quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Para Dana White, luta entre Frank Mir e Overeem será de 'vida ou morte'

Durante conferência com jornalistas em Toronto, presidente do UFC coloca os pesos-pesados na berlinda para duelo no evento de 20 anos do Ultimate

Por Rio de Janeiro
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O presidente do UFC Dana White deu um recado bem claro nesta quinta-feira para dois astros da organização, mas que não vivem um bom momento dentro do octógono. Durante a conferência com jornalistas na semana do UFC 165, em Toronto, Canadá, o chefe foi bem direto quando perguntado se a luta entre Frank Mir e Alistair Overeem, no UFC 167, em 16 de novembro, poderia ser considerada de "vida ou morte".
- Sim! Definitivamente, sim! - respondeu Dana White.
Montagem Frank Mir e Alistair Overeem (Foto: Editoria de Arte)Para Dana White, luta entre Frank Mir e Alistair Overeem em evento de 20 anos do UFC, em novembro, será de "vida ou morte" (Foto: Editoria de Arte)
Sem vencer desde 2011, ambos os lutadores ficaram na berlinda do Ultimate em função dos recentes fracassos. Para o ex-campeão peso-pesado do UFC Frank Mir, a situação pode ser ainda mais complexa, já que ele vem de três derrotas consecutivas para Junior Cigano, em março de 2012, e para Daniel Cormier e Josh Barnett, em abril e agosto deste ano, respectivamente. O lutador, de 34 anos, tem um cartel de 16 vitórias e oito derrotas no MMA.
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Alistair Overeem, por sua vez, vem de derrotas para Antônio Pezão, em fevereiro deste ano, no UFC 156, e para Travis Browne, em agosto, no UFC: Shogun x Sonnen. O lutador de 33 anos venceu a última vez em dezembro de 2011, quando nocauteou Brock Lesnar no primeiro round, no UFC 141. O Holândes possui 36 vitórias, 13 derrotas e um no contest (luta sem resultado) na carreira.
UFC 167
16 de novembro de 2013, em Las Vegas (EUA)
CARD DO EVENTO
Georges St-Pierre x Johny Hendricks
Rashad Evans x Chael Sonnen
Frank Mir x Alistair Overeem
Robbie Lawler x Rory MacDonald
Josh Koscheck x Tyron Woodley
Evan Dunham x Donald Cerrone
Ed Herman x Rafael Sapo
Rick Story x Brian Ebersole
Erik Perez x Edwin Figueroa
Tim Elliott x Ali Bagautinov

TV se desculpa por piada de Sonnen sobre agressão sofrida por Rihanna

Lutador fez comentários sobre a cantora em participação durante programa

Por Rio de Janeiro
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Chael Sonnen já despertou a ira de diversos brasileiros por passar do ponto em piadas sobre o país. Na última quarta-feira, o lutador americano também desagradou muita gente ao tentar fazer humor com a agressão que a cantora Rihanna sofreu do namorado Chris Brown, em 2009.
chael sonnen mma ufc (Foto: Getty Images)Além de lutador, Chael Sonnen é comentarista de canal americano (Foto: Getty Images)
Sonnen, que é comentarista do programa "Fox Sports Live", do canal americano "Fox Sports", falava sobre a luta de boxe da semana passada entre Floyd Mayweather e Canelo Alvarez quando polemizou:
- Olha, Floyd (Mayweather) precisa continuar fazendo o que ele está fazendo. Eu nunca vi ninguém na história dos Estados Unidos ficar tão rico e famoso tendo rompantes (ou momentos) de agressividade dando socos em alguém. Eu sei o que vocês estão dizendo. Vocês vão dizer: "Bem, já aconteceu antes com a Rihanna".
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Pela agressão, Chris Brown foi julgado e sentenciado a cinco anos de liberdade condicional, a participar de um ano de um programa contra a violência doméstica e a 180 dias de trabalho comunitário. Fotos da cantora com o rosto machucado circularam na imprensa americana na época. Com a repercussão dos comentários de Sonnen, o canal americano divulgou um comunicado pedindo desculpas sobre o episódio.
"Fox Sports lamenta os comentários Chael Sonnen feitas durante a última noite da edição do FOX Sports Live. Foi uma tentativa inadequada de humor que Sonnen reconhece que não deveria ter sido feita, e ele pede desculpas a quem possa ter sido ofendido por seus comentários."

Vitória de Mayweather na 'luta do ano' estabelece recorde de vendas de PPV

Com R$ 330,3 milhões faturados pelo sistema, duelo contra Canelo Alvarez supera marcas do confronto entre 'Money' e Oscar de La Hoya, em 2007

Por Las Vegas, EUA
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Mayweather e Juston Bieber em luta de boxe em Las Vegas (Foto: Tom Casino / Showtime)Luta entre Mayweather e Canelo Alvarez rendeu
recorde de PPV (Foto: Tom Casino / Showtime)
Classificada como a "luta do ano", a vitória de Floyd Mayweather contra Canelo Alvarez, no MGM Grand Arena, em Las Vegas, também entrou para a história como o evento que mais rendeu em vendas de pay-per-view. Os promotores do duelo anunciaram nesta quinta-feira que foram arrecadados US$ 150 milhões (R$ 330,3 milhões), ultrapassando em mais de US$ 10 milhões os US$ 136 milhões (R$ 299,47 milhões) do combate entre o próprio "Money" e o atual agente do mexicano, Oscar de La Hoya, em 2007.
A luta ainda quebrou recordes de arrecadação em bilheteria, com US$ 20 milhões (R$ 45,2 milhões), de acordo com a Comissão Atlética do Estado de Nevada. O evento superou os US$ 18,4 milhões (R$ 41,58 milhões) do mesmo embate entre Mayweather e De La Hoya, em 2007. Foram quase 17 mil ingressos vendidos para o duelo contra Canelo Alvarez.
Nove vezes campeão mundial em cinco categorias de peso diferentes, Mayweather saiu com o bolso bastante cheio com a manutenção da invencibilidade no boxe profissional. Dono de 45 vitórias e nenhuma derrota, o maior pugilista da atualidade ganhou US$ 40,87 milhões (R$ 92,5 milhões) pela vitória sobre Alvarez. O mexicano recebeu US$ 12,5 milhões (R$ 28,25 milhões), maior quantia que um rival já ganhou contra "Money" em um confronto.
Caseira, Portuguesa vence o Náutico e sai do Z-4 após 15 rodadas
Em jogo de um tempo só, Lusa abre 3 a 0 com facilidade e afunda o Timbu na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • destaque
    Gilberto
    O atacante tem mantido a média no Canindé. Com o golaço desta quinta, o jogador se consolidou como artilheiro da equipe no Brasileirão, agora com oito gols.
  • deu certo
    Bryan
    Bryan chegou ao clube no início da semana e estreou como titular na lateral. Para coroar a noite, deu assistência para o primeiro gol da partida, marcado por Moisés.
  • QUE FASE!
    Náutico
    O Timbu está cada vez mais próximo da Série B. Com a derrota desta quinta, já são 16 pontos de desvantagem para a Lusa, primeiro time fora do  Z-4.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Após 15 rodadas consecutivas dentro do grupo dos quatro últimos colocados, a Portuguesa finalmente deixou a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro na noite desta quinta-feira, ao vencer o Náutico por 3 a 0, com gols de Moisés, Gilberto e Bruno Henrique. Com o resultado, o clube rubro-verde empurrou o Criciúma para o Z-4 e assumiu a 16ª colocação para a festa dos pouco mais de 1.800 torcedores que foram ao Canindé.
O estádio, aliás, tem sido o principal trunfo da equipe de Guto Ferreira. Apesar do rotineiro baixo público, a Lusa conquistou 21 dos seus 25 pontos somados na competição atuando em casa. Na próxima rodada, no entanto, a Portuguesa precisará mostrar sua força como visitante. O duelo será em Porto Alegre, às 16h de domingo.
O Náutico, por sua vez, segue ladeira abaixo. Após somar sua 12ª partida sem vitória, a equipe pernambucana soma nove pontos, na lanterna da tabela, e torce por um milagre para conseguir se livrar do rebaixamento. O Timbu agora volta para Recife, onde encara o Flamengo, em casa, também no domingo.
Moises gol Portuguesa (Foto: Marcos Bezerra / Ag. Estado)Moises abriu placar para a Portuguesa no primeiro tempo (Foto: Marcos Bezerra / Ag. Estado)
Três gols em 45 minutos. E foi pouco para a Lusa
Podem mudar os jogadores, mas o espírito da Lusa é o mesmo. Jogando no Canindé, mesmo que ainda sem o apoio maciço da torcida, a equipe de Guto Ferreira tem se mostrado praticamente imbatível. Na noite desta quinta-feira, apesar do desfalque de peso de Diogo e também do lateral Rogério, a Portuguesa repetiu o que apresentou diante de Bahia, Ponte e Vasco, e não deu chances ao Náutico.
Recém-contratado do América-MG, Bryan assumiu a lateral esquerda e logo mostrou seu cartão de visita aos torcedores rubro-verdes. Aos sete minutos, ele fez boa jogada pelo lado do campo, passou por Dadá e levantou na área. Sem marcação, Moisés saltou e teve todo o tempo do mundo para mirar e cabecear fora do alcance de Gideão. Festa no Canindé.
Bastante desfalcado, e com o psicológico abatido, o Náutico tentava de todas as maneiras se organizar em campo, mas a Lusa não dava espaço para a reação rival. Depois de bombardear a meta defendida pelo Timbu, os donos da casa chegaram ao segundo gol em uma pintura de Gilberto, artilheiro do time, que acertou um belo chute do meio da rua. E o que já era bom ficou ainda melhor já perto do fim do primeiro tempo, quando Bruno Henrique cobrou falta com perfeição e deixou 3 a 0 no placar.
Pontaria falha, rede não balança, mas a festa continua
Não se sabe o tom da conversa no vestiário entre Levi Gomes e seus comandados, mas o Náutico retornou para o segundo tempo mudado, com as entradas de João Filipe e Helder, e disposto a ensaiar uma pressão. Nos primeiros minutos, até visitou a área adversária algumas vezes e proporcionou sustos para o goleiro Lauro. Mas logo voltou com a mesma postura passiva de antes e, então, só passou a assistir à Lusa jogar.
Tranquila com o placar construído no primeiro tempo, a Portuguesa não apresentava o mesmo capricho de antes, mas, diante da fragilidade do adversário, ainda assim esteve muito próxima de balançar a rede novamente. Bruno Henrique, Gilberto, Luis Ricardo e Cañete tiveram boas chances para transformar a vitória em goleada, mas falharam na finalização.
Porém o lance mais inacreditável da noite ficou para Bergson. Após Souza fazer grande jogada pela esquerda, invadir a área e cruzar rasteiro, o substituto de Diogo, sozinho, sem qualquer marcação e praticamente debaixo do travessão, conseguiu chutar para fora. Problema? Nenhum. A torcida logo o aplaudiu e seguiu em festa até o fim da partida. “Time de guerreiros”, reconheceram os lusitanos enquanto a equipe rubro-verde descia orgulhosa para o vestiário.
22ª RODADA
Com direito a gol mil em Brasileiros, Bahia bate o Inter na Fonte Nova
Feijão e Fernandão marcam para Tricolor, que vence por 2 a 0 e se afasta da briga contra o Z-4. Colorado desperdiça chance de ficar colado no G-4
 
DESTAQUES DO JOGO
  • marca histórica
    gol 1000
    Coube ao volante Feijão marcar o milésimo gol do Bahia em Campeonatos Brasileiros. O jogador balançou as redes no segundo tempo da partida.
  • fase ruim
    Damião
    Leandro Damião não faz gol desde 25 de agosto e nesta quinta-feira voltou a passar em branco. O jogador chegou a acertar a trave na Fonte Nova.
  • rival indigesto
    Internacional
    O Inter perdeu apenas quatro partidas na Série A, duas delas para o Bahia. Além do revés desta noite, o Colorado também foi batido pelo Tricolor no Sul.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Camisa comemorativa confeccionada, comoção da torcida e muita expectativa entre os jogadores. A festa em Salvador estava pronta para celebrar o milésimo gol do Bahia em Campeonatos Brasileiros. A massa azul, vermelha e branca depositava as esperanças em Fernandão, artilheiro do time na Série A. No entanto, coube ao volante Feijão entrar para a história do clube baiano. Com gol da jovem promessa e outro do centroavante o Bahia venceu o Internacional por 2 a 0 nesta quinta-feira, na Arena Fonte Nova, em partida válida pela 22ª rodada do Brasileirão.
O resultado encerra o jejum de triunfos do Bahia. O time treinado por Cristóvão Borges acumulava cinco partidas sem vencer no Brasileirão. O gols de Feijão e Fernandão também afastam o time da briga contra a zona de rebaixamento, o que, para muitos torcedores, vale mais do que mil gols. A equipe baiana ocupa a 13ª colocação com 28 pontos, quatro a mais que o Criciúma, primeiro time do Z-4.
O Internacional, por sua vez, sentiu os vários desfalques, incluindo D'Alessandro, Forlán e Scocco, e desperdiçou a oportunidade de se manter colado na briga pelo G-4. Com a derrota, o Colorado estacionou nos 34 pontos, quatro a menos que o Atlético-PR, na 4ª colocação. O volante Josimar foi ums atletas que reclamaram da ausência do meia argentino.
- Estamos com três volantes que marcam. Sentimos falta do D'Alessandro, que busca o jogo todo o tempo - disse o atleta ainda no intervalo do confronto.
Gabriel jogo Bahia e Internacional (Foto: Vaner Casaes/BA Press/Futura Press)Bahia supera o Internacional na Arena Fonte Nova, em Salvador (Foto: Vaner Casaes/BA Press/Futura Press)
Na próxima rodada, o Bahia encara uma pedreira. No domingo, enfrenta o vice-líder Botafogo no Maracanã, às 16h (horário de Brasília). No mesmo dia e horário, o Internacional recebe a Portuguesa no estádio do Vale, em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.
Muita transpiração e pouca inspiração
O Bahia jogava para se afastar da briga contra o rebaixamento. O Inter para continuar na cola do G-4. Os torcedores presentes na Arena Fonte Nova esperavam que os dois times buscassem o gol de qualquer maneira para se aproximar de seus objetivos ainda nos minutos iniciais. Contudo, o primeiro tempo foi de muita transpiração e pouca inspiração. Os jogadores correram e disputaram cada palmo do gramado, mas não conseguiram romper a falta de criatividade e quase não assustaram os goleiros rivais.
Um dos poucos lances de perigo da primeira etapa surgiu dos pés de Leandro Damião. O atacante, que não balança as redes desde o dia 25 de agosto, recebeu passe na entrada da área, saiu da marcação de Titi com um giro e acertou o travessão. No rebote, Josimar tentou concluir de primeira, mas mandou longe do gol de Marcelo Lomba. As poucas vezes que o Bahia conseguiu levar alguma ameaça foi em cobranças de falta. Todas, no entanto, foram mal executadas e passaram sem ameaçar a meta de Muriel.
Feijão entra para a história, e Damião acerta a trave
Para o segundo tempo, os dois times trataram de esquecer da tabela de classificação e miraram em um objetivo em comum: melhorar o rendimento em campo. Os jogadores se movimentavam mais em direção ao setor ofensivo. Ainda no início da etapa complementar, o volante Feijão aproveitou bola rebatida por Muriel e, de fora da área, chutou forte. A bola tocou em Índio antes de estufar as redes da Arena Fonte Nova e decretar o milésimo gol do Bahia em Brasileiros.
Em desvantagem, o Inter tratou de se lançar com tudo para o campo de ataque. Em um dos lances de perigo, Leandro Damião mais uma vez ficou no quase. O atacante recebeu passe de Caio, chutou cruzado e acertou as duas traves da meta defendida por Lomba. Caio foi outro que por pouco não marcou. O atacante que substituiu Josimar acertou um belo chute de fora da área e carimbou o travessão tricolor. A noite, no entanto, era do Bahia e nenhum esforço colorado conseguiu superar isso. Já nos minutos finais, Fernandão recebeu passe em profundidade, driblou Muriel e fez 2 a 0. Antes do apito final, Rafael Moura também acertou a trave baiana. Sinal de que a noite era mesmo do Tricolor.
 
Furacão reage, vira sobre o Fla no Maracanã e provoca saída de Mano
Rubro-Negro carioca abre 2 a 0, mas pressão muda de lado, paranaenses fazem 4 a 2 e continuam no G-4. Técnico pede demissão após o jogo
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • lance capital
    19 do 1° tempo
    O Furacão estava sendo pressionado e já perdia por 2 a 0. Mas o estreante Fran Mérida, substituto de Paulo Baier,  recolocou o time no jogo.
  • nomes do jogo
    que dupla!
    Everton e Marcelo carregaram o Furacão. O primeiro finalizou cinco vezes e deu passe para um gol; o segundo deixou o seu e também deu assistência.
  • estatística
    chances de gol
    Cada time foi dono de um tempo e as oportunidades foram muitas em uma partida muito movimentada: oito para o Fla e dez para o Atlético-PR.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Um massacre nos primeiros minutos de um lado, uma reação expressiva de outro e uma vitória histórica para o Atlético-PR. Na noite desta quinta-feira, o Furacão soube sair do sufoco, colocar o Flamengo na roda, virar para 4 a 2 e, pela primeira vez na história, derrotar o Rubro-Negro carioca dentro do Maracanã. O resultado quebrou uma sequência de três jogos em jejum dos paranaenses, que seguem firmes no G-4, com 38 pontos, só atrás do Grêmio no número de vitórias (11 contra 10). Já o Fla, diante de um público de 16.014 pagantes (20.899 presentes), perdeu pela primeira vez no estádio desde a reabertura pós-reforma para a Copa do Mundo e das Confederações e também ficou sem técnico. Mano Menezes pediu demissão ainda no vestiário após a derrota. Os cariocas seguem com 26 pontos e ameaçados pelo rebaixamento, só dois pontos à frente do primeiro time dentro do Z-4. A renda da partida foi de R$ 675.745,00.
O Furacão soube se recuperar de um início de jogo muito complicado, quando levou dois gols rapidamente e poderia ter sido goleado. Se reorganizou, e comandado pela dupla Everton e Marcelo, diminuiu a desvantagem ainda na etapa inicial, virando com autoridade depois do intervalo.
- Nós começamos muito mal, né? Esse não é o começo que o Atlético está tendo ao longo do campeonato, e no segundo tempo foi o Atlético que todos conhecem. Está de parabéns, foi um grande jogo, uma grande virada, agora é pensar na Ponte Preta no domingo para buscar essa afirmação no G-4 - disse o atacante Roger, autor de um gol.
O que começou como a melhor atuação do Flamengo sob o comando de Mano Menezes terminou de forma trágica para a equipe. Torcida foi da festa à irritação em dois tempos distintos, com críticas aos jogadores e gritos de "time sem vergonha". A derrota, a primeira do Rubro-Negro no novo Maracanã, também vira a primeira de um carioca contra um adversário de outro estado no estádio.
- São coisas do futebol, acho que fizemos um bom primeiro tempo, mesmo tomando o 2 a 1. E no segundo tempo a gente não soube marcar o time deles. É levantar a cabeça, mas fica a lição: não basta jogar bem 20 minutos, tem que ser os 90. Não pode vacilar em casa, a gente estava invicto. Domingo tem mais e a gente precisa vencer - lamentou o volante Elias.
Na próxima rodada, as duas equipes enfrentam os dois últimos colocados do Brasileirão. O Flamengo visita o lanterna Náutico no domingo, às 16h (de Brasília), na Arena Pernambuco. No mesmo dia, só que às 18h30m, o Atlético-PR recebe a Ponte Preta, em penúltimo, no Durival de Britto.
Dellatorre gol Atlético-PR contra o Flamengo (Foto: Agência Estado)Dellatorre e Everton comemoram: dupla foi fundamental na reação na etapa final (Foto: Agência Estado)
Fla faz dois, mas perde caminhão de gols e é punido pela bola
Meio primeiro tempo foi mais do que suficiente para o Flamengo mostrar sua força no Maracanã. Em 18 minutos, o time pressionou o Atlético-PR e fez de tudo um pouco. Com um minuto, Hernane abriu o placar após cruzamento de João Paulo e assistência de Rafinha. Aos oito, Paulinho puxou o contra-ataque que Luiz Antonio finalizou com uma bomba de perna esquerda, que sequer é a boa, para fazer 2 a 0. E não parou por aí. Pouco depois, o Brocador perdeu duas ótimas chances na cara do gol: tentou de letra na primeira, e driblar o goleiro na segunda. Cáceres também chegou perto ao cabecear no travessão, Luiz Antonio e Rafinha apareceram em chutes à queima-roupa, até Luiz Alberto quase marcou contra. Não fosse por Weverton... O Furacão estava sem ar.
Mas apesar de toda a pressão, o terceiro gol não saiu. E a situação mudou. Na roda, o Rubro-Negro paranaense achou o caminho para se reencontrar no jogo com a posse de bola, chegando a ter 63% de domínio. Com Éderson, artilheiro do Brasileirão, sumido, coube ao rápido Marcelo responder na mesma moeda que o mandante. Caindo pelos dois lados do campo, ele conseguiu explorar as costas de Luiz Antonio, passar por Wallace e cruzar na medida para o estreante Fran Mérida completar de carrinho para o gol de Paulo Victor, aos 19 minutos. O Fla sentiu o golpe, diminuiu o ímpeto, seguiu levando mais perigo, mas viu que seu adversário já não estava mais desnorteado.
Torcida Flamengo contra o Vitória (Foto: Bruno Gonzales / Agência o globo)Torcida Flamengo protesta após a derrota para o Atlético-PR (Foto: Bruno Gonzales / Agência o globo)
Furacão reage e coloca o Fla na roda
Além da provável bronca no intervalo, Vagner Mancini voltou com mudança e o time para frente no segundo tempo: tirou o volante Bruno Silva e promoveu Dellatorre. Outrora titular, o atacante entrou bem e voltou a se credenciar a uma vaga cativa na equipe. Em oito minutos em campo, ele recebeu ótimo passe de Everton, ficou livre na falha de posicionamento de Luiz Antonio e bateu na saída de Paulo Victor. Tudo igual num jogo que parecia perdido para os paranaenes na etapa inicial e que ganhou novos contornos. Os cariocas sentiram de novo o golpe. O Atlético-PR não chegou a devolver o rolo compressor do Fla no primeiro tempo, mas passou de pressionado a sufocador.
Em grande atuação, Everton quase virou num chute de longe que desviou no meio do caminho e encobriu Paulo Victor, mas caiu por cima do gol. O goleiro também salvou duas cabeçadas à queima-roupa, uma já em cima da linha. Desta vez, era o Fla que estava perdido em campo, e as substituições de Mano Menezes não surtiram efeito. Nixon no lugar de Rafinha e Marcelo Moreno no de Hernane nada fizeram. Adryan, que entrou na vaga de um sempre vaiado Carlos Eduardo, até fez algo, mas que prejudicou o time. Ele errou um passe na saída de bola e deu o contra-ataque através do qual Marcelo virou o jogo, aos 32. No Furacão, a troca de Éderson por Roger funcionou, e o atacante, que deu o passe para Marcelo na virada, fez o quarto e último gol, após escanteio. A festa dos flamenguistas no início se trasformou em revolta e críticas ao apito final.

Mano pede demissão no Flamengo

Derrota por 4 a 2 para o Atlético-PR no Maracanã leva treinador a deixar o cargo por acreditar que não conseguiu implementar sua filosofia de jogo

Por Rio de Janeiro
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A demora de quase uma hora para se dirigir até a sala de entrevista coletivas do Maracanã era um indício: a derrota por 4 a 2, de virada, para o Atlético-PR, nesta quinta-feira, no Maracanã, não tinha sido bem digerida por Mano Menezes. A paciência e serenidade habitual do treinador chegaram ao fim, assim como sua passagem pelo Flamengo. Exatamente três meses e dois dias após sua apresentação no comando rubro-negro, ele encarou os jornalistas, evitou perguntas e apenas informou que acabara de pedir demissão.
- Vamos conversar um pouco diferente. Acabo de ter uma reunião com todos e comuniquei oficialmente que não sou mais técnico do Flamengo. Primeiro informei ao Paulo Pelaipe. Depois do jogo, fiz o comunicado a todos os jogadores. Estávamos fechando um ciclo de quatro meses e senti no resumo do jogo de hoje que não consegui passar para esse grupo aquilo que penso de futebol. E quando é assim, é porque o técnico precisa sair. Com essa visão, tomei essa decisão difícil e inédita na minha carreira, mas julgo ser a mais correta neste momento para que o Flamengo trilhe outro caminho que não seja esse, mais perto da zona de rebaixamento do que na parte de cima da tabela - comunicou o treinador, que foi contratado em junho para dar um perfil de mais peso ao comando técnico do Flamengo depois de uma experiência negativa com Jorginho, uma opção de baixo investimento dentro da política de austeridade financeira da diretoria ao assumir o clube.
Mosaico Mano Menezes Flamengo (Foto: Editoria de Arte)
A decisão surpreende por acontecer somente 24 horas depois do próprio Mano dizer, em entrevista no Ninho do Urubu, que as coisas no Flamengo estavam acontecendo exatamente da maneira como ele esperava, com dificuldades e que era necessário ter paciência. O treinador não teve, e deixa o clube após ter 50% de aproveitamento em 22 partidas, com nove vitórias (incluindo um amistoso contra o São Paulo), seis empates e sete derrotas - na 15ª posição no Brasileirão, com 26 pontos, dois a mais que o Criciúma, primeiro no Z-4, e nas quartas de final da Copa do Brasil. Sob seu comando, o time não conseguiu sequer duas vitórias consecutivas. Como de costume, Jaime de Almeida assume a equipe interinamente para a partida com o Náutico, domingo, no Recife.
Fomos surpreendidos pela decisão do Mano Menezes. Lamentamos por ser um grande profissional. Quando sair daqui (do Maracanã), vou conversar com o Mano mais longamente. Vou me reunir agora com o vice de futebol, diretoria, e depois indicaremos as providências a serem tomadas"
Paulo Pelaipe, diretor executivo de futebol do Fla
Cerca 20 minutos após o pronunciamento de Mano, o diretor executivo, Paulo Pelaipe, também apareceu na sala de entrevista, mas não conseguiu dar muitas explicações para o ocorrido. Sucinto, disse que não se tratava de uma coletiva, adiou a decisão sobre o futuro treinador e se mostrou surpreso com o pedido de demissão.
- Fomos surpreendidos pela decisão do Mano Menezes. Após o jogo, ele procurou a direção e disse que não era mais treinador do clube, se despediu dos atletas. Lamentamos por ser um grande profissional. Vamos conversar com calma. Quando sair daqui (do Maracanã), vou conversar com o Mano mais longamente. Por obrigação, eu tinha que vir comunicar a vocês (jornalistas), mas não é uma coletiva. Estou apenas informando o fato com tristeza. Vou me reunir agora com o vice de futebol, diretoria, e depois indicaremos as providências a serem tomadas.
O próximo treinador será o quarto do Flamengo em uma temporada que começou com Dorival Júnior e teve ainda Jorginho, ambos mandados embora antes do pedido de demissão de Mano. Nesta sexta-feira, o elenco rubro-negro se reapresenta no Ninho do Urubu e viaja durante o dia para Pernambuco.

Curtinhas: Stipe Miocic pede ao UFC para lutar contra Rodrigo Minotauro

Daniel Cormier pedirá que Roy Nelson diminua a barba antes de lutarem em Houston. Luke Rockhold é substituído no UFC 166 por CB Dollaway

Por Las Vegas, EUA
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Após não ter o pedido de enfrentar Travis Browne atendido pelo UFC - o havaiano enfrentará Josh Barnett no UFC 168 dia 28 de dezembro, em Las Vegas - Stipe Miocic resolveu virar suas baterias na direção de ninguém menos que Rodrigo Minotauro. O brasileiro, que está em fase final de recuperação da fratura no braço sofrida contra Frank Mir,  pretende voltar a lutar no início de 2014. A intenção de Minotauro, no entanto, seria enfrentar Matt Mitrione, caso ele vença Brendan Schaub no UFC 165, no próximo sábado, em Toronto. As informações são do programa "UFC Tonight".
Stipe Miocic, UFC MMA (Foto: Reprodução)Stipe Miocic pediu ao UFC que fosse marcada uma luta sua contra Rodrigo Minotauro (Foto: Reprodução)
Gordinho barbeado
O peso-pesado Daniel Cormier pedirá oficialmente à Comissão Atlética do Texas que obrigue Roy Nelson a diminua a barba para a luta que os dois farão no UFC 166, que acontece em Houston, dia 19 de outubro. Segundo Cormier, a longa barba daria a Nelson uma vantagem injusta na absorção de golpes desferidos no queixo.
Luke Rockhold, Strikeforce (Foto: Divulgação / ShowTime)Lesionado, Luke Rockhold está fora do UFC 166
(Foto: Divulgação / ShowTime)
Rockhold lesionado
O peso-médio Luke Rockhold está fora do UFC 166. Lesionado, o lutador, que vem de derrota para Vitor Belfort em Jaraguá do Sul, foi substituído por CB Dollaway na luta contra Tim Boetsch, que acontece em Houston, dia 19 de outubro. O local da lesão não foi informado, nem o tempo para que o lutador se recupere e volte a treinar e lutar.



UFC 166
19 de outubro de 2013, em Houston (EUA)
CARD PRINCIPAL
Cain Velásquez x Junior Cigano
Daniel Cormier x Roy Nelson
Gilbert Melendez x Diego Sanchez
Gabriel Napão x Shawn Jordan
John Dodson x Darrell Montague
CARD PRELIMINAR
CB Dollaway x Tim Boetsch
Nate Marquardt x Hector Lombard
Sarah Kaufman x Jessica Eye
George Sotiropoulos x KJ Noons
T.J. Waldburger x Adlan Amagov
Tony Ferguson x Mike Rio
Charles do Bronx x Jeremy Larsen
Kyoji Horiguchi x Dustin Pague

Jon Jones concorda com Anderson Silva sobre superlutas serem 'idiotice'

Campeão dos meio-pesados do UFC também afirmou querer bater todos os recordes do brasileiro e revelou que seu pai queria que ele fosse pastor

Por Las Vegas, EUA
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No próximo sábado, o campeão dos pesos-meio-pesados do UFC, Jon Jones, coloca mais uma vez o seu cinturão em jogo, desta vez contra o sueco Alexander Gustafsson no UFC 165, que acontece em Toronto, no Canadá. É a terceira vez que Jones vai fazer a luta principal de um card do UFC na cidade e, apesar de ser um duelo que não empolga muita gente, é um combate que pode, sim, fazer história.
Jon Jones na coletiva do UFC (Foto: AP)Brincalhão e descontraído, Jon Jones busca bater recordes e entrar para a história do UFC (Foto: AP)
Isso porque, ao pisar no octógono, Jones quebrará mais um recorde em sua carreira, superando Tito Ortiz no maior número de defesas consecutivas de título na divisão (ambos, hoje, têm cinco). Por outro lado, Gustafsson poder ser o primeiro europeu a vencer um cinturão do UFC.  E seja qual for o resultado, a verdade é que, aos 26 anos e com 13 lutas pelo evento e apenas uma derrota por desqualificação, Jon Jones já conquistou muito mais do que a imensa maioria dos lutadores que tentam uma carreira no Ultimate. E engana-se quem pensa que ele não tem mais grades objetivos pela frente.
- Um dia eu quero bater os recordes do Anderson Silva no esporte, e poder fazer algumas coisas que ele já fez pelo MMA. Eu gostaria de chegar ao mesmo patamar que ele e tentar ultrapassar esse recorde para poder ser um dos melhores que já praticou esse esporte - disse o campeão em entrevista ao Combate.com por telefone, direto do Canadá.
O campeão ainda aproveitou para comentar as recentes declarações de Anderson Silva, de que superlutas são uma idiotice porque são boas para o esporte e para os fãs, mas ruins para os demais lutadores que estão à espera de uma chance pelo título.
- Eu concordo com Anderson. Há um monte de caras que querem nos enfrentar e que trabalharam muito duro para conseguir essa oportunidade de entrar no octógono conosco, e eu acho que eu posso resumir minha resposta inteira dizendo que eu concordo com ele. Eu concordo!
Confira a entrevista na íntegra:
Tito Ortiz ufc mma (Foto: Divulgação/UFC)Tito Ortiz é o atual recordista de defesas de cinturão
nos meio-pesados do UFC (Foto: Divulgação/UFC)
Combate.com: Você está a uma vitória de ultrapassar o recorde de Tito Ortiz de mais defesas de títulos na divisão dos meio-pesados do UFC. Você encara isso como um marco na sua carreira?
Jon Jones:
  Sim é definitivamente um marco importante para a minha carreira. É algo imenso para o meu time e um objetivo que nós traçamos há muito tempo. Pensar que agora faltam apenas alguns dias para conquistá-lo é algo que me motiva muito. Estou tentando ficar focado para ir lá e concretizar logo isso. Eu realmente quero vivenciar e comemorar esse momento. É maravilhoso poder conquistar mais um objetivo!
O que ainda falta para você conquistar no esporte? Tem outro marco que você gostaria de atingir na sua carreira?
Sim, um dia eu quero bater os recordes do Anderson Silva no esporte, e poder fazer algumas coisas que ele já fez pelo MMA. Anderson tem sido extraordinário, ele é alguém em quem eu sempre me espelhei. Acho que, por conta disso, eu gostaria de chegar ao mesmo patamar que ele e tentar ultrapassar esse recorde, para poder ser um dos melhores caras que já praticou esse esporte.
Recordes, superlutas, desafios, trash talk, pressão... tudo isso é rotina para um campeão. Do que você mais sente falta da vida que tinha antes de carregar o cinturão do UFC?
Para falar a verdade, minha vida não mudou muito. Hoje eu tenho muito mais gente de olho em mim, e muitos lutadores querendo me derrotar. Também tenho recebido muito mais críticas do que elogios, mas isso é uma coisa que faz parte de um esporte tão competitivo quando o MMA. Eu não ligo muito para isso.
Sua luta contra Gustafsson é tida por muita gente como uma luta não muito difícil para você. Fora a altura do sueco, dizem que não há nada nele que você não tenha enfrentado em outros adversários. Você concorda?
É complicado concordar ou discordar. Há muitos pontos de vista diferentes sobre no que ele é bom e no que eu sou melhor, mas vou estar pronto para ele caso esta seja a luta mais dura da minha vida, ou para caso ela seja "mamão-com-açúcar". De qualquer jeito eu vou estar pronto para as duas situações.
Você praticamente limpou a divisão dos meio-pesados do UFC e, sem citar nomes, já vimos outros campeões se sentirem entediados por não terem adversários realmente perigosos ou que representassem algum desafio. Isso já aconteceu com você? Como você se mantém motivado?
Eu me motivo lembrando de campeões que já fizeram muito mais do que eu fiz. Não tenho o direito de ficar entediado ou desmotivado e me forço a estar motivado quando lutadores me insultam, por exemplo. Quando você ouve uma provocação ou uma crítica também busco motivação ali. Sempre tento me imaginar sem o cinturão, e isso é algo que me motiva muito porque eu não quero isso.
Tem algum adversário no UFC hoje que representaria um desafio real para você? Alguém que você gostaria de enfrentar para se testar?
Não, não penso em enfrentar ninguém hoje, só no Alexander Gustafsson.
Anderson Silva e Jon Jones tiram foto juntos em evento esportivo nos EUA (Foto: Getty Images)Jon Jones não esconde a admiração que tem por
Anderson Silva como lutador (Foto: Getty Images)
Você disse em algumas entrevistas que a superluta contra o Anderson Silva ainda poderia acontecer, caso ele recupere o cinturão em dezembro. E essa semana Anderson declarou que superlutas são uma perfeita idiotice, porque são benéficas para os fãs e os negócios, mas não são justas com os lutadores que estão esperando uma oportunidade ao cinturão em cada uma das divisões. Você concorda?
O Anderson usou essa palavra? (Na tradução para o inglês "idiotice", ou "bullshit" é um palavrão). Isso é engraçado! Anderson, Anderson…tsc tsc (risos). Bom, eu concordo. Há um monte de caras que querem nos enfrentar e que trabalharam muito duro para conseguir essa oportunidade de estar no octógono conosco. Acho que posso resumir minha resposta inteira no fato de que concordo com ele. Eu concordo!
Todos sabemos que seus irmãos e você são esportistas bem sucedidos (Nota da Redação: os dois irmãos de Jones jogam futebol americano nos EUA. O mais velho, Arthur, é jogador do Baltimore Ravens e o mais novo, Chandler, joga no New England Patriots). Você pode falar um pouco da influência deles na sua carreira bem-sucedida?
Meus irmãos foram uma grande inspiração na minha vida, eles estão no topo de suas carreiras e eu só quero que a nossa família esteja associada com a palavra "excelência". E, para que isso aconteça, temos que trabalhar duro, todos nós precisamos estar no topo  e ser vencedores, e isso traz muita pressão, mas também me faz focar no trabalho sério e buscar me manter no topo.
UFC Chandler, Arthur e Jon Jones (Foto: Reprodução / Twitter)Os irmãos Chandler, Arthur e Jon Jones são astros
do UFC e da NFL nos EUA (Reprodução: Twitter)
E seus pais te apoiaram quando você decidiu ser lutador? Eles serviram de inspiração?
O meu pai praticava wrestling, mas minha mãe nunca praticou nenhum esporte. Quando éramos pequenos, eu e os meus irmãos praticávamos wrestling o tempo todo na nossa sala. Nós também brigávamos de verdade, e meus pais sempre tentaram nos manter em casa. Nós não podíamos dormir na casa de outras pessoas nem sair aos sábados, porque nós tínhamos que ir para a igreja no domingo, então íamos para a cama às 21h, mesmo quando já estávamos maiores. Mas essa base cristã me manteve focado no que eu tinha que fazer, me ensinou a ter muita disciplina, essa mesma disciplina que eu tenho hoje e que é natural. Eles não queriam que eu fosse lutador (risos). Meu pai queria que eu fosse pastor, como ele, e minha mãe chegou até a boicotar as minhas primeiras lutas de MMA e a cortar minha mesada. Mas com 19, 20 anos, eu passei a trazer bastante dinheiro para dentro de casa, então eles meio que concordaram com a minha profissão. Hoje eles me apoiam totalmente.
Um lutador brasileiro, Délson Pé de Chumbo) disse uma vez que o pior de ser um lutador não era perder, mas voltar para casa e explicar aos filhos o porquê de estar com tantas marcas no rosto e no corpo. Você teme uma situação como essa em relação às suas filhas?
Minhas filhas sabem o que eu faço e elas amam MMA.  Elas entendem a profissão e me motivam a continuar invicto, a continuar buscando as estrelas e tentar chegar o mais perto delas. Com a economia indo do jeito que está, eu preciso ter certeza de  que eu tenho o suficiente para cuidar da minha família pelo resto da vida deles. E esse amor e apoio apenas me direciona a trabalhar duro e a ter sempre certeza de que vou mantê-las bem.
jon jones ufc rio (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Jon Jones usou a camisa da seleção brasileira quando
esteve no Brasil no ano passado (Foto: André Durão)
Quer mandar algum recado para os fãs brasileiros?
Oi Brasil, tudo bem? Eu amo esse país. O Brasil é o meu país favorito depois dos EUA, é a minha segunda casa. As pessoas lá são tão bonitas, a comida é deliciosa, o clima é maravilhoso! Eu estive em Goiânia e no Rio de Janeiro, e foi uma das melhores viagens que eu já tive na vida. Mal posso esperar para voltar. O próximo lugar que eu quero visitar é São Paulo, e espero que eu possa fazer isso ainda esse ano.

'Jon Jones provavelmente será o maior da história', aposta Dana White

Presidente do UFC exalta o campeão até 93kg: 'Jones é bem parecido com Anderson Silva em relação a fazer coisas que nunca antes ninguém fez'

Por Rio de Janeiro
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Dana White já entrou em rota de colisão com Jon Jones quando este recusou enfrentar Chael Sonnen no UFC 151, o que resultou no cancelamento do evento, mas nunca deixou de enaltecer as qualidades do compatriota como atleta. O presidente da organização se empolgou e desta vez foi além, dizendo que Jones deve se tornar o maior lutador de MMA da história. Até então Dana sempre afirmou que Anderson Silva é o melhor de todos os tempos.
- Não me importa quem tem o recorde de defesas de título (na categoria dos meio-pesados, Jon Jones e Tito Ortiz estão empatados com cinco), pois isso não considera os caras contra quem Jones lutou. Ele passou por verdadeiros matadores. O lado atlético dele, a explosão, tudo... Ele provavelmente será o maior da história - disse ao "The Telegraph".
Jon Jones e Dana White UFC (Foto: Reprodução / Facebook Oficial)Jon Jones e Dana White durante as gravações do TUF 17 (Foto: Reprodução / Facebook Oficial)
O chefão do UFC traçou uma comparação entre Jones e Spider e recordou a vitória por finalização sobre Lyoto Machida, que acabou "apagado" por uma guilhotina em pé, para enaltecer o americano:
- Jones é bem parecido com Anderson Silva em relação a fazer coisas que nunca antes ninguém fez. Se você olhar para o que ele fez contra o Lyoto Machida... Quem faz aquilo com o Machida? Ninguém! Não foi nem no chão, como se o Jones tivesse pegado Lyoto numa finalização. Ele fez aquilo (guilhotina) em pé, de um jeito que deixou as pessoas chocadas. Machida pode apagar qualquer um. Shogun é um matador e pode fazer o mesmo. A diferença entre Jones e muitos outros caras é que ninguém da divisão dos meio-pesados fez o que ele fez.
Além de Lyoto e Shogun, Jon Jones já derrotou Vitor Belfort, Rashad Evans, Rampage Jackson, Chael Sonnen, entre outros. Ele vai enfrentar o sueco Alexander Gustafsson no UFC 165, que está marcado para a noite deste sábado, em Toronto (Canadá). O canal Combate transmite o evento a partir das 19h15m (de Brasília), e o Combate.com acompanha tudo em Tempo Real. Na sexta-feira, Combate e Combate.com transmitem a pesagem às 17h.
UFC 165
21 de setembro de 2013, em Toronto (Canadá)
CARD PRINCIPAL
Jon Jones x Alexander Gustafsson
Renan Barão x Eddie Wineland
Brendan Schaub x Matt Mitrione
Costa Philippou x Francis Carmont
Pat Healy x Khabib Nurmagomedov
CARD PRELIMINAR
Mike Ricci x Myles Jury
Ivan Menjivar x Wilson Reis
Chris Clements x Stephen Thopmson
Mitch Gagnon x Dustin Kimura
John Makdessi x Renée Forte
Michel Trator x Jesse Ronson
Roland Delorme x Alex Caceres
Nandor Guelmino x Daniel Omielanczuk

Dono da ideia, Dedé revela segredo
das jogadas aéreas do Cruzeiro

Zagueiro celeste fala da conversa que teve com o técnico Marcelo
Oliveira, sobre posicionamento dos cabeceadores no ataque celeste

Por Belo Horizonte
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A jogada ensaiada do Cruzeiro nas cobranças de escanteio pelo lado direito foram decisivas nos últimos dois jogos da equipe no Campeonato Brasileiro. Contra Atlético-PR e Botafogo, Willian cruzou na área, Nilton marcou, e o Cruzeiro abriu caminho para duas vitórias importantes no Mineirão. A jogada é uma verdadeira arma. E treinada exaustivamente. Nesta quinta-feira, após a reapresentação do elenco na Toca da Raposa II, o responsável pela estratégia foi conhecido. Ao comentar o lance, o zagueiro Dedé revelou que foi ele quem sugeriu ao técnico Marcelo Oliveira aquele posicionamento. O segredo é a participação dele próprio e de Bruno Rodrigo, que bloqueiam os marcadores, ao invés de finalizar. Assim, Nilton apareceu livre para empurrar a bola para as redes.
- Somos três, quatro, com o Goulart, grandes cabeceadores. Atacamos muito bem a bola. No começo do campeonato, nosso time até fazia gol, mas era mal posicionado. Nilton atacava no primeiro pau, mas eu via que a bola não chegava nele. Chamei o professor e falei para colocar o Nilton mais perto da gente, para chamar mais um marcador e embolar. Disse para colocar o Goulart na posição que era a do Nilton. Graças a Deus, deu certo nas últimas partidas. Foram gols parecidos. Nilton estava na minha frente e correu. O marcador dele bateu comigo e não conseguiu chegar. Se dois ficam parados, um consegue atacar a bola.
O poderio aéreo do Cruzeiro tem sido determinante para a campanha no Brasileirão. Melhor ataque da competição, com 48 gols, quase um terço dos tentos marcados pelo time mineiro saem de lances pelo alto (oito deles foram em escanteios). Além de Nilton (que já marcou quatro vezes), Bruno Rodrigo (duas), Dedé e Léo (uma cada) balançaram as redes nesse tipo de jogada.
Não há dúvidas de que, a partir de agora, todos os adversários estarão mais atentos à jogada celeste. Mas marcar é outra história. Dedé aposta nas variações e na qualidade ofensiva dos atletas para que o Cruzeiro siga bem com essa arma.
- A dificuldade sempre vai existir. Contra o Botafogo, tivemos duas chances, uma que o Bruno raspou, e outra, o gol. Três marcadores deles ficaram em dois. Já estão ligados no que fazemos de melhor. Nossa bola parada é muito perigosa e, com certeza, vão dar um jeito de neutralizar. Mas vamos tranquilos ali na área, confiantes do que podemos fazer, um ajudando o outro. Conversamos sobre quem corre, quem fica. Essa variação de posicionamento dentro da área é o que tem feito sair gols nessas bolas paradas.
Um desafio para o time mineiro será no próximo jogo. Se a Raposa é dona do melhor ataque, terá pela frente, no entanto, a defesa menos vazada. O Corinthians sofreu apenas 13 gols na competição, seis a menos que Dedé e companhia, segundo melhor no quesito. Corinthians e Cruzeiro se enfrentarão neste domingo, às 16h (de Brasília), no Pacaembu, em São Paulo.
Dedé cruzeiro treino (Foto: Gabriel Duarte)Nilton e Dedé no treinamento do Cruzeiro (Foto: Gabriel Duarte / Globoesporte.com)

Sem 'rastejar', Massa busca aporte financeiro e aumenta lista de opções

Fora da Ferrari em 2014, piloto admite caçar patrocinadores para seguir na F-1 e olha além de Lotus e McLaren: 'Tem Williams, Force India, Sauber...'

Por Cingapura
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Felipe Massa em Cingapura (Foto: AP)Brasileiro em Cingapura (Foto: AP)
Em seu primeiro fim de semana de GP após o anúncio de que não terá o contrato renovado com a Ferrari para 2014, Felipe Massa não fugiu das perguntas, principalmente dos jornalistas brasileiros, sobre seu futuro na Fórmula 1. No paddock de Cingapura, palco da corrida deste domingo, o brasileiro falou sobre suas chances de permanecer na categoria, voltou a reforçar que está em busca de um time que lhe dê condições de brigar na ponta e estendeu a lista de opções além de Lotus e McLaren.
- Quero ter o carro mais competitivo possível. Estar no grid para fazer parte da foto não me interessa. Se tiver chance de correr em equipe pequena, não vou. Vou fazer outra coisa. Há equipes com lugar disponível com possibilidade de fazer um carro competitivo e é nisso que estamos trabalhando.
Perguntado se teria um estipulado um limite para ter seu futuro definido, Massa disse:
- Espero que isso se resolva até o fim do ano. Não vou rastejar para ter um lugar para correr. Não sou assim e essa não é minha vontade.
Em entrevista recente à TV Globo, Massa confirmou que negocia com a Lotus e admitiu ter feito contato com a McLaren. Questionado se teria em mente apenas essas duas equipes, o brasileiro abriu o leque de opções e citou outras escuderias.
- Não sei se são apenas essas duas. Há outras equipes cujas fábricas têm potencial para fazer um carro competitivo também. Williams, Force India, Sauber... Não sei. Estamos trabalhando para achar o melhor caminho possível – contou.
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Felipe Massa com seu empresário Nicolas Todt. Dupla está analisando diversas opções (Foto: EFE)Felipe Massa com seu empresário Nicolas Todt. Dupla está analisando diversas opções (Foto: EFE)
Em uma época onde um “caminhão de dinheiro” pode ser decisivo nas escolhas das equipes, Massa admitiu que está em busca de um aporte financeiro. Entretanto, ele rechaçou o rótulo de “piloto pagante”. O brasileiro ressaltou também que sua permanência na categoria é importante para o automobilismo brasileiro, que vive um período delicado e corre o risco de ficar sem representantes pela primeira vez desde 1969.
- Há equipes fortes que precisam de ajuda financeira. Não quero dizer que vou levar dinheiro do meu bolso. Nunca faria isso, sou piloto profissional, ganho para correr e continuará sendo assim. Mas tenho bons relacionamentos comerciais. Acho que o Brasil tem empresas excelentes, que querem fazer parte de um marketing global. Acho que isso não é só importante para eu continuar minha carreira, mas também para o automobilismo brasileiro, que está no limite. É importante nos unirmos para manter o que temos.
Futuro fora da Fórmula 1
Entretanto, caso não consiga permanecer na Fórmula 1, Massa descartou uma aposentadoria definitiva das pistas. Apesar de admitir que ainda não pensou muito nessa possibilidade, o brasileiro mostrou interesse no DTM (campeonato alemão de turismo), porém não tanto na Indy. E caso a demora em definir o futuro na F-1, sua prioridade máxima, feche as portas das demais categorias, não se incomodaria em tirar um ano sabático.
- Se isso acontecer, quero continuar correndo. É o que sei e o que gosto de fazer. Não pensei no que faria porque meu objetivo é ficar. Acho que eu tenho muito ainda por fazer na F-1. Há muitas categorias que me interessam, como o DTM. Não acredito que eu vá para os Estados Unidos correr na Indy. Meu foco é tentar ficar na F-1. E, se eu demorar demais para decidir meu futuro e perder a oportunidade de correr em outra categoria, poderia ficar um ano parado curtindo a vida.
Fórmula1 Singapura, Ferrari, Felipe Massa (Foto: EFE)Felipe Massa no paddock de Cingapura, palco do GP deste fim de semana (Foto: EFE)
'Muita gente deve achar que estou chateado, mas estou feliz'
Massa também contou como foi informado pela Ferrari de que não seguirá em 2014 e garantiu não ter ficado abalado:
- Soube em uma conversa pessoal com o Stefano Domenicali (chefe do time). Foi na amizade, no escritório dele em Maranello, na terça depois de Monza (dia do anúncio). Para falar a verdade, imaginava que isso iria acontecer. Muita gente deve achar que estou chateado, mas estou feliz. É um momento que se encerra e a vida continua. Temos que ir em busca de outro desafio. Espero achar o caminho certo.
Opção da Ferrari por Kimi Raikkonen
O brasileiro também revelou que a escolha de um piloto do gabarito de Kimi Raikkonen, campeão de 2007 pela Ferrari, para fazer parceria com Fernando Alonso, contribuiu para ele não ter ficado incomodado com a decisão de ser substituído no time de Maranello.
- O Kimi é um excelente piloto. Se a equipe me trocasse por um piloto que não tivesse as qualidades dele, aí seria um pouco mais difícil de aceitar. Ele já foi campeão do mundo, venceu corrida neste ano. A Ferrari, sem dúvida, tem uma dupla muito forte para o ano que vem. São dois excelentes pilotos. Isso mostra que a Ferrari não me trocou por um qualquer, o que é totalmente aceitável – completou.
Alonso, Massa e Raikkonen no pódio da F1 (Foto: AFP)Massa deixará Ferrari em 2014 para abrir caminho para Raikkonen fazer dupla com Alonso (Foto: AFP)
13_Circuito_Cingapura-5 (Foto: Infoesporte)

Elias e Mano Menezes são denunciados pelo STJD

Cartão amarelo recebido pelo volante na vitória sobre o Santos é o motivo. Pena para a dupla varia de um a seis jogos de suspensão

Por Rio de Janeiro
O volante Elias e o técnico Mano Menezes foram denunciados nesta quinta-feira pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A decisão foi motivada pelo fato de o jogador ter admitido que forçou o cartão amarelo no fim da vitória por 2 a 1 sobre o Santos, ação, que, segundo o camisa 8, foi orientada pelo treinador.
- O Mano falou para eu tomar (o cartão) lá na frente. É bom ficar um ou dois jogos fora. Todos brasileiros e estrangeiros estão sentindo o desgaste e eu não fujo disso. Fiz 19 de 20 jogos, fora os da Copa do Brasil. Agora é descansar, torcer para a equipe vencer o confronto direto no domingo e botar o Flamengo lá em cima - disse Elias, na saída de campo.
A atitude do jogador provocou um enorme constrangimento em Mano Menezes, que não escondeu a irritação durante entrevista coletiva concedida minutos após o jogo.
A dupla foi enquadrada no artigo 258 do Código Desportiva de Justiça Brasileira - assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras. A pena prevista varia de um a seis jogos de suspensão.
O meia Valdivia, do Palmeiras, já foi punido por ter feito o mesmo em 10 de agosto, em jogo contra o Paraná. Ele pegou dois jogos de suspensão.
Elias Flamengo e Santos (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)Elias recebeu cartão no fim do jogo contra o Santos (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)

'Dia do Romário': craque relembra jogo que levou Brasil à Copa de 1994

Vinte anos depois, autor dos gols da vitória por 2 a 0 sobre o Uruguai diz que não esperava ser convocado para a última partida das eliminatórias

Por Rio de Janeiro
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Em 1993, no cenário do esporte, Alain Prost e Ayrton Senna eram os protagonistas da Fórmula 1 e Michael Jordan conquistava o seu primeiro tricampeonato pela liga americana de basquete (NBA). Para os amantes do futebol brasileiro, esse ano também marcou o retorno de Romário à Seleção. Com uma atuação que beirou a perfeição, o camisa 11 liderou a equipe de Carlos Alberto Parreira na vitória sobre o Uruguai por 2 a 0, resultado que colocou o time na Copa do Mundo de 1994.
Apesar de considerar como melhor atuação de sua carreira os três gols marcados na vitória por 5 a 3 do Barcelona sobre o Atlético de Madri, pela temporada 1993/1994 do Campeonato Espanhol, o Baixinho diz que o dia 19 de setembro de 1993 tem um lugar especial reservado na sua memória. E o motivo é a importância que esse jogo teve para garantir sua convocação para o Mundial, onde foi um dos protagonistas da conquista do tetra (assista à entrevista no vídeo ao lado).
- A minha melhor atuação foi quando eu jogava no Barcelona e a gente ganhou do Atlético de Madri. Mas o jogo mais importante foi esse jogo com a camisa da Seleção, que vai ficar marcado eternamente (...). Uma data que marcou a minha história e posso dizer que no futebol considero o dia do Romário.
Romário estava fora da Seleção desde o amistoso contra a Alemanha, no dia 16 de dezembro de 1992. O Brasil venceu por 3 a 1, em Porto Alegre, mas o então atacante do PSV, da Holanda, não gostou de ter ficado no banco. O técnico Parreira e o coordenador Mário Jorge Lobo Zagallo não gostaram do comportamento do atacante.
Romário gol jogo Brasil e Uruguai Eliminatórias 1993 (Foto: Arquivo / Agência Estado)Romário comemora um dos gols da vitória do Brasil sobre o Uruguai (Foto: Arquivo / Agência Estado)
Ao longo das eliminatórias, além do seu parceiro Bebeto, Evair, Palhinha, Valdeir, Careca e Müller fizeram parte do grupo de atacantes que vestiram a camisa verde-amarela. Porém, durante a campanha, Careca decidiu não defender mais o Brasil e Müller se machucou, ficando fora do duelo decisivo que valia uma vaga para a Copa, que seria disputada nos Estados Unidos.
Um empate bastava para a classificação brasileira. Os uruguaios só pensavam na vitória, e o clamor do povo pela volta de Romário era grande. O camisa 11 já não esperava mais ser chamado, mas sabia que uma grande atuação o colocaria de volta no grupo. A convocação do ‘Baixinho’ passou pelo aval de Bebeto, que foi consultado por Parreira antes da divulgação da lista para o duelo (assista à entrevista de Bebeto no vídeo ao lado).
- Era uma responsabilidade muito grande daquele grupo. Eu estava me sentindo o grande responsável por um possível fracasso, mesmo que não tenha estado com o grupo antes. Mas foi na confiança do povo, da comissão técnica e, principalmente, na confiança do elenco. Eles jogaram para mim. Eu estava muito preparado para fazer aquele jogo que fiz.
Uma grande atuação individual já era esperada por Romário, que após marcar os dois gols da partida deixou o gramado ovacionado pelos mais de 100 mil torcedores que lotaram o Maracanã. Porém, ele ainda esperava mais da sua atuação.
- Depois do segundo gol, eu estava querendo o terceiro e o quatro a zero. Principalmente pelo fato de quando a gente jogava contra Uruguai e Argentina o gostinho era diferente (...). Mas aquele jogo mostrou que aquela frase que sempre digo que "Papai do Céu apontou o dedo e disse que sou o cara" estava certa. Eu imagino o que deve ter passado na cabeça daquele grupo que jogou as eliminatórias e com poucos momentos bons. Infelizmente, tiveram muitos momentos ruins. E o bom é que a gente pode comemorar esse momento de vitória juntos.

Jejum de gols de Walter ainda não é preocupação para Enderson Moreira

Artiheiro do Goiás está sem marcar há três jogos, mas treinador se mostra
tranquilo com o centroavante: 'Daqui a pouco ele volta a se soltar de novo'

Por Goiânia
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Destaque do Goiás na Série A, nos últimos jogos Walter brilhou mais pelas assistências, pela inteligente movimentação em campo e pela qualidade técnica do que pelos gols. Artilheiro do time com oito no Brasileiro e 23 na temporada, o atacante não marca desde a vitória por 2 a 0 sobre Grêmio, em 3 de setembro. Na ocasição, balançou a rede duas vezes. (assista aos gols no vídeo ao lado).
Diante do Coritiba, na quarta-feira, Walter mais uma vez passou em branco em termos de gols, mas deu assistência para Sasha fazer o segundo do Goiás na partida. Para o técnico Enderson Moreira, o atacante não conseguiu render tudo que sabe por conta do gramado pesado e encharcado no Couto Pereira, além de ainda estar recuperando ritmo de jogo.
- Acho que o campo não favoreceu muito para ele, que tem o chute potente. O campo estava complicado e Walter não foi muito feliz nas finalizações, mas é um grande jogador, estamos tranquilos. Daqui a pouco ele volta a se soltar mais de novo.
Depois do 2 a 2 contra o Coxa, a delegação esmeraldina retorna a Goiânia na noite desta quinta-feira e inicia a preparação para o duelo contra o São Paulo, sábado, às 16h. Nesta partida, o técnico Enderson Moreira poderá contar com dois retornos: Rodrigo, que cumpriu suspensão, e William Matheus, recuperado de lesão muscuar. Valmir Lucas e Pedro Henrique deixam a equipe titular.
O Alviverde tem pela frente sequência de três jogos em casa. Além do embate contra o Tricolor paulista, depois encara o Vasco pela Copa do Brasil e, posteriormente, o Fluminense, novamente pelo Brasileiro, competição em que é nono colocado com 30 pontos.
Walter, atacante do Goiás, treina em Porto Alegre (Foto: Diego Guichard / GLOBOESPORTE.COM)Walter: atacante não marca desde a vitória sobre o Grêmio (Foto: Diego Guichard / GLOBOESPORTE.COM)

Eurico oferece apoio a Dinamite e detona trabalho de Dorival Júnior

Possível candidato em 2014 como oposição, ex-presidente diz que 'sente que pode agregar' à administração e não poupa nem Ricardo Gomes

Por Rio de Janeiro
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Eurico Miranda Vasco e São Paulo (Foto: Bruno Gonzales / Agência o globo)Eurico passeia pelos camarotes no jogo contra o
São Paulo (Foto: Bruno Gonzales / O Globo)
Cada vez mais ativo nos bastidores do Vasco, à medida que mais uma eleição se aproxima, Eurico Miranda deu seu parecer sobre a interminável crise no clube, que volta a respingar nos resultados em campo. Em entrevista à Rádio Tupi, o ex-presidente desta vez adotou tom ameno em relação a seu sucessor, Roberto Dinamite, e ofereceu ajuda em meio ao momento conturbado - mesmo já tendo anunciado que será oposição nas urnas, em 2014. De resto, não poupou ninguém e apontou o dedo na direção de todos os setores: detonou o trabalho do técnico Dorival Júnior e diz que reprova Ricardo Gomes na função atual.
Segundo Eurico, parte das dificuldades foram motivadas pela sequência de dirigentes que deixaram São Januário nos últimos 12 meses e colocaram o mandatário, seu desafeto de longa data, em xeque.
- As pessoas colocaram o Roberto no mais alto posto e o abandonaram, largaram. E de repente vejo eles de novo querendo postular, eles que tinham obrigação de estar do lado dele e o deixaram praticamente sozinho. O vice de futebol foi embora, o de finanças foi embora, o primeiro vice-presidente foi embora... Deixaram ele numa situação extremamente complicada. Ele está se vendo em enorme dificuldade para resolver os problemas do Vasco, que são muitos - ponderou.
O presidente do Conselho de Beneméritos foi além e mostrou que deseja participar diretamente do comando para ajudar a evitar que o Vasco seja rebaixado mais uma vez - hoje, a equipe ocupa a 17ª posição no Brasileirão e perdeu os últimos quatro jogos.
Hoje me sinto, acima de tudo, que possa agregar ao Roberto, que está no poder, com alguém que possa ajudá-lo. Ele queria ajuda, isso que é fundamental. Dificilmente você vai conseguir agregar todas as correntes do Vasco, mas sim quem quer ajudar com quem está no poder. Me sinto na obrigação de vir oferecer ajuda, para que aquilo que estou vendo acontecer, com o tempo que tenho de futebol"
Eurico Miranda
- Eu já disse que se o Vasco tivesse para cair, que eu ia intervir e fazer tudo que fosse necessário. Hoje me sinto, acima de tudo, que possa agregar ao Roberto, que está no poder, com alguém que possa ajudá-lo. Ele queria ajuda, isso que é fundamental. Dificilmente você vai conseguir agregar todas as correntes do Vasco, mas sim quem quer ajudar com quem está no poder. Eu me sinto na obrigação de vir oferecer ajuda, para que aquilo que estou vendo acontecer, com o tempo que tenho de futebol.
Reprovação a Dorival e Ricardo Gomes
Ao que tudo indica, sua primeira ação seria demitir Dorival. Com aproveitamento de 42,5% dos pontos disputados, o treinador permanece prestigiado pela diretoria, mas não escapou de críticas duras feitas por Eurico, que curiosamente fala em primeira pessoa, como se estivesse no poder.
- Não posso ter um treinador com o discurso de que estamos fazendo experiências, porque vai melhorar, acredito no fulano, no cicrano... Tenho 16 jogos para jogar. O Vasco precisa de sete vitórias, sendo que três empates é uma vitória, para chegar aos 45, pontuação que permite não cair. Só que, diante do que está acontecendo, vamos jogar só três em casa. Perdemos quatro mandos de campo. E com adversários fortíssimos, um deles o Cruzeiro. Então, acho que tem que trazer o choque, no sentido de pessoa que conheça, dirigida, com objetividade - declarou o cartola, emendando na sequência ao pôr a culpa em Dorival.
- O time do Vasco, se é bom, ruim, eu não discuto. Qual o jogador do Vitória jogaria no atual time do Vasco? O Vasco perde. Com qualquer outro, o Vasco perde. Então quem é o culpado, o time? O fato de não ter pago o salário? Evidente que a culpa é do treinador. Culpado direto nisso. E quando você precisa de um choque de comando, precisa da mudança. É fundamental que o Vasco hoje tenha um treinador cascudo, que conheça o Vasco e que não pode ir sozinho, mas com uma pessoa que lhe dê respaldo.
Para Eurico Miranda, o diretor Ricardo Gomes, responsável pelas contratações e pelo elo entre o grupo e a alta cúpula, não tem condições físicas de exercer o papel, apesar dos elogios à sua capacidade. Gomes não é mais treinador por ter sofrido um AVC em 2011 e ainda estar em processo final de recuperação, tanto da fala quanto da parte motora.
- Com todo respeito, gosto muito dele, mas o Ricardo Gomes não tem hoje a condição física, pode ter a intelectual, mas não tem a física para enfrentar uma barra como essa. Dizer para mim que vai deixar o CEO (nomenclatura do cargo de Cristiano Koehler) do Vasco resolver e vai manter da mesma maneira o salário não resolve o problema. Se fosse falta de salário, tem exemplo em todos os clubes, principalmente aqui no Rio, como o Botafogo que está lá em cima. O que precisa é de um choque, como teve o São Paulo trazendo o Muricy. Uma nova filosofia e dizia o seguinte: "Não venho para resolver, nosso objetivo é fugir do rebaixamento". Pronto, três partidas e três vitórias - simplificou.
Confusão Roberto Dinamite São Januário Vasco Vitória  (Foto: Raphael Zarko)Torcodores se voltam em fúria contra Dinamite após a derrota para o Vitória (Foto: Raphael Zarko)
Com a torcida furiosa pelos maus resultados, Eurico também não tem passado impune aos protestos e se viu envolvido em episódios desconfortáveis recentemente no estádio. Na derrota para o Vitória, na noite de quarta-feira, por exemplo, ouviu ofensas assim como Dinamite. O ex-presidente lamenta a postura de quem o ataca e garante que não quer chamar a atenção de ninguém em seu camarote, onde leva seus netos.

- Eu vou aos jogos, para o meu camarote, que é propriedade minha, sento lá no meu canto e não faço qualquer tipo de incentivo, nem a favor e nem contra. Assisto, levo meus netos, é o maior prazer que tenho levar meus netos para São Januário. É evidente que não vou para procurar confusão, mas infelizmente tem um grupo radical xiita que fica na expectativa de dizer "Eurico nunca mais", esquecendo que eu sou o dirigente mais vitorioso na história do Vasco. Não sei se no futebol brasileiro teve um dirigente tão vitorioso como eu. Eles ficam esperando uma oportunidade para jogar coisas contra mim - defendeu-se.

Erros em impedimentos beneficiam Corinthians e prejudicam o São Paulo

Equipe que menos sofreu gols no país foi favorecida em 14 impedimentos mal marcados contra seus adversários. Veja listas de todas as equipes

Por Rio de Janeiro
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header espião estatístico 2 (Foto: arte esporte)

O Corinthians da defesa menos vazada e da melhor linha de impedimento do Brasil é também o clube mais beneficiado pelos erros dos assistentes-bandeirinhas no primeiro turno do Brasileirão-2013.
Considerandos os erros que prejudicaram o ataque corintiano e os que beneficiaram a sua defesa (quando foram marcados impedimentos inexistentes dos ataques adversários), o resultado é que o Corinthians foi beneficiado 11 ocasiões a mais do que foi prejudicado, disparada a maior marca da competição.
Foram três erros que anularam incorretamente ataques do Timão e 14 erros contra adversários seus que beneficiaram a defesa corintiana, daí o saldo de 11 impedimentos que beneficiaram o Timão.
Para se ter uma ideia melhor da grandeza desse número, Goiás e Criciúma estão na segunda colocação como equipes mais beneficiadas pelos erros dos bandeirinhas e o saldo delas é de quatro erros.
Vitória (três), Botafogo, Flamengo e Náutico (dois) e Fluminense (um) completam a lista das equipes favorecidas por impedimentos mal marcados.
Defesas beneficiadas por impedimentos mal marcados contra seus adversários 1º turno Brasileiro 2013 (Foto: Futdados)
O São Paulo foi o time mais prejudicado. Foram oito erros quando o São Paulo estava no ataque e um erro que beneficiou a defesa são-paulina. O saldo foi de sete impedimentos mal marcados que prejudicaram o Tricolor paulista.
Na segunda colocação das equipes mais prejudicadas aparecem Internacional e Vasco (cinco), Ponte Preta (quatro), Cruzeiro e Portuguesa (dois) e Atlético-MG, Atlético-PR, Bahia e Santos (um).
Coritiba e Grêmio tiveram o mesmo número de erros contra seus ataques e a favor de suas defesas e seu saldo foi zero.
Clubes mais prejudicados no ataque por impedimentos errados Brasileiro 2013 (Foto: Futdados)