domingo, 19 de fevereiro de 2012

Nos pênaltis, Corinthians-STA bate Fla e conquista o título da Copa do Brasil

Depois de um empate por 2 a 2 no tempo normal, Dunga garante o título para o time paulista. América-RJ vence o Madureira-RJ e termina na terceira posição

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
O Corinthians de Santo André-SP é o grande campeão da primeira edição da Copa do Brasil de Futebol de Areia. No duelo entre os imbatíveis da competição, o time paulista  levou a melhor sobre o Flamengo nos pênaltis, depois de as duas equipes empatarem por 2 a 2 no tempo normal. Artilheiro do torneio com dez gols, Anderson marcou os dois dos alvinegros e Daniel e Moska, os dos donos da casa. Disputada na nova arena construída na sede rubro-negra da Gávea, a competição contou com a participação de 16 equipes na fase de grupos, sendo duas estrangeiras (França e Estônia). O América-RJ subiu ao pódio na terceira posição, depois de superar o Madureira-RJ por 6 a 5. (Confira os gols no vídeo acima)
Um dos heróis da conquista com belas defesas na partida, sendo duas nas cobranças de pênalti, o goleiro Marcos era um dos mais emocionados ao fim da partida.
- É uma grande satisfação pegar um pênalti, principalmente de um dos grandes jogadores do futebol de areia que é o Benjamin. Nas duas cobranças, olhei para um lado e fui para o outro. Os meninos se empenharam muito neste campeonato e agora vamos curtir - comemorou Carlos.
Benjamin Flamengo (Foto: Rodrigo Molina/Divulgação)Benjamin perdeu um dos pênaltis do Fla na final
(Foto: Rodrigo Molina/Divulgação)
Capitão rubro-negro, Benjamin elogiou o time adversário e pediu para os seus companheiros não baixarem a cabeça após o vice-campeonato na primeira competição do Flamengo na temporada.
- A equipe do Flamengo está de parabéns. Desde o início, tivemos muita dedicação. Infelizmente não fomos campeões, mas isso é apenas o começo de um projeto e tenho certeza de que muitos títulos ainda virão para o Flamengo - disse Benjamin, que estreou na competição na terceira rodada.
O jogo
Flamengo e Corinthians entraram na arena da Gávea com 100% de aproveitamento nos cinco jogos disputados até a final. Com o apoio da torcida, o Rubro-Negro começou a partida pressionando o adversário e logo conseguiu abrir o placar com Daniel, em um chute cruzado após o passe de Moska. O time da casa dominava a partida e quase ampliou na cobrança de falta de Benjamin, se não fosse a bela defesa do goleiro Carlos.
Só que o Corinthians mudou de postura e, no início do segundo tempo, conseguiu o empate. Após bate-rebate na área, Anderson só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo da rede. Por muito pouco o Flamengo não conseguiu terminar a parcial em vantagem nos chutes de Daniel e Casé, mas Carlos mais uma vez salvou o time paulista.
Os 12 minutos finais do tempo normal foram os mais emocionantes. Após sofrer uma falta na lateral, Moska cobrou rasteiro, a bola bateu no morrinho artilheiro e encobriu Marcos: 2 a 1 Flamengo. O empate do Corinthians veio na sequência, na finalização colocada do artilheiro Anderson. Em um lance violento, Casé acertou o braço no rosto de Dunga e levou cartão amarelo. As duas equipes ainda tiveram a chance de liquidar a partida, mas os dois goleiros conseguiram levar o jogo para a prorrogação.
Dieguinho futebol de areia (Foto: Rodrigo Molina/Divulgação)De bicicleta, Dieguinho tenta levar o Corinthians à vitória no tempo normal (Foto: Rodrigo Molina/Divulgação)
Goleiro Carlos brilha nos pênaltis
As equipes tiveram mais três minutos para se sagrarem campeões. Em uma cabeçada à queima-rouba, Carlos impediu o gol de Daniel. Na jogada seguinte, Benjamin dominou a bola com a mão e também levou amarelo. Na cobrança de falta, Robertinho salvou o Flamengo após o chute de Dunga e levou o jogo para os pênaltis.
Nas cobranças alternadas, Benjamin cobrou o primeiro, e Carlos defendeu. Em seguida, Robertinho voou para espalmar o chute de Anderson. Gabriel bateu o segundo para o Flamengo, e Carlos novamente pegou. Foi então que Dunga chutou rasteiro no canto para garantir o título para o Corinthians de Santo André.

Tate volta a alfinetar rival: 'Vou arrastar Ronda Rousey para águas profundas'

Musas do octógono se enfrentam pelo cinturão peso-galo do Strikeforce

Por SporTV.com Rio de Janeiro
O duelo entre as belas Miesha Tate e Ronda Rousey continua fervendo fora do octógono. As duas musas do MMA vem chamando atenção confiança antes do combate. Elas disputam no próximo dia 3 de março, em Columbus (EUA), o cinturão peso-galo do Strikeforce. A  provocação mais recente foi feita por Tate, que prometeu ''afogar'' a desafiante Ronda Rousey durante o embate.
MMA: Miesha Tate e Ronda Rousey (Foto: Montagem sobre foto da Getty Images)Miesha Tate e Ronda Rousey se enfrentam pelo cinturão (Foto: Montagem sobre foto da Getty Images)
- Será um grande prazer em arrastar Ronda para águas profundas pela primeira vez em sua vida e, em seguida, afogar ela - disse a atual campeão, Tate.
As duas lutadoras têm origens em esportes de luta em que não são permitidos socos, chutes ou cotoveladas. Tate vem do Wrestling, enquanto Rousey foi até medalhista olímpica (bronze em 2008) no judô. Mas por ter experiência maior no MMA, a atual campeã acredita que leva vantagem. Tate e Rousey vão fazer o combate principal do evento de 3 de março. No mesmo dia, o brasileiro Ronaldo Jacaré lutará pela primeira vez desde que perdeu o cinturão dos médios para Luke Rockhold. Seu adversário será o invicto Derek Brunson.

No trio de Claudia Leitte, tricolores Júnior e Titi curtem o carnaval

Jogadores curtiram o carnaval no trio da tricolor Claudia Leitte

Por GLOBOESPORTE.COM Salvador
Tricolor apaixonada, a cantora Claudia Leitte recebeu neste domingo, no seu trio, dois dos principais jogadores do elenco do Bahia. Sob os versos de “carnaval, futebol, se joga para cima e vira sol”, os tricolores Júnior e Titi subiram no trio de Claudia e fizeram a alegria da torcida tricolor.
Titi Júnior claudia leitter (Foto: Fabio Nunes / Divulgação)Titi e Júnior subiram no trio de Claudia Leitte neste domingo (Foto: Fabio Nunes / Divulgação)
Não faltou o hino tricolor, cantado a plenos pulmões por Claudia Leitte e seus convidados. Com bandeira nas mãos, o capitão Titi era pura animação.
titi e junior (Foto: Fabio Nunes / Divulgação)Titi e Júnior fizeram a festa com a bandeira tricolor em cima do trio (Foto: Fabio Nunes / Divulgação)
Também presente, o goleiro Marcelo Lomba, no twitter, falou sobre a alegria de participar da festa. No sábado, Lomba, Danny Morais e Fabinho estiveram no camarote de Claudia Leitte.
- Emocionante cantar o hino do Bahia com Tuca Fernandes no trio elétrico no maior carnaval do mundo – disse.

Ronaldo curte o carnaval na Bahia e encontra Luiza, que estava no Canadá

Fenômeno chegou à capital baiana no começo da noite deste domingo

Por Eric Luis Carvalho Salvador
Depois de Neymar e Lucas, o carnaval de Salvador recebeu outro craque do futebol brasileiro, na noite deste domingo. O ex-jogador Ronaldo Nazário chegou à folia baiana de helicóptero e foi direto para o camarote Expresso 2222, de Gilberto Gil.
Ronaldo e Luiza (Foto: Lilian Marques/G1)Pela primeira vez no carnaval da Bahia, Rnaldo encontrou Luiza, que voltou do Canadá (Foto: Lilian Marques/G1)
Está é a primeira vez que Ronaldo participa da folia baiana. O craque se mostrou surpreso com a quantidade de pessoas nas ruas de Salvador.
- É a minha primeira vez aqui no carnaval de Salvador. Sempre tive vontade de vir, mas a carreira não permitia. Agora que estou aposentado, tive a oportunidade. Já estive em Salvador muitas vezes, a última para visitar as obras da Fonte Nova. Estou surpreso com a quantidade de gente na rua. O carinho das pessoas é muito bom. Estou feliz – disse o maior artilheiro da história das Copas do Mundo.
ROnaldo e Gilberto Gil (Foto: Lilian Marques/G1)Ronaldo Nazário curte a folia no camarote de Gilberto Gil (Foto: Lilian Marques/G1)
No camarote, Ronaldo encontrou Luiza, que voltou do Canadá. A jovem que é fã do ex-craque, curte a noite ao lado do pai. Durante o período em que Luiza virou febre na internet, Ronaldo entrou na brincadeira e citou o nome da garota no twitter.
O cantor da banda Asa de Águia, Durval Lélys, saudou o Fenômeno, ao passar na frente do camarote de Gilberto Gil.
- Ronaldo, a Bahia está honranda em ter você aqui. Temos que te agradecer por tudo o que você fez dentro de campo e pelo fenômeno que você foi, obrigado - disse Durval.

Colaboração Egi Santana e Lilian Marques

Depois da vaga na semifinal da Taça GB, a folia: tricolores caem no samba

Abel e alguns jogadores vão ao camarote da patrocinadora na Sapucaí

Por Alexandre Alliatti e Thiago Correia Rio de Janeiro
No sábado, a classificação para as semifinais da Taça Guanabara. No domingo, a folia. O técnico Abel Braga e alguns jogadores do Fluminense foram à Sapucaí para assistir ao primeiro dia dos desfiles do grupo especial do Rio de Janeiro. Enquanto a Renascer de Jacarepaguá abria a noite de samba, os volantes Edinho e Diguinho, o atacante Rafael Sobis e o técnico Abel Braga chegavam ao camarote da Unimed, a empresa que patrocina o Fluminense.
Diguinho e Rafael Sobis no carnaval do Rio de Janeiro (Foto: Thiago Correia / Globoesporte.com)Diguinho e Rafael Sobis no carnaval do Rio de Janeiro (Foto: Thiago Correia / Globoesporte.com)
Para três deles, acostumados ao Rio de Janeiro, a ida à Sapucaí não foi novidade. O estranho no ninho era Rafael Sobis, gaúcho de Erechim, rockeiro de coração.
- Estou gostando muito. O Diguinho e o Edinho me incomodaram bastante. Acho que vale a pena, para quem gosta, vir. Não tenho escola. Vim curtir o espetáculo. Que vença o melhor. O tempo é curto. Daqui a pouco, estamos treinando, pensando no próximo jogo – disse o atacante.

Diguinho fez coro com o companheiro em relação ao duelo contra o Botafogo, na quinta:

- Viemos comemorar a classificação e ficar perto dos amigos. Podendo aproveitar a folga, é sempre bom, mas a gente sabe que volta ao trabalho, pensando no jogo de quinta. Torço pela Beija-Flor. Já desfilo há quatro anos. Este ano, não vou desfilar. Mas torço para que saia vitoriosa de novo.
O Fluminense volta a campo na quinta-feira pela Taça Guanabara. O adversário é o Botafogo. O vencedor vai à decisão contra Vasco ou Flamengo.

Love se empolga na Sapucaí, mas não esquece a semi contra o Vasco

Atacante acompanha o desfile da irmã, Vânia Love, que é musa da Portela

Por Alexandre Alliatti e Thiago Correia Rio de Janeiro
Vagner Love no Carnaval no Rio de Janeiro (Foto: Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)Vagner Love curte os desfiles na Sapucaí
(Foto: Alexandre Alliatti / Globoesporte.com)
Após sua volta ao clube do coração, Vagner Love aproveitou o primeiro dia de desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro para ir à Marquês de Sapucaí e comemorar seu primeiro gol na sua segunda passagem pelo Flamengo, além da classificação para a semifinal da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca.

Feliz da vida, o atacante chegou cedo ao sambódromo para curtir o desfile da Portela, escola da qual sua irmã, Vânia Love, é musa. Ele está aproveitando o carnaval, mas ressaltou que o mais importante é o clássico de quarta-feira, contra o arquirrival Vasco, que decide uma vaga na final.

- O clima entre nós está muito legal. Agora, vamos curtir um pouco o carnaval para depois treinar e ir com tudo para o jogo. Estou, sim, pensando no jogo. Temos que curtir, aproveitar, mas pensando no jogo. Hoje, vim prestigiar minha irmã, que vai desfilar na Portela. Sou Mocidade, mas por causa dela vou torcer para a Portela também - disse Love, que fez os dois gols da vitória rubro-negra sobre o Vasco na semifinal da Taça Rio de 2010.

- Na última vez em que joguei contra o Vasco, fui muito feliz. Espero que aconteça novamente. Amanhã já vou treinar. Vai ter um clássico, e nada é mais importante do que isso.
O camisa 99 do Fla também comentou sobre a parceria com o amigo Ronaldinho Gaúcho, que neste sábado marcou o primeiro gol na vitória sobre o Resende, por 3 a 1.

- Eu e Ronaldinho fizemos só dois jogos juntos. O entrosamento tem sido natural. Espero que no terceiro melhore ainda mais.

O Flamengo volta aos treinos na tarde desta segunda-feira, às 16h30m (de Brasília), no Ninho do Urubu.

Sem receber, jogadores do Alianza ameaçam não enfrentar o Vasco

Com os profissionais protestando contra os salários atrasados, peruanos podem vir para o Brasil com uma equipe formada por atletas da base

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
pablo hurtado alianza lima (Foto: Agência Reuters)Jogadores do Alianza ameaçam não jogar a
Libertadores (Foto: Agência Reuters)
A próxima partida do Vasco na Libertadores, dia 6 de março, às 21h45m, em São Januário, pode não acontecer. Segundo o site peruano "Depor.pe", os jogadores do Alianza Lima ameaçam não vir para o Brasil como forma de protestar contra o atraso no pagamento dos salários. Se isso realmente acontecer, o time peruano perderia por W.O e ainda teria de pagar uma multa à Conmebol. Outra opção seria o Alianza enfrentar o time da Colina com uma equipe formada por atletas da base, como ocorreu nesse sábado. Em jogo pelo campeonato local, os meninos do Alianza empataram por 2 a 2 com o León de Huánuco.
A dívida do Alianza com os atletas giraria em torno de US$ 1 milhão (cerca de R$ 1,7 milhões), de acordo com o site do jornal "El Comercio". Durante a semana, os jogadores chegaram a não treinar por não terem recebido novidades em relação aos salários de dezembro e janeiro. O time quer uma solução imediata para o problema que, aliás, não é uma exclusividade do Alianza. Universitario, Cobresol, Cienciano, Boys e José Gálvez são os outros clubes endividados. O Universidad San Martín chegou a se retirar da competição nacional.
Os atletas ameaçam entrar em greve e paralisar o campeonato peruano. O Universitario, que enfrentou o Vasco na Copa Sul-Americana do ano passado, e o Real Garcilaso também entraram em campo com juniores e juvenis na rodada de abertura do nacional.

Após vitória, Roberto Dinamite põe a faixa na rainha do Baile do Almirante

Presidente vascaíno aproveita o Carnaval na festa organizada pelo Vasco. Chaparro aparece na festa na madrugada de sábado para domingo

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Após a vitória por 1 a 0 sobre o Boavista, no Engenhão, e a confirmação da melhor campanha da Taça Guanabara, com 100% de aproveitamento, o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, se divertiu durante a madrugada de sábado para domingo no Baile do Almirante, que aconteceu na Barra da Tijuca. O meia argentino Chaparro apareceu na festa e representou os jogadores.
roberto dinamite ao lado da musa do baile do almirante vasco (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)Roberto Dinamite ao lado da musa do Baile do Almirante (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)
A animação do Baile do Almirante ficou por conta da Banda Sawoy (com seus sambas e marchinhas de Carnaval), da Escola de Samba Unidos da Tijuca, do Bloco Meu Amor Eu Vou Ali (Jacarepaguá), do MC Charles (autor do hit Trem-Bala da Colina), e dos DJ’s Felippe Sanches e Gabriel César. A última edição do Baile do Almirante, organizado pelo Vasco, tinha ocorrido ainda na década de 1980.
chaparro baile do almirante vasco (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)Chaparro comparece ao Baile do Almirante organizado pelo Vasco (Foto: Marcelo Sadio /Site Oficial do Vasco)

Saída de Caio Júnior do Grêmio deve ser oficializada nesta segunda

Roger deverá comandar o time interinamente no Gre-Nal

Por Diego Guichard Porto Alegre
grêmio são luiz gauchão técnico caio júnior (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)Campanha de Caio Júnior foi irregular
(Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Formado nas categorias de base do Grêmio, o ex-atacante que virou treinador e foi contratado com objetivo de fazer o time gremista voar longe, visando vaga na Libertadores de 2013, teve vida curta na sua segunda passagem pelo Estádio Olímpico. A saída de Caio Júnior será oficializada nesta segunda-feira.

A derrota por 2 a 1 diante do São José, no Passo D’Areia, foi o estopim para a demissão do treinador. Ainda na madrugada deste domingo, a diretoria optou pela não permanência do comandante, nem mesmo para o Gre-Nal de quarta-feira, válido pelas quartas de final da Taça Piratini.

O auxiliar técnico Roger deverá ser o comandante do time no clássico e tem chances de ser efetivado. Vanderlei Luxemburgo era o namoro da diretoria, objetivo principal. No entanto, o alto pedido salarial, além de um contrato de dois anos inviabilizou a negociação, de acordo com a Rádio Gaúcha. Adilson Batista é outro nome cotado.
Em contato com o GLOBOESPORTE.COM, o diretor executivo Paulo Pelaipe negou reunião para tratar do treinador, mas admitiu pressão da torcida pela troca de comando e nem bancou a permanência do técnico.
- Não há nenhuma reunião, absolutamente. Claro que estamos sempre avaliando o trabalho. Até o momento não existe nada, só especulação e pressão da torcida - contou Pelaipe.
Caio Junior em coletiva no Grêmio (Foto: Diego Guichard/Globoesporte.com)Caio havia esbanjado otimismo no primeiro discurso (Foto: Diego Guichard/Globoesporte.com)
Caio Júnior chegou ao Estádio Olímpico em 5 de dezembro. Até este domingo, foram 77 dias no comando, em oito partidas disputadas no Gauchão – quatro vitórias, três derrotas e um empate.

Na apresentação oficial, Caio havia mostrado discurso de otimismo, satisfação pessoal e identificação. O treinador também havia revelado um encontro com o argentino Lionel Messi, em Barcelona, e prometeu uma mudança cultural no time.

- O Grêmio precisa de uma mudança de perfil. O ano não foi bom. Pelo que observei, a equipe precisa de mais velocidade. Este é um perfil que precisa ser buscado. Não é fácil. Sempre gostei de posse de bola, e para isso tem que treinar, ter jogadores e dar velocidade. Ninguém consegue jogar só em posse de bola. O Barcelona não é só isso – contou, na apresentação oficial.

O treinador também havia pedido “poucos, mas reforços de qualidade”. Na prática, não foi exatamente o que ocorreu. Desde o final do ano passado, foram 10 jogadores contratados: Kleber Gladiador, Marcelo Moreno, Marco Antonio, Léo Gago, Douglas Grolli, Naldo, Pablo, Felipe Nunes, Facundo Bertoglioe Sorondo - que, lesionado, foi descartado. De exceção, realmente, apenas dois: Moreno e Kleber.

Com tantas peças novas, Caio Júnior teve dificuldades para implementar um padrão tático. E os resultados em oito partidas no Gauchão foram quatro vitórias, um empate e três derrotas, representando aproveitamento de 54,2%. O time garantiu vaga para as quartas de final apenas na quarta colocação, atrás de Novo Hamburgo, Caxias e Veranópolis, respectivamente. Se o Cruzeiro-RS não tivesse sido punido com a perda dos seis pontos, devido a inscrição irregular do atacante Jô, na primeira rodada, o Tricolor gaúcho nem teria se classificado.

Semifinais com quatro grandes é algo incomum no Rio nos últimos anos

Dos últimos 17 turnos do Campeonato Carioca, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco chegaram juntos apenas em seis oportunidades

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
As principais torcidas do futebol do Rio vão poder acompanhar seus times nas semifinais da Taça Guanabara. Para muitos, a classificação para a fase final de um turno do campeonato estadual nada mais é que a obrigação dos grandes clubes. Porém, dentro de campo, o resultado das últimas temporadas mostra outra realidade. Desde 2004, ano em que a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro passou a adotar sistema de dois grupos, com os dois primeiros de cada chave disputando as semifinais, os quatro grandes classificados conseguiram se classificar apenas em seis oportunidades nos 17 turnos disputados.
MONTAGEM - Diego Souza vasco vagner love flamengo herrera botafogo fred fluminense (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)Diego Souza, Vagner Love, Herrera e Fred: estrelas na semifinal (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
As equipes que mais conseguiram se classificar para a fase final do Campeonato Carioca neste período foram Flamengo, Fluminense e Vasco, 12 vezes cada. Botafogo, com onze, fica atrás dos rivais. Outras nove equipes de menor investimento tiveram a oportunidade de disputar as semifinais da Taça Guanabara e da Taça Rio: Americano (cinco vezes) ,Cabofriense (quatro vezes), América e Volta Redonda (três vezes), Madureira (2 vezes), e Boavista, Friburguense, Olaria e Resende, com uma vez cada.
O Fluminense foi o grande carioca que mais sofreu para se classificar para as semifinais da Taça Guanabara. Precisou de uma ajuda do Vasco, na última rodada, que venceu o Boavista.
- A situação ficou complicada após os tropeços diante de Boavista e Duque de Caxias, mas os jogadores souberam reagir com seriedade e trabalho - comemorou Abel Braga.
O Vasco teve a melhor campanha e é o único clube com 100% de aproveitamento no Campeonato Carioca. Venceu os sete jogos. O Flamengo tem a melhor defesa, com apenas um gol sofrido. O Botafogo tem o ataque mais positivo com 17 gols. E o Fluminense, o elenco mais caro com estrelas como Fred, Thiago Neves e Deco.
- O fato de ter uma campanha 100% dá moral para o time. Para isso que é boa. Mas na semifinal zera tudo. Não tem favorito. É aquela coisa de sempre: uma grande rivalidade, equipes de tradição. As equipes vêm crescendo - disse Cristóvão Borges, técnico do Vasco.
Vasco e Flamengo fazem a primeira semifinal na quarta-feira, às 22h, no Engenhão. O segundo jogo é entre Botafogo e Fluminense, na quinta, às 21h, nio mesmo estádio.
Semifinal entre os grandes do Rio de Janeiro desde 2004
2004
Flamengo 2 x 0 Vasco – Taça Guanabara
2005
Fluminense 1 (8) x (7) 1 Vasco –Taça Rio
2006
Não houve semifinal entre grandes
2007
Vasco 1 (1) x (3) 1 Flamengo – Taça Guanabara
Botafogo 4 (4) x (1) 4 Vasco – Taça Rio
2008
Botafogo 2 x 0 Fluminense – Taça Guanabara
Flamengo 2 x 1 Vasco – Taça Guanabara
Fluminense 1 x 1 Vasco – Taça Rio
Botafogo 3 x 0 Flamengo – Taça Rio
2009
Fluminense 0 x 1 Botafogo – Taça Guanabara
Vasco 0 x 4 Botafogo – Taça Rio
Flamengo 1 x 0 Fluminense – Taça Rio
2010
Vasco 0 (6) x (5) 0 Fluminense – Taça Guanabara
Flamengo 1 x 2 Botafogo – Taça Guanabara
Botafogo 3 x 2 Fluminense – Taça Rio
Flamengo 2 x 1 Vasco – Taça Rio
2011
Flamengo 1 x 1 Botafogo – Taça Guanabara
Fluminense 1 (4) x (5) 1 Flamengo – Taça Rio

Neymar e Lucas soltam a voz em camarote em Salvador

Jogadores aproveitam folga do carnaval na folia baiana

Por GLOBOESPORTE.COM Salvador
De São Paulo para a Bahia. Neymar e Lucas aproveitaram a folga no carnaval para curtir a folia de Salvador. Os jogadores de Santos e São Paulo estiveram no camarote da empresa pela qual são patrocinados e soltaram a voz com o vocalista do grupo de pagode Exaltasamba, Thiaguinho.
Neymar lucas carnaval salvador (Foto: Luciano Kameskase / Agência Estado)Neymar e Lucas cantam em Salvador (Foto: Luciano Kameskase / Agência Estado)
Neymar lucas thiaguinho exaltasamba carnaval salvador (Foto: Luciano Kameskase / Agência Estado)Jogadores cantam com Thiaguinho, do Exaltasamba (Foto: Luciano Kameskase / Agência Estado)

Capitão do Inter, D'Alessandro rejeita fama de encrenqueiro: 'Era, agora não'

Em entrevista ao Esporte Espetacular, jogador fala sobre bom momento do futebol brasileiro, Maradona X Pelé e confessa gostar de samba e pagode

Por GLOBOESPORTE.COM Porto Alegre
Há quatro anos no Brasil, o meia D'Alessandro virou xodó da torcida do Internacional. Ainda mais depois de, no início deste ano, recusar uma oferta do futebol chinês e continuar no clube Colorado. Com fama de esquentado, o jogador diz que depois do 30 anos está bem mais calmo, mas confessa que já brigou muito em campo. No museu do clube, o craque do Inter recebeu Cléber Machado e falou sobre o momento do futebol brasileiro, as comparações entre Messi e Cristiano Ronaldo, Pelé e Maradona, a fama de encrenqueiro, e o gosto pelo churrasco argentino, e pela música brasileira.
D'Ale sente orgulho da história do futebol argentino no Brasil e ressalta que o momento que vive é fruto do trabalho dos que vieram jogar no país antes. Para ele, o futebol brasileiro está num momento promissor, melhor que o de seu país de origem.
– Não só economicamente, o futebol do Brasil é melhor. Eu gostaria que o argentino estivesse no mesmo nível, mas hoje o argentino baixou um pouquinho. Então, ao meu entender, é o melhor da América do Sul e você ve grandes jogadores, craques, como Ronaldinho, Fred e Neymar, que não saiu do Santos. Ele podia ir para o Real Madrid e decidiu ficar. Eu acho que isso é um exemplo para lá – afirmou o jogador.
O meia relembrou momentos da carreira, falou sobre planos depois que decidir se aposentar e revelou seu grande ídolo: o uruguaio Ruben Paz, que também jogou no Internacional.
Veja o que rolou no bate-papo do craque com Cléber Machado:
Cléber Machado: Dá alguma satisfação como argentino, em ter os seus compatriotas brilhando aqui no Brasil? Afinal de contas tem lá sua história no futebol.
D’Alessandro: Ah, é orgulho né. Orgulho e um trabalho de nós argentinos que vem sendo feito faz anos. Os jogadores argentinos que fizeram a história aqui no Brasil, que tiveram a felicidade de jogar aqui no Brasil, abriram essa porta. Fizeram um grande trabalho aqui, então, aí começa a abrir essa porta para que chegassem mais argentinos.
E brilhando hoje, né, com destaque como os melhores do campeonato.
O argentino gosta muito do futebol brasileiro, né. Sempre. Eu gostei sempre. Até porque os maiores ídolos do futebol são brasileiros, além dos argentinos, né? A gente sempre tem adoração e carinho.
Você sabe que a gente aqui alimenta uma rivalidade grande com a argentina. No futebol basicamente. Lá, tem essa rivalidade com o Brasil em termos de futebol?
Acho que fica só no campo. Deu para ver quando eu cheguei aqui. O carinho que tem o torcedor brasileiro pelo jogador argentino. Dá para ver no cruzeiro, você falou do Montillo. O Tevez conseguiu esse carinho com a torcida do Corinthians, o Mascherano também. O Conca no Fluminense, o Sorín no Cruzeiro. Então acho que o trabalho dele, da época do Sorín, e um monte de jogadores do Grêmio, para falar aqui do Sul, no Grêmio no Inter, fizeram com que a porta continuasse aberta para que chegassem mais argentinos.
É mais no negócio de mídia, de torcida, de imprensa, do que de povos, você acha?
Claro que tem a rivalidade normal dentro do campo. Mas é mais como se diz, folclore do futebol. É Argentina e Brasil, duas potências sul-americanas e mundiais. É claro que o trabalho da mídia acrescenta ainda mais essa rivalidade
Jogando pela argentina, ganhar do Brasil tem um sabor diferente do que de outras seleções?
É melhor sim, mas eu perdi a copa América de 2004 para o Brasil, na Venezuela.
Ah é, você e o Tevez que ficaram fazendo hora ali na esquerda.
O Edu ficou bravo com a gente. Faltavam cinco minutinhos para acabar o jogo e a gente tava ganhando. Ninguém achava que o Adriano iria fazer aquele gol no final.
Vocês estavam ganhando um jogo, aí você segurou um pouquinho, o Tevez segurou um pouquinho. De repente sai um gol. O que você pensou na época?
Isso é parte do futebol. No finalzinho do jogo, você tenta. Você acha que segurar a bola quanto mais longe do gol é o melhor. É o que dizem. E o trabalho nosso era esse. Tentar que o tempo passasse para acabar o jogo. Uma final contra o brasil. E a gente sabe que contra o Brasil, você não pode dar um centímetro que com os jogadores de qualidade que tem a Seleção Brasileira. Não lembro bem, mas acho que foi um arremesso lateral no meio de campo. Foi uma bola longa que foi jogada na área, que ficou espirrada na área e o Adriano guardou. E depois, os pênaltis.
D'Alessandro Esporte Espetacular (Foto: Rafael Antoniutti/Divulgação)D'Alessandro relembra a derrota para o Brasil na Copa América de 2004 (Foto: Rafael Antoniutti/Divulgação)

O mesmo tanto que a torcida brasileira comemorou, vocês devem ter ficado frustrados.
Ficamos. Acho que fizemos para merecer a vitória. Jogamos por um momento muito melhor. Só que você tem que fazer gol, né? E a gente não conseguiu segurar o resultado. E depois nos pênaltis, você sabe como é. Sorte e tudo mais.
Mas mesmo perdendo a Copa América, vocês vão depois ganhar a medalha de ouro em Atenas. E era uma geração da argentina considerada muito boa. Essa geração não decolou, na seleção argentina profissional?
É que a seleção vai mudando. A Argentina teve a sorte nos últimos anos continuar fazendo craques, né? Hoje tem o Agüero, que no momento não estava conosco. Hoje tem o melhor jogador do mundo, que naquele momento tinha 13, 14 anos, ou menos. Então, ficar no caminho na seleção argentina, é difícil.
A renovação é muito grande, né?
É muito grande, e a competência também. E tu tem que continuar trabalhando e continuar mantendo um nível bom para continuar fazendo parte do grupo.
Como é o teu relacionamento com os teus colegas, com o treinador. Você tem dificuldade, ou você leva na boa? É um cara fácil de lidar?
Eu levo na boa.
A fama é que você é meio encrenqueiro, é verdade ou não?
Era. Agora não, não.
Passou dos 30, aí está mais tranqüilo?
É, isso quanto mais velho é melhor, como um vinho. Mas eu não posso fugir do meu caráter. O meu caráter todo mundo já conhece aqui no clube. Eu cheguei aqui e o grupo me recebeu muito bem. E eu levo na boa, e sempre tento me introduzir no grupo, e não só no futebol, mas também na música. Seja no samba, pagode...
Você não vai me dizer que canta samba e pagode...
Não canto. Só ouço. Quando eu cheguei aqui, tinha o Taison que era todo dia no quarto música. Não vou falar que hoje sou mais um brasileiro, mas eu tomei muito carinho pelo povo.
Você se sente em casa? Você foi para a Alemanha, para a Espanha, Inglaterra... Hoje talvez, o jogador pense um pouco mais. As propostas daqui podem ser mais sedutoras para que ele não vá. Isso você percebe também com a molecada que está começando?
Tem muito a ver com a vida pessoal de cada um. A minha vida mudou muito no momento em que eu tive um filho, que eu me casei, que eu tenho minha mulher, meu filho na escola. Então minha prioridade é outra. É minha família, e depois o futebol.  Às vezes, o preço que tu tem que pagar por mudar de cultura, de idioma, é muito maior a felicidade do meu filho, da minha mulher e da minha família por estar perto da argentina.
Essa é grande vantagem de Porto Alegre, não?
De estar no Brasil, né? Acho que hoje, não só economicamente, o futebol do Brasil é o melhor da America do sul. Eu gostaria que o argentino estivesse no mesmo nível, mas hoje o argentino baixou um pouquinho. Então, hoje tu vê aqui jogadores grandes, craques, como Ronaldinho, o Fred, o Neymar, que não saiu do santos. Porque ele tá bem, tá na sua casa. Ele podia ir tranquilamente ao Real Madrid, e decidiu ficar. Acho que isso é um exemplo para lá.
D'Alessandro Esporte Espetacular (Foto: Rafael Antoniutti/Divulgação)Xodó da torcida, D'Ale diz que está muito feliz no
Internacional (Foto: Rafael Antoniutti/Divulgação)
Você se sente em casa, então? Se não é 100% em casa, você se sente bem?
Eu estou bem aqui, estou feliz. A minha casa tá lá, né. A minha casa, meu bairro, meus amigos. Mas aqui to muito feliz. E tem muito a ver com a vida pessoal. Eu sempre falo isso, se tu ta bem na vida pessoal, você pode fazer um bom trabalho no que você sabe fazer.
Apesar de ser um trabalho como qualquer um é bem diferente. Pelo tipo de cobrança, o tipo de reação. Uma coisa é o cara do banco ir jantar fora, outra é o jogador que perde um jogo sair para jantar. Você lida bem com isso ou mais ou menos?
Ah, eu tento. Claro que um jogador nunca vai gostar das críticas, mas tem de aceitar. Tem que saber, e o jogador é o primeiro que sabe quando joga mal ou quando joga bem, e quando joga mal, sabe o que vai cair em cima. Então, saber lidar com isso, saber que as críticas vão vir, e saber que tu não é nem o melhor nem o pior. Porque se tu achar que é o melhor, porque em um dia jogou bem ou que fez um trabalho muito bom, ai depois você joga mal e as críticas vão cair igual.
A impressão que todo mundo tem é que a vida de jogador de futebol é boa. É mais para boa do que para ruim?
O atleta faz o que gosta, e ainda é remunerado. Nem todo mundo faz o que gosta, faz o que sabe, e é remunerado, como é o atleta, que é muito bem remunerado. Então, tem que saber levar essa pressão, não tem como fugir disso, tem de saber levar essa pressão. O atleta, se não fizer um bom trabalho, o preço que vai pagar é muito mais alto. Então não tem como fugir disso.
O churrasco argentino é melhor que o gaúcho?
É melhor. Aqui a carne é muito boa, só que não troco pela argentina.
O gaúcho provavelmente não troca o churrasco dele por um argentino...
Certamente! Mas no Brasil, se come muito bem.
E o Maradona, é melhor que o Pelé?
Eu não quero entrar nessa, mas... Eu não vi jogar Pelé, vi só vídeos dele. Fora de série! E eu vi jogar Maradona. Eu posso falar de Maradona diferente do que posso falar do Pelé. Mas o meu pai me fala muito do Pelé, e bem. O Maradona, para nós, para o argentino, é Deus. Mas eu não tenho como reconhecer que o Pelé é um dos maiores jogadores da história do futebol.
Os grandes são os grandes independentemente se eu acho um melhor ou se você acha um melhor. Você que é um grande jogador pensa assim também ou acha que a comparação é inevitável?
É inevitável a comparação. Só que hoje em dia, por exemplo, tem o Messi e tem o Cristiano Ronaldo. O Messi é o melhor do mundo, por tudo o que ele conquistou e por reconhecimento da mídia mundial, da imprensa. Mas o Cristiano também ganhou tudo. Os dois são grandes, só que hoje, o melhor do mundo é o Messi.
Quais são os grandes jogadores que você viu jogar?
Eu vi jogar argentinos, mas o meu ídolo é uruguaio, Ruben Paz, que jogou no Internacional. Eu sempre me colocava na frente da TV com o meu pai, para que eu visse os jogadores da minha posição. Meu pai sempre fez isso para mim. Depois eu vi o Francescoli, na Argentina, o Ortega. Joguei com Ortega. Veio o crespo. Os brasileiros também. Eu gostava muito do Denílson, do Rivaldo. Mesmo em outra posição, Roberto Carlos para mim foi um fora de série. Também teve o Dener. Ronaldo para mim, é extraordinário. O Ronaldinho, o Neymar hoje. O Alex, do Fenerbahçe, para mim também é craque.
D'Alessandro Esporte Espetacular (Foto: Rafael Antoniutti/Divulgação)D'Alessandro não gosta de dar entrevistas, mas se soltou com Cleber (Foto: Rafael Antoniutti/Divulgação)
O Neymar você acha que está para entrar nesse time de superastros?
Está sim.
Quando você não está jogando, você para em frente à televisão e vê futebol?
Gosto muito, sempre. Série b, c, a... argentino. É importante, porque a minha ideia é continuar trabalhando no futebol e eu pessoalmente começo a enxergar o futebol diferente, de uma maneira diferente. Eu sempre gostei de futebol e a minha vida sempre passou pelo futebol. Eu tenho um jogo da série c eu consigo ficar na frente da TV.
Você falou que era encrenqueiro. Lembra daquele River e Corinthians, que ficou marcado para o Geninho, com o pega, pega, e o Roger pegou você? Você é provocador dentro do campo?
Eu era. (risos)
Hoje você pede licença para dar um drible?
Passaram muitos anos. Eu vou jogar em São Paulo e o pessoal do Corinthians ainda lembra desse jogo. E fala. que eu acabei com o Corinthians, dentro do Morumbi e tal. Eu estava no River e o Kleber meu companheiro estava no Corinthians. Claro que dentro do campo, eu falo que vale tudo com o respeito ao colega, a gente não deixa de ser colega de fazer o mesmo trabalho que o outro. Eu gosto de falar dentro do campo, claro que sempre com respeito.
E aquela cena com o Willian, do Corinthians, na final da libertadores? Você tava meio um pugilista que não tava querendo muito luta.
Aquela foi engraçada. Eu não ia brigar, tinha certeza que não ia brigar. Até porque o Willian é grande, né? (risos). Mas foi engraçado, e eu fico com vergonha hoje.
Seu pai foi importante à beça na sua carreira e na sua vida, né?
A minha mãe também. O que eles me acompanharam na minha vida de pequeno foi impressionante. Hoje o meu maior orgulho é poder dar a eles uma vida, que eles com o pouco que eles tinham e conseguiram e nesse momento me dar. Hoje eu posso dar para eles uma vida boa. Agora, se tem jogo importante eles veem, assistem ao jogo.
E com seus filhos, a relação é a mesma?
Tem isso também. A minha filha me pergunta, o que foi pai? Não foi nada, não aconteceu nada. A ideia que eu sempre passo para ela é que o que faz o pai dela dentro de campo, procura não fazer. Só gol, que o pai também não faz muito. Mas brigar, não.
Você teve problema com o Tite aqui?
Eu tive uma discussão, que ele contou em um programa. Foi coisa de gente grande, normal. Questão de jogo que a gente tinha, a gente teve um momento que não ganhava a cinco, seis jogos. Então, mas ficou aí, e a gente é grande. O Tite é um grande profissional. Eu fui falar com ele quando fomos jogar contra o Corinthians, e ficou tudo bem. Eu acho ele um baita profissional, um cara que trabalha muito bem e continuo desejando o melhor para ele.
River e Boca, Grêmio e Inter. Dá para comparar essas duas rivalidades?
Acho que é quase parecido. Aqui é um inferno. Ainda bem que a gente nos últimos anos conquistou títulos importantes e continua fazendo nosso trabalho.
O que significa uma derrota ou vitória em um gre-nal?
Derrota no gre-nal significa que você quase não vai poder sair na rua. Ou sair e ficar ligado se não vai receber uma queixa do torcedor. Mas eu me dou muito bem também com o torcedor gremista. Eles têm muito respeito por mim eu sempre tive muito respeito por eles. O Inter precisa do Grêmio e o Grêmio vai sempre precisar do Inter, então é uma rivalidade que faz bem aos dois.
Os argentinos e os brasileiros são os favoritos para a libertadores nesse ano?
Acho que os dois. Não posso deixar fora um time como o Boca, que tem história na libertadores, como o Velez. O Lanús, que é um time bom, que não conseguiu conquistar ainda um titulo importante como é a Libertadores. E os times brasileiros todos estão bem fortes, bem formados. Tem jogadores de muita qualidade, jogadores que tem experiente para o tipo de competição.
E para acabar, é verdade que você não gosta de dar entrevista?
Ah, não é que não gosto. O meu pensamento é que o jogador de futebol tem que ser conhecido pelo que joga, e não pelo que fala. Eu já paguei o preço, na argentina... É que quando você estreia e começa no futebol gosta de se ver na TV. Essa entrevista aqui foi uma das mais leves dos últimos anos!

Chuteira quadrada: Assunção testa
e avalia 'invenção revolucionária'

Calçado visa acabar com os erros de finalização no futebol. Calibrado, volante palmeirense faz gols, mas ouve piadas e reprova o invento

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
Marcos Assunção é dono de um dos chutes mais calibrados do futebol brasileiro. Só em 2012, o capitão palmeirense participou de dez dos 17 gols marcados pelo Verdão na temporada. Sua importância para o time alviverde é indiscutível. Mas, até que ponto a chuteira do volante interfere na precisão das batidas de falta “mortais”? Para tirar as dúvidas dos torcedores mais curiosos, o Esporte Espetacular fez o teste na última semana - com uma pequena ajuda de Antonio de Mitry, ex-professor de desenho industrial e amante do futebol.
Aos 76 anos de idade, Antonio ganhou a vida criando desde móveis para residências a peças para o setor automotivo. Inconformado com os chutes tortos de atacantes pelo mundo, no entanto, decidiu arriscar-se no ramo dos calçados: criou uma chuteira teoricamente imune aos erros de finalização. De 2006 até agora, o projeto evoluiu, e a “chuteira perfeita” está pronta e registrada. Com objetivos ambiciosos.
Pela lógica do inventor, o desenho dos modelos convencionais não combina com a bola porque ambos são arredondados. Já o calçado que ele desenvolveu tem formato côncavo na ponta – feito pra se encaixar na bola, permitindo que o jogador posicione o arremate. Pela aparência, digamos, inusitada da invenção, De Mitry ressalta que não foram poucas as piadinhas ouvidas ao longo do desenvolvimento do projeto.
– Já ouvi coisas do tipo: isso aí não é chuteira, isso é coisa de outro mundo, eu não vou usar isso. Mas sempre digo: depois de experimentar, você vai usar. Você vai ver. A chuteira faz com que os chutes sejam potencializados e direcionados – explica o inventor.
Teoria é teoria. Já a prática...
Assunção aceitou testar as chuteiras no gramado da Academia de Futebol, onde passa horas treinando os arremates ao fim dos treinamentos do Palmeiras. Pelo estilo retrô do invento, ainda teve de aguentar piadinhas dos companheiros – que brincam com a “experiência” do volante de 35 anos. Entre as brincadeiras, ouviu que o par de calçados combina com seu estilo “dinossauro”.
Apesar do bom aproveitamento nas cobranças, Assunção admite que não gostaria de usar um par de “chuteiras quadradas” nas partidas. Justamente o bico emborrachado, diferencial da invenção de Antonio de Mitry, atrapalha o jogador na hora do chute. Para não desanimar completamente o empenho no desenvolvimento da chuteira, no entanto, ele ressalta que os chutes de bico realmente saem com mais força e precisão. Nada que compense o peso e desconforto de usar um dos pares durante 90 minutos.
– Eu tenho de ter a sensibilidade no pé. Tenho de sentir a bola, para saber a força que devo colocar, a velocidade da bola. A chuteira convencional tem o bico mais fino, só pega o dedão. A gente não chuta de bico. É muito difícil imaginar dar passes, lançamentos longos, faltas e escanteios com essa chuteira. De bico é impossível... Usa-se muito pouco. Seria impossível jogar com essa chuteira. Não daria. Não tem como – completou.
Especial com Marcos Assunção, do Palmeiras (Foto: Anderson Rodrigues / globoesporte.com)Marcos Assunção faz pose, mas reprova a chuteira qudrada (Foto: Anderson Rodrigues / globoesporte.com)

Toró dispara: 'Um dia Cuca ainda vai ouvir falar de mim como vitorioso'

Jogador teve uma carreira 'ao contrário': primeiro, experimentou a fama, e depois viveu os dramas. Hoje, tenta o reinício da carreira no Figueirense

Por GLOBOESPORTE.COM Florianópolis
Quando pequeno, ele já era bom de bola e fazia chover. Toró experimentou uma carreira "ao contrário" no futebol. Primeiro veio a fama e depois os dramas. No começo, teve proposta do exterior, ganhou títulos na Seleção de base, foi capitão do Fluminense, até que passou por uma cirurgia no joelho direito aos 14 anos. Um ano parado e conseguiu voltar, mas não se firmou mais no Tricolor. Foi para o Flamengo, onde conquistou títulos estaduais, Copa do Brasil de 2006 e o Brasileiro de 2009, atuando como volante. Em 2011, foi para o Atlético-MG, onde tentava, mais uma vez, se firmar. Com a chegada do técnico Cuca, com quem tinha vencido um Campeonato Carioca com o Flamengo, os rumos de Toró mudaram, e ele foi afastado do elenco. Hoje, tenta o recomeço da carreira no Figueirense.
- Quando eu comecei a me encaixar, quando eu comecei a jogar, foi a época que o Cuca chegou e desandou tudo. Fiquei muito chateado com o que aconteceu no Atlético-MG,  eu estava numa crescente e por algum motivo que não sei porque me afastou. Se Deus quiser, um dia ele vai escutar falar mais de mim como um Toró vitorioso - disse o atleta.
Toró não foi o único a ser afastado da equipe mineira. Alegando estar com o elenco inchado em um momento complicado, o técnico Cuca disse que precisou tomar algumas medidas necessárias e dispensou sete jogadores.
- Quando a gente entra em um contexto no meio de uma competição, é porque as coisas não estão boas. E você tem que tomar algumas medidas. Às vezes agrada e o jogador entende, e outras vezes não entende como o Toró não está entendendo. Então não faço crítica nenhuma a ele, a medida que eu tinha de tomar, tomei. O resultado final mostra que foi uma medida correta. Quem entrou no lugar dele, hoje é praticamente um ídolo do Atlético, que foi o Pierre. E ele que siga a vida dele, que seja feliz. Já que ele falou que me deu um título, muito obrigado, Toró, boa sorte, seja feliz.
Toró Esporte Espetacular (Foto: Reprodução/TV Globo)Toró tenta o recomeço da carreira no Figueirense,
do técnico Branco (Foto: Reprodução/TV Globo)
Volante para ganhar a vida
Quando chegou ao Flamengo, Toró atuava no meio-campo, e era praticamente um atacante. Até que teve uma proposta do técnico Ney Franco: ser coadjuvante e jogar como volante.
- Eu era um meio-campo avançado, onde marcar para mim era muito pouco. Mas quando cheguei ao profissional do Flamengo, eu abri mão disso tudo para poder virar volante e poder vencer na vida - contou o jogador.
Rei por um dia
Criado na zona norte do Rio, Toró é o caçula de nove irmãos e sempre contou com a apoio da família. Quando criança,  o jogador teve a oportunidade de ser rei por um dia. Ele que já era o cara da base na época representou o rei do futebol no filme 'Pelé Eterno'.
- Fiquei muito feliz de ser o rei. A gente gravou numa sexta feira e no sábado a gente tinha jogo, uma semifinal contra o Olaria, em Xerém. E a gente não tava nem aí, todo mundo feliz porque estava representando o filme do rei; tanto que a gente perdeu de 4 a 0 pro Olaria e a gente nem aí, feliz, rindo, todo mundo amarradão - lembrou o jogador.
Após uma longa inatividade, Toró comemora a estreia no time de Branco. Em sua primeira partida, saiu de campo aplaudido pela torcida. A vida recomeçou, e o menino do filme ainda busca o seu final feliz.


Para brilhar, vice de futebol do Fla se espelha em seu pai, Cláudio Coutinho

Com ligação histórica com o Flamengo, Paulo César relembra infância no clube. Filho de Cláudio Coutinho hoje é o homem forte do futebol rubro-negro

Por Duda Magalhães e Thiago Asmar Rio de Janeiro
Homem forte do futebol do Flamengo, Paulo César Coutinho tem uma ligação histórica com o clube. Filho de Cláudio Coutinho, técnico do Flamengo de 1978 até 1980, ele viu de perto os anos de ouro do Fla. Tão de perto que ganhou um apelido dos próprios jogadores do clube quando era garoto: virou o Cascão. Ele atende pelo apelido até hoje, mas o garotinho cresceu e em janeiro virou o vice de futebol da Gávea, o homem de confiança de Patricia Amorim no departamento de futebol.
Paulo César lembra com carinho as travessuras nos vestiários do clube. Era tão brincalhão, que chegava a dar nós nas camisas e calças dos jogadores. E o apelido Cascão vem de uma brincadeira que Júnior e Zico fizeram com ele. Depois de tantas traquinagens, um dia, os jogadores tiveram a ideia de pregar uma peça no garoto.
- Brincava tanto que os jogadores resolveram começar a me dar caldo na lama. Me jogar na lama, enfiar a minha cara lá. Sabe aquele caldo dentro d'água, que entra água no nariz? Comigo era assim, só que na lama. Eu ficava sempre todo sujo no Flamengo, e eles ficavam me provocando: "Vai Cascão, vai tomar banho" - contou Paulo César.
Abel Braga, um dos zagueiros da Seleção de 1978, dirigida por Cláudio Coutinho, o pai de Cascão, lembra das peripécias do garoto:
- O Cascão perturbava, cara. A gente dava cascudo nele, era uma coisa espetacular. Ele perturbava tudo. Você estava comendo a sobremesa, ele vinha e tirava o talher. Estava com suco, ele passava, pegava o copo e tomava. Ele era o inferno - brincou o técnico do Fluminense.
Coutinho Esporte Espetacular (Foto: Reprodução/TV Globo)Coutinho foi o preparador físico da Seleção de 70,
tricampeã no México (Foto: Reprodução/TV Globo)
Pai-herói
Cláudio Coutinho apareceu para o Brasil em 1970. Era o preparador físico da Seleção Brasileira tricampeã do mundo no México, e com métodos revolucionários, deu gás para o time canarinho levantar o caneco naquele ano.
- Olha, sinceramente, eu nunca estive tão bem fisicamente como em 70. Uma preparação fantástica, maravilhosa. E a gente tirou frutos - lembrou Rivelino.
O Rei Pelé também lembra com carinho do pai de Cascão:
- Em 70, nós trabalhamos junto com o professor Cláudio Coutinho. Excelente pessoa, muito, muito profissional. Era o mais bravo do grupo, e foi uma pessoa importante na nossa vida, na época de 70. Foi um dos professores que nos ajudou bastante - disse Pelé.
O sucesso e os estudos tornaram Coutinho treinador. Ele dirigiu a seleção peruana, o Vasco, mas fez história quando comandou o time do coração, o Flamengo, de 1977 a 1980. Cláudio Coutinho lançou a geração mais vitoriosa da história do clube, que ganhou a Libertadores e o Mundial de 1981.
- Sem dúvida ele foi o melhor treinador com o qual trabalhei. Ele conseguiu juntar talvez todas as virtudes dos grandes treinadores - disse Júnior, comentarista da TV Globo.
Paulo César Cascão Flamengo (Foto: Reprodução/TV Globo)Cascão já dava entrevista quando era criança
(Foto: Reprodução/TV Globo)
- Me enchia de orgulho, né? Era uma espécie de super-herói. Era mais que um pai, era um super-pai. Uma criança ver o pai ser ovacionado e amado pela torcida, como ele era, era realmente um super-herói - lembrou Cascão.
Coutinho também foi o técnico da Seleção Brasileira na Copa de 78, na Argentina. Ali, teve a maior frustração da carreira. O Brasil venceu a Polônia por 3 a 1 nas semifinais e achava que já tinha se classificado para a final. À noite, viu a Argentina golear o Peru por 6 a 0 e se classificar para a decisão contra a Holanda.
- Com certeza essa foi a maior frustração dele. Ele estava muito esperançoso. Ele fez um trabalho sério, estudou os adversários e achou que seria uma competição justa, que venceria o melhor - contou Cascão.
Praticante da apneia, o mergulho sem auxílio de cilindros de ar comprimido, Coutinho morreu em 1981, nas Ilhas Cagarras, no Rio de Janeiro. Hoje, mais do que nunca, Paulo César se espelha no pai para fazer um bom trabalho no Flamengo.
- Eu preciso honrar o nome da minha família. Devo isso ao meu pai, por tudo que ele fez na vida, por nós, mas sobretudo, eu preciso honrar o nome do Flamengo, que é o nome mais importante na nossa história. Espero que meu pai ilumine minha cabeça, o meu pensamento, e peça lá para Deus me dar uma força - finalizou Paulo César.
Paulo César Cascão Flamengo (Foto: Reprodução/TV Globo)Paulo César é o homem forte do departamento de futebol do Flamengo (Foto: Reprodução/TV Globo)

Futebol e samba: relembre craques e suas ligações com o carnaval


dom, 19/02/12
por gm marcelo |
categoria Sem Categoria
A relação do futebol com o carnaval é antiga. Lamartine Babo, autor de famosas marchinhas, é o responsável por 11 hinos de clubes cariocas. Na Copa de 50, a goleada de 6 a 1 do Brasil sobre a Espanha ficou marcada não só pelo resultado expressivo, mas também pelo coro de milhares de vozes no Maracanã superlotado cantando “Touradas em Madri”, de Braguinha.
E a presença de representantes do futebol nos desfiles de escola de samba também é algo tradicional.
Relembre alguns momentos marcantes de craques do futebol no carnaval.
Garrincha
Mané Garrincha sempre foi descrito pelos que conviveram com ele – e por ele próprio – como uma pessoa sempre alegre, de bem com a vida. Mas os últimos anos do “Anjo das pernas tortas” foram difíceis. Os problemas enfrentados pelo bicampeão mundial ficaram evidentes para todo país em fevereiro de 1980, durante o desfile da Mangueira, a mais popular escola de samba do Rio de Janeiro. Convidado a ser um dos destaques do enredo que homenageava grande nomes do passado do país, Garrincha, vestido com o uniforme da Seleção, não teve condições físicas sequer de ficar em pé no carro alegórico. Durante o todo o trajeto ficou sentado, com o olhar perdido. As únicas reações eram acenos tímidos para a multidão que o aplaudia. E se surpreendia com o estado de saúde do ex-jogador, que aparentava bem mais do que os seus 46 anos. Efeitos do alcocolismo e dos remédios que tomava para tentar combater a cirrose.

Maradona
Quem foi melhor: Pelé ou Maradona? Se nos campos, o brasileiro recebe a maioria absoluta dos votos, no quesito carnaval, Diego parece levar a melhor. Pelé já prestigiou os desfiles, mas as participações do Rei não foram tão marcantes quanto as duas de Diego no carnaval carioca. A primeira visita ocorreu em 98. Maradona se esbaldou e suou a camisa (literalmente) cantando e dançando no Sambródomo. Ao som da bateria, disse se sentir “brasileiro”. Gostou tanto que voltou em 2006. Aos goles de cerveja e baforadas de charuto, Maradona se encantou com o desfile da Caprichosos da Pilares e com a madrinha de bateria da escola, Mel Brito. Até ser avisado que ela era casada com o presidente da agremiação, Paulo de Almeida.
Júnior
Se há um nome do futebol associado ao samba, este é Júnior. Desde os tempos de jogador, o ídolo do Flamengo era figura certa no desfile da Mangueira, sua escola do coração. A ligação com o samba era tão forte que, em 1982, o então titular da Seleção Brasileira se tornou a voz da torcida nacional, cantando uma música que virou um hino da equipe de Zico, Sócrates, Falcão e do próprio Júnior: “Povo Feliz”, mais conhecida pelo refrão “Voa canarinho”.

Edmundo
Torcedor fanático do Salgueiro, Edmundo não aguentou ficar muito tempo longe da sua escola de coração. No carnaval de 99, quando jogava na Fiorentina, criou polêmica ao trocar o frio de Florença pelo calor do verão do Rio e pelo desfile na Passarela do Samba. O que desagradou companheiros e torcedores da Fiorentina. A viagem azedou de vez sua relação no clube e influenciou sua saída da Itália meses depois.
Mas não seria sua última polêmica relacionada ao carnaval. Em 2002, após passagem sem sucesso no Cruzeiro, foi atuar no Tokyo Verdy. Mas em fevereiro, mais uma vez conseguiu uma liberação do clube japonês para passar as festas momescas no Rio. O argumento foi que precisava fazer uma cirurgia no pé. O que não impediu a sua presença na Passarela do Samba. De muletas, acompanhou o desfile do querido Salgueiro. Para desespero dos japoneses.
E neste ano, já marcou presença na folia, participando da apresentação da Mancha Verde em São Paulo.

Ronaldinho
Ronaldinho Gaúcho sempre gostou do Rio. Em 2001, quando entrou em lítigo com o Grêmio, querendo atuar no futebol europeu, foi no Rio em que o jogador se fixou. Chegou a ir várias vezes ao estádio de Moça Bonita, em Bangu, para fazer treinamentos. E logo no primeiro ano morando definitivamente na Cidade Maravilhosa, R10 não perdeu a chance de curtir de perto o carnaval carioca. E enfrentou uma verdadeira maratona.
No ano passado, recém-contratado pelo Flamengo, a programação foi intensa. Baile do Vermelho e Preto na Gávea e Sambódromo de sábado para domingo. Mais Passarela do Samba de domingo para segunda, com desfiles na Portela e na Mangueira. Saiu às 6h30m da Sapucaí. Ás 11h, estava no Ninho do Urubu para um treino de uma hora com os companheiros do Flamengo. Em ritmo bem lento, cumpriu a programação no clube. Mas a de carnaval ainda não tinha terminado. Por volta das 17h30, já estava em cima de um carro de som, tocando tamborim no desfile do bloco “Samba, Amor e Paixão”. Para este ano, o craque promete mais moderação.
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Na Austrália, carioca vira ídolo de
um esporte desconhecido no Brasil

Harry O'Brien nasceu em Madureira, no Rio de Janeiro. Foi para o outro
lado do mundo aos três anos de idade e hoje é estrela no futebol australiano

Por Thiago Asmar Direto de Melbourne, Austrália
Um craque capaz de encher estádios. Ídolo, mas que se preocupa com a pobreza e as injustiças sociais. Foi recebido até pelo Dalai Lama, um dos líderes espirituais mais importantes do mundo. Reconhecido em todas as ruas de Melbourne, Harry O'Brien não nasceu com esse nome gringo: era Heiritier, de Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro. Foi para a Austrália aos três anos e hoje é destaque do Collingwood, campeão nacional de 2010 de uma modalidade pouco conhecida no Brasil, o futebol australiano.
A única coisa parecida com o futebol que é jogado aqui é o nome. São 18 jogadores de cada lado, brigando pela posse de uma bola oval, dando passes com os pés e com as mãos. A trave lembra a do futebol americano, mas é dividida em três partes. Se a bola entrar no meio, vale seis pontos. Pelos lados, vale apenas um ponto. E para marcar, não vale jogar com a mão, apenas com os pés.
- Para jogar esse esporte, tem que ser forte, mas não basta isso. Tem que correr muito, e também ter mais habilidade - disse o craque brasileiro, que marcou um dos gols do título de 2010 de seu time.
No futebol australiano, o contato também é mais permitido do que no futebol convencional. Quando acontece uma briga, os juízes tem uma tolerância enorme. Demoram para separar, e ninguém é expulso do jogo. O tiro lateral é cobrado pelo árbitro, e sempre de costas, para não favorecer ninguém.
Harry O'Brien futebol australiano EE (Foto: Reprodução/TV Globo)O carioca Harry O'Brien é ídolo no futebol
australiano (Foto: Reprodução/TV Globo)
Paixão brasileira e preocupação social
Harry foi para a Austrália aos três anos, levado pela mãe, em busca do pai, que nunca conheceu. Toda vez que volta ao Brasil, fica na favela da Serrinha, em Madureira, onde nasceu. Fã de Ronaldinho Gaúcho, vai a todos os jogos do Flamengo que pode. Leva na pele o amor pela terra: tem tatuagens de uma favela, do Cristo Redentor e do escudo do Flamengo no braço.
Quando chegou à Austrália, Harry foi morar num conjunto habitacional, que tinha gangues e muita violência. Hoje, tem um projeto social na região, e suas ações ajudam as 40 mil crianças que vivem na região. Por conta disso, foi nomeado embaixador multicultural na Austrália.
- Eu sou muito mais conhecido por ser um jogador que tem uma voz e uma consciência social, do que por ser um jogador que tem habilidade. Eu gosto de usar a minha imagem para ser um representante de paz, para mostrar que você pode ser de qualquer lado do mundo, mas pode se entender - finalizou Harry.

Na Austrália, carioca vira ídolo de
um esporte desconhecido no Brasil

Harry O'Brien nasceu em Madureira, no Rio de Janeiro. Foi para o outro
lado do mundo aos três anos de idade e hoje é estrela no futebol australiano

Por Thiago Asmar Direto de Melbourne, Austrália
Um craque capaz de encher estádios. Ídolo, mas que se preocupa com a pobreza e as injustiças sociais. Foi recebido até pelo Dalai Lama, um dos líderes espirituais mais importantes do mundo. Reconhecido em todas as ruas de Melbourne, Harry O'Brien não nasceu com esse nome gringo: era Heiritier, de Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro. Foi para a Austrália aos três anos e hoje é destaque do Collingwood, campeão nacional de 2010 de uma modalidade pouco conhecida no Brasil, o futebol australiano.
A única coisa parecida com o futebol que é jogado aqui é o nome. São 18 jogadores de cada lado, brigando pela posse de uma bola oval, dando passes com os pés e com as mãos. A trave lembra a do futebol americano, mas é dividida em três partes. Se a bola entrar no meio, vale seis pontos. Pelos lados, vale apenas um ponto. E para marcar, não vale jogar com a mão, apenas com os pés.
- Para jogar esse esporte, tem que ser forte, mas não basta isso. Tem que correr muito, e também ter mais habilidade - disse o craque brasileiro, que marcou um dos gols do título de 2010 de seu time.
No futebol australiano, o contato também é mais permitido do que no futebol convencional. Quando acontece uma briga, os juízes tem uma tolerância enorme. Demoram para separar, e ninguém é expulso do jogo. O tiro lateral é cobrado pelo árbitro, e sempre de costas, para não favorecer ninguém.
Harry O'Brien futebol australiano EE (Foto: Reprodução/TV Globo)O carioca Harry O'Brien é ídolo no futebol
australiano (Foto: Reprodução/TV Globo)
Paixão brasileira e preocupação social
Harry foi para a Austrália aos três anos, levado pela mãe, em busca do pai, que nunca conheceu. Toda vez que volta ao Brasil, fica na favela da Serrinha, em Madureira, onde nasceu. Fã de Ronaldinho Gaúcho, vai a todos os jogos do Flamengo que pode. Leva na pele o amor pela terra: tem tatuagens de uma favela, do Cristo Redentor e do escudo do Flamengo no braço.
Quando chegou à Austrália, Harry foi morar num conjunto habitacional, que tinha gangues e muita violência. Hoje, tem um projeto social na região, e suas ações ajudam as 40 mil crianças que vivem na região. Por conta disso, foi nomeado embaixador multicultural na Austrália.
- Eu sou muito mais conhecido por ser um jogador que tem uma voz e uma consciência social, do que por ser um jogador que tem habilidade. Eu gosto de usar a minha imagem para ser um representante de paz, para mostrar que você pode ser de qualquer lado do mundo, mas pode se entender - finalizou Harry.

VENHA CURTIR O CANAVAL NA CIDADE DO CAFÉ

Entre os dias 18 e 20 de fevereiro acontecerá em Brejetuba-ES o CAFEFOLIA 2012, confira a programação:

Café Folia 2012 – BREJETUBA -ES
Sábado dia 18 Fevereiro em Brejetuba
19:00- Carro de Som (aquecimento e desfile dos blocos)
21:00- Show com Alex Campanha Elétrico
24:00- Encerramento com DJ Seven
Domingo dia 19 Fevereiro em São Jorge
19:00 - Carro de Som (aquecimento e desfile dos blocos)
21:00 - Show com Grupo Tradição Gaúcha
24:00 - Encerramento com DJ Seven
  Segunda dia 20 Fevereiro em Brejetuba
19:00 - Carro de Som (aquecimento e desfile dos blocos)
21:00 - Banda Swing + e Banda Mexe Brasil
24:00 - Encerramento  com DJ Seven
VENHA E DIVIRTA-SE!
Realização: Prefeitura Municipal de Brejetuba
                  Secretaria de Cultura, Turismo e Esporte