terça-feira, 10 de março de 2015

Apaixonadas, Larissa e Lili superam 



perda de bebês e sonham com família

Em entrevista ao GloboEsporte.com, atletas falam do casamento em 2013, da nova tentativa de ter filhos, início de relacionamento, preconceito, entre outros assuntos

Por Rio de Janeiro
lili larissa volei de praia (Foto: Arquivo Pessoal)Lili e Larissa são casadas desde 2013
(Foto: Arquivo Pessoal)
Campeã mundial em 2011 e bronze nas Olimpíadas de 2012, Larissa França é considerada uma das maiores jogadoras do vôlei de praia na atualidade. Parceira de Talita desde o ano passado, ela vive uma de suas melhores fases. Mas quem acompanha sua carreira de perto sabe que isso tudo só veio com muita superação. A veterana se aposentou no fim de 2012 para tentar ser mãe. Ela e sua esposa, a jogadora Lili Maestrini, fizeram um tratamento em busca do sonho. Casaram-se "em segredo" em Cancún em 2010, cinco meses após início do namoro e depois, de maneira oficial, em uma cerimônia em Fortaleza em 2013. Naquele mesmo ano, veio a mais dura derrota das duas até então: perderam o bebê que Larissa esperava, com oito semanas. Em 2014, em nova tentativa, mais um baque com outra perda.
Acima do peso, triste e cansada pelos tratamentos desgastantes, Larissa precisou se agarrar à sua "parte boa", como ela chama Lili, parceira de Rebecca nas quadras. A companheira deu todo seu apoio e, meses depois, quando ela decidiu voltar, não hesitou em incentivá-la. Poucos acreditavam que o retorno acontecesse de forma tão rápida. Mais improvável ainda era que a volta fosse tão vitoriosa. Talita acreditou no projeto. Desde o ano passado, alcançaram juntas a maior sequência de vitórias consecutivas da modalidade no país: 61. Conquistaram quatro etapas do Circuito Mundial, sete do Brasileiro, o desafio Melhores do Mundo e garantiram o título do Circuito Brasileiro na temporada de forma antecipada neste fim de semana. A missão agora é 2016 (veja os critérios para classificação). Depois, a medalha de ouro. No futuro, Lili e Larissa prometem retomar a tentativa de iniciar uma “grande família”. Feliz e com o sorriso no rosto ao lado de Lili, a “nova Larissa” quer quatro filhos. 
- Sou uma nova mulher. Amadureci muito. Depois da parada, das tentativas de engravidar, de ter perdido as duas vezes, temos um novo modo de enxergar a vida. Passamos por um momento muito ruim, mas não me arrependo de nada. A Lili sempre foi minha parte boa. Amo minha profissão, sempre fui feliz e bem-sucedida, mas ela deixa tudo leve. Hoje vejo que posso ter isso nos dois, com ela e com minha profissão – disse a “Mulher Mágica”, como é chamada Larissa. 
volei larissa e lili mosaico (Foto: Editoria de Arte)Felizes e apaixonadas, Larissa e Lili curtem o casamento (Foto: Editoria de Arte)


- Somamos muito uma para a outra. Isso é amor, cumplicidade, parceria, casamento. Estamos sempre tentando ajudar uma à outra para nos tornarmos pessoas melhores – completou Lili.
Em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife, as duas falaram sobre o início do relacionamento, o preconceito, o retorno ao vôlei de praia, a perda dos bebês, a homossexualidade no esporte, entre outros assuntos.
Confira os principais trechos da entrevista abaixo: 
INÍCIO DO RELACIONAMENTO 
Em 2013, o namoro das duas jogadoras ganhou repercussão na mídia. Quando Larissa e Lili se casaram em uma cerimônia na praia do Porto das Dunas, na capital do Ceará, o assunto tomou conta do noticiário. Mas as duas já estão juntas desde a metade de 2010.
- Acho graça. As pessoas falam: "assumiram relacionamento em 2013". Mas nunca teve esse negócio. Foi um post no Facebook que pegaram e virou notícia. Desde 2010, se você for olhar nossos perfis, já tem foto. Nunca escondemos nada de ninguém e nem tivemos essa pretensão. Sempre acreditamos no nosso amor, sempre nos respeitamos, estamos juntas e felizes há cinco anos, com muita alegria e cumplicidade - contou Lili.  
casamento lili e larissa volei de praia (Foto: Reprodução/Facebook)Lili e Larissa jogam buquê na cerimônia de casamento (Foto: Reprodução/Facebook)

Larissa relembra que elas tiraram férias juntas em dezembro de 2010 e “se casaram” em segredo em Cancún. Atualmente, o casal mora em Fortaleza. As duas estão sempre juntas durante as etapas do Circuito Brasileiro de vôlei de praia. 
- Trocamos alianças. Falei: "Vamos casar aqui?". Ela: "Como assim?". Foi só a gente. Às vezes, as pessoas perguntam: “Como é para vocês?". Nunca tive problema com minha opção sexual, só não tinha encontrado ainda uma pessoa que me sentisse à vontade para abrir mesmo para todo mundo. Quando encontrei a Lili, pensei: "Ela vale a pena” – falou. 
PERDA DOS BEBÊS E NOVA TENTATIVA NO FUTURO
Larissa tentou engravidar pela primeira vez em 2013. O exame deu positivo, mas ela perdeu o bebê. Depois, tentou mais uma vez no ano seguinte. Mais uma perda. O casal segue em frente e já sonha com uma nova tentativa no futuro. 
- Fiz o tratamento junto com ela, eram meus óvulos. Íamos ter um filho nosso de verdade. Ela teria a “barrigona”, mas eu estava muito envolvida. Foi um baque, mas demos as mãos e seguimos em frente. Continuamos com o sonho, e ela até fala que quer ter quatro filhos. Vamos ver depois dos dois primeiros se ela ainda vai querer ter quatro (risos). Se a primeira "barrigada" dela der dois, vamos acabar tendo quatro mesmo porque depois vai ser minha vez (de ficar grávida) - disse Lili.
lili larissa volei de praia (Foto: Arquivo Pessoal)Lili, a esposa e os pais de Larissa em viagem (Foto: Arquivo Pessoal)

Ainda não há previsão para a nova tentativa, segundo Larissa. Ela lembra que o fato de ser atleta e saber lidar diariamente com “derrotas e vitórias” ajudou a superar o momento. 

- Não sei se continuo jogando em 2017, 2018... Vamos ver. A Talita (parceira na quadra) também quer muito ser mãe e não somos mais tão novinhas, né? (risos). Tive de usar um pouco da Larissa atleta para me recuperar, me levantar rápido, como nas partidas. Não queria me ver derrotada, nunca fui assim, mas foi horrível, pesado. Hoje vivemos um novo momento. Somos brasileiras e não desistimos. Vamos ter quatro filhos. Quero ver bastante “menino” correndo em casa.
VOLTA DE LARISSA EM 2014
larissa torce lili volei de praia (Foto: Tulio Moreira)Larissa na torcida por Lili na aposentadoria para engravidar (Foto: Tulio Moreira)
Após as duas perdas, Larissa conta que, apesar da pressão, não sentia vontade de retornar ao vôlei de praia em um primeiro momento. Demorou algum tempo para que ela resolvesse que iria iniciar um novo ciclo olímpico. Mas, quando tomou a decisão, ficou 100% rapidamente. A jogadora de 32 anos lembra que, quando ia assistir aos jogos de Lili, era bombardeada com os pedidos para voltar.
- Quando parei falavam: "Você tem um patrocínio milionário, é a melhor do mundo e vai parar de jogar?". Isso não é tudo, eu dizia. É muita abdicação, pressão. Cansa se manter tantos anos no topo. Em 2014, todo mundo: "Você está doida? Não vai voltar?". Isso não vinha dentro de mim. As pessoas me instigavam. Em abril, no Superpraia, estava explodindo com 78kg (seu peso ideal é 68kg), mas quando voltei para casa, vendo uma etapa do Mundial, despertou o leão e eu disse: "Não, não vou ficar nesse sofá".
Ela ligou para Talita e disse que voltaria em três meses para disputar a etapa do Circuito Mundial na Holanda, em junho de 2014. A colega perguntou se ela estava louca. A reação de Reis Castro, treinador escolhido para o projeto, foi a mesma. A ideia dele era retornar em agosto. Sem sucumbir às dificuldades, Larissa emagreceu e conseguiu jogar o torneio no país europeu. Lili, como tem sido desde o início do relacionamento, deu apoio incondicional.
HOMOSSEXUALIDADE NO ESPORTE E PRECONCEITO
Em fevereiro, a ex-ginasta Lais Souza revelou ser homossexual e ter uma namorada. Para Larissa, ela se libertou. A capixaba diz que, como atletas, ela, sua esposa Lili, Lais e outras esportistas homossexuais não devem “se omitir”. Sua companheira tem o mesmo discurso. 
- Acima de tudo precisamos dar exemplo de verdade, lealdade, amor, respeito. Não estou falando de banalizar ou vulgarizar, mas as pessoas que se amam de verdade têm de se libertar e falar para o mundo mesmo: "Eu te amo" – opinou. 
- O atleta de alto nível que está na mídia sempre vai ser um exemplo, seja ele heterossexual ou homossexual. Às vezes as pessoas colocam lá no meu Facebook: "Poxa, que legal, consegui falar para minha família depois de ver vocês, estou me sentindo muito melhor". As pessoas às vezes passam a vida mentindo, se sentindo mal, enquanto podem ser muito mais felizes sem mentir, tendo o relacionamento que quiserem ter – completou Lili. 
casamento lili e larissa volei de praia (Foto: Reprodução/Facebook)Lili e Larissa com os buquês vermelho e amarelo em 2013 na cerimônia de casamento (Foto: Reprodução/Facebook)
Lili lembra que, no início do relacionamento, elas até sofreram rejeição, mas isso passou, principalmente depois da cerimônia de casamento. Em sua opinião, a “imagem das duas vestidas de noiva” marcou. A atleta de Vitória, no Espírito Santo, diz que as duas recebem muitas mensagens de apoio. Larissa, por sua vez, acredita que é preciso agir com naturalidade. Ela lembra que, no início, ficou receosa pelo que os fãs crianças pensariam na época, mas mudou de opinião. No Circuito Brasileiro, por exemplo, estão sempre juntas e não se furtam de dar as mãos, trocar abraços, beijos e carinhos.
- Hoje eu trato a Lili da mesma forma na frente de qualquer pessoa. Em uma conversa que tive com meu pai, que sempre questionou, disse: "Pai, não vejo pecadinho, pecadão... Será possível que é tão grave assim? E um marido que chega bêbado em casa e bate na esposa? E um filho drogado que rouba em casa? E um pai que acaricia uma criança de 10 anos de idade? Isso é problema". A gente simplesmente se ama e quer viver um sentimento positivo, e acho que isso deveria ser visto com bons olhos pelas pessoas.
ATUAR COMO RIVAIS OU COMO PARCEIRAS
Montagem ​Lili e Rebecca e Talita e Larissa​ Vôlei de Praia (Foto: GloboEsporte.com)​Lili e Rebecca e Talita e Larissa​ disputam o Circuito Brasileiro de vôlei de praia (Foto: GloboEsporte.com)
Larissa é parceira de Talita na quadra. Lili joga com Rebecca. Mas, vez ou outra, elas precisam se enfrentar em quadra. A primeira se diz desconfortável com o fato. No Circuito Brasileiro, por exemplo, se encontraram como rivais em diversas ocasiões.
- Parece ímã. A gente joga contra quase toda etapa (risos). Como profissionais, precisamos ganhar. Não é o ideal, não é legal ou agradável, mas foi o que escolhemos e, quando nos conhecemos, já sabíamos (que aconteceria). Fora de quadra, tento sempre ajudar. Dentro, é separar e encarar bem. 
Atuar como dupla está fora dos planos por enquanto, e Lili explica o motivo.

- Não tem como misturar as coisas. Acho que daria muita briga.  

Estrelas de calendário sensual, atletas de 



Liverpool promovem rúgbi feminino

Depois de se despirem para ensaio fotográfico, jogadoras viajam pelo Reino Unido para encorajar mulheres e universidades a abraçarem a modalidade

Por Liverpool, Inglaterra
Time feminino de rúgbi de Liverpool estrela calendário sensual (Foto: Reprodução/Facebook)Time feminino de rúgbi de Liverpool estrela calendário sensual (Foto: Reprodução/Facebook)
Muito conhecidas na Inglaterra por estrelarem um calendário sensual, as jogadoras de rúgbi da Universidade de Liverpool não medem esforços para popularizar a modalidade entre as mulheres do Reino Unido. O calendário, que já está em sua segunda edição depois do sucesso de 2014, foi a primeira ação do time. Agora, as 14 atletas estão viajando o país para promover o esporte e encorajar outras mulheres e universidades a abraçarem o rúgbi feminino.
- Algumas universidades estavam felizes por montarmos um time. Só que, mesmo já tendo times masculinos, não havia infraestrutura para equipes femininas - disse Emily Cross, presidente da equipe de Liverpool.
Time feminino de rúgbi de Liverpool estrela calendário sensual (Foto: Reprodução/Facebook)Time feminino de rúgbi de Liverpool estrela calendário sensual (Foto: Reprodução/Facebook)
O calendário sensual de 2015 do time tem como objetivo arrecadar recursos não apenas para a manutenção da equipe como também para a Joining Jack, uma instituição de caridade que dá suporte a pessoas com Distrofia Muscular Dichenne (DMD), uma condição muscular atualmente sem cura.
- A resposta ao calendário foi fenomenal. Tivemos cobertura nacional e internacional. Todas as garotas ficaram extremamente orgulhosas por representarem a Universidade de Liverpool e a Joining Jack - disse a atleta Olivia Davison.
O calendário é vendido por £10 (cerca de R$ 45) e já arrecadou £2.000 (pouco mais de R$ 9 mil). Metade dos recursos obtidos com a venda do calendário são repassados para a Joining Jack.
Time feminino de rúgbi de Liverpool estrela calendário sensual (Foto: Reprodução/Facebook)Time feminino de rúgbi de Liverpool estrela calendário sensual (Foto: Reprodução/Facebook)

Possível adversária de Ronda, Cris 



Cyborg ministrará seminário no Acre


Lutadora brasileira mais bem paga no Invicta FC 11 e arquirrival da americana Ronda Rousey dará palestra sobre MMA, jiu-jítsu e muaythai no dia 21 em Rio Branco (AC)

Por Rio Branco, AC
Cris Cyborg cinturão Invicta (Foto: Evelyn Rodrigues)Cris Cyborg, com cinturão do Invicta, estará no Acre este mês (Foto: Evelyn Rodrigues)
A lutadora peso-pena Cris Cyborg, arquirrival da americana Ronda Rousey, estará em Rio Branco, capital do Acre, no dia 21 de março para ministrar seminário de MMA, muaythai e jiu-jítsu no Centro de Treinamento de Artes Marciais Macaco Gold Team, na Estrada Dias Martins. Com o cinturão do Invicta FC 11, disputado em fevereiro, a brasileira foi a lutadora mais bem paga do evento: recebeu US$ 2 mil por segundo de luta.
- Ela chega no dia 20 (sexta-feira) e no dia seguinte ocorre o seminário, que ainda vamos confirmar o horário, mas deve ser à noite. Temos 60 vagas e devemos ter também alunos do interior, da nossa equipe de Xapuri - explicou o professor José Roberto, o Jacaré.
No fim de fevereiro, Dana White, presidente do Ultimate, revelou que Ronda Rousey já pediu para enfrentar Cyborg. Para a luta acontecer, porém, a brasileira teria que baixar de categoria - do peso-pena (até 65,8kg) para o peso-galo (até 61,2kg).
Em entrevista ao Combate.com, Cris Cyborg afirmou que ainda deve fazer mais uma luta pelo peso-pena, descer para 63,5kg no fim do ano e só em 2016 tentar baixar aos 61kg. Ronda, para Dana White, é a versão feminina de Mike Tyson.

Ex-campeã mundial do peso-super-médio no boxe, a filha mais nova de Muhammad Ali, Laila Ali, entrou na polêmica sobre quem poderia derrotar a campeã dos pesos-galos femininos do UFC, Ronda Rousey. A pugilista aposentada foi filmada pelo site de celebridades "TMZ" num estacionamento e, ao ser questionada sobre se poderia vencer a lutadora de MMA, ela tentou se esquivar, mas, em seguida, acabou deixando seu espírito competitivo falar mais alto:

- Esta é uma pergunta que não vou nem responder, porque, número 1, não sou uma lutadora do UFC, ela não é boxeadora. E nenhuma mulher pode me derrotar, ponto. Nenhuma mulher! Claro que (ela) não (venceria)! Ela é muito menor que eu. Ela é do tamanho da minha filha de 3 anos! - exclamou Laila ao entrar em seu carro.Laila Ali e Ronda Rousey

As declarações ganharam a internet, e a ex-lutadora foi às redes sociais contextualiza-las. Ela prestou respeito à campeã do UFC.


- Vamos ser claros... Estou aposentada e não estou mais interessada em lutar. Quando me fazem perguntas, apenas as respondo honestamente! Todo mundo fique relaxado! Ronda Rousey está mandando bem no MMA/UFC. Eu gosto de ver mulheres dominarem! Tudo de melhor para ela. Estou aposentada. Não estou interessada em enfrentá-la. Eu estava dizendo apenas, com humor, que ela está em outra categoria de peso - escreveu Laila em uma série de mensagens no Twitter.

Belfort compara lutadores a tenistas ao falar de patrocínio exclusivo do UFC

Brasileiro citou ainda jogadores de basquete que ganham salários de suas equipes, diferentemente dos atletas de MMA, que não são remunerados pelas academias

Por Los Angeles, EUA
Vítor Belfort, Arnold Classic Brasil (Foto: Marcelo Fonseca / Ag. Estado)Atleta falou do acerto entre Reebok e UFC (Foto: Marcelo Fonseca / Ag. Estado)
O acerto do UFC com a Reebok, que será com exclusividade a fornecedora de roupas e materiais da organização, vem provocando comentários dos lutadores. E Vitor Belfort não ficou de fora. O brasileiro deu a sua opinião sobre o assunto, nesta segunda-feira, em entrevista ao "MMA Hour", e comparou a situação dos lutadores com a de tenistas, e citou diferenças para os jogadores de basquete da NBA.

- Eu não estou falando do Vitor como pessoa ou lutador. Como homem de negócios, é como eu vejo o futuro do nosso esporte. Eu não nos vejo como a NBA. Eu não sou pago pela Blackzilians, como seria pelo Miami Heat. O que quero dizer é que nosso esporte é mais comparável ao tênis. Os tenistas precisam ter seus patrocinadores porque são eles que pagam todas as viagens, todas as despesas. Não é todo mundo que pode ganhar um campeonato e fazer muito dinheiro, então, vários tenistas precisam de patrocínio para viajar pelo mundo. Eu sou pago pelo UFC quando luto, mas, mensalmente, os patrocinadores nos ajudam também. Às vezes temos lesões, às vezes não lutamos. Acredito que será bom para o futuro, mas, exatamente agora... Na NBA os caras recebem mensalmente. Se sofrerem lesões, se não puderem jogar, ainda assim estarão ganhando dinheiro. Eles ainda podem jogar com seus Nikes, ou sejá lá a marca que for.

O "Fenômeno" também comentou a respeito dos atletas que possuem contrato de exclusividade com a Reebok - casos de Jon Jones, Ronda Rousey, dentre outros. Ele defende que para ser justo, todos os atletas da companhia deveriam estar sob as mesmas condições.
Vitor Belfort UFC Goiânia (Foto: Rodrigo Malinverni)Brasileiro comparou os lutadores aos jogadores de tênis (Foto: Rodrigo Malinverni)


- O esporte está caminhando para uma grande mudança. Tenho grandes contratos, que envolvem muito dinheiro. E terei que dizer a essas pessoas: "Ouçam, não posso mais ter vocês no cage porque tem aqueles caras que patrocinam o UFC, e só é permitido vestir a marca deles". E eles vão pensar: "Ok, mas eles irão pagar a você o que pagamos?". E eu digo: "Não, não tenho nada com eles". E entramos em debate, se é bom, se não é. Entendo que as coisas precisam ser feitas hoje para o futuro. Como um homem de negócios, estava falando sobre uma coisa justa. É uma regra, todo mundo terá de segui-la - comentou Belfort, emendando.
- Alguém irá aparecer no meu uniforme, e não irá me pagar mensalmente? É justo? Tenho 19 anos de carreira. Eu não acho que isso seja justo, porque alguns lutadores tem o privilégio de ter um contrato com essa grande organização que vem para o meu esporte e eles recebem mensalmente. São grandes pessoas e está à frente de todo mundo. E eu digo que, para ser uma coisa justa, tem que estar destinado igualmente a cada um.