio a mim é muito maior do que esse pessoal que ficou contra. Muita gente não tinha visto ainda o que o Sonnen tinha falado. A opinião vai e vem né? E eu estou sentindo que o povo está comigo.
Você acha que a maioria da torcida brasileira ainda está do seu lado?
Claro! Para com isso! A luta vai ser aqui nos EUA, mas vai ter coro brasileiro de “Uh vai morrer!” e tudo.
E quanto à lesão que você sofreu nessa confusão? Você pode explicar como foi?
Eu me machuquei, mas não foi uma lesão assim tão séria. Foi algo que me impediu de iniciar a preparação antes e que atrasou um pouco o meu camp. Mas agora eu já estou engatilhado. Eu desferi um soco quando eu estava por baixo e eu já tinha machucado um ossinho aqui na mão que piorou um pouco. Eu tive que imobilizar a mão, não podia bater porque doía, então foi aquela coisa. Mas agora já curou e estou zerado e treinando para esse duelo.
Wanderlei Silva (Foto: Evelyn Rodrigues)Wand vai enfrentar Chael Sonnen dia 5 de julho, no UFC 175 (Foto: Evelyn Rodrigues)
Você disse no início da entrevista que essa rivalidade entre vocês não é de “telecatch”. Você pode falar sobre isso? É uma rivalidade pessoal? Você realmente não gosta do Chael Sonnen?
Eu não gosto de cara nenhum, o único cara de quem eu gosto sou eu (risos). As únicas pessoas de quem eu gosto mesmo são a minha mulher e a minha mãe, o resto eu sou meio assim (risos). Falando sério, quando você faz um determinado tipo de promoção, você tem que arcar com a responsabilidade. Se você fala um monte de besteira a respeito de um país e a respeito de um cara, você tem que saber que, amanhã ou depois, você pode estar frente a frente com esse cara. De repente essa pessoa vai ser tão falsa com você que vai apertar a sua mão e fingir que está tudo bem. Acho que não é bem assim. O lance entre mim e o Sonnen vai se resolver dia 5 de julho. Essa rivalidade está parecendo uma novela mexicana, mas no dia 5 de julho nós vamos, talvez, colocar um ponto final nisso.
O lance entre mim e o Sonnen vai se resolver dia 5 de julho. Essa rivalidade está parecendo uma novela mexicana, mas no dia 5 de julho nós vamos, talvez, colocar
um ponto final nisso"
Wanderlei Silva
O duelo seria no Brasil e agora vai ser em Las Vegas, cidade onde você mora e tem a sua academia. Como você se sente lutando quase no quintal de casa?
Eu vou trazer o cara para lutar aqui no meu jardim, né? Eu moro aqui do lado, a três minutos da arena, então é quase jardim (risos). É muito bom lutar aqui. Estou acostumado ao clima, à temperatura. É um clima seco, um pouco diferente, mas se o cara fica bem preparado aqui, ele fica bem preparado para lutar em qualquer lugar, então para mim é uma grande vantagem. Eu me dei tão bem no meu trabalho porque eu sou muito focado, levo meu trabalho muito a sério e o encaro como um todo. Cada luta é como se fosse uma guerra. Você não pode ignorar certos pontos como a estratégia, você sentir o oponente, intimidá-lo e pegar o melhor caminho para chegar até a vitória. E eu gosto muito disso, dessa parte tática.
Ainda quer voltar a morar no Brasil?
Eu gostaria muito de voltar. Eu gosto muito do Brasil, da cultura, do movimento, da comida. Eu moro aqui porque é tranquilo, Las Vegas é quase um rancho, é uma cidade segura, tem tudo de bom. Eu tenho uma vida boa aqui, mas eu gostaria muito de voltar a morar no Brasil, pois é um país que tem muita coisa para ser feita. Eu até me sinto na obrigação de voltar para lá e iniciar um trabalho. Nem falo isso por conta da política, isso eu ainda estou vendo, ainda não estou 100% certo, estou pensando. Mas, de qualquer maneira, nós vamos fazer um trabalho no Brasil para investir em determinadas áreas, independentemente de estar relacionado ou não à política.

Dana "lava as mãos" sobre volta de Vitor Belfort: "Não é problema meu"

Presidente reafirma que lutador precisa se acertar com Comissão Atlética de Nevada, mas comete gafe: "Você pode fazer o que quiser com TRT"

Por Direto de Las Vegas, EUA
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Dana White UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Dana White quer que Vitor Belfort se licencie para
lutar em Nevada (Foto: Evelyn Rodrigues)
Dan Henderson vai lutar em Las Vegas no próximo sábado. Chael Sonnen vai lutar no próximo dia 5 de julho. Ambos fizeram uso da polêmica terapia de reposição de testosterona (TRT), mas conseguiram licenças para lutar na cidade mesmo após o banimento da prática pela Comissão Atlética de Nevada, em fevereiro. Todavia, o brasileiro Vitor Belfort, talvez o usuário mais famoso e criticado do TRT no MMA, continua sem data para voltar a lutar, após ser retirado do card deste fim de semana no dia seguinte ao anúncio da proibição do tratamento (Belfort desafiaria Chris Weidman pelo cinturão dos pesos-médios no evento principal, e foi substituído por Lyoto Machida; a luta foi posteriormente adiada para o UFC 175, em julho).
Indagado sobre por que o lutador carioca continua afastado do octógono enquanto outros ex-usuários de testosterona já estão de volta, o presidente do UFC, Dana White, deu de ombros.
- Eu não sei. Eu não sei o que ele está fazendo… Essa negociação com a Comissão Atlética de Nevada é um problema do Vitor Belfort. Não é problema meu. Eu não estou mexendo com isso e vou ouvir do Vitor quando ele tiver resolvido - afirmou o dirigente durante coletiva de imprensa para promover o UFC 173, que acontece neste sábado.
A especulação na comunidade do MMA passa pelo exame antidoping surpresa feito por Belfort e pedido pela comissão de Nevada no início do ano, na época do "World MMA Awards". Como o brasileiro ainda não havia solicitado sua licença de lutador no estado, o resultado do teste não pode ser divulgado pela entidade, e Belfort optou por mantê-lo em sigilo. Especula-se que os resultados indicaram que o brasileiro estava com níveis de testosterona acima do limite permitido, algo que White rechaçou.
- Os resultados daquele exame são absolutamente irrelevantes, porque nós o testamos em tudo antes de cada uma das lutas que ele fez. Eu falei para vocês, acreditem em mim, ele colaborou com cada coisa que foi solicitado, ele foi testado, estava sempre dentro dos limites. Vitor Belfort nunca trapaceou. Mas aí isso virou uma coisa tão grande por causa da forma com que passaram a olhar para o TRT. Quando você olha para a forma como o Vitor luta, o quão bom ele é, enfim…Não há dúvida de que TRT ajuda. Essa coisa é projetada para fazer um cara da minha idade trabalhar como um cara da idade de Jon Jones. E isso funcionou para o Vitor.
Vitor Belfort MMA (Foto: Ivan Raupp)Vitor Belfort não luta desde 9 de novembro, mas afirmou que já está pronto para voltar (Foto: Ivan Raupp)
White, porém, cometeu uma gafe ao defender Belfort. Ele disse que o lutador poderia fazer "o que quiser" com o TRT quando não tivesse luta marcada; o argumento dos críticos da isenção para uso de testosterona no MMA era justamente que os lutadores estariam abusando da substância durante os treinos e diminuindo sua dosagem quando tivessem de ser testados.
- Vamos dizer que ele veio para Nevada e os níveis estavam altos. Se fosse isso, ele não estava nem lutando. Ele veio para Vegas para falar sobre a licença para lutar e a resposta foi: "Seja bem-vindo a Nevada, mas, se você quiser obter a licença para lutar aqui, você tem que parar de usar TRT". Como um cara que não está lutando, você pode fazer o que você quiser com TRT. Vocês sabem o que acontece quando você ultrapassa muito os limites dessa terapia e aí você para de fazer uso de TRT de uma vez? Você pode perguntar para qualquer médico: você está acabado fisicamente, emocionalmente, sexualmente, em todos os quesitos - disse o presidente.
Dana White concluiu "lavando as mãos" da confusão. Ele reafirmou que Vitor Belfort terá de obter a licença de lutador junto à Comissão Atlética de Nevada para voltar a lutar no UFC.
- Quando ele estiver pronto, ele vai voltar. Eu não sei e não ligo para como eu vou ficar sabendo se ele está pronto. Isso é o Vitor quem decide. Quando ele estiver pronto para lutar, a Comissão de Nevada vai saber e enfim…Quando o Vitor resolver, ele vai voltar.

Everton Costa colocará desfibrilador implantado e pode não voltar a jogar

Segundo o médico Gustavo Gouvêa, quadro de miocardite do atacante não apresenta melhora nos exames, e procedimento deve acontecer na próxima semana

Por Rio de Janeiro
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Clovis Munhoz e Gustavo Gouvea - coletiva médicos vasco (Foto: Edgard de Sá)Clóvis Munhoz, do Vasco, e Gustavo Gouvêa fazem comunicado sobre Everton (Foto: Edgard de Sá)
O atacante Everton Costa, do Vasco, passou o último mês ansioso pelos resultados dos seus exames depois de ser diagnosticado com uma miocardite - inflamação no músculo cardíaco - diante de um quadro de arritmia cardíaca durante o jogo contra o Resende, em 16 de abril, em São Januário, e as noticias não são muito animadoras. Segundo o cardiologista Gustavo Gouvêa, contratado pelo Cruz-Maltino para acompanhar o caso de perto, não houve melhora na região do coração afetada. A indicação agora é pela colocação de um desfibrilador implantado, uma espécie de marca-passo capaz de dar choques para corrigir novas alterações nos batimentos cardíacos do jogador.
O procedimento para colocação deve acontecer na próxima semana e não há garantias de que o jogador possa voltar a jogar futebol profissionalmente. O dispositivo é pequeno e será implantado no tecido subcutâneo de Éverton logo abaixo da clavícula. Dois pequenos cabos entram pelas veias e conectam o aparelho ao coração. Ao lado do coordenador médico de São Januário, Clóvis Munhoz, Gouvêa disse que há atletas que utilizam o mesmo desfibrilador implantado, sem comprometimento do desempenho, mas evitou falar na possibilidade de retorno.
 - Ele tem uma chance, que não é pequena, de voltar a ter uma arritmia. Por isso está indicado o implante do desfibrilador implantado, uma espécie de marca-passo que tem a capacidade de reconhecer a arritmia e dar um choque se necessário. O procedimento vai ser realizado provavelmente na semana que vem. Ele esta muito confiante, muito tranquilo e aceitou o tratamento. Se ele vai poder jogar futebol com esse dispositivo, é uma controvérsia na literatura médica. Há 10 anos diziam que não. Mas nesses últimos 10 anos existem centenas de atletas com esse dispositivo, muitos jogadores de futebol. E o resultado dos trabalhos recentes é que é seguro um atleta jogar com esse dispositivo, desde que se entenda que ele tem um risco de arritmia, que pode precisar tomar um choque e ser desfibrilado. Se ele tiver esse entendimento, concordar com isso, é possível que isso aconteça. São vários fatores, o atleta querer, o clube liberar... isso não será decidido agora - resumiu o médico.
Jogador belga usa desfibrilador implantado
Durante a entrevista, Gustavo Gouvêa apresentou um estudo, o maior da literatura médica sobre o assunto, com a situação de 300 atletas - sendo 19 jogadores de futebol - que realizam atividades físicas com um desfibrilador implantado. Não foi registrado nenhum caso de óbito, mas 10% dos pesquisados chegaram a sofrer uma nova arritmia e precisaram levar o choque do aparelho. O prazo para a recuperação de Everton continua o mesmo: seis meses desde evento inicial. O camisa 17, então, deve ter uma posição sobre o seu futuro no dia 16 de outubro.
- O prazo segue o mesmo. Se ao final desses seis meses estiver tudo bem, vamos poder avaliá-lo para tomar uma decisão. Hoje ele está bem, assintomático, levando uma vida normal, sem esforço físico... Everton vai ser acompanhando mensalmente por nós. Até um eletrofisiologista, especialista no desfibrilador implantado, vai nos ajudar - disse.
Um dos casos de jogadores de futebol que passaram a usar desfibrilador implantado e tiveram uma nova arritmia, com necessidade de choque, foi o do belga Anthony Van Loo. O colapso se deu em 2009 e, após o desfibrilador entrar em ação, o jogador voltou a si e sentou no gramado depois de desmaiar. Ele atua até hoje, aos 25 anos, pelo Mechelen, da Primeira Divisão da Bélgica.
Entenda o caso
Há cerca de um mês, o susto. No dia 16 de abril, Everton Costa deixou São Januário de ambulância durante a partida válida pela primeira fase da Copa do Brasil. No hospital, os exames constataram uma arritmia cardíaca. Três dias depois, o departamento médico do Vasco e o cardiologista Gustavo Gouvea, contratado pelo clube para acompanhar o caso de perto, deram uma entrevista coletiva para explicar detalhes do ocorrido. Na ocasião, foi anunciado que seria preciso realizar novos exames dentro de um mês para descobrir se o jogador teria condições de seguir jogando profissionalmente.
Everton Costa ficou seis dias internado. Depois que recebeu alta, ficou se recuperando em casa - onde teve os batimentos cardíacos monitorados por um aparelho - sem realizar esforço físico. Neste período, o elenco vascaíno chegou a gravar um vídeo de apoio ao atacante. Nas redes sociais, o clube lançou a campanha #forçaeverton.
Contratado em janeiro, Everton pertence ao Coritiba e está emprestado ao Vasco até dezembro de 2014. Após o problema cardíaco, o empresário Jorge Machado avaliou a situação e acenou com a possibilidade de uma renovação sem custos para o clube carioca. Aos 28 anos, o atacante tem 10 jogos e um gol marcado - contra o Duque de Caxias - com a camisa vascaína.

Distraído, Kimi Raikkonen quase é atropelado por Sebastian Vettel

Piloto da Ferrari conversava com um mecânico da RBR nos boxes e teve que ser empurrado pelo profissional praticamente no mesmo momento que Vettel acelerava

Por Monte Carlo, Mônaco
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Kimi Raikkonen precisou acelerar até mesmo fora de sua Ferrari nesta quinta-feira, em Monte Carlo, nos treinos para o GP de Mônaco da Fórmula 1. Durante os treinos livres, o finlandês conversava despretensiosamente com um mecânico da RBR. Alguns metros atrás, Vettel se preparava para deixar o local com o seu carro. Com o reflexo em dia, o membro da RBR percebeu o risco e empurrou Kimi para mais perto da entrada dos boxes, tirando o piloto da Ferrari do caminho do tetracampeão da Fórmula 1. Na imagem não é possível perceber se Vettel tinha observado a presença de Kimi no seu caminho.
Kimi Raikkonen e Vettel Fomula 1 Monaco (Foto: Agência AFP )Mecãnico da RBR empurra Kimi Raikkonen para fora do caminho de Vettel (Foto: Agência AFP )


De volta à Ferrari, Raikkonen ainda não se encontrou em 2014. O piloto não terminou uma corrida sequer com uma posição melhor do que um sétimo lugar. Durante os treinos livres desta quinta-feira, Kimi também não esteve bem. Com uma avaria na embreagem, deu apenas algumas voltas no circuito.
GP de Monaco (Foto: Sportv)

GP de MOnaco (Foto: Sportv)

Comemoração gera brincadeiras com Walter: “Me chamaram de louco”

Após os dois gols sobre o São Paulo e deitar e rolar em homenagem à torcida, atacante relata reação dos companheiros: "Deram muita risada"

Por Rio de Janeiro
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Walter treino Fluminense (Foto: Sofia Miranda)Walter se diz "em paz" (Foto: Sofia Miranda)
“Deitou e rolou”. Talvez tenha sido a expressão mais falada no Fluminense após a contundente vitória por 5 a 2 sobre o São Paulo, na noite de quarta-feira, no Maracanã. Walter fez a festa da torcida ao balançar as redes e comemorar desta forma. Na tarde desta quinta-feira, nas Laranjeiras, ele realizou atividades na academia junto aos jogadores que iniciaram o confronto tricolor. Depois foi ao campo, bateu um papo com os companheiros, deu risadas e mostrou-se bastante descontraído.
– Sem dúvida é uma sensação de dever cumprido. Eu nem consegui dormir direito. Fiquei com a adrenalina muito alta depois do jogo. Mas o mais importante foi a vitória. A comemoração já vinha na minha cabeça faz tempo. A torcida merecia muito isso, por tudo o que ela fez comigo, me apoiou. É um carinho muito grande. Os jogadores deram muita risada, me chamaram de louco. Falaram: “você é doido, Waltinho” (risos). Foi um momento importante, acho que o mais importante no Fluminense até agora – disse o atacante ao GloboEsporte.com.
Estou em paz. Sempre digo que o dia em que eu não estiver feliz, eu saio"
Walter, candidato a ídolo dos tricolores
Walter afirma já ter esquecido o episódio em que ficou irritado após não ser utilizado por Cristóvão Borges na vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras, em São Paulo, na segunda rodada do Campeonato Brasileiro. Ele diz estar em paz no Fluminense, com a consciência tranquila e credita a postura firme do time dentro de campo às palavras do treinador.

 - Quando eu falei aquilo, que eu queria jogar, foi apenas um momento. Passou, o professor conversou comigo, e ficou tudo certo. Ele sabe falar. Ontem (quarta-feira), nem precisou mexer no time para o segundo tempo, só conversou com a gente. Eu sempre estive feliz no Fluminense. Estou em paz. Sempre digo que o dia em que eu não estiver feliz, eu saio. Agora estou marcando gol no Brasileiro, ainda não tinha feito, e tinha muita gente cobrando. O importante é continuarmos nesse caminho.
A vitória deixou o Fluminense na terceira colocação, com 12 pontos, um a menos do que têm o líder e o vice-líder, Cruzeiro e Grêmio. No sábado, o Tricolor enfrenta o Bahia, na Arena Barueri. A partida será realizada às 18h30min (de Brasília).
*Sofia Miranda, estagiária, sob a supervisão de Fred Gomes
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Fim da novela: com visto e passaporte em mãos, Jobson está livre para voltar

Atacante tem contrato com o Botafogo até dezembro de 2015 e quando embarcar deve sentar com dirigentes para definir seu futuro

Por Rio de Janeiro
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Passaporte Jobson (Foto: Arquivo Pessoal)Em seu Facebook, Jobson postou: 'Final da novela, passaporte. "Chukram ala" (Foto: Reprodução Facebook)
Depois de passar por maus bocados na Arábia Saudita, onde atuou pelo Al-Ittihad, o atacante Jobson, enfim, está livre para voltar ao Brasil. O atleta já tem passaporte e visto de saída em mãos. A situação foi definida nesta quinta-feira, somente a data do embarque ainda não foi decidida. A informação é de Rodolpho Cézar, advogado do jogador.
- Final da novela.Passaporte. Acabou. "Chukram ala ♡♡♡♡♡" (a grafia correta é "shukran allah", um agradecimento árabe) - postou Jobson, em seu Facebook.
Jobson, de 26 anos, conseguiu a rescisão de contrato unilateral no último dia 14. Estava emprestado ao Al-Ittihad, e o contrato vencia em junho. Sem receber há quatro meses, algo que lhe colocou em condições degradantes em seus últimos dias no Oriente Médio, o brasileiro teve suas reservas financeiras esgotadas. Por pouco não teve onde dormir na última terça-feira, quando venceu a última das cinco diárias que havia fechado em um hotel em Jedá, cidade saudita.
Jobson, ‎Al-Ittihad (Foto: Reprodução/Twitter)Jobson já pode voltar a sorrir. O jogador está livre (Foto: Reprodução/Twitter)
Jobson tem contrato com o Botafogo até dezembro de 2015, e uma reunião deve ser feita em breve para resolver o futuro dele.
O advogado de Jobson, Rodolpho Cézar, que trabalhou o caso em parceria com Marcos Motta, data dezembro passado como o início do drama de seu cliente na Arábia Saudita. No mês em questão, a diretoria do Al-Ittihad foi alterada. E, de acordo com Rodolpho, o atleta foi afastado sem qualquer explicação. Os árabes, em contrapartida, alegaram que o paraense se recusou a fazer um exame antidoping. A defesa, porém, sustenta que nenhum documento sobre o tal exame.
Santos fica na frente duas vezes, mas Goiás busca o empate dentro de casa
Geuvânio e Cícero marcam para o Peixe, mas Alex Alves e Erik garantem a igualdade para o Esmeraldino. Empate atrapalha os planos dos dois times
 
DESTAQUES DO JOGO
  • lance capital
    23 min
    Com o placar em 2 a 1 para o Santos, Assuério armou contra-ataque e tocou para Erik, que invadiu a área e finalizou com muita precisão. Empate goiano!
  • a volta
    Renato
    O volante de 35 anos fez sua estreia no retorno ao clube, onde foi campeão brasileiro em 2002 e 04. Com "Renatinho" às costas, teve atuação razoável.
  • estatística
    finalizações
    A posse de bola foi equilibrada, com 49% para o Goiás. Mas o Santos finalizou mais (11 a oito) e melhor, exigindo três defesas difíceis de Renan.
A CRÔNICA
por Marcelo Braga
29 comentários
O Goiás sonhava terminar a rodada na liderança do Campeonato Brasileiro, mas o empate em casa com o Santos, por 2 a 2, na volta ao Serra Dourada, acabou sendo um bom resultado para o Esmeraldino, que ficou duas vezes atrás no marcador. Com gols de Geuvânio e Cícero, esse de pênalti, o Peixe mostrou superioridade técnica em Goiânia. Na base da superação e da raça, porém, o Goiás correu atrás do placar com gols de Alex Alves e Erik, que saiu do banco para garantir a igualdade.
O jogo marcou o retorno da equipe da casa para o Serra Dourada. Antes desse, o último jogo havia sido em 16 de abril, quando empatou sem gols com o Botafogo-PB e foi eliminado da Copa do Brasil. De lá para cá, cumpriu dois jogos de punição devido à briga de torcidas durante jogo contra o Atlético-PR, na 30ª rodada do Brasileirão do ano passado.
Com o resultado, o Goiás deixou o G-4 e caiu para a sexta posição, com seis pontos. Já o Peixe está em 13º, com sete. Na próxima rodada, os dois clubes jogam no domingo às 16h, fora de casa. O Santos pega o Flamengo no Morumbi, e o Esmeraldino enfrenta o Figueirense no Orlando Scarpelli.
Santos avassalador, empate do Goiás e pênalti de presente
O Santos dominou os primeiros 20 minutos, com boas escapadas dos atacantes e ótimos passes de Lucas Lima, que se movimentou com desenvoltura. Logo aos oito minutos, em jogada pela esquerda, Gabigol acertou o travessão e viu Geuvânio abrir o marcador. Com pressão e ótimos ataques, o Peixe enfileirou chances perdidas, até o Goiás encontrar o empate aos 25, após cobrança de escanteio que Alex Alves definiu bem. Por cinco minutos, o time da casa fez pressão e deu a impressão de que poderia virar a partida. Mas Thiago Mendes fez pênalti bobo em David Braz, e o placar se desenhou em 2 a 1, com gol de Cícero, aos 38.
Peixe com posse de bola, mas sem efetividade: Goiás empata de novo
Sem Gabriel, que deixou o campo nos acréscimos do primeiro tempo por lesão muscular, Stéfano Yuri entrou e foi apenas uma peça apagada no jogo. Com maior posse de bola, o Santos trocou passes e administrou o resultado positivo enquanto pôde. A fim de mudar o panorama da partida, o técnico Ricardo Drubscky apostou nos meninos Assuério e Erik. E foi numa escapada da dupla, aos 23, que o segundo saiu na cara de Aranha para definir e fazer 2 a 2. No fim do jogo, Yuri ainda perdeu grande chance na cara de Renan. Mas não deu. A pressão continua para cima de Oswaldo de Oliveira, que tem apenas uma vitória no nacional.
Geuvanio gol jogo Goiás x Santos (Foto: Getty Images)Geuvânio marcou o primeiro gol da noite, no Serra Dourada (Foto: Getty Images)
 
Palmeiras vence Figueirense por 1 a 0 sob olhar de Gareca e entra no G-4
Novo técnico acompanha partida das tribunas da Arena Fonte Luminosa. Alberto Valentim entrega Verdão com quatro vitórias e sem sofrer gol
 
DESTAQUES DO JOGO
  • decisivo
    Henrique

    Já está virando rotina: o Palmeiras joga e o centroavante Henrique faz gol. Nesta quinta, mais uma vez, foi assim. Ele aproveitou cruzamento de William Matheus e cabeceou para a rede. Foi o quinto dele em seis partidas pelo Verdão.
  • estreia
    Bernardo

    O meia Bernardo fez sua estreia pelo Palmeiras nesta quinta-feira. Mesmo antes de jogar, já tinha o carinho dos torcedores de Araraquara. Primeiro, gritaram pedindo pela entrada dele. Quando foi a campo, o camisa 31 foi ovacionado.
  • pressão
    Figueira

    O Figueirense teve atuação bem fraca na Arena Fonte Luminosa. Mas ao menos fica o alento pela pressão que conseguiu colocar no Palmeiras na reta final. A equipe dominou a partida nos últimos minutos e chegou perto de empatar o confronto.
A CRÔNICA
por Fabricio Crepaldi
185 comentários
O interino Alberto Valentim assumiu o Palmeiras em crise, com três derrotas seguidas, após a demissão de Gilson Kleina. Agora, entrega a equipe com quatro vitórias consecutivas, sem sofrer gol e no G-4 do Brasileirão. O novo triunfo foi nesta quinta-feira, por 1 a 0, sobre o Figueirense, na Arena Fonte Luminosa, em Araraquara, pela sexta rodada. Henrique, mais uma vez, garantiu o triunfo - ele chega a cinco gols em seis partidas pelo time. Tudo sob o olhar do novo comandante, Ricardo Gareca, que assistiu ao jogo de um camarote. Se não viu uma grande atuação, ao menos o argentino encontrou um Palmeiras eficiente para ganhar e suportar a pressão dos visitantes, que dominaram boa parte da etapa final.
O triunfo coloca o Alviverde no quarto lugar, com 12 pontos. Ao Figueira, que não repetiu a boa partida que fez na vitória sobre o Corinthians, no último domingo, resta a preocupação com mais uma derrota. Segue na penúltima posição, com apenas três pontos e um gol feito em seis confrontos.
No próximo domingo, o Palmeiras tentará confirmar a boa fase contra a Chapecoense, às 18h30 do domingo, na Arena Condá, possivelmente com o argentino no comando. Já o Figueirense, no mesmo dia, recebe o Goiás, às 16h, no Orlando Scarpelli, tentando se reerguer na competição.
Gareca e Paulo Nobre Palmeiras e Figueirense (Foto: Getty Images)Ricardo Gareca assiste ao jogo ao lado da diretoria do Palmeiras em Araraquara (Foto: Getty Images)
Escalado com três atacantes, o Palmeiras dominou a etapa inicial, pressionando um Figueirense que entrou em campo fechado, aguardando a chance dos contra-ataques. Apesar do bom volume de jogo, o Verdão sofria com a falta de criatividade do seu meio-campo. A situação só melhorou quando a equipe se inspirou no "toco y me voy" argentino (Gareca deve ter gostado) para abrir o placar, aos 36, com linda tabela pela esquerda e mais um gol do artilheiro Henrique após ótimo cruzamento de William Matheus.
No segundo tempo, o Palmeiras pouco se preocupou em atacar. Deu espaço ao Figueirense, que passou a rondar a área da equipe paulista. Só que os catarinenses também não sabiam o que fazer com a bola - assim como o Verdão no primeiro tempo. O time alviverde ainda contou com uma jogada inspirada de William Matheus e Henrique. O Figueira não teve essa sorte. Na única oportunidade clara do time alvinegro, Fábio faz grande defesa e aumentou a sequência de jogos sem sofrer gol para quatro.

No fim, o Palmeiras incorporou o espírito lutador, também famoso dos argentinos, para se fechar e segurar lá atrás. A garra foi premiada, e o Verdão conquista mais três pontos. Para a satisfação do novo técnico e do presidente Paulo Nobre, que se abraçaram após o apito final.
Henrique comemora gol do Palmeiras contra o Figueirense (Foto: Getty Images)Henrique comemora com Mendieta seu gol, na vitória do Palmeiras contra o Figueirense (Foto: Getty Images)