domingo, 26 de janeiro de 2014

Wolverine comemora vitória e diz que seu plano de luta era 'cair na porrada'

Brasileiro afirma que se surpreendeu com performance na luta em pé de Junior Hernandez no octógono: 'Ele era pugilista e eu não sabia'

Por Direto de Chicago, EUA
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Único brasileiro a vencer no card do UFC: Henderson x Thomson em Chicago, Hugo Wolverine comemorou a sua vitória sobre Junior Hernandez, que acabou na decisão unânime dos juízes, mas reconhece que poderia ter se saído melhor. Com um corte no supercílio direito e a mão direita inchada, ele conversou com a equipe do Combate.com já no hotel e disse que ficou surpreso com os golpes sofridos no final do terceiro round.
- O "plano A" era cair na porrada, né? Fazer a parte de trocação, que a gente faz bem, e conectar bem a mão. A mão estava bem dura, a gente tem uma linha de boxe que é muito boa. E o "plano B" era, caso eu tivesse dificuldade para fazer isso, tentar levar a luta para baixo para fazer uma diferença no round. Acabei que não fiz o plano B. Eu tive uma complicação no terceiro assalto, porque tomei dois golpes que me deixaram tonto, e tive que administrar aquela situação. Tive que usar muito o meu coração e as minhas pernas. O primeiro e o segundo assalto foram rounds em que eu conectei muito bem a mão, e isso me deu confiança na parte de trocação e me fez não pensar em jogo de solo. Eu consegui um bom knockdown, estava machucando bem ele. Então, no terceiro round, quando a coisa começou a complicar, eu meio que insisti no jogo que eu estava fazendo bem para ver se voltava a ficar bem naquele plano. Graças a Deus deu tudo certo, tive um pouco de complicação ali no fim do terceiro assalto, mas garanti os dois muito bem e acho que isso foi importante.
MMA UFC Hugo Wolverine hotel (Foto: Evelyn Rodrigues)Hugo Wolverine mostra o olho inchado após a luta contra Junior Hernandez em Chicago (Foto: Evelyn Rodrigues)
O bom humor do brasileiro era tanto, que ele fez até piada com os pontos que levou no supercílio direito:
- Está tudo bem. Eu só tomei um corte no olho direito, que já costurou logo. O médico, graças a Deus, era um cirurgião plástico, então espero que eu saia mais bonitinho depois que cicatrizar legal. A mão tá ok, só está inchada mesmo de tanto dar porrada. Não posso reclamar. E o que eu quero dizer é para que os fãs continuem torcendo, continuem apoiando, porque essa energia positiva é o que me alavanca para o meu sucesso pessoal, é o que me faz ser um homem e um atleta melhor.
Voltando a falar da luta, Wolverine explicou que, no terceiro round, como Hernandez passou a se arriscar mais e a andar mais para frente, ele tentou apostar no contragolpe, mas encontrou uma certa dificuldade de conectar os golpes porque estava se sentindo instável dentro do octógono.
- No terceiro assalto eu estava tentando o contragolpe, mas na verdade senti que o chão estava muito escorregadio. Eu estava escorregando muito e sentindo pouca estabilidade. Tanto que eu lembro que, no intervalo do primeiro para o segundo round, pedi para o Dórea jogar água no chão de novo para eu poder bater o pé e ver se ganhava mais aderência. Eu tenho um soco muito forte, muita pressão no golpe de mão, e preciso de muita estabilidade no chão para poder segurar o corpo. Geralmente quando a gente escorrega ou sente muita instabilidade, para você corrigir o seu corpo de volta, você gasta o dobro da energia. E como eu jogo um golpe com muita explosão, para eu me corrigir no espaço de novo acabo consumindo muita energia. Aquilo estava me consumindo demais. Eu não sei se estava suando e estava molhando embaixo do pé, mas alguma coisa estava acontecendo, porque eu estava escorregando. Mas, claro, não é justificativa. Acho que deu para a gente fazer um bom jogo. Eu sou muito perfeccionista. Quando terminou a luta, eu estava meio bravo comigo, várias coisas que eu poderia ter feito e não fiz, como o fato de que não concluí a luta. Depois que eu dei o knockdown nele, estava na cara que ele ficou tonto e eu não aproveitei. Mas é um aprendizado para eu mastigar, digerir bem.
UFC Hugo Viana Wolverine e Junior Hernandez (Foto: Agência Getty Images)UFC Hugo Wolverine venceu Junior Hernandez por decisão unânime no UFC em Chicago (Foto: Getty Images)
O baiano também elogiou o adversário e disse que se surpreendeu com a trocação de Hernandez, revelando que não sabia que o oponente tinha iniciado a carreira no taekwondo e no boxe:
- Ele é um cara muito duro. O meu overhand de direita não estava entrando muito bem, mas ele não soltava o jab com medo de tomar um overhand de direita meu e isso me salvou um pouco. O Hernandez estava guardando a esquerda para proteger a cabeça dele, e toda hora que eu jogava a direita forte, pegava meio que no bloqueio dele, então estava difícil de contundí-lo efetivamente. Eu acertava mais as minhas canhotas nele do que a direita, que é a mais forte. Ele tomou logo a direita no início, caiu no chão, porque a minha direita é muito forte. E o cara também é pugilista e eu não sabia, achei que ele era mais do wrestling (risos). Então foi uma coisa meio louca. Eu vi as lutas dele, mas foram duelos muito misturados, lutas antigas e eu não tinha muita noção. E o cara já foi pugilista e, por mais que ele estivesse levando porrada, estava confortável no mundo dele. Então, na verdade, eu fui lutar no mundo dele e na hora eu nem pensei em levar o duelo para o chão. Eu estava esperando uma mão que fizesse a diferença e mantive a esperança de encaixar um golpe ou um jab que machucasse ele.
Sobre os planos para o futuro, Wolverine diz que quer repensar algumas coisas, mas está feliz por ter conseguido fazer as pazes com a vitória:
- Muita coisa agora vai vir na minha mente, já veio na minha cabeça que preciso enfatizar certas coisas. Eu começo a me entender melhor como lutador a cada luta que passa, a entender melhor as tendências instintivas.  Eu acho que eu tenho que respeitar um pouco isso. Às vezes a gente fala: ‘Ah você tem que treinar wrestling’. Realmente temos, mas existe uma tendência natural, o movimento que o corpo faz naturalmente. Eu vejo que sou um atleta que me movimento muito, saltito muito. Eu tenho um jogo leve e preciso respeitar isso. Eu gosto de trabalhar a minha parte de boxe, um jogo limpo, solto, sou muito evasivo e tudo isso trouxe um aprendizado bacana. Também venho de lesão e não sei se senti o ritmo ou não, estava até bem seguro na luta, mas também fiquei quase um ano sem lutar, estou voltando agora no ritmo de novo. Entretanto, no total, foi tudo positivo, o grupo estava muito coeso, estava um clima muito bom e isso fez muito a diferença.

Torcedor burla segurança e é flagrado com camisa de organizada no estádio

Cruzeiro e URT é a primeira partida com proibição do MP para entrada identificada de facções punidas. Cruzeirense usa blusa com escudo de subdivisão da Máfia Azul

Por Belo Horizonte
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torcedor cruzeiro camisa máfia Azul - Comando Nova Lima (Foto: Mauricio Paulucci)Torcedor na cadeira do Mineirão; no escudo, iniciais do Comando Nova Lima, 'braço' da Máfia Azul
O clima de serenidade no Mineirão, neste domingo, não lembra, nem de longe, as cenas de selvageria protagonizadas pelas torcidas organizadas do Cruzeiro, no último ano. As brigas entre Máfia Azul e Pavilhão Independente levaram o Ministério Público a proibir as facções de entrar no Mineirão com roupas ou acessórios que identificassem as torcidas. No entorno do estádio, seguranças e policiais militares impediam a entrada de cruzeirenses que teimassem em desobedecer a proibição.
Apesar da tranquilidade, um torcedor, identificado pela reportagem do GloboEsporte.com, conseguiu burlar a segurança e entrou com uma camiseta com um discreto símbolo da Máfia Azul.
O torcedor do Cruzeiro que passou pela barreira policial, ocupava um lugar no setor inferior amarelo do estádio do Mineirão, local onde a Máfia Azul costuma se reunir nas arquibancadas. A camisa apresenta o símbolo de uma das subdivisões da torcida organizada, de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. Perguntado sobre como conseguiu burlar a segurança, o torcedor desconversou e negou que a camisa era da facção.
- Não tem nada de Máfia Azul. Isso aqui é uma camisa do time de futsal da minha região. 
torcida organizada cruzeiro Estádio Mineirão Marcus Vinícius, de 20, da cidade de Ibirité (Foto: Mauricio Paulucci)Marcus Vinícius, de Ibirité, teve que tirar a camisa que usava da Máfia Azul
Os torcedores das organizadas estiveram presentes no Mineirão. No entanto, sem identificação de camisas ou acessórios das facções. O tenente coronel da Polícia Militar, explicou que alguns torcedores podem ter burlado a segurança, assim com flagrou a reportagem do GloboEsporte.com, escondendo a camisa da torcida organizada.  
- É possível. Às vezes o sujeito entra com uma camisa por baixo da outra e, na revista, não manda levantar a blusa de todo mundo. Mas dentro do estádio não identificamos ninguém com a camisa das organizadas.  
torcida organizada cruzeiro Estádio Mineirão (Foto: Mauricio Paulucci)Seguranças e PM´s trabalharam para impedir a entrada de torcedores identificados com as duas organizadas


O Mineirão possui dois acessos para os torcedores entrarem dentro do estádio: a entrada Sul e Norte. Logo na entrada, seguranças e policiais identificavam os torcedores que poderiam estar com roupas que estivessem com algo que identificasse as organizadas. Poucos torcedores, principalmente de outras cidades e da região metropolitana de Belo Horizonte, apareceram nos arredores do Mineirão com camisas e roupas das torcidas organizadas punidas. 
O tenente coronel Robson Queiroz, responsável pelo policiamento de eventos no Mineirão, informou que o domingo foi de tranquilidade para a Polícia Militar. Apenas uma ocorrência foi registrada, fora do estádio e sem associação com as torcidas organizadas. Segundo o tenente, alguns torcedores da URT registraram uma ocorrência porque as bilheterias não estariam aceitando a documentação para a compra dos ingressos de meia entrada.
Valdivia 'estreia' com brilho, e Verdão goleia Atlético Sorocaba
Mago faz primeiro jogo no ano e comanda os 4 a 1 neste domingo, em Sorocaba. Time da casa começa bem, mas não segura rival
 
A CRÔNICA
por Marcelo Hazan
Quando quer jogar e consegue se livrar das lesões, Valdivia é um jogador acima da média no futebol brasileiro. Em seu primeiro jogo pelo Palmeiras na temporada, ainda sob cuidados, o Mago mostrou isso. Comandou a equipe e foi um dos principais responsáveis pela goleada por 4 a 1 sobre o Atlético Sorocaba, neste domingo, no interior paulista, pela terceira rodada do Paulistão. Em 75 minutos, fez um gol, acertou a trave em cobrança de falta e ditou o ritmo de um Palmeiras que começa a tomar forma em 2014 - são três vitórias em três jogos.
Diante de 11.218 pagantes em Sorocaba, Valdivia saiu aplaudido quando foi substituído por Felipe Menezes. Além do Mago, outro "estreante" na temporada deixou sua marca: o atacante Leandro fez o segundo gol. Juninho e Wesley completaram o resultado.
O time de Sorocaba abriu o placar no primeiro tempo, com Ewerthon aproveitando o desentrosamento entre Lúcio e Henrique. Depois, porém, só deu Palmeiras. A vitória levou a equipe de Gilson Kleina aos nove pontos, na liderança isolada do Grupo D. O Atlético continua com um ponto no Grupo A.
O Atlético Sorocaba volta a campo na próxima quarta-feira, às 17h (horário de Brasília), quando enfrenta o Mogi Mirim, fora de casa. Na quinta, o Verdão recebe o Penapolense, às 19h30, no Pacaembu.
Valdivia palmeiras e Chico Atlético Sorocaba  (Foto: Piervi Fonseca / Agência Estado)Valdivia comandou as ações do Palmeiras em Sorocaba (Foto: Piervi Fonseca / Agência Estado)
Velocidade empata com cadência
Aos 32 anos, Ewerthon mostra uma forma física que não apresentou em suas últimas temporadas, quando rodou pelo mundo, defendeu o próprio Palmeiras e não se firmou. Fininho, o camisa 10 do Atlético Sorocaba investiu na velocidade para vencer os lentos Lúcio e Henrique. Nas costas deles, a equipe do interior assustou e criou ótimas chances.
Ainda em fase de entrosamento, os badalados zagueiros do Verdão perderam todas para Ewerthon. Em uma linha de impedimento mal executada, o atacante aproveitou belo lançamento de Fabão e apareceu sozinho na frente de Fernando Prass: 1 a 0 Atlético Sorocaba, aos 13 minutos.
O Palmeiras é um time melhor, claro, e acordou após o gol. Colocou a bola no chão, usou a cadência, a inteligência. Jogando como volante, Marcelo Oliveira teve mais liberdade para avançar com a bola e ajudar Wesley e Valdivia. Em seu primeiro jogo no ano, o Mago foi muito acionado e ficou mais próximo da área.
Aos poucos, o chileno se encontrou em campo. Esperto, correu para a área quando Wendel recebeu pela direita e ensaiou um cruzamento. Valdivia se posicionou longe dos zagueiros e, sozinho, pôde arrematar para empatar o jogo, aos 21. Na defesa, porém, a preocupação com Ewerthon continuou. Fernando Prass foi quem garantiu o empate ao Palmeiras no primeiro tempo.
Leandro ‘vinga’ Mago, e Verdão deslancha
O gigante zagueiro Fabão foi o combustível para a reação palmeirense no segundo tempo. Explica-se. Na base da força, o beque do Atlético Sorocaba tentou intimidar os “baixinhos” Valdivia e Leandro, ambos estreando na temporada. O chileno levou uma solada e um soco do zagueiro, reclamou, e acabou levando cartão amarelo. Nervoso, jurou que daria o troco.
O Mago nem precisou se mexer. Foi preservado pelos companheiros e se manteve longe de Fabão. Coube a Leandro a tarefa de dar a resposta – na bola. Após passe de Alan Kardec, o atacante deu um leve toque que fez o zagueiro passar batido na marcação. O grandalhão ficou caído, de costas para o gol, e nem viu a finalização certeira que decretou a virada palmeirense: 2 a 1, aos 22 minutos.
Ainda sem o ritmo ideal, Valdivia jogou 75 minutos e foi aplaudido em sua substituição. Com Leandro, a mesma coisa. A saída da dupla deu espaço a nomes menos badalados. Estreando com a camisa alviverde, o meia Marquinhos Gabriel entrou no segundo tempo e agradou a Gilson Kleina. Inteligente, aproveitou lançamento de Henrique e deu assistência para Juninho marcar o terceiro gol, aos 30. Wesley, nos acréscimos, confirmou a goleada.
Aos poucos, o Palmeiras 2014 ganha uma cara. De time de elite, que pode brigar em igualdade com seus rivais. Se Valdivia conseguir uma sequência, as chances do Verdão aumentam consideravelmente.
 
Santos sofre pressão, Aranha salva e Cícero decide vitória sobre o Ituano
Peixe vai mal, mas faz 1 a 0 com gol de falta do meia nos minutos finais. Time do interior cria e finaliza mais, mas para em boa atuação do goleiro
 
A CRÔNICA
por GloboEsporte.com
Aos 45 minutos do segundo tempo, uma falta cobrada por Cícero deu a vitória ao Santos por 1 a 0 sobre o Ituano, neste domingo, no Novelli Júnior. A equipe do interior jogou melhor, exigiu grandes defesas de Aranha, mas foi castigada em uma bola parada que desviou na barreira e enganou seu goleiro. O Peixe venceu, mas terá de tirar lições se quiser melhorar e brigar em condições de igualdade com seus adversários pelo título paulista.
Com um meio-campo dominado durante toda a partida, o Peixe assistiu à pressão do Ituano no segundo tempo. Não fosse Aranha, a trave e o zagueiro Jubal, o Santos sairia derrotado de Itu. E a vitória do time da casa seria até o placar mais justo. O resultado levou o Santos aos sete pontos, na segunda posição do Grupo C do Campeonato Paulista. O Ituano tem apenas um ponto somado no Grupo B.
Na próxima rodada, o Ituano vai até Jundiaí enfrentar o Paulista, quarta-feira, às 17h (horário de Brasília), no Jayme Cintra. No mesmo dia, mas às 22h, o Santos faz seu primeiro clássico na temporada, contra o Corinthians, na Vila Belmiro.
Lance do jogo entre ituano e Santos (Foto: Denny Cesare / Agência Estado)Cicinho domina a bola e é marcado por jogador do Ituano (Foto: Denny Cesare / Agência Estado)
Peixe não cria, Aranha salva
À vontade e vestindo uma bermuda para amenizar o calor de Itu, Oswaldo de Oliveira apostou no retorno de Cícero para dar vitalidade ao meio-campo santista. Nem ele foi capaz de efetuar a necessária ligação até o ataque. Assim, o Santos viveu da ligação direta vinda da defesa e de alguns lampejos de Geuvânio, arisco, cheio de dribles, mas sem ajuda de Gabriel e Thiago Ribeiro, muito bem marcados.
Oswaldo terá trabalho para suprir a ausência de Montillo, que costumava fazer com eficácia a armação de jogadas. Sem o argentino, o Peixe perde muita qualidade e precisa de jogadas individuais para criar. Foi assim nas poucas chances que o time teve.
O Ituano não se limitou a defender e tentou agitar um jogo monótono, finalizando mais do que o rival e buscando o ataque. Nas bolas paradas, Anderson Sales deu trabalho. Com a bola rolando, os ex-palmeirenses Marcinho e Cristian tiveram chances de abrir o placar. Ambos pararam no goleiro Aranha, melhor santista em campo no primeiro tempo.
Aranha salva, Cícero decide
A vantagem física do Ituano foi decisiva para o formato do jogo, que teve a equipe do interior no comando das ações durante todo o segundo tempo. O Ituano passou a trocar passes, abrir espaços e colocar o Santos para correr. Aranha continuou fazendo o que pôde – e quando não pôde, contou com valiosa ajuda da sorte, com no chute de Paulinho que acertou a trave.
Oswaldo trocou Gabriel por Victor Andrade – seis por meia dúzia, já que a formação do ataque não mudou, e o substituto, assim como o titular, mal tocou na bola. O Santos pareceu satisfeito com o empate na maior parte da segunda etapa. Do outro lado, o técnico Doriva percebeu as intenções do rival e não teve medo de colocar seu time para pressionar.
O empate sem gols era lucro para o Santos, que passou os últimos minutos dentro de sua área, se segurando para evitar a derrota. No lance mais perigoso, Jubal se jogou na frente da bola para salvar o time. Oswaldo de Oliveira demorou muito para mexer, colocou Leandrinho nos minutos finais, mas não conseguiu fazer o Peixe jogar.
Mesmo satisfeito, o Santos teve uma falta aos 45 minutos e arriscou. Cícero bateu, a barreira abriu, e o goleiro Vágner não pôde fazer nada: 1 a 0. Insatisfeito com a atuação e as vaias da torcida, o meia desabafou e levou a mão ao ouvido, querendo uma resposta da torcida. A vitória veio, mas Oswaldo terá muito trabalho para fazer esse time jogar mais.
 

Grêmio resolve jogo em meia hora, e time A começa ano com vitória: 4 a 0

Após duas rodadas com equipe B, Tricolor, de Enderson Moreira, supera Aimoré.
Barcos, Bressan e Edinho marcam antes dos 30 minutos. Kleber completa no final

Por Porto Alegre
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Valeu a pena esperar. Afastado das duas primeiras rodadas do Gauchão por pré-temporada na Serra, o time principal do Grêmio só estreou neste domingo. E tirou o atraso com sobras. Venceu fácil o Aimoré, numa Arena festiva e indiferente ao fato de o esquema do novo técnico Enderson Moreira se mostrar, ao menos no papel, semelhante ao de Renato Gaúcho, tão criticado. E daí que eram três volantes novamente? Em menos de 30 minutos, já estava 3 a 0, e acabaria 4 a 0, com direito a golaço de Barcos, artigo raro em 2013. Uma prévia de 2014, pequena, é verdade, mas capaz de deixar os torcedores - 15.911 almas presentes ao estádio - cheios de esperança.
Afinal, outros fantasmas e tabus também foram extirpados. Maxi Rodríguez, enfim, virou titular, e Kleber, sem gols desde 7 de setembro, voltou a anotar. Os gols, a propósito, saíram com espantosa naturalidade, o que admitiu o próprio autor do primeiro, o argentino Barcos, um golaço no ângulo. Depois, Bressan, a cara nova Edinho e o já citado Kleber, de pênalti, completaram o placar, que, por justiça, deveria ser mais elástico - embora Marcelo Grohe tenha feito milagre no início do segundo tempo em tardia e vã reação de um rival sem forças.
Provavelmente com a volta do time de garotos, o Grêmio retorna a campo na quarta-feira, no caldeirão do Bento Freitas, em visita ao Brasil de Pelotas, às 22h. No mesmo dias, mas às 20h30m, o Aimoré, zerado, recebe o São Luiz, para tentar sair da lanterna do Grupo A - já o Tricolor lidera o B, com seis pontos.
Barcos grêmio gol Aimoré (Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA)Barcos comemora com Wendell, que também foi bem (Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA)
Tabus de 2013 caem por terra

Enderson Moreira pegou o Gauchão com três pontos do time B, que perdera na estreia e se recuperara na segunda rodada. E, de largada, ganhou desfalques. O principal, de longe, é Zé Roberto, que ainda não renovou contrato, forçando o estreante técnico a retornar aos três volantes de Renato Gaúcho. Ramiro, Riveros e o também novato Edinho formavam a linha atrás de Maxi Rodríguez, antes sempre reserva com o antigo treinador.
Mas que linha? A movimentação dos volantes se mostrou intensa, o trio não parava em naco algum da ainda nem tão confiável grama da Arena - estádio, aliás, que recebeu um público sem mágoas ou ressentimentos de falhas de um 2013 sem títulos. E fizeram bem os torcedores ao dar um voto de confiança a esse novo Grêmio. A esse novo Barcos, que, logo aos 13 minutos, limpou o zagueiro e, de canhota, colocou a bola com firmeza e categoria no ângulo de Rafael. Golaço e 1 a 0.
A partir daí, a partida tomou contornos de jogo-treino. As chances se avolumavam, incontroláveis como o apetite dos fãs nas cadeiras. Aos 19, Kleber chutou fraco e perdeu chance. Ainda fora puxado, mas o árbitro Jean Pierre de Lima Henrique não marcara pênalti. Aos 22, no entanto, não houve como segurar. Riveros cruzou, Barcos cabeceou, e Bressan completou: 2 a 0. Riveros estava impedido na origem do lance e seria flagrado em impedimento mal marcado, que redundaria no 4 a 0. Antes disso, aos 27, o terceiro, do estreante Edinho, que escorou cruzamento do também participativo Maxi Rodríguez. Ufa! Fim de massacre. Ao menos no primeiro tempo.
- Não imaginava essa vantagem já no primeiro tempo - admitiu Barcos, bastante saudado pela torcida enquanto tomava o rumo do vestiário.

Goleada tem até milagre de Grohe
O cansaço da pré-temporada pesou na etapa final. Maxi chegou a perder boa chance logo nos primeiros minutos, dando indício a nova blitz. Mas o Aimoré melhorou, se aproveitou do recuo tricolor e até criou chances de gol. Duas num lance só. Aos 6 minutos, Lucas Silva chutou, Marcelo Grohe espalmou e, no rebote, mesmo caído, impediu tiro de Cleiton na pequena área. Milagre!
Se as forças divinas ajudaram o goleiro gremista... o mesmo não ocorreu com Maxi Rodríguez, que já havia sido garçom de Edinho, mas não conseguia emplacar gols. Aos 22, tentou encobrir Rafael, seria um golaço, mas a bola subiu demais. Quem fechou o placar foi Kleber, que tenta marcar desde 7 de setembro, num incrível jejum que terminou aos 33 minutos, em cobrança de pênalti sofrido por Bressan. Agora, sim. Time com volantes jogando bem, Maxi de titular, Barcos fazendo golaço e Kleber livre da seca. O ano de 2014, enfim, pode começar para o Grêmio.
GRÊMIO 4 X 0 AIMORÉ
Marcelo Grohe; Pará, Rhodolfo, Bressan e Wendell; Edinho, Riveros, Ramiro, Maxi Rodríguez (Jean Deretti) e Kleber (Lucas Coelho); Barcos (Paulinho)
Rafael; Danilo Baia, Marcelo Ramos, Rogério e Juca; Luanderson, Cristian Lucca, Toto (João Paulo) e Diego Torres; Paulinho Macaíba (Cleiton) e Lucas Silva (Moacir)

Técnico: Enderson Moreira
Técnico: Ben-Hur Pereira
Gols: Barcos, aos 13, Bressan, aos 22 e Edinho, aos 27 minutos do primeiro tempo.
Kleber, aos 33 do segundo tempo.
Cartões: Danilo Baia, Cristian Lucca, Rogério (A)
Local:  Arena do Grêmio, em Porto Alegre
Montoya brilha na estreia de outros gringos, e Vasco faz seis no Frizão
Time consegue primeira vitória na Taça Guanabara e pula para terceiro lugar. Edmilson marca dois gols, e Rafael Vaz faz golaço de voleio
 
DESTAQUES DO JOGO
  • golaço
    Rafael Vaz
    Até zagueiro brilhou na goleada. Se Montoya foi o destaque, Rafael Vaz fez o gol mais bonito, num voleio à la Bebeto aos 30 minutos do segundo tempo..
  • estreante
    Martín Silva
    O goleiro uruguaio fazia a sua estreia. E mesmo diante de adversário frágil, fez boa defesa aos 34 minutos do segundo tempo. A torcida comemorou.
  • peneira
    zaga do Frizão
    Não foram só as falhas na marcação. No gol de Edmilson, o goleiro Afonso se atrapalhou com a zaga. No de William Barbio, Bruno errou a saída de bola.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
O Vasco precisava. A torcida do Vasco também. De uma vitória. Uma goleada de 6 a 0. Com direito a golaço de voleio de Rafael Vaz. Depois de dois empates nas duas primeiras rodadas, o time encaixou. Com quatro gringos em campo, dois deles estreantes - o goleiro uruguaio Martín Silva e o volante paraguaio Aranda -, o brilho ficou a cargo do meia-atacante colombiano Montoya, autor de um dos gols e das mais belas jogadas vistas na noite deste domingo em São Januário. Edmilson balançou a rede duas vezes, e William Barbio e Marlon completaram o placar sobre o Friburguense.
Ainda que o adversário tenha mostrado muita fragilidade, o resultado não pode deixar de ser comemorado. O time deu um pulo na tabela da Taça Guanabara e já ocupa o terceiro lugar, com 5 pontos ganhos. Na quarta rodada, na próxima quarta, o time enfrenta o Audax no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. No mesmo dia, o Frizão receberá o Flamengo no Eduardo Guinle, em Nova Friburgo. Destaque da partida, o colombiano Montoya comemorou sobretudo o fato de o Vasco ter evoluído nas jogadas ofensivas.
- O time tinha que ter mais volume de ataque, e hoje tivemos. Foi fundamental a velocidade que mostramos para meter os gols - disse o colombiano, muito comemorado no fim da partida por parte dos 4.654 torcedores presentes a São Januário. Os 3.759 pagantes proporcionaram a renda de R$ 83.910,00.
Edmilson vasco e friburguense (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)Edmilson balança a rede duas vezes na goleada do Vasco por 6 a 0 (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)
Montoya comanda
Marcar um gol logo no começo já era a intenção do Vasco. Mas num meio-campo com três volantes - Guiñazu, Aranda e Fellipe Bastos -, o time custou a acertar na armação das jogadas. Havia um buraco considerável entre os setores. William Barbio se movimentava bem na frente e até deu dor de cabeça ao Friburguense. No primeiro lance,  chegou atrasado para escorar um centro da esquerda. Depois, surpreendeu o goleiro Afonso com um centro perigoso ao gol e o fez espalmar a bola. A falta cobrada por Fellipe Bastos que resvalou na barreira também foi um lance isolado. Faltava aquela jogada bem tramada.
O Frizão tinha suas limitações, mas chegou a assustar. Na primeira jogada, Rodrigo salvou centro perigoso de Flavinho pela esquerda. Depois, em jogada ensaiada, em falta cobrada pelo lado esquerdo, o lateral Sérgio Gomes apareceu livre para cabeçada que raspou a trave e quase abriu o placar.
Curioso é que, depois desse susto, o Vasco começou a encaixar.  Principalmente Montoya, que já chamava o jogo para si. E mostrou como um toque de qualidade pode superar a falta de entrosamento. O colombiano entrou driblando como quis na defesa adversária e só foi parado com pênalti cometido por Lucas. Edmilson bateu. Afonso espalmou a bola na trave... Mas ela  sobrou para Montoya. E o "pai" da jogada mandou para o fundo da rede, aos 24 minutos. Era o seu primeiro gol com a camisa cruz-maltina.
montoya vasco pênalti friburguense (Foto: Marcos Tristão / Agência O Globo)Colombiano Montoya celebra o gol que fez na partida (Foto: Marcos Tristão / Agência O Globo)
O gol acalmou o Vasco, que cresceu consideravelmente. Os laterais começaram a participar do jogo com mais eficiência. Montoya perdeu a chance dos 2 a 0 quando, livre, mandou a bola na trave. Mas, àquela altura, Aranda já sentia menos o peso da estreia e se entendia melhor com Guiñazu na marcação, e Marlon encostava mais no colombiano pela esquerda. A vantagem de 2 a 0 no placar, no entanto, surgiu pela meia-direita. Num centro perfeito de André Rocha, Edmilson, de cabeça, dessa vez foi eficiente, aos 43 minutos. E o Vasco saiu para o intervalo com uma folga considerável.
Golaço de voleio
Se o fim do primeiro tempo foi bom, o começo do segundo não poderia ser melhor. Com quatro minutos, o Vasco chegava aos 3 a 0 e assegurava a primeira vitória na competição. A jogada contou com a colaboração da defesa do Friburguense. Num centro de Marlon, o goleiro Afonso se atrapalhou com a zaga, e a bola sobrou livre para Edmilson completar. E cinco minutos depois, ficou mais nítida a fragilidade da defesa do Friburguense. O zagueiro Bruno tentou sair jogando e perdeu a bola para William Barbio, que tocou na saída do goleiro: 4 a 0.
Estava fácil, muito fácil. Para Montoya, então... O colombiano resolveu fazer fila e mandou na trave. A bola voltou, e Marlon mandou com categoria, sem defesa, aos 17. Adilson Batista resolveu mexer. Tirou Aranda, botou Bernardo, e trocou André Rocha por Abuda. O time foi mais ainda ao ataque. Até o zagueiro Rafael Vaz, que entrou no lugar de Rodrigo, quis bancar atacante, e acabou marcando o gol mais bonito, de voleio, aos 30 minutos. Depois, Martín Silva fez bela defesa e mostrou que o Vasco, agora, tem goleiro sim. Com tudo isso, não faltava mais nada para o vascaíno ir feliz para casa.
 

Arena das Dunas é inaugurada com festa e vitórias de América-RN e ABC

Com pouco menos de 20 mil pessoas, estádio da Copa do Mundo em Natal é aberto com rodada dupla, confusão entre organizadas do lado de fora e ação de cambistas

Por Natal
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Arena das Dunas América-RN x Confiança (Foto: Augusto Gomes)Inauguração da Arena das Dunas teve partida entre América-RN e Confiança (Foto: Augusto Gomes)


Estádio de Natal para a Copa do Mundo, a Arena das Dunas foi inaugurada neste domingo com uma rodada dupla. Cerca de 20 mil pessoas prestigiaram a festa. Os dois maiores clubes do Rio Grande do Norte - América-RN e ABC - saíram vitoriosos. Pela Copa do Nordeste, o Mecão venceu o Confiança por 2 a 0, enquanto o alvinegro repetiu o placar no duelo com o Alecrim. Nas arquibancadas, crianças, idosos e famílias que viram o zagueiro Adalberto fazer o primeiro gol do novo palco. Os torcedores também puderam prestigiar os shows das cantoras Khrystal, que participou do programa The Voice Brasil, e Roberta Sá, além de uma homenagem a Marinho Chagas, ex-jogador da seleção brasileira.
O único incidente registrado pela Polícia Militar do lado de fora do estádio foi um confronto entre torcidas organizadas de ABC e América-RN, antes da partida. Foram presos dois integrantes alvinegros por efetuarem tiros contra os alvirrubros em rua do bairro de Potilândia, próxima ao estádio.
Quanto à chegada à arena, os torcedores não tiveram muita dificuldade, embora obras de mobilidade urbana estejam impedindo um fluxo melhor no trânsito ao redor do estádio. Os cambistas também marcaram presença, chegando a cobrar R$ 150 por um ingresso que antes custava R$ 70.
Para o comerciante Francisco Júnior, não houve complicação no acesso da sua família ao estádio. Torcedor do ABC, ele não se assustou com os preços cobrados nos bares do estádio.
- Entrei tranquilamente, sem filas, com meus filhos e minha esposa. Achei a infraestrutura excelente. Alguns torcedores reclamaram dos preços das lanchonetes, mas os valores compensam a higiene e o bom atendimento oferecidos pela arena - apontou.
O professor Cristóvão Cerqueira, 50 anos, que saiu de Morro de Chapéu, na Bahia, para visitar familiares em Natal, aproveitou para conhecer a Arena das Dunas neste dia histórico para o futebol do Rio Grande do Norte.
- É um estádio belíssimo e acredito que todos que vierem a Natal têm que conhecer. Foi uma grande festa e o futebol do Rio Grande do Norte tem tudo para crescer com a arena. Quero volta a Natal na Copa do Mundo - declarou.
Charles Maia, diretor do consórcio Arena das Dunas (Foto: Jocaff Souza)Charles Maia, diretor do consórcio Arena das Dunas (Foto: Jocaff Souza)
À frente do evento, o diretor-geral do consórcio Arena das Dunas, Charles Maia, festejou o fato da inauguração ser feita com dois jogos envolvendo clubes potiguares, mostrando a aproximação que a empresa pretende criar com os torcedores.
- Hoje é um dia de muita festa para nós que fizemos a Arena das Dunas. Tenho a certeza que essa arena vai proporcionar uma nova fase para o futebol do Rio Grande do Norte e da região Nordeste. Toda a estrutura foi submetida a vários testes para que pudesse ser inaugurada com a segurança necessária para jogos de futebol - disse Charles Maia.
No total, segundo o consórcio, 19.244 torcedores prestigiaram a abertura da arena - sendo 16.552 pagantes. A renda foi de R$ 469.230,00.
Fase de profissionalização

Com dois clubes presentes na Série B do Campeonato Brasileiro - ABC e América-RN -, o presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol, José Vanildo, acredita que a arena possa facilitar o trabalho de profissionalização do futebol estadual.
ABC estreia com vitória na Arena das Dunas, em Natal (Foto: Augusto Gomes)ABC estreia com vitória na Arena das Dunas, em Natal (Foto: Augusto Gomes)


- A Arena das Dunas marca uma nova era para o futebol do Rio Grande do Norte. Para os clubes e para a Federação, é a certeza que a profissionalização é o único caminho. Para o público, é fundamental para trazer as famílias para o estádio novamente - ressaltou José Vanildo.
Arena "vermelha"

Já o presidente do América-RN, Gustavo Carvalho, pretende fazer da Arena das Dunas a nova casa do Mecão. Para tanto, o clube vai realizar diversas ações para a adesão de mais sócio torcedores.

- Estamos num estádio de primeiro mundo. O América é um clube de muita tradição e, por isso, vamos usar de todas as formas para fazermos daqui a nossa casa. Estamos estudando várias formas de atrair, ainda mais, a presença dos americanos para o programa de sócio torcedor, para deixar isso aqui completamente vermelho - comentou.
Adalberto América-RN gol Arena das Dunas (Foto: Augusto Gomes)Adalberto, zagueiro do América, comemora o primeiro gol da história da Arena das Dunas (Foto: Augusto Gomes)

Wolverine domina dois rounds, sofre no terceiro, mas vence em Chicago

Brasileiro tem ótimo começo de luta, mas cansa no fim, erra na estratégia e permite crescimento de Junior Hernandez no último período da luta

Por Chicago, EUA
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Após dominar os dois primeiros rounds, Hugo Wolverine foi pressionado no último, mas saiu com a vitória sobre Junior Hernandez por decisão unânime (triplo 29-28). O brasileiro se recuperou da derrota para TJ Dillashaw em seu último compromisso, enquanto o americano perdeu pela segunda vez em duas lutas no UFC. Na primeira vez, o algoz foi o também brasileiro Lucas Mineiro.
Wolverine começou conseguindo um knockdown rápido ao encaixar um direto de direita no seu oponente, que conseguiu absorver bem os golpes seguintes e voltou a ficar de pé. O brasileiro seguia trabalhando seu boxe e acertando boas combinações. Hernandez tentava encurtar a distância para aplicar seus chutes, mas não conseguia entrar no raio de ação. Hugo Wolverine passou a variar os socos e os chutes, controlando o americano até o fim do round.
UFC Hugo Viana Wolverine e Junior Hernandez (Foto: Agência Getty Images)UFC Hugo Wolverine venceu Junior Hernandez por decisão unânime (Foto: Agência Getty Images)
O panorama não mudou no segundo round. O brasileiro continuava melhor na trocação, e Hernandez não tentava levar o combate para o chão. O americano conseguiu um bom momento na metade do round ao acertar um gancho de esquerda, mas Wolverine manteve a superioridade, conectando mais golpes e se movimentando bem para garantir mais um assalto a seu favor.
Após perder os dois rounds, Hernandez passou a arriscar mais, andando para a frente o tempo todo, enquanto Wolverine buscava os contragolpes e se movimentava para os lados, tentando não entrar no jogo do adversário. O americano caçava o brasileiro pelo octógono, mas recebeu uma direita que o balançou. Com Wolverine evitando mais a trocação franca, Hernandez provocava e partia para cima, desferindo golpes potentes, mas muitos deles no vazio, até o fim do combate.
Confira as demais lutas do card preliminar:
Alex Caceres tira invencibilidade de Sergio Pettis em grande luta
Na melhor luta do card preliminar, Alex Caceres tirou a invencibilidade de Sergio Pettis com um mata leão aos 4m39s do terceiro round. O combate foi movimentado o tempo todo e decidido apenas nos últimos segundos. A vitória é a quarta nas últimas cinco lutas de Caceres. A única que não venceu, foi um No Contest (luta sem resultado), após ser pego no antidoping por uso de maconha (ele tinha vencido o duelo contra Kyung Ho Kang). Do outro lado, Pettis perdeu a invencibilidade após venceu suas dez primeiras lutas no MMA.
O primeiro round da luta começou com equilíbrio na trocação. Pettis tentava encurtar a distância para entrar no raio de ação, enquanto Caceres procurava aproveitar sua maior envergadura. Faltando menos de dois minutos, o irmão do campeão dos leves acertou um bom chute alto que desequilibrou o rival. Pouco depois, Sergio Pettis esquivou dos chutes de Alex Caceres e responder com um jab e direto no rosto do oponente. Pettis cresceu na luta e acertou outro chute alto que balançou o adversário, terminando o round com nítida vantagem.
Caceres voltou bem para o segundo assalto e acertou um gancho de esquerda que derrubou o Fenômeno. Ele foi para cima e tentou pegar as costas de Pettis, que se movimentou bem no chão e retomou o combate em pé. Sergio Pettis passou a tomar a iniciativa novamente e colocou um chute alto que parou na guarda. Ele usava as combinações de boxe para abrir caminho para os chutes no corpo. Pettis ainda tentou um chute rodado voador no fim, que não atingiu seu oponente.
Eddie Wineland domina Yves Jabouin e vence por nocaute técnico
Com uma atuação segura e dominante, o peso-galo americano Eddie Wineland venceu por nocaute técnico o haitiano naturalizado canadense Yves Jabouin aos 4m16s do segundo round. Quarto colocado no ranking da categoria do UFC, Wineland chegou à 21ª vitória em 31 lutas, enquanto Jabouin sofreu a nona derrota em 28 lutas lutas.
- Consegui uma vitória tão cedo quanto queria. Quero voltar a lutar contra Renan Barão e, para isso, essa vitória era muito importante. Minha estratégia sempre foi de andar para frente durante toda a luta, e foi isso o que eu fiz - disse Wineland logo após a luta.
Logo no início da luta Wineland partiu para o ataque contra Jaboiun, buscando os chutes baixos  e a curta distância. Jabouin mantinha o americano o mais longe possível com chutes altos, mas Wineland mantinha a postura agressiva e conectava bons socos e assumia a vantagem na luta. Buscando o combate todo o tempo, o americano era mais efetivo no duelo e mantinha o rival andando para trás, mesmo com uma boa movimentação. Jabouin conseguiu mais golpes, mas Wineland foi mais agressivo e castigou mais o haitiano naturalizado canadense.
No segundo round Jabouin tentou ser mais agressivo e pressionar Wineland, mas o americano mostrou-se novamente mais efetivo nos golpes, especialmente os socos, e novamente assumiu a vantagem na luta, fazendo Jabouin andar para trás, aplicando boas sequências e, a menos de dois minutos do fim do round, derrubou o rival com um soco forte, tentando finalizar a luta em um katagatame, sem sucesso.  Dominante no round, o americano passou para as costas de Jabouin e aplicou uma série de golpes que forçou o árbitro a interromper a luta, decretando o nocaute técnico.
Chico Camus vence Yaotzin Meza em luta com pouca emoção
Em um duelo sem muita emoção, disputado a maior parte do tempo no chão, Chico Camus venceu Yaotzin Meza por decisão unânime dos juízes (30-27, 29-28 e 29-28) pela divisão dos pesos-galos. A vitória foi a 14ª de Camus em 18 lutas, enquanto Meza sofreu sua nona derrota - e a segunda em três duelos no UFC - em 29 lutas.
A luta começou com os dois lutadores se estudando no centro do octógono, até que Meza encurtou a distância e pressinou Camus na grande até derrubá-lo, ficando por cima, na meia-guarda. Camus conseguiu uma boa raspagem e passou a  ficar sobre o adversário, na sua guarda. A luta ficou no chão até o fim do round.
UFC Yaotzin Meza e Chico Camus (Foto: Agência Getty Images)Chico Camus venceu Yaotzin Meza por decisão unânime dos juízes em Chicago (Foto: Getty Images)
No segundo período da luta, logo a 20 segundos de combate, Camus acertou um direto de esquerda que derrubou Meza, ficando por cima no chão. Usando o "ganchinho", Meza conseguiu a raspagem e, se recuperando bem do golpe, posicionou-se por cima no chão. A luta recomeçou em pé, e Camus novamente derrubou Meza, conseguindo a montada pouco depois. Controlando o rival, Camus forçou-o a ceder as costas, e passou a buscar a finalização. Meza defendeu, mas não se livrou de uma nova montada, cedendo as costas mais uma vez. A luta voltou para o alto, mas não houve tempo para nenhuma outra ação.
No terceiro e último round Camus levou a luta rapidamente para o chão, conseguindo a montada novamente. Meza novamente deu as costas e Camus passou a buscar a finalização através de um mata-leão, mas Meza defendeu-se mais uma vez, levantando-se rapidamente antes de ser dominado novamente no chão e ficar em desvantagem até o fim do combate.
Daron Cruickshank impõe terceira derrota seguida a Mike Rio
Na terceira luta da noite, Daron Cruickshank superou Mike Rio por nocaute técnico, aos 4m56s do segundo round, após acertar um chute rodado no rosto do adversário e concluir a vitória com uma sequência de socos até a interrupção do árbitro Herb Dean. Com o triunfo, Cruickshank se recupera do revés contra Adriano Martins, em novembro, no UFC Goiânia. Já Rio fica em situação difícil no Ultimate ao perder a terceira consecutiva.
Os lutadores começaram o duelo com pouca ação e muito estudo. Rio dominava o centro do octógono, mas apenas cercava o rival. Com quase dois minutos de round, Cruckshank arriscou uma combinação de jab e direto. O combate ficou mais movimentado, com Mike Rio tomando mais a iniciativa, mas com dificuldade para achar o oponente. Daron Cruickshank foi mais efetivo nas poucas vezes que se arriscou. Faltando alguns segundos para o fim do ruond, Cruickshank conectou um lindo chute na cabeça de Rio, que caiu e foi para a perna do adversário para sobreviver até o fim do round.
UFC Mike Rio Daron Cruickshank (Foto: Agência Getty Images)Daron Cruickshank acerta um direto de direita na vitória sobre Mike Rio em Chicago (Foto: Getty Images)
Rio voltou para o segundo round disposto a tentar reverter a situação. Com menos de um minuto tentou uma queda, que foi bem defendida. Cruickshank tentou a resposta com dois chutes altos que passaram no vazio. Mike Rio seguia com o domínio do centro, mas era Daron Cruickshank quem conseguia acertar os golpes, alternando socos e chutes. Rio tentou pressionar com uma combinação de socos, mas acabou sendo derrubado. Por baixo, ele atacou o calcanhar de seu rival, que teve trabalho, mas conseguiu fazer o giro e se livrar da posição. Quando o combate ficou de pé, Cruickshank acertou um chute rodado na cara de Rio e terminou o trabalho com uma sequência de socos, conseguindo a vitória faltando poucos segundos para o fim do assalto.
George Sullivan venceu duelo de estreantes contra Mike Rhodes
No duelo de estreantes na categoria dos meio-médios, quem levou a melhor foi George Sullivan por decisão unânime dos juízes (triplo 29-28) sobre Mike Rhodes. A luta não foi empolgante, provavelmente por ambos sentirem o peso da estreia no UFC. Com mais agressividade e com mais golpes conectados, Sullivan conseguiu sua 15ª vitória em 19 lutas, enquanto Rhodes sofreu sua segunda derrota em oito lutas.
A luta começou com Sullivan acertando chutes baixos fortes em Rhodes, que devolveu com um chute alto, que ficou na guarda do rival. Os lutadores se estudavam muito, e Rhodes foi o primeiro a encurtar a distância e conseguiu duas derrubadas seguidas, mesmo com Sullivan tentando agarrar-se à grade. A luta voltou a ser disputada em pé e Sullivan passou a buscar o encurtamento de distância e os golpes seguidos. No fim, após uma queda bem-sucedida, Sullivan foi pego por uma tentativa de kimura de Rhodes, que defendeu muito bem. No segundo round, os dois lutadores passaram a buscar a luta mais aberta, e enquanto Sullivan tentava os golpes retos, Rhodes contra-atacava com joelhadas voadoras e uppercuts. Os chutes baixos de Sullivan continuavam a atingir o rival. A um minuto do fim do round, Sullivan encurtou novamente a distância e pressionou Rhodes na grade, acertando golpes sem muita força. No terceiro e último round o ritmo se manteve inalterado. Mantendo as estratégias, Sullivan e Rhodes mostravam algum cansaço e desferiam golpes sem muita força, com vantagem para Sullivan, que era mais agressivo.
UFC Mike Rhodes George Sullivan (Foto: Agência Getty Images)George Sullivan acerta um chute na vitória por unanimidade sobre Mike Rhodes (Foto: Getty Images)
Nikita Krylov aplica nocaute-relâmpago em  Walt Harris

Com um chute alto devastador, o ucraniano Nikita Krylov não deu tempo sequer para o americano Walt Harris aquecer na luta de abertura do UFC: Henderson x Thomson, disputado em Chicago. Vindo de derrota para Soa Palelei em sua estreia na organização, no UFC 164, Krylov recuperou-se do revés neste sábado com um nocaute relâmpago em apenas 25 segundos diante do americano. Logo no início da luta, após algumas trocas de golpes no centro do octógono, Krylov acertou um belo chute alto de direita na cabeça, que surpreendeu e derrubou Harris. Com mais alguns poucos socos no chão, o ucraniano forçou o árbitro Rob Madrigal a encerrar o combate.
Esta foi a 16ª vitória de Nikita Krylov na carreira, e a 16ª no primeiro round. Já Harris sofreu sua terceira derrota em oito lutas na carreira.
UFC Nikita Krylov e Walt Harris (Foto: Agência Getty Images)UFC Nikita Krylov acerta o chute alto que derrubou Walt Harris na abertura do evento (Foto: Getty Images)

Chute alto de Cerrone leva Adriano Martins a nocaute no primeiro round

Americano domina a luta desde o início e impõe dura derrota ao brasileiro

Por Chicago, EUA
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Não durou nem um round a estreia de Adriano Martins em eventos do UFC fora do Brasil. A luta contra o experiente Donald Cerrone, pelo peso-leve da entidade, foi interrompida aos 4m47s pelo árbitro John McCarthy após o americano acertar um chute alto devastador, que fez Martins apagar antes mesmo de tocar o solo. A derrota interrompeu a sequência de seis vitórias seguidas do brasileiro, enquanto Cerrone chegou à terceira vitória seguida.
Cerrone começou o combate acertando um duro golpe em Adriano Martins, que perdeu o equilíbrio, mas recuperou-se rapidamente. O americano tomava mais a iniciativa do combate e agredia o brasileiro com chutes altos e baixos, enquanto Martins ainda lutava para ajustar a distância. Mais confortável na luta, Cerrone conseguiu derrubar Martins, que se livrou da montada e voltou a lutar em pé, mas sem aparentar estar se sentindo relaxado no combate.  No fim do round, o americano desferiu um fortíssimo chute de direita, que acertou em cheio a cabeça do brasileiro, que já caiu nocauteado.

Geraldo Cocão vence de virada com nocaute em Sardinha no Shooto 46

Peso-pena derruba lutador da casa após quase ser finalizado. Evento na Bahia teve quatro nocautes, três no primeiro round, e duas finalizações

Por Lauro de Freitas, BA
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O Shooto Brasil 46 terminou com uma espetacular vitória de virada nesta sexta-feira, em Lauro de Freitas, na Bahia. O peso-pena Geraldo "Cocão" Júnior estava levando a pior no início e quase foi finalizado por Jurandir "Sardinha", lutador da casa, mas se recuperou e nocauteou o adversário ainda no primeiro round, no combate principal do evento.
Geraldo Júnior Cocão Shooto Brasil 46 (Foto: Viviane Sales/Shooto Brasil)Geraldo "Cocão" Júnior tem o braço erguido após a luta principal do Shooto (Foto: Viviane Sales/Shooto Brasil)
Os dois pesos-penas não quiseram saber de cautela ou estudo nos primeiros minutos e partiram rapidamente para a trocação franca. Cocão sentiu um cruzado de Sardinha, que aproveitou e levou o adversário ao chão. Lá, o baiano de Lauro de Freitas fechou uma guilhotina e ameaçou finalizar o combate. Cocão, todavia, escapou duas vezes e conseguiu ficar por cima. Ele não aproveitou a vantagem por muito tempo e acabou raspado.
As coisas mudaram rapidamente na segunda metade do round. Cocão escapou de baixo do adversário e voltou à luta em pé. Com a guarda abaixada, ele se esquivou de um direto e encaixou um cruzado de direita na têmpora de Sardinha, que caiu à lona. Por cima, Cocão acertou uma série de marretadas até o adversário apagar, com 3m50s de luta. O vencedor saiu andando, antes de o árbitro encerrar o combate, novamente atrasado.
Nocautes arrasadores
Após duas lutas decididas por pontos, Aloísio Adson entrou para o terceiro combate da noite com muita experctativa, especialmente pelo apelido de "Homem Fera". Todavia, Shely "Pilão" Santana atropelou o adversário dentro do octógono. Logo no começo, disparou e colocou o rival para baixo. Ele passou um tempo no chão, mas logo se levantou e tentou atacar com socos de cima para baixo. Após dois golpes, o "Homem Fera" se curvou e sofreu uma grande sequência de socos de Pilão, até o árbitro encerrar o combate, com 2m39s de primeiro round.
A luta seguinte teve nocaute ainda mais devastador. O potiguar Tyago Buda não deu muitas chances a João Nogueira Domingos, que havia entradi com um uniforme do boxe japonês. Todavia, Nogueira levou a pior na trocação em pé e desmoronou com um potente cruzado de esquerda. No chão, ele levou mais uma série de socos livres no queixo antes de o árbitro interromper, com 2m05s de luta.
O quinto combate da noite não acabou no primeiro round, mas também se encerrou com um nocaute. O veterano Clécio "Fantasma" Pereira, de 34 anos, levou a melhor sobre Eric "Panterinha" dos Santos no assalto inicial. Todavia, o soteropolitano de 18 anos voltou melhor no segundo período, botou para baixo e passou a trabalhar no chão. Ele obteve a montada e passou a desferir inúmeros golpes. Fantasma não conseguia mais se defender e o árbitro ainda demorou a encerrar a luta, com 3m23s de round.
Cleuber Cabral e Valto "Ciclope" Ribeiro fizeram um dos melhores combates do evento logo depois. Ciclope começou melhor e colocou seu adversário duas vezes para baixo no primeiro round. No segundo, todavia, Cleubinho reagiu furiosamente e esteve perto de um nocaute. Ribeiro parecia já derrotado quando derrubou o rival e caiu direto numa guilhotina. Ele se livrou e ainda encaixou uma chave de braço perigosa. Com a luta empatada, Ciclope não deu chances ao azar no último round: levou o combate para o solo novamente e finalizou com um kata-gatame em 1m09s.
Após uma luta pouco empolgante entre Silmar Rodrigo e Marcos Tanajura, Jafael Cavalcante entrou determinado a acabar com a série de derrotas dos baianos para os atletas do Rio Grande do Norte no card. Desde o início, Jafael impôs seu jogo de solo e ameaçou finalizar repetidas vezes no primeiro round, com tentativas de mata-leão e triângulo. O segundo round seguiu praticamente como uma luta agarrada, dominada pelo baiano. Daniel Rodrigues reagiu e conseguiu raspar e estar em posição dominante brevemente, mas logo Jafael voltou ao topo e o castigou no ground and pound. No terceiro período, o baiano enfim conseguiu fechar o mata-leão e finalizou. Daniel bateu em desistência com a perna esquerda, a 1m32s.
Shooto Brasil 46
24 de janeiro de 2014, em Salvador (BA)
CARD DO EVENTO
Geraldo Júnior "Cocão" venceu Jurandir "Sardinha" por nocaute aos 3m50s do primeiro round
Jafael Cavalcante venceu Daniel Rodrigues por finalização (mata-leão) a 1m32s do terceiro round
Silmar Rodrigo venceu Marcos "Biriba" Tanajura por decisão unânime
Valto "Ciclope" Ribeiro venceu Cleuber Cabral por finalização (kata-gatame) a 1m09s do terceiro round
Eric "Panterinha" dos Santos venceu Clécio "Fantasma" Pereira por nocaute técnico aos 3m23s do segundo round
Tyago "Buda" Nascimento venceu João Nogueira Domingos por nocaute técnico aos 2m05s do primeiro round
Shely "Pilão" Santana venceu Aloísio "Homem Fera" Adson por nocaute técnico aos 2m39s do primeiro round
Cleiton Ramos Pereira venceu Marcos Silva por decisão unânime
Marcus Figueiredo venceu Maxsuel Giraldo por decisão unânime

'Luta machucado e tem performance sensacional', diz técnico sobre Pettis

Duke Roufus elogia pupilo, revela que lutador, além da cirurgia no joelho,
tem que curar lesão na mão e prevê outros duelos com Ben Henderson

Por Direto de Chicago, EUA
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Anthony Pettis mma ufc (Foto: Getty Images)Anthony Pettis não luta desde 31 de agosto
do ano passado (Foto: Getty Images)
Anthony Pettis derrotou Ben Henderson no dia 31 de agosto e com isso conquistou o cinturão do peso-leve do Ultimate, mas desde então ainda não voltou ao octógono. E segue sem luta marcada. A previsão da equipe é que Pettis fique quase um ano sem lutar, retorne apenas em julho. Um período necessário para a total recuperação do americano, segundo o treinador dele, Duke Roufus, que revelou que, além da cirurgia no joelho, o atleta também terá de se recuperar de uma lesão na mão.
- Anthony está ótimo. Ele está se recuperando. Nós gostamos de nos manter positivos. Coisas negativas acontecem na vida e o que importa é a forma com que você reage a elas. Sim, ele machucou o joelho, se submeteu a uma cirurgia, mas  também tinha uma grande calcificação em sua mão e vai cuidar disso no próximo mês. Anthony está cuidando de qualquer calo ou machucado e vai voltar 100%. Estou ansioso para isso porque ele é muito dedicado. Lutou contra o Ben Henderson com o ombro deslocado e queria lutar mesmo com a lesão no joelho. Anthony já lutou tantas vezes machucado e tem um coração de leão. Ele realmente é um exemplo do que é o UFC. Ele entra lá machucado e consegue ter uma performance sensacional a maior parte do tempo. Mas, enfim, ele está se recuperando bem e vai até comentar a luta desse fim de semana pelo UFC - disse Roufus ao Combate.com em Chicago (EUA).
O treinador está na cidade para acompanhar o irmão de Anthony Pettis, Sergio Pettis, que neste sábado vai disputar sua segunda luta no peso-galo do Ultimate. No mesmo evento, Ben Henderson enfrentará Josh Thomson na atração principal pela mesma categoria de Anthony, duelo que interessa bastante a Duke Roufus.
- Eu acho que vai ser uma grande luta. Henderson e Thomson têm dois estilos completamente diferentes, mas eles têm um pedigree de campeão. Josh Thomson era o campeão do Strikeforce e é um desafiante de peso, e Ben Henderson foi o campeão do UFC nos últimos dois anos. Uma coisa que eu tenho notado é a questão do efeito Pettis no Ben Henderson. Eu sinto pena de todo mundo que enfrenta o Anthony, mas da última vez que ele derrotou o Ben pelo WEC, o Ben deu a volta por cima e se transformou no campeão do UFC. Então, eu acho que vai ser uma grande luta, mas não me arrisco a dizer quem vai ganhar. Eu vou sentar e curtir como fã. Mas também posso dizer que as pessoas têm que ficar espertas com o Ben Henderson. Ele é sempre um cara especial vindo de uma derrota - analisou o treinador.
UFC 164  Ben Henderson e Anthony Pettis (Foto: Agência Getty Images)Anthony Pettis finaliza Ben Henderson com chave de braço no UFC 164  (Foto: Agência Getty Images)
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Caso Ben Henderson vença, volta a ficar bem perto de uma disputa de cinturão. Ele e Anthony Pettis já se enfrentaram duas vezes, com dois triunfos do segundo, e Roufus acredita que muitos outros duelos entre Anthony e Bendo virão.
- Eu acho que infelizmente o Anthony e o Ben Henderson ainda vão se enfrentar muitas vezes (risos). Esse esporte é o que os fãs querem ver, e eles têm uma rivalidade muito forte. Ben é um cara muito bacana, mas há apenas um campeão e um cinturão. Com certeza vai haver uma colisão entre os caminhos deles mais para frente - finalizou.

Ex-UFC, Keith Jardine detém ladrão que roubou sua correspondência

Lutador seguiu o carro do criminoso até alcançá-lo e ameaçá-lo. O homem, que tinha ficha criminal, se entregou e foi preso pela polícia minutos depois

Por Albuquerque, EUA
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UFC keith jardine (Foto: Agência Getty Images)Keith Jardine perseguiu e deteve o ladrão de sua
correspondência (Foto: Agência Getty Images)
Aos 38 anos de idade, o peso-médio Keith Jardine, ex-UFC e ex-Strikeforce, não fazia ideia do que o esperava na manhã da última sexta-feira. O lutador estava no escritório de sua casa em Albuquerque, no estado do Novo México, quando percebeu que um carro parou em frente à sua caixa de correio, e um homem desceu e levou toda a sua correspondência. Jardine não hesitou em ir atrás do ladrão, perseguindo-o pelas ruas.
- Eu olhei pela janela e vi um carro parando em frente à minha caixa de correio. Um cara desceu do carro, abriu a caixa e pegou toda a minha correspondência, jogando tudo no carro e fugindo em alta velocidade. Só tive tempo de pegar a chave da minha picape e ir atrás dele - disse Jardine à rede de TV "KRQE".
A perseguição continuou pelas ruas da cidade até que o lutador conseguiu emparelhar o carro com o do ladrão.
- Fiquei bem ao seu lado, e ele acelerou. Eu acelerei ainda mais e joguei minha picape contra o carro dele. Acertei a frente do carro, que derrapou, e eu bloqueei o seu caminho. Logo em seguida eu saí do carro e fui em sua direção como se fosse agredí-lo, e ele se rendeu. Eu o tirei do carro e o imobilizei até a chegada da polícia. A coisa mais covarde que existe é você roubar alguém - disse Jardine.
O ladrão disse que estava apenas pegando a correspondência de um amigo, mas a polícia, ao chegar, constatou a existência de mais correspondência de outras casas dentro do carro do ladrão, identificado como Richard J. Davenport, de 39 anos. Davenport, que já possuía condenações anteriores, foi preso em flagrante.

Johnson diz que já teria demitido John Lineker se fosse chefe do UFC

Campeão peso-mosca não perdoa o fato de o brasileiro não ter batido o peso em suas últimas lutas: 'Tenho dois trabalhos: bater o peso e lutar'

Por Direto de Chicago, EUA
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Demetrious Johnson entrevista UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Demetrious Johnson responde aos fãs em sessão
de perguntas e respostas (Foto: Evelyn Rodrigues)
Se o campeão peso-mosca, Demetrious Johnson, pudesse escolher, ele já teria demitido o brasileiro John Lineker do UFC. Isso porque Lineker é um forte candidato a disputar o cinturão da categoria em um futuro próximo, mas acabou não batendo o peso em três de suas cinco lutas na organização.
Durante um “Perguntas e Respostas” com os fãs em Chicago nesta sexta-feira, o americano foi questionado se gostaria de enfrentar o brasileiro e qual seria a sua opinião se ele conseguisse a chance ao título, mesmo não honrando seus compromissos com a balança:
- Eu sou lutador e se acontecer, aconteceu, e o fato é que ele não bateu o peso por três vezes, mas ainda está no UFC. Não há nada que eu possa fazer, se fosse por mim eu o teria cortado, mas isso é por mim. Parte do trabalho é que você assina um contrato que diz que você precisa bater 56,6kg, não 58kg, não 58,9kg e você tem um período para fazer isso. Eu entendo quando o cara aceita a luta com pouco tempo, mas os meus treinadores dizem que eu tenho dois trabalhos a fazer: um é bater o peso  e o outro é lutar. É tudo o que eu tenho que fazer.
Super Mouse” também falou sobre a sua relação com a balança e disse que procura fugir da perda de peso excessiva a que alguns atletas se submetem no mundo das lutas:
- Quando eu chego para lutar, eu peso em torno de 64,4kg .Eu tento manter o meu peso nessa faixa porque você vê um monte de lutadores perdendo 10, 15kg, e aí eles se reidratam e acabam tendo problemas porque o corpo deles não está no peso que deveria. Então eu gosto de manter meu peso, de forma que eu ando por aí, eu luto, e tenho um peso oficial - explicou.
Descontração e jogo de cintura
Os termômetros marcavam -5 graus Celsius em Chicago, nos EUA, no início da tarde desta sexta e, mesmo sob previsão de neve, os fãs compareceram ao Chicago Theatre para acompanhar o “Perguntas e Respostas” e a pesagem do UFC Henderson x Thomson. Demetrious Johnson foi o primeiro ao subir ao palco para responder aos fãs e mostrou muito jogo de cintura para sair das “saias justas” causadas pelos fãs. Logo de cara ele foi questionado sobre quem levaria a melhor em um duelo entre ele e o campeão peso-galo Renan Barão:
- Eu acho que seria uma luta muito difícil. Renan Barão é um bom lutador, tem um bom preparo físico, é muito completo em todas as áreas, é bastante grande para essa divisão de peso, mas acho que também tenho um excelente preparo físico - respondeu o campeão.
Demetrious Johnson entrevista UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Demetrious Johnson é o atual campeão dos moscas do UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)
- Também quero dizer que não estou torcendo para ninguém nessa luta. Se o Urijah Faber fizer o que fez com o Michael McDonald, eu consigo vê-lo vencendo essa luta, mas uma coisa que a maioria das pessoas não vê é que o Renan Barão traz para a mesa é que ele é tão dominante contra todos os demais, tem um excelente trabalho em pé, noção de distância, é um lutador completo. Ele não tem medo e nem se intimida com o Urijah e nem pelos últimos adversários que ele enfrentou e isso pode fazer a diferença. Vai ser uma boa luta.
Outro fã perguntou quem na divisão dos moscas levaria mais perigo ao campeão, ao que ele respondeu meio que “em cima do muro”:
- Eu diria  que todo mundo é uma grande armadilha. Mesmo que eu tenha vencido o Dodson, o Moraga, o Joseph, se esses caras voltarem a me enfrentar no futuro, vai ser uma grande diferença. Nós já lutamos antes, eles já sabem como lidar com a minha velocidade, mas para mim também vai ser diferente porque o meu corpo também se ajusta a essas pessoas. Enfim, eu digo que todo mundo traz perigo, porque você nunca sabe…é luta, tudo pode acontecer.
Possíveis superlutas e o futuro da divisão dos moscas também foram alvo de perguntas e um fã inclusive chegou a dizer a “DJ” que esperava que o UFC pudesse colocá-lo como próximo treinador do The Ultimate Fighter, nos EUA:
- Eu espero que o Dana White ouça isso, mas eu gostaria de treinar caras de outras divisões de peso, quem sabe pesos-médios ou pesos-pesados? - disse ele provocando risos da plateia.
Tyron Woodley entrevista UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Tyron Woodley também participou do evento (Foto: Evelyn Rodrigues)
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O campeão chegou até a gravar um vídeo para um fã, que pediu para que ele mandasse uma mensagem ao filho como se fosse enfrentá-lo no futuro:
- Hey Jude, a gente pode se enfrentar no futuro, eu vou vestir o meu shorts da Xbox e espero que você continue estudando direito e se dedicando ao esporte. Te vejo no futuro!
Eye cutuca Cyborg, e Woodley defende GSP
Depois de cerca de 20 minutos, outros dois lutadores foram chamados ao palco: a atual número cinco do ranking dos pesos-galos femininos do UFC, Jéssica Eye, que enfrenta a canadense Alex Davis no UFC 170, em 22 de fevereiro,  e o peso-meio-médio Tyron Woodley, que tem duelo marcado contra Carlos Condit no UFC 171, em março.
Há uma nova era de lutadoras de outras idades que vão continuar vindo para o UFC. Eu estou aqui agora e vai ser muito difícil se livrar de mim"
Jessica Eye, lutadora do UFC
Jéssica chegou roubando a cena e, questionada se achava que Ronda Rousey era protegida por Dana White, defendeu a campeã peso-galo do UFC:
- Não. Ela fez um bom trabalho pelo esporte e abriu a porta para que eu pudesse estar aqui hoje e isso foi muito mais fácil. Ela faz o dela e eu vou fazer o meu. Há uma nova era de lutadoras de outras idades que vão continuar vindo para o UFC. Eu estou aqui agora e vai ser muito difícil se livrar de mim.
Eye também cutucou a brasileira Cris Cyborg, quando perguntada por um fã sobre o que achava de a campeã peso-pena do Invicta ainda não ter assinado com o UFC:
- Eu não acho que ela vai conseguir um dia chegar a 61,36 kg. Eu acho que é humanamente impossível para ela baixar tanto de peso e se ela conseguir, crédito a ela, ela conseguiu. Mas até você bater 52,3kg (peso-palha) ou 61,7kg (peso-galo) você não pode mexer com nenhuma das meninas do UFC, você pode falar de uma ou de outra, mas faça a sua escolha porque essas duas categorias são as que eles estão nos oferecendo. Então aceite o que está sendo oferecido, não pressione por algo que não está sendo oferecido.
Jessica Eye entrevista UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Jessica Eye é uma das principais atletas do peso-galo feminino (Foto: Evelyn Rodrigues)
Tyron Woodley, por sua vez, permaneceu com o semblante fechado durante todo o tempo e falou com voz baixa enquanto caminhava de um lado para o outro.  Em uma das perguntas, um fã queria saber quem ele achou que saiu vencedor do duelo entre Georges St-Pierre e Johny Hendricks, em novembro passado, e o lutador saiu em defesa do ex-campeão dos meio-médios:
- Eu precisei ver a luta de novo, porque às vezes eu mudo de opinião quando assisto uma luta pela segunda vez, mas o GSP tinha vencido um round e a luta foi definida basicamente no terceiro round, e St-Pierre estava controlando aquele round. Acho que foi uma luta parelha, e para mim GSP venceu.
Questionado sobre a sua estratégia para o duelo contra Carlos Condit, que deve acontecer no card do UFC em Dallas, no dia 15 de março, o atleta afirmou que vai provar a que veio nesse combate:
- Eu acho que o Carlos Condit vai ser um teste difícil para mim. A minha estratégia é vencer os melhores da melhor forma que eu puder. Ele está bem no ranking, eu tenho uma chance de testar o queixo dele, o preparo físico dele, que todo mundo fala tanto, e eu acho que sou uma nova geração do esporte e eu vou provar isso - finalizou.