terça-feira, 30 de outubro de 2012

Vasco nega problemas na estrutura, mas reconhece dificuldades

Supervisor afirma não ter conhecimento de falta de isotônico e fala sobre problemas em chuveiros e tratamento de gelo no CFZ

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
5 comentários
treino Vasco CT CFZ  (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)Treino do Vasco no CFZ
(Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)
Em crise financeira, o Vasco oferece cada vez menos recursos para o dia a dia de trabalho. Assim, cabe aos funcionários buscar maneiras de driblar as dificuldades para dar condições de trabalho aos jogadores. Com poucos recursos, o departamento de futebol enfrenta dificuldades, mas funcionários negaram que haja problemas que afetem diretamente a rotina.
Responsável pela logística do dia a dia de treinos do Vasco, o supervisor Bruno Coev afirmou nunca ter tomado conhecimento de que tenha havido racionamento de bebida isotônica, como revelaram pessoas que convivem diariamente no clube. No entanto, ele reconheceu que em uma ocasião houve problema no funcionamento dos chuveiros elétricos dos vestiários do CFZ.
- Todos os chuveiros funcionam. Mas quando todos são ligados ao mesmo tempo pode haver algum problema elétrico no aquecimento. Em uma ocasião, num dos vestiários o aquecimento da água funcionou em apenas dois chuveiros. Mas sempre deixamos um funcionário do clube de plantão para fazer os reparos. De qualquer maneira, ninguém nunca me relatou qualquer problema - disse.
Bruno Coev também negou que tenha havido falta de gelo para o tratamento de jogadores no CFZ. Mas admitiu que numa ocasião alguns atletas não se mostraram satisfeitos com as condições oferecidas no local de treinamento.
- A produção de gelo no CFZ não é suficiente, mas sempre levamos uma boa quantidade. O ocorreu nessa situação foi que a maioria dos jogadores não gostou da tina usada para o tratamento. Segundo eles, não tinha a profundidade necessária para fazer a imersão. Estamos trabalhando para adequar os equipamentos às nossas necessidades. Isso não significa falta de zelo ou cuidado do clube - explicou o supervisor.

Duque e Macaé tentam dar fim a jejum dos pequenos do Rio

Estado não tem dois clubes de menor investimento na Série B desde 2000. Dupla está nas quartas de final, o mata-mata decisivo da Terceirona

Por Carolina Burgos e Mariana Kneipp Macaé e Rio de Janeiro
107 comentários
Em 2000, o Brasil completou 500 anos, a ciência fez o primeiro rascunho da sequência completa do genoma humano, e o mundo comemorou a sobrevivência ao "bug do milênio". Na memória, essas lembranças parecem distantes. Mais ainda para os clubes do Rio de Janeiro. Foi a última vez que o estado teve dois times de pequeno porte na Série B do Campeonato Brasileiro. Doze anos depois, Duque de Caxias e Macaé estão nas quartas de final da Série C, a uma fase de recolocar o futebol fluminense na Segundona.
montagem Duque de Caxias e Macaé times Série B (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)Duque de Caxias e Macaé: as esperanças do Rio na Série C (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
Na última vez em que o Rio teve dois times pequenos na divisão de acesso do Brasileiro, o Macaé tinha apenas 11 anos, e o Duque de Caxias ainda nem existia - foi criado em 2005. América, Americano e Bangu foram os representantes. O Botafogo disputou o campeonato em 2003, e o Vasco, em 2009 - mesmo ano em que o Duque disputou a Série B pela primeira vez, mantendo-se lá por três temporadas. Em 2012, porém, nenhum clube fluminense teve chance de tentar uma vaga na elite. A última vez em que dois times de fora da capital disputaram a Segundona foi em 1998, quando Americano e Volta Redonda fizeram companhia ao Fluminense.
Em doze anos, novos escudos surgiram, subiram e desceram entre as divisões, mas pouca coisa mudou em relação à dificuldade de manter vivo o sonho de um clube sem grande investimento. No Duque de Caxias, a falta de um CT obriga o elenco a se adaptar a três campos diferentes para treinar. No Macaé, o baixo público nos jogos e a perda de patrocinadores levou a diretoria a negociar valores com os jogadores, alguns chegando a receber apenas um salário mínimo. Neste cenário, a vaga na Série B se torna mais do que uma meta: é uma necessidade.
- A classificação seria a nossa autoafirmação. Podemos mostrar que estamos em uma competição de alto nível, em condição de dar visibilidade a investidores, patrocinadores. É a solidificação do Duque, para mostrar que somos um time intermediário, não pequeno. Com sustentabilidade, podemos atingir parâmetros e chegar bem perto da elite. Sabemos que a caminhada é longa, mas estamos nos preparando para isso - afirmou o supervisor de futebol do clube de Caxias, Luiz Oliveira.
Todos os nossos treinos são de competição, até o aquecimento é competitivo. Você vive para competir, tem que ganhar"
Vinicius Eutrópio, técnico do Duque
Se no fim de 2011 o Duque caiu da Série B para a C, o Macaé por pouco não parou na Quarta Divisão - escapou graças ao saldo de gols, após uma salvadora vitória por 6 a 4 sobre o Marília. Nesta temporada, o Leão oscilou no primeiro turno, mas conseguiu a classificação para as quartas de final com dois jogos de antecipação. Na última rodada, contra o Santo André, entrou em campo com sete desfalques e venceu por 3 a 1, garantindo a vantagem do empate no mata-mata.
- Começamos bem, foram duas vitórias. Depois, o desempenho não foi ruim, mas a equipe foi se ajeitando, fez algumas trocas e, com as vitórias, foi crescendo. Para nós, a fórmula desse campeonato, diferente da do ano passado, foi fundamental. Em 2011 não permitia recuperação. Neste ano, a maioria das equipes que se classificaram veio de momentos não tão bons no início - disse o técnico Toninho Andrade, citando a mudança no regulamento, que fez a primeira fase ser disputada com dois grupos de dez times (classificando-se quatro), e não mais quatro chaves de cinco equipes (classificando-se duas).
Macaé rejuvenesce o elenco em cinco anos
Zambi, Atacante Macaé (Foto: Tiago Ferreira / Macaé)Zambi, artilheiro do time, tem 25 anos
(Foto: Tiago Ferreira / Macaé)
Para a disputa do campeonato, ajustes foram necessários no Macaé. Houve uma reformulação de 50% do elenco, com a contratação de 12 jogadores, que resolveram outro problema. A média de idade era de 30 anos.
- O primeiro de tudo foi acreditar nesses acréscimos e no rejuvenescimento da equipe. Agora a média é de 24, 25 anos. Além disso, no ano passado, fizemos a Série C com dois atacantes apenas. Neste ano foi mais equilibrado em relação ao número de jogadores por posição, e isso facilita para o treinador - disse o técnico.
A ascensão de juniores também ajudou o lado financeiro. Com a perda de três patrocinadores - restando apenas dois -, a arrecadação não passa de R$ 200 mil, o que levou a diretoria do Macaé a renegociar valores com os jogadores. Quem veio das categorias de base, mas já joga como profissional, ganha o equivalente a um salário mínimo. A média de salário do elenco é de R$ 4.300.
Campanha do Macaé na Série C:
9 vitórias
5 empates
4 derrotas
 
- Tivemos que adequar dentro da nossa realidade. Foi sacrifício. O clube se espremeu e os jogadores também, com a possibilidade de contrato melhor no futuro, já pensando em possíveis bons resultados na competição. O que prevaleceu foi o empenho, e eles foram guerreiros - disse o supervisor de futebol, Guilherme Costa.
Apesar do esforço financeiro, a torcida do Macaé ainda não é muito presente. O maior público na primeira fase foi 344 pagantes, contra o Madureira. Mas os que vão à arquibancada usam a criatividade e até já criaram um apelido, Barçaé, que tira um sorriso de Toninho Andrade.
- O nosso time joga pelo conjunto. Talvez seja essa a semelhança. Pela parte técnica, não. A nossa equipe é mais voltada para a marcação - garantiu.
Técnico do Duque admite 'lavagem cerebral' para a vitória
Em sua terceira passagem pelo Macaé, Toninho já conhece cada canto do estádio Moacyrzão. É uma situação diferente da do técnico do Duque, Vinicius Eutrópio. Há apenas dois meses no clube, ele ainda tenta se adaptar à rotina de treinos em gramados emprestados.
Duque de Caxias (Foto: Divulgação)Eutrópio conversa com o grupo antes do início do treino (Foto: Divulgação)
- Nossa estrutura é muito humilde, temos uma rotina itinerante. Um dia o Fluminense cede o campo (Xerém), no outro vamos para a Reduc, no outro no Marrentão. É sempre assim: leva o café da manhã para lá, põe o material no ônibus. Mas esse grupo é muito bom. Apesar de tudo, ninguém perde um treino. Eles até se comunicam por celular para garantir que todos estejam lá - lembrou.
Campanha do Duque na Série C:
9 vitórias
2 empates
7 derrotas
Foi com Eutrópio que o Duque ressurgiu na Série C. Nas seis rodadas com Amilton Oliveira no comando, o aproveitamento foi de 16%, com uma vitória e cinco derrotas. O auxiliar Mario Júnior assumiu interinamente e garantiu o segundo triunfo no campeonato. Na oitava partida, Eutrópio já estava no banco. Desde então, foram sete vitórias, dois empates e duas derrotas, 69% de aproveitamento. O técnico justifica a evolução:
- O grupo é muito bom e comprou a nossa ideia. Quando cheguei, falei que não iríamos lutar contra o rebaixamento, mas sim pela classificação. Mudamos o foco. Também deixamos o trabalho físico mais na academia, para dar força. O restante foi todo voltado para o campo, modelo de jogo. A assimilação deles foi muito rápida, e tivemos resultados muito bons, como André Gomes, que, aos 36 anos, disputou todos os jogos até o fim - acrescentou.
Duque de Caxias (Foto: Divulgação)Eutrópio trabalha a competitividade dos
jogadores (Foto: Divulgação)
Eutrópio, porém, reconhece que o principal esforço foi com o lado psicológico dos jogadores.
- Trabalho muito a questão positiva. A conquista virou um mantra. Todos os nossos treinos são de competição, até o aquecimento é competitivo. Você vive para competir, tem que ganhar. Inserimos isso no dia a dia com alguns processos em sala de vídeo, mais o lado social, em casa. Jogador tem que estar feliz. Fiz uma lavagem cerebral mesmo - riu o técnico.
E o objetivo não para na classificação para a Série B, se depender do supervisor Luiz Oliveira:
- É como subir uma escada. O importante no próximo ano não é só voltar à Série B, é manter-se e dar o próximo passo rumo à A - concluiu.
O desafio começa nesta quinta-feira. O Duque de Caxias enfrentará o Icasa, às 21h, no Romeirão, pelo primeiro jogo das quartas de final. O segundo e decisivo será no dia 8. Já o Macaé decide a classificação em casa, no dia 10. Antes, nesta sexta-feira, inicia o duelo com o Paysandu, às 19h, na Arena Verde. Oeste x Fortaleza e Chapecoense x Luverdense completam as quartas de final.

Dinamite recebe cobrança e marca reunião com torcida organizada

Integrantes de facção pedem mudanças no Vasco em 2013, e São Januário tem segurança reforçada durante treino

Por André Casado e Gustavo Rostein Rio de Janeiro
35 comentários
Após uma hora e meia de entrevista coletiva, Roberto Dinamite deixava São Januário quando foi abordado por um grupo de torcedores. Integrantes de uma torcida organizada que está proibida de frequentar os estádios em dias de jogos por seis meses, eles fizeram reclamações e pediram uma reunião com o presidente do Vasco.
Roberto Dinamite com torcida organizada do Vasco em São Januário (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)Integrantes de torcida organizada conversam com Roberto Dinamite em São Januário (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)
A conversa foi rápida e ocorreu em clima pacífico, sem qualquer tensão. Por fim, Dinamite marcou inicialmente o encontro para esta quarta-feira, em São Januário. Os torcedores deixaram claro que o principal objetivo é apoiar o Vasco, mas pediram mudanças no futebol em 2013.
- Deixa comigo - respondeu o presidente ao deixar o clube rumo ao arbitral da Federação de Futebol do Rio de Janeiro que discutiu o próximo Campeonato Carioca.
São Januário teve segurança reforçada nesta terça-feira. Duas viaturas policiais foram posicionadas à frente do portão que dá acesso ao departamento de futebol. Além disso, cinco policiais permaneceram no gramado durante todo o treinamento da equipe.
Policiamento, treino Vasco (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)Policiais fazem segurança dentro do gramado durante treino do Vasco nesta terça-feira (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)

Sem perspectivas, Renato Silva só pensa em acertar equipe para 2013

Zagueiro lamenta 'cabeça baixa' que ajudou na queda de rendimento do grupo na reta final e já projeta próxima temporada com raros reforços

Por André Casado e Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
5 comentários
renato silva vasco treino (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)Renato Silva espera fim digno e de vitórias por
2013 (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)
O fim de ano sombrio e melancólico do Vasco esteve refletido na expressão e nas palavras de Renato Silva, nesta terça-feira. Apesar de não deixar de exibir sua veia de brincalhão em momentos isolados da entrevista coletiva, o zagueiro foi mais um a admitir que não há mais esperanças de buscar a vaga na Libertadores de 2013, diante das cinco derrotas diretas, da queda para a sétima posição na tabela e da distância de oito pontos para São Paulo, que abre o G-4.
Segundo o camisa 33, que voltou a ser titular com a lesão que afastará Dedé do restante da temporada, a única preocupação agora é terminar o Brasileirão de forma digna e arrumar a equipe para um início de 2013 mais tranquilo e sem as cobranças de hoje.
- São cinco jogos para recuperar a autoestima, a equipe que vinha jogando antes perdeu o jeito. Não deu mais certo, caíram todos os setores, ficou complicado. Como equipe, nos perdemos muito mesmo. Estamos mal psicologicamente, baixamos a cabeça e temos de nos recuperar. Se não der a Libertadores, é bom entrar no ano seguinte sabendo que vencemos as últimas partidas, sem precisar responder mais sobre isso, sem ter a torcida desconfiada - disse.
Com diversos jogadores sob contrato longo, o Vasco deve manter a base do grupo, apesar da insatisfação de muitos com o problema dos salários atrasados. E, como fez questão de lembrar Renato Silva, dificilmente contratará reforços de alto nível em face da crise financeira. O presidente Roberto Dinamite tentou minimizar destacando que faltaria um mês de débito e que, em sua época de atleta, também jamais recebeu em dia de quem comandava.
- A respeito do salário, vai bater dois meses no dia 5 (em geral, os clubes utilizam o dia 20 como referência). Vai dar três de atraso no direito de imagem também. Mas não tem nada a ver com a queda de rendimento. Entramos numa maré ruim e aí todos os problemas afetaram, mas foi pena ter sido no momento de definição da competição. Dificilmente vão chegar outros jogadores, porque quem está aqui eles já não conseguem manter - lamentou o zagueiro.
No sábado, o Cruz-maltino enfrenta o Sport, em São Januário, pela 34ª rodada.

Recuperados, Tenorio e Alecsandro participam de treinamento com bola

Atacantes deixam fase de preparação física e se preparam em longa atividade para voltar ao time, neste sábado, contra o Sport, no Rio

Por André Casado e Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
9 comentários
Carlos Tenório no treino do Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco da Gama)Carlos Tenorio se prepara para a volta após mais
de um mês (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)
Para tentar mudar o panorama altamente negativo no Campeonato Brasileiro, o Vasco já tem dois reforços confirmados para encarar o Sport, neste sábado, em São Januário: Tenorio e Alecsandro fizeram o primeiro treino com bola na tarde desta terça-feira e comprovaram estarem recuperados das lesões na coxa que o tiraram de ação, respectivamente, de seis e três rodadas. A dupla já vinha realizando trabalhos físicos mais intensos desde a última sexta e foi liberada pelo departamento médico.
A etapa é a última no processo. Agora depende do técnico Marcelo Oliveira definir as mudanças no setor ofensivo. Desde a derrota para o Botafogo - a terceira da série de cinco diretas -, Eder Luis e Carlos Alberto formam o ataque. Nos jogos em questão, a equipe marcou somente três gols. Alecsandro, no entanto, vivia péssima fase quando se machucou: um gol em 18 partidas. Já o equatoriano havia se firmado como xodó da torcida, com quatro gols em 11 aparições e muita determinação em campo.
Na longa atividade, que durou mais de duas horas, além da novidade, houve movimentação tática com quatro balizas para todo o elenco - dividido em dois times, sem ordem de escalação -, que teve dois dias de folga depois de perder por 1 a 0 para o Corinthians, sábado passado. A exceção foi Carlos Alberto, que ficou na academia e, a princípio, não preocupa.
Por conta da entrevista coletiva concedida pelo presidente Roberto Dinamite, antes de a bola rolar, havia cerca de 100 pessoas no estádio observando o treino, algo incomum para dias úteis. Torcedores foram protestar, até marcaram uma reunião com o mandatário e viram o policiamento ser reforçado na Colina, com oficiais até mesmo dentro no gramado.

Dinamite minimiza a crise financeira: 'Também nunca recebi salário em dia'

Em coletiva, presidente lembra sua época de jogador e afirma que grupo atual já conseguiu bons resultados mesmo com vencimentos atrasados

Por André Casado e Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
253 comentários
Após um mês e meio de crise política e financeira cada vez mais deflagrada no Vasco, o presidente Roberto Dinamite se pronunciou em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, na sala multimídia de São Januário. Por cerca de uma hora e meia, esclareceu questões que foram da venda de jogadores titulares - Fagner, Romulo e Diego Souza no meio da temporada - ao novo CT dos profissionais, que iniciará as obras no início de 2013. Além disso, o mandatário confirmou que acumulará a vice-presidência de futebol até o fim deste ano, esperando a recuperação da saúde de Ercolino Jorge de Lucca, que só pode assumir em doisa meses. E indicou que Daniel Freitas não permanecerá como diretor executivo.
Não houve informações concretas a respeito do futuro cruz-maltino. Dinamite se defendeu, exibiu documentos relativos a diversos assuntos e pediu compreensão à imprensa - criticada em determinados momentos pela veiculação de notícias negativas e, segundo ele, inverídicas - e aos torcedores vascaínos, ressaltando as dificuldades enfrentadas por penhoras e bloqueios de dinheiro por causa de dívidas antigas e também contraídas na gestão atual. Aliás, trabalhar este item junto ao departamento jurídico foi a única saída considerada em suas palavras para evitar que o clube entre num buraco ainda maior.
Roberto Dinamite na coletiva do Vasco (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)Roberto Dinamite se explica na coletiva, em São Januário (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)
O time dirigido por Marcelo Oliveira perdeu as últimas cinco partidas no Campeonato Brasileiro, está praticamente fora da disputa por uma vaga na Libertadores e estendeu a crise para o campo. O presidente disse, no entanto, que a questão de salários atrasados é até normal desde a sua época de atleta no Vasco, embora admita que não esteja correta.
- Com esse mesmo grupo, o salário já esteve mais atrasado e tudo deu certo. É isso que precisamos mentalizar e inverter, porque temos 15 pontos para jogar ainda. Vamos buscar as vitórias, teve equipes que ficaram nessa situação e se recuperaram. Vivi como atleta por 20 anos aqui e nunca recebi meu salário em dia. Está errado? Claro, temos que cumprir nossas obrigações. Mas hoje é um atraso de um mês, que muitos clubes também têm. Quem milita no futebol sabe bem disso - argumentou Dinamite.
Eu falei para o Diego (Souza), para os envolvidos, que a saída não era boa para o Vasco. Mas o presidente tem um limite até onde pode chegar. A permanência é importante quando ele (jogador) pensa da mesma forma"
Roberto Dinamite, sobre venda do meia
O presidente ainda afastou qualquer possibilidade de renunciar ao cargo, debochando das especulações, e também negou uma suposta aproximação com o ex-mandatário Eurico Miranda, com quem costurou um acordo para que o balanço de 2011 tivesse mais 60 dias para ser revisto e apresentado novamente ao conselho deliberativo. Ele se recordou do episódio de 2006 em que foi expulso da tribuna do estádio por ordem de seu opositor e disse que não gostaria de reviver a situação.
- Nada disso existe, vou estar sempre aqui junto com quem realmente gosta do Vasco e o respeita. Vamos proporcionar dias melhores ao torcedor e voltar a ter conquistas.
Confira os principais trechos da entrevista coletiva:
Relação recente com a imprensa- Quero esclarecer alguns pontos na relação do clube com a imprensa. Sempre pautei que, na vida, tudo é uma troca. Quando se tem o respeito, vai bem. E é nesse sentido que quero colocar algumas coisas para que a gente não continue a cair na mesmice e falar de alguém sem saber, acusar alguém. Vou exigir por parte de todos o mínimo de respeito, como ao longo da minha carreira sempre fiz. É por isso que estou aqui. Vamos acabar com o disse me disse. O regime é presidencialista, mas todos os profissionais têm autonomia. Aqueles que saíram tiveram suas discordâncias e escolhas. Ninguém é obrigado a ficar.
Vendas de Fagner, Romulo e Diego Souza
- O Diego veio para o Vasco em uma situação em que adquirimos 33% do jogador, e tínhamos o direito de exercer mais 20% dentro do contrato. Pagamos € 1,2 milhão (cerca de R$ 3,2 milhões) para isso. Recebemos, então, uma proposta no período proximo à janela (de transferências), conversei com o jogador e pessoas envolvidas na negociação, falando da importância que ele tinha para o Vasco. Mas havia a realização dele como pessoa, porque era muito dinheiro na oferta. Num primeiro momento, não fizemos a operação, mas depois o jogador optou por sair do Vasco. Eu falei para o Diego, para os envolvidos, que a saída não era boa para o Vasco. Mas o presidente tem um limite até onde pode chegar. A permanência é importante quando ele (jogador) pensa da mesma forma. O exemplo é o Dedé. Só está no Vasco até hoje porque quer estar no Vasco. E a situação (de Diego Souza) quanto ao não pagamento (de parcelas que somam quase R$ 5 milhões) é essa: houve um encaminhamento à Fifa, que já foi notificada e temos até o dia 8 de novembro para ter uma palavra final com relação ao Diego (Dinamite, então, ergue um documento enviado pela entidade máxima do futebol). Já o Fagner veio por intermédio de seu empresário, Carlos Leite. Os 20% que o Vasco tinha foram quase dados. Ele teve contusões, mas se firmou como um jogador importante dentro do Vasco. E optou por se transferir porque financeiramente seria bom. Tentamos convencer a permanecer, mas não foi possível. O contrato estava perto do fim, não foi uma escolha da diretoria. Já o Romulo teve uma proposta muito boa para o Vasco (R$ 10 milhões) e para ele. Detínhamos 50%: 25% eram do Porto-PE e 25% dos dois agentes que tinham participação sobre o jogador. Foram (os recursos arrecadados) investidos nos pagamentos e compromissos diários que o Vasco tem. No aspecto técnico, foi ruim, sim, e no financeiro, no caso do Diego, não somou nada porque está aí até agora.
roberto dinamite vasco (Foto: Divulgação/Flick Vasco da Gama)Roberto negou aproximação com Eurico Miranda
(Foto: Divulgação/Flick Vasco da Gama)
Debandada de dirigentes
- Todos os profissionais que trabalharam nessa instituição tiveram autonomia para ajudar o Vasco, mas quiseram sair, e vamos dar continuidade. O desafio é muito grande, mas o Vasco é maior do que tudo isso.
Futuro financeiro do Vasco
- Um Vasco mais saudável, que possa estar cumprindo com as obrigações. Mas não é de agora esse problema, é lá de trás. Estamos vendo com o jurídico para diminuir os problemas tributários. Entrar nesse mérito é complicado, porque a conta é sempre do outro (antiga gestão, de Eurico Miranda), mas é o Vasco. Não posso pensar no amanhã sem ver o ontem. É justificativa? É também. Queria ter outras empresas, mas a Eletrobras é importante e está feliz da vida por ser parceira do Vasco, deu uma visibilidade geral a eles.
Mudanças na base e CT do profissional
- Sobre a base, eu tinha amigos em quem apostamos, desenvolveram bem o trabalho, mas não chegou ao que queríamos em um determinado momento. Não poderia trocar uma pessoa só, e agora temos novos profissionais, uma equipe inteira em todas as categorias. Temos um CT reformado e, tão logo pudermos equilibrar as finanças, vamos dar apoio a esse trabalho com mais força. A formação da base ajuda a captar recursos e fazer o jogador com custo muito menor e resultados positivos. Nós estamos utilizando esse espaço (em Itaguaí) há dois anos e as coisas vão estar melhorando. Com relação ao CT do profissional, existe um documento com a Prefeitura, e o Vasco já tem esse espaço na Barra da Tijuca, onde vai ser construído o CT a partir do início de 2013. Alguém falou (na imprensa) que o Vasco cederia o espaço da sede do Calabouço. Isso não é verdade, não foi conversado nada sobre isso. Enquanto não temos isso pronto, temos um compromisso com o CT (do CFZ) que vamos estar utilizando durante este período.
Lamenta saída do diretor Rodrigo Caetano?
- Tentamos a permanência, sim, mas vou inverter o caso. O Rodrigo é o que ele é porque o Vasco o ajudou muito também. Deu a condição de trabalho para que se desenvolvesse como profissional. Acertou, errou e foi um parceiro importante neste processo. Teve propostas de outros clubes antes, mas houve entendimento e permaneceu dentro do Vasco. Num segundo momento, aconteceu uma nova conversa em que se especulou, falou, se oficializou o interesse do Fluminense e de outro clube. Tanto que, antes da saída dele, conversamos por cinco horas na minha sala traçando planos do Vasco para o ano seguinte. E aí, como há relação com A, B ou C da imprensa, alguém falou que ele estava indo embora. E eu perguntei a ele, que disse que não. Mas meia hora depois achou que estava cansado e esgotado em razão da forma como ele trabalha e que não tinha condição de seguir no Vasco no ano seguinte. Era uma proposta melhor para ele (Fluminense), mas no segundo momento não foi a parte financeira. Diante da resposta dele, nem fizemos nova proposta.
O Vasco mais do que nunca está muito aberto e democrático. Era bom ser jogador, mas ser presidente é um orgulho. Não admito que alguém, hoje, fale para mim que é mais vascaíno do que eu e que respeita mais o Vasco do que eu. Duvido que haja alguém mais honesto com meu clube do que eu. Se tiver, eu vou embora"
Roberto Dinamite
Reforma de São Januário para 2016
- O desejo do Vasco é fazer aqui uma arena. Estamos trabalhando o projeto para fazer de São Januário um anel com uma empresa do ramo. Inicialmente, Nelson (Rocha, ex-vice de finanças) e Fred Lopes (ex-vice de patrimônio) tiveram autonomia nesse processo. Houve reuniões também com prefeito e governador. Para fazer uma arena, passa por obras no entorno de São Januário. É um projeto para o Vasco ser sede do rúgbi, que passa pelo (Carlos Arthur) Nuzman (presidente do COB) e para termos mais conforto para atender o torcedor. Amanhã (data para confirmação da viabilidade do clube para arcar com o projeto) vamos entregar o documento para que isso possa começar a ser realizado.
Contato com Eurico Miranda
Não existe nada que me coloque ao lado do ex-presidente. Quem está falando isso é mentiroso. Não existe a mínima possibilidade de se estreitar qualquer relação instituicional nesse momento ou em qualquer momento. Sou uma pessoa simples, mas meus valores precisam ser respeitados. Separo bem o instituicional, que tem que falar por ele ser presidente do Conselho de Beneméritos e outra é pessoal. O que passei com meu filho, (expulsos da tribuna em 2006) não quero passar mais. Não criem duvidas em relação a isso.
Considerações finais
Estou feliz de falar o que sinto, o que eu penso. O Vasco mais do que nunca está muito aberto e democrático. Era bom ser jogador, mas ser presidente é um orgulho. Não admito que alguém, hoje, fale para mim que é mais vascaíno do que eu e que respeita mais o Vasco do que eu. Duvido que haja alguém mais honesto com meu clube do que eu. Se tiver, eu vou embora. Estou cumprindo uma etapa dentro do Vasco e quero cumpri-la bem.

Após três vitórias, Cub Swanson
pede luta contra o Zumbi Coreano

Americano faz pedido para casador de lutas do UFC e recebe resposta
pelo Twitter: 'Cub, tenho várias pastas cheias de oponentes para você'

Por SporTV.com Rio de Janeiro
6 comentários
Depois de derrotar em sequência George Roop, Ross Pearson e Charles "Do Bronx", todos por nocaute ou nocaute técnico, Cub Swanson quer alçar um voo mais alto. O lutador americano foi ao Twitter na noite desta segunda-feira e pediu ao UFC e ao "matchmaker" (casador de lutas) da divisão peso-pena, Sean Shelby, para enfrentar o sul-coreano Chan Sung Jung, mais conhecido como "Zumbi Coreano" e que também vem de três triunfos consecutivos.
UFC Cub Swanson x Chan Sung Jung MMA (Foto: Getty Images)Cub Swanson x Chan Sung Jung: depende de Sean Shelby (Foto: Getty Images)
- Essa luta tem que acontecer! Cub Swanson x Zumbi Coreano - escreveu ele na rede social, recebendo uma resposta de Shelby instantes depois:
- Cub, tenho várias pastas cheias de oponentes para você.
Se for feita a vontade de Swanson e esse duelo se concretizar, serão grandes as chances de valer uma chance de disputar o cinturão dos penas, uma vez que ambos estão muito bem posicionados na categoria. O próximo adversário do campeão José Aldo será Frankie Edgar, sem data definida.

Irmã de Rodrigo Damm está cotada para integrar o plantel do Invicta FC

Carina Damm, que já lutou no Strikeforce, vai atuar em novembro no evento nacional Warriors FC, para só depois participar da franquia norte-americana

Por Richard Pinheiro Vila Velha, ES
Comente agora
O MMA capixaba continua em franca ascensão, com novos lutadores surgindo a cada dia, mas uma representante da "velha guarda" continua mostrando seu valor dentro dos octógonos. Trata-se da peso-mosca Carina Damm, que é irmã do lutador do UFC Rodrigo Damm e que recebeu uma proposta para integrar o evento norte-americano Invicta Fighting Championships (Invicta FC). A lutadora capixaba de 33 anos faz parte da American Top Team (EUA), mas também divide sua rotina de treinamentos entre a academia do irmão, a Damm Fight, em Vila Velha, no Espírito Santo ou na equipe Sapo Fight Team (SFT) de Belém-PA, com o marido Luís "Sapo" Santos, que também é lutador.
Rodrigo Damm, Carina Damm e Luis Sapo mma (Foto: Reprodução/Facebook)Carina Damm entre o marido Luis "Sapo" Santos e o irmão, Rodrigo Damm (Foto: Reprodução/Facebook)
Em entrevista concedida ao blog "MMA Capixaba", Carina Damm revelou que primeiro irá participar de um evento no Brasil em novembro, o Warriors FC, antes de retornar aos Estados Unidos para fazer parte do plantel de lutadoras da franquia norte-americana a partir de janeiro de 2013.
- Vou atuar no dia 14 de novembro no evento Warriors FC contra a Kalindra Faria. Acredito que será uma luta muito dura, pois a Kalindra é uma forte atleta e vem ganhando muita experiência em seus combates. Para mim, cada luta é um grande desafio, a gente nunca sabe realmente o que pode acontecer. Entro sempre para vencer e espero que seja assim novamente. E depois desse combate, já tenho proposta para lutar em janeiro no Invicta FC, nos Estados Unidos.
SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias sobre o mundo do MMA
Focada em sua participação no Warriors FC, que acontece em Taubaté, município do interior de São Paulo, Carina Damm contou alguns detalhes de sua preparação para a revanche concedida à adversária, que foi derrotada pela "Barbie Girl" por nocaute técnico, no segundo round, em luta que rolou no evento X-Combat Ultra, que aconteceu no Espírito Santo, em setembro de 2009.
- Essa reta final é a hora que eu começo a dieta para baixar o peso, porém como faltam ainda 15 dias para a luta, continuo mantendo a mesma rotina de treinamento intenso. Eu treino forte duas vezes por dia, com intervalo de descanso à tarde. Faço além de jiu-jitsu, o boxe, o muay thai, o wrestling e o condicionamento físico durante a semana. Procuro me alimentar bem e também faço uso de suplementos.
Com um cartel de 17 vitórias e sete derrotas no MMA, a melhor fase de Carina Damm aconteceu entre fevereiro de 2007 e fevereiro de 2010, quando a capixaba conseguiu uma sequência de 10 vitórias sobre lutadoras brasileiras e norte-americanas. Grande parte do sucesso no mundo das lutas, Carina credita ao irmão, Rodrigo Damm, que irá atuar no UFC 154, em Montreal, no Canadá, em 17 de novembro. Aprendizado e admiração não faltam à lutadora que também é conhecida no MMA como "Beauty but, The Beast", algo como "Linda, mas uma fera".
- Rodrigo é meu irmão querido, ver ele no UFC me faz sentir com o dever cumprido com relação à vida dele, ele sempre será um grande orgulho para mim.
A última vitória da Carina Damm no MMA aconteceu no evento Iron Man Championship 10, sobre a lutadora Sheila Amazônia, em Salinópolis-PA, em julho de 2011. Pelo Strikeforce, Carina lutou diante da japonesa Hitomi Akano, em agosto de 2010, nos EUA, quando foi finalizada com um triângulo, no segundo round. Em seu último combate, Carina foi derrotada pela norte-americana Munah Holland, por nocaute, no segundo round, no evento Matrix Fights 6, nos EUA, em julho deste ano.

'Eu chorei', revela Cigano sobre lesão dez dias antes de encarar Velásquez

Lutador brasileiro confessa que temeu ficar fora da disputa de cinturão,
mas que o tratamento bem feito o deixou apto a lutar

Por SporTV.com Rio de Janeiro
66 comentários
Não é segredo para ninguém que Junior Cigano lutou contra Cain Velásquez com o joelho esquerdo machucado. Ele rompeu o menisco dez dias antes do evento e mesmo assim reuniu forças para não desistir do duelo. Lutou, venceu o americano em apenas 1m04s e se tornou o campeão peso-pesado do UFC. Mas os momentos que antecederam o combate não foram fáceis. Afinal, Cigano venceu sete lutas seguidas para ganhar aquela oportunidade e não estava nem um pouco disposto a deixá-la escapar.
- Quando eu machuquei meu joelho dez dias antes da luta, eu estava muito preocupado. Não tenho vergonha de dizer, mas eu chorei. Foram dois dias andando com muletas, isso foi muito difícil para mim. Mas, então, comecei a fazer a recuperação física, e meu joelho melhorou - revelou Cigano ao site "MMA Fighting".
Junior dos Santos Cigano acerta soco em Cain no UFC (Foto: Getty Images)Junior Cigano acerta soco em Cain Velásquez no UFC (Foto: Getty Images)
O brasileiro também não reclamou de ter de enfrentar Cain Velásquez de novo tendo defendido o cinturão apenas uma vez. De acordo com Junior Cigano, o americano realmente é o atual número 2 do mundo. Como Daniel Cormier ainda tem uma luta por fazer no Strikeforce e Alistair Overeem está suspenso por doping, Velásquez é o adversário natural.
- Considerando que sou o peso-pesado número 1 do mundo, Cain com certeza é o segundo neste momento. Eu quero lutar com os melhores lutadores do mundo, e Cain Velásquez com certeza vai me dar o seu melhor. Gosto de nocautear as pessoas, eu gostaria de repetir a dose. Ele é muito bom em pé, mas, se aceitar trocar em pé comigo, vai ser nocauteado de novo.
SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias do mundo do MMA
Junior Cigano venceu Cain Velásquez no dia 12 de novembro do ano passado. Depois, enfrentou Frank Mir em maio de 2012 e manteve o cinturão com mais um nocaute. O segundo duelo entre o brasileiro e o americano será no dia 29 de dezembro, no UFC 155, em Las Vegas (EUA).
UFC 155
29 de dezembro de 2012, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL*
Junior Cigano x Cain Velásquez
Forrest Griffin x Phil Davis
Chris Weidman x Tim Boetsch
Gray Maynard x Joe Lauzon
Erik Koch x Ricardo Lamas
Yushin Okami x Alan Belcher
CARD PRELIMINAR*
Chris Leben x Karlos Vemola
Brad Pickett x Eddie Wineland
Philip De Fries x Matt Mitrione
Erik Perez x Byron Bloodworth**
Michael Johnson x Myles Jury**
* A ordem dos combates ainda não está definida oficialmente
** Os combates ainda não foram anunciados oficialmente

Musa do MMA é repórter por um dia
e mostra bastidores do Jungle Fight

'São mais ou menos três dias, com mais de 100 profissionais trabalhando
24 horas', diz Wallid Ismail ao ser entrevistado pela ring girl Geisa Vitorino

Por Ivan Raupp e Pedro Veríssimo Rio de Janeiro
6 comentários
Muitas das pessoas que assistem às lutas de MMA nem imaginam o que se passa nos bastidores de um evento do porte do Jungle Fight, por exemplo. O SPORTV.COM entende que isso é um direito dos fãs e preparou um vídeo (veja ao lado) com um atrativo especial que atende pelo nome de Geisa Vitorino. A bela loura, ring girl oficial da organização e chamada de "Musa do MMA", foi repórter por um dia e mostrou os bastidores do Jungle Fight 44, realizado na noite do último sábado, no ginásio da AABB da Lagoa, no Rio de Janeiro.
Geisa entrevistou lutadores, como Ildemar Marajó e Ralph Loren, fazendo aquecimento e bandagem nas mãos antes de entrarem na jaula, os árbitros, os médicos que ficam de prontidão em caso de alguma lesão, cinegrafista, repórter, a outra ring girl, entre outras figuras que fizeram parte do evento. O presidente do Jungle, o ex-lutador Wallid Ismail, comentou o grande trabalho que dá organizar toda a estrutura:
- São mais ou menos três dias, com mais de 100 profissionais trabalhando 24 horas. Realmente o Jungle está crescendo bastante, e no ano que vem vamos fazer 18 edições. O time é muito bom, temos uma equipe muito forte hoje, e vou dizer uma coisa para vocês: o céu é o limite. Nós somos o maior evento da América Latina, e agora estamos trabalhando incansavelmente para nos consolidar como o segundo maior do mundo, só atrás do UFC. É um trabalho árduo, mas graças a Deus estamos crescendo a cada dia.
Geisa Vitorino entrevista Flavio Almendra nos bastidores do Jungle Fight 44 (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)Geisa entrevista o árbitro Flavio Almendra no Jungle Fight 44 (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)
Já durante o papo com a companheira de plaquinhas, Priscila Cardoso, participante do reality show "Casa Bonita", Geisa fez uma brincadeira ao saber que a morena treina jiu-jítsu:
- Poderíamos marcar uma lutinha. Minhas especialidades são boxe e muay thai. A gente poderia fazer um treino, de repente - disse ela, que recebeu a resposta afirmativa de Priscila.
Nas lutas principais do Jungle Fight 44, Ildemar Marajó finalizou Ederson Lion e avançou à final do cinturão dos médios; Fabiano Soldado bateu Alexandre Capitão por decisão unânime dos jurados e foi à decisão do título dos penas; e Dimitry Zebroski venceu Agustin Acuña por nocaute técnico para ir à final dos leves. No duelo de comunidades, Sidney Abedi, de Vila Cruzeiro, superou Ralph Loren, da Rocinha, também por nocaute técnico e carimbou uma vaga na semifinal dos moscas.

Para St-Pierre, Edgar e Jon Jones
são melhores que Anderson Silva

Canadense é perguntado sobre o atual ranking peso por peso e diz que ex-campeão dos leves é o número 1. Detentor do cinturão meio-pesado é o 2

Por SporTV.com Rio de Janeiro
113 comentários
Georges St-Pierre já está incomodado com as especulações sobre sua luta com Anderson Silva antes de enfrentar Carlos Condit, no próximo dia 17 de novembro. Campeão dos meio-médios desde 2007, o canadense deu uma declaração polêmica sobre ao jornal americano ''Los Angeles Times''. Segundo ele, Anderson é apenas o terceiro melhor peso por peso do Ultimate, atrás do ex-campeão dos leves Frankie Edgar e do atual detentor do cinturão dos meio-pesados, Jon Jones.
MONTAGEM - Anderson silva e Georges St-Pierre ufc (Foto: Agência AP)St-Pierre deve enfrentar Anderson Silva após encarar Carlos Condit  (Foto: Montagem/ editoria de arte)
Perguntado pela reportagem do jornal "Los Angeles Times" qual seria, na opinião dele, o atual cenário do ranking peso por peso do mundo, GSP polemizou. Colocou em primeiro lugar um lutador quem nem é mais campeão.
- Bem, Frankie Edgar é o número 1, ele é o melhor lutador peso por peso que temos. Ele não é um campeão, mas perdeu a luta para Benson Henderson apenas de acordo com os jurados. Ele foi muito mais forte do que Henderson - justificou-se o canadense.
- Jon Jones é o número 2, e Anderson Silva, o 3 - completou.
Antes de se machucar, Georges St-Pierre rivalizava com Anderson Silva na disputa de melhor lutador peso por peso do UFC. Agora, ele não se coloca nem entre os três primeiros.
- Eu não tenho lutado por um longo tempo. Estou fora (da lista). Depois de Carlos Condit, talvez eu possa estar de volta - declarou.
Frankie Edgar e Ben Henderson UFC (Foto: Getty Images)Frankie Edgar (esq.) perdeu duas vezes para Ben Henderson UFC (Foto: Getty Images)
A luta de Georges St-Pierre contra Carlos Condit será no dia 17 de novembro, durante o UFC 154. O canadense vai lutar em casa, já que o evento será realizado em Montreal. Depois, a tendência é que ele enfrente Anderson Silva em uma superluta.
Dois brasileiros estão no card: o participante do TUF Brasil Rodrigo Damm vai encarar o canadense filho de portugueses Antonio Carvalho; e Rafael dos Anjos duelará contra Mark Bocek.
UFC 154
17 de novembro de 2012, em Montreal (CAN)
CARD PRINCIPAL
Georges St-Pierre x Carlos Condit
Martin Kampmann x Johny Hendricks
Tom Lawlor x Francis Carmont
Mark Hominick x Pablo Garza
Nick Ring x Costa Philippou
CARD PRELIMINAR
Cyrille Diabate x Chad Griggs
Patrick Côté x Alessio Sakara
John Makdessi x Sam Stout
Mark Bocek x Rafael dos Anjos
Antonio "Pato" Carvalho x Rodrigo Damm
Azamat Gashimov x Ivan Menjivar
Steven Siler x Darren Elkins
Besam Yousef x Matt Riddle

Caraway elogia a namorada: 'Miesha trabalha mais duro que os homens'

Lutador conta que Tate o fez vencer preconceito contra o MMA feminino.
Casal admite que já teve problemas por causa do tratamento nos treinos

Por Adriano Albuquerque e Ivan Raupp Rio de Janeiro
3 comentários
Namorados há quase seis anos, os lutadores Bryan Caraway e Miesha Tate foram definitivamente unidos pelas artes marciais. Só que os dois tiveram que mudar alguns pensamentos em relação ao esporte para que a relação pudesse ter um início. Passando mais de um mês no Brasil para um período de esperiência profissional, o casal concedeu uma entrevista ao SPORTV.COM. O peso-galo do UFC revelou, por exemplo, que era contra o MMA feminino, mas mudou de opinião após se deparar com a inesperada garra de Miesha durante os treinos.
casal Miesha Tate e Bryan Caraway treino MMA (Foto: Adriano Albuquerque / Sportv.com)O casal de americanos Bryan Caraway e Miesha Tate (Foto: Adriano Albuquerque / Sportv.com)
- No começo, eu achava que mulher não deveria lutar, não achava que elas podiam lidar com isso emocionalmente. Mas o que me convenceu foi que ela trabalhava mais duro que nós. Ela não desiste. Um cara é estrangulado, bate rápido, enquanto ela insiste. Ok, ela é mais dura que você, você e você. Ela faz o mesmo que nós, e nunca pediu por tratamento especial. Às vezes, você vê garotas entrarem e não treinarem duro. Mas ela... Às vezes a gente estava correndo e Miesha passava todos nós, estávamos cansados e ela ainda estava lá. Ela trabalhava mais duro que os homens.
O casal se conheceu um ano e meio antes de começar a namorar. Na época, Miesha foi estudar na Central College University, em Washington, e se interessou pelas lutas. Caraway abriu a academia na cidade em 2005, com um amigo, para ensinar MMA e formar uma equipe, na "Tacoma MMA". A hoje atleta do Strikeforce conta que não se imaginava levando socos na cara:
casal Miesha Tate e Bryan Caraway treino MMA (Foto: Adriano Albuquerque / Sportv.com)Caraway pega as costas da namorada em treino
(Foto: Adriano Albuquerque / Sportv.com)
- Quando cheguei lá, não tinha ideia do que era. Quando cheguei, tinha esse cara (Bryan Caraway), todo mundo era muito legal. Eu não queria fazer nada que tivesse golpes, não queria levar soco na cara, bem mulherzinha. Só queria fazer jiu-jítsu. Mas depois de algum tempo, fui ver um evento amador de MMA que ele estava praticando, e achei incrível, vi que não era nada do que esperava, não tinha nada a ver com violência. Ao final daquele card, o locutor anunciou que haveria um evento feminino em três semanas e as estrelas se alinharam. Pensei, "OK, vou lutar em três semanas!".
Pelo fato de Miesha já ter sido campeã pelo-galo do Strikeforce - cinturão que perdeu para Ronda Rousey -, Bryan Caraway costumava escutar muitas críticas e provocações, uma vez que não está entre os principais tops de sua categoria no Ultimate. Ele se defende:
- Muita gente fica nervosa porque eu estou com a Miesha, apesar de eu estar treinando há muito tempo… As pessoas que não treinam não entendem a diferença entre o MMA de homens e o de mulheres. Há 20 mulheres, mas há 10 mil homens na minha divisão, no mundo todo. As garotas são duras, mas não há tantas. Os fãs dizem que "sua namorada é uma campeã e você não é, qual é seu problema?", "você é um fracote", "por que ela está contigo?" Mas há gente também que diz que somos um casal bonito, que eu estou no UFC e ela no Strikeforce, um casal de poder no MMA, é legal.
Os dois se dão muito bem fora do octógono, mas admitem que no início foi um pouco difícil levar essa situação de serem técnicos um do outro. Mas nada que o tempo e a convivência não resolvam, como disse Miesha.
casal Miesha Tate e Bryan Caraway treino MMA (Foto: Adriano Albuquerque / Sportv.com)E Miesha dá o troco: quem mandou mexer com ela? (Foto: Adriano Albuquerque / Sportv.com)
- Pode ser mais duro (criticar o namorado como técnico), mas tivemos de aprender a lidar com isso porque temos um investimento emocional. Às vezes, o Rich (Guerin, técnico de Caraway) me diz "Isso está errado" e eu digo Ok, mas quando ele diz, eu penso "Isso foi rude! Por que você disse isso?" No começo, foi difícil. Tive de aprender a lidar com isso e a vê-lo como meu técnico. E ele tem que aprender a falar um pouco diferente comigo, pois sou sua namorada.
Bryan Caraway e Miesha Tate estão treinando na academia XGym, no Rio de Janeiro, e pretendem passar também em outras equipes durante o período em que estiverem na cidade, como a Nova União, de José Aldo e Renan Barão. Além disso, o brasileiro Diego Brandão, que ficou amigo de Caraway durante o The Ultimate Fighter 14, do qual ambos participaram, convidou o casal para treinar em Manaus, sua terra natal.
Caraway enfrenta Mike Easton
Após duas vitórias em duas lutas no UFC, Bryan Caraway terá nova oportunidade de mostrar suas qualidades no dia 8 de dezembro, no evento que será realizado em Seattle, nos Estados Unidos. Ele foi anunciado nesta terça-feira como substituto de T.J. Dillashaw, que se lesionou, e será o adversário de Mike Easton.

Carwin: 'Roy gosta de falar pelas costas ou quando você não está perto'

Ex-campeão interino peso-pesado do UFC afirma que não vê a hora de dar
um soco na cara do seu técnico rival no TUF 16

Por SporTV.com Rio de Janeiro
12 comentários
Técnicos da atual edição do TUF nos Estados Unidos, Shane Carwin e Roy Nelson não escondem de ninguém que não gostam um do outro. É um daqueles casos em que a rivalidade ultrapassa a barreira da promoção da luta. Nelson sempre fez piadas e destilou ironias que apontavam que Carwin usava anabolizantes. Essas declarações via imprensa ou Twitter irritam bastante o ex-campeão interino do peso-pesado do UFC.
- Roy gosta de falar pelas costas ou quando você não está perto. Assim que você está longe, lá está ele falando sobre você de novo, pelas costas. Ele e eu podemos ser opostos em nossas personalidades e coisas, mas ele é um lutador talentoso. Houve muita animosidade entre nós, e eu não posso esperar para socá-lo na cara - disse Carwin ao canal americano AXS TV.
SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias do mundo do MMA
Montagem Shane Carwin e Roy Nelson - UFC (Foto: editoria de arte / globoesporte.com)Shane Carwin (dir.) e Roy Nelson são os atuais técnicos do TUF (Foto: editoria de arte / globoesporte.com)
Shane Carwin está sem lutar desde junho do ano passado, quando perdeu na decisão dos jurados para Junior Cigano. Ele sofreu uma lesão no joelho e só agora conseguiu se recuperar. Sofrer golpes nas pernas, aliás, é uma das armas para Roy Nelson pode usar no confronto entre ambos, marcado para o dia 15 de dezembro. Mas o gigante não teme as armas do "gordinho".
- Se ele vai mirar o meu joelho, bom para ele. Espero que ele faça isso, porque eu vou nocauteá-lo em seguida - afirmou Carwin.
Até o momento, sete episódios do TUF 16 já foram exibidos. Com a polêmica vitória de Michael Hill sobre Matt Secor no último programa, o duelo ficou empatado por 3 a 3.
UFC - TUF 16 Finale
15 de dezembro de 2012, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL*
Shane Carwin x Roy Nelson
Pat Barry x Shane Del Rosario
Nick Catone vs. T.J. Waldburger**
Vinc Pichel x Rustam Khabilov**
CARD PRELIMINAR*
James Head x Mike Pyle
Hugo Wolverine x Reuben Duran
Marcos Vina x Johnny Bedford
Jonathan Brookins x Dustin Poirier
Tim Elliott x Jared Papazian
* A ordem dos combates ainda não está definida oficialmente
** Os combates ainda não foram anunciados oficialmente

Minotauro e Werdum acertam acordo para serem técnicos do TUF Brasil 2

Pesos-pesados devem se reencontrar sete anos após combate pelo Pride e são os nomes escolhidos para comandar os times de meio-médios no reality

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
142 comentários
Após muito mistério, os dois treinadores da segunda temporada do "The Ultimate Fighter Brasil - Em busca de campeões", com estreia prevista para março de 2013 na TV Globo, estão a poucos detalhes de serem anunciados oficialmente. De acordo com fontes confiáveis, os pesos-pesados Rodrigo Minotauro e Fabrício Werdum já acertaram verbalmente com o Ultimate, faltando apenas resolver pequenas questões contratuais. O reality show de lutas será disputado na categoria peso-meio-médio (até 77,1kg) e dará ao vencedor um contrato com o UFC. Os técnicos se enfrentam no final do programa.
Ainda de forma extraoficial, Werdum confirmou a participação no programa via Twitter.
- Aê, galera. Eu vou ser sim um dos técnicos do TUF contra o Minotauro! Mas não posso dar mais informações até semana que vem! Obrigado a todos! - postou.
Minotauro Werdum (Foto: Montagem sobre Getty Images)Minotauro e Fabrício Werdum: só falta assinar para o TUF Brasil 2 (Foto: Montagem sobre Getty Images)
Os dois nomes vieram como surpresa, após muita especulação e expectativa de que os dois treinadores fossem os pesos-meio-pesados Lyoto Machida e Maurício Shogun, que poderiam fazer um tira-teima após duas lutas entre si, com uma vitória para cada lado. Em vez disso, os fãs de luta estão prestes a receber oficialmente uma revanche entre Minotauro e Werdum, que se enfrentaram nas quartas de final do torneio peso-aberto do Pride, em 2006, com vitória do primeiro por decisão unânime. Posteriormente ao combate, o ex-campeão dos eventos Pride e Rings também conquistou o título interino do UFC, em fevereiro de 2008. Já Werdum passou pelo Strikeforce, onde derrotou Fedor Emelianenko em 2010, encerrando uma invencibilidade de quase dez anos do russo, que venceu duas de três lutas contra Minotauro - a outra foi um "No Contest" ("Luta Sem Resultado"). Ele retornou ao Ultimate em fevereiro e venceu suas duas últimas lutas.
Ambos já passaram por versões do reality show. Minotauro foi treinador na oitava temporada do programa nos EUA, e seu time venceu os torneios de ambas as categorias disputadas (peso-leve e peso-meio-pesado), mas o baiano foi derrotado por Frank Mir na luta entre os técnicos, que resultou na perda do cinturão interino do UFC. Werdum, por sua vez, foi um dos instrutores da equipe de Wanderlei Silva no primeiro TUF Brasil, e o time teve o vencedor na divisão peso-pena (Rony Jason) e ficou com o vice no peso-médio (Serginho Moraes). O próprio Werdum especulou e fez campanha, durante o UFC 147, em junho, por uma participação no reality como técnico contra Minotauro ou contra Junior Cigano, atual campeão dos pesados, que o derrotou em 2008.
A primeira temporada do TUF Brasil, realizada no primeiro semestre deste ano, teve Vitor Belfort e Wanderlei Silva como técnicos. Os vencedores foram Cezar Mutante, entre os médios (até 83,9kg), e Rony Jason, nos penas (até 65,8kg). Vitor e Wanderlei se enfrentariam no UFC 147, em Belo Horizonte, no dia 23 de junho, mas uma lesão na mão do lutador carioca impediu o combate. Com isso, o americano Rich Franklin foi escalado como substituto de última hora e acabou vencendo o "Cachorro Louco" por decisão unânime dos jurados no ginásio Mineirinho.

Minotauro elogia escolha de Werdum para TUF Brasil 2: 'Um cara boa praça'

Peso-pesado elogia evolução do oponente desde primeiro confronto entre os dois, em 2006, e pede que combate aconteça no Rio ou em Salvador

Por Ivan Raupp Rio de Janeiro
Após Fabricio Werdum confirmar, via Twitter, sua participação como treinador na segunda temporada do The Ultimate Fighter Brasil - Em busca de campeões, o peso-pesado Rodrigo Minotauro também assumiu o acerto para ser técnico no reality nesta terça-feira. O ex-campeão interino do UFC, que já participou da versão americana do programa, também como treinador, elogiou a escolha do adversário, a quem já enfrentou em 2006, no Pride, quando venceu por decisão unânime. Ficou aparente que o clima entre os dois será amistoso dentro da casa, mas Minotauro deixou claro que a simpatia acaba dentro do octógono, ao final do programa.
Minotauro Werdum (Foto: Montagem sobre Getty Images)Minotauro: UFC 'acertou em cheio' ao colocar Werdum no TUF Brasil 2 (Foto: Montagem sobre Getty Images)
- O Werdum é um cara boa praça, gente boa, e muito engraçado. Acho que o UFC acertou em cheio ao colocá-lo como treinador, tanto pela parte da promoção do reality show, como pela parte técnica. Ele vem evoluindo demais com os treinos feitos com o Rafael Cordeiro, especialmente na parte em pé, do muay thai, que é o carro-chefe da academia deles. Acontece que eu também evoluí, estou mais forte, com a mão muito mais pesada, habilidosa, e extremamente saudável. O Werdum que se prepare, porque vai pegar um adversário muito motivado e bem treinado. Na luta que fizemos, eu acredito que fui superior até no chão, que é o forte dele, e de lá para cá só cresci. Espero uma nova vitória para me posicionar ainda mais no topo da categoria dos pesos-pesados, onde há tantos anos trabalho - afirmou, em entrevista por e-mail ao GLOBOESPORTE.COM.
Na sua participação na nona temporada do TUF americano, Rodrigo Minotauro se saiu muito bem como treinador, e seu time saiu vitorioso nos torneios das duas categorias disputadas: peso-leve, com Efrain Escudero, e peso-meio-pesado, com Ryan Bader. Na luta com o treinador adversário ao final do programa, porém, o então campeão interino do UFC sofreu sua primeira derrota para o rival Frank Mir, que o nocauteou e tomou seu cinturão. Apesar do resultado, o brasileiro lembra com carinho da experiência e comemora a nova oportunidade.
- Fiquei muito feliz com a confiança que o UFC deposita em mim, me chamando novamente para ser técnico do TUF Brasil. É incrível que estejamos vivendo um momento como esse do esporte no Brasil. Fui técnico de uma edição americana e pude ver que o reality show é muito grande e popular lá, e o mesmo aconteceu no nosso país com a primeira edição. Fiquei sabendo através do Joinha ontem (segunda) à noite e não podia falar nem com amigos, o que me deixou um pouco agoniado (risos). Essa é uma notícia tão fantástica que eu gostaria que todos soubessem o quanto antes.
SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias do MMA
As filmagens começam em janeiro de 2013 e Minotauro já cogita escalar Eric Albarracin, Everaldo Penco, Ramon Lemos e Luiz Dórea como treinadores auxiliares para sua equipe no reality. O combate com Werdum ainda não tem data nem local definidos, mas o baiano torce para que uma de suas duas casas seja escolhida: Rio de Janeiro ou Salvador.
- Eu gostaria que a luta fosse no Rio de Janeiro, gosto muito de lutar aqui, ou no estádio da Fonte Nova, onde eles querem fazer um evento também. A Arena Fonte Nova que estão fazendo vai ser excelente. E a arena do Rio é minha arena da sorte - disse Minotauro, em vídeo publicado em seu site oficial, "Chave de Braço".

'Corinthians' inglês reforça torcida do Timão e revela freguesia do Chelsea

Antes mesmo da fusão com Casuals, clube bateu os Blues duas vezes. Torcedor fanático já viveu experiência no Brasil e vai para o Mundial

Por Cahê Mota Direto de Londres
80 comentários
Robert Cavalini - Relações públicas do Corinthian Casuals (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)Robert Cavalini, Relações públicas do Corinthian
Casuals (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)
Para um, vencer o Chelsea já foi algo “normal”. Para o outro, pode ser a consagração máxima. Para um, voltar a jogar com o Chelsea é uma utopia. Para o outro, uma tendência, que pode ser confirmada em 16 de dezembro. Faltando pouco mais de um mês para o início do Mundial de Clubes, as histórias de Corinthian-Casuals e Sport Club Corinthians Paulista voltam a se cruzar em coincidências responsáveis não somente por um sotaque inglês na torcida brasileira que invadirá o Japão, mas também bons fluídos através de um fato: os Blues são fregueses do “Timão”.
Tudo bem que as estatísticas são a favor da filial. Ou melhor, da “matriz”, afinal foram os ingleses, em visita ao Brasil, em 1910, os responsáveis pelo batismo daquele que se tornaria um dos maiores clubes do país. Mas a verdade é que o Chelsea já sofreu na mão dos corintianos. Em 1905, ainda recém-fundados, e em 1923, os Blues foram derrotados em duas oportunidades (1 a 0 e 2 a 1) pelo Corinthian, o original, antes mesmo da fusão com o Casuals, outro clube do Sudoeste de Londres, em 1939.
O tempo passou, o Chelsea cresceu e virou milionário com a fortuna do russo Roman Abramovich. Mais do que isso, virou grande, enquanto o Corithian nunca quis deixar sua origem amadora, e segue sendo a diversão de poucas centenas de fiéis que se espremem no acanhado estádio King George para torcer em jogos da oitava divisão inglesa. A possibilidade de reencontro com os Blues, no entanto, empolga, mesmo que o confronto seja com os co-irmãos brasileiros.
- Odeio o Chelsea. Eles são como o São Paulo no Brasil. Mesmo antes de terem dinheiro, eles sempre foram arrogantes, prepotentes, são coisas que não me agradam. Antigamente, também eram muito violentos, com hooligans, eram um grande problema. Quase ninguém gostava deles. Não tem nada a ver com futebol, mas é o tipo de coisa que não gosto – disse Robert Cavalini, relações públicas do clube inglês e corintiano fanático. Seja no Brasil ou na Inglaterra.
Galeria, Corinthian Casuals (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
"Gringo" vai para o Japão atrás do Timão
Casado com uma brasileira, Cavalini descobriu o Corinthian-Casuals após apresentação na faculdade e de cara se apaixonou. Se aproximou do clube, pesquisou, escreveu um livro – onde descobriu o histórico contra o Chelsea – e viajou ao Brasil para amistoso com o xará brasileiro em 2001. Foi quando iniciou uma relação de bigamia confessa.
- Tinha ouvido falar na universidade da história entre os dois clubes quando descobri o Corinthian-Casuals. Em 2001, fui ao Brasil pela primeira vez e foi incrível. Desde então, voltei todos os anos para ver o Corinthians jogar, torcer e tentar desenvolver a relação entre os dois clubes.
As visitas que eram anuais ganharam um novo capítulo em 2010, quando Robert decidiu passar todo o centenário atrás do Timão. Fosse dentro ou fora de casa, lá estava o inglês, no meio da organizada mais famosa do clube, torcendo e cantando com sotaque: “Aqui tem um bando de louco...”.
- A experiência como um todo foi muito divertida. Eu amo futebol, amo assistir aos jogos, e também a sensação de não saber nunca o que ia acontecer nas viagens... Uma partida marcante foi contra o Independiente, em Bogotá. Empatamos por 1 a 1, com um gol de Dentinho faltando cinco minutos para o fim. Tive problemas para conseguir ingressos e acabei com um amigo na torcida rival. Quando eles marcaram, ficamos quietos, mas quando o Corinthians empatou vibramos. Eu e meu amigo ficamos tensos, olhamos em volta, cerca de cinco mil torcedores nos olhavam sem entender, mas felizmente nada aconteceu.
Troféu Amistoso contra o Corinthians em 1988 (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)Troféu Amistoso contra o Corinthians em 1988 (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)
Branco, loiro e com poucas palavras em português no vocabulário, Cavalini virou atração no grupo e logo ganhou um apelido óbvio: Gringo. Apelido esse que até batizou o livro “Oi, Gringo!”, onde o inglês relatou para os corintianos do Sudoeste de Londres sua experiência seguindo o “filho” que cresceu muito mais que o pai.
E engana-se quem pensa que esta foi apenas uma aventura de um estrangeiro. Rob Cavalini se sente parte da fiel mesmo. Tanto que já tem passagem e ingressos comprados para acompanhar o Corinthians no Japão. Aí, sim, entra a vontade dobrada de vencer. Afinal, voltar para casa e tirar um sarro dos torcedores do Chelsea não seria nada mal. O inglês, por sinal, reforça a teoria de que os Blues não estão muito preocupados com a competição, e acha que isso pode acabar sendo bom para o Timão.
- Eles não sabem muito do futebol brasileiro. Sabem que o Corinthians é um dos grandes, até pelo fato de Tevez e Mascherano terem jogado lá, assim como André Santos, Ronaldo... Para muitos, o Mundial é mais uma oportunidade de ganhar dinheiro. Eles não dão muita importância, mas acham que vão ganhar. Até por olharem pelo que aconteceu com o Santos contra o Barcelona, mesmo com Neymar. Viram um time ser destruído, mas não é o que vai acontecer esse ano. Acho que isso pode acabar sendo bom, porque o Chelsea pode não dar ao Corinthians o respeito que merece.
Entrada do estádio King George, Corinthian (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)Entrada do estádio King George, humilde casa do Corinthians Inglês (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)
Tatuagem do Chelsea e bandeira do Timão
A relação entre corintianos ingleses e brasileiros é responsável não somente por histórias de admiração e paixão, mas também por capítulos inusitados. Como, por exemplo, o fato de um dos torcedores mais assíduos do clube inglês ser fanático também pelo Chelsea, ao ponto de carregar tatuagens do clube azul pelo corpo. O detalhe é que, a cada jogo do Corinthian-Casuals, Roger Stringer leva consigo também uma bandeira do clube paulista, presente de brasileiros que vivem em Londres.
Roger Stringer, torcedor do Chelsea e do Corinthians (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)Roger Stringer, torcedor do Chelsea e do
Corinthians (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)
Entre gritos de “Coriiiiiinssian” (com sotaque inglês carregado, onde o “th” faz som de “s”), Roger comentou o possível encontro de 16 de dezembro. Sincero, não falou em coração dividido. Deixou claro que o Chelsea vem em primeiro lugar, mas não se importa em caso de conquista brasileira no Japão por não colocar o Mundial entre suas prioridades.
- Sinceramente, ninguém se importa. Já perdemos a Supercopa por 4 a 1 para o Atlético de Madri e foi assim. Estamos no topo da Premier League, tivemos conquistas na temporada passada. Sou torcedor do Chelsea, mas também do Corinthian-Casuals. Então, se os brasileiros ganharem, não tem problema para mim. Espero que seja um jogo justo. Por toda relação histórica, gosto também do Corinthians. Inclusive, trago para todos os jogos esta bandeira que ganhei de um amigo brasileiro.
Ao seu lado, Dennis Deadman demonstrou mais entusiasmo ao vestir a camisa alvinegra numa provável final do Mundial.
- Sei que formamos um clube no Brasil, mas se chama Paulista. E vou torcer por eles no fim do ano. Até por ser torcedor também do Arsenal. Se o Corinthians ganhar do Chelsea, nosso Corinthian se sentirá também poderoso. É uma questão de história, como se tivéssemos dado a luz a essa criança.
Bar do estádio King George, Corinthian (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)Bar do estádio King George, casa do Corinthians Inglês (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)
Lembranças de Sócrates e amistoso em 1988
Com realidade modesta, o Corinthian-Casuals não esconde o orgulho de um passado que mantém vivo em recordações expostas no bar do estádio e na presença de ex-jogadores como funcionários. Desses, dois estiveram no Brasil em 1988 para amistoso no Pacaembu contra o Timão. Responsável pela súmula das partidas, David Harrison tem uma lembrança especial da derrota por 1 a 0.
- Minha maior recordação é do Sócrates jogando conosco por 20 minutos. Pedimos isso a ele antes do jogo e foi fantástico, uma grande honra.
Seu ex-companheiro, Tom Slade, fez coro e relembrou momentos daquela tarde de 5 de junho.
Tudo que o Corinthians conquista nos faz olhar para o passado e sentir muito orgulho"
David Harrison, ex-jogador do Casuals
- Foi incrível jogar em um grande estádio, um dos melhores do mundo. Os torcedores brasileiros foram fantásticos, cantaram músicas, tocaram tambores... Isso tudo tornou um ambiente muito empolgante. O Corinthians tinha jogadores habilidosos, da Seleção Brasileira, e o Sócrates decidiu com um gol, mas para o lado brasileiro.
A dupla também reforçará a torcida caso Timão e Blues realmente decidam o Mundial, como garantiu Harrison.
- Tudo que o Corinthians conquista nos faz olhar para o passado e sentir muito orgulho. Agora, vamos torcer por eles no Mundial, não iríamos torcer para o Chelsea, né? (risos)
A expectativa é de que apaixonados pelo Corinthian-Casuals se reúnam no bar do King George na manhã de domingo, 16 de dezembro, ao lado de brasileiros para acompanhar a partida. Em Tolworth, no Sudoeste de Londres, o azul, cor predominante do estádio, não tem nada a ver com Chelsea. Definitivamente.

STJD determina que CBF não some os pontos do Inter sobre o Palmeiras

Após pedido de impugnação feito pelo Verdão, tribunal solicita que o jogo fique 'suspenso' até que o julgamento seja realizado, dia 8 de novembro

Por Diego Ribeiro São Paulo
987 comentários
O STJD pediu à CBF que os pontos da vitória do Internacional por 2 a 1 sobre o Palmeiras, sábado passado, no Beira-Rio, não sejam computados na tabela do Campeonato Brasileiro. O Verdão entrou com pedido de impugnação da partida depois de suspeitar que um gol de mão de Barcos foi anulado pelo árbitro Francisco Carlos Nascimento com a ajuda de recurso eletrônico – algo proibido pela Fifa. O tribunal solicitou que o jogo fique “suspenso” até que o julgamento seja realizado, dia 8 de novembro.
Inter e Palmeiras já foram notificados da decisão e podem se manifestar nos próximos dias. O procedimento é normal e ocorre sempre que um time pede a anulação da partida. Os pontos não são computados enquanto o pedido não é julgado. As duas partes acataram a decisão do STJD.
Hoje parece que o árbitro e o quarto árbitro são criminosos. Quem agiu de forma torpe e indigna foi o atleta do Palmeiras (Barcos). Ele não vai ser denunciado? O Inter pediu para serem averiguadas as atitudes do Barcos"
Daniel Cravo de Souza, advogado do Inter
Com isso, o Colorado passa a ter apenas 48 pontos na tabela, e não 51, número que atingiu depois da vitória do último sábado. A CBF ainda vai divulgar a tabela com a nova pontuação. O autor do despacho foi Flávio Zveiter, filho de Luiz Zveiter, ex-comandante do STJD.
Pelo lado alviverde, o diretor jurídico Piraci Oliveira informou que o Palmeiras vai continuar lutando por aquilo que acha correto: a anulação da partida por causa de um suposto erro de direito da arbitragem. O pedido de impugnação do jogo foi enviado à CBF na noite de segunda-feira.
 - O Palmeiras foi informado que os pontos não serão contabilizados até o julgamento. É um procedimento normal e de extremo bom senso. Vamos aguardar, e esperamos que a partida seja anulada - disse Piraci.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes de Porto Alegre, Daniel Cravo de Souza, advogado do Inter, explicou qual será a postura do clube gaúcho:
- Ainda não são definitivos os pontos do Inter conquistados no sábado. É o que a lei determina. Ela não deixa de homologar os resultados. Nós precisamos apresentar nossa manifestação, nossa defesa, até quinta-feira.  
A bronca do Palmeiras é de que Francisco Carlos Nascimento teria sido avisado pelo quarto árbitro, Jean Pierre Gonçalves Lima, depois que este ouviu do delegado da partida, Gerson Baluta, que o gol foi com a mão - o que fere a regra do esporte, já que Baluta não faz parte da arbitragem. A defesa do Inter refuta essa acusação.
- A decisão do árbitro partiu de uma informação citada do quarto árbitro, o Jean Pierre. O Palmeiras diz que alguém viu na TV e avisou o delegado, que chegou ao quarto árbitro, para ocorrer o convencimento. O Inter é parte porque estão querendo tomar os pontos do Inter. Hoje parece que o árbitro e o Jean Pierre são criminosos. Quem agiu de forma torpe e indigna foi o atleta do Palmeiras (Barcos). Ele comemorou e reclamou do árbitro. O Henrique deu um tapa na cara do D’Alessandro e ninguém falou nada. O Palmeiras montou uma coletiva na segunda para o Barcos, que assumiu que colocou a mão na bola. Ele não vai ser denunciado? O Inter pediu para serem averiguadas as atitudes do Barcos - disse o advogado colorado.
barcos Internacional X Palmeiras (Foto: Renan Olaz/Futura Press/Agência Estado)Barcos toca com a mão para o gol (Foto: Renan Olaz/Futura Press/Agência Estado)