domingo, 7 de dezembro de 2014

Fillipe Soutto JoinvilleTerminado o Campeonato Brasileiro de 2014, ficou desenhado o mapa da Série A para a próxima temporada. E o cenário é cada vez mais polarizado entre as regiões Sudeste e Sul, que terão - juntos - 18 dos 20 representantes da competição no ano que vem. Os sulistas perderam o rebaixado Criciúma, mas ganharam a presença de outros dois clubes catarinenses na elite do futebol brasileiro. Joinville (foto) e Avaí subiram para a divisão principal. 

Com os "reforços", a Região Sul terá oito clubes na Primeira Divisão de 2015. Além dos dois já citados, Chapecoense e Figueirense também representam Santa Catarina. A dupla Gre-Nal mantém firme a bandeira do Rio Grande do Sul na elite. E os paranaenses têm os rivais Atlético-PR e Coritiba, mantidos na Série A. 

O Sudeste, muito forte no futebol brasileiro, também terá uma equipe a mais no Brasileirão do ano que vem. Apesar da perda do Botafogo, que também caiu para a Série B, a região ganhou a representatividade de Ponte Preta e Vasco. Assim sendo, serão dez clubes do Sudeste em 2015, exatamente metade dos que disputam a competição. Na era dos pontos corridos e com 20 clubes, o que ocorre desde 2006, a Região Sudeste chegou a ter 12 equipes em 2010 e 2012. 

Ao contrário de Sudeste e Sul, o Nordeste não tem motivos para se vangloriar. Dos três clubes que estavam na Primeira Divisão, somente o Sport conseguiu manter o seu lugar. Os rivais Vitória e Bahia foram derrotados neste domingo e vão juntos para a Série B, deixando o estado da Bahia sem representantes no principal campeonato do país. Desde 2005, os nordestinos não tinham número tão baixo de equipes na Série A. 

O Centro-Oeste manteve o Goiás como único clube na elite e o Norte segue sem um time em evidência desde 2005, quando o Paysandu esteve na Série A pela última vez.

Info TIMES do Brasileirao 2015 por regiao





Na divisão por estados, quem está na crista da onda é Santa Catarina. Os catarinenses terão quatro representantes e só perdem neste quesito para São Paulo, com cinco clubes na Série A de 2015. O Rio de Janeiro se manteve com três, com a "troca" de posições entre Botafogo e Vasco. No fim das contas, apenas oito estados terão ao menos um time para torcer no próximo Campeonato Brasileiro.

Veja como foi a divisão de clubes por regiões desde 2003, quando teve início a era dos pontos corridos:

2014
Centro-Oeste - 1 (5%)
Nordeste - 3 (15%)
Norte - 0 (0%)
Sudeste - 9 (45%)
Sul - 7 (35%)

2013
Centro-Oeste - 1 (5%)
Nordeste - 3 (15%)
Norte - 0 (0%)
Sudeste - 11 (55%)
Sul - 5 (25%)

2012
Centro-Oeste - 1 (5%)
Nordeste - 3 (15%)
Norte - 0 (0%)
Sudeste - 12 (60%)
Sul - 4 (20%)

2011
Centro-Oeste - 1 (5%)
Nordeste - 2 (10%)
Norte - 0 (0%)
Sudeste - 11 (55%)
Sul - 6 (30%)

2010
Centro-Oeste - 2 (10%)
Nordeste - 2 (10%)
Norte - 0 (0%)
Sudeste - 12 (60%)
Sul - 4 (20%)

2009
Centro-Oeste - 1 (5%)
Nordeste - 3 (15%)
Norte - 0 (0%)
Sudeste - 11 (55%)
Sul - 5 (25%)

2008
Centro-Oeste - 1 (5%)
Nordeste - 3 (15%)
Norte - 0 (0%)
Sudeste - 11 (55%)
Sul - 5 (25%)

2007
Centro-Oeste - 1 (5%)
Nordeste - 3 (15%)
Norte - 0 (0%)
Sudeste - 10 (50%)
Sul - 6 (30%)

2006
Centro-Oeste - 1 (5%)
Nordeste - 2 (10%)
Norte - 0 (0%)
Sudeste - 11 (55%)
Sul - 6 (30%)

2005
Centro-Oeste - 2 (9%)
Nordeste - 1 (4,5%)
Norte - 1 (4,5%)
Sudeste - 12 (54,5%)
Sul - 6 (27,2%)

2004
Centro-Oeste - 1 (4,2%)
Nordeste - 1 (4,2%)
Norte - 1 (4,2%)
Sudeste - 13 (54,1%)
Sul - 8 (33,3%)

2003
Centro-Oeste - 1 (4,2%)
Nordeste - 3 (12,5%)
Norte - 1 (4,2%)
Sudeste - 11 (45,8%)
Sul - 8 (33,3%)

Raquel Pennington mostra corte profundo na testa após vitória no UFC 181


dom, 07/12/14
por ultimmato |
categoria UFC
A peso-galo Raquel Pennington venceu sua luta no UFC 181 por finalização a um segundo do fim do primeiro round contra Ashlee Evans-Smith. Mas, mesmo com a vitória, a lutadora não se livrou de um ferimento profundo na testa.
Confira a imagem:
raquel

Zebra, brasileira de apenas 21 anos finaliza rival e é campeã no Invicta

Herica Tiburcio vai para cima de rival e aplica guilhotina na favorita Michele Watterson. Ela é a nova detentora do cinturão peso-átomo do evento

Por Houston, Estados Unidos
Herica Tiburcio não se intimidou e passou por cima da pressão. Com apenas 21 anos, a jovem lutadora brasileira surpreendeu a todos e venceu a oponente americana Michele Watterson com uma finalização surpreendente. Com o triunfo, ela faturou o cinturão peso-átomo (até 48kg) do Invicta FC.
O combate foi realizado em Houston, nos Estados Unidos. Watterson era considerada favorita, mas acabou perdendo em uma guilhotina aplicada pela brasileira, que lutou de forma muito agressiva, no terceiro round. Esta foi a quarta vitória consecutiva de Herica, que tem um cartel com nove triunfos e duas derrotas. A americana, por sua vez, sofreu o quarto revés de sua carreira, que conta com 12 vitórias.
Herica Tiburcio, INVICTA FC MMA (Foto: Divulgação)Herica Tiburcio celebra triunfo após finalizar (Foto: Divulgação)
Através das redes sociais, Herica celebrou muito seu feito e disse que a conquista do cinturão foi a realização de mais um sonho em sua ainda precoce e promissora carreira.
- O cinturão é nosso Brasil. Bom, a felicidade é tão grande que não cabe dentro do peito. Gritei muito e todos viram. Realização de um sonho, não sei como explicar tanta felicidade. Quero muito agradecer a Deus por essa vitória. Sem ele, nada disso seria possível - virbrou.

Lawler não descarta trilogia: "Quem sabe podemos lutar novamente"

Novo campeão dos meio-médios do Ultimate enalteceu Johny Hendricks, com quem fez um confronto equilibrado pela segunda vez na carreira

Por Las Vegas, EUA
UFC 181 (Foto: Getty Images)Robbie Lawler sorri durante a coletiva após o UFC 181
(Foto: Evelyn Rodrigues)
Johny Hendricks e Robbie Lawler já lutaram duas vezes, com uma vitória para cada lado. E uma trilogia entre os lutadores é algo possível de acontecer - ainda que não haja qualquer tipo de previsão. "Ruthless", que tomou o cinturão dos meio-médios do adversário após vitória por decisão dividida no UFC 181, não descarta a possibilidade de um reencontro com o adversário.
- Johny é um grande lutador. Que luta! Foi muito equilibrada, e poderia ir para qualquer um dos dois lados. Felizmente para mim ela aconteceu da forma que eu imaginei que seria. Isso é o que acontece quando temos dois caras duros lutando. Quem sabe podemos lutar novamente. Significa muito ser o campeão pelas pessoas que estão à minha volta. Essa vitória é deles também - declarou o atleta da American Top Team, na coletiva de imprensa pós-evento, complementando.
- Eu só pensava que teria que finalizar a luta no quinto round. Ele conseguiu algumas derrubadas e poderia ter alguma vantagem na pontuação.
Questionado sobre um possível duelo com Rory MacDonald - que vem de três triunfos seguidos -, Lawler desconversou e optou pelo discurso de que quem manda no casamento das lutas é a organização.
- Vou esperar o que Dana White e Joe Silva decidirão para mim, mas agora quero passar algumas semanas apenas com a minha família. Mal posso esperar para voltar para perto dela. É muito desgastante passar por um camp para disputar o cinturão.

Ao lado de chefe francês, Zé Aldo ensina receita de "Macarrão Atômico"

Lutador de MMA é o primeiro convidado do novo quadro do Esporte Espetacular e mostra prato de macarrão que costuma comer depois das pesagens

Por Rio de Janeiro

Tande é o fio condutor do primeiro episódio do "Receita de Craque" novo quadro do Esporte Espetacular. Ele apresentou o campeão dos pesos-pena José Aldo a Olivier Cozan, chefe de cozinha francês e maratonista amador. Com as dicas de Cozan, o lutador amazonense incrementou sua receita de massa, que come sempre após as pesagens. Durante o preparo da receita, Aldo ainda teve tempo de alfinetar Frankie Edgar, a quem já venceu e que disse recentemente que desejaria uma revanche contra o manaura. (veja o vídeo em instantes)
Quer aprender a fazer? Só anotar tudinho e mãos na massa!
INGREDIENTES:
MACARRÃO ATÔMICO
500 g DE ESPAGUETE
½  kg DE CARNE MOÍDA
250 g de TOMATE CEREJA
1 LATA DE MOLHO DE TOMATE
1 CEBOLA PICADA
3 CABEÇAS DE ALHO PICADOS
3 COLHERES DE SOPA DE AZEITE
TOMILHO, CURRY, MANJERICÃO, SALSA E CEBOLINHA A GOSTO
QUEIJO PARMESÃO
SAL  E PIMENTA DO REINO
PREPARO:
Refogue a cebola e o alho. Coloque o tomate cereja e 3 min depois, coloque o molho de tomate. Mexa em fogo médio até ferver. Acrescente o manjericão e separe.
MASSA:
Cozinhe o espaguete por 12 min em 3L de agua.
CARNE:
Em outra panela refogue a carne no azeite. Acrescente sal  e pimenta do reino .
Quando a carne estiver pronta  acrescente o molho. E logo em seguida coloque sobre o macarrão ainda quente.
Tande, José Aldo, receita de craque (Foto: Tatiana Pansini)Tande, José Aldo, receita de craque (Foto: Tatiana Pansini)
Tande, José Aldo, receita de craque (Foto: Tatiana Pansini)Tande, José Aldo, receita de craque (Foto: Tatiana Pansini)



Tande, José Aldo, receita de craque (Foto: Tatiana Pansini)Tande, José Aldo, receita de craque (Foto: Tatiana Pansini)








Tande, José Aldo e Oliver Cosan, receita de craque (Foto: Tatiana Pansini)Tande, José Aldo e Oliver Cosan, receita de craque (Foto: Tatiana Pansini)

Urijah Faber finaliza Francisco Rivera após acertar o dedo no olho do rival

Veterano conquista de forma controversa a sua 14ª vitória por nocaute ou finalização no WEC e no UFC, empatando o recorde de Anderson Silva

Por Las Vegas, EUA
Não foi da forma que Urijah Faber esperava a conquista da 14ª vitória por finalização ou nocaute no WEC e no UFC, igualando contra Francisco Rivera o recorde de Anderson Silva. Após o seu dedo acertar o olho esquerdo do rival, o "California Kid" aproveitou a desconcentração de Rivera e aplicou um estrangulamento a 1m34s do segundo round, conquistando sua oitava vitória no UFC e a 32ª na carreira, em 39 duelos. Já Rivera sofreu sua quarta derrota em 15 lutas como profissional.

- Eu acabei de ver o replay e vi que meu dedo entrou no olho dele. Não era a minha intenção, e parabenizo Francisco pela luta, que estava muito boa. Me sinto mal por ele, já passei por momentos difíceis assim. É uma infelicidade o que aconteceu - disse Faber, sob vaias dos presentes ao Mandalay Bay.
Urijah Faber x Francisco Rivera, UFC 181 (Foto: Getty Images)Urijah Faber finaliza Francisco Rivera no segundo round do UFC 181 com uma gravata (Foto: Getty Images)
A luta começou com muita movimentação dos dois lutadores, e Faber tomando a iniciativa da luta. Rivera atuava no contra-ataque, e bloqueava os ataques do veterano. Os dois atletas demoravam a encontrar a distância e Rivera, que se mostrava muito sólido e tranquilo, acertava mais golpes em Faber, que encontrava dificuldade para acertar o rival.
Urijah Faber x Francisco Rivera, UFC 181 (Foto: Getty Images)Rivera sente o olho tocado por Faber (Foto: Getty Images)
No segundo round, após um começo idêntico ao do primeiro round, Faber acertou o dedo indicador da mão esquerda no olho esquerdo de Rivera, que sentiu muito e não conseguiu mais se estabilizar na luta. Faber aproveitou a desconcentração do rival e foi para cima de Rivera, aplicando um estrangulamento e conseguindo que a luta fosse interrompida pelo árbitro Mario Yamasaki, que não considerou o toque ilegal, ou intencional.

Confira as demais lutas do card preliminar do UFC 181:
Josh Samman nocauteia Eddie Gordon com chute alto espetacular
O peso-médio Josh Samman tentou muito, e finalmente conseguiu aplicar um nocaute com um chute alto sensacional em Eddie Gordon, vencendo o penúltimo duelo do card preliminar do UFC 181 a 3m08s do segundo round. Esta foi a 11ª vitória de Samman em 13 lutas na carreira, e a segunda no UFC. Já Eddie Gordon sofreu a segunda derrota em nove lutas como profissional.
- Quase desisti da luta em alguns momentos, mas consegui conquistar o nocaute com aquele chute. Desde que eu cheguei a Las Vegas, sabia que venceria essa luta. Muita gente não sabe o que eu e minha família passamos até chegar aqui. Eu treinei isso muitas vezes, e meu treinador me disse para acertar esse chute de esquerda. Virei canhoto por causa dele. Joe Silva, eu quero os US$ 50 mil por essa luta. Esse dinheiro vai mudar a minha vida - disse Samman após o combate.
Eddie Gordon x Josh Samman, UFC 181 (Foto: Getty Images)Josh Samman acerta o chute alto que nocauteou Eddie Gordon no UFC 181 (Foto: Getty Images)


A luta começou com Gordon bloqueando um chute de Samman logo no início, e a luta foi para a grade. Afastado por Gordon, Samman foi novamente para cima e, após uma joelhada na região genital do rival, tentou uma derrubada, mas sofreu o contragolpe e foi derrubado com as costas no chão, com Gordon por cima. Os dois  amarraram o combate no chão e foram ordenados a se levantar. Novamente em pé, Samman tentou dois chutes altos seguidos, e em ambas as vezes sofreu o contra-ataque com cruzados de direita. Mais ativo no duelo, Gordon levou a disputa para o chão e se manteve por cima até o intervalo.
No segundo round, após mais uma vez tentar o chute alto e sofrer um cruzado de direita, Samman mudou a estratégia e chutou as pernas de Gordon, desequilibrando-o e buscando as suas costas, mas conseguiu livrar-se da posição e, mais uma vez, ficou por cima no chão. A luta foi interrompida e, na volta, Samman finalmente encaixou o chute alto de esquerda em cheio na cabeça de Gordon, conseguindo o nocaute e comemorando muito a vitória, conquistada no aniversário de morte de sua namorada.

Corey Anderson vence Justin Jones por pontos em luta morna
Em uma luta pouco movimentada e sem muita emoção, o peso-meio-pesado Corey Anderson, campeão do TUF 19, venceu Justin Jones - que originalmente é peso-médio e aceitou o combate com apenas 20 dias de antecedência - por decisão unânime dos juízes (30-27, 30-27 e 30-26). Esta foi a quinta vitória do invicto Anderson na carreira, e também a primeira derrota do até então invicto Jones em quatro lutas como profissional.
Corey Anderson x Justin Jones, UFC (Foto: Josh Hedges / Getty Images)Corey Anderson venceu uma luta monótona contra Justin Jones no UFC 181 (Foto: Getty Images)


A luta começou com os dois lutadores se mantendo no centro do octógono, e Anderson aplicando chutes baixos e joelhadas quando a luta foi para a grade. Juston Jones respondia com uma sequência de diretos, que pararam nas luvas de Anderson. O campeão do TUF 19 buscou a derrubada levantando Jones, mas este buscou o pescoço e tentou aplicar a guilhotina, que não deu certo. A luta voltou a ser disputada em pé, e Anderson tentou novamente a derrubada, e mais uma vez foi mal-sucedido. A 30s do intervalo, Anderson ficou por cima no chão e se manteve ali até o fim do round.
No segundo round, de volta à grade, Corey Anderson passou a dominar com mais clareza a luta, aplicando boas joelhadas e, com o clinche do muay thai, mantinha Justin Jones sob controle. Após quase três minuto nesta posição, Jones livrou-se e voltou a lutar no meio do octógono, mas aparentava estar cansado, e não atacava como antes. A 15s do fim do round, Anderson derrubou Jones com muita força e terminou o round por cima no chão.
No terceiro round, mesmo precisando de um nocaute ou uma finalização, Justin Jones mantinha a movimentação e os ataques menos efetivos do que se esperava. Corey Anderson mostrou força ao levantar o rival e andar com ele nos ombros para tentar derrubá-lo, mas acabou perdendo a força e os dois caíram. Mais inteiro fisicamente, Anderson dominava Jones no chão, mas não era contundente. A luta tinha seu ritmo diminuído drasticamente, e os lutadores se mantinham na grade, com Anderson novamente derrubando Jones e se mantendo por cima no chão até o fim do tempo regulamentar.
Raquel Pennington apaga Ashlee Evans-Smith no último segundo do primeiro round
Com um estrangulamento no último segundo do primeiro round, a peso-galo Raquel Pennington apagou e finalizou a estreante - e até então invicta em três lutas - Ashlee Evans-Smith aos 4m59s do primeiro round, conquistando a quinta vitória em nove lutas na carreira, e a segunda vitória em três lutas no UFC.
- Eu sabia que tinha poucos segundos para agir, e cada segundo aqui dentro importa. Tive que ser um pouco bruta ali, e é isso que eu treino, porque se eu não fizer, farão comigo. Sabemos que ela é uma boa lutadora, e é assim que temos que entrar aqui, dispostas a tudo para vencer - disse Raquel Pennington após a luta.
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UFC 181 - Raquel Pennington e Ashlee-Evans Smith (Foto: Robert Laberge / Getty Images)Raquel Pennington apagou Ashlee-Evans Smith no último segundo do primeiro round (Foto: Getty Images)
A luta começou com as duas lutadoras na grade, até que Evans-Smith conseguisse a derrubada, ficando por cima no solo. Oriunda do wrestling, ela não dava espaço para Pennington tentar se levantar. Após ver a rival escalar a guarda para tentar a aplicação de um triângulo, Evans-Smith ergueu Pennington e a jogou no chão, dando-lhe a chance de levantar-se. A luta voltou para a grade, e as duas passaram a se golpear seguidamente. Sangrando muito por ter um ferimento na testa, Raquel Pennington aplicava o clinche do muay thai na rival para limitar a sua movimentação, e a derrubou, dominando suas costas e, nos últimos segundos, aplicando um estrangulamento que fez Evans-Smith apagar no momento em que soou o fim do round, o que determinou que o combate estava encerrado no último segundo do round.
O árbitro não havia assinalado o fim da luta, mas como Evans-Smith não se levantava, a luta foi encerrada e Pennington foi declarada a vencedora por fnalização.
Sergio Pettis supera knockdown e vence Matt Hobar por unanimidade
O peso-galo Sergio Pettis, irmão do campeão dos pesos-leves do UFC, Anthony Pettis, superou um começo desfavorável, no qual sofreu um knockdown com segundos de luta e conseguiu sua terceira vitória no UFC ao derrotar Matt Hobar por decisão unânime dos juízes (29-28, 29-28 e 30-27), chegando ao 12º triunfo em 13 lutas como profissional. Já Hobar sofreu a terceira derrota em 12 lutas na carreira.
- Devagar eu fui conquistando o meu espaço no UFC. Tenho 21 anos e muito a melhorar ainda. Agradeço a Dana White as oportunidades que venho tendo - disse Pettis após a luta.
UFC 181 - Sergio Pettis x Matt Hobar (Foto: Josh Hedges / Getty Images)Sergio Pettis dominou Matt Hobar completamente e venceu por decisão unânime (Foto: Getty Images)
A luta começou com Pettis sofrendo um knockdown após um cruzado de esquerda de Hobar aos 20s de luta, levantando-se rapidamente e contragolpeando com uma direita, absorvida pelo rival. A luta foi para o chão, e Hobar ficou por cima, mas Pettis evitou o ground and pound usando as pernas. Após sofrer uma pedalada, Hobar caiu na posição de 100kg, mas não conseguiu usar a vantagem da guarda passada e permitiu que Pettis se levantasse e voltasse a lutar em pé. Totalmente recuperado e aproveitando os golpes que deu em Hobar, Pettis se mostrava mais efetivo, mas terminou o round em desvantagem no chão.
Sergio Pettis voltou para o segundo round muito melhor, agredindo Hobar de todas as formas, com chutes altos, cruzados e diretos, fazendo o rival buscar o chão para se proteger. Pettis mantinha a pressão, não dando qualquer chance de reação a Hobar. Na metade do round, de volta à luta em pé, Pettis controlava o combate e mantinha o rival à distância com chutes na linha de cintura e cruzados de direita. Hobar conseguiu bloquear um chute de direita e derrubar o adversário, ficando por cima no chão. Pettis manteve a guarda agressiva, golpeando mesmo por baixo até o intervalo.
No terceiro round, com ampla vantagem no combate, Sergio Pettis aumentou a movimentação e diminuiu a agressividade, deixando para Matt Hobar a responsabilidade de tomar a iniciativa do combate. Lutando com inteligência, Pettis mantinha Hobar à distância, evitando as derrubadas, que haviam sido efetivas nos rounds anteriores. A um minuto do fim da luta Hobar buscou um double leg, que foi defendido, e a luta se manteve em pé até o fim.

Clay Collard abre o card preliminar com vitória sobre Alex White
Na luta de abertura do evento, o peso-pena Clay Collard venceu Alex White por decisão unânime dos juízes (triplo 29-28), recuperando-se da derrota em sua estreia no UFC para Max Holloway e somando a 14ª vitória em 20 lutas na carreira. Já Alex White sofreu a segunda derrota seguida no UFC e na carreira - estreou com derrota para Lucas Mineiro - em 12 lutas.
- Eu amo lutar no UFC, é um sonho que se realiza, por estar um nível acima dos outros. O triângulo é a minha finalização preferida, já botei alguns caras para dormir, mas infelizmente ele conseguiu sair - disse Collard depois da luta.
UFC 181 - Alex White x Clay Collard (Foto: Robert Laberge / Getty Images)Clay Collard abriu o card preliminar do UFC 181 com vitória por pontos sobre Alex White (Foto: Getty Images)
A luta começou com os dois lutadores buscando os chutes no centro do octógono, e Collard levando a luta para a grade. White não se deixou clinchar e voltou para o centro, buscando os ganchos na linha de cintura do rival. Com melhor movimentação, Collard dominava a luta por conectar mais golpes e mantinha White sob domínio com ataques velozes, mas sempre deixando a guarda baixa, se expondo no combate.
Clay Collard voltou ainda mais agressivo no segundo round, distribuindo golpes em sequência e conseguindo um knockdown logo no início. Alex White ficou desorientado e Collard tentou encaixar um mata-leão, mas perdeu a posição e cedeu contra-ataques ao rival, que levantou-se e aplicou joelhadas junto à grade. A luta voltou novamente ao centro, e Collard manteve a agressividade pressionando White até levar a luta para o chão e encaixar um triângulo no chão. Apesar de pressionado, White conseguiu defender o golpe mais uma vez e voltou a lutar em pé, acertando alguns golpes até o intervalo.
No terceiro e último round, Collard voltou aparentando mais cansaço e evitando tomar a iniciativa do combate, deixando a respondabilidade para Alex White. Aproveitando a menor movimentação do rival, White aproveitou para atacar mais, forçando Collard a usar o clinche e gastar o tempo. Após parecer ter sentido um cruzado, Collard aproveitou uma entrada afobada de White e derrubou o rival, ficando por cima no chão. Mesmo cansado, Collard conseguiu defender o golpe e voltar a lutar em pé, buscando o single leg segundos depois. White evitou a queda e derrubou Collard nos segundos finais, terminando o round em vantagem.
Confira as demais lutas do UFC 181:
Robbie Lawler vencer Johny Hendricks por decisão dividida (48-47, 47-48 e 49-46)
Anthony Pettis vence Gilbert Melendez por finalização a 1m53s do R2
Travis Browne venceu Brendan Schaub por nocaute técnico aos 4m50s do R1
Todd Duffee venceu Anthony Hamilton por nocaute aos 33s do R1
Tony Ferguson venceu Abel Trujillo por finalização aos 4m19s do R2

Em decisão surpreendente, Robbie Lawler tira o cinturão de Hendricks

Em resultado dividido e polêmico, desafiante fica com o título após buscar o combate no quinto round e encarar o campeão em tom de desafio no fim

Por Las Vegas, EUA
Johny Hendricks x Robbie Lawler, UFC 181 (Foto: Getty Images)Robbie Lawler posa com o cinturão após a vitória sobre
Johny Hendricks no UFC 181 (Foto: Getty Images)
Em uma luta equilibrada, e que contou com um resultado polêmico, o veterano Robbie Lawler tirou o cinturão dos meio-médios do campeão Johny Hendricks no UFC 181 por decisão dividida dos juízes (48-47, 47-48 e 49-46). Com a vitória, Robbie Lawler chega a 25 vitórias em 36 lutas na carreira, enquanto Johny Hendricks sofre a terceira derrota em 19 lutas como profissional.
- Foi uma jornada incrível, de todos os que estão comigo, e não foi fácil. Eu sabia que tinha que ir para cima e buscar o rosto dele. É assim que se luta no UFC e neste esporte. Eu queria continuar lutando e conquistar esse cinturão. Muito obrigado a todos que vieram aqui hoje! - disse Lawler logo após a luta, arrancando aplausos do público.
A luta começou com Lawler partindo para cima e acuando Hendricks, aplicando socos e joelhadas seguidas que surpreenderam o campeão. Percebendo a disposição de golpear do desafiante, Hendricks encurtou a distância e levou a luta para a grade. Mesmo com as costas na grade, Lawler buscava as joelhadas no rosto do campeão, que tentava agarrar as pernas do desafiante, sem conseguir derrubá-lo. A luta voltou para o centro do octógono e Hendricks começou a atacar, com golpes alternados de esquerda e direita até conseguir derrubar Lawler e terminar o round por cima no chão.
Johny Hendricks x Robbie Lawler, UFC 181 (Foto: Getty Images)Robbie Lawler ataca Johny Hendricks em sua vitória por pontos no UFC 181 (Foto: Getty Images)
O segundo round começou com Lawler acertando um chute alto que não chegou a abalar Hendricks. O campeão revidou com socos e combinações de cruzados e chutes, e procurou levar a luta para a grade. Lá, Hendricks buscou as pernas do desafiante e conseguiu deixá-lo sentado no chão. Lawler aos poucos foi recuperando a posição e levantou-se para, em seguida, acertar um chute no queixo do campeão, que absorveu o golpe e manteve a postura na luta. Aparentando cansaço, Lawler já não desviava dos ataques de Hendricks, e acabou sendo levado para o chão e recebendo uma guilhotina, que poderia ter acabado com o combate se houvesse tempo, já que a sinal tocou segundos depois, salvando o desafiante.
No terceiro round, Hendricks voltou executando combinações de socos altos e chutes nas pernas que minavam a movimentação de Lawler e o mantinham tomando a iniciativa do combate, acuando o desafiante, que não mostrava a mesma disposição do início da luta. Mais inteiro fisicamente, o campeão conseguiu uma nova derrubada no centro do octógono, e depois uma outra na grade, dificultando ainda mais a situação de Lawler no combate.
Johny Hendricks x Robbie Lawler, UFC 181 (Foto: Getty Images)O desafiante atacou mais o campeão nos rounds finais e desabafou após a vitória (Foto: Getty Images)
A volta para o quarto round mostrava que Lawler praticamente não desferia socos em Hendricks, apostando em chutes e na luta agarrada. O campeão, por sua vez, se movimentava e preparava as derrubadas, sabendo da sua vantagem no wrestling. A um minuto do fim do round, debaixo de algumas vaias, os lutadores esboçaram uma luta mais franca, mas Hendricks imediatamente levou o duelo novamente para a grade, agarrando a perna esquerda do desafiante e, mesmo recebendo diversos golpes, mantendo-se imóvel esperando o intervalo, levantando-se sorrindo rumo ao córner.
No quinto e último round, sabendo da necessidade de finalizar a luta, já que estava em desvantagem por pontos, Robbie Lawler tentou atacar no início, mas Hendricks imediatamente encurtou a distância e levou o duelo para a grade, pressionando o desafiante. Lawler aparentava ter algum problema físico e cansaço, e não conseguia aumentar o ritmo da luta, ficando à mercê das agarradas do campeão. Colado à perna direita do desafiante, o campeão se fechava na defesa e recebia golpes nos braços e em parte da cabeça sem se abalar. O público aplaudia a investida final do desafiante, que atacava incessantemente e buscava terminar o duelo com vantagem. Após o sinal de fim de luta, Lawler encarou Hendricks e caminhou em sua direção, mas foi ignorado pelo campeão.

Confira as demais lutas do UFC 181:
Anthony Pettis venceu Gilbert Melendez por finalização a 1m53s do R2
Travis Browne venceu Brendan Schaub por nocaute técnico aos 4m50s do R1
Todd Duffee venceu Anthony Hamilton por nocaute aos 33s do R1
Tony Ferguson venceu Abel Trujillo por finalização aos 4m19s do R2

Urijah Faber venceu Francisco Rivera por finalização a 1m34s do R2
Josh Samman venceu Eddie Gordon por nocaute aos 3m08s do R2
Corey Anderson venceu Justin Jones por decisão unânime (30-27, 30-27 e 30-26)
Raquel Pennington venceu Ashlee Evans-Smith por finalização aos 4m59s do R1
Sergio Pettis venceu Matt Hobar por decisão unânime (29-28, 29-28 e 30-27)
Clay Collard venceu Alex White por decisão unânime (triplo 29-28)

UFC anuncia CM Punk, ex-astro do WWE. Estreia deve ser em 2015

Aos 36 anos de idade, lutador é aluno de Rener Gracie e deve lutar na
divisão dos médios: “Queria fazer isso há muito tempo”, comemorou.

Por Las Vegas, EUA
O UFC anunciou neste sábado a contratação de Phil Brooks, mais conhecido como “CM Punk”. Ex-astro do WWE, o evento de lutas coreografadas que é um dos maiores sucessos da TV americana décadas, o lutador é aluno de Rener Gracie e  deve fazer a sua estreia no segundo semestre de 2015, segundo revelou o presidente do UFC, Dana White, em conversa rápida com os jornalistas ainda dentro da arena, durante o UFC 181, em Las Vegas, EUA:
- Ele queria lutar aqui e nós queríamos lhe dar uma chance. Mas não é como Brock Lesnar, não vamos jogá-lo na fogueira. Lesnar tinha experiência no wrestling. CM Punk vai enfrentar um cara que seja 1-0, 1-1, 2-1 ou algo assim - explicou o chefão, acrescentando que a estreia do novo contratado poderia acontecer em seis ou sete meses.
Cm Punk UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)CM Punk é a nova contratação do UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)
Brooks, que estava presente no Mandalay Bay Events Center, também conversou com a imprensa, mas afirmou que ainda não sabe em qual divisão de peso irá atuar:
- Eu  ando por aí com 97kg...acho que poderia bater 83kg e atuar na divisão dos médios. Vou fazer um teste de corte de peso agora, estou em contato com alguns nutricionistas para saber como vou me sentir. Acho que 77kg talvez seja muito, por isso vou testar meu corpo e a porcentagem de gordura primeiro - declarou.
Aos 36 anos, o atleta sabe que está iniciando no esporte com uma certa desvantagem por conta da idade, mas disse estar disposto a dar o máximo de si para realizar esse sonho:
- Foi uma decisão muito fácil de ser tomada. Eu adoro desafios e esse é o maior desafio que eu já coloquei à minha frente. Estou muito empolgado. Eu sei que há muitas crianças que se inspiram em mim e eu sempre digo a elas para não deixarem ninguém dizer que elas não podem fazer algo que elas querem fazer. Faça. Escolha seu caminho e trabalhe com as suas melhores habilidades. É isso que estou fazendo. Tenho 36 anos, mas nunca me senti tão bem. Eu senti como se fosse agora ou nunca. Eu tenho uma janela limitada que muitos lutadores não têm. Meus dias profissionais no wrestling acabaram. Estou aqui para vencer ou para chutarem o meu traseiro, mas é ótimo estar aqui. Queria fazer isso há muito tempo.
CM Punk golpe luta livre (Foto: Getty Images)CM Punk em ação (Foto: Getty Images)
A chegada de CM Punk ao UFC trouxe inevitáveis comparações com Brock Lesnar. O gigante, que tem 1,90 m de altura e que perde até 15kg para atingir o limite de 120 kg dos pesos-pesados, também veio do WWE, com quem atualmente tem contrato, e, em sua passagem pelo Ultimate, teve cinco vitórias e três derrotas, chegando a conquistar o cinturão da categoria. O novo contratado, no entanto, não se importa em ser comparado com o ex-campeão:
- Você ouve coisas boas e ruins sobre Brock Lesnar. Você ouve coisas do tipo: “Ah Brock Lesnar é um wrestler e foi quedado”. Não, gente, Brock é um ex-campeão dos pesados. Então, se alguém me comparar com ele, eu vou aceitar. Sou um pouco mais fofo do que ele, mas tudo bem (risos).
Além de Lesnar,  outras estrelas do WWE que também tentaram carreira no MMA foram Dave Bautista, que teve apenas uma luta, e Bobby Lashley, que teve um cartel de 12 vitórias e duas derrotas.

Nurmagomedov interrompe coletiva
do UFC para desafiar campeão Pettis

Russo disse que pode voltar a lutar em abril ou maio em qualquer lugar.
Anthony não gostou da provocação, mas respondeu que luta está aceita.

Por Direto de Las Vegas, EUA
Anthony Pettis não só manteve o cinturão dos pesos-leves do UFC na noite deste sábado, como também conseguiu a façanha de ser o primeiro lutador a finalizar Gilbert Melendez. O campeão, no entanto, nem teve tempo de comemorar o sucesso de sua primeira defesa de título. Na coletiva de imprensa pós-evento, “Showtime” já se deparou com um possível próximo desafiante. O russo Khabib Nurmagomedov, atual segundo colocado no ranking da categoria, interrompeu o evento para provocar o campeão.
A situação aconteceu enquanto um jornalista questionava Pettis se Khabib merecia a chance ao título. Neste momento, o russo começou a bater palmas para chamar a atenção do lutador.
Nurmagomedov, UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Nurmagomedov interrompe a coletiva de imprensa do UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)
- Ei, se eles querem o Khabib na sequência, dê a ele a chance. Eu me sinto bem, já venci o Gilbert Melendez. Se ele é o próximo, vamos lutar! - respondeu Pettis.
Não satisfeito com a resposta de Anthony, Khabib interrompeu novamente a coletiva, dizendo que tinha uma pergunta para Pettis. Foi quando o seguinte diálogo aconteceu:
- Com licença, meu médico disse que eu posso lutar em maio ou junho em qualquer lugar: Brasil, Newark, Vegas, em qualquer lugar. Vamos lá? Por que não? - questionou Khabib, arrancando risos dos presentes.
Pettis Coletiva UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Pettis durante a coletiva realizada em Las Vegas (Foto: Evelyn Rodrigues)

- Eu acabei de dizer sim, cara. Você fala inglês? - retrucou o campeão, balançando a cabeça em sinal negativo.
- Meu inglês está muito bom agora - disse Khabib na tréplica.
- Ah, ok. Se você vai estar pronto em maio, me avise - finalizou Anthony.
Khabib até tentou fazer mais uma pergunta, mas foi cortado pelo diretor de Relações Públicas do UFC, Dave Sholler, que comandava a coletiva.  Com um cartel invicto de 22 lutas, sendo as últimas seis no Ultimate, o atleta russo está passando uma temporada em Las Vegas para se recuperar de uma cirurgia no joelho. Sua última vitória foi contra Rafael dos Anjos no “UFC: Werdum x Browne”, em abril.

Dunga fala da ausência de Marcelo e Ganso e desabafa: "Não sou boneco"

Em entrevista ao jornal "O Globo", treinador fala do estilo da Seleção, de como encontrou o grupo após a Copa do Mundo e do seu estilo dentro e fora de campo

Por Rio de Janeiro
Dunga Brasil x Áustria (Foto: Reuters)Dunga comanda a seleção brasileira no amistoso diante da Áustria, em Viena (Foto: Reuters)
Seis partidas após assumir o comando da Seleção, Dunga conseguiu extrair de um grupo assustado após a perda da Copa do Mundo e da goleada por 7 a 1 sofrida diante da Alemanha uma equipe competitiva, com vontade de ultrapassar barreira. De lá para cá, foram seis vitórias, entre elas um 2 a 0 sobre a Argentina de Lionel Messi. Em entrevista ao jornal "O Globo", o treinador da equipe nacional falou do trabalho de reconstrução do time canarinho.
- A prioridade era devolver a confiança aos jogadores, mostrar o quanto são bons. São seres humanos e enfrentaram uma série de críticas. Era importante ter uma base da Copa. E valorizar o coletivo. Naturalmente a seleção tem que ganhar. Depois da Copa, muito mais. Falei com eles que a gente tinha que ganhar e não podia tomar gol. Não escolhi adversários. Mas estes jogadores são competitivos. Não podem estar relaxados.
O treinador defendeu-se de algumas atitudes que tomou no passado. Na opinião de Dunga, não tem como ficar calado em algumas situações.
- Mas sou humano. Não sou boneco. Sou o Dunga, com mil defeitos e virtudes. Não sou personagem para falar tudo com cuidado, resposta decorada. Vender imagem que não sou, não faço - analisou o comandante da Seleção.
Ele é referência e precisamos de referência no futebol brasileiro, na seleção. Para os guris verem como passa, como joga, como se comporta 
Dunga, sobre Neymar
Dunga falou também das queixas de Thiago Silva, que reclamou de ter perdido a braçadeira de capitão para Neymar e a titularidade para Miranda. Falou de hierarquia para tratar do caso, mas preferiu exaltar as qualidade do camisa 10, que abraçou muito bem a missão de ser o líder da equipe nacional.
- Ele é referência e precisamos de referência no futebol brasileiro, na seleção. Para os guris verem como passa, como joga, como se comporta. Ele é exemplo positivo. Vamos ajudar o Neymar a se tornar o melhor do mundo. E ele vai nos ajudar.
O treinador aproveitou ainda para esclarecer a situação de alguns jogadores, entre eles Paulo Henrique Ganso, do São Paulo.Questionado sobre a objetividade do meia, Dunga afirmou que tudo depende do desempenho de cada um.
- Observamos todos os jogadores. De forma geral, hoje é muito difícil depender de um jogador só. Tem que ter participação coletiva. Pode até jogar só com a bola. Desde que em dez jogos, ele decida oito. Aí você vai fazer um sistema para adaptar.
O comandante da Seleção falou também da demora de Ganso em se firmar no cenário nacional e na própria equipe nacional.
- A melhor coisa para fazer alguém crescer é não falar muito. Nós falamos muito. Sempre lembramos de jogadores que não estão na seleção. Temos a mania de falar se o Joãozinho entrar em forma, se jogar o que pode, se treinar... É muito se. O cara começa a pensar: sou o melhor do mundo, incompreendido. Entra na cabeça do jogador que é ele e mais dez: “agora eu vou treinar". Não acredito em quem escolhe quando quer jogar. Nesta seleção, os caras são muito competitivos.
Outro jogador observado por Dunga e que foi lembrado apenas uma vez foi o lateral-esquerdo Marcelo. O atleta chegou a ser chamado para os dois primeiros amistosos do treinador, contra Colômbia (1 a 0) e Equador (1 a 0), mas sequer foi utilizado. O treinador aproveitou a entrevista para falar o que quer de um atleta que ocupe o posto.
- Não é isso. Se for super ofensivo, vou dar um jeito de proteger. Mas tem que ser “killer” no ataque. Se você perguntar: quantas vezes foi ao ataque? Vinte. Quantos gols fez ou quantos passes de gol? Nenhum. Quantas bolas tomamos nas costas? Três ou quatro. Não precisa ser gênio... Não é que não goste de quem ataque. Você precisa de gol para ganhar. Não é questão do Marcelo, é de todos. Tem que ser eficiente.
Dunga Brasil x Austria (Foto: Reuters)Dunga fala da ausência de dois jogadores nas convocações da seleção brasileira (Foto: Reuters)

A próxima convocação da Seleção será no fim de fevereiro. Na ocasião, Dunga chamará os atletas para dois amistosos na Europa. Um deles já está definido: França, no dia 26 de março, no Stade de France, em Paris. O outro compromisso será confirmado até janeiro de 2015.

Da "arquibancada", Medina espiona belo tubo de Mick Fanning no Havaí

Australiano caiu no mar no fim do dia e ficou até o anoitecer. Tricampeão mundial
fez boas manobras no aquecimento para a última etapa do WCT, em Pipeline

Por Direto de Oahu, Havaí
As casas nos arredores do palanque da última etapa do Circuito Mundial de Surfe (WCT), em Pipeline, no Havaí, são como arquibancadas. Ao longo dos campeonatos, o público sai da areia e invade as varandas e as janelas para ver o espetáculo nas ondas perfeitas do North Shore da ilha de Oahu. Dividindo o lar com Mick Fanning, sua maior ameaça na corrida pelo título mundial, Gabriel Medina resolveu se resguardar no fim da tarde após treinar mais cedo. Mesmo assim, ele não deixou de acompanhar os passos do australiano e espionou o treino do rival direto de sua arquibancada particular.
Gabriel Medina, Pipeline (Foto: Pedro Gomes)Na arquibancada, Medina assiste ao treino do rival com o seu técnico e o surfista Jadson André (Foto: Pedro Gomes)
Ao lado do jovem de 20 anos, estavam o seu técnico e padrasto, Charles Rodrigues, e o surfista Jadson André, que veio fazer uma visita ao amigo.
Ao longo da tarde, alguns fotógrafos foram se aglomerando em frente à casa onde estão Fanning e Medina. Outros tops do WCT, os australianos Owen Wright e Matt Wilkinson, que têm o mesmo patrocinador, também estão hospedados no local. Já era pôr do sol quando Mick saiu correndo  em direção ao mar. Focado, ele não deu entrevistas e pediu desculpas de forma educada:
- Desculpe, não é nada pessoal, mas não posso falar agora.
Fanning, Pipeline (Foto: Pedro Gomes)Mick Fanning encontra belo tubo em um dos treinos para etapa do WCT em Pipeline, no Havaí (Foto: Pedro Gomes)

O tricampeão mundial demorou para pegar a primeira onda e ficou observando os locais em Pipeline, Backdoor e Off The Wall, três famosos picos de surfe, um ao lado do outro.
O "aussie" escolheu poucas ondas, mas conseguiu encontrar um longo tubo, um bom aquecimento para a última e decisiva do WCT. A disputa vai definir o campeão da temporada de 2014, a partir da próxima terça-feira, com a janela aberta até o dia 20 de dezembro.
Casa Gabriel Medina, Pipeline (Foto: Pedro Gomes)Casa de Gabriel Medina e Mick Fanning em Pipeline (Foto: Pedro Gomes)
Além de Medina e Fanning, Kelly Slater, dono de 11 títulos mundiais, também está na briga pelo caneco. O brasileiro é o único que depende apenas de si mesmo para chegar ao topo, basta avançar à final. Ele ainda pode escrever o seu nome na história do esporte através de uma combinação de resultados.
o que medina precisa para ser campeão mundial
- se chegar à final, independentemente da campanha de seus rivais;
- se for eliminado nas quartas ou semifinais, Mick Fanning não pode vencer a etapa;
- se for eliminado na quinta fase, Mick Fanning não pode chegar à final;
- se for eliminado até a terceira fase, precisa que Kelly Slater não vença a etapa e que Mick Fanning não chegue às semifinais. Se Fanning for eliminado nas semis, decide o título da temporada numa bateria homem a homem com o brasileiro. Se passar das quartas, Fanning será o campeão.
Casa Gabriel Medina, Pipeline (Foto: Pedro Gomes)Pôr do sol em frente à casa de Medina e Mick Fanning (Foto: Pedro Gomes)

Cielo voa, Brasil vence o revezamento e fecha Mundial histórico na liderança

Cesar cai na água em quarto, tira vantagem em cima de campeão olímpico e dá o sétimo ouro ao Brasil, que termina na ponta do quadro de medalhas em Doha

Por Direto de Doha, no Catar
Antes da disputa do revezamento 4x100m medley do Mundial de Natação em piscina curta, em Doha, Cesar Cielo havia dito que o Brasil brigaria para levar o bronze. Mal sabia que ele mesmo apagaria sua previsão. Com uma atuação antológica, ele caiu na água na quarta posição, atrás de Estados Unidos, França e Grã-Bretanha, e conseguiu levar o Brasil à medalha de ouro. Cielo mergulhou 0s85 atrás de Ryan Lochte, que fechava a prova para o time americano. Nos metros finais, após deixar para trás o francês Clement Mignon e o britânico Benjamin Proud, o brasileiro superou também o astro americano para coroar uma participação memorável da natação brasileira: o sétimo ouro, a décima medalha do país, líder geral do quadro de medalhas da competição no Catar.
- Não vou dizer que a gente esperava ganhar a competição. Isso é inédito para o Brasil, é uma surpresa muito grande. O (Felipe) França, com cinco medalhas de ouro, deve ser uma das maiores vitórias de um brasileiro. Estou muito contente com os meus 100m livre. Posso comparar com o Mundial de Barcelona, com as Olimpíadas de Pequim. Nadar com eles é uma alegria a mais. Temos um grande time - disse Cielo ao SporTV após o revezamento.
Guilherme Guido, Felipe Franca, Marcos Macedo, Cesar Cielo, Natação (Foto: Satiro Sodre / SSPress)Guilherme Guido, Felipe Franca, Marcos Macedo, Cesar Cielo: o Brasil no topo em Doha (Foto: Satiro Sodre / SSPress)


Para o maior nadador brasileiro de todos os tempos, a conquista em grupo teve sabor especial:
- O pessoal fez um trabalho excepcional. De todas as medalhas que já ganhei, dividir com os amigos é muito bacana. A gente trabalha muito para chegar aqui. Foi um efeito bola de neve. Entrou Etiene, o França e o revezamento agora. Foi superbacana. Espero que a gente continue nesta pegada.
Com sete ouros, uma prata e dois bronzes, o Brasil pulou para a ponta do quadro de medalhas no último dia de provas em Doha, com dez no total. A Hungria ficou em segundo, com seis ouros, três pratas e dois bronzes (11 no total); e a Holanda acabou em terceiro, com cinco ouros, uma prata e seis bronzes (12 no total) - o número de ouros é o critério predominante na classificação.
quadro de medalhas do Mundial de piscina curta de Doha (Foto: Reprodução)Quadro final de medalhas do Mundial de piscina curta de Doha (Foto: Reprodução)

Foi um domingo perfeito para a natação brasileira. Cesar Cielo abriu os trabalhos superando Florent Manaudou nos 100m livre e conquistando o bicampeonato mundial da prova. Em seguida, Etiene Medeiros brilhou nos 50m costas, quebrou o recorde mundial e trouxe para o Brasil a primeira medalha individual feminina na história dos mundiais. Com três ouros já garantidos, Felipe França resolveu encher ainda mais a bagagem, vencendo os 50m peito. E ele não pararia por aí...
Por fim, com Cielo, França, Guilherme Guido e Marcos Macedo, a emocionante vitória no revezamento 4x100m medley para fechar com chave de ouro a melhor participação do país em mundiais.
- Do ano passado para cá, eu perdi 20kg. Foi um peso que tirei das minhas costas (risos). Tenho que agradecer a muitas pessoas. Estamos caminhando juntos rumo ao Mundial de Kazan. Subi mais um degrau para 2016 - disse Felipe França após faturar sua quinta medalha de ouro em Doha.
Com o Rio 2016 no horizonte - e uma distante escala em Kazan para o Mundial de piscina longa no ano que vem - a natação brasileira fecha um 2014 animador, contando também com os títulos de Ana Marcela Cunha e Allan do Carmo no Circuito Mundial de maratonas aquáticas.
Cielo, Felipe França, Marcelo Macedo e Guilher guido, mundial de natação (Foto: Satiro Sodré / SSpress)Cielo, Felipe França, Marcelo Macedo e Guilher guido, mundial de natação (Foto: Satiro Sodré / SSpress)
A prova
Guilherme Guido abriu os 100m costas e entregou para  Felipe França na terceira posição, atrás de EUA e Austrália. O nadador de peito manteve a posição, mas agora com EUA em segundo e Grã-Bretanha na frente. Era a vez de Marcos Macedo, que começou bem no borboleta, mas cansou no fim e deixou o Brasil em quarto (2m36s47), a 85 centésimos dos EUA, líderes da disputa (2m35s62). E ainda havia França e Grã-Bretanha a alcançar.
Cielo foi para água na raia 1, ao lado do americano Ryan Lochte, maior medalhista da história da competição e que já subiu ao pódio 11 vezes em Olimpíadas. Aos poucos, o brasileiro tirou a vantagem dos demais e, nos últimos cinquenta metros, já aparecia em segundo, 0s50 atrás da equipe americana.
Neste momento, o complexo veio abaixo. Com gritos de brasileiros vindos de todas as partes, Cielo forçou o ritmo e, na batida de mão, garantiu o sétimo ouro do Brasil na competição, terceiro dele. O tempo final foi de 3m21s14, contra 3m21s49 dos americanos e 3m22s26 dos franceses. Quem fechou a prova foi Manaudou, o mesmo que havia vencido Cielo nos 50 e perdido nos 100m.
O troco de Cielo
Cesar Cielo, medalha de ouro, Mundial de Natação Doha (Foto: Satiro Sodré / SSpress)Cesar Cielo, com lágrimas nos olhos, após o título dos 100m livre (Foto: Satiro Sodré / SSpress)

Maior nadador da história do Brasil, Cesar Cielo estava mordido depois do bronze nos 50m livre. Contra o mesmo rival, Florent Manaudou, o brasileiro conseguiu a medalha de ouro nos 100m livre, com direito a virada nos últimos metros. A vitória veio com o tempo de 45s75, apenas seis centésimos a frente do rival. Foi o décimo título mundial da carreira de Cielo, o terceiro na prova dos 100m livre e o segundo em piscina curta.
A primeira vez
Etiene Medeiros, Ouro Mundial de Natação Doha (Foto: Satiro Sodré / SSpress)Etiene Medeiros no pódio dos 50m costas (Foto: Satiro Sodré / SSpress)


Etiene Medeiros se tornou a primeira brasileira a conquistar uma medalha em provas individuais na história do Campeonato Mundial de natação. E não foi qualquer medalha. Etiene venceu os 50m costas, com recorde mundial, batendo à frente da nadadora mais completa da competição, a húngara Katinka Hosszú, que ficou com o bronze. O tempo de Etiene foi de 25s67, deixando a australiana Emily Seehbolm em segundo (25s83) e Katinka em terceiro.
Felipe soberano
Felipe França é campeão mundial dos 50m peito (Foto: Satiro Sodré/SSPRESS)Felipe França é campeão mundial dos 50m peito (Foto: Satiro Sodré/SSPRESS)

Antes de completar a quina no revezamento 4x100m medley, Felipe França conquistou sua quarta medalha de ouro no Mundial. Na sua prova mais forte, em que já tinha sido campeão do mundo outras duas vezes (2010 na curta e 2011 na longa), ele venceu com a marca de 25s67, 0s24 à frente dos seus dois maiores rivais, o britânico Adam Peaty e o sul-africano Cameron Van der Burgh, que empataram em segundo.
A forma como título veio foi incontestável. Nos primeiros quinze metros, já era nítida a vitória do brasileiro. No fim, Felipe bateu em primeiro com tranquilidade.
Mais quatro recordes mundiais
O número de recordes mundiais em Doha chegou a 23. Neste domingo, cinco marcas foram baixadas, uma delas com Etiene Medeiros nos 50m costas. A Holanda fez o melhor tempo da história no revezamento 4x50m livre feminino, com 1m33s24.
Nos 100m medley, o alemão Markus Deibles bateu o recorde com 50s66, Mas o dia foi da sueca Sarah Sjostrom, que se tornou recordista do planeta em duas provas: 100m borboleta (54s61) e 200m livre (1m50s78).
Henrique em sexto; Daiene em oitavo
O Brasil ainda disputou duas finais no último dia de provas. Nos 100m medley, prova em que o alemão Markus Deibles quebrou o recorde mundial, Henrique Rodrigues foi o sexto colocado com a marca de 51s33.
Nos 100m borboleta, Daiene Dias foi a oitava colocada com 57s26. O ouro, com recorde mundial, foi para a sueca Sarah Sjostrom (54s61), a prata da chinesa Ying Lu (55s25) e o bronze foi para a dinamarquesa Jeanette Ottesen.