quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Grêmio quebra longo jejum de gols com vitória sobre o Vasco na Arena
Zagueiro Rhodolfo consolida placar de 1 a 0 que mantém Tricolor no G-4. Time cruz-maltino fica ameaçado de voltar à zona de rebaixamento
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • estatística
    fim do jejum
    O Grêmio voltou a fazer um gol depois de 24 dias. O último havia sido marcado em 20 de outubro, por Vargas, no Gre-Nal (empate por 2 a 2).
  • escalação
    ferrolho
    Adilson Batista escalou um time fechado, o que funcionou no primeiro tempo. No segundo, o Grêmio chegou ao gol logo aos cinco minutos.
  • substituído
    Zé Roberto
    O meia deu lugar a Maxi Rodríguez no segundo tempo. Torcedores vaiaram e gritaram pelo jogador, que atirou sua chuteira ao chegar ao banco.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Num time que conta com os experientes atacantes Barcos e Kleber, coube a um zagueiro a missão de acabar com um tabu do Grêmio. Rhodolfo selou a vitória por 1 a 0 sobre o Vasco, nesta quarta-feira, em Porto Alegre, quebrando um jejum de gols que durou 653 minutos - foram cinco jogos em branco. O resultado aliviou a pressão sobre o técnico Renato Gaúcho e deixou o Tricolor gaúcho firme no G-4, com 57 pontos. Já os cruz-maltinos se veem novamente ameaçados com a volta à zona de rebaixamento ao fim da 34ª rodada.
A partida teve protesto dos jogadores em nome do Bom Senso FC, que reivindica mudanças no calendário do futebol brasileiro. Eles ficaram parados e de braços cruzados por 30 segundos após o apito inicial de Francisco Carlos do Nascimento (AL). O árbitro indicou que daria um minuto de acréscimo, mas terminou o primeiro tempo 45 minutos depois da saída de bola.
Rhodolfo, que marcou seu primeiro gol pelo Grêmio, dedicou-o aos atacantes, que vivem longo jejum: Barcos não marca há sete jogos, e Kleber, há 15.
- É difícil, a gente estava sendo muito cobrado, o ataque se sacrifica, nos ajudando no combate. Dedico o meu gol aos atacantes, está todo mundo se esforçando, correndo.
O Vasco entrou em campo com uma escalação surpreendente e com a mensagem de que a aposta seria nos contra-ataques e que o empate seria bom negócio. O técnico Adilson Batista optou por três zagueiros (com a entrada de Renato Silva) e promoveu a volta de Guiñazu para fazer a proteção. Assim, deixou no banco de reservas o meia Bernardo (que acabou por nem entrar em campo) e o atacante André.
- Jogamos de igual para igual, tomamos gol de bola parada, lutamos. Sair com um ponto seria um resultado mais justo. Vamos tentar fazer mais no mínimo nove pontos e somar 46 para sair dessa situação. Temos que lutar e não abaixar os braços. Sabemos que é difícil, mas a equipe tem que ter o mesmo espírito de hoje - analisou Wendel.
A estratégia vascaína até funcionou no primeiro tempo, quando as principais chances foram suas, mas um gol logo no início da segunda etapa obrigou o time a sair. E aí o Grêmio pouco foi ameaçado. O momento mais tenso para os torcedores foram as vaias de muitos dos 14.840 torcedores presentes (10.863 pagantes) pela substituição de Zé Roberto. O meia não escondeu a insatisfação ao deixar o campo, aos 13 minutos do segundo tempo.
Na próxima rodada, o Grêmio recebe o Flamengo às 19h30m de domingo, e o Vasco visita o Corinthians no Pacaembu no mesmo dia, mas às 17h.
Comemoração do Grêmio contra o Vasco (Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA)Jogadores abraçam Rhodolfo, que marcou seu primeiro gol pelo Grêmio (Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA)
Grêmio exerce pressão, Vasco se segura
Como era esperado, o Grêmio exerceu uma pressão inicial, para abrir vantagem rapidamente e acalmar a possível impaciência da torcida. No entanto, a equipe de Renato Gaúcho não conseguiu articular jogadas concretas e, assim, não criou chances claras de gol. Após os primeiros 15 minutos, depois que o time da casa diminuiu um pouco seu ritmo, o Vasco passou a se arriscar e a colocar em prática uma estratégia clara: fazer uma marcação firme e sair nos contra-ataques.
Foi dessa maneira que o Vasco criou as duas melhores chances de todo o primeiro tempo, ambas com Marlone. Na primeira, ele recebeu a bola de Pedro Ken, que fez bom desarme, e chutou no canto esquerdo esquerdo de Dida. O veterano goleiro precisou se esticar muito para fazer a defesa. Em seguida, Marlone fez ótimo lançamento para Edmilson, que concluiu mal, por cima da meta.
O Grêmio tentou responder fazendo-se valer da experiência do trio formado por Zé Roberto, Kleber e Barcos. Mas acabou por esbarrar na correta marcação do Vasco, apesar de algumas falhas individuais, e em sua própria incapacidade de criar jogadas.
Gol de bola parada
Restava ao Tricolor apostar nas bolas paradas. E foi assim que a equipe conseguiu abrir o placar, logo aos cinco minutos do segundo tempo. Zé Roberto cobrou escanteio pelo lado esquerdo, Rhodolfo subiu mais do que Renato Silva e cabeceou. Alessandro pulou em seu canto direito mas não alcançou a bola.
Com o fim de um jejum que durava 24 dias, o Grêmio passou a atuar mais solto. E se aproveitou dos espaços deixados por um Vasco que precisou sair mais ao seu ataque em busca do empate. A equipe de Adilson Batista, que até então vinha mostrando uma marcação sólida, se desestruturou e perdeu a organização.
Até o fim da partida o Vasco se esforçou em busca do empate, mas esbarrou na defesa gremista e no goleiro Dida. O Grêmio ainda teve a chance de ampliar no fim, com Máxi Rodriguez após um drible por entre as pernas de Sandro Silva, mas parou em Alessandro.

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