domingo, 16 de novembro de 2014


- Atualizado em

Miesha revela que UFC ofereceu luta contra Bethe, mas brasileira recusou

Americana, no entanto, diz que ainda quer duelo e que aceitaria enfrentar
a atleta da Pitbull Brothers até mesmo em solo brasileiro

Por Direto da Cidade do México
Atual segunda colocada no ranking da divisão peso-galo feminino do UFC, a americana Miesha Tate declarou, no mês passado, que gostaria de enfrentar a brasileira Bethe Correia. As duas chegaram até a trocar declarações através da imprensa, mas o Ultimate acabou jogando um balde de água fria nos fãs que aguardavam o duelo, ao anunciar, na última quinta-feira, que “Cupcake" enfrentará Sara McMann na co-luta principal do UFC 183,  em Las Vegas, nos EUA.
Em entrevista ao Combate.com na Cidade do México, onde participa de eventos de divulgação do UFC 180, Tate explicou que a intenção original do Ultimate era realmente fazer o duelo entre ela e a brasileira, mas que a luta não se concretizou porque Bethe não estaria pronta para lutar no evento do dia 31 de janeiro:
Montagem Bethe Correia x Miesha Tate (Foto: Editoria de Arte)Bethe "Pitbull" x Miesha é um esperado duelo para os fãs do mma (Foto: Editoria de Arte)
- A definição da minha próxima adversária estava entre a Sara e a Bethe, mas a Bethe não estava pronta quando ofereceram o duelo a ela. Então, em vez de ficar esperando, eu preferi lutar agora. Quem sabe a minha próxima luta não seja contra a Bethe? Eu ainda quero esse duelo. Bethe é uma lutadora muito empolgante e essa é a principal razão para eu querer enfrentá-la. Ela pode fazer de tudo, pode trocar, ir para o chão e é animador quando alguém entra para lutar realmente engajado em todos os aspectos de um combate.  São contra atletas assim que acontecem as melhores lutas. Eu quero lutas empolgantes e foi por isso que eu olhei para ela, porque sei que essa seria uma luta inesquecível para os fãs.
Questionada se aceitaria enfrentar a "Pitbull” em território brasileiro, Miesha nem sequer pensou duas vezes para responder:
- Sim, eu adoraria enfrentá-la no Brasil. Seria uma grande honra. Eu nunca tive a chance de lutar no Brasil, mas eu já estive lá algumas vezes e sei que é um país lindo. Acho que seria muito bacana enfrentar a Bethe lá.
Quanto ao combate contra McMann, a lutadora, que tem 28 anos e um cartel de 15 vitórias e cinco derrotas, afirma que será um duelo interessante do ponto de vista de estilos. Sara tem 34 anos, foi medalha de prata em wrestling nos Jogos Olímpicos de 2004 e tem um cartel de oito vitórias e uma derrota na carreira. Assim como Miesha, a atleta já disputou o cinturão da divisão e também acabou derrotada pela campeã Ronda Rousey.
- Eu estou muito empolgada. McMann é uma lutadora muito boa, foi medalhista olímpica em wrestling, então acho que vai ser uma luta interessante, porque também sou conhecida pelo meu wrestling. A Sara tem mais credenciais nesse campo do que eu, mas MMA não é só wrestling, é luta, e eu acho que ela não lida tão bem quanto eu com o fato de levar socos na cara nesse esporte. Na verdade, eu acabei de assistir à luta dela contra a Lauren Murphy e fiquei empolgada por ver que ela se arriscou na trocação naquele duelo. Eu sempre acho que a luta fica mais interessante quando as pessoas tentam trocar, então estou muito animada para esse duelo.
Miesha Tate UFC MMA (Foto: Adriano Albuquerque)Miesha Tate se anima ao falar sobre lutar no mesmo
evento que Spider (Foto: Adriano Albuquerque)
“Cupcake” se disse emocionada por fazer parte do mesmo card que o brasileiro Anderson Silva, que fará o seu retorno ao octógono contra Nick Diaz na luta principal do UFC 183.
- Eu mal posso esperar pelo retorno do Anderson Silva. Eu fiquei muito preocupada com a lesão que ele sofreu, então é muito bom ver que ele vai voltar a lutar. Vai ser a segunda vez que eu terei a oportunidade de fazer a co-luta principal em um card com o Anderson. Sempre fui muito fã do trabalho dele, então é uma honra muito grande fazer parte do mesmo evento que ele.
Antes de finalizar a entrevista, Miesha deu a sua opinião sobre o duelo entre Ronda Rousey e Cat Zingano, marcado para o dia 28 de fevereiro, em Los Angeles. A lutadora, que já enfrentou anteriormente as duas atletas, disse não acreditar que Cat trará um desafio real para a campeã peso-galo:
- Eu acho que a Zingano geralmente tem um início de luta muito lento e você não pode cometer esse erro contra a Ronda. Rousey entra lá com um ritmo bem alto no primeiro round. Ela pode até diminuir um pouco o ritmo conforme a luta se desenrole, mas a Cat faz totalmente o oposto. Se você tiver um início de round lento contra a Ronda Rousey, você não conseguirá sobreviver ao primeiro round - finalizou.
UFC 183
31 de janeiro de 2015, em Las Vegas (EUA)
CARD DO EVENTO
Peso-médio: Anderson Silva x Nick Diaz
Peso-galo: Miesha Tate x Sara McMann
Peso-meio-médio: Thiago Alves x Jordan Mein
Peso-médio: Thales Leites x Tim Boetsch
Peso-pena: Diego Brandão x Jimy Hettes
Peso-médio: Thiago Marreta x Andy Enz
Peso-médio: Ildemar Marajó x Rick Monstro
Peso-médio: Rafael Sapo x Tom Watson

Jessica Eye derrota Leslie Smith e causa estrago na orelha da adversária

Lutadora americana vai bem na trocação e, após acertar bomba de direita e "rasgar" a orelha da rival, vence por interrupção médica no segundo round

Por Cidade do México
A musa Jessica Eye mostrou na noite deste sábado que também é fera no octógono. A americana dominou a compatriota Leslie Smith na trocação e causou um estrago na orelha esquerda da adversária ao encaixar um poderoso direto de direita no local. Leslie tentou continuar e até terminou o primeiro round, mas levou mais golpes na orelha, que sofreu um corte profundo, e os médicos optaram por interromper o duelo por conta do sangramento e do perigo de a situação ficar ainda pior, quando o relógio marcava 1m30s do segundo assalto.
Eye x Smith UFC 180 orelha cortada (Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC)Leslie Smith com a orelha "rasgada" (Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC)
Com ótima movimentação e bom jogo de boxe misturado ao muay thai, Jessica sobrou durante todo o combate, que foi válido pela divisão feminina dos galos (até 61kg) e fez parte do card preliminar do UFC 180, realizado na Cidade do México.
Aos 28 anos, Jessica Eye agora tem um cartel de 11 vitórias, duas derrotas e um "no contest" (luta sem resultado). Leslie Smith, por sua vez, tem 32 anos e um cartel bem pior, que conta com sete triunfos, seis reveses e um empate.
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Eye x Smith UFC (Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC)Jessica Eye acerta um dos muitos diretos de direita em Smith UFC (Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC)

Kelvin Gastelum atropela Jake Ellenberger e se mantém invicto

Campeão do TUF 17 finaliza oponente aos 4m46s do primeiro round e já aparece como um dos grandes nomes da categoria dos meio-médios

Por Direto da Cidade do México
Na penúltima luta do UFC 180, válida pelos pesos-meio-médios (até 77kg), o jovem de 23 anos Kelvin Gastelum aumentou sua invencibilidade para 10 vitórias ao finalizar o experiente Jake Ellenberger com um mata-leão aos 4m46s do primeiro round. Esta foi a nona derrota de Ellenberger em 38 lutas na carreira, e a terceira seguida.
- Estou muito feliz de conseguir essa vitória na luta mais importante da minha carreira. Obrigado por todo o apoio! Eu senti os golpes, mas nenhum deles me afetou. Treinei muito jiu-jítsu, e valeu à pena. Jake é um lutador muito explosivo e me surpreendi ao continuar dominá-lo da forma como consegui - disse um emocionado Gastelum após a luta.
Kelvin Gastelum Jake Ellenberger UFC 180 (Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC)Kelvin Gastelum com o mata-leão em Jake Ellenberger (Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC)
A luta começou com Gastelum buscando o ataque e Ellenberger evitando a sua aproximação. Gastelum conseguiu acertar uma direita no rosto do rival, que acusou o golpe,mas recuperou-se rapidamente. O duelo era disputado na curta distância, com ambos os lutadores mostrando boa movimentação. Após uma boa direita de Ellenberger, Gastelum esquivou-se da segunda e levou a luta para o chão, derrubando o adversário e ficando por cima, na guarda. Ellenberger aproveitou uma distração de Gastelum e levantou-se, mas recebeu uma esquerda no rosto. A luta foi para a grade, e após evitar um suplê, Gastelum dominou as costas de Ellenberger, clocando os ganchos e aplicando um belo mata-leão, forçando o rival a dar os três tapinhas, desistindo da luta.

UFC abre inscrições para TUF Latin America 2 também para espanhóis

Gerente da organização na América Latina, Jaime Pollack faz revelação durante coletiva pós-UFC 180, mas não confirma categorias de peso

Por Direto da Cidade do México
Alejandro Perez final TUF América Latina UFC (Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC)Alejandro Pérez foi o primeiro campeão do TUF Latin
America (Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC)
Se o primeiro TUF Latin America colocou mexicanos e latino-americanos em lados opostos, a segunda edição do reality show pode enfatizar o lado "latino" do mundo e trabalhar a rivalidade entre "colonizados" e "colonizadores". O vice-presidente de desenvolvimento internacional do UFC e gerente geral para a América Latina, Jaime Pollack, anunciou na coletiva de imprensa pós-UFC 180, na Cidade do México, que as inscrições para o TUF Latin America 2 estão abertas não só para todos os países da América Latina - excluindo-se o Brasil, que tem sua própria versão do programa - quanto também para a Espanha, país que colonizou a maior parte da América do Sul e da América Central.
- Agora, estamos observando todas as classes de peso, sempre as observamos quando fazemos as inscrições, antes das seletivas, aí os matchmakers têm uma ideia melhor do que querem fazer. Hoje, na verdade, abrimos as inscrições para o TUF 2, e lutadores de toda a América Latina, incluindo a Espanha este ano, podem logar no site e se inscreverem (no programa) - revelou Pollack.
O dirigente considerou a primeira edição do reality show um sucesso, possibilitado também por um programa de desenvolvimento com lutadores latino-americanos promovido pelo UFC. Os campeões do TUF LatAm, assim como o peso-meio-médio Augusto "Dodger" Montaño, que estreou na organização com vitória neste sábado, saíram do programa.
- Acho que foi um sucesso. Estamos muito felizes com a noite e com como a temporada foi. Foi provavelmente uma das melhores temporadas do The Ultimate Fighter, e tivemos a culminação agora. Sempre está se desenvolvendo, o tempo dirá, mas há inúmeros lutadores na América Latina que podem competir no UFC, e isso ficou claro hoje - comentou Pollack.

WSOF 15: Branch nocauteia Okami, e Kalindra Faria perde disputa de título

Brasileira é superada pela campeã Jessica Aguilar por decisão unânime. Veterano Macaco vence Eric Reynolds, e Justin Gaethje derrota Guillard

Por Tampa, EUA
Jessica Aguilar x Kalindra Faria, Wsof 15 (Foto: Reprodução / Twitter)Kalindra Faria (à esquerda) perdeu para Jessica
Aguilar (Foto: Reprodução / Twitter WSOF)
A brasileira Kalindra Faria teve a oportunidade de conquistar o cinturão peso-palha (até 52kg) do World Series of Fighting na madrugada deste domingo, em Tampa, nos EUA, mas foi superada pela campeã Jessica Aguilar por decisão unânime dos jurados (triplo 49 a 45). Considerada por muitos a melhor lutadora do mundo na categoria, a americana foi melhor durante todo o combate e soube travar a pressão final de Kalindra, que foi em busca do nocaute no último assalto.
Na luta principal do WSOF 15, o americano Dave Branch derrotou o japonês Yushin Okami por nocaute técnico aos 3m39s do quarto round. Branch conseguiu o knockdown com um direto de direita, foi para cima e liquidou a fatura com mais uma série de socos no adversário. O duelo, até então, estava bem equilibrado.
O evento também teve o brasileiro Jorge Patino Macaco dominando o americano Eric Reynolds, com direito a uma chuva de cotoveladas da montada. O veterano de 41 anos saiu vencedor por decisão unânime (30 a 27, 30 a 27 e 29 a 28). E num combate disputado, Justin Gaethje derrotou Melvin Gullard por decisão dividida (28 a 29, 29 a 28 e 30 a 27). A luta deveria valer o cinturão dos leves (até 70kg), que pertence a Gaethje, mas isso foi descartado após o desafiante não bater o peso da divisão na pesagem oficial - a disputa foi no peso combinado até 72,1kg.
Veja todos os resultados do WSOF 15:
CARD PRINCIPAL
Dave Branch venceu Yushin Okami por nocaute técnico aos 3m39s do R4
Justin Gaethje venceu Melvin Guillard por decisão dividida
Jessica Aguilar venceu Kalindra Faria por decisão unânime
Jorge Patino Macaco venceu Eric Reynolds por decisão unânime
CARD PRELIMINAR
Maurice Salmon venceu Javier Torres por TKO (interrupção médica) no intervalo do R1 ao R2
Anderson Hutchinson venceu Troy Gerhart por decisão unânime
Ryan Keenan venceu Jose Andres Cortes por finalização aos 2m16s do R3
Tony Way venceu Fred Moncaio por finalização aos 2m03s do R3
Hector Ochoa venceu Robert Reed por decisão dividida
Reggie Pena venceu Joe Johnson por finalização aos 4m15s do R1
Matt Frevola venceu Josh Zuckerman por finalização aos 2m50s do R1

Bellator 131: Tito Ortiz bate Bonnar, e Will Brooks volta a vencer Chandler

Ortiz leva a melhor por decisão dividida e mostra o dedo médio para o rival ao fim do combate. Brooks conquista nocaute técnico e cinturão linear dos leves

Por San Diego, EUA
Em uma clássica luta de veteranos, Tito Ortiz derrotou Stephan Bonnar no evento principal do Bellator 131, realizado em San Diego, nos EUA, na madrugada deste domingo. Os dois deixaram evidente o cansaço ao longo dos três round, principalmente Bonnar, e Ortiz fez o suficiente para levar vantagem sobre o oponente, sempre acertando mais golpes em pé. Um dos três jurados, no entanto, conseguiu enxergar vitória de Bonnar, e Ortiz acabou saindo com uma decisão dividida a seu favor (30 a 27, 28 a 29 e 30 a 27). O vencedor também não deixou de lado a polêmica, claro. Certo do triunfo, o meio-pesado (até 93kg) americano ficou irritado com a comemoração do rival ao fim do duelo e mostrou o dedo médio para ele.
Tito Ortiz x Stephan Bonnar, Bellator (Foto: Reprodução / Facebook )Tito Ortiz acerta cruzado de direita em Stephan Bonnar (Foto: Reprodução / Facebook )
Na penúltima luta do evento quem brilhou foi Will Brooks. O americano, que havia derrotado Michael Chandler em maio por decisão dividida dos jurados, voltou a vencer o compatriota, desta vez por nocaute técnico aos 3m48s do quarto round. O momento que decidiu o combate foi, no mínimo, inusitado. Chandler tomou um cruzado de direita ao se levantar e ficou completamente atordoado. Possivelmente sem saber nem onde estava, ele fez sinal para Brooks de que o duelo estava encerrado, mas o então campeão interino dos leves (até 70kg), que nada tinha a ver com aquilo, foi para cima e golpeou até a interrupção do árbitro central. Com o triunfo, Brooks passou a ser o campeão linear da categoria no Bellator.
O evento também teve o peso-médio (até 84kg) Joe Schilling "apagando" Melvin Manhoef com um nocautaço aos 32 segundos do segundo round, o meio-pesado King Mo Lawal batendo Joe Vedepo por nocaute técnico aos 39 segundos do terceiro assalto, o peso-galo (até 61kg) Mike Richman vencendo Nam Phan por nocaute técnico aos 46 segundos do primeiro round, e o peso-leve brasileiro João Faria finalizando Ian Butler com 1m58s da terceira parcial.
Veja todos os resultados do Bellator 131:
CARD PRINCIPAL
Tito Ortiz venceu Stephan Bonnar por decisão dividida
Will Brooks venceu Michael Chandler por nocaute técnico aos 3m48s do R4
Joe Schilling venceu Melvin Manhoef por nocaute aos 32s do R2
Mike Richman venceu Nam Phan por nocaute técnico aos 46s do R1
King Mo Lawal venceu Joe Vedepo por nocaute técnico aos 39s do R3
CARD PRELIMINAR
João Faria venceu Ian Butler por finalização a 1m58s do R3
AJ Matthews venceu Kyle Bolt por nocaute técnico a 1m39s do R1
Jonathan Santa Maria venceu Ron Henderson por decisão dividida
Andy Murad venceu Bubba Pugh por decisão dividida
Nick Garcia venceu Matthew Ramirez por finalização aos 56s do R2
Jordan Bailey venceu Alex Higley por finalização aos 3m27s do R1
Rolando Perez e Mark Vorgeas tiveram um empate dividido

Werdum leva prêmio de melhor performance por nocaute em Hunt

Brasileiro fatura o equivalente a R$ 130 mil de bônus. Kelvin Gastelum,
Henry Briones e Guido Cannetti também são premiados no UFC 180

Por Direto da Cidade do México
Além do cinturão interino peso-pesado do Ultimate, o grande nocaute de Fabricio Werdum sobre Mark Hunt rendeu ao brasileiro um dos dois prêmios de melhor performance do UFC 180. Ele vai levar para casa um bônus de US$ 50 mil (cerca de R$ 130 mil). Clique aqui e saiba como foi a luta.
O meio-médio americano Kelvin Gastelum levou o outro prêmio de performance, no mesmo valor. Clique aqui para saber como foi o duelo. E o mexicano Henry Briones e o argentino Guido Cannetti também foram premiados em US$ 50 mil cada um por terem feito a "Luta da noite", segundo a organização. Briones levou atraso no primeiro round, mas se recuperou e finalizou o adversário no segundo. Clique aqui e saiba mais sobre o combate.
Joelhada Fabricio Werdum x Mark Hunt UFC 180 (Foto: Jeff Bottari/Zuffa LLC)Werdum nocauteou Mark Hunt no México com joelhada voadora (Foto: Jeff Bottari/Zuffa LLC)
Na coletiva pós-evento, o presidente do UFC, Dana White, disse que Ricardo Lamas não será esquecido. O peso-pena americano também teve grande atuação ao finalizar Dennis Bermudez.
- Quero dizer que vamos cuidar do Lamas também. Ele esteve muito próximo de ganhar o bônus.

- Atualizado em

Lamas pede luta contra McGregor: "Precisa pegar um wrestler como eu"

Polêmico peso-pena irlandês responde com provocação nas redes sociais: "Lamas lutou como um maricas contra José, e não recompenso maricas"

Por Direto da Cidade do México
Estava no ar que o peso-pena Ricardo Lamas pediria por uma luta contra Conor McGregor caso vencesse Dennis Bermudez no UFC 180 de sábado. Não só o polêmico lutador irlandês já virou um alvo fácil para todos os seus companheiros de divisão por atrair mídia e audiência, como o americano de raízes mexicanas e cubanas surpreendeu com uma imitação cômica do "Notório" durante a semana pré-evento. Dito e feito: após finalizar Bermudez no primeiro round na Arena Ciudad de México, Lamas citou McGregor como objeto de desejo como próximo adversário.
- Quero voltar à disputa pelo título. O cara de que todos estão falando na divisão dos pesos-penas é o Conor McGregor. Eu queria enfrentá-lo, sei que ele tem uma luta marcada para janeiro, mas, se ele vencer essa luta, acho que ele precisa enfrentar um wrestler como eu antes de disputar o título - declarou o americano na entrevista coletiva pós-luta.
Ricardo Lamas Conor McGregor (Foto: Montagem sobre fotos de Getty Images)Ricardo Lamas quer luta contra Conor McGregor em seguida (Foto: Montagem sobre fotos de Getty Images)
Sempre atento ao que acontece no UFC e ativo nas redes sociais, o irlandês não demorou a responder. Atual número 5 do ranking, McGregor, cotado para ser o próximo desafiante número 1, criticou a atuação de Lamas contra o campeão José Aldo, em fevereiro passado, ao fazer um comentário irônico sobre o desempenho de Bermudez, que divide um patrocinador de material esportivo com o irlandês.
- Má sorte, Dennis Bermudez. Você usou minha linha “Stay Ready” com orgulho. Todos nós estamos orgulhosos de você aqui na Corporação McGregor. Eu patrocinaria o Lamas também. só que ele lutou como um maricas contra José. A Corporação McGregor não premia maricas que fogem por cinco rounds - disparou "Notório" no Twitter.
Conor McGregor está escalado para enfrentar Dennis Siver em Boston, no dia 24 de janeiro de 2015.

Dana volta atrás e diz que Cain só perderá título em caso de nova lesão

Presidente do UFC também afirma que duelo entre Velásquez e Fabricio Werdum, pela unificação dos cinturões, vai acontecer no México

Por Direto da Cidade do México
Na última quinta-feira, o presidente do UFC, Dana White, declarou ao site oficial da organização que se o campeão dos pesos-pesados, Cain Velásquez, não voltasse a lutar até março do ano que vem, perderia o cinturão da divisão, sendo substituído pelo vencedor do duelo entre Fabricio Werdum e Mark Hunt, que duelaram pelo cinturão interino na madrugada deste sábado. No entanto, em entrevista ao Canal Combate e ao Combate.com logo após o UFC 180, o chefão voltou atrás:
- O que eu disse é que, se algo acontecer com o Cain de novo ou se ele se machucar de novo, o Werdum será o campeão dos pesados. Não há uma data certa, não existe isso de março. Cain está se recuperando e se preparando. Se ele se machucar de novo com uma lesão que o afaste por seis, oito meses ou um ano, aí sim (ele perderá o cinturão linear).
Fabricio Werdum e Dana White coletiva UFC 180 (Foto: Evelyn Rodrigues)Fabricio Werdum e Dana White na coletiva pós-UFC 180 (Foto: Evelyn Rodrigues)
O mandatário comentou os planos do Ultimate de voltar ao México em 2015, com a disputa pela unificação dos títulos dos pesados. Segundo ele, o embate entre Cain Velásquez e Fabricio Werdum acontecerá em solo mexicano:
- Essa luta pertence ao México. O TUF América Latina aconteceu aqui, é aqui que esse duelo deveria acontecer e vai acontecer (no México).
Questionado sobre as suas impressões do México, Dana comparou o mercado mexicano ao brasileiro, afirmando que nunca teve dúvidas de que o esporte tem chances de se tornar muito forte no país:
O que eu disse é que, se algo acontecer com o Cain de novo ou se ele se machucar de novo, o Werdum será o campeão dos pesados. Não há uma data certa, não existe isso de março"
Dana White
- O México foi maravilhoso, do jeito que eu sabia que seria. A torcida foi sensacional. Tudo aqui foi fantástico. Isso aqui está deslanchando igual ao Brasil. Sabe a magnitude do Brasil, o quão grande o país é, o quão maluco é? É exatamente a mesma coisa. Eu sabia que seria assim desde o primeiro dia que nós compramos essa empresa, que o México seria um mercado sem dificuldades. E tem sido um sucesso absoluto.
O chefão ainda falou sobre o que achou da performance de “Vai Cavalo” no duelo deste sábado. O brasileiro, que confessou ter iniciado o duelo um pouco perdido, conseguiu recuperar o foco no segundo round, derrubando Hunt com uma joelhada voadora que conectou no queixo e finalizando o ataque com algumas marretadas na cabeça do neozelandês:

- Quando o Werdum entrou, ele parecia que não estava lá desde o começo. Parecia que ele estava com a cabeça em outro lugar, como se estivesse dormindo. E, enquanto ele estava lá dentro, parece que acordou. No primeiro round, ele esteve em apuros algumas vezes e, mesmo quando a luta foi para o chão, o Hunt esteve no controle. Ele o manteve contra a grade e acertou alguns bons golpes. Mas aí, no segundo round, o Werdum voltou e soltou uma das joelhadas voadoras mais bonitas que você já viu na vida, conseguindo nocautear um cara que é muito difícil de se nocautear. Grande luta para o Werdum! - finalizou.

Werdum admite que demorou a entrar na luta: "Golpe de Hunt me despertou"

Novo campeão interino dos pesos-pesados do UFC diz que havia treinado joelhada que derrubou Mark Hunt e que triunfo marca "dia mais feliz da vida"

Por Direto da Cidade do México
Fabricio Werdum conquistou o cinturão interino dos pesos-pesados na madrugada de domingo, mas não sem antes dar um susto nos fãs brasileiros. O gaúcho sofreu um knockdown logo no primeiro minuto da luta contra Mark Hunt, no evento principal do UFC 180, e demorou até se encontrar e encaixar uma joelhada que derrubou o neozelandês. O novo campeão interino do Ultimate confessou, na coletiva de imprensa pós-luta, que estava um tanto "perdido no momento" no início do combate.
Fabricio Werdum coletiva UFC 180 (Foto: Evelyn Rodrigues)Fabricio Werdum com o tão sonhado cinturão: "dia mais feliz da vida" (Foto: Evelyn Rodrigues)
- No primeiro round, demorei um pouco para entrar na luta, porque tinha muita ansiedade. Passei dois meses aqui no México sem ver a minha família e claro que é normal ficarmos ansioso. Sempre digo que a visão do lutador é fechada, mas de repente estava vendo tudo. Não conseguia "fechar" a visão. Depois, quando começou, alguns golpes me pegaram, senti os golpes. (...) Dei um pouco mais de espaço no primeiro assalto, o que aconteceu porque não entrei na luta. Deveria me mover mais ainda, tinha a preparação física para me movimentar mais, só que não sei o que me aconteceu que eu não entrei na luta. Quando ele me pegou, me despertou - disse Werdum.
Foi um dia movimentado para o peso-pesado. Com a disputa do tão sonhado cinturão no horizonte, o lutador recebeu pela manhã uma mensagem da esposa, Karine, em seu celular, com um vídeo de sua filha mais nova, Joana, de apenas nove meses, dando seus primeiros passos. Werdum não pôde acompanhar um dos momentos mais importantes do desenvolvimento da filha porque estava há dois meses concentrado no México, se adaptando à altitude de mais de 2 mil metros que enfrentaria na Arena Ciudad de México.
- Eu me emocionei um pouco, mas não queria mostrar para os demais que estava emocionado. Mas era um sinal minha filha ter dado seus primeiros passos. Isso queria dizer alguma coisa - refletiu o gaúcho durante a coletiva.
Eventualmente, Werdum entrou na luta, mas Mark Hunt estava atento para sua estratégia: levar o combate ao chão e impor seu jiu-jítsu, arte marcial na qual o brasileiro foi tricampeão mundial e na qual o neozelandês é pouco versado. Ao encontrar pouco sucesso nas tentativas de derrubar o adversário, Werdum recorreu ao "plano B", ensaiado também com sua equipe.
- Não pude fazer nada no solo, na minha guarda, algo que treinamos muitíssimo com Cobrinha (treinador de jiu-jítsu de Werdum). O Mark Hunt é muito inteligente, é um menino que luta muito bem e não me deixava sair do lado de fora do octógono. Como eu havia entrado duas vezes em suas pernas e vi que ele teve um ótimo sprawl, como havíamos treinado muitíssimas vezes, fintei ir embaixo, soltei a joelhada e conectei muito bem - descreveu.
Joelhada Fabricio Werdum x Mark Hunt UFC 180 (Foto: Jeff Bottari/Zuffa LLC)A joelhada voadora de Werdum foi possibilitada por uma finta de entrada de queda (Foto: Jeff Bottari/Zuffa LLC)
Por ora, Werdum terá de dividir o título dos pesos-pesados com Cain Velásquez, campeão linear, a quem deveria ter enfrentado no UFC 180 - Velásquez sofreu uma lesão no joelho e foi forçado a desistir do combate com cerca de três semanas de antecedência. Porém, conquistar o cinturão do UFC, mesmo que interino, já é um sonho realizado para o brasileiro, que comparou a vitória a outra data marcante de sua carreira, a histórica vitória sobre Fedor Emelianenko há cinco anos, encerrando a invencibilidade de quase 10 anos da lenda russa.
- Agora, posso dizer que é da mesma altura. Ganhar um cinturão como este é um sonho muito antigo, não é um trabalho de agora há dois meses, é um trabalho de muito tempo. Agora, coloco as duas vitórias na mesma linha, ambas estão na história. Contra Fedor, foi muito especial, mas hoje é o dia mais feliz da minha vida - decretou Fabricio Werdum.

Werdum celebra conquista de cinturão interino com festa e muito champagne

Novo campeão dos pesados já planeja celebrar vitória pelas ruas de Porto Alegre: "Quero desfilar no caminhão do Corpo de Bombeiros com a cinta"

Por Direto da Cidade do México
O brasileiro Fabricio Werdum conquistou neste sábado o cinturão interino dos pesos-pesados do UFC ao nocautear Mark Hunt no segundo round do card que aconteceu na Cidade do México. Horas depois da vitória, “Vai Cavalo" ainda parecia estar sonhando. Cercado de amigos e companheiros de time, o lutador foi recebido com muito carinho em seu quarto de hotel e depois seguiu para um jantar reservado, onde comemorou a vitória com muito champagne.
- Foram dois meses de treino para chegar até aqui, longe da minha família, dos meus amigos, das minhas duas filhas. Hoje, a minha filha mais nova, a Joana, de apenas nove meses, deu os seus primeiros passos e eu não estava lá para ver. A minha esposa filmou e me mandou o vídeo. Na hora, havia bastante gente no meu quarto e me deu aquele nó na garganta por não estar lá para presenciar isso. Mas eu estou muito feliz porque cumpri meu objetivo. Fiquei aqui esses dois meses, conquistei o cinturão e agora posso voltar para casa e matar a saudade das minhas filhas e da minha esposa - discursou o lutador, antes de fazer o primeiro brinde.
Fabricio Werdum champagne (Foto: Evelyn Rodrigues)Fabricio Werdum brinda com os amigos após a conquista do cinturão: sonho realizado (Foto: Evelyn Rodrigues)
Durante todo o percurso do quarto de hotel ao restaurante, Werdum não desgrudou da cinta. O brasileiro tirou fotos com fãs, distribuiu autógrafos e até cumprimentou novamente o time de Mark Hunt, que jantava no mesmo local. A euforia era tanta, que “Vai Cavalo” não conseguia ficar parado, mas, ao conversar com os amigos, o lutador demonstrava não lembrar muitos detalhes do duelo como um todo:
- Eu não cheguei a ver a luta,vi só o momento da joelhada, mas acho que acontece com todo mundo, você fica meio sem lembrar a luta toda. Eu vi que foi um primeiro round bem difícil e eu sabia que seria assim. Quando olhei para o Mark Hunt, eu vi que ele estava bem concentrado, e eu estava com a visão dispersa. Eu também estava concentrado, mas estava estranho. Quem falava muito isso era o Mauricião. Ele dizia que eu era igual carro velho, que eu demoro para pegar, mas quando pego vou embora. Eu me lembro que tentei ir para as pernas do Hunt, mas ele saiu muito bem e muito rápido. Quando ele me quedou, eu não consegui fazer nada. Eu tinha treinado com o Cobrinha, mas ele me prensou muito bem ali na grade e eu não conseguia me mexer direito. Mas ali ele cansou bastante e não conseguiu me aceitar forte. Eu consigo me defender bem no chão, mesmo com as costas no chão, pois comecei no jiu-jítsu fazendo defesa pessoal e isso ajuda nesses momentos.
Fabricio Werdum com cinturão do UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Brasileiro posa com seu cinturão do UFC após voltar
ao seu quarto no hotel (Foto: Evelyn Rodrigues)
“Vai Cavalo” se disse surpreso com a potência do soco do neozelandês.  Ainda no primeiro round, com pouco mais de um minuto de luta, Hunt acertou um overhand de direita que mandou o brasileiro à lona. Fabricio, no entanto, se levantou logo em seguida, prosseguindo no combate. Segundo ele, o camp de quase dois meses feito em Jiquipilco, a mais de 2.750 metros sobre o nível do mar, foi imprescindível para a boa absorção de golpes que levou do “Super Samoano”:
- A pancada pegou, eu senti, mas não fiquei tonto. Quando você leva muita pancada, você começa a cansar mais. Mas eu não senti isso. Veio o soco, mas não senti a tontura. Eu fiquei muito tempo aqui no México, foram quase dois meses e acho que isso ajudou na altitude. Depois o Rafael Cordeiro veio no intervalo do round e disse que o soco dele não ia me derrubar. Eu senti a confiança do treinamento, e eu treinei muito isso. O Mark Hunt sabia que eu queria entrar nas pernas. Quando ele caiu, já pediu para parar, só que o árbitro não ouviu, então eu comecei a bater, ele se encolheu e o juiz parou.
Questionado sobre qual foi a primeira coisa que veio à sua cabeça no momento em que viu Hunt nocauteado, Werdum disse que foi uma mistura de emoção e adrenalina:
- Eu só queria abraçar todo mundo, comemorar com o meu time. Quando o Dana White foi colocar o cinturão em mim, eu queria pegar o cinturão, aí ele mandou eu virar. Não estou acostumado né, é a primeira vez que pego o cinturão (risos).
Fabricio também se disse um pouco desapontado com a reação da torcida mexicana à sua música de entrada na arena. Durante toda a semana, o brasileiro brincou e tocou exaustivamente a canção “Cielito Lindo” nos eventos abertos ao público, para criar uma identidade com o público e, também, prestar uma homenagem a eles.
- A galera cantou a música no momento da entrada, mas eu achei que seria muito mais barulho. Não sei se eu não consegui ouvir, se todo mundo cantou mesmo, mas como o Cain Velásquez estava lá na arena, a galera estava mais contida, até em sinal de respeito. Por um lado, vencer esse cinturão no México foi legal porque a galera está acostumada comigo por causa do TUF e, também,  porque sou comentarista do UFC aqui no país, mas seria muito mais especial se essa luta tivesse sido no Brasil.  Brasileiro é diferente, não tem jeito.
Fabricio Werdum festa cinturão UFC México (Foto: Evelyn Rodrigues)Fabricio Werdum discursa à mesa com os amigos ao propor um brinde (Foto: Evelyn Rodrigues)
E por falar em seu país natal, o lutador mal pode esperar para realizar outro sonho, dessa vez em terras tupiniquins: desfilar com o cinturão recém-conquistado em um carro do Corpo de Bombeiros pelas ruas de Porto Alegre:
- Eu quero desfilar no caminhão do Corpo de Bombeiros com o cinturão, estilo Ayrton Senna. Vai ser uma celebração muito especial, pois, por dois anos, mantive uma foto do cinturão do UFC como papel de parede do meu celular, para que eu não perdesse o foco. Hoje, finalmente vou poder tirar o cinturão do celular e passar a usá-lo na cintura. Por isso, quero comemorar muito. Agora vou tirar duas semanas de férias com a minha família e, depois disso, quero ir ao Brasil para realizar esse sonho - finalizou.

Sem braçadeira, Thiago Silva admite mágoa e cita Neymar: "Sem conversa"

Zagueiro da Seleção afirma que não foi procurado por camisa 10 ou pela comissão técnica para falar sobre troca de capitão e diz: "Parece que você perde um espaço"

Por Viena, Áustria
Thiago Silva abriu o coração ao falar de seu retorno à seleção brasileira. Ora emocionado, ora contrariado, o jogador não fugiu das perguntas e admitiu certa mágoa por não ter sido chamado para uma conversa pela comissão técnica e até mesmo pelo novo dono da braçadeira, o atacante Neymar.
- Não tem que partir de mim (conversa). Não veio falar comigo (Neymar). Não falei com ninguém, foi sem conversa. E é isso que deixa chateado. Nesse momento, falar para vocês que estou feliz, eu não estou. Momento triste, mas faz parte do futebol. Vou procurar fazer o meu trabalho para ajudar o grupo da melhor maneira.
Thiago Silva Brasil (Foto: Bruno Domingos / Mowa Press)Thiago Silva dá entrevista no hotel, na Austria: magoado com perda de braçadeira (Foto: Bruno Domingos / Mowa Press)
O zagueiro, hoje reserva de Miranda, afirmou que sentiu-se como se tivesse perdido totalmente o seu espaço na Seleção ao ver Dunga nomear o atacante do Barcelona como capitão da equipe.
- Parece que você perde um espaço, que te tiraram alguma coisa. Estou triste. É notável. Parece que te tiraram uma coisa que te pertencia. Na primeira vez que eu tive a chance de ter a braçadeira, quando o Robinho me passou e falou que era para mim ou para o Daniel Alves, eu não fiz a mínima questão de pegar porque o Daniel tinha mais tempo de Seleção do que eu. Alguns meses depois, o Mano perguntou se eu gostaria de ser o capitão e, de primeira, eu disse que sim. Quando você perde é doloroso. Estamos procurando estar o mais tranquilo possível, pensando um pouco para falar. O mais importante é eu estar bem comigo.
Estou ficando mais reservado. Não quero colocar ninguém no meio. Tenho conversado com alguns jogadores mais próximos, mas não vou falar nomes para que eles não venham a sofrer"
Thiago Silva
Apesar da mágoa com as circunstâncias que o levaram a perder o posto, Thiago Silva também culpou-se por ter ficando sem a braçadeira e por ter sido "barrado" para a entrada de Miranda.
- Eu me machuquei muito rápido na minha volta. Foi um erro meu e estou pagando o preço por esse pequeno erro. São coisas do futebol. Sou um jogador que quero jogar sempre. Voltei dia 2 (de agosto) ao PSG, joguei no dia 9, disputei o jogo todo e empatamos por 2 a 2. Três dias depois, joguei um amistoso contra o Napoli. Esse foi o meu erro e estou pagando.
Questionado se tem procurado apoio no grupo, Thiago Silva afirmou que tem conversado apenas com os mais próximos.
- Estou ficando mais reservado. Não quero colocar ninguém no meio. Tenho conversado com alguns jogadores mais próximos, mas não vou falar nomes para que eles não venham a sofrer – disse o zagueiro, dando a entender que o apoio dos atletas pode acabar prejudicando uma continuidade na Seleção.
Diego Souza faz golaço, Magrão pega pênalti, e Sport passa pelo Atlético-PR
Meia marca na Arena da Baixada e garante tranquilidade da equipe pernambucana. Cleo perde pênalti para o Furacão, livre de perigo
 
DESTAQUES DO JOGO
  • DESTAQUE
    Diego Souza
    De volta à sua posição de origem, Diego Souza chamou o jogo para ele. Foi importante também na marcação e levou o Sport a vencer fora após seis meses.
  • foi mal
    M. Guilherme
    O meia de 19 anos saiu mais uma vez vaiado de campo. Após perder duas chances de abrir o placar, sentiu a pressão da torcida e precisou ser trocado.
  • vacilo
    Cleo
    O atacante perdeu a grande chance de igualar o placar. Aos 28 do segundo tempo, o camisa 9 teve pênalti para cobrar, mas bateu fraco, e Magrão pegou.
A CRÔNICA
por Ana Helena Goebel
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Demorou, mas chegou. Após seis meses o Sport voltou a sentir o gosto de vencer fora de casa. Com golaço de Diego Souza, o time pernambucano derrotou o Atlético-PR e teve competência defensiva para conter o ímpeto paranaense. Em jogo válido pela 34ª rodada do Brasileirão, o Furacão bem que tentou o empate, foi até melhor no segundo tempo, mas parou em Magrão e na falta de pontaria do seu ataque, que perdeu um pênalti pelos pés de Cleo.
Apesar da derrota, o Furacão  segue sem perigos dentro da competição, com 46 pontos, na 10ª colocação. Para o Leão, o clima é de tranquilidade, ao somar 44 pontos e ficar com risco remoto de rebaixamento, na 12ª posição.
Pelo Brasileirão, o Atlético-PR volta a campo às 19h30 (de Brasília) da próxima quarta-feira, contra o Santos, mais uma vez na Arena da Baixada. O Sport segue atuando longe dos seus domínios e enfrenta o Palmeiras, quarta-feira, às 22h, na Arena Palmeiras.
Deivid e Danilo, Atlético-PR X Sport (Foto: Getty Images)Pelo Brasileirão, o Sport volta a vencer longe de casa após seis meses (Foto: Getty Images)

O Atlético-PR tocou, tocou, tocou e não conseguiu achar brechas na defesa do Sport, que tinha maior posse de bola – chegando a 65% - mas falhava no último toque. Aos seis minutos, em belo cruzamento de Marcelo, Marcos Guilherme quase abriu o placar. Do outro lado, Weverton era mero espectador. O time pernambucano finalizou mais que o dono da casa (5-2), mas pouco assustava quando buscava a meta paranaense. Aos 44 minutos, Mike ficou livre dentro da área e cabeceou em cima do goleiro atleticano.
Os mandantes foram melhores no segundo tempo, mas foi o Sport que tirou o zero do placar. Aos oito minutos, Joelinton fez bem o pivô e deixou Mike na cara do gol. O atacante parou em Weverton, mas no rebote Diego Souza mandou um belo voleio sem chances para o goleiro. Em desvantagem, o técnico Claudinei Oliveira não tardou a alterar sua equipe, com a entrada do atacante Dellatorre na vaga do meia Marcos Guilherme. A alteração até que surtiu efeito, mas Cleo não aproveitou. Aos 29 minutos, em cobrança de pênalti, o camisa 9 chutou fraco nas mãos de Magrão. A pressão paranaense durou até o último minuto, que mesmo superior e embalada pela sua torcida, não conseguiu igualar o marcador.
 
Fla vence o Coritiba e se despede do Maracanã e do risco de rebaixamento
Rubro-negros estão livres da degola, enquanto o Coxa, mesmo fora do Z-4, permanece na briga. Mugni, Everton e Nixon marcam gols da vitória: 3 a 2
 
DESTAQUES DO JOGO
  • despedida
    Maracanã
    O Flamengo fez neste domingo o seu último jogo no Maracanã em 2014 e conseguiu, ao vencer por 3 a 2 o Coritiba, eliminar qualquer risco de rebaixamento.
  • nome do jogo
    Everton
    Meia não deu paz ao Coritiba e, com o gol, se juntou a Eduardo da Silva e Gabriel na vice-artilharia da equipe em 2014. O líder é Alecsandro, com 21.
  • incansável
    Joel
    Mesmo com o Coritiba atrás no placar, atacante não desistiu em momento algum e ainda marcou dois gols, pressionando o Fla. Foi o melhor dos paranaenses.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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O Flamengo se despediu do Maracanã em 2014 com uma vitória por 3 a 2 sobre o Coritiba e, por tabela, disse adeus também ao risco de rebaixamento nesta temporada. E a torcida apareceu em bom número para festejar com o time: foram 28.250 presentes (23.182 pagantes) e uma renda de R$ 775.085,00. Com 47 pontos, o clube da Gávea está matematicamente livre da ameaça. O Coxa, por sua vez, estacionou nos 37 e, mesmo fora do Z-4, segue na dura batalha para evitar a degola. O placar foi construído com gols de Mugni, Everton e Nixon, pelo Fla (Chicão ainda desperdiçou um pênalti), com dois gols de Joel pelo Alviverde.
Os rubro-negros ainda enfrentarão dois times que figuram na parte de baixo na tabela, onde estiveram em boa parte da competição: Criciúma, o lanterna, e Vitória. Na próxima rodada, o rival será o Atlético-MG, adversário responsável pela eliminação do Flamengo na semifinal da Copa do Brasil. O Coritiba se prepara para uma maratona de decisões. Dos quatro jogos que fará até o fim do Brasileiro, três são contra equipes que também lutam para não disputar a Série B em 2015. Na próxima rodada, o confronto com o Vitória, no Barradão. O time ainda enfrentará Bahia e Palmeiras, ambos no Couto Pereira, além do Atlético-MG, que briga na parte de cima da classificação, no Independência.
comemoração do Flamengo contra o Coritiba (Foto: Getty Images)Jogadores do Flamengo comemoram gol: alívio e adeus ao risco de rebaixamento (Foto: Getty Images)
Argentino Mugni aproveita chance e marca
Alex levou pouco mais de um minuto para sofrer sua primeira falta. Desde o apito, mostrou que seria o responsável por levar o time à frente. O Flamengo tentava partir em velocidade, quase sempre com a bola passando pelos pés de Everton. Nos primeiros cinco minutos, quase houve uma chance para cada lado, com erros no último passe. O time paranaense tentava uma marcação por pressão, colocando os cariocas em dificuldade na saída de bola. Aos nove minutos, Anderson Pico passou mal, vomitou em campo, chegou a sair de maca, mas conseguiu voltar.
O jogo ficou truncado, mas o Coritiba, já não tão rígido na marcação no campo de ataque, permitia ao Flamengo partir com mais espaço em contra-ataques. E foi o que aconteceu aos 18 minutos. Everton achou Nixon na direita, e o centroavante serviu o camisa 10: cruzamento na medida para a conclusão do argentino, que abriu o placar no Maracanã. O último gol de Mugni havia sido em 24 de agosto, de pênalti, contra o Criciúma. O jogo ficou truncado, com certa vantagem na posse de bola para o Coritiba, mas com o Flamengo sempre tentando surpreender com passes rápidos. Houve ainda duas oportunidades para os paranaenses, em uma cobrança de falta de Alex e depois em um lançamento do craque no qual a bola ficou solta na área rubro-negra e ninguém concluiu.
Segundo tempo de emoção e quatro gols
Joel comemora gol do Coritiba contra o Flamengo (Foto: Dhavid Normando / Agência Estado)Joel faz dois gols, mas não impede derrota do Coritiba no Rio (Foto: Dhavid Normando / Agência Estado)

No segundo tempo, quem começou no ataque foi o Flamengo. Primeiro na tentativa de tabela entre Nixon e Everton, depois no cruzamento de Mugni bloqueado pela zaga. O Coritiba respondeu com Dudu, mas nenhum dos dois lados conseguia criar chances de fato claras de gol. Até que aos 12 minutos, em boa trama do ataque rubro-negro, Gabriel fez bela jogada, limpou a marcação e rolou para Everton empurrar para a rede: 2 a 0.

O Flamengo cresceu na partida e passou a pressionar o Coritiba, com o trio Everton, Gabriel e Nixon infernizando a defesa com movimentação constante. Em uma das tabelas, Evertou deu um belo drible e acabou derrubado por Luccas Claro. Chicão cobrou o pênalti sem muita força, não tanto no canto, e Vanderlei defendeu. Quando tudo parecia tranquilo, a defesa cochilou, e Joel descontou: 2 a 1.

A lembrança da última rodada, contra o Sport, quando o Flamengo vencia por 2 a 0 e permitiu o empate nos minutos finais, foi inevitável. Dudu e Joel quase tornaram o breve pesadelo carioca em realidade, mas Nixon apareceu para ampliar. Após belo passe de Canteiros, ele fez o terceiro e, com 3 a 1, parecia que estava tudo resolvido. Mas não estava. Joel novamente colocou o Fla sob pressão com o segundo gol do Coritiba: 3 a 2. A partir daí, os rubro-negros passaram a tentar administrar a posse de bola, partindo somente em contra-ataques, e não houve tempo para uma nova surpresa dos rivais de branco e verde, que seguem na luta contra a degola neste Brasileiro.
 
34ª RODADA
Corinthians vence, mantém luta por G-4 e afunda Bahia na zona da degola
Timão vai a Salvador e consegue fazer 2 a 1 no time baiano com um gol decisivo de Renato Augusto. Tricolor fica cada vez mais perto da queda
 
DESTAQUES DO JOGO
  • decisivo
    Danilo
    Acostumado a momentos de decisão, o meia entrou na metade do segundo tempo e deu passe perfeito para o gol da vitória, marcado por Renato.
  • minuto-chave
    38 do 2º tempo
    Danilo corta para a entrada da área e cruza na cabeça de Renato Augusto, que finaliza sem chances para Marcelo Lomba e dá a vitória ao Timão.
  • preocupação
    Bahia
    A derrota deixou o Tricolor com apenas 31 pontos, a quatro rodadas do fim do Brasileiro. A situação está cada vez mais difícil na tabela.
A CRÔNICA
por GloboEsporte.com
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O Corinthians recorreu à experiência e foi recompensado com uma vitória fundamental sobre o Bahia, por 2 a 1, neste domingo, na Fonte Nova, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com um gol de Renato Augusto nos minutos finais, o Timão se manteve na briga por vaga na Taça Libertadores e afundou ainda mais o time baiano na zona de rebaixamento – as chances de fuga do Tricolor da Série B diminuem a cada rodada.
Há jogadores que não precisam estar o tempo inteiro em campo para resolver. Danilo é um que trata partidas decisivas como se fossem comuns. Com poucos minutos em campo, o experiente meia do Corinthians fez grande jogada e abriu o caminho para o gol da vitória. Antes, Malcom havia aberto o placar no primeiro tempo. Kieza marcou o gol do Bahia.
O Corinthians vai aos 60 pontos e fica provisoriamente na quinta colocação – pode cair para sexto se o Atlético-MG vencer o Figueirense na noite deste domingo. O Bahia continua com 31, a cinco da Chapecoense, o primeiro time fora da zona da degola.
Os dois times voltam a campo na próxima quarta-feira, às 21h (horário de Brasília), em partidas fora de casa. O Bahia enfrenta o Criciúma, em confronto direto na luta contra o rebaixamento, enquanto o Corinthians vai a Belém enfrentar o Goiás.
Malcom comemora gol do Corinthians contra o Bahia (Foto: Getty Images)Malcom comemora primeiro gol do Corinthians: vitória fundamental fora de casa (Foto: Getty Images)
O jogo
O Corinthians esperava um Bahia no ataque, e foi o que Charles Fabian tentou escalando dois laterais de cada lado (Galhardo e Railan na direita, Pará e Guilherme Santos na esquerda). O time da casa teve mais posse de bola por boa parte do primeiro tempo, mas faltou qualidade para jogadas que furassem a defesa corintiana. Mano Menezes, com razão, fez o Timão aguardar a melhor oportunidade para surpreender em um contra-ataque.
Foi justamente num lance rápido que os visitantes abriram o placar. Quando o Bahia mais pressionava, Cássio mostrou que os treinos diários de reposição de bola deram resultado. Num longo lançamento do goleiro, Malcom dominou e bateu de esquerda, levando os alvinegros ao 1 a 0, com 24 minutos de partida.
O Tricolor só conseguiu responder na bola parada, quando Galhardo travou grande duelo com Cássio. O lateral do Bahia quase fez um gol olímpico, enganando os corintianos e acertando o travessão.
No segundo tempo, o Corinthians demorou a engrenar. Tocou a bola de lado, deixou o jogo morno ao estilo de Mano Menezes, mas não deu um chute sequer nos primeiros 25 minutos. Num filme que se repete com frequência em 2014, o Timão deixou o rival empatar para só depois acordar. William Barbio, uma das apostas de Charles para o segundo tempo, encontrou Kieza na área para marcar 1 a 1.
Só aí Mano se mexeu. Lançou Danilo e Gustavo Tocantins. Não foi preciso muito tempo para os dois aparecerem. Danilo, novamente decisivo, cruzou na cabeça de Renato Augusto: 2 a 1, aos 38 minutos. Nos pés da experiência, o Timão sobrevive por mais uma rodada no Brasileiro.
 
Inter vence Goiás com golaço de bicicleta de Paulão e se mantém em 3º
Zagueiro deixa banco de reservas, anota aos 33 minutos do segundo tempo e tira Colorado do sufoco; Esmeraldino só se defende e estaciona na tabela
 
DESTAQUES DO JOGO
  • momento decisivo
    33 do 2º tempo
    Paulão havia entrado no início do segundo tempo. Perto do fim, consagrou-se com uma linda bicicleta, marcando o gol da dura vitória colorada.
  • mandou bem
    Renan
    O goleiro do Goiás saiu derrotado, mas é certo que evitou mais gols. Como aos 39 do 1º tempo, em milagre após golpe de cabeça de He-Man.
  • no limite
    público na meta
    O Inter queria ao menos 22 mil para o jogo decisivo. No total, 23.920 almas foram ao Beira-Rio. Mas a direção quer mais e baixou ingressos para sábado. 
A CRÔNICA
por GloboEsporte.com
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O Inter contava com a lei das probabilidades para encaminhar a vaga à Libertadores. A contar deste domingo, teria três jogos consecutivos em casa. Ganhando tais compromissos, fincaria pé no G-4. O caminho para tanto, todavia, foi iniciado nesta 34ª rodada da maneira mais improvável possível. Com um golaço de bicicleta de um zagueiro que era reserva e só entrou no segundo tempo por uma lesão do titular do posto. Paulão virou o herói improvável no 1 a 0 sobre o Goiás, nesta tarde no Beira-Rio.
O Goiás, é bom ressaltar, pouco tentou fazer para sair com resultado diferente. Procurou se defender diante de um Inter completamente dono do duelo, embora sentisse claramente os desfalques de Aránguiz, na seleção chilena, e Alex e Nilmar, lesionados, além da pressão de não vencer há duas partidas - perdera para Grêmio e empatara com o São Paulo. Se não fosse o goleiro Renan, ex-Inter, o sofrimento vermelho poderia ter sido menor. O golaço de Paulão só saiu em sobra de escanteio aos 33 minutos do segundo tempo.
O resultado deixa o Inter no terceiro lugar, com 60 pontos, ultrapassando o Grêmio pelo número de vitórias. O Esmeraldino se mantém em posição intermediária, é 11º, com 44 pontos e praticamente sem risco de brigar contra o rebaixamento nas últimas rodadas.

Como teve a 35ª rodada adiantada, no empate em 1 a 1 com o São Paulo na última quarta-feira, o Inter só retorna a campo no sábado, pela 36ª, diante do Atlético-MG, no Beira-Rio, às 19h30. O Goiás tem mais um páreo duro. Na quarta, às 21h, recebe o Corinthians, no Serra Dourada.
Renan salva... até que Paulão aparece
O primeiro tempo começou no ritmo prometido pelos colorados durante a semana. Se era preciso vencer as três partidas consecutivas em casa, nada melhor do que imprimir pressão. Os 15 minutos iniciais foram todos do Inter. Aos 14, o zagueiro Ernando, ex-Goiás, perderia grande chance, ao isolar chute sem goleiro. Logo depois, o Colorado perderia muito mais do que gol: além de não ter Aránguiz, Alex e Nilmar, viu Alan Patrick sair com dores musculares. Valdívia entrou no seu lugar, mas o time de Abel Braga não mais seria o mesmo.
Senha para o Goiás crescer, com a boa atuação de Thiago Mendes e em contragolpes de Esquerdinha e Erik. Faltou ao Esmeraldino, no entanto, contundência. Que sobrou a Willians, aos 39 minutos, em lance que acordou um Beira-Rio já sonolento e torcendo pelo intervalo. Em cruzamento certeiro do volante, Rafael Moura cabeceou sozinho e só não marcou por milagre de Renan. O primeiro tempo ia embora com o triplo de finalizações vermelhas (6 a 2), porém com resultado insuficiente para a manutenção no G-4.
Se a etapa inicial foi unilateral, o segundo tempo foi praticamente todo colorado. O problema é que, diante de tantos desfalques, o Inter ampliou ainda mais sua dependência de D'Alessandro. Todas as bolas caíam para o maestro do time, tornando a equipe um tanto previsível. O camisa 10 se esforçou. Foi o que mais finalizou do lado vermelho, com três investidas. E, aos 26 minutos, lançou Jorge Henrique para o lance de maior perigo, em cruzamento que quase virou gol - Rafael Moura não alcançou a bola por detalhe.

Um detalhe que quase custou caro ao Inter. Se não fosse outro detalhe. Paulão, que perdera a condição de titular, foi obrigado a entrar após dores no joelho de Alan Costa. Aos 33 minutos, o zagueiro de pouca habilidade técnica viveu seu instante de craque. Emendou uma bicicleta como manda o figurino e fuzilou Renan, após sobra de escanteio. Depois de tamanha façanha, o terceiro lugar é do Inter por direito.
Paulão marca o gol de bicicleta para o Inter (Foto: Tomás Hammes / GloboEsporte.com)Paulão marca o gol de bicicleta para o Inter (Foto: Tomás Hammes / GloboEsporte.com)
 
Cruzeiro acorda no segundo tempo, bate Santos e vê título mais próximo
Raposa vence com gol de Ricardo Goulart e vai a 70 pontos, disparando na liderança. Peixe, sem maiores pretensões, chega a sete jogos sem vencer
 
DESTAQUES DO JOGO
  • momento decisivo
    7 do 2º tempo
    Ricardo Goulart recebe de Nilton no meio-campo, tabela com Marcelo Moreno e Willian e, já na grande área, faz o gol da vitória da Raposa na Vila Belmiro.
  • voltou
    Thiago Ribeiro
    Fora de combate por 12 jogos devido a uma lesão na coxa e gastrite, atacante retornou aos gramados neste domingo. Ele, porém, nada acrescentou.
  • que fase
    Santos
    Além de chegar a sete jogos sem vencer, o Peixe sofreu a terceira derrota seguida na Vila. Tropeços em casa tiraram o time da briga pela Libertadores.
A CRÔNICA
por Lincoln Chaves
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Apenas 11 dias depois, o Cruzeiro voltou a fazer festa na Vila Belmiro. Se no último dia 5 o empate por 3 a 3 com o Santos deu à equipe a vaga na final da Copa do Brasil, agora a vitória por 1 a 0, neste domingo, deixou os mineiros ainda mais próximos do título brasileiro, a quatro rodadas do fim da competição. Caso vença o Grêmio, na próxima quinta, e o São Paulo, com um jogo a mais, não derrote o Palmeiras neste domingo - a partida começou às 19h30 -, o time já pode ser campeão na 35ª rodada.
O triunfo na Vila foi definido no início do segundo tempo, com gol de Ricardo Goulart, após fraca etapa inicial de ambos os times. A vantagem permitiu ao Cruzeiro administrar, com certa tranquilidade, o resultado que o levou a 70 pontos, ainda mais disparado na liderança. A vitória também ajuda a torcida a esquecer a derrota de quarta-feira por 2 a 0 para o rival Atlético-MG, na primeira partida da final da Copa do Brasil.
Para o Peixe, que não tem mais chances de vaga na Libertadores e apenas cumpre tabela, nada mudou, exceto na tabela: a equipe caiu para o nono lugar, com 46 pontos, chegando a sete jogos sem vencer. Foi também a terceira derrota seguida do Alvinegro na Vila neste Brasileiro.
As equipes voltam a campo pela competição no meio da semana. O Santos visita o Atlético-PR na quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), na Arena da Baixada. O Cruzeiro joga quinta-feira, às 21h50 (de Brasília), contra o Grêmio, em Porto Alegre.
Renato. Santos X Cruzeiro (Foto: Getty Images)Renato para na forte marcação do Cruzeiro, vitorioso na Vila Belmiro (Foto: Getty Images)
O jogo
Diferentemente do jogo decisivo do último dia 5, Santos e Cruzeiro proporcionaram uma etapa inicial de dar sono na Vila. A Raposa, apesar de ser a maior interessada na partida, só teve uma chance nos 45 minutos iniciais – e na bola parada. As ausências de Henrique e Everton Ribeiro (poupados) foram sentidas, já que o time, apesar de leve superioridade na posse (51% a 49%), não conseguia levar as jogadas à frente com velocidade.
Despreocupado, o Peixe não tinha nada a ver com isso e aproveitou a lentidão do Cruzeiro para aparecer mais vezes no ataque, dando trabalho à dupla Lucas Silva e Nilton: foram seis chutes contra três dos mineiros – o que não significa que o time foi exatamente criativo. Ainda assim, foi da equipe da casa a melhor chance. Lançado por Lucas Lima, Gabriel até driblou Fábio, mas errou a sequência do lance e, travado por Manoel, bateu ao lado do gol vazio.
A transição rápida entre meio e ataque, arma cruzeirense que não apareceu no primeiro tempo, só precisou dar certo uma vez na etapa final: aos sete, já com Henrique no lugar de Lucas Silva, Ricardo Goulart recebeu de Nilton pelo meio, tabelou duas vezes – com Marcelo Moreno e Willian – e mandou para as redes. O Peixe, que já tinha voltado devagar do intervalo, ficou mais apático. Thiago Ribeiro (que retornou após 12 jogos fora por lesão) e Jorge Eduardo entraram para dar velocidade à equipe, mas em nada acrescentaram. À Raposa, já com Everton Ribeiro em campo, no lugar de Willian, destaque do time poupado no fim, coube administrar a vitória e ficar ainda mais perto do título