domingo, 27 de janeiro de 2013

Jungle Fight: musa do MMA mostra os bastidores da pesagem do evento

Ring Girl Geisa Vitorino invade quartos dos lutadores para saber como é feito o corte de peso antes das lutas que acontecem nesta sexta-feira, em São Paulo

Por SporTV.com São Paulo
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  Os bastidores da pesagem de um evento de MMA revelam uma luta tão árdua quanto a que acontece em cima do ringue: a batalha contra a balança. Os atletas que precisam perder quilos e mais quilos para bater o peso de suas categorias lançam mão de diversas técnicas, que incluem dietas rigorosas, roupas de plástico, sauna e diminuição drástica na ingestão de água.
O Jungle Fight, que acontece nesta sexta-feira, teve a pesagem oficial na última quinta-feira, e a ring girl oficial do evento, Geisa Vitorino, conversou com atletas e com um dos árbitros oficiais do evento (assista ao vídeo acima) para saber mais sobre o corte de peso dos atletas e das regras para quem passa do limite de sua divisão.C
Confira o card completo do evento, que tem transmissão do Combate a partir de 20h (de Brasília):
Ivan Batman x  Lindeclercio "Bruto" Batista
Jorge Michelan x Junior Alpha
Sergio Soares x Joel Iglesias
Junior Orgulho x Julio Rodrigues
Mario Israel x Atila Cowboy
Renan Pitbull x Fabio Borracha
Cezar Almeida x Rony Silva (final brasileira de kickboxing na divisão até 81,4 kg)

José Aldo e a expectativa para luta contra Frankie Edgar: 'Vai ser épico'

Campeão peso-pena revela detalhes de sua preparação para enfrentar o ex-campeão dos leves, como, por exemplo, voltar a treinar jiu-jítsu de quimono

Por Ana Hissa Rio de Janeiro
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Há mais de um ano parado, José Aldo tem pela frente um dos maiores desafios da carreira. No próximo sábado, no UFC 156, em Las Vegas (EUA), o campeão peso-pena do Ultimate coloca o cinturão em jogo contra o americano Frankie Edgar, em um confronto que estava marcado inicialmente para outubro de 2012. Um acidente de moto três semanas antes da luta deixou o brasileiro fora de combate, o que serviu de mais motivação para o manauara.
- Naquela ocasião a gente tinha só um mês de treinamento, já que a luta inicialmente estava marcada contra o Erick Koch, que se lesionou. Não acreditei quando me acidentei e fiquei fora da luta, que era algo que eu queria muito e pedi para o Ultimate manter meu adversário. Agora tive o tempo necessário para me preparar bem. Acho que eu fico motivado por ser uma grande luta, é uma superluta, que vai ficar na história, quando encerrar minha carreira todo mundo vai comentar desse combate. A motivação é enorme, eu chegava aqui nos treinos e procurava ganhar todo tipo de treino porque sei que vai ser épico - contou Aldo.
Dudu Dantas, Marlon Sandro, Dedé Pederneiras, Renan Barão e José Aldo MMA UFC (Foto: Ana Hissa/ SporTV.com)Dudu Dantas, Marlon Sandro, Dedé Pederneiras, Renan Barão e José Aldo: treino de quimono leva o campeão peso-pena, que é faixa-preta, de volta às origens no jiu-jítsu (Foto: Ana Hissa/ SporTV.com)
Recuperado dos ferimentos, Aldo iniciou o treinamento no fim de novembro. Com quase 20 confrontos marcados entre janeiro e fevereiro, o líder da Nova União, André Pederneiras, optou pelo trabalho com a base de lutadores da academia. Alguns reforços vieram,  como Bruno Carvalho, experiente no muay thai, Davi Souza, medalhista pan-americano de boxe, e o atleta do UFC Gray Maynard, que ajudou o brasileiro para a luta contra Chad Mendes no UFC Rio 3 e já enfrentou Edgar três vezes na categoria dos leves.
- Por conta de problemas pessoais - minha operação no joelho e o nascimento da minha filha - só vim durante um tempo, mas é tudo que ele precisa. Aldo aprende muito rápido, você ensina para ele algo em um dia e ele já está fazendo exatamente o que você passou. Em todas as áreas é o melhor de todas as categorias, acho que ele é o melhor peso por peso do mundo. Agora ele sabe as pegadinhas do Edgar, o que é muito bom para evitar surpresas. Ele sempre foi muito bom em defender quedas e aplicar quedas. Quando você chega no topo não são grandes coisas, apenas pequenos ajustes que fazem com que você melhore - afirma Gray, ressaltando a estatística de que Aldo é um dos melhores atletas em defesa de queda do Ultimate, com 75% de aproveitamento no quesito.
Aldo aprende muito rápido, você ensina para ele algo em um dia e ele já está fazendo exatamente o que você passou"
Gray Maynard, lutador do UFC
Para Dedé, o caminho para vencer a luta vai ser dado pelo adversário. Entretanto, a preocupação com o bom nível de wrestling de Edgar foi uma constante nos treinos. Por conta disso, Pederneiras inovou na preparação -  inseriu um treino de pano combinado com o de luta olímpica, para preparar bem o campeão para situações com as costas no chão.
- A gente sempre procura criar coisas diferentes a cada luta e nessa eu voltei a adaptar o treino de quimono porque é algo que te deixa mais pesado e quando você tira o quimono você fica mais leve e mais rápido. Eu acho que todo mundo que lutou com o Aldo ultimamente derruba muito bem, o Edgar é mais um que derruba muito bem, não sei se ele é melhor ou pior, se naquele momento da luta ele vai conseguir fazer melhor do que os outros, tudo vai depender do momento. Eu posso dizer que o Aldo é um faixa-preta muito bom, a gente fez um trabalho muito forte de quimono para essa luta agora e todos que treinaram com ele de quimono - que são atletas que competem de pano frequentemente - falaram a mesma coisa: se ele lutasse em algum campeonato de jiu-jítsu ele seria campeão. Ele tem uma base muito boa de chão - disse Dedé.
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MMA Gray Maynard e José Aldo (Foto: Ana Hissa)Gray Maynard (esq.) veio dos EUA para ajudar nos treinos de José Aldo (Foto: Ana Hissa)
Faixa-preta na arte suave, Aldo também se diz mais confiante no jogo por baixo.
- Essa foi uma das vezes que eu mais treinei jiu-jítsu, eu sempre treino jiu-jítsu quando passam minhas lutas. Acho que o Dedé puxando novamente esse treino combinado com o wrestling foi muito bom, porque um anda ao lado do outro. A gente treinou muito em pé, sempre caindo e praticando o chão, para resgatar. É bom rever o passado porque foi de onde a gente surgiu - reafirmou Aldo.
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Outro fator que impressiona no jogo do americano é a movimentação no octógono e o ritmo frenético imposto. A aposta para parar o adversário pode estar nos potentes chutes baixos de Aldo, que deixaram um ex-desafiante, Urijah Faber, com as pernas debilitadas após o confronto.
- Acho que conectando bons chutes a gente consegue frear a movimentação dele, acho que quantos mais chutes encaixados na perna ele vai ficar mais preso, acho que vai ficar um pouco mais receoso, então pode ser, sim, o caminho das pedras - conta o campeão, que também vê na descida de peso um fator a seu favor no combate.
- É a primeira vez que ele vai ter que bater o peso-pena, acho que quando você tem que perder peso não é a mesma coisa de você ficar jogando no peso que você tem, a resistência diminui. Acho que tudo muda porque é a primeira vez que ele está baixando. Isso a gente vai procurar também porque a gente sabe que não é a mesma resistência do que quando ele jogava nos leves.
Parceiro de treinos de Aldo, o atleta do Bellator Marlon Sandro também vê nos chutes o caminho para a vitória.
- O Edgar é um cara que não bloqueia chutes, mesmo movimentando... Ninguém nunca chutou ele tanto, o chute que ele recebeu na perna ele não bloqueia... E todo mundo sabe que o Aldo tem uma perna muito pesada, eu que o diga, a gente sofre aqui com os chutes dele mesmo com caneleiras quando ele quer bater forte, ele vai minar ali. O Aldo é um cara que tem um reflexo muito bom, uma esquiva muito boa, acho que ele vai conseguir ir para cima o tempo todo e quem sabe conseguir um nocaute ainda em pé.
cinturão José Aldo Frankie Edgar UFC (Foto: Getty Images)José Aldo e Frankie Edgar na época em que ambos tinham cinturão do UFC (Foto: Getty Images)
Em dezembro, Junior, como é conhecido entre os amigos, viu o xará peso-pesado Junior Cigano perder o cinturão para Cain Velasquez. Mas o peso-pena garante que não se sente pressionado a manter um dos três cinturões do Brasil no UFC - os outros dois são de Renan Barão, campeão interino dos galos, e Anderson Silva, nos médios.
- Acho que cada pessoa é uma pessoa, não sinto peso algum, eu sou o José Aldo. O José Aldo vai estar lá dentro, e eu vou lutar por mim e vou sair vencedor. Para mim todas as lutas são meu grande desafio. Eu acho que essa vai ser um grande desafio, a próxima também... Sempre a próxima é a luta da minha vida que eu não posso perder.
Da última vez que esteve em ação, Aldo surpreendeu na comemoração, ao se jogar nos braços da torcida após a vitória em cima de Chad Mendes do UFC 142. E dessa vez, não será diferente.
- No Brasil, não poderia ser diferente, eu falei que ia fazer isso porque a galera estava vibrando e cantando, então, nada mais justo que ir para a galera. Com certeza vai ter uma galera brasileira em Las Vegas eu estou contando com a invasão do pessoal e com certeza vou fazer algo para eles.

Rafael Sapo faz valer diferença de tamanho e vence por finalização

Brasileiro encaixa kata-gatame aos 2m13s do terceiro round no 'UFC:
Johnson x Dodson', em Chicago, e bate americano estreante no evento

Por SporTV.com Chicago, EUA
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O peso-médio (até 84kg) Rafael "Sapo" Natal entrou no octógono em Chicago, na noite deste sábado, com uma vantagem de peso e altura em relação ao adversário. O estreante americano Sean Spencer, que é cinco centímetros mais baixo e compete originalmente entre os meio-médios (até 77kg), aceitou a luta em cima da hora como substituto do sueco Magnus Cedenblad. E o brasileiro conseguiu fazer valer essa diferença: dominou a luta no chão e venceu o rival por finalização, com um kata-gatame, no terceiro round.
Foi a 15ª vitória na carreira de Sapo, a terceira no UFC. O mineiro de 30 anos vinha de uma derrota boba para Andrew Craig, quando dominava o duelo, mas começou a brincar no octógono e levou o nocaute com um chutaço na cabeça. Já Spencer sofreu apenas o segundo revés até hoje. Ele vinha de três triunfos seguidos e agora deve voltar à sua divisão original.
Sem se intimidar com as adversidades, Sean Spencer foi para cima na trocação no início do combate, mas teve o ritmo interrompido ainda no primeiro minuto por um dedo no olho, aparentemente sem intenção, de Rafael Natal. Depois de alguns instantes de espera para se recuperar, Spencer mostrou a mesma velocidade e balançou o brasileiro, que chegou a se desequilibrar. Sapo melhorou bastante no minuto final, acertou um ótimo soco rodado e colocou o adversário para baixo, aplicando golpes até o fim.
Rafael Natan MMA (Foto: Getty Images)Rafael Sapo comemora a vitória sobre Sean Spencer (Foto: Getty Images)
No segundo round, Sapo cinturou Spencer e tentou levá-lo para baixo, mas desta vez não obteve sucesso. Mesmo assim, ele manteve o rival contra a grade e aplicou a queda com uma rasteira. Por cima, o brasileiro utilizou bem o ground and pound. Quando Spencer deu as costas, Sapo encaixou um esgana-galo, mas o americano foi salvo pelo gongo.
Rafael Natal voltou a quedar o adversário no terceiro e último round e dominou bem a posição, aproveitando-se da vantagem de tamanho. O brasileiro fechou bem uma kimura, mas Spencer surpreendentemente saiu do golpe. Pouco depois, o americano não resistiu ao kata-gatame que veio na sequência e bateu em sinal de desistência, aos 2m13s.

Pettis fatura 'Nocaute da Noite', e Johnson x Dodson é a melhor luta

Ryan Bader leva o prêmio de 'Finalização da Noite'. Valor é de R$ 100 mil

Por SporTV.com Chicago, EUA
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O chute no corpo que derrubou Donald Cerrone rendeu a Anthony Pettis o prêmio de "Nocaute da Noite" no "UFC: Johnson x Dodson", na madrugada deste domingo, em Chicago (veja no vídeo ao lado). Ele vai receber US$ 50 mil (o equivalente a cerca de R$ 100 mil).
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e vídeos dos bastidores do MMA

A luta principal, onde o campeão Demetrious Johnson manteve o cinturão peso-mosca contra John Dodson, foi eleita a melhor, enquanto o triângulo de mão de Ryan Bader sobre Vladimir Matyushenko levou o bônus de "Finalização da Noite". O valor é o mesmo.
UFC: Johnson x Dodson
26 de janeiro de 2013, em Chicago (EUA)
CARD PRINCIPAL
Demetrious Johnson venceu John Dodson por decisão unânime dos jurados
Glover Teixeira venceu Rampage Jackson por decisão unânime dos jurados
Anthony Pettis venceu Donald Cerrone por nocaute técnico no primeiro round
Ricardo Lamas venceu Erik Koch por nocaute técnico no segundo round
CARD PRELIMINAR
T.J. Grant venceu Matt Wiman por nocaute técnico no primeiro round
Clay Guida venceu Hatsu Hioki por decisão dividida dos jurados
Pascal Krauss venceu Mike Stumpf por decisão unânime dos jurados
Ryan Bader venceu Vladimir Matyushenko por finalização no primeiro round
Shawn Jordan venceu Mike Russow por nocaute técnico no segundo round
Rafael Sapo Natal venceu Sean Spencer por finalização no terceiro round
David Mitchell venceu Simeon Thoresen por decisão unânime dos jurados

Johnson mantém título dos moscas em combate apertado contra Dodson

Anthony Pettis nocauteia Donald Cerrone com chutaço no corpo, Ricardo Lamas também nocauteia Erik Koch, e Clay Guida derrota Hatsu Hioki

Por SporTV.com Chicago, EUA
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O campeão Demetrious Johnson viu o cinturão escapar pelas mãos ao ficar perto de ser nocauteado mais de uma vez, mas se recuperou no octógono, foi melhor no geral do que John Dodson e manteve o título peso-mosca (até 57kg) do UFC na madrugada deste domingo, em Chicago (veja no vídeo ao lado). O card principal do evento contou também com uma grande vitória de Anthony Pettis, que praticamente "apagou" Donald Cerrone com um chutaço no corpo e depois pediu uma chance pelo título dos leves (até 70kg) a Dana White, e outro nocaute também impressionante de Ricardo Lamas sobre o ex-desafiante número 1 da divisão dos penas (até 66kg) Erik Koch, com uma forte sequência de cotoveladas da montada.
Na luta principal, Dodson conseguiu um knockdown no início da luta após acertar um ótimo direto de direita. Johnson se ergueu rapidamente, mas caiu de novo após levar um chute alto. Os golpes fizeram o campeão acordar, e ele aplicou uma boa queda para cima do rival. De novo em pé, encurralou Dodson na grade por um momento. No segundo e no terceiro rounds, Dodson manteve a mão pesada e derrubou Johnson mais duas vezes, primeiro com um cruzado de esquerda, depois com um de direita. O campeão partiu para a luta agarrada, mas não teve muito sucesso.
Demetrious Johnson comemora vitória sobre John Dodson (Foto: Getty Images)Demetrious Johnson comemora vitória sobre John Dodson em Chicago (Foto: Getty Images)

A partir do quarto assalto, Johnson acelerou o ritmo e mudou o panorama. O duelo foi interrompido por conta de uma joelhada ilegal de Johnson, enquanto Dodson estava com a mão apoiada no chão. Mas o desafiante logo retornou. O campeão tentou o single leg e ficou na defesa. Segurando Dodson contra a grade, no clinch, aplicou uma série de joelhadas que machucaram o nariz do rival. No último round, o campeão mais uma vez foi para a queda após acertar joelhadas no clinch. Ele tentou valorizar a posição, mas Dodson se levantou. O campeão foi bem no clinch de novo, com vários joelhadas no rosto e no corpo, e castigou o desafiante também com socos. Na decisão jurados, a vitória ficou com Johnson por unanimidade (48 a 47, 49 a 46 e 48 a 47).
Anthony Pettis dá show contra
Donald Cerrone

Pettis conquistou uma vitória supreendentemente tranquila sobre Donald Cerrone. Famoso por seus poderosos chutes, o americano começou a todo vapor e acertou alguns diretos e cruzados no queixo do oponente. Depois, uma série de chutes no corpo. No último deles, que entrou em cheio na linha da costela, Cerrone se sentiu mal e caiu quase desacordado. Pettis foi para cima e aplicou dois socos para liquidar a fatura, aos 2m35s do primeiro round, por nocaute técnico. No microfone, ele pediu ao presidente Dana White para lhe dar uma chance de disputar o cinturão. E ninguém vai se surpreender se isso acontecer em breve.
Ricardo Lamas se aproxima do cinturão dos penas
O americano Ricardo Lamas conquistou um nocaute técnico impressionante sobre Erik Koch, ex-desafiante número 1 dos penas. O primeiro round teve Koch tentando levar ao combate na trocação, e Lamas partindo para a luta agarrada. A vantagem ficou com o segundo, que conseguiu evitar o jogo do rival. No assalto seguinte, Lamas levou a luta para o chão e, na montada, aplicou uma sequência impressionante. Primeiro com uma cotovelada, ele abriu um corte abaixo do olho de Koch. Depois, com uma esquerda poderosa, abriu um corte profundo na testa do oponente. Por fim, soltou algumas cotoveladas neste mesmo local e praticamente "apagou" Koch. O árbitro Big John McCarthy interrompeu o duelo aos 2m32s.
TJ Grant nocauteia Matt Wiman
Na luta entre dois dos pesos-leves mais subestimados do UFC, a última do card preliminar, TJ Grant bateu Matt Wiman por nocaute técnico. O canadense conseguiu boa vantagam na trocação em todo o primeiro round e, nos segundos finais, encaixou duas boas cotoveladas na têmpora do adversário, que ficou quase desacordado. TJ foi para cima para sacramentar o trabalho, e o árbitro Herb Dean interrompeu o duelo aos 4m51s do primeiro round.
Clay Guida estreia no peso-pena
com vitória
sobre Hioki
O ex-peso-leve Clay Guida  foi mais agressivo no primeiro round, como de costume, mas acertou menos golpes na trocação franca do que Hatsu Hioki, que se aproveitou da boa envergadura que tem e aplicou chutes no corpo e alguns diretos. Os dois se embolaram no chão na segunda etapa após uma linda queda aplicada por Guida. Hioki tentou a kimura, mas o americano se defendeu bem do golpe e depois conseguiu um ligeiro domínio por cima. Quando o árbitro mandou o duelo de volta ao centro do octógono, Hioki acertou um chute na cabeça que impressionou a torcida. No terceiro, Guida levou a luta de novo para baixo, controlando a posição enquanto Hioki tentava achar uma brecha para finalizar. Na decisão dos jurados, de forma dividida, o triunfo ficou com Clay Guida (28 a 29, 30 a 27 e 29 a 28).
Pascal Krauss vence bem
Mike Stumpf

O meio-médio alemão Pascal Krauss começou bem melhor do que o americano Mike Stumpf, com uma combinação de chutes baixos e bons diretos. No fim do primeiro round, ele acertou um belo gancho e quase derrubou o adversário. No segundo assalto, Krauss seguiu melhor na trocação, enquanto Stumpf tentava, sem sucesso, controlá-lo no chão. O panorama foi o mesmo no terceiro round, mas Stumpf valorizou a vitória do rival. Mesmo com o rosto sangrando bastante, o americano manteve a garra no combate. No fim, Krauss venceu por decisão unânime dos jurados (triplo 30 a 27).
Ryan Bader volta com tudo
A derrota para Lyoto Machida na última luta fez bem a Ryan Bader, que foi com tudo para cima do veterano Vladimir Matyushenko. O americano acertou um cruzado de esquerda e conseguiu o knockdown. Ele aproveitou o bom momento e, no chão, encaixou um triângulo de mão no rival, que bateu com apenas 50 segundos do primeiro round, a finalização mais rápida da história da categoria dos meio-pesados no Ultimate.
Shawn Jordan e a reviravolta
contra Mike Russow

Em um duelo tradicionalemente peso-pesado, Mike Russow e Shawn Jordan iniciaram uma trocação franca no primeiro round. Russow acertou duas bombas de direita e quase nocauteou. Ele encurralou o adversário na grade e seguiu encaixando bons golpes. No segundo round, Jordan inverteu a situação e conseguiu a montada, soltando muitas bombas. Russow se levantou, mas foi derrubado novamente e deu as costas para Jordan, que aplicou uma série de socos e venceu por nocaute técnico aos 3m48s.
David Mitchell domina Simeon Thoresen
A luta de abertura do "UFC: Johnson x Dodson" levantou o público do United Center com muita trocação no primeiro round. Mitchell acertou mais golpes, mas Thoresen foi quem chegou a balançar mais o rival. No segundo assalto, o duelo foi para o chão, e Mitchell mostrou boa técnica ao ficar perto de encaixar um gogoplata. O americano foi melhor e castigou o rosto de Thoresen quando esteve por cima. No terceiro e último, Mitchell pouco superior e conquistou a vitória por decisão unânime (triplo 30 a 27).
UFC: Johnson x Dodson
26 de janeiro de 2013, em Chicago (EUA)
CARD PRINCIPAL
Demetrious Johnson venceu John Dodson por decisão unânime dos jurados
Glover Teixeira venceu Rampage Jackson por decisão unânime dos jurados
Anthony Pettis venceu Donald Cerrone por nocaute técnico no primeiro round
Ricardo Lamas venceu Erik Koch por nocaute técnico no segundo round
CARD PRELIMINAR
T.J. Grant venceu Matt Wiman por nocaute técnico no primeiro round
Clay Guida venceu Hatsu Hioki por decisão dividida dos jurados
Pascal Krauss venceu Mike Stumpf por decisão unânime dos jurados
Ryan Bader venceu Vladimir Matyushenko por finalização no primeiro round
Shawn Jordan venceu Mike Russow por nocaute técnico no segundo round
Rafael Sapo Natal venceu Sean Spencer por finalização no terceiro round
David Mitchell venceu Simeon Thoresen por decisão unânime dos jurados

Rampage Jackson faz pedido pós-luta a Glover: 'Vá buscar o título'

Brasileiro conta sobre conversa no vestiário, diz que não se importa com próximo oponente e que vai ajudar Lyoto a se preparar para o UFC 157

Por SporTV.com Chicago, EUA
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Glover Teixeira e Rampage Jackson posam juntos após a luta (Foto: Reprodução/Twitter)Glover Teixeira e Rampage Jackson posam juntos
após a luta (Foto: Reprodução/Twitter)
Após a luta entre o brasileiro Glover Teixeira e o americano Rampage Jackson, fotos dos dois juntos no vestiário, com o mineiro usando a corrente tradicional do adversário, começaram a surgir na internet. Na coletiva de imprensa pós-luta, Glover revelou o que conversou com o ex-campeão dos pesos-meio-pesados:
- Ele disse que foi uma ótima luta, eu disse que cumpri a promessa de lutar em pé com ele, ele disse que sim. Eu disse que sou um grande fã, e ele disse que agora é meu fã e disse, "Vá buscar o título" - contou o brasileiro, que venceu a luta por decisão unânime dos jurados e fez pouco caso das provocações ditas pelo americano na preparação do combate.
- Todo mundo fala antes da luta, eu não me importo.
Muito da conversa antes do combate era em torno da frustração de Rampage em enfrentar lutadores que prometiam nocauteá-lo, mas logo levavam a luta ao chão. Glover também prometeu manter a luta em pé e, apesar dos pedidos insistentes de sua equipe para quedar o americano, pouco o fez - e quando o fez, logo se levantou novamente.
- Chuck (Liddell) gritou a luta inteira para colocar ele para baixo, mas Glover disse, "Eu disse que ia manter a luta em pé, tinha que fazê-lo" - afirmou Dana White, presidente do UFC.
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- Eu tentei nocauteá-lo. Eu sempre digo, as pessoas acham que é fácil, mas eu sempre disse que nocautear Rampage seria difícil. Eu pressionei, coloquei para baixo, botei os ganchos e meu técnico de jiu-jítsu ficou louco, porque eu o deixei se levantar, mas ele ia dizer que eu o segurei no chão, então pensei, vamos ver o que ele faz - explicou Glover.
Glover Teixeira x Rampage Jackson (Foto: Getty Images)Glover Teixeira acerta um golpe em Rampage Jackson: brasileiro não conseguiu nocaute (Foto: Getty Images)
A próxima luta de Glover, agora, é um mistério. O brasileiro, porém, está pronto para quem vier e disse que voltará à ativa em breve para ajudar o compatriota Lyoto Machida a se preparar para o duelo contra Dan Henderson, pelo UFC 157, em 23 de fevereiro.
- Depende dele (Dana White), do pessoal do UFC. Eu não me importo, cara, qualquer um. Acho que estou 100% agora e estou pronto para lutar. Eu vou tirar cinco dias de folga e volto a treinar para ajudar Lyoto Machida - afirmou.

Dana White revela que morte do pai de Fedor impediu duelo contra Lesnar

Chefão diz que acerto para a luta entre os dois gigantes estava a um passo de ser assinado quando russo decidiu se aposentar para ficar com a família

Por SporTV.com Chicago, EUA
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Um dos maiores sonhos dos fãs do UFC esteve muito perto de se tornar realidade. Segundo o presidente Dana White, uma luta entre o russo Fedor Emelianenko e o gigante americano Brock Lesnar ficou a um passo de ser acertada. O duelo entre a lenda do Pride e do Strikeforce e o então campeão dos pesos-pesados do UFC seria disputado no Cowboys Stadium, em Dallas.
MONTAGEM - Brock Lesnar e Fedor Emelianenko UFC (Foto: Agência Getty Images)Luta entre Brock Lesnar e Fedor Emelianenko por pouco não foi anunciada pelo UFC (Foto: Getty Images)
Conhecido pela dificuldade em negociar seus contratos, Fedor sempre foi uma pedra no sapato do UFC. Após muitas negociações, o russo assinou com o Strikeforce. Após três derrotas, para Fabrício Werdum, Antônio Pezão e Dan Henderson, e três vitórias, entre elas a última de sua carreira, contra Pedro Rizzo, a lenda dos pesos-pesados decidiu se aposentar em 2012. Logo após o anúncio da decisão do russo de pendurar as luvas, Dana White teria entrado em contato com os empresários de Fedor, e as negociações estiveram muito perto de levar o russo para o UFC.
- Nós negociamos por meses, e estávamos em conversas muito adiantadas com Fedor. Estivemos a um passo de assinar o contrato para que ele enfrentasse Brock Lesnar - que na época havia sido derrotado por Alistair Overeem - em Dallas. Lembram quando eu disse que as coisas empacaram? Na verdade, tudo andou muito bem, e Brock Lesnar já havia aceitado voltar atrás na sua decisão de deixar o UFC para fazer a luta. Mas o pai de Fedor morreu, e ele decidiu se aposentar definitivamente. Quando Lesnar soube que Fedor havia abandonado a carreira, decidiu também se aposentar do MMA e seguir seu caminho no WWE.
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UFC DAna White (Foto: Agência Getty Images)Dana White esteve a um passo de promover duelo
dos gigantes do MMA no UFC (Foto: Getty Images)
Para Dana White, a decisão de Fedor Emelianenko de se aposentar de forma definitiva acabou com suas pretensões de tentar convencê-lo a ir para o UFC.
- Ele me disse que pretendia passar o resto da vida com a sua família. Até onde eu entendo, isso significa que ele jamais vai querer lutar novamente. Tudo é possível nesse ramo, e nunca se sabe quando as coisas vão acontecer. Mas o certo é que vocês jamais me verão correndo atrás de um cara que declarou publicamente que está aposentado. O fato é que nós faríamos a luta entre os dois. Brock se encontrou conosco, fomos a um evento do UFC juntos, jantamos, e ele voltou para casa. As negociações estavam indo bem, mas acho que Brock decidiu abandonar o MMA quando soube que Fedor estava aposentado. Acho que ele vai ficar mais um tempo no WWE e depois largar tudo e ir cuidar da família. Ele tem uma fazendo imensa no Canadá, e sei que ele adora ficar com sua família no meio do nada - finalizou o dirigente, que confirmou que pretende realizar a primeira edição do UFC na Rússia ainda este ano.

Gaúcho volta a elogiar Dedé e o põe entre melhores zagueiros do mundo

Técnico do Vasco afirma que defensor sempre estará sendo observado por grandes clubes e avisa: 'Chegará um dia em que não haverá como segurar'

Por Vicente Seda Volta Redonda, RJ
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A permanência de Dedé no Vasco depois da investida do Corinthians foi motivo de comemoração no Vasco. Garantido no clube pelo menos até julho e com a multa rescisória do contrato aumentada para € 10 milhões (R$ 26 milhões), o zagueiro teve boa atuação e marcou um gol na vitória por 4 a 2 sobre o Resende, o terceiro triunfo consecutivo dos cruz-maltinos no Campeonato Carioca. Diante do quadro, o técnico Gaúcho tratou de encher a bola do jogador.
Questionado se ainda teme perder o zagueiro, o treinador do Vasco colocou Dedé entre os melhores do mundo da posição e, portanto, alvo constante de grandes equipes em busca de reforços. Ele avisou que, embora o defensor tenha permanecido no clube, em algum momento não haverá como evitar uma transferência.
- O Dedé é do Vasco mas, se entrar em campo, tem sempre alguém vendo. Ele é um dos melhores do mundo na posição, então sempre haverá gente observando. Chegará um dia em que não haverá mais como segurar - disse.
Dedé gol Vasco (Foto: Ernesto Carriço / Ag. Estado)Valorizado pelo treinador, Dedé comemora seu gol contra o Resende (Foto: Ernesto Carriço / Ag. Estado)
Além dos elogios ao zagueiro, Gaúcho não deixou de elogiar o melhor ataque do Campeonato Carioca. Afirmou que o bom início de temporada, com 100% de aproveitamento em três jogos, se deve ao bom poder de finalização dos jogadores.
- O Vasco está levando vantagem porque tem jogadores que finalizam muito bem - resumiu.
O próximo jogo do Vasco será contra o Flamengo, quinta-feira, no Engenhão, às 19h30. Na terça-feira, o clube deve apresentar mais um reforço: o lateral Nei.
Neymar marca no fim e salva Santos de derrota contra o Bragantino
Astro faz de pênalti, Peixe empata e segue na liderança do Paulistão. Ala Diego Macedo, do Braga, é o grande destaque da partida
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • nome do jogo
    Diego Macedo
    Lateral do Braga deitou e rolou. Deu assistência para Raphael Andrade e fez um golaço à lá Neymar.
  • deu errado
    Ala esquerda
    Guilherme Santos viu as principais jogadas do Bragantino serem criadas pelo seu setor. No segundo tempo, foi substituído.
  • estatística
    Amarelos
    Neymar sofreu com as faltas do Bragantino e foi caçado ao longo do jogo. Tanto que provocou quatro cartões amarelos.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Aguerrido, viril, mas nunca desleal. O técnico Mazola Júnior, do Bragantino, prometeu seu time jogando assim para segurar o Santos, de modo geral, e Neymar, em particular. Mais do que organizado na marcação, o time do interior foi superior, principalmente no primeiro tempo, mas acabou castigado no fim e ficou no 2 a 2 com o Peixe, na noite deste domingo, no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, pela terceira rodada do Paulistão.
É fato que o Bragantino abusou das faltas para segurar o craque do Peixe, mas cumpriu a ordem do treinador. Pelo menos, não apelou. Provavelmente inspirado no craque, o lateral-direito Diego Macedo roubou a cena e foi o grande nome do jogo, com uma assistência e um golaço à lá Neymar. Ao longo do jogo, ele aproveitou os espaços deixados por Guilherme Santos na esquerda da defesa do Peixe e fez o que quis.
Apesar do empate, a equipe da Vila Belmiro segue na liderança do estadual, com sete pontos (mesmo número do Mogi Mirim, que fica em segundo porque tem um gol a menos - 8 a 7). Já o Braga, com três pontos, está em 14º.
Na próxima quinta-feira, às 19h30m (horário de Brasília), o Bragantino encara o Guarani, no estádio Brinco de Ouro. Na quarta, também às 19h30m, o Santos enfrenta o Ituano, no estádio Noveli Júnior, em Itu.
Neymar Santos x Bragantino (Foto: André Montejano / Ag. Estado)Neymar tenta partir para cima da marcação (Foto: André Montejano / Ag. Estado)
Braga pressiona e abre o placar
O zagueiro Carlinhos, do Bragantino, grudou em Neymar na primeira etapa. Correu muito, se enroscou com o santista, fez faltas, levou cartão amarelo, mas conseguiu impedir o brilho do atacante adversário.
Com o astro do Peixe sob controle, o Braga tratou de encurralar o Peixe, que sofreu. Em três minutos, três ataques, sendo o último deles o mais perigoso. Assim como o Botafogo-SP fez na última quarta-feira, o Masa Bruta aproveitou o espaço deixado por Guilherme Santos na esquerda da defesa santista. Mas foi de fora da área o primeiro susto: bomba de Léo Jaime no travessão de Rafael.
O Santos entrou em campo com o volante Renê Júnior recuado, quase como um líbero, para dar qualidade na saída de bola. Mas tanto o volante, quanto o restante do time só conseguiu criar algo aos dez minutos. Para o azar dos santistas, a chance caiu nos pés de André, que, em má fase, desperdiçou a boa trama iniciada por Neymar e Montillo.
Antes de abrir o placar, o Bragantino dava sinais de que o caminho seria pelo alto. Primeiro, o bom lateral-direito Diego Macedo cruzou e viu Cícero desviar contra o travessão de Rafael, aos 19. Na sequência veio o gol: Raphael Andrade aproveitou de cabeça nova bola levantada por Diego Macedo e venceu Rafael, que espalmou sem sucesso, aos 27 minutos.
A vantagem só não foi maior para o Bragantino porque Léo Jaime perdeu ótima chance após bela jogada de Diego Macedo. Pela direita, ele driblou Guilherme Santos e rolou no capricho para o meia, sozinho, mandar para fora, aos 33. Neymar, de falta, chegou a assustar, mas o primeiro tempo ficou mesmo no 1 a 0 para o time do interior.
Diego Macedo dá show, mas Peixe empata
Na saída para o intervalo, Arouca e Rafael admitiram: o Santos precisaria corrigir os erros para mudar o resultado. Logo aos cinco minutos, a modificação veio, mas no placar. Sem a participação de Neymar, algo raro, o time empatou. Em bela jogada, Montillo driblou dois adversários e serviu com maestria Cícero. Pela esquerda, o meia invadiu a área e soltou a bomba cruzada, no canto esquerdo, sem chances para Rafael Defendi.
O momento seguinte de alegria para os santistas que lotaram a arquibancada de visitantes do estádio Nabi Abi Chedid foi aos 16 minutos. Mas não por um gol. Muricy trocou André, contestado e em má fase, por Miralles, reserva “talismã” que marcou três gols no ano, sempre saindo do banco.
Depois da troca, porém, quem novamente tomou à frente do placar foi o Bragantino. E em mais uma fila de Diego Macedo, o nome do jogo. De novo pela direita do ataque, ponto fraco da defesa santista, ele primeiro chamou Guilherme Santos para dançar. Depois, driblou Renê Júnior e Durval. Em seguida, colocou a bola com categoria no ângulo esquerdo de Rafael, aos 19 minutos. Pintura à la Neymar.
Na sequência, Muricy perdeu a paciência com Guilherme Santos e o substituiu por Felipe Anderson. Assim, Cícero passou a ocupar a lateral esquerda. Depois, Pinga entrou na vaga de Renê Júnior, mas, apesar da pressão, o Peixe não conseguia furar a defesa adversária.
Quando parecia tudo finalizado, o zagueiro Kadu colocou a vitória do Bragantino por água abaixo. O defensor derrubou Miralles dentro da área: pênalti. Neymar bateu e converteu, dando números finais em Bragança Paulista.
Botafogo e Fluminense empatam no primeiro clássico do Carioca 2013
Reprise da final do ano passado, confronto terminou em igualdade pela oitava vez desde que o Engenhão foi inaugurado,em 2007: 1 a 1
 
DESTAQUES DO JOGO
  • respeito
    silêncio total
    Antes do clássico foi respeitado um minuto de silêncio pelas vítimas do incêndio em Santa Maria (RS). As torcidas se calaram plenamente.
  • o nome do jogo
    Nem infernal
    Além de ter aberto o placar no Engenhão, atacante atormentou os defensores do Botafogo e criou as melhores jogadas do Fluminense no clássico.
  • cerebral
    Seedorf
    O holandês estreou no Carioca ao entrar no segundo tempo, quando o Botafogo perdia por 1 a 0. Em lance de craque, deu gol empate de presente para Bolívar.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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O primeiro clássico do Campeonato Carioca de 2013 manteve a rotina dos confrontos entre Botafogo e Fluminense no Engenhão: 1 a 1, gols de Wellington Nem e Bolívar, em partida muito disputada, com forte marcação de ambos os lados. Desde a inauguração do estádio, em 2007, cada time venceu o duelo três vezes, com oito empates. Os tricolores não tiveram seu principal atacante, Fred, que faz reforço muscular antes de retornar aos gramados. Os alvinegros, por sua vez, só contaram com o holandês Seedorf no segundo tempo, quando entrou no lugar de Jádson e fez a jogada do gol de empate.
Na próxima rodada, o time das Laranjeiras, que lidera o Grupo B com sete pontos - mesmo número de Flamengo (2º) e Audax (3º), que estão em desvantagem nos critérios de desempate - enfrenta o Friburguense, na quarta-feira, às 22h, no Engenhão. Já o Botafogo, terceiro colocado no Grupo A, com cinco pontos, atrás de Vasco (nove) e Friburguense (seis), joga em Moça Bonita contra o Audax, também na quarta-feira, às 17h.

Antes do clássico, o estádio se calou. Os jogadores de ambos os times se reuniram com os árbitros no centro do gramado e as torcidas de Botafogo e Fluminense também fizeram silêncio em respeito às vítimas do incêndio em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que deixou mais de 200 mortos.
Wellington Nem gol Fluminense (Foto: Bruno Turano / Photocamera)Wellington Nem comemora o seu gol pelo Fluminense no Engenhão (Foto: Bruno Turano / Photocamera)
Nos primeiros minutos, o Botafogo mostrou mais ímpeto, procurando tocar a bola no campo de ataque. A polêmica não tardou. Logo aos três minutos, Lodeiro recebeu livre na frente, mas a arbitragem marcou impedimento equivocado. Com bom toque de bola entre Andrezinho, Fellype Gabriel, Gilberto e Lodeiro, os alvinegros davam trabalho à defesa tricolor, que rechaçava as tentativas na base do chutão, sem que o Fluminense conseguisse passar do meio de campo em condições de criar boas jogadas.

O panorama só começou a mudar aos 10 minutos, quando o Fluminense começou a partir para o ataque com maior consistência, mas sem muito sucesso. Até os 14 minutos, quando Wellington Nem recebeu sozinho na frente e Jefferson teve de sair desesperado da área para interromper a jogada, com um carrinho preciso antes que o atacante dominasse a bola. Na sequência, em contra-ataque, Bruno Mendes tentou de fora da área, mas mandou em cima de Diego Cavalieri, que encaixou com facilidade.
Com ambos os times procurando encurtar os espaços e usando a repetição de faltas no meio de campo para travar o adversário, o jogo ficou truncado, com poucas chances de gol. Se com a bola rolando estava complicado, aos 27 minutos Thiago Neves teve boa oportunidade de bola parada. Bateu com efeito, com muito perigo, mas para fora. Dois minutos depois, Fellype Gabriel conseguiu escapar da marcação em boa jogada, mas soltou um peteleco nas mãos de Cavalieri.
Aos 37 minutos, Wellington Nem recebeu de Thiago Neves na área, girou e bateu cruzado. Digão e Leandro Euzébio chegaram atrasados e não conseguiram tocar a bola que cruzou a pequena área. O gol veio aos 42 minutos, quando Wellington Nem tabelou com Bruno pela direita, recebeu na área e mandou para a rede: 1 a 0.
Botafogo x Fluminense (Foto: Rafael Cavalieri)Jogadores, árbitros e torcida respeitaram o minuto
de silêncio pelas vítimas do incêndio em Santa
Maria (Foto: Rafael Cavalieri)
No segundo tempo, quem começou partindo para o ataque foi o Fluminense. Logo aos cinco minutos, Valencia quase marcou um golaço, de letra. Jefferson apareceu bem. Oswaldo de Oliveira resolveu sacar Jádson para a entrada do holandês Seedorf. Mas o jogo voltou a ficar amarrado, com os times insistindo em avançar pelo meio, completamente congestionado. Dessa forma, as oportunidades de gol voltaram a desaparecer. O técnico Abel Braga resolveu então chamar Rhayner para o lugar de Thiago Neves.

Aos 21 minutos, por muito pouco o Fluminense não ampliou. Em belo contra-ataque, Jean deu um lençol em Marcelo Mattos e deu passe perfeito para Wellington Nem partir sozinho, em velocidade. Jefferson mais uma vez saiu muito bem do gol e, no rebote, novamente o goleiro alvinegro mostrou reflexo, em mais uma boa defesa no chute de Jean, que acompanhou a jogada.

Aos 27, o Botafogo teve boa oportunidade em cobrança de falta que Seedorf bateu com efeito, mas em cima de Cavalieri. Na sequência, em lance confuso, a bola sobrou no pé do holandês. Com a área congestionada, parecia que a defesa tricolor mataria a jogada com facilidade, mas o craque levantou na medida para Bolívar, que apareceu atrás da zaga tricolor para empatar: 1 a 1. No fim, ainda houve tempo para um princípio de confusão entre e Seedorf e Valencia, mas o placar permaneceu inalterado.

Kleberson faz primeiro gol no Castelão novo, e Bahia vence Ceará

Chutaço do campeão mundial de 2002 balança pela primeira vez a rede do estádio reformado para as Copas das Confederações e do Mundo

Por Roberto Leite Fortaleza, CE
Coube a um campeão mundial pela Seleção a honra de ser o herói do jogo da reinauguração do Castelão, primeiro estádio reformado para as Copas das Confederações de 2013 e do Mundo de 2014 a receber uma partida. No jogo de fundo da rodada dupla da Copa do Nordeste, Kleberson fez o gol da vitória do Bahia sobre o Ceará por 1 a 0, em Fortaleza.
Com o resultado, o Tricolor de Salvador assumiu a liderança do grupo A, com sete pontos. O Vovô perdeu uma posição e ficou em terceiro lugar, com quatro.
Em campo, cearenses e baianos não mostraram muita coisa. Em todo o jogo, foram cinco lances perigosos e nada mais. No restante, um festival de bolas perdidas, passes errados e finalizações mal executadas.
Na próxima rodada, as duas equipes voltam a se encontrar no Estádio de Pituaçu, quinta-feira que vem, desta vez na Bahia, às 21h15m (horário local) e 22h15m (de Brasília).
Helder do Bahia João Marcos do Ceará (Foto: LC Moreira / Futura Press)Helder do Bahia e João Marcos do Ceará disputam a bola (Foto: LC Moreira / Futura Press)
Vaias e pouco futebol
As vaias começaram cedo na partida entre Ceará e Bahia. As duas equipes abusaram dos passes errados e das falhas de finalização. E, por isso, fizeram um primeiro tempo muito menos apreciado das arquibancadas do que o jogo de abertura da rodada dupla, o empate sem gols entre Fortaleza e Sport.
Um detalhe que poderia ajudar a explicar a ineficácia dos times é que nenhum dos dois escalou, a princípio, centrovantes natos. Ryder e Zé Roberto formavam a dupla ofensiva do Bahia, e Ricardinho e Luis Henrique entraram em campo pelo Ceará - este foi substituído aos 29 minutos, machucado, pelo goleador Magno Alves.
Contudo, quando a torcida começou a reclamar, os times tomaram um novo alento e, embora mais na base da raça e menos na técnica, criaram cinco oportunidades que fizeram os torcedores trocarem as vaias pelos aplausos após os primeiros 45 minutos.
O primeiro lance de real perigo teve um desfecho inacreditável. Já aos 30 minutos de jogo, em contra-golpe rápido do Bahia, Zé Roberto lançou Kleberson. O volante cruzou com precisão para Ryder, sozinho, de frente para Fernando Henrique. Mas ele furou, e a bola passou longe da meta do Vovô.
Logo em seguida, Neto cruzou, Zé Roberto testou de cabeça e Fernando Henrique espalmou. Mas, na sobra, não teve jeito. Kleberson mandou uma bomba indefensável, marcando o primeiro gol da nova Arena Castelão, aos 32 minutos.
A partir de então, o Alvinegro de Porangabuçu fez uma verdadeira blitz na defesa baiana. Em uma das investidas, Vicente acertou um chutaço de fora da área. A bola fez uma curva e foi bater no travessão. Dois minutos depois, o mesmo susto, na conclusão de Ricardinho que ainda foi desviada pelo goleiro Marcelo Lomba.
Já quase no fim do primeiro tempo, Eric cobrou um lateral errado e colocou nos pés de Jussandro. Ele cruzou para a área, e Ryder cabeceou à queima-roupa. Fernando Henrique foi buscar. Na volta, a bola bateu no travessão e sobrou para a zaga mandar para longe.
Kléberson gol Bahia (Foto: Ernesto Rodrigues / Ag. Estado)Kléberson foi o único a balançar as redes no domingo de rodada dupla (Foto: Ernesto Rodrigues/Ag. Estado)
Marasmo e câmera quebrada
Se Ceará e Bahia terminaram o primeiro tempo pressionando um ao outro, o início da etapa final voltou a não ter quase inspiração. O Vovô chegava em chutes de fora da área. O Tricolor baiano vinha nos contra-ataques, com pouca criatividade.
A falta de atitude das duas equipes chegou a tal ponto que, até os 30 minutos, além de não ter acontecido qualquer lance real de gol, o que mais chamou a atenção foi a queda de uma das câmeras de segurança nas arquibancadas. O objeto caiu nas cadeiras inferiores e ficou destruído.
Aos 32 minutos, os telões do estádio se apagaram por dois minutos, sendo religados em seguida. Enquanto isso, Ceará e Bahia continuavam produzindo pouquíssimo em campo. A melhor chance foi um chute torto de Magno Alves, que passou sem perigo em frente à meta de Marcelo Lomba.
Com 37 minutos, Talisca cobrou escanteio com efeito, na tentativa de um gol olímpico. Fernando Henrique salvou. No rebote, Ítalo Melo chutou mal, e a bola se perdeu pela linha de fundo.
Magno Alves ainda tentou garantir o empate para o Ceará. Mas Titi fez o desarme na hora da finalização do atacante alvinegro. Foi a última chance de empate dos anfitriões. E as vaias retornaram com o apito final do árbitro.
Penapolense surpreende e vence o Palmeiras de virada no Pacaembu
Verdão sai na frente, mas permite que adversário tome conta da partida e não consegue reagir. Torcida xinga os jogadores e pede contratações
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • deu errado
    Tática
    O esquema tático do primeiro tempo deixou o Palmeiras sem criatividade e dificultou a vida de Barcos, isolado no ataque. No segundo tempo as coisas melhoraram, mas mesmo assim a vitória foi do Penapolense.
  • torcida verde
    Apoio e vaia
    No fim da segunda etapa, com o terceiro gol do Penapolense, parte da torcida do Palmeiras criticou os jogadores e cobrou reforços. Enquanto isso, o restante dos palmeirenses preferiu o apoio aos atletas.
  • paredão
    Marcelo
    Goleiro do Penapolense salvou o time na segunda etapa. Ele fez três defesas em menos de cinco minutos que foram fundamentais para que a equipe de Penápolis saísse do Pacaembu com a vitória neste domingo.
A CRÔNICA
por Gustavo Serbonchini
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A vitória por 3 a 1 sobre o Oeste, quarta-feira passada, em São José Rio Preto, parece não ter passado de um lampejo do Palmeiras. Neste domingo, contra o Penapolense, um dos caçulas do Paulistão, os velhos problemas do Alviverde apareceram: nervosismo, falta de coordenação, chances desperdiçadas, parte da torcida jogando contra com xingamentos... Resultado: derrota por 3 a 2, no Pacaembu, e a volta de velhos fantasmas que tanto assombraram o Verdão no ano passado.
Pelo lado do adversário, muita emoção. A equipe disputa a Primeira Divisão estadual pela primeira vez, e alguns jogadores chegaram a chorar ao fim da partida. Com o resultado, o Verdão permanece com quatro pontos, na nona posição. Já o Penapolense, com seis, está em quarto lugar.
Na próxima rodada, o Palmeiras recebe o São Bernardo, quinta-feira, às 19h30m (de Brasília), no Pacaembu. Já o time de Penápolis, na quarta, às 19h30m, enfrenta o XV de Piracicaba, em Penápolis.
Barcos Palmeiras x Penapolense (Foto: Miguel Schincariol / Ag. Estado)Barcos cercado por quatro jogadores do Penapolense. Verdão afundou (Foto: Miguel Schincariol / Ag. Estado)
Penapolense assusta
Os dois times entraram em campo com esquemas parecidos: linhas de quatro na defesa, dois volantes, três meias e um atacante adiantado. O Palmeiras começou a todo vapor. Logo com um minuto, Maikon Leite quase abriu o placar: ele recebeu de Ayrton, invadiu a área e chutou cruzado. Seis minutos depois, o Verdão acertou o alvo, em cobrança de falta certeira de Ayrton: de pé direito, ele acertou ângulo direito de Marcelo.
O time da casa tinha o jogo sob controle, parecia tranquilo em campo. No entanto, em poucos minutos, a casa verde ruiu. O Penapolense empatou aos nove, com Guaru, cobrando falta e contando com a sorte. A bola bateu no travessão, voltou nas costas de Fernando Prass e cruzou por pouco a linha.
O Verdão sentiu o baque. A torcida, impaciente, passou a se manifestar de maneira mais dura. Veio o segundo golpe. Com um toque de bola envolvente pela esquerda, o Penapolense virou aos 14. Rodrigo Biro entrou livre e cruzou para Magrão empurrar para a rede.
Atrás no placar, o Palmeiras se mandou para o ataque, mas, descoordenado, não criou grandes jogadas. Com muitos toques errados, o Verdão teve dificuldade para chegar com condições de marcar. As jogadas individuais também não saíram. Como a bola não chegava ao ataque, Barcos chegou a voltar até o meio de campo para tentar iniciar jogadas. Em vão.
O Penapolense ainda podia ter ido para o intervalo com mais dois gols na conta. Aos 44, Anderson Carvalho perdeu gol cara a cara com Prass. Já nos acréscimos, após falha de Maurício Ramos, foi a vez de Magrão chegar sozinho e mandar para fora.
Verdão aperta, mas Penapolense vence
Percebendo as dificuldades da equipe palmeirense no primeiro tempo, o técnico Gilson Kleina voltou do intervalo com duas mudanças. Valdivia entrou no lugar de João Denoni, e Vinícius foi a campo na vaga de Patrik Vieira. O chileno passou a dividir com Wesley a função de armar as jogadas. Enquanto isso, Maikon Leite foi para a direita e deixou Vinicius mais pela esquerda.
Aos oito minutos, o zagueiro Jailton, que havia recebido o cartão amarelo aos seis, por falta em Valdivia, recebeu o segundo por demora na cobrança de uma falta no meio do campo. Ele se preparava para bater, mas Valdivia recuou um pouco a bola. Quando o defensor tentou ajeitar novamente para executar a cobrança, o árbitro Fábio Volpato considerou que ele estava fazendo cera e o expulsou.
Com um a mais, o time da casa dominou o seu campo ofensivo e passou a assustar mais o adversário. Valdivia conseguiu diminuir um pouco a correria improdutiva da primeira etapa. Com a bola no chão, o Palmeiras cresceu e criou várias chances de empatar. Aos 17, Maikon Leite se aproveitou de cobrança de falta rápida do chileno para fazer o lance pela direita. Ele cruzou para Márcio Araújo, que mandou em cima do goleiro.

Dois minutos depois, novamente em passe de Valdivia, foi a vez de Barcos pegar da pequena área e bater para defesa do arqueiro. Aos 20, mais uma ótima defesa de Marcelo. Vinícius passou pela marcação na esquerda e chutou forte. No rebote, o meia chileno mandou por cima. Pouco depois, Kleina promoveu a entrada de Luan na vaga de Maikon Leite. A reação das arquibancadas foi um misto de vaias e palmas.
Aos poucos, o Palmeiras diminuiu o ímpeto e deixou o Penapolense segurar um pouco mais a bola. Com isso, a equipe do interior equilibrou a partida. Aos 30, o Verdão pagou caro pelas chances perdidas no início da segunda etapa. Após cruzamento de Guaru, Perez subiu mais do que todo mundo e escorou para o fundo do gol.
Após o terceiro gol do Penapolense, a torcida, que ensaiou algumas vaias na primeira etapa, perdeu a paciência e passou a criticar mais a equipe. Xingamentos a Luan, reclamações com a diretoria foram os mais ouvidos. Membros de uma organizada também ofenderam Valdivia, mas foram abafados pelo restante do estádio, que aplaudiu o Mago.
Durante esses protestos, Luan diminuiu, aos 42. Wesley cruzou para Henrique, que desviou e sobrou para o atacante empurrar para o gol. Mas não foi o suficiente para evitar a derrota do Verdão.
Contra o Mirassol, Romarinho marca, e Timão vence a primeira em 2013
Em jogo sonolento, Corinthians faz 1 a 0 logo no início do jogo e tem bom desempenho na 'despedida' dos reservas. Renato Augusto estreia bem
 
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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O Corinthians não precisou se esforçar muito para conseguir sua primeira vitória de 2013, no Campeonato Paulista. Neste domingo, em jogo preguiçoso no estádio José Maria de Campos Maia, o Timão fez 1 a 0 no Mirassol e teve desempenho positivo na “despedida” dos reservas neste início de temporada. Nomes como o carismático Zizao terão menos chances a partir de quarta-feira, quando o técnico Tite vai contar com os titulares campeões do Mundial de Clubes no Japão, que estão em pré-temporada.
O gol foi marcado por Romarinho, logo no início da partida, após cruzamento perfeito do estreante Renato Augusto. O reforço fez boas jogadas e mostrou que vai dar trabalho a Tite na hora de escalar a equipe que vai estrear na Taça Libertadores em 20 de fevereiro, contra o San José, da Bolívia. Outro destaque do duelo foi o goleiro Danilo Fernandes, com boas defesas que garantiram a vitória.
Agora, o Corinthians vai aos quatro pontos no Campeonato Paulista, em três partidas. O Mirassol, limitado tecnicamente, permanece zerado na competição. Derrotado em todos os jogos, o time de Ivan Baitello segura a lanterna do Paulistão.
Na próxima rodada, o Corinthians recebe o Mogi Mirim na quarta-feira, às 22h (de Brasília), no Pacaembu. No mesmo dia, o Mirassol vai a Jundiaí enfrentar o Paulista, às 17h (de Brasília).
Reforço faz a diferença
A estreia de Renato Augusto foi cercada de expectativas, e o meia tratou de correspondê-las com rapidez. Bem preparado, Renato mudou a dinâmica do meio-campo corintiano, que vinha apagado nos dois jogos iniciais da temporada. Mais ágil e ligado, o Timão envolveu rapidamente a defesa do Mirassol e criou duas chances pelo lado direito.
A primeira teve boa intervenção do goleiro Diego, mas a segunda resultou em gol. Aos seis minutos, Renato usou sua velocidade para se livrar da marcação. Depois, cruzou para Romarinho cabecear e fazer seu primeiro gol na temporada. O cartão de visitas do reforço estava dado, e ainda ajudou o atacante talismã de 2012, que teve atuação discreta nas duas partidas anteriores.
A vantagem precoce fez o Corinthians chamar o Mirassol para o ataque. Chances, só com o centroavante Marcel. Experiente, ele virou referência do time logo de cara e levou perigo a Danilo Fernandes duas vezes – num chute de fora da área e numa cabeçada perigosa, esta já no fim do primeiro tempo.
Com Marcel controlado, o Timão sofreu pouco e voltou a ser lento. A demora na transição da defesa para o ataque impediu que a equipe ampliasse o placar. Só Renato tentava dar velocidade. O chinês Zizao, mais discreto do que em outros jogos, abusou dos passes curtos, não conseguiu criar jogadas e ainda levou cartão amarelo. Para Tite, o importante era que seu time de reservas mostrava uma postura bem mais sólida.
Calor deixa times em marcha lenta
O calor intenso na cidade de Mirassol fez o segundo tempo ser disputado em ritmo ainda mais lento do que no primeiro. Poucas chances, muitos passes laterais no meio-campo e quase nenhuma emoção. A equipe do interior até tentou pressionar no início, mas parou em mais uma boa atuação do goleiro Danilo Fernandes. A principal defesa foi em um chute de Camilo, que Danilo buscou no ângulo direito logo aos três minutos.
Por outro lado, a “preguiça” dos times acabou abrindo mais espaços em campo. Pelo lado do Corinthians, só Edenílson e Renato Augusto tentaram manter o ritmo veloz, mas foram logo tomados pela sonolência geral em campo. Só as bolas paradas levaram algum perigo ao goleiro Diego. Romarinho quase fez seu segundo gol de cabeça no jogo, após cruzamento de Guilherme. Diego salvou com o pé direito.
Nas arquibancadas, só festa para Renato Augusto e Zizao, que buscou o jogo, mas não teve oportunidades de fazer seu gol. A maior alegria veio do Pacaembu, a cada gol do Penapolense sobre o Palmeiras que era anunciado pelo sistema de som. O Mirassol só deu um calor no fim, mas sem muita convicção. No último lance da partida, Rodrigo Possebon desperdiçou ótima oportunidade na grande área, chutando para longe.
Agora, os reservas do Timão dão lugar aos campeões mundiais. O pensamento já começa a se voltar para a tentativa do bicampeonato da Libertadores.
Flamengo vence o Volta Redonda com gol de Hernane nos acréscimos
Rubro-negros dominam jogo, que teve pênalti não marcado e gol mal anulado, mas sofrem até último minuto na estreia de Elias e João Paulo
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • polêmicas
    arbitragem
    O comentarista Arnaldo Cezar Coelho enxergou dois erros capitais: pênalti não marcado em Hernane e gol anulado por impedimento mal assinalado.
  • estreantes
    Elias e J. Paulo
    Os estreantes do dia no Flamengo tiveram bom desempenho. Elias deu bons passes e João Paulo mostrou consistência na lateral.
  • com que roupa?
    uniformes
    O Volta Redonda teve de trocar de uniforme no intervalo do jogo. No 1º tempo, as cores usadas pela arbitragem se confundiam com as da equipe.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Sob os olhares do presidente Eduardo Bandeira de Mello, o Flamengo por muito pouco não tropeçou de novo no Campeonato Carioca. Aos 48 minutos do segundo tempo, Hernane, logo após perder chance incrível, salvou o Flamengo de um novo empate na fase de grupos da Taça Guanabara. Em Moça Bonita, o time, que contou com as estreias de Elias e João Paulo, venceu o Volta Redonda por 1 a 0.
Mas houve pelo menos dois lances polêmicos que teriam prejudicado os rubro-negros, de acordo com o comentarista de arbitragem da TV Globo, Arnaldo Cezar Coelho. Primeiro, um pênalti não marcado de Dudu em Hernane. Depois, um impedimento mal assinalado de Rafinha, em jogada que resultou em gol anulado de Cáceres. O árbitro da partida foi Rodrigo Nunes de Sá.
Com a segunda vitória em três jogos, o Flamengo voltou à zona de classificação para a fase final da Taça Guanabara, da qual tinha saído temporariamente com a vitória do Audax sobre o Friburguense, no sábado. E a próxima partida promete ainda mais dificuldades. Na quinta-feira, os rubro-negros enfrentarão o Vasco, que tem 100% de aproveitamento e o melhor ataque da competição - 11 gols em três jogos -, às 19h30m (de Brasília), no Engenhão. O Voltaço, por sua, vez, aparece em quinto lugar no Grupo A, com quatro pontos. O próximo compromisso do time é na quinta-feira, contra o Resende, no Raulino de Oliveira.
Rubro-Negro começa ofensivo

O Flamengo começou a partida pressionando o Volta Redonda. Logo aos dois minutos de jogo, Rafinha recebeu na esquerda, em boa inversão de Ibson, limpou a marcação e bateu cruzado, com muito perigo. Pouco depois, aos oito, o estreante Elias avançou bem e sofreu falta na entrada da área. Também fazendo seu primeiro jogo pelo Flamengo, João Paulo bateu colocado, mas o goleiro Gatti defendeu sem maiores problemas.
Elias Flamengo x Volta Redonda (Foto: Mauricio val / VIPCOMM)Elias estreou pelo Fla e conseguiu bons passes contra o Volta Redonda (Foto: Mauricio val / VIPCOMM)
O clube da Gávea mostrava alguma dificuldade no toque de bola, uma vez que houve diversas modificações em relação ao time que terminou o ano de 2012, além de diversos atletas ainda participarem de uma pré-temporada prolongada promovida pelo técnico Dorival Júnior. Sem desfalques, o Volta Redonda jogava fechado, esperando chances de contra-ataque e tentando amarrar o jogo com faltas no meio de campo.
Aos 17 minutos, Rafinha - quem mais dava trabalho à defesa do Volta Redonda - fez boa jogada pela direita e cruzou para Nixon, que apanhou da bola e perdeu a melhor oportunidade da etapa. O jogo voltou a ficar amarrado. O time do interior tentou ameaçar aos 29 minutos, em finalização de cabeça, sem direção, de Jancarlos. Em seguida, contra-ataque do Volta Redonda e, quando Frontini tentava invadir a área, Renato Santos cortou com a mão. Falta perigosa, que Edu Pina cobrou muito mal, em cima da barreira, que, por sua vez, não estava na distância regulamentar.
Eduardo Bandeira de Mello Flamengo x Volta Redonda (Foto: Richard Souza)Eduardo Bandeira de Mello assistiu à vitória do
Fla em Moça Bonita (Foto: Richard Souza)
Aos 36, outra boa chance de Rafinha, que recebeu ótimo lançamento de Elias e, cara a cara com Gatti, bateu em cima do goleiro. Aos 40, o novo camisa 8 do Fla recebeu na fogueira, perdeu e ficou olhando Jancarlos bater forte para defesa segura de Felipe. González e Rafinha ainda tiveram boas chances nos acréscimos, mas o primeiro tempo terminou sem gols, apesar dos 65% de posse de bola dos rubro-negros.
A etapa final começou da mesma forma que a primeira, com grande chance para o time da Gávea. Renato Santos subiu sozinho, mas finalizou o cruzamento de João Paulo para fora. Aos quatro minutos, em lance confuso na área do Volta Redonda, Hernane tentou o drible e foi desequilibrado por Dudu. A torcida pediu pênalti, o comentarista de arbitragem da TV Globo Arnaldo Cezar Coelho concordou, mas Rodrigo Nunes de Sá mandou seguir. Outra falha, desta vez dos assistentes, ocorreu em seguida, quando Rafinha, em posição legal, cruzou para Cáceres abrir o placar. O gol, de acordo com Arnaldo, foi mal anulado.
Jogadores gol Flamengo (Foto: Mauricio Val / VIPCOMM)Hernane é abraçado por João Paulo e Cáceres após marcar (Foto: Mauricio Val / VIPCOMM)
Aos 14 minutos, Ibson errou passe na intermediária, e Adriano Felício partiu em velocidade, mas finalizou mal, cara a cara com Felipe. As tentativas de Elias e Hernane foram travadas pela zaga, e o Flamengo, a não ser na velocidade de Rafinha, se mostrava pouco eficiente para superar o ferrolho armado pelo Volta Redonda. O jogo voltou a ficar morno, mesmo com as entradas de Cleber Santana e Thomás nos lugares de Ibson e Nixon, respectivamente. Na terceira alteração, já aos 33 minutos, Dorival sacou Elias para a entrada de Renato Abreu. Porém, quem cobrou falta sofrida próxima à área no mesmo minuto foi Cleber Santana, que mandou por cima do gol de Gatti.
Aos 45 minutos, Hernane perdeu a melhor chance da equipe até então, com o gol vazio, após cruzamento de Léo Moura. Um minuto depois, Thomás também teve oportunidade e por muito pouco não marcou. Porém, aos 48, o centroavante foi de vilão a herói. Depois de errar embaixo das traves, dominou na área e acertou um chute milimétrico no cantinho do gol de Gatti, garantindo os três pontos aos rubro-negros. Alívio na Gávea.

Fortaleza e Sport reinauguram Castelão para a Copa com 0 a 0

Assim como no primeiro jogo no estádio, em 1973, redes novas não balançam no clássico da abertura de rodada dupla da Copa do Nordeste

Por Roberto Leite Fortaleza
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E as redes novas do Castelão não balançaram. Na reinauguração do estádio cearense, reformado para as Copas das Confederações de 2013 e do Mundo de 2014, Fortaleza e Sport não saíram do 0 a 0, em jogo que abriu a rodada dupla deste domingo pela Copa do Nordeste. O placar repete o resultado da primeira partida no palco, o Clássico-Rei entre o Tricolor do Pici e o Ceará, em 1973.
O confronto entre os dois Leões teve muitos erros de passes e finalizações. O time pernambucano levou mais perigo, sem conseguir ser objetivo nas jogadas de ataque. Já o Fortaleza, com problemas no meio-campo, ficou boa parte do segundo tempo apostando apenas em contra-ataques. O resultado fez as duas equipes serem vaiadas ao deixar o gramado, após o apito final do árbitro.
O Sport ficou em segundo lugar no Grupo B, com cinco pontos, seguido do Fortaleza, com quatro. O líder é o Confiança, com seis. Na próxima rodada, o time cearense voltar a encarar o Sport, na Ilha do Retiro, na quarta-feira, às 21h15m (22h15m de Brasília).
Fortaleza x Sport (Foto: LC Moreira / Futura Press)Ataques de Fortaleza e Sport deixaram a desejar no Castelão (Foto: LC Moreira / Futura Press)
Meio a meio
Fortaleza e Sport dividiram o domínio da partida no primeiro tempo. Nos 20 minutos iniciais, o Tricolor do Pici chegou bem mais com perigo. Aos oito minutos, Assisinho criou a principal chance do seu time na etapa. Em chute de canhota, a bola passou bem da trave direita do goleiro Magrão.
Aos 13, o Leão cearense voltou a pressionar. Hugo perdeu bola no meio-campo. Alegou falta, mas o árbitro mandou seguir. Enquanto reclamava, o jogador viu Jailson receber pelo lado direito e chutar rasteiro. Magrão só acompanhou.
Depois dos 20, a partida caiu tecnicamente. Com muitas faltas dos dois lados, o torcedor que compareceu ao estádio demorou para ver mais vibração no gramado. Até que, aos 27 minutos, Ronaldo Angelim, em subida para o ataque, fez bela jogada, cruzando para a área. Mas a defesa do Sport tirou a bola e frustrou a torcida local.
A partir do lance, o time pernambucano começou a dominar mais as ações em campo. Tanto que, aos 31 minutos, Roger chutou bem e obrigou João Carlos a se esticar todo para fazer a defesa. Mas, enquanto atacava com mais objetividade, o Sport deixava buracos em sua zaga. E isso quase rendeu o primeiro gol tricolor. Mateus vacilou, e Jailson saiu de cara para o gol. Magrão salvou, e o atacante pediu pênalti, sendo ignorado pelo árbitro.
Aos 38, saiu a melhor chance do primeiro tempo. Felipe Azevedo avançou pela direita e tocou a bola para a pequena área. Cicinho chegou chutando de bico na trave de João Carlos, que ficou sem ação.
Sport melhor em campo
Na volta do intervalo, o Sport se mostrou bem mais ofensivo do que o Fortaleza. Com problemas na articulação das jogadas no meio-campo, a equipe cearense ficou mais tempo acuada do que indo para o ataque.
E, com isso, os pernambucanos tentaram definir a partida até os 30 minutos, quando tomaram a iniciativa do jogo com mais garra. Cicinho, Marcos Aurélio e Felipe Azevedo criaram as melhores jogadas.
Castelão jogo (Foto: Diego Morais)Duelo de Leões foi o primeiro jogo da Arena Castelão, após modernização (Foto: Diego Morais)
Logo aos nove minutos, Felipe Azevedo saiu driblando toda a defesa tricolor, mas acabou finalizando mal e mandando a bola para longe. Um minuto depois, Hugo cruzou na medida para Marcos Aurélio, que isolou por cima da meta de João Carlos.
Já aos 18 minutos, o Fortaleza conseguiu chegar com perigo real pela primeira vez no segundo tempo. Mais por falha do Sport do que por mérito próprio. Em trapalhada da zaga adversária, Jaílson chegou com perigo. A bola foi para escanteio.
Com 30 minutos, o jogo esfriou de vez. Enquanto o Sport atacava mais, porém sem objetividade, o Fortaleza só chegou com perigo nos contra-ataques. Mas sempre errando o último passe.
Os times esboçaram mais alguns poucos lances de perigo até o apito final. Jailson fez jogada que poderia definir o placar. Ele avançou pela direita, em jogada individual, driblou o marcador, deixando a bola para Rafinha finalizar. O lateral pegou mal na bola e mandou por cima da meta de Magrão.
Nos acréscimos, o Sport quase marcou. Em rápido contra-ataque, Gilsinho bateu prensado pela direita. João Carlos foi buscar e mandou para escanteio. Logo em seguida, Cicinho cruzou, mas a bola passou por toda a grande área e saiu pela linha de fundo, determinando o empate sem gols no primeiro jogo no Castelão novo.