sábado, 16 de julho de 2011

Falcao perde pênalti, goleiro falha e Peru aproveita: Colômbia está fora

Atacante do Porto desperdiça cobrança e Luis Martinéz erra em lances dos gols peruanos: 2 a 0. Argentina e Uruguai vão decidir rival da semifinal

Por GLOBOESPORTE.COM Córdoba, Argentina
O Peru está na semifinal da Copa América pela primeira vez desde 1997. A seleção treinada por Sergio Markarián contou com um pênalti perdido por Falcao Garcia e duas falhas do goleiro Luis Martinéz para vencer a Colômbia por 2 a 0 neste sábado em Córdoba, com gols de Carlos Lobatón e Juan Vargas na prorrogação, e agora espera o clássico entre Argentina e Uruguai para conhecer seu rival da próxima terça-feira.
Dona da melhor campanha da primeira fase (sete pontos e saldo de três gols, contra dois do Chile), a seleção colombiana não havia sofrido nenhum gol na Copa América até as quartas de final. O time jogou melhor que o Peru e acertou a trave rival duas vezes, mas falhou em momentos decisivos: Falcao, destaque do Porto, chutou um pênalti para fora aos 21 do primeiro tempo, enquanto Martinéz deu de presente os gols de Lobatón, aos 11 da primeira etapa da prorrogação, e Vargas, aos sete do segundo tempo extra (o jogo terminou com 0 a 0 nos primeiros 90 minutos).
O Peru volta a campo na próxima terça, às 21h45m (de Brasília), em La Plata, para disputar a semifinal contra a anfitriã Argentina ou o Uruguai. O clássico com os dois maiores campeões da Copa América (14 títulos cada) acontece ainda neste sábado, às 19h15m (de Brasília). No domingo, mais duas quartas de final: Brasil x Paraguai, às 16h (de Brasília), e Chile x Venezuela, às 19h15m (de Brasília). Todas as partidas terão transmissão ao vivo do GLOBOESPORTE.COM.
Adan Balbín Perú Falcão Garcia Colômbia (Foto: EFE)Falcao Garcia teve chance de marcar para a Colômbia, mas perdeu pênalti no primeiro tempo (Foto: EFE)
Bolas na trave e pênalti perdido
A Colômbia começou atacante com o ex-palmeirense Pablo Armero, que bateu cruzado na área para a defesa de Raúl Fernández aos oito minutos de jogo. A resposta peruana veio com Juan Vargas, que aos 20 fez bela jogada, driblou dois rivais e chutou para fora.
Seis minutos depois, Falcao Garcia teve sua primeira chance, mas mandou por cima do gol após ganhar um presente em falha da defesa do Peru. Principal nome peruano, Vargas arriscou de longe aos 33 e Luis Martinéz salvou a Colômbia. Aos 36, Dayro Moreno balançou a rede, mas pelo lado de fora, com perigo.
A partida melhoru na etapa final. A seleção colombiana cresceu, principalmente pela direita, com Moreno. Primeiro, o  camisa 17 recebeu sozinho pelas costas da defesa, entrou na área e chutou cruzado, rente à trave de Fernández aos 17.
Dois minutos depois, Moreno foi derrubado por Alberto Rodríguez na área: pênalti. Na melhor chance colombiana até o momento, Falcao Garcia pegou a bola aos 21, colocou na marca e cobrou para fora, perto da trave direita.
Carlos Lobaton gol perú (Foto: Reuters)Lobatón comemora o primeiro gol do Peru contra
a Colômbia na prorrogação(Foto: Reuters)
Moreno continuava como melhor opção e quase marcou aos 22: arrancou pela direita, pedalou na frente de Rodríguez e bateu forte na trave, em bola sem defesa para o goleiro Fernández. Aos poucos, o Peru saiu da defesa e também assustou a Colômbia. Como aos 35, quando Adán Balbín deu um chute perigoso que obrigou Martinéz a salvar a seleção amarela.
Já aos 46, Freddy Guarín quase fez um golaço que evitaria a prorrogação: invadiu a área pela esquerda, driblou um rival e bateu com força, a bola tocou na ponta dos dedos de Fernández e no travessão antes de sair. Mais 30 minutos de jogo.
Goleiro colombiano vacila e entrega o jogo
A prorrogação começou com a Colômbia no ataque, apostando em Moreno pela direita, mas quem mexeu no placar foi o Peru. Aos 11 minutos do primeiro tempo extra, Vargas cobrou falta para a área, Martinéz saiu mal e largou a bola, dando chance para Lobatón acertar um belo chute: 1 a 0, primeiro gol sofrido pelos colombianos na Copa América.
No segundo tempo extra, os colombianos tentaram atacar de qualquer jeito, sem muita ordem tática, e acabaram castigados. Aos sete, o goleiro Martinéz falhou de novo ao sair errado, deu a bola no pé de um rival, Vargas recebeu sozinho na área e marcou o segundo. Vitória de 2 a 0, vaga na semifinal garantida.

colômbia 0 x 2 peru
Luis Martinéz, Camilo Zuñiga, Luis Perea, Mario Yepes, Pablo Armero, Carlos Sánchez (Jackson Martínez), Abel Aguilar (Teófilo Gutiérrez), Freddy Guarín, Dayro Moreno, Adrián Ramos (Hugo Rodallega) e Falcao Garcia Raúl Fernández, Renzo Revoredo, Christian Ramos, Alberto Rodríguez, Walter Vílchez, Luis Advíncula (Carlos Lobatón), Adán Balbín, Rinaldo Cruzado, Juan Vargas, William Chiroque (Yoshimar Yotún) e Paolo Guerrero
Técnico: Hernán Darío Gómez Técnico: Sergio Markarián
Gol: Carlos Lobatón, aos 11 do primeiro tempo da prorrogação; Juan Vargas, aos sete do segundo tempo da prorrogação
Cartões amarelos: Luis Advíncula, Alberto Rodríguez (Peru); Carlos Sánchez (Colômbia)
Estádio: Mario Kempes, em Córdoba. Data: 16/7/2011. Árbitro: Francisco Chacón (MEX) Assistentes: Leonel Real (CRC) e Francisco Mondria (CHI)

Tevez perde pênalti, goleiro Muslera brilha e Uruguai elimina a Argentina

Argentino de nascimento, camisa 1 da Celeste defende chute de Carlitos na disputa de cobranças após empate de 1 a 1. Seleção de Messi cai em casa

Por Marcos Felipe Direto de Santa Fé, Argentina
Muslera goleiro Uruguai (Foto: Reuters)Muslera fez defesas importantes e ainda salvou
o Uruguai nos pênaltis (Foto: Reuters)
Garra, técnica, virilidade e paixão. Com esses ingredientes, Argentina e Uruguai fizeram neste sábado um jogo emocionante que, como não poderia deixar de ser, foi decidido de forma dramática. Após empate de 1 a 1 no tempo normal, a seleção de Diego Forlán  levou a melhor nos pênaltis (5 a 4) em Santa Fé e se garantiu nas semifinais da Copa América de 2011. Nascido em Buenos Aires, mas filho de pais uruguaios, o goleiro Fernando Muslera foi o herói da Celeste com grandes intervenções na etapa regular do confronto e ainda pegou uma cobrança de Carlitos Tevez na disputa de pênaltis depois da prorrogação sem gols. Curiosidade: o dia 16 de julho é a mesma data que os uruguaios ganharam a Copa do Mundo contra o Brasil no Maracanã.
Na próxima terça-feira às 21h45m (de Brasília), o Uruguai, que repetiu o feito da geração de Francescoli e companhia na Copa América de 1987 (eliminou a Argentina na casa do rival), vai encarar na semifinal o Peru que, mais cedo, despachou a Colômbia. Neste domingo, Brasil x Paraguai, às 16h (de Brasília), e Chile x Venezuela, às 19h15m (de Brasília), completam as quartas de final. Todos os jogos terão transmissão ao vivo do GLOBOESPORTE.COM
Diego Pérez e Gonzalo Higuaín marcaram os gols da partida, ainda no primeiro tempo. Forlán e Suárez se destacaram pela Celeste, mas o herói foi Muslera, com defesas importantes durante a partida e no chute de Tevez. Pelo lado derrotado, Lionel Messi, que criou inúmeras chances de gol, segue com um jejum de 16 partidas sem balançar as redes em competições oficiais e foi eleito o melhor em campo. A torcida argentina, que antes do jogo ovacionou o camisa 10, aplaudiu o time após a derrota, mas a festa foi dos dois mil uruguaios presentes no estádio Cemitério de Elefantes.
Messi Argentina x Uruguai (Foto: AP)Lionel Messi encara a marcação de Arévalo Ríos no clássico contra o Uruguai (Foto: AP)
Começo violento e festa uruguaia
Durante a semana, argentinos e uruguaios rasgaram elogios uns aos outros. Na arquibancada, apesar das provocações com Messi e Forlán, o clima harmonioso dava o tom entre os torcedores. Mas, quando a bola rolou... Logo aos dois minutos, o volante Diego Pérez exagerou na vontade e acertou um carrinho violento em Mascherano. O árbitro Carlos Amarilla não pestanejou e deu o amarelo.
A Argentina respondeu “à altura”, com Gabi Milito fazendo falta na intermediária sobre um rival. Mas pagou caro pela pancada. Na cobrança, Forlán jogou para área, Cáceres subiu mais alto que a defesa albiceleste e cabeceou. O goleiro Sergio Romero espalmou, mas a bola sobrou para Diego Pérez, sozinho, empurrar para o fundo da rede e fazer 1 a 0 para o Uruguai aos cinco minutos.
Com a vantagem, o Uruguai se entrincheirou atrás esperando a Argentina que, com quatro atacantes, tentava pressionar em busca do empate.
VEJA GALERIA DE FOTOS COM AS BELAS TORCEDORAS NO ESTÁDIO
‘Mimado’ pela torcida, Messi dá presente para Higuaín
Depois de quase igualar com Agüero aos 14, os hermanos conseguiram o objetivo três minutos depois. Ovacionado pela torcida em Santa Fé com faixas e muitos gritos de apoio, Lionel Messi recebeu pela direita, cortou Cáceres e colocou na cabeça de Higuaín. O atacante do Real Madrid, como o manda figurino, testou para o chão no canto sem chances para Muslera. 1 a 1.
A jogada inspirou mais ainda o craque do Barcelona que, com lances de efeito, seguia causando pavor na defesa uruguaia que, quando não conseguia parar na bola, apelava para faltas. O juiz paraguaio Carlos Amarilla, que distribuiu dois cartões no começo da partida (além de Pérez, amarelou Zabaleta), apenas contemporizava.
BLOG MEIO DE CAMPO: torcida do Uruguai provoca Messi, e argentinos ironizam Forlán
Gols anulados e expulsão
Aos 30, Messi bateu falta sofrida por ele próprio para Higuaín fazer outro. No entanto, o atacante estava impedido e o tento foi corretamente anulado.
Retrancado, o Uruguai só voltou a incomodar aos 35. Forlán colocou na área, Lugano acertou a trave e, no rebote, Cáceres botou no fundo da rede. O auxiliar Nicola Yegros, entretanto, marcou um impedimento de Suárez que sequer participou do lance controverso.
Dois minutos depois, Diego Pérez, um dos mais viris do time uruguaio, trombou com Gago impedido um contra-ataque argentino. Amarilla não pestanejou e aplicou o segundo cartão amarelo e, na sequencia, o vermelho.
Mesmo com menos um, o Uruguai, aguerrido, seguia incomodando os anfitriões com lances de bola parada. Aos 44, Forlán, jogador mais atuante da Celeste, cruzou para Lugano testar e carimbar a trave de Romero que pulou atrasado na jogada.
Higuain gol Argentina Copa américa (Foto: Reuters)Higuaín comemora com Agüero o gol de empate da Argentina no primeiro tempo (Foto: Reuters)
Jogo pegado
Sem mudanças, Argentina e Uruguai voltaram para o segundo tempo na mesma toada da etapa inicial. Ou seja: pressão dos donos da casa e bordoadas. Mascherano, logo aos três, recebeu cartão amarelo após um carrinho por trás em Forlán.
Recuado, o Uruguai segurava o ímpeto dos hermanos e amarrava o jogo que só teve o primeiro lance de perigo aos 14 quando Messi deu belo passe para Agüero chutar com perigo. Na sequencia, disposto a acabar com incômodo jejum de 15 partidas sem marcar em competições oficiais pela Argentina, Messi resolveu arriscar de fora da área. Muslera, bem colocado, segurou firme.
Aos poucos, na base da raça, o Uruguai compensava a desvantagem numérica e agredia um pouco mais a defesa argentina que claudicava com a dupla Burdisso e Gabi Milito, merecidamente amarelada após duas faltas seguidas de um e outro.
Boas chances e Tevez em campo
No entanto, apesar de ver o rival equilibrar o embate, a Argentina seguia criando as melhores oportunidades. Aos 33, Higuaín recebeu na área, girou sobre o marcador e chutou para boa intervenção de Muslera. O Uruguai respondeu logo em seguida com Forlán que recebeu belo passe de Suárez. Romero, corajoso, saiu nos pés do atacante do Atlético de Madri e salvou a pátria albiceleste.
Apagado, o genro de Maradona, Sergio Agüero, deu lugar a Carlitos Tevez que fez jus a pecha de jogador do povo e entrou em campo aos 38 sob muitos aplausos dos torcedores. Mas, logo que entrou, o ex-corintiano quase viu a casa cair com Lugano cabeceando rente à trave de Muslera.
Aos 41, Mascherano exagerou na força e acertou Suárez. Já com cartão, o capitão argentino acabou expulso. Com dez contra dez, a partida ficou mais ainda parelha e emocionante. Tevez, aos 44, quase fez a alegria argentina. Muslera, entretanto, impediu a festa da Pulga e levou o jogo para a prorrogação ao fazer duas defesas "milagrosas" em cobrança de falta de Carlitos e depois no rebote de Higuaín.
Celeste assusta, Higuaín acerta a trave
 Logo no terceiro minuto da prorrogação, Álvaro Pereira quase abriu o placar para a Celeste: o jogador pegou um rebote no bico esquerdo da grande área e chutou forte, rente ao travessão. Logo em seguida, Suárez arriscou de longe, mas mandou para fora.
Aos 13, boa chance argentina quando Higuaín entrou pela esquerda e acertou a trave direita de Moslera. Na sequência da jogada, Pastore tentou de fora da área, mas a bola saiu por cima do gol.
No começo do segundo tempo extra, Forlán roubou a bola da Argentina na entrada da área e bateu de canhota, mas para fora. A resposta dos donos da casa veio com Messi, que dominou quase na linha da grande área e bateu para a defesa de Muslera. Aos seis, Higuaín perdeu mais uma: recebeu na pequena área e ficou cara a cara com goleiro, que desviou para escanteio.
Aos 10, o estádio segurou a respiração por alguns segundos. Messi, que não marca pela seleção há 16 partidas, entrou driblando na área e ficou na frente de Muslera, mas foi atrapalhado pela zaga e não conseguiu marcar. O destino era a decisão por pênaltis.
Nos pênaltis, Tevez perde e Muslera se consagra
Lionel Messi recebeu do técnico Sergio Batista a responsabilidade de bater logo o primeiro pênalti. O camisa 10 não sentiu o peso e abriu o placar nas cobranças: 1 a 0 para a Argentina. em seguida, outro craque: Forlán também fez, no meio do gol. Burdisso foi o segundo argentino e marcou 2 a 1. Suárez foi para a segunda do Uruguai e empatou em 2 a 2.
"Jogador do povo", Tevez bateu mal, Muslera foi para o canto certo e pegou a cobrança do camisa 11 na direita. Scotti aproveitou a vantagem e colocou o Uruguai na frente: 3 a 2. Depois, o goleiro uruguaio quase defendeu o de Pastore, chegou a tocar na bola, mas ela passou por baixo e entrou. Gargano garantiu o 4 a 3 para a Celeste com um pênalti bem batido no canto direito. Higuaín se posicionou e chutou forte, a bola bateu no travessão, quicou no chão, bateu nas costas de Muslera e entrou: 4 a 4. A cobrança final ficou nos pés de Cáceres, que cobrou no ângulo direito. Vitória uruguai, Argentina eliminada.

argentina 1 x 1 uruguai
Sergio Romero, Pablo Zabaleta, Nicolás Burdisso, Gabriel Milito, Javier Zanetti, Fernando Gago (Lucas Biglia), Javier Mascherano, Ángel di María (Javier Pastore), Lionel Messi, Sergio Agüero (Carlos Tevez) e Gonzalo Higuaín Fernando Muslera, Maxi Pereira, Diego Lugano, Mauricio Vitorino (Andrés Scotti), Martin Cáceres, Diego Pérez, Arévalo Ríos (Walter Gargano), Álvaro González, Álvaro Pereira (Sebastián Eguren), Diego Forlán e Luis Suárez
Técnico: Sergio Batista Técnico: Óscar Tábarez
Gols: Diego Pérez, aos cinco do primeiro tempo; Gonzalo Higuaín, aos 17 do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Pablo Zabaleta, Javier Mascherano, Nicolás Burdisso, Gabriel Milito, Fernando Gago, Carlos Tevez (Argentina); Martín Cáceres, Diego Pérez, Álvaro González (Uruguai). Cartões vermelhos: Diego Pérez (Uruguai) e Javier Mascherano (Argentina)
Estádio: Cemitério dos Elefantes, em Santa Fé (Argentina). Data: 16/7/2011. Árbitro: Caros Amarilla (PAR). Assistentes: Nicolas Yegros (PAR) e Luis Sanchez (VEN)

Alecsandro desencanta, e Vasco vence o Furacão de virada: 2 a 1

Atacante marca duas vezes e volta a fazer careta em homenagem a seu pai

Por Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
Depois de sete jogos sem marcar, Alecsandro desencantou. O camisa 9 fez os gols da virada do Vasco por 2 a 1 sobre o Atlético-PR, que segue seu calvário no Brasileiro. A careta do atacante, repetindo comemoração de seu pai, Lela, resumiu a alegria de um time que segue em alta na temporada, contra outro que sofre na lanterna da competição. Apesar do espírito de luta constante, Renato Gaúcho sabe que terá muito trabalho pela frente no comando da equipe.
Oportunista no primeiro e bastante técnico no segundo gol, Alecsandro, que em função de dores musculares chegou a ser dúvida para a partida, marcou seus primeiros gols no Brasileiro e saiu exaltado pelos torcedores.
O Vasco volta a campo no próximo domingo, às 16h (de Brasília), contra o Atlético-MG, no Ipatingão. Já o Atlético-PR vai enfrentar outro carioca, o Botafogo, no próximo sábado, às 18h30m (de Brasília), na Arena da Baixada.
Furacão sai na frente, mas não consegue se impor
Depois de um apagão que atrasou o início do jogo em 15 minutos, o Vasco iniciou a partida pressionando bastante o Atlético-PR. E o caminho mais escolhido foi o lado direito do campo. Sem Fagner, que cumpriu suspensão em função do terceiro cartão amarelo, Allan foi escalado na lateral direita. Como estava junto com o grupo da Seleção sub-20, Allan não realizou nenhum treino esta semana. Mas o entrosamento adquirido durante os jogos da vitoriosa campanha da Copa do Brasil não se perdeu e as chances foram criadas.
Alan gol Vasco (Foto: Cezar Loureiro / Agência o Globo)Allan comemora o primeiro gol: lateral começou a jogada pela direita (Foto: Cezar Loureiro / Agência o Globo)

Só que em seguida entrou em ação o velho clichê do futebol: "quem não faz, leva". Em contra-ataque rápido, Madson lançou Paulinho pela esquerda. O goleiro Fernando Prass se precipitou e saiu errado. Com isso, o lateral rolou para Kleberson, velho conhecido do futebol carioca dos tempos em que atuava pelo Flamengo. O volante apenas completou para o gol vazio. Parecia que os ventos tinham finalmente mudado de lado para o Furacão. Mas o fato não desanimou nem o Vasco e nem a torcida, que compareceu a São Januário em bom número.
O comportamento dos torcedores, por sinal, foi um capítulo à parte. Além do técnico Renato Gaúcho, o Atlético-PR estava em campo com outros ex-vascaínos como Wagner Diniz e Madson. O apoiador foi vaiado sempre que tocava na bola, assim como o treinador. Mas, marrento como sempre, Renato nem se importou com os "elogios" vindos da arquibancada.
Quando o Vasco partia para o ataque, com a bola sempre passando pelos pés de Juninho Pernambucano e Eder Luis, o apoio era total. Mas, assim como no início, a pressão e a posse de bola não se traduziam em gols. Nem mesmo a cobrança de falta sempre venenosa do Reizinho deu certo desta vez. Só que, quando parecia que os jogadores do Vasco iriam para o intervalo com a cabeça quente, Allan puxou jogada pela direita e rolou para Eder Luis, que girou bonito e chutou. O goleiro Renan Rocha espalmou nos pés de Alecsandro, que não perdoou.
Pressão dos dois lados, mas o Vasco vira
O Vasco voltou para o segundo tempo sem Dedé, que ainda sentia dores por causa de um choque de cabeça com  Manoel. Apesar do desfalque na defesa, os donos da casa continuarm melhores. Novamente explorando o lado direito do campo, o Vasco levou perigo em chutes de Eder Luis e Juninho Pernambucano. Para compensar, o Atlético-PR respondeu com Madson. O baixinho deu furada inacreditável em lance que poderia ter sido o segundo gol do Furacão.
Para tentar dar uma nova dinâmica ao meio-campo do Vasco e aumentar o poderio ofensivo, o técnico Ricardo Gomes sacou Bernardo e lançou Diego Souza. O camisa 10 entrou com vontade e chegou a arriscar um chute com perigo. No entanto, o Vasco continuava dependente das arrancadas de Eder Luis, o que provava que a criação pelo meio estava deficiente.
Já o Atlético continuava procurando os pés de Madson. Mesmo com pouco mais de uma semana de trabalho, Renato Gaúcho provou que pode ajudar a tirar o clube da fase ruim. Foram pelo menos dois ataque muito perigosos. Um deles se iniciou após falha grotesca do zagueiro Douglas. Não fosse uma defesa milagrosa de Fernando Prass, o Furacão teria ficado na frente do placar mais uma vez.
Mas aí, novamente o clichê entrou em campo, só que desta vez para o lado do Vasco. Em nova jogada de Eder Luis pela direita, o Vasco chegou ao segundo gol. O camisa 7 cruzou na medida para Alecsandro se antecipar ao zagueiro Manoel e marcar seu segundo gol na noite. O gol saiu justamente no momento em que a torcida pedia a entrada de Elton.
No fim, o Vasco apenas administrou o resultado e comemorou a segunda vitória consecutiva em São Januário.
Vasco 2 x 1 Atlético-PR
Fernando Prass, Allan, Dedé, Anderson Martins e Márcio Careca; Rômulo, Felipe, Juninho Pernambucano e Bernardo; Éder Luis e Alecsandro Renan Rocha, Wagner Diniz, Manoel, Fabrício e Paulinho; Deivid, Cleber Santana, Robston, Kleberson e Madson; Morro Garcia
Técnico: Ricardo Gomes Técnico: Renato Gaúcho
Gols: No primeiro tempo, Kleberson (9 min) e Alecsandro (aos 47 min). No segundo tempo, Alecsandro (25 min)
Cartões amarelos: Dedé, Felipe (Vasco); Madson e Morro Garcia (Atlético-PR)
Local: São Januário. Árbitro: Alicio Pena Júnior, auxiliado pelos conterrâneos Helberth Costa Andrade e Jair Albano Félix
Público: 9.775 pagantes Renda: R$ 240.390,00

Pelé acende a pira, e Dilma abre oficialmente os Jogos Militares

Cerimônia transforma Engenhão em telão e comemora a paz

Por Rafael Lopes Rio de Janeiro
O gramado foi transformado em um telão. Sob um belo jogo de luzes, bailarinos e crianças representaram símbolos da paz e ressaltaram as riquezas do Brasil. A presidente Dilma Rousseff declarou abertos os Jogos Mundiais Militares e, enfim, Pelé acendeu a pira em forma de pomba, símbolo da paz, principal tema da noite. Aplaudido intensamente pelos 30 mil pagantes no Engenhão, o ex-soldado Nascimento, que serviu no fim da década de 50, recebeu a tocha e acendeu a pira, encerrando a cerimônia.
Pelé Jogos Militares (Foto: Flickr)Pelé exibe a tocha pouco antes de acender a pira em forma de pomba (Foto: Flickr)
As bandas marciais deram o tom no início da noite, que começou com desfiles e apresentações de Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. tocaram antes do Hino Nacional e, depois, durante todo o desfile das delegações.
O gramado, coberto por uma lona, foi transformado em um telão. Um enorme mapa mundi foi projetado, e os territórios de cada país ganhavam brilho quando os respectivos atletas entravam na pista. O longo desfile teve pouca manifestação popular. Além dos óbvios aplausos para a delegação brasileira, última a entrar no Engenhão, o público vaiou brevemente os integrantes argentinos. A delegação dos Estados Unidos foi vaiada, mas também ouviu aplausos.
Ao fim do desfile, o mapa deu lugar a bailarinos e alegorias, que junto com o jogo de luzes do estádio, compuseram diversos cenários que mostravam a riqueza das matas e da fauna brasileiras. Uma breve apresentação dos Paralamas do Sucesso, que tocaram "Tropa da Paz", o grande tema da noite deste sábado, no Rio de Janeiro.
Após o hasteamento da bandeira do Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM), o Coronel Hamad Kalkaba Malboum, presidente do CISM, discursou e apresentou a chefe de estado brasileira. Dilma Rousseff não se alongou e resumiu-se a declarar a abertura dos Jogos.
- Boa noite a todos. Bem-vindos ao Brasil. Declaro aberta a quinta edição dos Jogos Mundiais Militares do Conselho Internacional do Esporte Militar. Desejo boa sorte a todos. Muito obrigada.
Abertura Jogos Militares (Foto: Ag. Estado)Jogo de luzes projeta mapa mundi no centro do Engenhão (Foto: Ag. Estado)
Toquinho, cantando "Aquarela", e Zizi Possi, com "A Paz", se apresentaram antes da entrada de Pelé, que foi aplaudido intensamente por todo o estádio. O Atleta do Século XX recebeu a tocha das mãos de Julio Almeida, do tiro esportivo, e subiu sem pressa os mais de 30 degraus até a pira em forma de pomba. Com ela acesa, fogos de artifício iluminaram o céu carioca. A marinheira Isabel Swan fez o juramento dos atletas, e o Sargento Fuzileiro Naval Marcelo de Lima Henrique, o dos árbitros
Enfim, as formalidades deram lugar ao samba, que tomou conta do palco. Primeiro, com Alcione. Depois, com Diogo Nogueira, Dudu Nobre e Jorge Aragão. Só às 21h, três horas depois do início da cerimônia, é que a festa acabou.

Coxa passa fácil pelo Flu em noite de reencontro no Couto Pereira

Primeira partida após pancadaria de 2009 tem triunfo do time da casa por 3 a 1, provocação da torcida e bate-boca após cerimônia pela paz

por Cahê Mota
O termo revanche seria exagero diante da marca deixada por um rebaixamento. Entretanto, o torcedor do Coritiba deixou o Couto Pereira mais aliviado após o primeiro reencontro com o Fluminense depois da partida que decretou a queda para Série B em 2009 e deflagrou uma pancadaria generalizada em campo. Com futebol simples e objetivo, além da colaboração de Márcio Rosário – que falhou em dois gols -, o Coxa fez 3 a 1 nos cariocas (veja os gols ao lado) em partida válida pela décima rodada do Brasileirão, neste sábado.
Apesar da cerimônia de entrega de placas ressaltando o respeito e a união dos jogadores no hino nacional para sepultar o episódio de dois anos atrás, o clima em campo foi de tensão, com divididas fortes, bate-boca e provocação entre as torcidas. Na parte em que se limitaram a jogar futebol, Marcos Aurélio, Pereira e Bill fizeram a alegria dos coxas-brancas, enquanto Matheus Carvalho descontou para um Flu burocrático e apático.
Com o resultado, o Coxa pula para 13 pontos e ocupa a nona colocação. Uma acima do próprio Tricolor, que tem 12. Na próxima rodada, dia 24 (domingo), os cariocas recebem o Palmeiras no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, às 16h (de Brasília). No mesmo dia, também às 16h, o Coritiba enfrenta o Bahia, em Salvador.
Pouco futebol e muita tensão: melhor para o Coxa
Perfilados no centro do gramado para a execução do hino nacional, os jogadores de Coritiba e Fluminense não apenas recordavam o jogo histórico de 2009. Eles também tinham como objetivo sepultar qualquer clima hostil causado pela briga generalizada após a partida que decretou a queda do Coxa. Tudo muito bonito e dentro do script, mas só até o apito inicial do árbitro Paulo César Oliveira.
Marco Aurélio gol coritiba (Foto: Ag. Estado)Marco Aurélio comemora o primeiro gol do Coritiba contra o Fluminense (Foto: Ag. Estado)
Tricolores e coxas-brancas deixavam claro nas arquibancadas que a rivalidade ficou acirrada depois do episódio. E o primeiro tempo foi marcado por divididas fortes, reclamações de ambas as partes e um forte bate-boca entre Emerson e Edinho na descida para o intervalo. Sob gritos de “timinho”, o volante reclamava de uma solada do adversário e foi acalmado pela “turma do deixa disso”. Entre o gesto de paz e a discussão, porém, rolou futebol. Nada capaz de encher os olhos, é verdade, mas suficiente para dar aos paranaenses vantagem de dois gols.
Com Fernando Bob na vaga de Marquinho, poupado por ter proposta para deixar o clube, o Tricolor até começou melhor. O meio-campo povoado fazia com que a bola permanecesse por ali e nos pés cariocas. Faltava, no entanto, criatividade e movimentação dos atacantes Ciro e Rafael Moura. Já o Coxa sempre deixou claro que não fazia questão de ter a redonda por muito tempo nos pés, mas que seria incisivo quando a tivesse. Estratégia que deu certo.
Na base da velocidade, o Coritiba chegava ao ataque em bloco e abusava dos chutes da entrada da área. Em um deles, aos 13, Léo Gago contou com o montinho artilheiro para fazer Diego Cavalieri bater roupa. No rebote, Marcos Aurélio escorou com o joelho por baixo do goleiro: 1 a 0. A desvantagem abateu (e muito) um Flu que estava tão seguro de si. Bom para o Coxa, que aproveitou o apagão e fez o segundo aos 23. Após cobrança de escanteio de Tcheco, Márcio Rosário “dormiu” e deixou a bola passar, sem sequer saltar, para que Pereira emendasse com o pé direito no segundo pau.
Rafael Moura Fluminense x Coritiba (Foto: Photocâmera)Rafael Moura teve atuação muito discreta na derrota do Flu em Curitiba (Foto: Photocâmera)
Pronto. O que se viu de futebol nos primeiros 45 minutos no Couto Pereira foi isso. De resto, o Flu seguiu trocando passes de um lado para o outro, enquanto a torcida rival protestava a cada marcação da arbitragem. No último lance, Gum ainda assustou em cabeçada que Eltinho cortou em cima da linha. Lance abafado pelo bate-boca entre Emerson e Edinho.
Sono, falhas e fim de um trauma
Ciente da evidente falta de dinamismo e objetividade em sua equipe, Abel Braga promoveu duas mudanças na volta do intervalo: Deco e Matheus Carvalho nas vagas de Diguinho e Ciro. Com isso, a equipe ganharia em velocidade no lado do campo e teria um armador a mais para ajudar Souza, certo? Na teoria, sim. Mas não foi o que aconteceu. O Fluminense até continuou com posse de bola, trocando passes, mas parecia sonolento e pouco assustava. Na verdade, sequer assustava.
Coritiba x Fluminense (Foto: Photocâmera)Bill deu trabalho para a defesa do Fluminense
(Foto: Photocâmera)
O Coxa, por sua vez, continuava ligado na tomada. Firme na marcação, principalmente com o viril Emerson na defesa, e veloz no ataque, parecia saber que tinha o controle da partida e que o terceiro era questão de tempo. Realmente foi. Mais precisamente seis minutos até Maranhão fazer boa jogada pela direita e cruzar rasteiro. A bola até parecia tranquila para a zaga, mas Márcio Rosário novamente cochilou, deixou Bill antecipar e, com um leve desvio, colocar para o fundo das redes no primeiro pau: 3 a 0.
A partir daí, a partida perdeu a graça. Tanto em campo, quanto nas arquibancadas. Entregue, o Fluminense não fazia muito para diminuir. Com a vitória garantida, o Coritiba administrava o placar e esperava contra-ataques. Os torcedores, por sua vez, já se mostravam “vingados” e se manifestaram somente com vaias e xingamentos a Edinho, o tricolor mais exaltado, ao ser substituído por Valencia.
Em meio ao marasmo, Matheus Carvalho ainda diminuiu aos 33, aproveitando grande bobeada da defesa rival após cobrança de escanteio. Nada que impedisse o torcedor coxa-branca de respirar aliviado. Ainda deu tempo de gritar 'olé' e comemor a derrota do rival Atlético-PR para o Vasco. A marca deixada pela participação na Série B em 2010 jamais será apagada, mas o trauma chamado Fluminense ficou para trás.

CORITIBA 3 X 1 FLUMINENSE
Edson Bastos, Maranhão, Pereira, Emerson e Eltinho (Triguinho); Willian, Léo Gago, Rafinha e Tcheco (Gil); Bill e Marcos Aurélio (Anderson Aquino).  Diego Cavalieri, Mariano, Gum, Márcio Rosário e Carlinhos; Edinho (Valencia), Diguinho (Deco), Fernando Bob e Souza; Ciro (Matheus Carvalho) e Rafael Moura.
Técnico: Marcelo Oliveira. Técnico: Abel Braga.
Gols: Marcos Aurélio, aos 14 minutos do 1º tempo,  Pereira, aos 23 minutos do primeiro tempo, Bill, aos 6 minutos do segundo tempo, Matheus Carvalho aos 33 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Bill, William, Anderson Aquino (Coritiba); Diguinho, Mariano, Edinho, Deco, Márcio Rosário (Fluminense).
Renda: R$ 267.900,00. Público: 16.498 pagantes e 18.524 presentes
Data: 16/07/2011. Local: Couto Pereira, em Curitiba. Arbitragem: Paulo César Oliveira (SP-FIFA), auxiliado por Vicente Romano Neto (SP) e João Nobre Chaves (SP)

Adilson Batista é o novo técnico do São Paulo

Depois de fracassar no Corinthians e no Santos, treinador ganha mais uma chance no futebol paulista, agora no Tricolor. Contrato vai até dezembro

Por Sergio Gandolphi São Paulo
Adilson Batista, técnico do Atlético-PR (Foto: Gabriel Hamilko / Globoesporte.com)Adilson foi demitido do Atlético-PR mês passado
(Foto: Gabriel Hamilko / Globoesporte.com)
Depois de fracassar no Corinthians e no Santos, Adilson Batista recebeu mais uma oportunidade no futebol paulista, agora do São Paulo. Neste sábado, a diretoria acertou a contratação do treinador, que fica no clube do Morumbi até dezembro. Ele deve ser apresentado na segunda-feira à tarde, no CT da Barra Funda. Contra o Inter, domingo, em Porto Alegre, o time ainda será comandado pelo auxiliar Milton Cruz.
Adilson substitui Paulo César Carpegiani, demitido há dez dias. A diretoria são-paulina estudou alguns nomes, como Cuca e Paulo Autuori, mas acabou optando por Adilson.
- Buscamos informações em todos os níveis, de jogadores a dirigentes. A cada pessoa que conversamos, as referências só fizeram nosso interesse aumentar. É um técnico que, além de conhecer muito de futebol, tem comando e boa relação com os atletas. Tenho certeza de que ele será muito feliz aqui - disse Adalberto Baptista, diretor de futebol do São Paulo.
Em entrevista ao site oficial do Tricolor, Adilson se mostrou animado.
- Estou muito contente e muito orgulhoso por representar um clube do porte do São Paulo. Minha motivação vai além de dirigir a equipe mais vencedora e organizada do Brasil. Representar a grandeza da torcida é uma tarefa que me dá uma vontade enorme de mostrar meu trabalho e buscar os títulos que ela merece - disse o treinador.
Ano pra esquecer
Depois de dois anos de sucesso com o Cruzeiro - chegou a ser vice-campeão da Libertadores em 2009, Adilson entrou numa fase ruim, que já dura um ano. Entre 24 de julho de 2010 e 25 de junho de 2011, quando foi demitido do Atlético-PR, ele falhou em três trabalhos consecutivos. Somando suas passagens por Corinthians, Santos e mais recentemente Atlético-PR, foram 16 vitórias, 13 empates e 13 derrotas em 42 partidas.
No Corinthians, ano passado, Adilson assumiu a equipe na liderança do Campeonato Brasileiro. Porém, não conseguiu manter o embalo e, após 17 jogos - com sete vitórias, quatro empates e seis derrotas - o time caiu para terceiro. O técnico não resistiu e pediu demissão. Contratado pelo Santos, iniciou 2011 com a expectativa de fazer um grande trabalho com Neymar, Ganso & Cia. Mas sem poder contar com nenhum dos dois, montou um time retranqueiro, que desagradou à torcida e, por pouco, não foi eliminado da Libertadores. Acabou sendo demitido a tempo de o Peixe se recuperar e, com Muricy, chegar ao título. No total, foram 11 jogos no Santos, com cinco vitórias, cinco empates e uma derrota. No Atlético-PR, o rendimento foi ainda pior. Em 14 jogos, foram quatro vitórias, quatro empates e seis derrotas. Quando Adilson foi demitido, o Furacão ocupava a lanterna do Brasileirão.
Poucos títulos na carreira
Como jogador, Adilson conquistou vários troféus, como o da Libertadores de 1995, como capitão do Grêmio. Como treinador, porém, seu currículo é modesto, apesar de já ter dez anos na profissão, iniciada em 2001, no Mogi Mirim. Adilson não conquistou nenhum título internacional ou nacional, apenas quatro regionais: o Potiguar de 2002 com o América-RN, o Catarinense de 2006 com o Figueirense e os Mineiros de 2008 e 2009 com o Cruzeiro. Seu melhor momento foi no Cruzeiro, quando chegou ao vice-campeonato da Libertadores em 2009.

Santos goleia o São Paulo e é campeão da Copa Brasil Sub-15

Com um jogador a mais, Meninos da Vila vencem o clássico paulista no interior do Paraná e conquistam o campeonato nacional na categoria infantil

Por Pedro Veríssimo Arapongas, Paraná
O Santos é novo campeão brasileiro infantil. Com ótima atuação no clássico contra o São Paulo na tarde deste sábado, os Meninos da Vila venceram por 3 a 0 e conquistaram a Copa Brasil Sub-15 em Arapongas, no interior do Paraná. A competição reuniu 20 equipes, a maioria de clubes da Série A do Brasileirão. Os gol alvinegros foram marcados por Gabriel, camisa 10 do time, pelo capitão Marcel e por Fernando. A expulsão do meia tricolor Evandro também pesou para que os são-paulinos não conseguissem segurar o adversário.
Diante de cerca de 1.000 espectadores, entre eles torcedores animados das duas equipes, a partida começou tensa como são as decisões. O Santos, na base dos lances individuais, começou a criar mais chances de gol. E foi em uma jogada pela direita de Matheus, eleito destaque da competição, que o time da Vila abriu o placar. Ele se livrou da marcação e tocou para Gabriel colocar no canto aos 23 minutos do primeiro tempo.
Santos Sub-15 (Foto: Divulgação)Time do Santos sub-15 exibe a taça conquistada neste sábado (Foto: Pedro Veríssimo/Globoesporte.com)
No minuto seguinte, a superioridade do Santos passou a ser também no número de jogadores. Após uma dividida em frente ao banco de reservas do Peixe, o meia do São Paulo Evandro deu um pisão no adversário e recebeu o cartão vermelho direto. Com um menino a menos, o São Paulo teve mais dificuldade para tocar a bola e encontrar espaços na defesa santista.
Em vantagem, o Peixe esperou o adversário se lançar ao ataque na busca pelo empate e não desperdiçou as chances de ampliar. Aos 22 do segundo tempo, a bola sobrou para Marcelo chutar no canto e marcar o segundo. No último minuto, quando os reservas já comemoravam a conquista, os Meninos da Vila encaixaram um contra-ataque. Fernando encerrou a goleada e deu início à festa do título.
O técnico do Santos, Emerson Ballio, foi escolhido o melhor da competição. Emocionado com a conquista, ele elogiou sua equipe:
- Foi a atuação mais completa do nosso time, do início ao fim do jogo. Sabendo dos pontos fortes do São Paulo e trazendo o jogo para o nosso lado.
Além do treinador do Peixe e do meia Matheus, que saiu da reserva para se destacar, outros dois atletas receberam premiações individuais. O atacante Gustavo, do Corinthians, foi o artilheiro da competição, com 7 gols. E o goleiro Jordan, do Cruzeiro, foi o menos vazado, com apenas dois gols sofridos. A Raposa, eliminada pelo Santos nos pênaltis na semifinal, ficou com a terceira colocação.
A Copa Brasil Sub-15 foi disputada entre dos dias 5 e 16 de julho em quatro cidades do na Região Norte do Paraná: Uraí, Bela Vista do Paraíso, Apucarana e Arapongas. Além de Santos, São Paulo e Cruzeiro, participaram da competição o Grêmio, que também caiu nas semifinais, Corinthians, Fluminense e PSTC, que ficaram nas quartas. Botafogo, Flamengo, Bahia, Avaí, Vasco, Figueirense, Vitória, Coritiba, Internacional, Atlético-GO, América-MG e Atlético-MG não se classificaram para a segunda fase.

Em dérbi tenso, Ponte vence, se mantém no topo e afunda o Guarani

Com gols de Ricardinho e do artilheiro Ricardo Jesus, Macaca leva a melhor no clássico de Campinas, marcado por confusão na arquibancada

Por Marcos Guerra Campinas, SP
Em um dérbi campineiro marcado pela violência, a Ponte Preta superou o Guarani por 2 a 0 neste sábado, no Moisés Lucarelli. Dentro de campo, os gols de Ricardinho e do artilheiro Ricardo Jesus salvaram a partida. Nas arquibancadas, festa até o intervalo. Depois, muitas provocações, confrontos com a polícia e incêndio, que prejudicaram o clássico de Campinas (veja a confusão no vídeo ao lado).
Com a vitória, a Ponte segue na cola da líder Portuguesa. A Macaca tem os mesmos 23 pontos da Lusa, mas tem saldo de gols inferior. O time enfrenta o Bragantino na próxima rodada da Série B em partida agendada para o próximo sábado, às 16h20m.
VEJA AS IMAGENS DA CONFUSÃO NO DÉRBI CAMPINEIRO
O Guarani, por outro lado, está há sete partidas sem vencer e permanece na zona de rebaixamento. O Bugre encara o ASA-AL na próxima sexta-feira, às 21h, fora de casa.
Ricardinho gol Ponte Preta (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Ricardinho comemora o primeiro gol da Ponte Preta no dérbi (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Enquanto os times não entravam em campo, a torcida era a responsável pelo show. Duas horas antes do início do dérbi, pontepretanos e bugrinos já tomavam os arredores do Moisés Lucarelli e ensaiavam os hinos. Provocações foram inevitáveis, mas o forte esquema de segurança da Polícia Militar impediu confrontos. No total, 17.093 pessoas pagaram ingresso para ver o dérbi.
Em campo, o jogo foi ruim. As duas equipes surgiram com uma formação defensiva: um 4-4-2 com três volantes e apenas um meia de armação. O resultado foi um jogo truncado e faltoso. Sobraram desentendimentos e faltaram boas jogadas.
A Macaca investia nos cruzamentos da esquerda com Uendel, enquanto o Bugre, com dois atacantes altos, apostava nas bolas lançadas e chegou a carimbar o travessão com Denílson. Aos poucos, os anfitriões começaram a se soltar em campo. Aos 19 minutos, Uendel, Mancuso e Ricardinho fizeram uma grande triangulação com direito a passe de calcanhar, mas Ricardinho não aproveitou sua primeira chance. A segunda oportunidade do atacante foi fatal. Aos 29 minutos, ele entrou rasgando pela esquerda, recebeu uma assistência de Ricardo Jesus e colocou a bola no fundo do gol. O lance salvou o fraco primeiro tempo
O clima só voltou a esquentar no intervalo, mas, infelizmente, na arquibancada. O locutor do estádio, Raul Lazaro, provocou a torcida do Guarani, que respondeu imediatamente com violência. Os bugrinos atearam fogo em um dos banheiros do Majestoso e impediram a aproximação de bombeiros para apagar o incêndio. Só depois de um intenso confronto da torcida com a polícia, que teve de usar bombas de efeito moral e balas de borracha, o fogo foi controlado. A confusão durou praticamente todo o intervalo.
Com um clima quente, o jogo recomeçou com uma Ponte Preta acelerada. Os primeiros minutos foiam de pressão total da Macaca. E deu certo. Aos sete minutos, Renatinho fez uma excelente jogada pela esquerda e arrematou. Emerson chegou a defender, mas deixou a bola sobrar justamente para o artilheiro Ricardo Jesus. O atacante não perdoou e aumentou a vantagem alvinegra. Foi o décimo tento do goleador na Série B.
O segundo gol da Ponte foi uma ducha de água fria no incêndio bugrino. A Ponte seguiu dominando a etapa complementar sem dar chances para o rival. A superioridade foi tamanha que o técnico Gilson Kleina até arriscou colocar em campo o ídolo Dario Gigena, que não vinha jogando e está acima do peso. O atacante não comprometeu. O Guarani até chegou a balançar a rede, mas o gol foi anulado e a Ponte assegurou a vitória por 2 a 0 no dérbi campineiro.
Ao final do clássico, enquanto a torcida da Ponte cantava e comemorava a vitória, a do Guarani voltou a atear fogo nas arquibancadas.
Ponte Preta x Guarani (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Ponte Preta x Guarani: tensão dentro e fora de campo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Com tabu em jogo, Vasco e Atlético-PR se enfrentam na Colina

Lanterna, Furacão nunca venceu o time cruz-maltino em jogos no Rio de Janeiro pelo Brasileiro. Donos da casa esperam aproximação ao G-4

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Alecsandro Vasco Jadson Atlético-PR (Foto: Montagem sobre foto do Globoesporte.com)Vasco de Alecsandro recebe o Furacão do Madson
(Foto: Montagem sobre foto do Globoesporte.com)
Vasco e Atlético-PR se enfrentam neste sábado, às 18h30m (de Brasília), em São Januário, com uma grande escrita em jogo. O Furacão nunca venceu a equipe da Colina no Rio de Janeiro em partidas do Campeonato Brasileiro. No histórico, são dez vitórias cariocas e três empates. Para os paranaenses, que estão na lanterna com apenas dois pontos em nove rodadas, nada seria melhor do que encerrar este jejum e conseguir a primeira vitória na competição.
No Vasco, a vitória sobre o Inter na última rodada deu mais tranquilidade. Agora, a meta é conseguir o segundo resultado positivo dentro de casa e não frear a subida na tabela.
O PFC transmite a partida ao vivo para todo o Brasil pelo sistema pay-per-view. O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances em Tempo Real, com vídeos. O mineiro Alicio Pena Júnior apita o duelo. Ele será auxiliado pelos conterrâneos Helberth Costa Andrade e Jair Albano Félix.
header o que esta em jogo
Vasco:: no planejamento dos cruz-maltinos não há espaço para tropeços dentro de casa. A ordem na Colina e conseguir os três pontos contra o Atlético-PR e encostar de vez no grupo dos clubes que vão brigar pela vaga entre os quatro primeiros. Além disso, como já tem vaga na Libertadores garantida, o clube está de olho em não deixar o líder Corinthians abrir demais. Neste momento já são 11 pontos de vantagem.

Atlético-PR:
já são nove partidas sem vencer pelo Campeonato Brasileiro. Lanterna, o Furacão vê os adversários se distanciarem. Mesmo se conquistar um resultado positivo, o Atlético-PR não sai da zona de rebaixamento. Portanto, os três pontos são fundamentais para o início de uma tentativa de arrancada na competição.
header as escalações 2
Vasco:: a equipe do técnico Ricardo Gomes só deve ter uma alteração em relação ao time que venceu o Inter na última rodada. Com Fagner suspenso, Allan foi chamado de volta da Seleção Sub-20 e deverá fazer a lateral direita. Bernardo, que entrou na vaga do barrado Diego Souza, seguirá entre os titulares. Com Julinho ainda sem a regularização, Marcio Careca foi mantido na esquerda. A provável escalação é: Fernando Prass, Allan, Dedé, Anderson Martins e Marcio Careca; Romulo, Juninho, Felipe e Bernardo; Eder Luis e Alecsandro.
Atlético-PR: Renato Gaúcho fechou os últimos treinos antes do jogo e não revelou o time. Porém, ele deve fazer duas mudanças. Na esquerda, por opção, Paulinho ganha o lugar de Marcelo Oliveira. Para a vaga do machucado Paulo Baier, o técnico tem três opções: Guerrón, Adaílton e Marcinho. O primeiro deve ser o escolhido. A provável escalação: Renan Rocha; Wagner Diniz, Manoel, Fabrício e Paulinho; Deivid, Cleber Santana, Kleberson e Madson; Guerrón (Adaílton ou Marcinho) e Morro García.
quem esta fora
Vasco: Fagner levou o terceiro cartão amarelo na vitória sobre o Internacional e cumpre suspensão contra o Furacão.
Atlético-PR: o volante Wendel, que já não atuou no empate com o Avaí, sofreu lesão no tornozelo. O meia Paulo Baier, que foi titular no fim de semana passado, machucou a coxa. Por fim, o atacante Nieto sofreu lesão no tornozelo e deve ficar até um mês longe dos gramados. Não há jogadores suspensos.
header pendurados
Vasco: Diego Rosa, Felipe e Márcio Careca.

Atlético-PR: Cléber Santana.

header fique de olho 2
Vasco: há seis partidas sem marcar, Alecsandro vive seu maior período de jejum no clube e está ansioso para voltar a balançar a rede. Foi contra o Atlético-PR, no empate em 2 a 2 na Arena da Baixada, pela Copa do Brasil, que o atacante fez pela primeira vez a comemoração da careta com a camisa cruz-maltina. Na ocasião, a torcida atleticana e o árbitro não encararam bem, tanto que ele levou um cartão amarelo.
Atlético-PR: o meia Madson, que se destacou com a camisa do Vasco no início da carreira, foi o melhor em campo no empate com o Avaí e é o jogador do Furacão que mais finaliza – 29 vezes. Ele marcou um dos dois gols da equipe no Brasileirão, no empate por 1 a 1 com o Flamengo, pela quarta rodada.
header o que eles disseram


Ricardo Gomes, técnico do Vasco: "Será um jogo importante. Independente da classificação, o Atlético é um time agressivo, nós empatamos no último minuto na Copa do Brasil. Será um jogo difícil, mesmo com a posição na tabela. Não levo em consideração a lanterna. Vi um time com alternativas de jogada na última rodada".
Renato Gaúcho, técnico do Atlético-PR: "Não adianta fazer muitas mudanças. A gente precisa dar entrosamento para a equipe. Se mexer toda hora, você não passa confiança para ninguém. Não estou falando que a equipe vai ser 100% aquela, mas se mexer, vai ser uma ou duas mexidas, no máximo".
header números e curiosidades
* Quem venceu mais? Confira o histórico do confronto na Futpédia.
* O confronto tem alta média de gols pelo Brasileirão: 3,1 por partida. Foram marcados 87 gols em 28 jogos. Houve apenas dois empates por 0 a 0.
* O Vasco é o time que mais faltas cobrou neste Brasileirão (22), enquanto o Furacão é que mais cabeceou (27 vezes).
* O Atlético-PR jamais derrotou o Vasco no Rio de Janeiro na história do Campeonato Brasileiro. Em 13 jogos em São Januário, o time da casa obteve dez vitórias e três empates.
header último confronto v2 
 
Vasco e Atlético-PR se enfrentaram pela última vez há apenas três meses. No dia 12 de maio, as equipes empataram por 1 a 1 em São Januário. A partida selou a classificação do time da Colina - que mais tarde se tornaria campeão - às semifinais da Copa do Brasil. Elton foi o herói do jogo ao marcar aos 34 minutos do segundo tempo o gol de empate do Vasco. Nieto abriu o placar para o Furacão.

Sexo e futebol: a aventura literária de um cartola diferente

Ex-presidente e atual vice de Patricia Amorim, Hélio Ferraz escrevia histórias de amor e sexo para aliviar tensões de seu mandato no Fla

Por Janir Júnior Rio de Janeiro
helio ferraz vice presidente flamengo escritor de contos eróticos (Foto: Janir Júnior / Globoesporte.com)Ferraz e um livro de Nelson Rodrigues: inspiração
(Foto: Janir Júnior / Globoesporte.com)
Os bastidores do Flamengo rendem um livro. Ou vários, que estão espalhados pelas prateleiras das livrarias. Hélio Paulo Ferraz foi presidente do clube nos anos 2002-03, quando ele diz que faltava dinheiro para pagar água, luz e salários de jogadores e funcionários. ‘Um inferno’, segundo ele, que também foi vice de futebol, e atualmente é vice-presidente geral de Patricia Amorim. O dirigente tem história para contar, mas guarda apenas na memória a experiência de comandar um clube de massa. Helinho prefere escrever contos eróticos, onde o futebol entra apenas como pano de fundo na literatura de um cartola diferente, que filosofa, usa calças dois números acima do ideal e que, em breve, deverá ocupar o cargo de presidente por alguns dias.
- Todos os contos são de inspiração erótica. Se não fosse assim, não daria tesão para escrever, muito menos para ler. Já estava até com editora escolhida, mas não publiquei porque achei tudo uma porcaria – afirmou Hélio Ferraz.
Nos contos reais da vida de dirigente, além dos problemas, Helinho ficou marcado por algumas peculiaridades quando presidiu o Flamengo por força do impeachment de Edmundo dos Santos Silva.
Helinho jogava tênis na Gávea e aparecia no departamento de futebol com bermudas floridas depois da atividade. As calças, sempre largas, também eram marca registrada. Hoje, em vez de bater bolinha, o dirigente faz apenas exercícios físicos, mas mantém o mesmo guarda-roupa.
- Compro dois números acima. Assim, quando estou sentado, a calça não aperta a barriga. Ela fica caindo, mas aí é só apertar o cinto (risos) – brincou Helinho, enquanto segurava a barra da calça que teimava em cair.
Com um clube à beira da falência depois da saída de Edmundo, Helinho também teve que apertar os cintos na presidência do Flamengo.
helio ferraz vice presidente flamengo escritor de contos eróticos (Foto: Janir Júnior / Globoesporte.com)Helinho diz não gostar muito de seus textos, mas os lê com prazer  (Foto: Janir Júnior / Globoesporte.com)

- Naquela época era muito complicado, faltava dinheiro para pagar luz, água, jogador... A gente ainda vivia aquela coisa da ISL, que acabou. Então, o Edmundo gastou o dinheiro de outros contratos por conta. Estava tudo penhorado, consumido. Gostava do que fazia, mas foi difícil. Um inferno.
No inferno da Gávea, Helinho ficou marcado por algumas pérolas. Depois de o dirigente prometer pagar parte dos salários atrasados, Felipe, hoje no Vasco, disse que também acreditava em Papai Noel.
- Papai Noel existe e já chegou à Gávea cantando Jingle Bell – declarou Helinho à época, de forma irônica ao anunciar a quitação de parte dos débitos.
Para aliviar o estresse, Helinho passou a escrever contos. Cada um dos textos demorava em média um ano para ficar pronto. No conto Desenlace, Helinho escreve uma carta de amor; Em Dedé ou Zangão, ele narra encontro amoroso tendo um Fla-Flu como pano de fundo.
No outro fim de semana, teve Flamengo e Boca, final da Libertadores. O Flamengo terminou o primeiro tempo perdendo de 2 x 0, depois empatou aos 40’ do 2º tempo. Já nos acréscimos o Almir fez um gol de cabeça, deitado no chão encharcado da chuva (...). Ficou todo mundo maluco, saímos dali para a Ataulfo de Paiva, aquela festa. Almir estava lá, claro, era o centro de tudo e, não sei por que, comecei a ficar meio grilado. Ele sentou na nossa mesa, ao lado de Dedé, na cabeceira. Quando fui ao banheiro, o Tiago falou no meu ouvido: “esse cara... a Dedé tá dando mole pra ele, fica esperto”. Na volta, olhei para eles na mesa e tive a impressão, quase nítida, de que ele estava com a mão na coxa dela."
Trecho editado de Dedé, um dos contos de Helinho
- Para mim, escrever é uma necessidade vital. Meus temas são sempre expressões do meu interior, da minha sensibilidade. Não tenho um texto fluido, mas tem conteúdo. Isso ajuda a me conhecer e compreender melhor a vida. O título Zangão é porque ele morre ao transar com a abelha rainha, morre pelo desejo, pela realização. Eu crio personagens. Mesmo que de alguma forma sejam todos Hélios, são outras identidades. Isso alarga sua compreensão das outras pessoas. Eu sou eu, mas sou eu; o personagem sou eu, mas não sou eu. Ele te amplia esse campo – filosofou Helinho.
Já em Carminha, o teor faz lembrar as cartas que leitores costumam mandar para revistas de nu feminino, com descrições de sexo, citação de drogas e muita libidinagem.
- É visceral – bradou Helinho, depois de reler o conto.
Nas viagens que faz para o exterior, Helinho não dispensa peças de Shakespeare. Atualmente, ele tem lido ‘Como funciona a ficção’, de James Wood, nas versões em inglês e português, e Madame Bovary, de Gustave Flaubert, em inglês e francês. Seus autores preferidos no momento são os badalados argentinos Borges e Córtazar. Freud e Jung merecem comentários à parte.
- Eles não se opõem, se completam. Freud inaugura a busca da psique, o Jung busca um pouco no mundo exterior do inconsciente coletivo. Gosto dos dois. Leio uns cinco livros ao mesmo tempo.
E o Flamengo nessa história toda?
- As pessoas não entendem que sou um suplente, só tenho função se o presidente estiver com um impedimento. Participo das reuniões da diretoria, muitos assuntos vem à tona. Tenho que ter cuidado, pois se o vice vai além pode parecer que você quer ser mais do que a atribuição que lhe dão; também não posso ficar tão longe que pareça desinteressado. Tem que existir um equilíbrio. Devo ficar como presidente mais uma vez, pois a Patrícia vai viajar, provavelmente agora em julho, nas férias dos filhos dela.
Quase no fim da conversa, Helinho muda de ideia sobre a publicação dos seus contos.
- Acho que vou fazer uma tiragem de mil exemplares para distribuir para os amigos. Já tenho a epígrafe: ‘Escrevi essa história e aprendi a ler’, do Faulkner.
Na popular literatura rubro-negra, ‘escreveu, não leu, o pau comeu’.
Leia abaixo um trecho de "Desenlace", outro conto de Ferraz:
"Mas, repentinamente, a fresca brisa do mar na noite carioca entra pela janela do carro enquanto passo o posto nove, com os olhos atraídos pela beleza noturna da ponta do Arpoador iluminada, que impregna minha retina deste cenário Zona Sul, cujas digitais marcam meus sonhos, dilemas e até minha líbido, tudo envolto por esta suave maresia da noite em Ipanema, que junto aos doces acordes do barroco me despertam uma sutil e suave atmosfera de desejo, inicialmente meio difusa, mas que logo não pode mais ser distraída, até um leve arrepio percorrer meu abdomem, e me levar a esta recorrente e vívida fantasia onde na cabina de uma loja, ao experimentar roupas, você, sensualmente, se despe e se veste, lentamente, até outra vez recomeçar este ritual provocante, e de novo se despe e depois se veste, e ao se olhar no espelho se deleita neste prazer narciso de se ver linda, de perceber-se desejável, desejada, neste ambiente integrado pela presença de meu olhar intruso, curioso, desejoso, possessivo (...)"

Argentina e Uruguai tentam escrever novo capítulo no futebol sul-americano

Maiores vencedores da Copa América, rivais se enfrentam neste sábado pelas quartas de final do torneio. GLOBOESPORTE.COM transmite ao vivo

Por Marcos Felipe e João Paulo Garschagen Direto de Santa Fé, Argentina
Messi no amistoso da Argentina contra a Albânia (Foto: Reuters)Após entrar na história do Barça, Messi tenta fazer o
mesmo na seleção argentina (Reuters)
Juntos, Argentina e Uruguai não têm mais títulos mundiais que o Brasil. Mas, na América do Sul, os dois gigantes, donos de cinco Copas, possuem uma trajetória única. Ao todo, são 14 títulos continentais para cada lado, contra apenas oito da seleção canarinho. E neste sábado, em Santa Fé, pelas quartas de final da Copa América 2011, um dos dois tenta seguir adiante na busca pela hegemonia de canecos. E por uma nova história.
Sob a batuta de Lionel Messi, a Argentina tenta o título em casa para acabar com um jejum de 18 anos sem levantar um troféu sequer.
- Jogamos para fazer história. Sabemos que não podemos cometer erros. É uma final – afirmou o camisa 10 sobre o duelo marcado para 19h15 (de Brasília). A partida será transmitida ao vivo pelo GLOBOESPORTE.COM e SporTV.
O Uruguai, por sua vez, chega credenciado pela ótima campanha na última Copa quando terminou em quarto lugar. Além disso, o passado joga, e muito, a favor do time de Forlán, Suárez, Loco Abreu e companhia.
uruguai Copa América 1987 (Foto: Site oficial da Copa América)Seleção uruguaia campeã da Copa América de 87
(Foto: Site oficial da Copa América)
Em 1916, na primeira edição da competição sul-americana, a Celeste foi campeã em pleno solo argentino. Quase 70 anos depois, em 1987, os uruguaios levaram o caneco novamente depois de baterem os hermanos na semifinal realizada em... Buenos Aires. O oposto, por exemplo, nunca ocorreu.
No entanto, assim como o rival, o Uruguai está desde 1995 sem celebrar nada. A Argentina, no jejum de 18 anos, comemorou duas medalhas de ouro (2004 e 2008) ao menos.
- São estatísticas que, obviamente, nos dão orgulho pelo que fizeram os jogadores dessas épocas. Gostamos da história, mas não vivemos dela. Temos que fazer o nosso papel. Quero que sempre falem dessas conquistas, mas também quero que lembrem da nossa geração como a que venceu essa Copa América de 2011 – afirmou o botafoguense Loco Abreu, lembrando que no dia 16 de julho, mesma data da partida deste sábado contra a Argentina, a Celeste derrotou o Brasil no Maracanã pela final da Copa do Mundo 1950.
Memória EC: Argentina x Uruguai: uma rivalidade de 110 anos. Leia e comente
Alvaro Pereira comemorando o gol do uruguai (Foto: EFE)Geração de Lugano, Loco e companhia tenta entrar na história do futebol uruguaio (Foto: EFE)
Números a favor dos hermanos
Se o passado fala mais a favor do Uruguai, os números do confronto estão a favor da Argentina. Ao todo, o clássico rio-platense já foi disputado 179 vezes, com 81 triunfos dos hermanos contra 57 vitórias da Celeste.
O último duelo entre os dois rivais não valeu título, mas foi marcante. Em 14 de outubro de 2009, pelas eliminatórias para o Mundial do ano seguinte, a Argentina derrotou o Uruguai por 1 a 0 no estádio Centenário pela primeira vez na história. Com o resultado, os hermanos carimbaram o passaporte para África do Sul, enquanto os anfitriões tiveram que disputar a repescagem.
Na comemoração pela vaga, o então técnico Diego Armando Maradona soltou a célebre frase “Que sigam chupando”, um desabafo mal educado contra as críticas e o pessimismo da imprensa portenha.
E dez jogadores que participaram dessa partida começarão como titulares o embate deste sábado no estádio Estanislao López, mais conhecido como “Cemitérios do Elefantes”: Di María, Mascherano, Messi, Romero, Higuaín, Muslera, Maxi Pereira, Alvaro Pereira, Suárez e Forlán.
Ficha Técnica
argentina x uruguai
Romero; Zabaleta, Burdisso, Gabi Milito e Zanetti; Mascherano, Gago; Messi, Di María, Higuaín e Agüero. Muslera; Maxi Pereira, Diego Lugano, Mauricio Victorino e Martín Cáceres; Alvaro González, Diego Pérez, Egidio Arévalo Ríos e Alvaro Pereira; Luis Suárez e Diego Forlán.
Técnico: Sergio Batista Técnico: Oscar Tabarez
Estádio: Estanislao López, Santa Fé. Arbitragem: Carlos Amarilla (Paraguai). Auxiliares: Nicolas Yegros (Paraguai) e Luis Sanchez (Venezuela)
Horário: 19h15 (de Brasília). Transmissão: GLOBOESPORTE.COM e SporTV

Agora rindo, Robinho diz: ‘Jogador feliz no banco não merece a Seleção’

Atacante do Milan fechou a cara quando foi reserva com o Paraguai, mas voltou a ficar alegre com retorno do bom futebol e da titularidade com Mano

Por Julyana Travaglia, Leandro Canônico e Márcio Iannacca Direto de Campana, Argentina
treino seleção brasileira robinho (Foto: Mowa Press)Robinho brinca no treino da Seleção Brasileira
(Foto: Mowa Press)
Quando perdeu lugar no time e foi reserva na partida contra o Paraguai, na primeira fase da Copa América, Robinho não escondeu sua insatisfação. Fechou a cara e se negou a dar entrevistas após o empate por 2 a 2. De cabelo novo e sorrindo com o retorno à equipe titular contra o Equador, o atacante se explicou.
E não adotou discurso politicamente correto. Confirmou que estava chateado, sim, com a reserva e que esse tem de ser o sentimento de todos que ficam no banco.
- Eu fiquei de cara feia porque não gosto de ficar no banco de reservas. E jogador que está na Seleção Brasileira e fica feliz no banco não merece estar na Seleção – declarou o atacante do Milan, que não balança as redes há mais de um ano, quando marcou na derrota por 2 a 1 para a Holanda, nas quartas de final da Copa de 2010.
Com um gol mal anulado e uma bola na trave na vitória por 4 a 2 sobre o Equador, Robinho diz não estar incomodado com o jejum. Sabe que seria importante acabar com ele, mas não vê isso como prioridade. Sua meta é continuar com atuações boas para não ser reserva mais uma vez nesta Copa América.
Eu fiquei de cara feia porque não gosto de ficar no banco de reservas. E jogador que está na Seleção Brasileira e fica feliz no banco não merece estar na Seleção"
Robinho
- Não fico incomodado de não fazer gol. Fico incomodado de não jogar bem. Jogando bem o gol vai sair com naturalidade, na hora certa – disse o atacante.
Sob o comando de Mano Menezes, Robinho tem formado um trio ofensivo com Neymar e Alexandre Pato. Consequentemente, ele tem ficado mais longe da área, ajudando na marcação e também na criação de jogadas. Acredita até que isso tenha influência direta na sua falta de gols pela Seleção Brasileira.
- Pode ser que a minha nova função, mais distante do gol, esteja dificultando. Mas o importante é jogar bem. E independentemente do posicionamento em campo, o que eu quero é ser titular – finalizou o jogador do Milan.
A partida entre Brasil e Paraguai, pelas quartas de final da Copa América, neste domingo, às 16h, em La Plata, terá transmissão ao vivo da TV Globo, do Sportv e do GLOBOESPORTE.COM. O site também acompanha o jogo em Tempo Real.

Cacá Bueno afirma: 'Não me contento com a segunda ou terceira colocação'

Vencedor da última etapa da Stock Car, no Rio de Janeiro, o tricampeão diz que está na briga pelo título de 2011 e mostra todo o seu lado competitivo

Por Rafael Honório Rio de Janeiro
Cacá Bueno comemora com banho de champagne (Foto: Duda Bairros / Stock Car)No Rio de Janeiro, Cacá comemorou sua última vitória
com um 'jato' de champagne (Foto: Duda Bairros)
Tricampeão da Stock Car, dono de 25 vitórias e 20 pole positions na maior categoria do automobilismo brasileiro. O currículo de Cacá Bueno é de colocar inveja em qualquer adversário. Mesmo assim, o carioca de 34 anos ainda quer mais e jura que não pensa em pendurar o capacete, macacão e luvas tão cedo. Dono do carro 0 da RBR, ele explica como mantém sempre em alta a vontade de brigar por mais poles e vitórias.
- Não me importa se estou jogando vôlei, baralho ou videogame, tenho prazer de competir e não vejo isso acabar tão cedo. Às vezes, as pessoas me cansam, mas o esporte, não. A vontade de vencer e fazer o trabalho bem feito, isso não vai diminuir nunca. Eu chego em um fim de semana de corrida pensando sempre em ganhar. Não me contento com a segunda ou terceira colocação. Aprender a perder faz parte, mas eu não preciso gostar - afirmou.
Com duas vitórias e duas pole positions nesta temporada, Cacá ocupa a segunda colocação na classificação, com 83 pontos. Apenas 14 pontos atrás de Thiago Camilo (uma vitória vale 25 pontos), o dono do carro 0 da RBR já está matematicamente classificado para a SuperFinal 2011. Após o vice-campeonato em 2010, ele se vê muito forte para a disputa do título deste ano.
- Eu vejo o meu carro mais firme que no ano passado, quando perdi o título por apenas um ponto. Vale lembrar que, nas últimas corridas, o meu pior resultado foi um terceiro ou um quarto lugar. Eu vinha conseguindo largar nas duas primeiras filas sempre. No Rio, eu já senti uma melhora grande na corrida. A partir de Campo Grande, nós mudamos algumas coisas. Eu acho que o Daniel (Serra) teve muito azar nessas etapas e espero que ele se classifique para o playoff. Vou ajudá-lo no que for possível para isso - comentou.
A última vitória de Cacá teve um "gostinho" especial. No Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, o piloto subiu no lugar mais alto do pódio na cidade onde mora. Além disso, ele ainda recebeu a companhia no pódio de um grande amigo das pistas e fora delas: o irmão Popó, que chegou em segundo.
- A vitória no Rio não foi só mais uma. Foi perto dos amigos e da família. Vitória que nos coloca na briga pelo titulo. Junto com Popó, fazendo uma dobradinha em família e debaixo da estrutura da mesma equipe (Cacá corre pela RBR e Popó defende a A.Mattheis, ambas chefiadas por Andreas Mattheis). Foi certamente uma das vitórias que eu vou guardar na memória. Ela é especial e representa muita coisa. Falei com meu pai (o narrador Galvão Bueno) bem depois da corrida. Ele estava feliz, como qualquer pai estaria, com a dobradinha dos filhos pela primeira vez na história da Stock Car. E ele estava mais contente do que nós mesmos - revelou.
Cacá Bueno e Popó comemoram dobradinha no RJ (Foto: Duda Bairros / Stock Car)Festa em família no Rio: Popó e Cacá celebram o sobrenome Bueno no alto do pódio (Foto: Duda Bairros)
Nesta vitória carioca, Cacá e Serrinha correram de luto para protestar contra punições injustas durante a etapa de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. E o carro pintado de preto deu sorte para o piloto número 0. Com a pole position e a vitória, ele encostou no líder da temporada. Mesmo assim, a novo "design" no carro não deverá aparecer em outras etapas.
- Esse foi um protesto totalmente do patrocinador e apenas para a etapa do Rio. A gente queria uma prova pública de que não tínhamos burlado o regulamento em Campo Grande. Depois que entramos com os carros pretos, a Vicar (organizadora da categoria) e a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) acabaram soltando um comunicado sobre o assunto. Era esse posicionamento que nós queríamos. A gente sabia que não dava para voltar atrás, mas queríamos um esclarecimento público de que não fomos desleais - contou.
Sobre a relação Stock Car-Cacá Bueno, o piloto prefere adotar cautela. Apesar de ser o terceiro maior vencedor da categoria, ao lado de Chico Serra, - atrás apenas de Ingo Hoffmann (12 títulos) e Paulo Gomes (4) - o carioca sabe que piloto e categoria podem continuar o sucesso separadamente, sem nenhum problema.
- Eu acho que as duas coisas estão muito ligadas, mas os dois vivem tranquilamente separados. Eu já andei em outras categorias e tenho o meu nome respeitado no Brasil e no mundo. Eu tenho a plena consciência de que a Stock Car é a melhor plataforma de turismo do Brasil e, talvez, da América Latina. O auge da categoria foi a primeira Corrida do Milhão no Rio (em 2008), mas acho que ela deu um estagnada. Mesmo assim, eu não penso em sair da Stock Car agora - finalizou.
A próxima etapa da Stock Car, a sétima do ano, será exatamente a Corrida do Milhão, no dia 7 de agosto, em Interlagos, São Paulo.
Cacá Bueno na pista (Foto: José Mário Dias / Stock Car)O carro 0 está na segunda colocação na temporada, atrás apenas de Thiago Camilo (Foto: José Mário Dias)

Mundial Feminino: Suécia bate França com golaço e fica em terceiro lugar

Hammarström faz linda jogada e garante 2 a 1 para a seleção sueca

Por GLOBOESPORTE.COM Sinsheim, Alemanha
A Suécia ficou com o terceiro lugar do Mundial Feminino. Com um belo gol da meia Marie Hammarström, a seleção sueca venceu a França por 2 a 1 neste sábado, em Sinsheim, e garantiu a "medalha de bronze" do torneio na Alemanha.
As suecas saíram na frente com a atacante Lotta Schelin, que recebeu lançamento por trás da zaga aos 29 do primeiro tempo e tocou com estilo na saída da goleira Berangere Sapowicz. Na etapa final, Elodie Thomes empatou aos 11.
Pouco depois do gol francês, Josefine Oqvist foi expulsa por chutar uma adversária no chão e deixou a Suécia com uma jogadora a menos. Mesmo assim, a seleção sueca conseguiu o 2 a 1, num lindo lance de Hammarström: deu chapéu em uma francesa, driblou outra e bateu de canhota no ângulo. Golaço.
BRASIL MUNDIAL FC: Hope Solo, a musa americana, em comercial com barriga de fora. Veja!
jogadoras suécia frança copa do mundo futebol feminino (Foto: agência Getty Images)Suecas comemoram o primeiro gol contra a França: terceiro lugar do Mundial  (Foto: Getty Images)
Esta é a segunda vez que a Suécia, que foi eliminada pelo Japão na semifinal, fica em terceiro lugar do Mundial (ocupou a posição no primeiro torneio organizado pela Fifa, em 1991). A melhor colocação das suecas foi o vice em 2003, quando perdeu o títutlo para a Alemanha.
A final do Mundial será disputada entre Estados Unidos e Japão no domingo, às 15h45m (de Brasília), com transmissão ao vivo do SporTV. A Seleção Brasileira caiu nas quartas de final para as americanas nos pênaltis.

NikeBlog.com: "Make Yourself--Hope Solo"

A musa do Mundial

 

Nem o futebol de Marta chamou tanto a atenção dos torcedores no Mundial Feminino como a goleira americana Hope Solo. Além de brilhar nas quartas de final contra o Brasil (pegou dois pênaltis, um mal anulado pela árbitra), Solo encantou com sua beleza. Recebeu até pedido de casamento de torcedores nas arquibancadas. Seu perfil no Twitter (@hopesolo) pulou de 10 mil para mais de 120 mil seguidores durante o torneio na Alemanha.
A patrocinadora da seleção americana, que não é boba nem nada, resolveu faturar com a beleza da goleira. Hope Solo é o destaque de uma campanha da Nike para as mulheres. No vídeo, nada de uniforme largo, somente roupas justas e barriguinha de fora. Confira:
Ah, no domingo tem a final do Mundial: Estados Unidos, de Solo, contra o Japão, a maior zebra da competição. Neste sábado, a Suécia bateu a França por 2 a 1 (com direito a golaço) e ficou em terceiro (saiba mais).
Quer ver mais fotos de Hope Solo gravando comercial? Então toma: tem até a musa treinando com pneu de caminhão.

Atlético-MG faz proposta para
trazer o atacante André, ex-Santos

Representante do Galo está na Ucrânia, negociando metade dos
direitos do jogador, que pertencem ao Dínamo de Kiev

Por GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte
andré atacante (Foto: GLOBOESPORTE.COM)Atacante André, ex-Santos (Foto: Globoesporte.com)
O Atlético-MG entrou na briga para contratar o atacante André, ex-Santos. Os direitos do jogador, que também interessa ao Flamengo, pertencem ao Dínamo de Kiev. De acordo com Eduardo Maluf, diretor de futebol do Galo, o clube mineiro ofereceu três milhões de euros (cerca de R$ 7 milhões) por 50% dos direitos do jogador. Um representante do Atlético está na Ucrânia negociando diretamente com o Dínamo.
André tem contrato até agosto de 2015 com o Dínamo de Kiev que, na época da transação com o Santos, pagou oito milhões de euros pelo atacante. André não conseguiu se firmar no Dínamo e nem no Bordeaux, da França, tendo, inclusive, manifestado desejo de retornar ao Brasil.
O Flamengo ainda não desistiu do atacante. O diretor de futebol Luiz Augusto Veloso se reuniu com o presidente do Dínamo, Igor Surkis, em Mônaco e seguirá por lá pelo menos até domingo para tentar um novo encontro. A ideia é fazer uma proposta de empréstimo.
Lateral
O Atlético-MG também negocia a vinda de um lateral-direito. E Ilsinho seria o nome mais forte. Maluf não confirma e não adianta nomes, mas informa que o 'clube se movimenta' em busca de reforços.