Contra o bullying, Belfort lança projeto 'Escola da Paz' na Cidade de Deus
Peso-médio palestrou para crianças em escola municipal no Rio de Janeiro e criticou Chael Sonnen por fazer 'bullying na luta', ao provocar outros atletas
98 comentários
Ao revelar que sofria bullying quando criança por ser gago e muito magro, Vitor Belfort comparou a prática com as promoções de combates, quando um lutador provoca outro com a intenção de que seja casado o confronto e, assim, crescer a expectativa do público com relação ao duelo. Ao Combate.com, o peso-médio lembrou que este seria um dos motivos de não integrar o time de Chael Sonnen, caso fosse convidado para integrar a equipe do americano no TUF Brasil 3, em 2014, contra o brasileiro, porém rival, Wanderlei Silva. O falastrão americano é um dos maiores nomes na "arte" de promover eventos, sendo muito lembrado em território nacional devido aos insultos aos brasileiros na ocasião de suas lutas contra Anderson Silva.
Vitor Belfort posa com crianças da Escola Municipal Pedro Aleixo (Foto: Reprodução / Instagran)
- Eu agradeceria o convite (caso fosse convidado por Sonnen), mas eu
não consigo ser "double agent" (agente duplo, em português).
Infelizmente, o que ele (Chael Sonnen) faz para promover a luta e chamam
de marketing, é na verdade uma forma de bullying na luta. Ele provoca,
insulta e xinga. E você revela sua personalidade quando você revela o
que faz por dinheiro. A gente conhece uma pessoa não quando ela está por
baixo, mas quando ela está por cima e o errado sempre é errado. O
errado não pode ser certo, nunca. Então, eu tenho meus princípios
irrevogáveis e você não vai ver um leão andando com um cordeiro ou uma
cobra com uma águia. Então, nesse grande negócio de hoje, você acaba
dando exemplos errados. E não só o Sonnen, porque também têm os falsos
humildes. Agora, o importante é a gente saber que a causa da "Escola da
Paz" é uma causa séria, que fala de respeito e se a gente não tiver
respeito até pelo seu maior adversário, na verdade a gente não tem nada -
disse Vitor Belfort.Mais Combate.com: confira as últimas notícias do mundo do MMA
Impressionado pelo grande alcance que suas lutas no UFC têm entre os brasileiros, Belfort reforçou por diversas vezes na escola a importância de promover a paz entre os homens. Como exercício ilustrativo, o lutador chamou dois alunos que brigaram momentos antes da palestra por causa de uma lapiseira. Para colocar em prática o respeito pregado pelo projeto "Escola da Paz", o peso-médio conversou com os "brigões" e reiterou que ele nunca entra no octógono com a intenção de bater e brigar, mas sim, com o respeito ao adversário e companheiro de profissão. Novamente, o atleta explicou a importância de ser um "campeão na vida".
Na Cidade de Deus, Vitor Belfort encontrou o rapper MV Bill (Foto: Reprodução Instagram)
- O projeto "Escola da Paz" é querer ensinar as pessoas a ser cidadãos.
É muito fácil fazer um campeão dentro do octógono. Mas o mais difícil é
fazer um campeão na vida. Então, o projeto quer ensinar as pessoas que a
verdadeira luta é travada fora do nosso ambiente de trabalho e eu acho
que esse é o meu compromisso com a sociedade. E não é só uma coisa local
para resolver. Eu preciso ir mais, ir além da escola, ser mundial -
comentou o atleta.Ao falar para as crianças da escola a diferença entre sonho e desejo, Vitor Belfort revelou que disputar o cinturão do UFC e poder sair como campeão novamente da organização é seu maior desejo, já que o grande sonho é conseguir fazer com que cada pessoa possa entender o poder da transformação dentro de si mesmo para alcançar seus maiores objetivos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário