quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Disputa de cinturão feminino é trunfo do evento HCC para o ano de 2014

Promotores do show de lutas capixaba confirmaram que mais lutas entre mulheres vão fazer parte dos cards que vão acontecer no ano que vem

Por Vitória, ES
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Juliana Xitara Costa luta contra norte-americana no HCC 14 (Foto: Divulgação/Haidar Capixaba Combat)Juliana 'Xitara' Costa luta contra norte-americana
no HCC 14 (Foto: Haidar Capixaba Combat)
Seguindo a tendência mundial, com o crescimento do MMA feminino (WMMA), o maior evento de MMA do Espírito Santo, o Haidar Capixaba Combat (HCC), pretende incluir mais lutas entre mulheres e inclusive uma disputa de cinturão feminino nos cards que farão parte dos shows de lutas que devem acontecer no ano de 2014.
O vice-presidente e match-maker do HCC, Fábio Prata, confirmou em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, que a intenção do evento é aumentar o leque de opções de lutadoras e como consequência, elevar o nível técnico do MMA feminino capixaba, visando conhecer a campeã na categoria peso-mosca.
- Incluímos essa luta feminina no card preliminar do HCC 14 para termos mais opções de lutadoras capixabas no MMA feminino. Inclusive já prometemos que nos próximos eventos, vamos fazer duas ou três lutas entre mulheres em cada um deles, porque o público está esperando sempre isso. Além disso, queremos ter uma disputa de cinturão na categoria peso-mosca feminino no HCC em 2014.
Confira os preços dos ingressos para o HCC 14
Ingressos (8.000 foram colocados à venda)
Arquibancada: R$ 30,00 (1º lote - casal - até 17/11 - valor único)
Cadeira: R$ 40,00 (1º lote - casal - até 17/11 - valor único)
Arquibancada: R$ 50,00 (2º lote - inteira) / R$ 25,00 (2º lote - meia-entrada)
Cadeira: R$ 80,00 (2º lote) / R$ 40,00 (2º lote - meia-entrada)
A 14ª edição do maior evento de MMA do Espírito Santo, o Haidar Capixaba Combat (HCC) está marcada para o dia 30 de novembro, no Ginásio do Clube Álvares Cabral, em Vitória. O show de lutas tem como presidente o iraquiano Haidar Kasem Alkadomi e o vice-presidente e match-maker da franquia é Fábio Prata. A cobertura completa, com todas as informações e novidades sobre a promoção de lutas capixaba você confere na home exclusiva do HCC 13, no GLOBOESPORTE.COM.
Confira o card oficial do Haidar Capixaba Combat 14
HCC 14
30 de novembro de 2013, Ginásio do Clube Álvares Cabral, em Vitória (ES)
CARD PRINCIPAL
Dudu Bastos x Elvis Silva - luta principal - cinturão peso-pena (até 66 kg)
Thiago Rezende x Jonathan Gary (EUA) - peso-leve (até 70,3 kg)
Henrique "Sucuri" Batista x Rodrigo "Zói" Lima - peso-leve (até 70,3 kg)
Wkayron "Capoeira" Galdino x Edwin Williams (EUA) - peso-galo (até 61 kg)
César "Guerreiro" Barros x Fabrício Balthar - peso-meio-médio (até 77,1 kg)
Juliana "Xitara" Costa x Chelsea Bailey (EUA) - peso-galo feminino (até 54 kg)
Alex "Pit-Bull" x Efraim Coimbra - peso-pena (até 66 kg)
Guilherme Rezende x Jonas Coelho - peso-pena (até 66 kg)
Diego Pralon x Willian "Psicopata" Teixeira - peso-pena (até 66 kg)
Cláudio Rios x Quemoel "Lobo" Borges - peso-leve (até 70,3 kg)
CARD PRELIMINAR
Humberto Marques x Paulo "Zé Doido" Machado - peso-pena (até 66 kg)
Valéria da Silva x Emanuela Ferreira - peso-mosca feminino (até 57,1 kg)
Jubirley "Shrek" x Luis Felipe "Jon Jones" - peso-meio-médio (até 77,1 kg)
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Wand diz que UFC supera Pride como maior evento de MMA da história

'Cachorro Louco' fala sobre 20 anos do UFC e relembra melhores momentos

Por Direto de Las Vegas, EUA
28 comentários
Os fãs mais assíduos do Pride FC vivem relembrando com certo saudosismo as lutas históricas promovidas pela competição japonesa entre 1997 e 2006, mas para Wanderlei Silva, que já foi considerado o rei do torneio, o campeonato já foi há muito tempo superado pelo UFC como maior evento de MMA do mundo.
- Hoje em dia o UFC já superou o Pride em termos de números e visibilidade mundial, porque o esporte se tornou mais popular. Na época do Pride, as lutas eram mais esporádicas, havia um evento a cada dois meses. Hoje em dia não. Hoje nós temos evento praticamente toda semana, é como se fosse aquele jogo de futebol que você tem todo domingo. - declarou ele em conversa com a equipe do Combate.com na sede da Wand Fight Team, em Las Vegas, EUA.
UFC wanderlei silva (Foto: Evelyn Rodrigues)Wanderlei Silva ao lado da parede com prêmios e homenagens do Pride (Foto: Evelyn Rodrigues)
Nas paredes da academia, recortes de jornais, revistas, troféus e certificados narram parte das 35 vitórias da carreira de Wand. E ele sabe, melhor do que ninguém, como o esporte evoluiu ao longo das duas últimas décadas:
- Antigamente era mais complicado. A gente ía dar entrevista e ouvia brincadeira sem graça, não tinha tanto espaço na mídia e as pessoas não respeitavam o esporte porque ninguém conhecia direito. O MMA não era um esporte mundial, ele era febre no Japão e talvez fosse um evento muito à frente do tempo para o resto do mundo, porque o público precisou de um período de adaptação para passar a gostar disso. Ontem mesmo eu estava vendo o documentário de 20 anos do UFC e eles falam lá que perderam 50 milhões de dólares quando estavam iniciando no evento. Eu mesmo já teria desistido antes de chegar aos 48 milhões, é que o Dana White e os irmãos Fertitta foram persistentes (risos) - completa.
O “Cachorro Louco” ainda relembrou a sua estreia no UFC e momentos marcantes de sua carreira e dos 20 anos da organização. Confira o bate-papo na íntegra:
Como foi a sua primeira luta no UFC? O que você lembra daquele dia?
A minha primeira luta foi no UFC Brasil, em São Paulo, em 1998 e sim, foi contra o Vitor Belfort. Naquela época a gente não via a luta do nosso adversário, não tinha tanta troca de informação. É como se você fosse lutar contra o Toquinho e entrasse no octógono sem saber que o principal golpe dele é a chave de perna.  A estrutura também era muito diferente. Em termos de público, era muito similar aos eventos que a gente vê no Brasil hoje, para 5 mil pessoas, o que é um público bom. Mas em termos de estrutura…eu lembro que o vestiário nessa luta tinha muita gente e nós tivemos que improvisar e fazer o aquecimento no banheiro. Não tinha essa visibilidade e o profissionalismo de hoje, sem falar que atualmente tem muito mais gente lutando e o atleta pode brilhar rápido. Se ele conseguir duas, três vitórias boas, ele já consegue ter uma chance ao título. Naquela época era mais difícil.
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Como fã, o momento mais especial foi a luta do Royce Gracie contra o Ken Shamrock. E eu falo isso principalmente pela diferença de tamanho entre eles"
Wanderlei, sobre a história do UFC
Você chegou a assistir ao UFC 1?
Claro! Mas eu vi depois, porque na época não tinha TV a cabo. Um amigo levou a gravação do evento em fita para a academia onde eu treinava Muay Thai. Era bem na época em que nós começamos a treinar jiu-jítsu justamente para poder entrar no vale-tudo, no MMA.
Como fã, qual foi o momento mais especial desses 20 anos do UFC?
Como fã, o momento mais especial foi a luta do Royce Gracie contra o Ken Shamrock. E eu falo isso principalmente pela diferença de tamanho entre eles. Um cara pequenininho como o Royce pegando o Shamrock que era grandão e a porrada rolando solta sem regras, sem luva, sem nada. Aquela luta me inspirou muito ao longo da minha carreira, porque eu cheguei a fazer dez lutas na “mão-seca” também, eu peguei essa última fase do MMA de lutar sem luva. E as pessoas pensam que não, mas usar luva faz muita diferença!
Quem você considera o melhor lutador de todos os tempos?
Eu acho que o Royce. Ele foi "o cara" não só pela bravura dele,  mas também por estar iniciando um negócio novo e por lutar naquelas condições. Se eu fosse escolher só um, eu acho que seria o Royce. Mas eu também tenho o Anderson Silva nessa lista e  todos os campeões do UFC, cada um com a sua parte. Mesmo o Tito Ortiz, que teve um papel importante no UFC. Ele teve as desavenças com o patrão,  mas ele levantou muito o evento.
Você foi o "Rei do Pride”. Acha que o UFC já superou o evento como melhor torneio de MMA do mundo?
Sim. Hoje em dia o UFC já superou o Pride em termos de números e visibilidade mundial, porque o esporte se tornou mais popular. Na época do Pride, as lutas eram mais esporádicas, havia um evento a cada dois meses. Hoje em dia não! Hoje nós temos evento praticamente toda semana, é como se fosse aquele jogo de futebol que você tem todo domingo.
Mesmo em termos de público e torcida? Tem muita gente que ainda afirma que a torcida do Pride era mais fanática...
Eu não acho não. Eu não posso reclamar do meu público, estou satisfeitíssimo (risos). Acho que, muitas vezes, a reação do público é uma reação ao combate. Se o cara fica segurando o outro ali na grade durante os cinco rounds complica, né? Tem lutas  aí que a torcida só falta se jogar dentro do octógono. Se eu estou assistindo uma luta amarrada eu fico com vontade de entrar lá e resolver (risos). Mas, por outro lado,  há também lutas muito boas acontecendo, que acendem a torcida, como essa do Diego Sanchez e do Gilbert Melendez em Houston, foi uma porradaria! Essa foi sensacional! Mas, enfim…antigamente era mais complicado. A gente ía dar entrevista e ouvia brincadeira sem graça, não tinha tanto espaço na mídia e as pessoas não respeitavam o esporte porque ninguém conhecia direito. O MMA não era um esporte mundial, ele era febre no Japão e talvez fosse um evento muito à frente do tempo para o resto do mundo, porque o público precisou de um período de adaptação para passar a gostar disso. Ontem mesmo eu estava vendo o documentário de 20 anos do UFC e eles falam lá que perderam 50 milhões de dólares quando estavam iniciando no evento. Eu mesmo já teria desistido antes de chegar aos 48 milhões, é que o Dana White e os irmãos Fertitta foram persistentes (risos).
Qual foi o momento mais importante da sua carreira nesses 20 anos do UFC?
A minha reestreia no UFC, quando eu enfrentei o Chuck Liddell, no UFC 79, em dezembro de 2007. Foi uma luta que aconteceu aqui em Vegas e lotou o Mandalay Bay. Os ingressos se esgotaram dois meses antes do evento. Fora isso, foi uma luta que até hoje é considerada a segunda melhor da história do UFC. Foi um momento especial porque eu entrei no evento pela porta da frente e essa sensação do dever cumprido é fantástico. E outro momento especial foi a minha última luta, que marcou o meu retorno ao Japão com a minha marca personalizada: um belo nocaute. Foi uma luta aberta, franca, o que deixa o duelo mais emocionante.
UFC wanderlei silva (Foto: Evelyn Rodrigues)Wanderlei Silva lembra dos melhores momentos da carreira no UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)
Depois de tanto tempo no esporte, ainda consegue buscar inspiração na nova geração para continuar competindo?
Claro! Me inspiro muito no José Aldo e no Renan Barão, que são os nossos campeões. Também gosto muito do Lyoto. Eu já era fã dele, mas depois da atitude dele nessa luta contra o Mark Muñoz eu fiquei mais ainda. Ele  acertou o chute no Muñoz, derrubou, foi para finalizar com um soco e segurou. Ele teve um autocontrole e uma frieza muito grande para esperar.  Eu, no lugar dele, tinha dado o soco para garantir, porque o Muñoz é muito duro. Imagina se você não finaliza ali e ele agarra a sua perna ou coisa assim? Mas ele segurou o soco. Aquilo é o cúmulo do autocontrole da pessoa. Aquilo ali eu achei uma coisa espetacular.
Se arrepende de algo na sua carreira?
Se eu fosse fazer alguma coisa diferente, eu acho que eu me protegeria mais nos treinos de antigamente. Eu apanhei muito! O sistema para aprender a arte marcial antigamente era outro, né? Eu era o mais novo na academia e apanhava do Rafael Cordeiro, do Nilson, do Pelé e do Anderson Silva - apesar de que o Anderson me bateu pouco, porque ele veio depois. Eu era meio gordinho e não tinha caneleira, luva, treinava sem nada e apanhei muito para aprender. Mas eu me acostumei a apanhar. Depois comecei a fazer musculação e a ficar forte, ai eu comecei a me defender. Mas isso me preparou para o futuro, porque eu fiquei conhecido por ser agressivo, ir para a trocação e aguentar porrada. Por um lado, apanhar duro me lapidou!.

GSP surpreende e faz treino aberto ao lado de Royce Gracie em Las Vegas

Canadense entra com o 'trenzinho Gracie' e pratica jiu-jítsu vendado com o lendário campeão do UFC 1. Desafiante, Hendricks leva Mark Coleman

Por Las Vegas
65 comentários
O treino aberto do UFC 167, que comemora os 20 anos do torneio, começou com uma surpresa para jornalistas e fãs presentes ao Hollywood Theater, localizado no complexo hoteleiro do MGM Grand Garden, que sedia o evento: o campeão dos pesos-meio-médios, Georges St-Pierre, subiu ao palco onde aconteceram os trabalhos acompanhados por ninguém menos que o lendário Royce Gracie, campeão do UFC 1. De quimono, os dois lutadores entraram ao estilo da família Gracie,com um trenzinho idêntico ao feito pelos Gracies no UFC 1. Em seguida, eles posaram para fotos e trabalharam posições de jiu-jítsu por cerca de dez minutos. Usando a faixa preta, GSP levou a sério o treinamento, parando por diversos momentos para tirar dúvidas com o brasileiro. Royce usava uma faixa azul, em homenagem ao seu pai, Hélio Gracie, e conversou bastante com o campeão.
treino UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)Com olhos vendados, St-Pierre pratica jiu-jítsu com Royce Gracie no treino aberto (Foto: Evelyn Rodrigues)
Após cerca de cinco minutos de treinamento tradicional, Royce pediu que uma camisa fosse amarrada em torno da cabeça de St-Pierre, cobrindo seus olhos. Os dois passaram a treinar sem que o canadense pudessse enxergar os movimentos do seu adversário. Foram trabalhados triângulos, kimuras, omoplatas e raspagens. No fim, os dois lutadores sorriram e foram muito aplaudidos pelo público.
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treino UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)Royce e GSP reeditam o famoso "trenzinho Gracie"
do UFC 1 (Foto: Evelyn Rodrigues)
Segundo St-Pierre, a ideia partiu dele, e foi uma homenagem ao primeiro campeão da organização, não uma forma de "esconder o jogo".
- Foi uma honra incrível. Não foi nenhum segredo, foi mais uma atividade para as câmeras, mas só de ter a chance de me movimentar um pouco com ele foi inacreditável. Fez valer a pena minha viagem inteira. Agora, só preciso focar na luta. Ele é meu ídolo e, para mim, é incrível que ele tenha aceitado. Um grande privilégio para mim - disse GSP, que contou que a vitória de Royce Gracie no UFC 1 o inspirou a buscar as artes marciais, após sofrer bullying na infância.
- Sofri bullying quando era pequeno, na escola, de gente maior e mais velha. Quando assisti ao primeiro UFC, vi que Royce era o menor e menos intimidador de todos. Mas ele era o mais esperto. A maneira como ele ganhou o torneio realmente me inspirou. Por isso estou aqui agora, lutando pelo título - declarou.
treino UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)Georges St-Pierre e Royce Gracie se abraçam após treino aberto do UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)
Royce Gracie, por sua vez, defendeu o estilo "amarrão" de St-Pierre, muito criticado pelos fãs.
- Ele é muito bom usando a estratégia. Muita gente critica suas vitórias, por ele não finalizar ou nocautear os adversários. Acho que é como o filme "Gladiador". Quando o gladiador mata todo mundo, a multidão fica em silêncio. "Ué, vocês não estão entretidos? Não promovi uma grande luta para vocês?". As pessoas criticam. Vai lá e faça o que ele faz. Vai lá e faz - argumentou.
treino UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)Chael Sonnen faz sua movimentação no treino aberto
do UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)
Ainda com Georges St-Pierre e Royce Gracie atendendo a imprensa, Robbie Lawler iniciou e terminou seu treinamento sem praticamente ser notado pelos repórteres. Todas as atenções estavam voltadas para os dois astros, e ele ficou alguns minutos treinando de agasalho, provavelmente por estar em processo de corte de peso. Logo em seguida, foi a vez de Chael Sonnen. Enquanto se movimentava e acenava para os fãs que acompanhavam e gritavam palavras de incentivo, o falastrão era observado por Royce Gracie, que parecia sério e o encarava duramente, mas depois trocou palavras e sorrisos com ele, deixando o palco em seguida.
Sonnen treinou sozinho durante boa parte do tempo, e fez muita movimentação de boxe. Pouco depois, passou a ter companhia de um membro de sua equipe, sempre com movimentação de boxe. Interagindo com a plateia, Sonnen arrancou alguns risos ao mostrar que conhecia o torcedor que estava falando com ele. Após ensaiar algumas fintas, Sonnen deixou o palco, sendo muito aplaudido.
Camisa Johny Hendricks (Foto: Ana Hissa)Johny Hendricks e sua camisa especial, brincando
com seu visual barbado (Foto: Ana Hissa)
O próximo a ser apresentar foi o peso-meio-médio canadense Rory MacDonald, que lutará contra Robbie Lawler no card principal do evento. Sem muito alarde, o jovem fez uma movimentação muito leve, mostrando algumas catadas de perna e jogo de chão, e rapidamente deixou o palco do Hollywood Theater, enquanto Chael Sonnen ainda concedia entrevistas a uma pequena multidão de jornalistas.
O penúltimo atleta a subir no palco foi o peso-meio-pesado Rashad Evans. Treinando com seu companheiro da Blackzilians Tyrone Spong, o ex-campeão da categoria fez uma boa movimentação em pé, que durou cerca de dez minutos.
No fim, uma nova surpresa. Johny Hendricks levou para treinar com ele o ex-campeão dos pesos-pesados do UFC Mark Coleman, que usava a camisa do time de BJ Penn no TUF 19. Com a camisa "Go beard or go home", algo como "Torça pela barba ou vá para casa", o barbudo desafiante ao cinturão dos pesos-meio-médios iniciou sua movimentação usando óculos, enquanto Coleman dava entrevistas ao lado do tatame montado no Hollywwod Theater. Fazendo uma movimentação de socos e chutes, Hendricks treinava sua esquiva e o bloqueio de jabs, notadamente uma arma de St-Pierre em suas lutas. Descontraído e brincando muito com seus parceiros, Hendricks encerrou o treino sem fazer uma demonstração de wrestling com Coleman, frustrando os fãs presentes, que gostariam de ver o ex-campeão em ação por alguns momentos.

Mário Israel lamenta lesão e pede desculpas: 'Tentei forçar, mas não deu'

Atual campeão dos pesos-galos (61 kg), o amazonense Mário Israel sofreu duas lesões e está fora do card da próxima edição do Jungle Fight

Por Manaus
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Atual campeão dos pesos-galos (61 kg), o amazonense Mário Israel sofreu duas lesões e está fora do card da próxima edição do Jungle Fight, no dia 23 de novembro. O lutador faria a defesa do título contra Renato Moicano, em Campo dos Goytacazez.
Mário Israel lutador amazonas mma (Foto: Michael Dantas/Sejel)Mário Israel está fora de combate para próxima edição do Jungle (Foto: Michael Dantas/Sejel)
Há algum tempo com o braço lesionado, nesta terça-feira (12), Mário machucou também o joelho, durante treino de jiu-jitsu. Sem condições para forçar a luta, o amazonense conversou com o GLOBOESPORTE.COM/AM e lamentou a situação.
- O meu braço já estava machucado há algum tempo, quando sofri um estiramento. Daí ontem, durante o treino, machuquei meu joelho e tudo piorou. Estou torcendo para não ser, mas tudo indica que rompi o ligamento. Como está bem perto da luta, não dá para forçar – justificou Mário Israel, que fará exames nesta quarta-feira.
Mário Israel e esposa no Jungle Fight (Foto: Ivan Raupp)Mário Israel e esposa no Jungle Fight
(Foto: Ivan Raupp)
O manauara publicou ainda, em rede social, uma nota informando a ausência no card do evento. Ele cita: “Peço desculpas e paciência de todos, até tentei forçar nos treinos para não deixar que a luta "caísse", no entanto, não foi possível e ainda piorou”.
A saída de Mário abre espaço para Jonas Bilharinho, que faria o coevento principal da noite com Alberto Pantoja, para enfrentar Moicano pelo cinturão interino da categoria.

Aos 20 anos, irmão de Pettis estreia
no UFC e confessa nervosismo

Invicto há nove lutas, jovem Sergio Pettis enfrenta o veterano Will
Campuzano neste sábado em duelo válido pela divisão dos pesos-galos

Por Direto de Las Vegas, EUA
19 comentários
Se para um lutador de MMA estrear no UFC já não é tarefa fácil, imagine estrear no card de comemoração dos 20 anos do evento e ainda por cima sendo irmão de um campeão do Ultimate? É essa pressão que Sergio Pettis, irmão mais novo de Anthony Pettis, está sofrendo. Aos 20 anos, ele faz a sua estreia no maior evento de MMA do mundo neste sábado e enfrenta o veterano Will Campuzano pela divisão dos pesos-galos.
- Eu estou nervoso, acho que todo mundo já passou por isso antes. Eu acho que vai chegar um ponto em que eu vou passar a me sentir normal com relação a isso, mas agora é tudo muito diferente. É um evento muito maior, é tudo o que eu sempre quis. O meu sonho está se concretizando e eu preciso ir lá e fazê-lo se tornar real da forma como eu sempre imaginei. Isso é o que eu escolhi fazer e é o que eu quero, então eu só tenho que passar pela estreia. Já me acostumei com toda essa coisa de que sou o irmão mais novo do Anthony, as pessoas esperam que eu tire golpes como o chute “Showtime” da cartola, mas eu sei que com o tempo vou conseguir conquistar o meu espaço e mostrar o meu estilo -  declara o lutador, que convidou o Combate.com para acompanhar o seu primeiro treino em Las Vegas na reta final de preparação para o duelo deste sábado.
UFC Sergio Pettis treino (Foto: Evelyn Rodrigues)Sergio Pettis treina para estreia no UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)
- Eu aprendi muito com todas as lutas que tive até chegar aqui. Aprendi a me soltar mais e a me sentir mais confortável dentro do octógono e o meu irmão Anthony me ajuda muito com tudo isso. Ele já passou por todo esse processo, saiu do fim da fila para o topo e me inspira muito a realizar o sonho da minha vida, que é chegar a ser campeão do UFC um dia. Por ora já estou muito satisfeito em realizar o sonho da estreia e estou no mesmo card que muitos caras que eu assisti muito, como o Georges St-Pierre. É emocionante poder lutar no mesmo card que ele e que todas essas feras do esporte - completa.
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A sessão de treino desta terça-feira aconteceu em uma das salas do MGM Grand Garden Arena. Enquanto Sergio se aquecia, os treinadores Duke Roufus, ex-lutador do K-1 e dono da Roufusport MMA Academy, em Milwaukee , e o brasileiro Daniel “Cachorrão” Wanderley, treinador de jiu-jítsu do time, repassavam os últimos detalhes e discutiam as estratégias. E engana-se quem pensa que eles só repassaram posições e técnicas já ensinadas ao pupilo durante o camp:
- Hoje nós treinamos algumas técnicas novas - explica Duke, lembrando que faltam apenas quatro dias para o combate- só que, até sábado, ele já vai ter incorporado essas técnicas. O Sergio treina comigo desde que tinha 13 anos, então ele é bem completo e a cabeça dele é muito boa.  Ele tem uma facilidade muito grande para aprender porque está sempre na academia. Se você treina o tempo todo, o seu aproveitamento vai ficando cada vez maior.  Quando você luta e tira um tempo, depois volta, luta e tira um tempo de novo…isso quebra o rendimento. Ele lutou um campeonato de MMA amador quando tinha 15 anos, depois competiu em um campeonato de Muay Thai aos 17, a sua primeira luta de Muay Thai foi quando ele tinha 14 anos e a primeira luta profissional de MMA foi com 18. Ele ama o esporte, MMA é a vida dele, está nervoso, mas você fica nervoso quando está pronto! - disse completando:
UFC Sergio Pettis treino (Foto: Evelyn Rodrigues)Sergio Pettis entre os treinadores Daniel 'Cachorrão' Wanderley e Duke Roufus (Foto: Evelyn Rodrigues)
- Sergio e Anthony são irmãos, mas são lutadores bem distintos. Os dois vão ser campeões, mas o Sergio é um melhor wrestler do que o irmão dele. Não que eu queira comparar os dois, mas o Sergio iniciou no wrestling quando estava no colegial e é mais novo, então ele tem mais tempo para aprender coisas novas. Eu digo que a versão do Sergio aos 26 anos de idade vai ser melhor que a versão atual do Anthony - desculpa Anthony! (risos). É só que hoje os lutadores mais novos acabam se desenvolvendo mais rápido. E esse é o nosso trabalho! Se você não está fazendo os seus alunos serem melhores do que você, você como treinador está fazendo algo da forma errada.
Invicto há 9 lutas, Sergio Pettis chegou a ser sondado para lutar pelo UFC anteriormente e só não assinou contrato porque Duke achou que era muito cedo. Seu adversário inicial no duelo deste sábado era o o inglês Vaughan Lee, que se machucou e acabou sendo substituído por Campuzano, que tem um cartel de 13 vitórias e quatro derrotas e venceu os últimos cinco duelos que participou.
- Essa é uma luta mais difícil para o Sergio, mas estamos preparados. Fizemos um camp muito duro e tentamos simular ao máximo o estilo do Campuzano, que é um striker mais agressivo. Apesar do Sergio também ser um striker, ele tem um estilo mais técnico, mas estamos confiantes. Sabemos que há um longo caminho para ser percorrido, mas o Sergio é muito disciplinado e dedicado e tenho certeza de que vai conquistar o seu espaço no UFC - declara Daniel.
O UFC 167 será realizado no MGM Grand Garden Arena, na noite deste sábado. O canal Combate transmite o evento ao vivo a partir das 21h30m (horário de Brasília), e o Combate.com acompanha tudo em Tempo Real, além de transmitir o primeiro duelo do card preliminar (Cody Donovan x Gian Villante). Na sexta-feira, a pesagem ocorre a partir das 22h, com transmissão ao vivo do canal Combate e do Combate.com.
UFC 167
16 de novembro de 2013, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Georges St-Pierre x Johny Hendricks
Rashad Evans x Chael Sonnen
Rory MacDonald x Robbie Lawler
Josh Koscheck x Tyron Woodley
Tim Elliott x Ali Bagautinov
CARD PRELIMINAR
Donald Cerrone x Evan Dunham
Ed Herman x Thales Leites
Brian Ebersole x Rick Story
Erik Perez x Edwin Figueroa
Jason High x Anthony Lapsley
Will Campuzano x Sergio Pettis
Cody Donovan x Gian Villante

UFC anuncia que Ryan LaFlare substitui Gastelum e enfrenta McGee

Organização age rápido e revela que meio-médio irá compor o card do evento, que tem Demetrious Johnson e Joseph Benavidez como luta principal da noite

Por Rio de Janeiro
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Ryan LaFlare UFC Goiânia (Foto: Rodrigo Malinverni)Ryan LaFlare é anunciado vencedor da luta contra
Santiago Ponzinibbio (Foto: Rodrigo Malinverni)
Após Kevin Gastelum revelar pelo Twitter que não poderia se apresentar no UFC: Johnson x Benavidez, dia 14 de dezembro, em Sacramento (EUA), em função de uma lesão no ligamento do joelho direito, a organização agiu rápido e escolheu Ryan LaFlare para enfrentar Court McGee.
LaFlare, de 30 anos, enfrentou recentemente o argentino Santiago Ponzinibbio no UFC: Belfort x Henderson, dia 9 de novembro, em Goiânia. O peso-meio-médio saiu mais uma vez vencedor do octógono, dessa vez por decisão unânime dos juízes, permanecendo assim, invicto no MMA com nove vitórias na carreira.
Mais Combate.com: confira as últimas notícias do MMA e UFC
Já Court McGee, de 28 anos, possui um cartel de 16 vitórias e três derrotas na carreira. O americano vem de dois triunfos, quando ganhou Josh Neer e Robert Whittaker, em fevereiro e agosto de 2013, respectivamente.
Confira o card atualizado do evento:
UFC: Johnson x Benavidez
14 de dezembro de 2013, em Sacramento (EUA)
CARD DO EVENTO
Demetrious Johnson x Joseph Benavidez
Urijah Faber x Michael McDonald
Carlos Condit x Matt Brown
Chad Mendes x Nik Lentz
Court McGee x Ryan LaFlare
John Dodson x Scott Jorgensen
Danny Castillo x Edson Barboza
Joe Lauzon x Mac Danzig
Pat Healy x adversário indefinido
Abel Trujillo x Roger Bowling
Sam Stout x Cody McKenzie
John Moraga x Darren Uyenoyama

Peculiar barba de Johny Hendricks tem a ver com marketing e foco

Americano conta que só tira adversário da mente após se desfazer da
barba, já depois da luta. Ele enfrenta Georges St-Pierre neste sábado

Por Direto de Las Vegas, EUA
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A barba grande de Johny Hendricks não deve ser interpretada como um sinal de desleixo do lutador com o visual. Ela está para ele assim como a barriga saliente está para Roy Nelson: virou uma marca registrada. Neste sábado, Hendricks terá a chance de tomar de Georges St-Pierre o cinturão dos meio-médios (até 77kg) do Ultimate, no UFC 167, e é claro que manteve seu estilo mais uma vez para entrar no octógono, ainda mais agora que está mais em evidência do que antes. O americano contou como começou a cultivar a barba antes das lutas e explicou que é tudo uma questão de marketing e também de foco, uma vez que ele consegue parar de pensar no adversário somente depois de usar o barbeador:
Montagem Johny Hendricks MMA com e sem barba (Foto: Editoria de Arte)Johny Hendricks com e sem barba (Foto: Editoria de Arte)
- A barba tem, sim, um signficado especial. Eu estava perdendo peso para uma luta, estava cansado e decidi não me barbear mais. Me disseram para manter a barba, mas eu não queria. Fui convencido a deixar. Após a luta, fui para casa e fiz a barba. Na luta seguinte, deixei crescer de novo, e todo mundo começou a me ligar à barba: "O cara da barba". Se eu mudasse, ninguém mais saberia quem eu era: "Quem é esse cara?". Então, virou uma marca registrada. E não é só isso. Tem essa coisa de lesões e etc. Com essa barba, não importa o que esteja acontecendo com meu corpo, tenho que seguir em frente porque não atingi minha meta ainda. Agora, depois de lutar eu sempre raspo. No dia seguinte, eu nem lembro mais do que aconteceu. Ajuda a manter minha mente focada - disse ao Combate.com.
O UFC 167 será realizado no MGM Grand Garden Arena, na noite deste sábado. O canal Combate transmite o evento ao vivo a partir das 21h30m (horário de Brasília), e o Combate.com acompanha tudo em Tempo Real, além de transmitir o primeiro duelo do card preliminar (Cody Donovan x Gian Villante). Na sexta-feira, a pesagem ocorre a partir das 22h, com transmissão ao vivo do canal Combate e do Combate.com.
UFC 167
16 de novembro de 2013, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Georges St-Pierre x Johny Hendricks
Rashad Evans x Chael Sonnen
Rory MacDonald x Robbie Lawler
Josh Koscheck x Tyron Woodley
Tim Elliott x Ali Bagautinov
CARD PRELIMINAR
Donald Cerrone x Evan Dunham
Ed Herman x Thales Leites
Brian Ebersole x Rick Story
Erik Perez x Edwin Figueroa
Jason High x Anthony Lapsley
Will Campuzano x Sergio Pettis
Cody Donovan x Gian Villante

Rousimar Toquinho confirma retorno ao MMA: 'Sei que estou empregado'

Americana WSOF seria uma das organizações interessadas no lutador. Ele se reúne com empresário na segunda-feira para escolher nova companhia

Por Divinópolis, MG
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Nova marca de Rousimar "Toquinho" Palhares (Foto: Divulgação)Rousimar Toquinho está de volta ao MMA
(Foto: Divulgação)
Após o lance polêmico na luta contra Mike Pierce, a demissão do UFC e as negativas de contratação de grandes organizações de MMA como a americana WSOF e a polonesa KSW, parece que o lutador Rousimar Toquinho está prestes a ganhar uma nova chance. Em entrevista por telefone ao GloboEsporte.com, o lutador, que está na casa da mãe em Santo Antônio do Monte (MG), fez mistério sobre algumas companhias que o estariam sondando para fechar contrato.
– Não posso dar muitos detalhes no momento, só sei que estou empregado – revelou.
Uma dessas organizações seria justamente a WSOF. O lutador disse que chegou a ouvir que o presidente da companhia, Ray Sefo, não estaria interessado em fechar contrato, mas que esse discurso teria mudado.
– Me falaram que ele não estaria interessado, mas o que chegou aos meus ouvidos é que agora o Ray estaria arrependido do que falou e quer que eu lute pra ele – contou Toquinho.
A WSOF não seria a única interessada no lutador. Sem citar nomes, Toquinho informou que tem recebido convites de outras companhias, mas que, por enquanto, não vai se pronunciar sobre elas.
Toquinho cai diante do cubano Hector Lombard na Austrália (Foto: Getty Images)Toquinho quer voltar a ser mostrar suas habilidades nos octógonos (Foto: Getty Images)
– Há outros eventos querendo que eu lute, mas, por enquanto, estou em Minas resolvendo alguns assuntos particulares. Na próxima segunda-feira vou encontrar com meu empresário e decidir por qual evento vou lutar – anunciou.
Toquinho se disse esperançoso por essa nova chance e por poder finalmente superar o episódio da demissão do UFC.
– Coloco minha vida na mão de Deus e aquele episódio não me derrubou. A demissão me abalou sim, foi um susto, mas tenho uma nova chance de passar por cima disso. Afinal, minha vida sempre foi assim, superar um desafio a cada dia – garantiu.

'Vale-tudo', TUF, MMA feminino... Os 20 anos do Ultimate em capítulos

Do início com poucas regras ao show de organização e entretenimento de hoje, sucesso do UFC se deve muito a um reality show e a alguns brasileiros

Por Rio de Janeiro
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Quem começou a acompanhar o UFC há pouco tempo e vê a organização chegar aos 20 anos sendo de longe a maior do mundo talvez não tenha ideia das inúmeras mudanças por que passou desde a sua fundação. Criado em 1993 para ser um torneio com o intuito de identificar qual a arte marcial mais completa, o Ultimate tem hoje um conjunto de atletas que treinam todas as variáveis possíveis dentro de uma luta. O mérito esportivo ganhou o entretenimento como um forte aliado, e hoje milhões de fãs pelo mundo transformam um evento em programa principal do fim de semana.
O dia 12 de novembro de 1993 ficou marcado como a data da realização o UFC 1, mas bem antes disso um brasileiro teve papel fundamental no primeiro capítulo desta história. Rorion Gracie e os seus alunos Art Davie e John Milius buscaram parceiros para tornar real um projeto para fazer um campeonato com lutas entre atletas de diferentes estilos de artes marciais.
royce gracie ufc (Foto: Getty Images)Royce Gracie na conquista de seu primeiro título no Ultimate (Foto: Getty Images)
O UFC 1 começou com oito lutadores e, depois de três lutas no mesmo dia, um outro Gracie se sagrou o vencedor. Mesmo sendo o mais leve de todos, Royce Gracie finalizou todos os rivais e foi o primeiro campeão. Uma propaganda indireta e tanto para o jiu-jítsu da família, que pouco depois passaria a fazer parte do treino de todos os atletas de MMA.
Regras mais rígidas e 'fim do vale-tudo'
O trio de idealizadores não tinha intenção de fazer mais de um evento, mas as circunstâncias - principalmente o sucesso das fitas de VHS - os fizeram continuar. A máxima de que "não existem regras" (na verdade elas eram poucas, mas existiam) acabou atrapalhando. O MMA chegou a ser proibido em 36 estados americanos, e aos poucos os organizadores viram que do jeito que estava o negócio não iria para a frente.
Aos poucos, com bastante negociação junto às comissões atléticas estaduais, muitas regras foram criadas, até que em novembro de 2000 foi realizado o UFC 28, o primeiro do Ultimate que foi sancionado. Àquela altura, Rorion Gracie já não figurava mais entre os dirigentes. Vendeu a sua parte no negócio, descontente com o rumo que a sua ideia tomou, cheio de regras contrárias ao que ele imaginava ser o correto.
Dana White e sócios salvam o Ultimate
No ano em que o vale-tudo ganhou regras e passou a ser chamado de MMA (sigla para artes marciais mistas, em inglês), a SEG (Semaphore Entertainment Group), empresa responsável por colocar o UFC no sistema de pay-per-view, estava perto da falência. Frank e Lorenzo Fertitta se juntaram ao parceiro de negócios Dana White para salvá-la. Eles compraram o Ultimate por US$ 2 milhões e criaram uma empresa para gerenciá-lo, a Zuffa.
Lorenzo já foi membro da Comissão Atlética de Nevada e conseguiu facilmente sancionar os eventos do Ultimate no estado, onde fica Las Vegas, cidade famosa por suas apostas e realização de grandes lutas de boxe. Era o lugar ideal para crescer.
Só que esse crescimento não foi fácil. Quando a Zuffa assumiu, a organização tinha três categorias de peso - a criação dessas divisões foi uma das exigências dos governos, que não queriam saber dos duelos Davi x Golias para sancionar as lutas. A partir de 2001, os pesos-leves e médios se juntaram aos pesados, meio-médios e meio-pesados.
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Com mais campeões defendendo seus cinturões, mais regularidade de eventos, o Ultimate cresceu. Chegou a vender todos os ingressos do MGM Grand Arena e 150 mil pacotes de pay-per-view para o UFC 40, em novembro de 2002, duas grandes marcas para a época. Mas as dificuldades financeiras persistiam.
TUF, o salto para o sucesso
Uma ideia dos dirigentes fez com que a organização se fortalecesse de vez. Em agosto de 2005, começou a ser exibido na TV americana o The Ultimate Fighter, um reality show que colocava lutadores em início de carreira para viver na mesma casa e lutar entre si (no octógono) para dar ao vencedor um contrato de seis dígitos com o UFC.
Forrest Griffin e Stephan Bonnarr, TUF 2005, Luta Inesquecível (Foto: Getty Images) Stephan Bonnar x Forrest Griffin: TUF 1, em 2005, faz UFC ganhar mais fãs (Foto: Getty Images)
A ideia de humanizar aqueles homens estigmatizados como brutamontes que só queriam saber de briga aproximou os fãs dos lutadores. E contando com um pouco de sorte, a luta que definiu o campeão do TUF 1, entre Forrest Griffin e Stephan Bonnar, foi muito disputada, cheia de alternativas, e é apontada como uma das melhores até hoje. O programa foi um sucesso total. Não à toa dura ate hoje.
Expansão de mercado
Apesar do sucesso do TUF, o UFC ainda vivia à sombra de uma outra organização. No Japão, o Pride surfou por muito tempo a onda da boa economia local, conseguia contratar os melhores lutadores e era considerado o evento mais estável e organizado do mundo. A rivalidade entre as equipes Brazilian Top Team, do Rio de Janeiro, e Chute Boxe, de Curitiba, era um dos pilares de sustentação desse sucesso da companhia japonesa.
Entretanto, aos poucos foram surgindo notícias sobre a ligação dos dirigentes do Pride com a máfia japonesa. A organização perdeu sua principal fonte de renda, o contrato com uma emissora de TV do país, e então os dirigentes se viram obrigados a se desfazer do negócio.
Assim como fizeram com o UFC, os irmãos Fertitta e Dana White compraram o Pride. Não viram um cenário favorável no Japão e optaram por acabar com a organização em 2007.
Wanderlei Silva x Ricardo Arona, Pride (Foto: Agência Getty Images)Wanderlei Silva x Ricardo Arona: rivalidade entre BTT e Chute Boxe esquentava o Pride (Foto: Getty Images)
A consequência disso foi que o Ultimate adquiriu os contratos dos lutadores que estavam no Pride. Nomes como Rodrigo Minotauro, Wanderlei Silva, Quinton Jackson, Mirko Cro Cop, entre outros, agora estavam prontos para se transferir para o Ultimate e elevar a qualidade de uma organização em crescimento.
Pouco antes do Pride, a Zuffa já havia comprado o World Extreme Cagefighting (WEC), outro concorrente do Ultimate, mas o manteve ativo até dezembro de 2010. Em 2011, Dana White companhia compraram também o Strikeforce, principal concorrente na época, aumentando ainda mais seu plantel de grandes lutadores.
Chance aos levinhos e às mulheres
As aquisições do World Extreme Cagefighting e do Strikeforce deu ao Ultimate a oportunidade de criar novas categorias. Estrelas do WEC, como José Aldo, Urijah Faber, Dominick Cruz, Renan Barão e outros deram o pontapé inicial dos pesos-penas e dos pesos-galos, em 2011. Em 2012 surgiu também o peso-mosca, que não teve relação com WEC, e assim chegou-se à oitava categoria masculina.
Já o MMA feminino sempre foi visto com ressalvas por Dana White. Mas ele se rendeu ao sucesso de Ronda Rousey e também absorveu para o Ultimate algumas das lutadoras que já estavam no Strikeforce. Apesar das desconfianças, as meninas não fizeram feio e hoje até estrelam uma edição do TUF, com a própria Ronda e Miesha Tate como técnicas da 18ª temporada.
Spider e GSP, as estrelas da companhia
Anderson Silva na luta do UFC contra Rich Franklin em 2006 (Foto: Getty Images)Anderson na luta do UFC que lhe garantiu o título,
contra Rich Franklin, em 2006 (Foto: Getty Images)
Anderson Silva é um ex-lutador do Pride. Mas deixou a organização japonesa não porque ela fechou as portas. O Spider atuou no Japão pela última vez em dezembro de 2004, quando foi finalizado por Ryo Chonan. Sem muito sucesso na principal organização de MMA da época, rodou em eventos menores e pensou em parar. Foi convencido por Rodrigo Minotauro a continuar e ganhou uma oportunidade no Ultimate em junho de 2006. Começava ali uma história inigualável dentro da companhia.
Logo na segunda luta, Anderson Silva já estava disputando o título do peso-médio. Ele derrotou o então campeão Rich Franklin em outubro do mesmo ano e a partir dali quebrou diversos recordes. Foi um domínio de quase sete anos, que se encerrou em julho deste ano com o nocaute que ele sofreu de Chris Weidman. Anderson é apontado como o melhor lutador de todos os tempos do UFC por Dana White, além de diversos outros lutadores e especialistas.
Praticamente ao mesmo tempo, só que em outra categoria, o peso-meio-médio Georges St-Pierre também construiu o seu reinado. Assim como Anderson, foram 11 vitórias em disputas de cinturão.
Carismático para os fãs masculinos e dono de um certo sucesso com as mulheres, St-Pierre se tornou um garoto-propaganda e tanto para o Ultimate no fim da década passada e início da atual. Foi com ele no card principal, por exemplo, que a organização teve seu maior público na história: 55 mil pessoas no Rogers Centre, em Toronto (CAN), quando ele enfrentou Jake Shields no UFC 129, em 2011.
UFC 129 (Foto: Getty Images)UFC 129: recorde de público no Canadá para ver Georges St-Pierre (Foto: Getty Images)
Um jovem destruidor de campeões
Com Anderson Silva destronado por Chris Weidman, e Georges St-Pierre acusado por fãs, especialistas e outros lutadores de se tornar um lutador burocrático, que só entra no octógono para vencer por pontos, um outro campeão vem ganhando cada vez mais espaço. Jon Jones chegou ao UFC em 2009, aos 21 anos, mostrando que ainda tinha que evoluir. Só finalizou um lutador nas quatro primeiras lutas, e em uma delas ainda foi desclassificado em luta polêmica com Matt Hamill - o árbitro considerou que ele usou cotoveladas ilegais. Mas depois foi só alegria.
Jones bateu três adversários e ganhou a chance de desafiar o campeão Maurício Shogun. Em março de 2011, aos 23 anos e 242 dias de vida, passou a ser o campeão de divisão mais jovem da história do Ultimate. Na sequência, derrotou outros quatro lutadores que já foram donos do cinturão da categoria - Quinton Jackson, Lyoto Machida, Rashad Evans e Vitor Belfort - e até hoje domina o peso-meio-pesado, além de ser o número do ranking peso por peso.
Jon Jones durante coletiva do UFC contra Rashad Evans (Foto: Getty Images)Jon Jones, campeão de categoria mais jovem da história (Foto: Getty Images)
Os 20 anos do Ultimate tiveram alguns heróis como Jones e também muitos vilões que atrapalharam bastante a imagem da organização. Mas a verdade é que o que aconteceu até agora fez a companhia chegar onde está hoje, no topo do esporte. Nos próximos dias, o Combate.com vai continuar contando um pouco dessa história. Siga acompanhando as matérias no site.

'Anderson Silva branco', Bilharinho é novo oponente de Moicano no Jungle

Mário Israel se lesiona e dá lugar ao lutador carioca, sparring de Rony
Jason, que lhe deu o apelido devido ao estilo de golpear e se esquivar

Por Rio de Janeiro
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O peso-galo Mario Israel, atual campeão da categoria no Jungle Fight, não poderá fazer a defesa de seu cinturão na edição 61 do evento, dia 23 de novembro, em Campos dos Goytacazes (RJ). Para seu lugar, a organização selecionou Jonas Bilharinho, que faria o coevento principal da noite contra Alberto Pantoja, para enfrentar Renato Moicano pela disputa do título interino da divisão dos galos.
jungle fight 44  Jonas Brilharinho (Foto: Marcelinho de Jesus / Globoesporte.com)Jonas Bilharinho vibra após uma vitória no Jungle Fight (Foto: Marcelinho de Jesus / Globoesporte.com)
Aos 23 anos, Jonas Bilharinho possui cinco lutas como profissional de MMA, com quatro vitórias e um empate. Entre os triunfos, três foram por nocaute ou nocaute técnico, e um por finalização. Bilharinho é o principal sparring de Rony Jason, que o chama de "Anderson Silva branco" devido ao seu estilo.
- O Rony costuma me chamar assim porque eu gosto de golpear sem ser golpeado, entrando e saindo do raio de ação rápido ou esquivando. Então, ele falava: "Você é igual àquela criança que não quer compartilhar os brinquedos, né? Só você brinca, né? Quando eu vou te bater, você não deixa?" Aí ele começou a me chamar de "White Spider", e daí "Anderson Silva branco" - conta Bilharinho, que diz ter lados positivos e negativos no apelido.
Jonas Bilharinho x Allan Miguel no Jungle Fight 51 (Foto: Fernando Azevedo / Jungle Fight)Nocaute em Allan Miguel foi um dos melhores de
Bilharinho (Foto: Fernando Azevedo/Jungle Fight)
- Eu gosto e desgosto. Gosto porque me espelho no Anderson Silva desde sempre. Claro que tenho outros ídolos, mas o Anderson sempre foi onde me espelhei. Para mim, é muito mais do que uma honra ser reconhecido como algo que pelo menos o lembra. E desgosto do apelido porque, mal ou bem, existe uma "modinha" de comparar todo mundo ao Anderson, está cheio de "o novo Anderson Silva" por aí e eu não gostaria de ser mais um no bolo - explica.
Em Renato Moicano, Bilharinho terá um adversário invicto em oito lutas, com sete vitórias e um empate. Os dois já estiveram próximos de se enfrentar, mas uma lesão tirou o carioca do confronto. Ele demonstrou respeito ao adversário e espera um combate franco.
- O meu estilo é bem parecido com o do Moicano. Somos longilíneos, rápidos, temos um bom gás, queixo duro, agressivos... O combate será bom e acho muito pouco provável que chegue ao final, por ambas as partes. Há muito tempo que me falam que uma luta muito boa de se ver seria "Bilharinho x Moicano". Fico feliz de falarem isso, pois ele é um excelente atleta e, comparado a mim, ele é um veterano, então me motiva muito pensarem que um combate entre nós será "um show", como diz Wallid (Ismail, presidente do Jungle) - concluiu Bilharinho.
Renato Moicano Jungle Fight 55 (Foto: Adriano Albuquerque)Renato Moicano (dir.) está invicto no Jungle Fight
(Foto: Adriano Albuquerque)
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O Jungle Fight 61 acontece no dia 23 de novembro, com transmissão ao vivo do Combate e do SporTV a partir de 22h (horário de Brasília). O Combate.com também exibe as duas primeiras lutas em vídeo ao vivo. Confira o card atualizado:


Jungle Fight 61
23 de novembro de 2013, Campos dos Goytacazes (RJ)
CARD OFICIAL
Jonas Bilharinho x Renato “Moicano” – válido pelo cinturão interino dos pesos-galos
Magno “Magu” x Rogério “Karranca”
Gabriel Silva x Patrick Tavares
Otto Rodrigues x  Luan Carvalho
Eder Bambu x Thiago “Sagat”
Leandro “Sete Bala” x Luis “Japeri”
Jorginho Filho x Ramon Barzete

Bethe Correia substitui russa e estreia no UFC na Austrália, contra Kedzie

Lutadora brasileira entra no lugar de musa em evento do dia 7 de dezembro

Por Rio de Janeiro
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Bethe Pitbull MMA (Foto: Ivan Raupp)Bethe "Pitbull" Correia no Jungle Fight: lutadora tem
estreia no UFC marcada (Foto: Ivan Raupp)
Terceira lutadora brasileira a assinar com o UFC, Bethe Correia, a "Bethe Pitbull", já tem data para estrear na organização. A lutadora potiguar foi anunciada nesta quarta-feira como substituta da russa Aleksandra Albu no duelo com a americana Julie Kedzie, no card preliminar do UFC: Hunt x Pezão, em 7 de dezembro (6 de dezembro no Brasil, devido ao fuso horário), em Brisbane, Austrália.
Bethe Correia está invicta em seis lutas de MMA na carreira. Sua última vitória foi no Jungle Fight 54, em junho, quando derrotou Érica Paes, única mulher a derrotar Cris Cyborg na carreira. Ela tem o apelido "Pitbull" por treinar com os irmãos Patrício e Patrick Pitbull.
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Sua adversária, Julie Kedzie, vem numa sequência negativa de três derrotas, sendo duas no Strikeforce e a última no UFC, contra Germaine de Randamie. Na carreira, Kedzie tem 16 vitórias e 12 derrotas. Ela treina na equipe de Greg Jackson, a mesma do campeão peso-meio-pesado Jon Jones.
Confira o card atualizado do evento:
UFC: Hunt x Pezão
7 de dezembro de 2013, em Brisbane (Austrália)
*** No Brasil, pelo fuso, o evento começa no dia 6 de dezembro
CARD DO EVENTO
Mark Hunt x Antônio Pezão
Maurício Shogun x James Te Huna
Pat Barry x Soa Palelei
Dylan Andrews x Clint Hester
Ryan Bader x Anthony Perosh
Nick Ring x Caio Monstro
Takeya Mizugaki x Nam Phan
Robert Whittaker x Brian Melancon
Bruno Carioca x Krzysztof Jotko
Alex Caceres x Mitch Gagnon
Richie Vaculik x Justing Scoggins
Andreas Stahl x Alex Garcia
Julie Kedzie x Bethe Correia

Spider, GSP, Liddell, Jones, Royce...
O top 20 de todos os tempos do UFC

Combate.com elege os maiores lutadores dos 20 anos da organização. BJ Penn, José Aldo, Hughes, Couture e Coleman completam os 10 primeiros

Por Las Vegas e Rio de Janeiro
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Em 20 anos de história, foram inúmeros os lutadores que se destacaram de alguma maneira no UFC. Dentre eles, muitos e muitos brasileiros, é claro. E um em especial foi o maior de todos, aquele que mais brilhou e chocou o mundo quando achavam impossível sair algo ainda mais espetacular dele. Anderson Silva é o nome da fera.
Na semana em que o Ultimate completa 20 anos de seu primeiro evento, o Combate.com se reuniu para eleger uma lista dos 20 maiores atletas que passaram ou ainda competem pela organização, em termos de feitos, performances no octógono, representatividade e importância para o crescimento do MMA. E apenas um lutador foi colocado na mesma posição do ranking pelos quatro jornalistas que votaram. Foi exatamente na liderança, que ficou nas mãos do Spider. Mais vitórias consecutivas no UFC (16), mais defesas de cinturão (10), maior número de lutas vencidas por nocaute ou finalização (14)... São apenas alguns dos recordes que explicam o patamar em que Anderson foi colocado. O brasileiro foi derrotado por Chris Weidman em seu último duelo, mas terá a chance de recuperar o cinturão dos médios (até 84kg) na revanche marcada para o fim do ano.
Montagem Ufc top 20 (Foto: Editoria de Arte)Anderson Silva, Georges St-Pierre, Chuck Liddell, Jon Jones e Royce Gracie encabeçam o Top 20 peso por peso de todos os tempos do UFC (Foto: Editoria de Arte)
Em segundo lugar, vem o protagonista da luta principal do evento de 20 anos do UFC, que ocorre neste sábado: Georges St-Pierre. De todos os campeões atuais, o meio-médio (até 77kg) canadense é o que detém o cinturão há mais tempo (desde abril de 2008). Se bater Johny Hendricks, deixará Matt Hughes para trás como recordista de vitórias na história da organização, com 19. Além disso, é o maior vendedor de pay per view do MMA hoje em dia.
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Chuck Liddell conquistou a terceira posição do ranking principalmente por ter dominado a divisão dos meio-pesados (até 93kg) na época em que ela foi mais disputada. Com suas mãos pesadíssimas, nocauteou mais de uma vez Tito Ortiz e Randy Couture, seus maiores rivais, e no geral defendeu o cinturão quatro vezes. Pesa também a favor do americano o fato de ele ter feito praticamente toda sua carreira no UFC, onde se tornou referência e com quem criou uma ligação que talvez nenhum outro lutador tenha.
Em quarto, aparece alguém que, pela pouca idade e pela perspectiva do que ainda pode fazer, deve subir mais alguns degraus no futuro próximo: Jon Jones. Após Liddell perder o cinturão, o mesmo passou de mão em mão até chegar ao poder do "Bones". Com apenas 26 anos, ele já se tornou o campeão com mais defesas de título (6) nos meio-pesados (até 93kg), passando Tito Ortiz, e mostrou que não pretende se acomodar ao garantir que vai subir para os pesados (até 120kg) em breve para buscar novos desafios.
Campeão e referência dos primórdios do UFC, Royce Gracie foi escalado na quinta posição de todos os tempos. Mesmo magrinho, venceu adversários mais fortes e mais pesados para tentar provar que o jiu-jítsu era superior às demais artes marciais. E inspirou muitos lutadores, que hoje revelam ter ingressado no mundo das lutas por causa dele.
Além dos cinco de mais destaque, aparecem na lista também BJ Penn, José Aldo, Matt Hughes, Randy Couture e Mark Coleman entre os dez primeiros. Abaixo, a lista traz Tito Ortiz, Vitor Belfort, Frank Shamrock, Pat Miletich, Dan Severn, Frankie Edgar, Cain Velásquez, Rich Franklin, Frank Mir e Marco Ruas, todos campeões do UFC em algum momento da carreira. Outros nomes também foram citados, mas ficaram fora do top 20 e merecem menção honrosa: Dan Henderson, Forrest Griffin, Mark Kerr, Tim Sylvia e Rodrigo Minotauro.
A seguir, veja o top 20 de todos os tempos do UFC elaborado pelo Combate.com:
1- Anderson Silva (ex-campeão peso-médio)
2- Georges St-Pierre (atual campeão peso-meio-médio)
3- Chuck Liddell (ex-campeão peso-meio-pesado)
4- Jon Jones (atual campeão meio-pesado)
5- Royce Gracie (três vezes campeão das primeiras edições do UFC)
6- BJ Penn (ex-campeão peso-leve e peso-meio-médio)
7- José Aldo (atual campeão peso-pena)
8- Matt Hughes (ex-campeão peso-meio-médio)
9- Randy Couture (campeão de GP, ex-campeão peso-meio-pesado e peso-pesado)
10- Mark Coleman (bicampeão de GP e ex-campeão peso-pesado)
11- Tito Ortiz (ex-campeão peso-meio-pesado)
12- Vitor Belfort (campeão do GP peso-pesado e ex-campeão meio-pesado)
13- Frank Shamrock (ex-campeão peso-meio-pesado)
14- Pat Miletich (campeão do GP peso-leve e ex-campeão peso-meio-médio)
15- Dan Severn (duas vezes campeão das primeiras edições do UFC)
16- Frankie Edgar (ex-campeão peso-leve)
17- Cain Velásquez (atual campeão peso-pesado)
18- Rich Franklin (ex-campeão peso-médio)
19- Frank Mir (ex-campeão peso-pesado
20- Marco Ruas (campeão das primeiras edições do UFC)

GSP surpreende e faz treino aberto ao lado de Royce Gracie em Las Vegas

Canadense entra com o 'trenzinho Gracie' e pratica jiu-jítsu vendado com o lendário campeão do UFC 1. Desafiante, Hendricks leva Mark Coleman

Por Las Vegas
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O treino aberto do UFC 167, que comemora os 20 anos do torneio, começou com uma surpresa para jornalistas e fãs presentes ao Hollywood Theater, localizado no complexo hoteleiro do MGM Grand Garden, que sedia o evento: o campeão dos pesos-meio-médios, Georges St-Pierre, subiu ao palco onde aconteceram os trabalhos acompanhados por ninguém menos que o lendário Royce Gracie, campeão do UFC 1. De quimono, os dois lutadores entraram ao estilo da família Gracie,com um trenzinho idêntico ao feito pelos Gracies no UFC 1. Em seguida, eles posaram para fotos e trabalharam posições de jiu-jítsu por cerca de dez minutos. Usando a faixa preta, GSP levou a sério o treinamento, parando por diversos momentos para tirar dúvidas com o brasileiro. Royce usava uma faixa azul, em homenagem ao seu pai, Hélio Gracie, e conversou bastante com o campeão.
treino UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)Com olhos vendados, St-Pierre pratica jiu-jítsu com Royce Gracie no treino aberto (Foto: Evelyn Rodrigues)
Após cerca de cinco minutos de treinamento tradicional, Royce pediu que uma camisa fosse amarrada em torno da cabeça de St-Pierre, cobrindo seus olhos. Os dois passaram a treinar sem que o canadense pudessse enxergar os movimentos do seu adversário. Foram trabalhados triângulos, kimuras, omoplatas e raspagens. No fim, os dois lutadores sorriram e foram muito aplaudidos pelo público.
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treino UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)Royce e GSP reeditam o famoso "trenzinho Gracie"
do UFC 1 (Foto: Evelyn Rodrigues)
Segundo St-Pierre, a ideia partiu dele, e foi uma homenagem ao primeiro campeão da organização, não uma forma de "esconder o jogo".
- Foi uma honra incrível. Não foi nenhum segredo, foi mais uma atividade para as câmeras, mas só de ter a chance de me movimentar um pouco com ele foi inacreditável. Fez valer a pena minha viagem inteira. Agora, só preciso focar na luta. Ele é meu ídolo e, para mim, é incrível que ele tenha aceitado. Um grande privilégio para mim - disse GSP, que contou que a vitória de Royce Gracie no UFC 1 o inspirou a buscar as artes marciais, após sofrer bullying na infância.
- Sofri bullying quando era pequeno, na escola, de gente maior e mais velha. Quando assisti ao primeiro UFC, vi que Royce era o menor e menos intimidador de todos. Mas ele era o mais esperto. A maneira como ele ganhou o torneio realmente me inspirou. Por isso estou aqui agora, lutando pelo título - declarou.
treino UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)Georges St-Pierre e Royce Gracie se abraçam após treino aberto do UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)
Royce Gracie, por sua vez, defendeu o estilo "amarrão" de St-Pierre, muito criticado pelos fãs.
- Ele é muito bom usando a estratégia. Muita gente critica suas vitórias, por ele não finalizar ou nocautear os adversários. Acho que é como o filme "Gladiador". Quando o gladiador mata todo mundo, a multidão fica em silêncio. "Ué, vocês não estão entretidos? Não promovi uma grande luta para vocês?". As pessoas criticam. Vai lá e faça o que ele faz. Vai lá e faz - argumentou.
treino UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)Chael Sonnen faz sua movimentação no treino aberto
do UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)
Ainda com Georges St-Pierre e Royce Gracie atendendo a imprensa, Robbie Lawler iniciou e terminou seu treinamento sem praticamente ser notado pelos repórteres. Todas as atenções estavam voltadas para os dois astros, e ele ficou alguns minutos treinando de agasalho, provavelmente por estar em processo de corte de peso. Logo em seguida, foi a vez de Chael Sonnen. Enquanto se movimentava e acenava para os fãs que acompanhavam e gritavam palavras de incentivo, o falastrão era observado por Royce Gracie, que parecia sério e o encarava duramente, mas depois trocou palavras e sorrisos com ele, deixando o palco em seguida.
Sonnen treinou sozinho durante boa parte do tempo, e fez muita movimentação de boxe. Pouco depois, passou a ter companhia de um membro de sua equipe, sempre com movimentação de boxe. Interagindo com a plateia, Sonnen arrancou alguns risos ao mostrar que conhecia o torcedor que estava falando com ele. Após ensaiar algumas fintas, Sonnen deixou o palco, sendo muito aplaudido.
Camisa Johny Hendricks (Foto: Ana Hissa)Johny Hendricks e sua camisa especial, brincando
com seu visual barbado (Foto: Ana Hissa)
O próximo a ser apresentar foi o peso-meio-médio canadense Rory MacDonald, que lutará contra Robbie Lawler no card principal do evento. Sem muito alarde, o jovem fez uma movimentação muito leve, mostrando algumas catadas de perna e jogo de chão, e rapidamente deixou o palco do Hollywood Theater, enquanto Chael Sonnen ainda concedia entrevistas a uma pequena multidão de jornalistas.
O penúltimo atleta a subir no palco foi o peso-meio-pesado Rashad Evans. Treinando com seu companheiro da Blackzilians Tyrone Spong, o ex-campeão da categoria fez uma boa movimentação em pé, que durou cerca de dez minutos.
No fim, uma nova surpresa. Johny Hendricks levou para treinar com ele o ex-campeão dos pesos-pesados do UFC Mark Coleman, que usava a camisa do time de BJ Penn no TUF 19. Com a camisa "Go beard or go home", algo como "Torça pela barba ou vá para casa", o barbudo desafiante ao cinturão dos pesos-meio-médios iniciou sua movimentação usando óculos, enquanto Coleman dava entrevistas ao lado do tatame montado no Hollywwod Theater. Fazendo uma movimentação de socos e chutes, Hendricks treinava sua esquiva e o bloqueio de jabs, notadamente uma arma de St-Pierre em suas lutas. Descontraído e brincando muito com seus parceiros, Hendricks encerrou o treino sem fazer uma demonstração de wrestling com Coleman, frustrando os fãs presentes, que gostariam de ver o ex-campeão em ação por alguns momentos.

Sergio Pérez anuncia que não seguirá na McLaren na próxima temporada

Em comunicado, mexicano confirma que sua passagem no time inglês se encerrará no fim do ano. Ele deverá ser substituído pelo jovem dinamarquês Kevin Magnussen

Por Austin, EUA
Comente agora
A união entre Sergio Pérez e McLaren vai durar apenas um ano. Através de um comunicado oficial em seu twitter, o mexicano de 23 anos confirmou nesta quarta-feira que não continuará na escuderia inglesa na próxima temporada. No texto, “Checo” destacou a oportunidade de competir em uma equipe tradicional e vitoriosa como a McLaren, agradeceu a seus fãs e prometeu empenho nas duas últimas corridas do ano, o GP dos EUA deste fim de semana, e o do Brasil do o próximo domingo.
- Gostaria de agradecer à McLaren por me dar a oportunidade de estar aqui nesta temporada. Foi uma honra estar em uma das equipes mais competitivas do esporte e nunca imaginei que faria parte do time - escreveu o piloto.
Sergio Pérez, GP de Cingapura 2013 (Foto: Getty Images)Sergio Pérez no box da McLaren durante o GP de Cingapura 2013 (Foto: Getty Images)

Nesta semana, Pérez já tinha dado uma entrevista criticando a escuderia, dando fortes indícios de que estaria de partida ao fim do ano. O principal candidato a assumir a vaga de “Checo” é o jovem dinamarquês Kevin Magnussen, de 21 anos, membro do programa de desenvolvimento de jovens pilotos da McLaren, atual campeão da F-Renault 3.5 e filho do ex-Fórmula 1 Jan Magnussen.

Jenson Button ao lado de Kevin Magnussen, que poderá ser seu companheiro na McLaren em 2014 (Foto: Getty Images)Dupla da McLaren em 2014 tende a se Jenson Button e Kevin Magnussen (Foto: Getty Images)

Apoiado pela gigante da telefonia "Telmex", de Carlos Slim, um dos homens mais ricos do mundo, Pérez era membro da Academia de Pilotos da Ferrari até o fim ano passado. Após duas boas temporadas na Sauber, com direito a três pódios em 2012, mas sem espaço no time de Maranello, ele foi chamado pela McLaren para a dura missão de substituir Lewis Hamilton, campeão de 2008, que havia partido para a Mercedes.
 Entretanto, o carro da tradicional equipe inglesa para este ano, um dos mais fracos da história da escuderia, acabou frustrando os planos do mexicano em conseguir bons resultados. Restando duas etapas para o fim da temporada, Pérez é o 12º colocado com 35 pontos, 25 a menos que seu companheiro de equipe, Jenson Button, o nono com 60 pontos.
Desempenho abaixo do esperado, brigas na pista com Button, mau relacionamento com mecânicos e engenheiros, além de questões comerciais estão entre os fatores que contribuíram para a passagem meteórica de Pérez pela McLaren. Saiba mais no blog Voando Baixo.
Após um início de temporada tímido e com muitos erros, Pérez chegou a ser cobrado publicamente para ser mais arrojado nas corridas. O mexicano até mostrou mais ousadia, mas acabou se envolvendo em diversos incidentes de pista com Button. Os resultados de Pérez melhoraram no decorrer do ano e o mexicano chegou a superar o companheiro em algumas ocasiões, inclusive nas duas últimas corridas. Porém, não foi o suficiente para que desse continuidade à sua história com a McLaren.
Confira o comunicado de Sergio Pérez na íntegra:
"Primeiramente, gostaria de agradecer à McLaren por me dar a oportunidade de estar aqui nesta temporada. Foi uma honra estar em uma das equipes mais competitivas do esporte e nunca imaginei que faria parte do time. Sempre dei o meu melhor para a equipe e infelizmente não consegui o resultado que gostaria neste histórico time.
Estou comprometido a dar resultados muito bons nessas duas últimas corridas, especialmente em Austin. E estou ansioso para ver minha torcida reunida, sentir a energia deles e mostrar a eles o melhor de mim. Gostaria de dizer para cada um dos meus fãs ao redor do mundo e do meu país que serei eternamente grato a eles. Eles nunca me deixaram cair, especialmente nos em momentos difíceis como este. Eu realmente aprecio esse apoio, eles nunca se esqueceram de mim.
Conheci muitas pessoas na McLaren nesta temporada e fiz vários amigos. Do alto escalão dos departamentos de marketing, engenharia e contabilidade até mecânicos, cozinheiros, restauração, basicamente todos no time. Sou eternamente grato a eles. Tem sido uma experiência de aprendizado para mim. Eu gostaria de desejar o melhor para o time no futuro. Eu sempre vou ser um fã da McLaren. Agora, estarei olhando para o meu futuro, para garantir uma posição no melhor pacote possível para lutar por vitórias.
Obrigado McLaren e todos os parceiros dessa temporada. Podem ter certeza  que nunca vou desistir"

Willian é a novidade entre os titulares em treinamento da seleção brasileira

Jogador do Chelsea é escalado no ataque, ao lado de Jô e Neymar, em coletivo realizado em universidade da Flórida. Thiago Silva faz trabalho separado do elenco

Por Miami, Estados Unidos
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O meia-atacante Willian foi a principal novidade na equipe titular da seleção brasileira, em treino realizado sob chuva nesta quarta-feira, no campo da Florida International University, nos Estados Unidos. O jogador do Chelsea fez parte do trio de ataque escolhido inicialmente por Felipão, ao lado de Jô e Neymar.
Outra cara nova foi o goleiro Victor, apesar de o técnico da Seleção já ter confirmado anteriormente que utilizaria o arqueiro do Atlético-MG como titular. Por outro lado, o zagueiro Thiago Silva não treinou e realizou um trabalho à parte com o preparador físico Paulo Paixão.
Willian treino Seleção (Foto: Mowa Press)Willian no treino da Seleção, com Lucas Leiva, Oscar e David Luiz (Foto: Mowa Press)

O time titular que começou o coletivo foi o seguinte: Victor, Daniel Alves, David Luiz, Dante e Maxwell; Lucas Leiva, Paulinho e Oscar; Willian, Jô e Neymar. Nos reservas, três jogadores do time da universidade local completaram a equipe: os alemães Martin e Quinton e o dominicano Gonzalo. O Panthers, como é conhecido o time, é comandado por Kenny Arena, filho de Bruce Arena, ex-treinador da seleção dos Estados Unidos.
Ao longo do coletivo, Felipão fez quatro alterações: trocou Dante, Maxwell, Willian e Jô pelo novato Marquinhos, na zaga, Luiz Gustavo, deslocado para a lateral-esquerda, Bernard, no ataque, e Robinho, como 'falso 9'.
Durante o treinamento, um adolescente invadiu o campo para falar com Neymar. Conseguiu apenas de longe, pois foi retirado rapidamente pelos seguranças.
No sábado, às 22h30m (de Brasília), o Brasil vai enfrentar Honduras, no Sun Life Stadium, em Miami, nos Estados Unidos. No dia 19, o rival será o Chile, em Toronto, no Canadá. Os dois confrontos serão transmitidos ao vivo pela TV Globo, Sportv e GLOBOESPORTE.COM. O site também acompanha em Tempo Real.