segunda-feira, 3 de junho de 2013

Jessica Andrade será a primeira brasileira na história a lutar no UFC

De acordo com o site 'MMA Fighting', ela será a substituta de Miesha Tate e vai enfrentar Liz Carmouche no UFC: Johnson x Moraga, no dia 27 de julho

Por Rio de Janeiro
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MMA Jéssica Andrade (Foto: Reprodução/Facebook)Jessica Andrade tem nove vitórias e duas derrotas
em sua carreira (Foto: Reprodução/Facebook)
Amanda Nunes foi a primeira brasileira a ser contratada pelo UFC, mas, ao que tudo indica, a honra de inaugurar a presença verde-amarela no MMA feminino da maior organização do mundo caberá a Jessica Andrade. De acordo com o site "MMA Fighting", a paranaense de Umuarama vai ser a substituta de Miesha Tate no UFC: Johnson x Moraga, dia 27 de julho, em Seattle (EUA). Assim, Jessica enfrentará a última desafiante do peso-galo, Liz Carmouche, já que Miesha agora vai encarar Ronda Rousey pelo título no lugar de Cat Zingano, que se machucou.
- Muito obrigada por tudo e por todos, por toda a ajuda. Se não fosse minha equipe (PRVT), hoje eu não estaria aqui. Muito obrigado, meu Deus, por mais um dia de sorriso e por essa família que eu tenho, que é a PRVT. A todo mundo que acreditou em mim, um muito obrigado. Umuarama, eu consegui, estou no UFC! - postou Jessica no Facebook, confirmando o acerto com o Ultimate.
Jessica Andrade nasceu no dia 25 de setembro de 1991 e já disputou 11 lutas de MMA, com nove vitórias (7-1 nos últimos oito combates) e duas derrotas. Foram quatro triunfos por nocaute e cinco por finalização. Amanda Nunes, a primeira brasileira contratada, está se recuperando de uma lesão no cotovelo e ainda não tem luta marcada.
Curiosamente, Jessica tinha três lutas agendadas para os próximos meses. No dia 15 de junho, ela enfrentaria Kalindra Faria no RF 9. Em sete de julho, lutaria contra Ana Maria Índia no Web Fight Combat 2. E no dia 14 de setembro, mediria forças com Carina Damm no Golden Fighters 6.
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MMA Jéssica Andrade (Foto: Reprodução/Facebook)Jessica Andrade vai enfrentar Liz Carmouche em julho (Foto: Reprodução/Facebook)
Com a luta de Liz Carmouche contra Jessica Andrade (ainda não oficializada), o UFC: Johnson x Moraga volta a ficar com 13 combates no card. O evento terá outra luta de MMA femininho: Julie Kedzie x Germaine de Randamie, também no peso-galo.
UFC: Johnson x Moraga
27 de julho de 2013, em Seattle (EUA)
CARD DO EVENTO
Demetrious Johnson x John Moraga
Rory MacDonald x Jake Ellenberger
Robbie Lawler x Tarec Saffiedine
Liz Carmouche x Jessica Andrade*
Michael Chiesa x Jorge Masvidal
Bobby Green x Danny Castillo
Mac Danzig x Melvin Guillard
Brendan Schaub x Matt Mitrione
Yves Edwards x Spencer Fisher
Julie Kedzie x Germaine de Randamie
Ed Herman x Trevor Smith
Aaron Riley x Justin Salas
John Albert x Yaotzin Meza
* Luta não divulgada oficialmente

Jessica Eye derrota Carina Damm por decisão unânime no NAAFS 9

Lutadora norte-americana foi superior na maior parte do combate e ampliou cartel pessoal para dez vitórias. Capixaba perdeu a terceira seguida

Por Richard Pinheiro Vitória, ES
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Carina Damm, lutadora capixaba de MMA (Foto: Divulgação/Alex Gouvea)Capixaba Carina Damm perdeu a sua terceira luta
consecutiva (Foto: Divulgação/Alex Gouvea)
A lutadora brasileira Carina Damm foi derrotada pela norte-americana Jessica 'Evil' Eye, por decisão unânime (29-28), na luta principal da nona edição do evento de MMA, North American Allied Fight Series (NAAFS - Fight Night in the Flats  9), que aconteceu na noite deste sábado, no Nautica Pavilion, em Cleveland, estado de Ohio, nos Estados Unidos.
Essa foi a derrota de número nove na carreira da lutadora capixaba, além de ser a terceira consecutiva. Carina é irmã mais velha do peso-pena do UFC, Rodrigo Damm e esposa do meio-médio do XFC e Smash Fight, Luís 'Sapo' Santos. Carina Damm também tem 17 vitórias no MMA. Jessica Eye acumula a sua décima vitória no MMA, chegando à expressiva marca de sete vitórias consecutivas. A lutadora norte-americana possui apenas uma derrota em seu cartel profissional.
Combate movimentado, mas com derrota brasileira
A luta começou com trocas de chutes entre as lutadoras, Jessica Eye acertou dois oeverhands em Carina, que respondia com chutes nas pernas. Logo depois, Eye acertou um soco no rosto de Carina que sentiu o golpe, andou para trás, foi para a grade e logo depois buscou o clinch. Com as duas lutadoras agarradas, Carina quase conseguiu uma queda, mas Eye resistiu e defendeu a tentativa da capixaba. Melhor no combate, a norte-americana atuava entre a média e curta distância, assustando com bons socos, enquanto Damm seguia tentando encontrar a melhor distância para atacar a adversária. No córner da brasileira, o marido e também lutador Luís 'Sapo' Santos dava instruções e gritava muito para incentivar a esposa no cage. Quando acabou o primeiro round, a brasileira se mostrava mais cansada que a oponente e recebeu instruções de Sapo no intervalo.
No início do segundo round, Jessica Eye continuava mais ativa, se movimentando mais e Carina Damm lutava mais concentrada, aguardando o melhor momento para desferir seus golpes.  Após ter a perna agarrada, Carina se soltou e deu um bom overhand. Logo depois, Carina Damm acertou um chute alto que pegou na cabeça  de Jessica, que sentiu e foi para as grades. Carina encurtou a distância e a norte-americana buscou o clinch para se recuperar do golpe sofrido. Eye esgrimou, inverteu a posição nas grades, enquanto Damm buscava o clinch de muay thai para desferir joelhadas no corpo da adversária. Nos momentos finais do segundo round, Jessica Eye tentou um chute, Carina segurou a perna e botou pra baixo, desferindo socos e entrando na guarda da norte-americana, usando o ground and pound para garantir a superioridade no round até 'soar o gongo'.
No terceiro round, a luta ficou mais franca, com as duas lutadoras trocando socos e chutes e encurtando a distância. Um pouco mais agressiva, Jessica Eye acertou alguns golpes no rosto de Carina, que respondia com chutes nas pernas e no corpo da adversária. Percebendo que estava melhor no round, Jessica Eye encurralou Carina nas grades e buscou o clinch, tentando dar joelhadas no corpo. Quando se soltaram, Damm acertou uma boa sequência de socos e chutes, mas quando buscou o clinch e tentou uma queda, Carina acabou caindo em posição desfavorável e após levar alguns socos, pressionada na grade, a brasileira puxou pra guarda, até que a norte-americana decidiu se levantar, nos segundos finais de luta, já prevendo a vitória.
Na decisão unânime dos juízes laterais, vitória da norte-americana Jessica 'Evil' Eye sobre a brasileira Carina Damm por 29-28. A capixaba ficará nos Estados Unidos para acompanhar o marido, Luís 'Sapo' Santos, que lutará no dia 14 de junho no XFC 24, contra Dave Curchaine. Carina Damm já tem mais duas datas marcadas para retornar aos octógonos: no dia 15 de junho, diante de Nayara Rodrigues, no evento MMA Fight Show 2, em Teresópolis, no Rio de Janeiro. E no dia 23 de agosto, a capixaba lutará novamente em solo norte-americano, pela décima sexta edição do evento Dakota Fighting Championships, que acontece na Sheels Arena, em Fargo, estado de Dakota do Norte, nos EUA.
A luta de Carina Damm contra a também brasileira Jessica 'Bate Estaca' Andrade, que aconteceria pelo Golden Fighters 6, em Itajaí (SC) foi cancelada, pois a adversária da capixaba foi contratada pelo UFC nesta semana.
Confira as próximas datas, locais e adversárias de Carina Damm:
MMA Fight Show 2
15 de junho de 2013, em Teresópolis (RJ)
Carina 'Beauty But The Beast' Damm x Nayara Rodrigues
DFC 16
23 de agosto de 2013, em Dakota do Norte (EUA)
Carina 'Beauty But The Beast' Damm x adversária não definida
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Ronda e Miesha apresentam os uniformes de suas equipes no TUF 18

Próximas treinadoras do reality show do Ultimate vivem dia de modelo

Por Rio de Janeiro
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O TUF 18 será a primeira edição do reality show do UFC que terá mulheres. Nesta sexta-feira, Ronda Rousey, uma das treinadoras do programa, postou uma foto no Twitter mostrando como serão os uniformes usados pelas meninas. A própria Ronda e sua técnica rival, Miesha Tate, serviram de modelos.
MMA Ronda Rousey e Miesha Tate (Foto: Reprodução/Instagram)Ronda Rousey e Miesha Tate com os uniformes do TUF 18 (Foto: Reprodução/Instagram)
O uniforme do time de Ronda Rousey terá um top na cor verde "marca-texto" e um shortinho colado preto. Já a vestimenta da equipe de Miesha Tate será um top azul e um shortinho cinza.
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A 18ª edição do TUF também terá homens. Cada equipe será formada por quatro rapazes e quatro mulheres, e os vencedores terão automaticamente um contrato com o Ultimate. O uniforme da ala masculina do programa não foi revelado ainda.

Vitor Belfort marca presença com o filho na reinauguração do Maracanã

Lutador carioca assiste ao empate entre Brasil e Inglaterra de camarote

Por Rio de Janeiro
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O lutador brasileiro Vitor Belfort foi uma das celebridades presentes à reinauguração do Maracanã, neste sábado, no Rio de Janeiro. O ex-campeão peso-meio-pesado do UFC assistiu ao empate em 2 a 2 entre Brasil e Inglaterra de camarote, com o filho Davi.
- Está lindo - escreveu Belfort sobre o estádio, reformado para receber jogos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo.
Vitor Belfort e Davi Maracanã (Foto: Reprodução/Instagram)Vitor Belfort e seu filho Davi no Maracanã (Foto: Reprodução/Instagram)
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Vitor Belfort nocauteou Luke Rockhold em sua última luta, no UFC no Combate 2, no último dia 18 de maio, e ainda não tem novo compromisso marcado pelo Ultimate.

Anderson Silva diz que queria apenas mais quatro lutas em renegociação

Campeão dos pesos-médios do UFC diz que ideia de fazer mais 10 lutas foi da organização, mas que se sente feliz com novo acordo

Por Rio de Janeiro
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ufc154 Anderson silva (Foto: Agência Getty Images)Anderson Silva recentemente assinou contrato por
mais 10 lutas no UFC (Foto: Getty Images)
O presidente do UFC, Dana White, anunciou recentemente que o brasileiro Anderson Silva renovou seu contrato com a organização por 10 lutas, e que a duração do novo acordo foi uma sugestão sua. O campeão dos pesos-médios, todavia, tem uma versão diferente para a negociação. Segundo ele, seu pedido inicial era por apenas quatro combates.
- Talvez haja alguma contradição perdida na tradução. Eu queria fazer mais quatro lutas, e eles disseram oito, e eu disse, "Que seja. Vamos fazer oito, 10. Vamos fazer quantas lutas vocês quiserem". Eles entraram nessa onda e me ofereceram 10 lutas, e foi isso que eu assinei - disse Anderson ao site "MMA Junkie", através de um intérprete.
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A duração do contrato surpreendeu aos fãs, já que Anderson Silva completou 38 anos recentemente e fez uma média de duas lutas por ano desde 2009. O próprio brasileiro não tem certeza sobre se terá condições de completar o contrato.
- Tudo depende. Dez lutas são cerca de seis anos, então veremos o que acontece nesse meio tempo. Espero que eu ainda esteja inspirado e que ainda tenha a força de vontade e desejo para entrar lá e lutar. Mas estou feliz. Sou bem tratado pelo Dana e Lorenzo (Fertitta) e por todos no UFC, e espero continuar tendo o desejo de lutar e treinar. Mas é questão de tempo. Temos de ir adiante e ver o que vai acontecer nos próximos anos - disse o Spider.
Anderson Silva defende seu cinturão contra o americano Chris Weidman no UFC 162, no próximo dia 6 de julho, em Las Vegas, EUA. Confira o card completo:
UFC 162
6 de julho de 2013, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Anderson Silva x Chris Weidman
Chan Sung Jung x Ricardo Lamas
Mark Muñoz x Tim Boetsch
Frankie Edgar x Charles Do Bronx
Dennis Siver x Cub Swanson
CARD PRELIMINAR
Tim Keneddy x Roger Gracie
Chris Leben x Andrew Craig
Seth Baczynski x Brian Melancon
Gabriel Napão x Dave Herman
Edson Barboza x Rafaello Trator
Kazuki Tokudome x Norman Parke
Mike Pearce x David Mitchel

Rayner Silva surpreende, nocauteia e conquista cinturão no Jungle Fight 53

Manauara, substituto de última hora de Robson New, derrota Arinaldo da Silva em menos de um minuto. Americano ex-UFC derrota Salomão Ribeiro

Por Rio de Janeiro
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O manauara Rayner Silva era um desconhecido ao ser convocado para substituir Robson New no Jungle Fight 53, há cerca de uma semana, no que deveria ser uma luta de unificação dos cinturões dos pesos-galos. Quando New voltar de lesão, terá de enfrentar o próprio Rayner, que surpreendeu e nocauteou o campeão Arinaldo Silva para conquistar o cinturão linear dos pesos-moscas do Jungle, neste sábado, em Japeri (RJ).
Rayner Silva Jungle Fight 53 (Foto: Fernando Azevedo/Divulgação)Rayner Silva corre ao redor do cage, comemorando a vitória e o cinturão (Foto: Fernando Azevedo/Divulgação)
Lutando como franco atirador, Rayner entrou sem nenhum medo e atacou o campeão Arinaldo sem dó. Um direto de direita balançou o potiguar, que passou a andar para trás. O manauara viu que o rival estava machucado e foi ainda mais agudo. Outro direto de direita certeiro derrubou Arinaldo, e o combate foi encerrado com apenas 54s de primeiro round. A "zebra" foi coroada novo campeão.
- Treino todo dia com a minha equipe, tenho uma equipe maravilhosa. Tenho ao meu lado o Alexandre Capitão, que conheço há pouco tempo mas já virou quase um irmão, e tenho que agradecer muito a ele - disse Rayner, emocionado. Foi apenas sua quarta luta em seu cartel oficial, e sua terceira vitória. Arinaldo sofreu a quarta derrota de sua carreira, após vencer suas três lutas anteriores.
Um dos combates mais aguardados da noite, o coevento principal, entre o peso-meio-pesado brasileiro e o americano ex- UFC Rodney Wallace, teve muita ação desde o início. Salomão Ribeiro marcou um chute baixo de Wallace e conseguiu um knockdown com um direto de esquerda. Por cima no solo, o brasileiro não perdeu tempo em atacar e buscar uma finalização. Salomão encaixou um katagatame, mas não conseguiu o estrangulamento e acabou desistindo. Wallace ameaçou uma kimura, que o ajudou a sair de baixo e se levantar. O brasileiro seguiu melhor e machucou o ex-UFC com uma bomba de direita. No minuto final, porém, o americano se recuperou, atacou num double leg e quedou o atleta da Team Nogueira.
Jungle Fight 53 Anamara Ring Girl (Foto: Divulgação)A ex-BBB Anamara foi ring girl ao lado de Syllvia
Andrade e Geisa Vitorino (Foto: Divulgação)
Os dois lutadores voltaram num ritmo mais lento no segundo round. Salomão buscou um double leg e conseguiu quedar, mas Wallace pegou uma kimura e ameaçou finalizar. O brasileiro sobreviveu, mas cedeu a montada. Ele não desistiu, ameaçou uma chave de calcanhar e, desta forma, raspou o adversário. Exausto, ele não conseguiu manter a posição. Wallace explodiu, se levantou e passou à posição de 100kg, onde castigou o atleta da Team Nogueira no ground and pound. O ex-UFC, porém, golpeava com pouca força, apenas pontuando.
No terceiro assalto, Wallace voltou mais disposto, acertando jabs e chutes baixos. Salomão mais uma vez marcou uma joelhada e colocou para baixo com um double leg. O americano se levantou, mas o adversário seguiu cinturando pelas costas e o puxou de volta para o chão. Por baixo, todavia, apenas levou socos no rosto até o árbitro interromper e recolocá-los de pé. Na trocação, o ex-UFC continuou mais efetivo, com jabs, diretos, golpes no corpo e chutes baixos. O americano ainda derrubou facilmente com um double leg, e Salomão atacou a kimura. Wallace defendeu com facilidade, passou à montada e usou o ground and pound até o fim do combate. Ele saiu vitorioso por decisão unânime dos jurados.
Lutador da casa faz a festa com a torcida
Na luta de abertura do card, Alex Oliveira começou partindo para cima, usando uma boa trocação no boxe para pressionar o adversário contra a grade. Com a guarda baixa, Delegado levou uma série de ganchos e diretos no queixo, mas não pareceu sentir a mão do rival. O lutador da Team Nogueira equilibrou a luta com o decorrer do primeiro round e, na metade do período, viu Oliveira cair por baixo quando ambos tentaram joelhadas voadoras e se chocaram no ar. Por cima, Delegado encaixou um triângulo de mão invertido e forçou Oliveira a bater em desistência. O atleta de 26 anos manteve-se invicto em seis lutas na carreira.
A segunda luta foi bastante movimentada. Cosme Baiano começou melhor, colocando o rival para baixo, mas o lutador da casa conseguiu se recuperar. Com o apoio da torcida local, Luis Japeri se empolgou e partiu com tudo para cima, golpeando de forma aberta. O atleta da Mangueira travou o adversário e levou de novo para o chão, mas não conseguiu encaixar nenhuma finalização. No segundo round, Japeri pareceu mais concentrado e passou a trocar força com Baiano no wrestling. Ele puxou para a guarda, encaixou uma guilhotina e finalizou o adversário, para delírio do público de cerca de 3 mil pessoas. O lutador saltou para fora do cage e foi cercado por torcedores, que o abraçaram e o ergueram nos ombros.
- Não dá para descrever, essa rapaziada aqui, eu treino é por vocês! - dedicou, muito empolgado, Luis Japeri.
Ciente que tinha a vantagem por seu adversário ter entrado na luta apenas na véspera, Warlley Alves não perdeu tempo em atacar Ederson Moreira, na terceira luta do evento. O lutador da XGym foi colocado para baixo, mas fechou uma guilhotina e rapidamente finalizou o oponente, em menos de dois minutos. Durante a pesagem do evento, na sexta-feira, Otávio Javali ficou 5kg acima do limite dos pesos-meio-médios e foi substituído por Ederson Moreira.
No combate entre os pesos-galos, o amazonense Mário Israel acertou a primeira bomba, um cruzado no rosto que seu adversário nem sentiu. Todavia, o paraense Nildo Katchau mostrou muita explosão e acertou chutes altos e um gancho de direita que abriu um corte no supercílio esquerdo do rival. Após ser atendido pelo médico para estancar o sangramento, Israel passou a buscar a queda insistentemente, mas o paraense se manteve em pé. No minuto final do primeiro round, Katchau acertou um cruzado de direita que derrubou Israel, mas o lutador amazonense sobreviveu ao ataque. No segundo round, foi Israel quem acertou um direto de direita que derrubou o paraense. Katchau ainda conseguiu se levantar, mas, cambaleante, sofreu uma série de golpes até o árbitro Douglas Ayres encerrar a luta por nocaute técnico, com o atleta ainda em pé.
Num combate cercado de expectativas, Valmir "Bidu" Lázaro e Guilherme "Kioto" Rodrigues fizeram uma luta muito técnica e estudada. Bidu trabalhou melhor os jabs e chutes baixos, enquanto o rival paraense não encontrava a melhor distância para golpear. A luta foi brevemente interrompida no segundo round devido a um golpe baixo inadvertido do lutador baiano, mas Kioto rapidamente voltou à luta e ainda conseguiu um knockdown. O paraense foi mais ativo no terceiro round e também acertou um golpe baixo sem querer com um upper, mas Bidu manteve o controle da distância e saiu vencedor por pontos.
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Confira os resultados completos do Jungle Fight 53:
Jungle Fight 53
1º de junho de 2013, em Japeri (RJ)
CARD DO EVENTO
Rayner Silva venceu Arinaldo da Silva por nocaute técnico no primeiro round
Rodney Wallace venceu Salomão Ribeiro por decisão unânime
Vlamir "Bidu" Lázaro venceu Guilherme "Kioto" Rodrigues por decisão unânime
Mário Israel venceu Nildo Katchau por nocaute técnico no segundo round
Warlley Alves venceu Ederson Moreira por finalização (guilhotina) no primeiro round
Luis Japeri venceu Cosme Baiano por finalização (guilhotina) no segundo round
Rodrigo Delegado venceu Alex Oliveira por finalização (triângulo de mão invertido) no primeiro round

Bom humor, suor e descontração: um dia na academia de Wanderlei Silva

Lutador tira fotos e distribui autógrafos para alunos e fãs em Las Vegas, dá aula para crianças e senhoras e revela o sonho de projeto social no Brasil

Por Las Vegas, EUA
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"O dia está movimentado hoje. Tem treino com o Wanderlei, e o gerente faltou. Mas ele já está chegando". Foi assim, dez minutos antes do horário marcado, que a equipe do Combate.com foi recebida na Wand Fight Team, num grande galpão próximo à famosa rua dos cassinos em Las Vegas. As boas-vindas foram dadas pela esposa de Wanderlei Silva, Téa, que mostrava certa pressa.
Não era à toa. A grande movimentação não era em vão. A presença de Wanderlei Silva não é uma constante na sua academia. Com uma agenda lotada de viagens, palestras e lutas, o "Cachorro Louco" divide seu tempo entre os diversos compromissos pelo mundo. Assim, a sua presença numa aula é um luxo para os cerca de 30 alunos que se preparam para treinar com uma das maiores lendas do MMA mundial.
MMA - Academia Wanderlei Silva (Foto: Marcelo Russio)Parentes de alunos e fãs assistem à aula de Wanderlei Silva, em Las Vegas (Foto: Marcelo Russio)
O grupo é heterogêneo. Crianças, jovens, adultos, senhores e senhoras. Pontualmente às 11h, Wanderlei Silva aparece na academia, dando início a um ritual incessante de fotos e autógrafos. Com paciência e um largo sorriso, ele atende a todos, sem exceção, e avisa aos alunos que a aula começará em dez minutos.
A academia não deixa nada a desejar às melhores de Las Vegas. Eleita em 2011 a melhor do mundo, a Wand Fight Team possui área de treino para amadores, sala de musculação de ponta, um octógono para a aula dos profissionais que serve de área de recreação para as crianças enquanto seus pais treinam, e uma pequena loja, logo na entrada, onde são vendidas camisas e material de treino.
MMA - Academia Wanderlei Silva (Foto: Marcelo Russio)Wanderlei Silva brinca com bebê e sua mãe em sua academia, em Las Vegas (Foto: Marcelo Russio)
Um escritório de frente para o tatame completa o cenário, decorado com bandeiras de diversos países, troféus de Wanderlei Silva e pôsteres com capas de revistas nas quais o brasileiro se destaca. Ao contrário da maioria das academias, a limpeza é uma obsessão. Não há cheiro de suor ou sequer um papel no chão. Tudo é mantido rigorosamente limpo. Segundo Wanderlei, mérito de sua esposa, que é quem administra o negócio.
MMA - Academia Wanderlei Silva (Foto: Marcelo Russio)Wanderlei auxilia alunos no aquecimento antes da aula
que durou quase duas horas (Foto: Marcelo Russio)
A aula começa com um pequeno aquecimento, aparentemente leve, com polichinelos, corrida em torno do tatame e pequenos saltos que escondem a exigência do mestre.
- Deve durar uma hora e meia, mais ou menos. Vou tirar o couro deles. Todo mundo hoje vai sair se arrastando de tão cansado - diz Wanderlei antes de entrar no tatame, seguido pelos instrutores e por um cinegrafista que registra todos os seus passos durante a aula, inclusive conversas em português com a esposa e os treinadores.
Após uma rápida preleção, Wanderlei apresenta a provável nova contratação de sua equipe: o brasileiro Ricardo Demente, que foi acompanhado da esposa e do filho. Campeão do ADCC (maior torneio de luta agarrada do mundo) e dono de diversos títulos no jiu-jítsu, Demente diz estar perto de assinar contrato com a academia.
- Ainda não fechamos, mas estamos muito perto. Sem dúvida é uma excelente oportunidade de treinar com uma lenda, além de ganhar uma boa exposição. Sou professor de jiu-jítsu e luto MMA, mas o meu objetivo agora é focar no MMA, que tem rendido muito bem - diz o brasileiro.
MMA - Academia Wanderlei Silva (Foto: Marcelo Russio)Cartaz que ensina em inglês termos comuns no jargão do jiu-jítsu no Brasil (Foto: Marcelo Russio)
Durante quase duas horas, Wanderlei e seus instrutores ensinam diversas posições e divertem os alunos com explicações bem-humoradas. Os que têm mais dificuldade em assimilar o que é ensinado recebem auxílio do próprio Wanderlei, que não faz distinção entre crianças ou jovens. Recebe os golpes com a mesma seriedade com que os aplica.
No fim da aula, após uma foto conjunta com os alunos, ele é novamente solicitado a tirar mais fotos com pessoas que estavam à espera do fim da aula, ou que simplesmente entraram na academia na esperança de ver o ídolo de perto. Com paciência, o lutador atende novamente a todos e tem o cuidado de pedir que alguns escrevam seus nomes na palma da mão para que a dedicatória na camisa não saia com a grafia errada.
MMA - Academia Wanderlei Silva (Foto: Marcelo Russio)Foto dos alunos da academia com Wanderlei Silva e os instrutores da academia (Foto: Marcelo Russio)
Após cumprir o ritual e ver a fila acabar, Wanderlei Silva concedeu uma longa entrevista, na qual abordou diversos assuntos. Sempre com bom humor, respondeu tudo sem fugir de nenhum assunto. Confira a íntegra do bate-papo realizado horas antes de o lutador se dirigir ao MGM Grand Garden Arena, aonde acompanhou o UFC 160.
Combate.com - Como está andando a sua academia? Você está feliz com o rumo que o seu negócio tomou?
Wanderlei Silva -
O projeto está muito legal, e estou muito feliz com os resultados. Tivemos que aumentar o tamanho do tatame, porque a procura é muito grande. Já estou quase dizendo: "Chega, chega, não deixa ninguém mais se matricular, porque não dá mais (risos)". Lutador amador eu não estou aceitando mais, porque tem muitos aqui. Alguns atletas nossos já têm lutado, e um deles já tem dois cinturões de MMA amador no peso-meio-pesado, agora vai disputar mais um, só que no peso-médio. Tenho alguns que viraram profissionais, tenho também alunos homens, mulheres, senhoras, crianças... Isso é pra mostrar que esse é um esporte que pode ser feito por qualquer um.
Sua academia foi eleita a melhor do mundo em 2011. Imaginava que um dia isso fosse acontecer?
MMA - Academia Wanderlei Silva (Foto: Marcelo Russio)Wanderlei Silva posa em sua academia com a esposa,
Téa, e o filho, Thor (Foto: Marcelo Russio)
Dizer que eu ganhei sozinho é uma baita sacanagem. Quem carrega tudo aqui é a minha esposa. Quando nós chegamos em Las Vegas e vimos esse galpão, soubemos que para comprá-lo o valor era de US$ 24 milhões (cerca de R$ 50,2 milhões). Os caras aqui não brincam com dinheiro, mas descobrimos que o aluguel era uma merreca. Fechamos o negócio na hora e começamos a reformar. Minha mulher é médica e administradora, tem uma cabeça boa para isso.
Aqui circulam 700 pessoas por dia, e você não vê um papel no chão. Costumo dizer que a minha academia cheira a banheiro de mulher, não tem aquele cheiro de suor, nem sujeira. Tudo é limpinho, atende a todos os públicos. A minha esposa está mesmo de parabéns, e eu nunca iria imaginar que chegaria até aqui, porque abrir uma academia faz você entrar na selva dos negócios, com gente querendo puxar o seu tapete. Mas graças a Deus a academia tem uma energia muito boa. Tem muito brasileiro que vem passar uns dias aqui em Las Vegas e aparece para fazer um treino, dar uma suada. Muita gente hoje gosta de luta, mas não faz aula por medo de apanhar, de se machucar. Só que o sistema mudou, não é mais como antigamente. Hoje você faz aula, se diverte, aprende sem contato. Quem vai se desenvolvendo e quer ser profissional, aí faz um treino diferenciado.
Como está a sua agenda? Muitos compromissos além das lutas?
Tenho feito seminários no mundo inteiro, tenho viajado bastante passando o ensinamento das artes marciais e sempre vejo muitos talentos por onde passo. Estive em Guam (ilha na Micronésia, no Oeste do Oceano Pacífico) e vi muita gente com potencial. Fui para a Europa e Austrália. O Brasil é o lugar que menos fiz seminários, mas agora vou iniciar uma série por lá, e também estamos montando palestras motivacionais, que rendem muito bem porque temos uma mensagem muito boa para passar, uma história para contar. Todo mundo sabe o quanto ralou pra chegar ao sucesso na sua profissão. Vocês, jornalistas, para fazerem matéria em Las Vegas, quantas pautas "suburbanas" não fizeram, né? (risos) Tem que ralar uns dez anos para começar a pensar em pegar um avião e trabalhar em histórias mais legais. É por aí. Todos nós temos uma história para contar, e isso é uma coisa que as pessoas se identificam com a gente, principalmente as que vieram de baixo e trabalharam muito para chegar onde chegaram.
Existe alguma luta que você ainda gostaria de fazer, alguma revanche ou superluta?
Acho que o cenário está sempre mudando. Caras novos chegam, caras antigos vão... O bom é você ser um atleta que possa ser colocado em coevento principal ou evento principal em qualquer lugar do mundo. Isso é uma das coisas que mais gosto, de poder lutar em qualquer lugar e ser querido e ter público.
Qual luta você elege a melhor da sua carreira?
Quinton Rampage Jackson no UFC 135 (Foto: Divulgação/UFC)Segunda luta contra Rampage é eleita por Wanderlei
Silva a melhor de sua vida (Foto: Divulgação/UFC)
A segunda contra o Quinton "Rampage" Jackson foi um dos nocautes mais bonitos da história do MMA, senão o mais bonito, pela dificuldade do adversário, pela situação que era, uma revanche. As pessoas falavam que ele tinha lutado de um jeito contra o Chuck Liddell na primeira vez que eles se enfrentaram, havia muita pressão. Aquele nocaute foi realmente especial.
Você já fechou contrato para a entrada de Ricardo Demente na sua equipe?
Ele está para assinar e vir para a nossa academia. Nós, que temos escola, quando conseguimos um professor dessa categoria, desse quilate, com vários títulos de campeão mundial, brasileiro, ADCC, acabamos refinando toda a academia. Todo mundo se beneficia disso. Ele é muito experiente e é um cavalo de forte. Se eu pego o Demente para empresariar, vou ganhar um dinheiro com ele (risos). Ele é um cara do jiu-jítsu. Ainda não vi as lutas dele de MMA, mas treinamos juntos na Kings MMA do Rafael Cordeiro, e ele mostrou um bom jogo em pé. Existem muitos eventos hoje, mas o mundo está carente de bons lutadores. Tem muita gente aparecendo, mas a qualidade é um pouco baixa. Pelo número de profissionais que estão no mercado, e há caras bons, acredito que é possível ter um ídolo em cada arte marcial. Acho que o Demente pode ser o próximo representante do jiu-jítsu no MMA.
É verdade que você e sua esposa estão planejando ter mais um filho?
MMA - Academia Wanderlei Silva (Foto: Marcelo Russio)Thor, filho de Wanderlei Silva, deve ganhar dois irmãos
em breve, pelos planos do pai (Foto: Marcelo Russio)
Eu sou tão bom que vou fazer gêmeos nela logo (risos). Eu disse: "Você quer? Então vamos fazer logo dois, para você ficar comigo até o fim da vida". Tem que segurar a mulher, cara. Olha a qualidade da patroa (risos). Na verdade, fiz vasectomia porque não queria mais ter filhos. Eu conversei com ela ná época da gravidez do Thor e disse que pararíamos se viesse um menino. Se viesse uma menina, eu iria querer outro, porque queria muito um menino. Aí veio o Thor, e estava tudo legal. Mas agora vemos um monte de criança bonita chegando na academia, e a vontade bateu nela. Decidimos fazer uma inseminação para ter gêmeos logo. Aí fica show, já teremos metade de um time de futsal (risos).
Como está o seu contrato com o UFC?
Ainda faltam umas três lutas, e espero voltar a lutar ainda esse ano. Mas tem muita coisa aparecendo, o MMA está abrindo muitas portas aqui nos EUA. Aqui o cara aprende a fazer o "business". No Brasil a coisa começou a melhorar, estou com bons patrocinadores lá, o mercado está excelente. Se fosse um lutador iniciante agora, lutaria todo mês. Antigamente lutava todo evento que aparecia. Lutei dez anos de graça, sem ganhar nada. Minha primeira bolsa foi de R$ 700 para lutar três vezes na mesma noite. Eram três lutas de muay thai numa boate em São Paulo. Demorei um ano para lutar de novo, e mais um ano depois. O sistema de treinamento antigo era muito sofrido, você apanhava muito. Lembro que era o mais novo e o único branco da academia... Os caras me quebravam todo (risos). Acostumei-me a apanhar. Mas também, quando comecei a bater, rapaz, aí ficou legal para caramba (risos).
Quando eu ganhei do Sakuraba, fui capa de todos os jornais, era estrela, não andava na rua no Japão. Mas quando voltava para o Brasil ia trabalhar no bar"
Wanderlei Silva, lutador do UFC
Você sente saudade do Pride?
Cada evento tem a sua peculiaridade, mas nós sempre estamos sob pressão. Não interessa se é um evento para dez ou para mil pessoas. A pressão é a mesma. Aquele evento era muito difícil, e não tinha outro. Era um grupo muito seleto de lutadores que lutavam entre eles mesmos. Se perdesse duas ou três e te mandassem embora, você ficava sem nada. Era muita pressão, porque perder o emprego e não ter para onde ir é complicado. Eu gostava daquele clima, me sentia uma estrela mesmo. E teve uma coisa engraçada: comecei a lutar no Pride e assinei um contrato de cinco lutas por cinco mil dólares. Mil dólares por luta. Eu pagava dois mil dólares para os empresários, e sobravam três mil. Só que comecei a ir bem, mas ainda tinha que trabalhar no bar do meu pai. Quando eu ganhei do Sakuraba, fui capa de todos os jornais, era estrela, não andava na rua no Japão. Mas quando voltava para o Brasil ia trabalhar no bar. Também dava aula, tinha que sobreviver. É aquele deserto que todo mundo passa na vida para chegar a fazer sucesso. Poucos passam por ele, é muito fácil deixar para lá e se entregar.
Qual a sua opinião sobre o TRT (reposição hormonal para corrigir os níveis de testosterona, tratamento usado por alguns lutadores, como Vitor Belfort)?
Minha esposa é médica, e eu cogitei fazer. Aí disse a ela: "Meu bem, você viu que está tendo esse negócio de TRT que estão fazendo? Legal, né?" e ela me disse: "Se você tomar isso, eu te dou na cara, me separo! Você parece um menino, um adolescente, não tem problema nenhum! Não vou nem testar, porque com você está tudo certo!" (risos). Se o cara precisa, se ele necessita, tem que fazer. Mas esportivamente, na minha opinião, tem que ser sim ou não. Não existe mais ou menos. Qualquer médico pode chegar para você e dizer que seu número está baixo. Você toma o que quiser, e ele vai lá e atesta que está legal.
As pessoas não sabem, mas isso é anabolizante, é bomba. Você está sendo anabolizado pelo TRT. É uma forma mais leve de dizer que é esteroide. Se você usa, e o seu adversário não, você está sendo desleal com ele"
Wanderlei Silva, lutador do UFC
Acho que isso é desleal, não deveria ser usado. Ou é liberado para todo mundo fazer, e cada um se responsabiliza pela sua saúde, explica para o público que é algo que não se pode fazer, ou é proibido. As pessoas não sabem, mas isso é anabolizante, é bomba. Você está sendo anabolizado pelo TRT. É uma forma mais leve de dizer que é esteroide. Se você usa, e o seu adversário não, você está sendo desleal com ele. Eu sou contra, não deve ser liberado, porque muitos têm auxílio médico, mas tem muito burro por aí que sai tomando qualquer coisa de qualquer jeito. Um conhecido meu no Brasil, um cara forte, teve um ataque do coração, morreu. Quando foram ver, ele estava usando anabolizantes. Tem todo tipo de academia, todo tipo de médico por aí. É muito perigoso.
Você lutou bastante no IVC. Como era o clima das lutas?
Aquilo era selvagem. Não tinha evento gringo nenhum que fosse tanta carnificina. Existia um acordo de cavalheiros que os lutadores faziam para não enfiar dedo no olho ou aplicar golpe nos genitais. Mas se você fizesse, podia. Não era ilegal. Não sei se não valia morder, mas com o protetor bucal complicava um pouco (risos). Fiz dez lutas nesse evento porque me identifiquei com o estilo agressivo. Mas também não tinha outro. O prêmio era de R$ 10 mil para o campeão, e R$ 4 mil para o segundo. Lembro que estava espancando o meu adversário numa final, mas numa cabeçada que eu dei, abriu um ferimento e sangrou muito. Acabei perdendo e fiquei com R$ 4 mil. Poxa, vivi um ano com aquele prêmio. Deixava o dinheiro no bolso de uma camisa no guarda-roupas. Quando precisava de um dinheiro, tirava de lá.
Depois disso fiquei um ano sem lutar. Quando voltei de novo para o IVC, o organizador, Sergio Batarelli, me deu o campeão dos pesos-pesados, o Mike van Arsdale, que tinha vencido três lutas na mesma noite. Foi a primeira vez na minha vida que saiu a minha foto num cartaz. Aí colei o cartaz no bar onde trabalhava. Meus amigos chegavam, viam a minha foto ao lado daquele monstro e diziam que o cara ia me matar (risos). Isso foi uma lição. Você tem que acreditar em você, não no que dizem. Precisa seguir a sua intuição, fazer até mais do que você imagina. Basta ter alguém que mostre o caminho para você ralar em cima. Eu estou procurando esse cara agora.
Você já está estabelecido em Las Vegas. Imagina realizar alguma ação no Brasil?
Academia do lutador Wanderlei Silva em Las Vegas (Foto: Marcelo Russio/Globoesporte.com)Academia do lutador Wanderlei Silva em Las Vegas
(Foto: Marcelo Russio)
Quero montar uma escola como essa no Brasil, oferecer aulas de graça para o cara treinar, tomar um banho, comer alguma coisa e ir embora. Educação é esporte e escola, mas fazer esporte é caro. Tem que pagar condução, equipamento, tudo. Não é fácil, e se perde muita gente por isso. Tive esse suporte, e vou fazer por alguém agora. Comecei a fazer trabalho social nos EUA, mas o pobre daqui quer trocar o tênis Nike dele, o iPod dele. É diferente do pobre do Brasil.
Lá eu entrei em contato com algumas pessoas e quase fiz esse projeto em Ponta Grossa (PR). Quando meu pai morreu, fiquei um mês na casa da minha mãe, numa cidadezinha chamada Abapã, no meio do mato. Vi que o pobre do interior é mais pobre que o da cidade. Você vê uma mãe com quatro filhos sem dinheiro para comprar chinelos para apenas um deles. Se você montar um tatame lá, ele pode ter a chance de virar atleta, ou arrumar trabalho em outro lugar por indicação. Dá para educar a pessoa. Espero usar os conhecimentos que tenho e os amigos que fiz ao redor do mundo para angariar os fundos e fazer isso. Infelizmente, no Brasil é complicado dizer que vai fazer um projeto social. Esse tipo de coisa está tão queimado que as pessoas já dizem que o cara vai roubar. Mas eu aviso logo: estou rico, não preciso de mais dinheiro para viver. Tenho dinheiro suficiente para viver três vidas, mas não posso usar esse dinheiro para fazer o social. Quero usar os incentivos da lei para viabilizar uma estrutura dessas, para poder tirar muita gente da pobreza em que estão.

Problema nas costas tira Minotouro de revanche contra Maurício Shogun

Lesão não é grave, mas proximidade da luta pelo UFC 161, em 15 de junho no Canadá, forçou a desistência do peso-meio-pesado baiano

Por Rio de Janeiro
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Rogério Minotouro UFC MMA (Foto: Adriano Albuquerque/SporTV.com)Rogério Minotouro foi forçado a desistir da luta no
UFC 161 (Foto: Adriano Albuquerque/SporTV.com)
No dia de seu aniversário de 37 anos, o peso-meio-pesado brasileiro Rogério Minotouro teve de lidar com uma situação desagradável: será forçado a desistir de sua revanche contra Maurício Shogun no UFC 161, em 15 de junho em Winnipeg, Canadá. Um problema nas costas antigo voltou a incomodar o lutador baiano e o tirou da luta com o curitibano. O Combate.com confirmou a informação com fontes próximas ao Ultimate.
Minotouro vinha se preparando muito bem para a luta, mas sentiu muitas dores nas costas por causa de uma hérnia de disco no treino da última segunda-feira. O problema não é grave, mas foi o suficiente para tirá-lo do combate, por conta da proximidade do mesmo.
É a segunda luta cancelada do UFC 161, após a saída de Renan Barão por conta de uma lesão no pé direito e a mudança do evento principal, que passou a ser o duelo entre Rashad Evans e Dan Henderson. Com menos de duas semanas restando para o torneio, a organização busca um substituto para Minotouro, para evitar a saída de Shogun do card, o que deixaria o Brasil sem representantes no evento.
+Combate.com: as últimas notícias do MMA e do UFC
Exposição 20 Anos de Luta - do vale-tudo ao MMA - Mauricio Shogun e Minotouro (Foto: Marcelo Alonso)Shogun e Minotouro duelaram originalmente no Pride e fizeram a "Luta do Ano" de 2005 (Foto: Marcelo Alonso)
Minotouro e Shogun fariam a revanche de uma luta amplamente considerada entre as melhores do MMA de todos os tempos, disputada em junho de 2005, no extinto Pride. Os dois brasileiros se enfrentaram pelas quartas de final do GP peso-médio e, após três rounds muito parelhos, Shogun saiu vencedor por decisão unânime dos jurados. O combate foi considerado o melhor do ano de 2005, e, desde que os dois passaram ao Ultimate, Minotouro vem pedindo pelo duelo. O próprio Shogun também admitiu recentemente que pediu ao UFC que casasse a luta.
Através de sua assessoria de imprensa, Shogun enviou comunicado lamentando a lesão sofrida pelo compatriota.
- Acho que todo mundo queria assistir a essa luta novamente, já que fizemos um grande duelo no Pride. É uma pena o Minotouro não poder lutar, seria uma luta muito boa novamente, tenho certeza. Respeito muito o Minotouro, não tenho absolutamente nada contra ele. Ele é um cara muito gente boa. Somos adversários dentro do octógono, apenas isso. Desejo uma boa recuperação para ele, e que possa voltar logo a fazer o seu trabalho - declarou o peso-meio-pesado.
Confira o card atualizado do UFC 161:
UFC 161
15 de junho de 2013, em Winnipeg (CAN)
CARD PRINCIPAL
Rashad Evans x Dan Henderson
Maurício Shogun x adversário indefinido
Roy Nelson x Stipe Miocic
Alexis Davis x Rosi Sexton
Pat Barry x Shawn Jordan
CARD PRELIMINAR
Jake Shields x Tyron Woodley
Sam Stout x James Krause
Ryan Jimmo x Igor Pokrajac
Sean Pierson x Kenny Robertson
Roland Delorme x Edwin Figueroa
Mitch Clarke x John Maguire
Yves Jabouin x Dustin Pague

Sem errar passes, Pedro Ken retoma espaço no meio de campo do Vasco

Titular antes da chegada de Paulo Autuori, jogador acerta 23 toques em 23 tentativas na partida contra o Vitória

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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Pedro Ken, Vitória x Vasco (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)Pedro Ken durante jogo contra o Vitória
(Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)
Início do segundo tempo: Pedro Ken se livra da marcação e passa para Edmilson. O atacante encobre o goleiro e marca para o Vasco sobre o Vitória. A jogada saiu perfeita, mas o árbitro Héber Roberto Lopes anulou o gol vascaíno - pela segunda vez àquela altura. No entanto, o lance marcou mais um dos passes bem executados meia vascaíno. Pedro Ken tocou 23 vezes para os companheiros e não errou nenhum passe.
O jogador, titular em 15 dos 19 jogos oficiais do Vasco no ano, aos poucos parece retomar seu espaço no time. Com vaga cativa com o ex-técnico Gaúcho, Ken foi reserva em cinco dos oito jogos sob comando de Paulo Autuori, mas mostrou bom desempenho na segunda etapa. Com as modificações constantes no time, o meia pode manter sua vaga. E a ausência de substituições no segundo tempo, exceto a troca de Fellipe Bastos por Fillipe Soutto, pode indicar uma nova cara no meio de campo.
- Fiquei satisfeito como a equipe estava jogando, com a disposição de todos os jogadores, continuamos em cima do adversário, mesmo depois do segundo gol - comentou o treinador do Vasco, a respeito da manutenção do time no segundo tempo.
Autuori indica que deve alternar o time com mudanças de estilo no meio de campo e no ataque. Na estreia, o Vasco teve dois volantes e dois meias ofensivos (com Dakson e Alisson). Nos dois jogos fora de casa, porém, o treinador preferiu escalar Wendel, contra o São Paulo, e Pedro Ken, diante do Vitória - dois jogadores que compõem melhor a defesa.

Arianny Celeste esbanja flexibilidade com prancha de bodyboarding na praia


dom, 02/06/13
por ultimmato |
categoria Arianny Celeste
A ring girl Arianny Celeste está de folga nesta semana e decidiu tentar a sorte no bodyboarding. Com a clássica pranchinha, a morena do UFC posou na praia e esbanjou flexibilidade em seu alongamento. Depois, enfrentou as ondas do Oceano Pacífico.
- Congelando a minha bunda nessa água do oceano, mas estou adorando! Amo a praia! – escreveu Arianny.

Patolino nocauteia Viscardi e garante título do Time Nogueira no TUF Brasil

Argentino Santiago Ponzinibbio vence outra semifinal, mas sofre lesão e dá lugar a Léo Santos na final, que acontece no próximo sábado em Fortaleza

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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O Time Nogueira garantiu o título da segunda temporada do The Ultimate Fighter Brasil - Em Busca de Campeões, com a eliminação do último representante do Time Werdum, Viscardi Andrade, derrotado por nocaute técnico por William Patolino nas semifinais do programa, no episódio deste domingo. Na final, o carioca enfrentará um companheiro de equipe, mas não o outro vencedor das semifinais: pelo segundo ano consecutivo, um dos finalistas sofreu uma lesão que o tirou da grande decisão.
O argentino Santiago Ponzinibbio derrotou Léo Santos, seu companheiro de Time Nogueira, na outra semifinal. Todavia, uma lesão no braço direito sofrida durante o combate exigiu um longo período de recuperação e o impediu de disputar a grande final, no próximo sábado, no TUF Brasil 2 Finale. Com isso, Patolino terá pela frente Léo Santos na decisão em Fortaleza.
Montagem TUF Patolino Leo Santos (Foto: Editoria de Arte)William Patolino e Léo Santos farão a grande final do TUF Brasil 2 (Foto: Editoria de Arte)
O episódio
Os dois treinadores, Rodrigo Minotauro e Fabricio Werdum, se reuníram com o presidente do UFC, Dana White, numa teleconferência para decidir quais seriam as lutas casadas para as semifinais. Surpreendentemente, tanto Minotauro quanto Werdum pediram para que Patolino enfrentasse Viscardi, o que deixou Leonardo Santos contra Santiago Ponzinibbio. Dana perguntou quem os técnicos achavam que venceria a competição, e Werdum, obviamente, respondeu que seria Viscardi. Já Minotauro apontou "o argentino", a quem considerou "um matador".
Em seguida, foi a vez de os lutadores terem uma conversa com Dana. Os três representantes do Time Nogueira disseram que gostariam de pegar Viscardi, único da outra equipe. Léo Santos, porém, disse que sua segunda opção seria Patolino. Viscardi, por sua vez, declarou que gostaria de enfrentar Patolino, por considerar que conseguiria um nocaute rápido.
Na academia, os dois técnicos anunciaram as semifinais. Léo Santos foi chamado para enfrentar Santiago Ponzinibbio, o que significava que Viscardi Andrade enfrentaria William Patolino.
- Eu tinha pedido essa luta, e vou atropelar quem estiver pela minha frente  - prometeu Viscardi.
- Ele já bateu bastante pessoas da minha equipe. Vou para cima dele com tudo, vou lutar com ele em todas as áreas, intimidar ele, vou destruir ele - afirmou Patolino, que ainda deu uma piscadela para o adversário na encarada.
Na pesagem, todos os lutadores bateram 77kg. Tanto Patolino quanto Viscardi precisaram ficar nus por trás da toalha para bater o limite da categoria meio-médio.
Para as semifinais, a casa recebeu a visita de dois lutadores do UFC: o peso-pesado Antônio Pezão e o peso-meio-médio Erick Silva, ambos lutadores da equipe de Minotauro. Os dois vestiram as camisas do time, e Pezão avisou que ninguém usaria a blusa amarela de Werdum. Para a luta entre Léo Santos e Santiago Ponzinibbio, porém, o primeiro teve de passar ao vestiário do Time Werdum para se preparar, sob o comando dos assistentes Luiz Dórea, Vitor Miranda e Eric Albarracin. O segundo entrou com Everaldo Penco, Shaymon Moraes e Rogério Minotouro como seus córneres. Antes do combate, o árbitro Mário Yamasaki avisou que, diferente do que aconteceu por toda a temporada, as semifinais teriam três rounds de cinco minutos, com um quarto round de desempate se fosse necessário.
Primeira semifinal: Léo Santos x Santiago Ponzinibbio
Ponzinibbio começou dominando o centro do octógono, mas foi Santos quem acertou o primeiro golpe, um direto de direita que desequilibrou seu adversário. O argentino, todavia, se recuperou rapidamente e passou a conectar com jabs no rosto e no corpo. Após uma boa sequência de Ponzinibbio, o brasileiro atacou no double leg e conseguiu uma queda. O argentino, porém, rapidamente se levantou e se desvencilhou. Ele voltou a ditar o ritmo da luta e encurralou o rival com uma série de diretos e cruzados. Santos se sentou e tentou atrair Ponzinibbio para o chão, mas o argentino não caiu no seu jogo. Santiago continuou superior no boxe, embora Léo tenha novamente conectado um belo contragolpe que o balançou. O argentino marcou bem uma entrada em queda de Santos e depois acertou chutes nas pernas antes do fim do round.
Santiago Ponzinibbio Léo Santos TUF Brasil MMA (Foto: Divulgação/UFC)Santiago Ponzinibbio acerta golpe no corpo de Léo Santos na semifinal (Foto: Divulgação/UFC)
No segundo round, Ponzinibbio voltou a pressionar com seu boxe e a andar para frente. Santos apenas fugia e tinha dificuldade para encontrar o tempo da resposta. O brasileiro conseguiu uma queda no single leg, mas Santiago bateu no chão e se levantou de novo. Léo ficou deitado no chão e, embora os treinadores pedissem que o argentino desse espaço para que ele se levantasse, Ponzinibbio continuou chutando e cercando. Quando Yamasaki o mandou se levantar, Léo Santos voltou melhor e começou a acertar golpes em linha, andando para a frente. Ponzinibbio respondeu e passou a acertar chutes baixos e jabs no rosto e no corpo. Léo Santos mergulhou numa tentativa de single leg, mas Santiago novamente mostrou boa defesa de queda e acertou uma sequência no boxe. Léo conectou alguns jabs, todavia o argentino continuou superior, apesar de estar mais cauteloso com o braço direito. Ao final do round, um de seus córneres o ordenou que não dissesse nada, ou os médicos poderiam interromper a luta.
Os dois lutadores se abraçaram antes do último round. Em vantagem, Ponzinibbio deu apenas chutes baixos e jabs no começo do período. Léo Santos tomou o centro do ringue e conseguiu uma queda com cerca de 3m30s restando. Na meia-guarda, o brasileiro tentou golpear a cabeça e o corpo no ground and pound. Santiago apenas se defendia e conseguiu se repor de pé, mas Léo rapidamente o recolocou no chão. A maior preocupação dos córneres do argentino era evitar o katagatame do brasileiro, que conseguiu a montada, mas, exausto, apenas pontuou e não conseguiu encaixar suas melhores posições. Ponzinibbio agarrou Léo e o travou até o fim da luta.
Santiago Ponzinibbio Léo Santos TUF Brasil MMA (Foto: Divulgação/UFC)Santiago Ponzinibbio cai de joelhos ao ser anunciado vencedor contra Léo Santos (Foto: Divulgação/UFC)
Ao final, Yamasaki ergueu o braço de Ponzinibbio como vencedor por decisão dos jurados. Léo Santos saiu com o rosto bastante inchado, mas aplaudido e elogiado por todos. Werdum e Minotauro consideraram esse combate o melhor do programa.
- Minha luta foi uma guerra, Terceira Guerra Mundial aquilo ali. Quem achava que o Léo era só jiu-jítsu acabou, foi por água abaixo. Perder assim, para mim, não é uma derrota - afirmou Léo Santos.
Em seguida, Ponzinibbio revelou que sofreu uma lesão ainda no primeiro round.
- Quebrei a mão no primeiro round, estou com a mão quebrada, não consegui golpear direito. No terceiro, quando colocava a mão no chão, não conseguia me levantar. Tenho certeza que o osso quebrou, mas lutei com o coração, lutei até a morte - disse Ponzinibbio, que foi cumprimentado por Pezão.
- Parabéns, que luta! Me deu até vontade de lutar - contou o paraibano.
Antes da segunda semifinal, os treinadores revelaram uma aposta: quem perdesse teria de pagar R$ 5 mil ao adversário. Já Minotauro, que virou desafeto de Viscardi após ouvir uma provocação do paulista nas oitavas de final, disse ter prometido a Patolino R$ 5 mil por uma vitória sem nocaute, R$ 10 mil por um nocaute e R$ 15 mil pelo "esculacho".
William Patolino Viscardi Andrade TUF Brasil 2 MMA (Foto: Divulgação/UFC)Viscardi Andrade teve bons momentos contra Patolino na semifinal (Foto: Divulgação/UFC)
Segunda semifinal: William Patolino x Viscardi Andrade
Patolino acertou o primeiro golpe, um chute baixo por dentro. Viscardi apenas girava, mas tentou um chute alto que parou na guarda. O carioca perseguiu o paulista e acertou um bom gancho de direita. Um gancho de esquerda também conectou no rosto. Viscardi enfim acertou com uma sequência de jab e direto no contragolpe, e explodiu para cima do adversário. O lutador do Time Werdum conseguiu um knockdown com um cruzado de direita, mas Patolino se levantou rapidamente e travou o momento do rival com uma tentativa de single leg. O paulista permaneceu de pé, mas foi o tempo suficiente para o lutador do Time Nogueira se recuperar. Patolino conectou com um chute baixo e balançou Viscardi com um gancho de esquerda. Um direto de direita abriu um corte no supercílio direito do paulista. O carioca cercou o adversário e conseguiu colocá-lo de joelho com outro cruzado. Viscardi, todavia, conseguiu um single leg e caiu na posição de 100kg, mas fez pouco por cima.
William Patolino Viscardi Andrade TUF Brasil 2 MMA (Foto: Divulgação/UFC)Patolino maltrata Viscardi após conseguir um
knockdown (Foto: Divulgação/UFC)
No segundo round, Viscardi atacou primeiro, com um jab e direto. Patolino, todavia, mostrou uma boa esquiva em seguida e impediu um double leg. A partir daí, o carioca cresceu e desferiu um direto forte no corpo. O lutador do Time Werdum partiu com boas sequências de upper e cruzado, mas Patolino respondeu com jab e direto e com uma joelhada no corpo. Viscardi voltou a buscar as quedas e conseguiu derrubar, mas Patolino novamente bateu no solo e se levantou. O atleta do Time Nogueira passou a provocar. Viscardi acertou um cruzado de direita, mas Patolino nem sentiu: seguiu andando para a frente com chutes e cruzados. Viscardi desequilibrou o rival com um cruzado de direita, mas foi momentâneo: o carioca logo se levantou e respondeu com jabs no rosto e corpo.
O terceiro round começou elétrico, com Patolino tentando um chute baixo e Viscardi arriscando um cruzado de direita. O lutador do Time Nogueira acertou um direto, mas o paulista continuou andando. Viscardi deu um chute alto que parou na guarda. Ele tentou uma sequência no boxe, mas levou um contragolpe certeiro de Patolino. O carioca tentou uma queda, mas foi defendido. O lutador do Time Werdum também tentou um double leg, mas não conseguiu a queda. Num momento de trocação franca, Viscardi desequilibrou Patolino e acertou um golpe ilegal. A luta foi interrompida brevemente, o que gerou protestos de Fabricio Werdum, mas logo se reiniciou. Pouco depois, um cruzado de direita de Patolino derrubou Viscardi. O paulista tentou travar, mas o carioca conseguiu entrar na meia-guarda e marretou sem parar, até conseguir o nocaute técnico. Os dois ficaram caídos na lona, enquanto o Time Nogueira vibrava na arquibancada, gritando "Uh é 100%".
Patolino subiu à grade para comemorar e chamou Márcio Pedra, seu amigo e companheiro de equipe fora da casa, para um abraço.
- Era para ser eu e você - disse o finalista para o amigo. Ele ainda esbanjou confiança para a final.
William Patolino TUF Brasil 2 MMA (Foto: Divulgação/UFC)William Patolino comemora o nocaute contra Viscardi Andrade (Foto: Divulgação/UFC)
- O garoto de 21 anos aqui está super preparado para lutar com qualquer um que vier, e quem vir... Eu vou cortar - sorriu Patolino, que pediu a ajuda da equipe para convencer Minotauro a pagá-lo R$ 15 mil pelo "esculacho". Ele ainda dedicou a vitória a Luiz Besouro, que foi forçado a sair do torneio por causa de uma lesão sofrida durante o programa.
Com dois finalistas de sua equipe, Minotauro garantiu também o prêmio ao treinador campeão, um carro Renault Duster. No octógono, porém, ele terá de vencer Werdum no próximo sábado, no TUF Brasil 2 Finale.
- Eu garanto essa vitória. Estou muito confiante para essa vitória e 2013 é meu grande momento. Acho que é um passo bem grande para eu poder chegar onde quero chegar, que é o cinturão - disse Werdum.
- Vou com tudo, estou confiante na vitória. Treine muito, Werdum, porque eu estou treinando muito - respondeu Minotauro.
Modificado, Flu usa velha tática para vencer Criciúma e aliviar a ressaca
Tricolor abusa das bolas altas e, com competência, marca duas vezes com Digão e uma com Wellington Nem no triunfo por 3 a 0
 
DESTAQUES DO JOGO
  • o nome do jogo
    Digão
    O zagueiro, que desta vez atuou com Gum, teve sua noite de artilheiro. Fez dois gols de cabeça no primeiro tempo em suas duas finalizações no jogo.
  • deu certo
    bolas aéreas
    A estratégia, tão repetida contra o Olimpia, agora funcionou. Foram 14 bolas levantadas, quatro delas por Rafael Sobis, sendo duas resultando em gol.
  • rival aplaudido
    Tartá
    Revelado pelo Flu, o atacante entrou em campo no meio do primeiro tempo. Ouviu "eô, eô, o Tartá é tricolor". E errou suas primeiras jogadas.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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O Fluminense que entrou em campo para enfrentar o Criciúma neste domingo, no estádio Moacyrzão, foi bem diferente daquele eliminado pelo Olimpia na Libertadores, na quarta-feira. Foram seis mudanças na equipe de Abel Braga. Porém, a forma de jogar não foi alterada, e o que deu errado no Paraguai desta vez deu certo em Macaé. Aproveitando bem as bolas altas, o Tricolor venceu o Tigre por 3 a 0 e aliviou a ressaca.
Os gols cariocas foram feitos pelo zagueiro Digão, duas vezes de cabeça no primeiro tempo, e Wellington Nem, na segunda etapa, de pênalti. Diante do Olimpia, o Flu havia levantado 27 bolas na área paraguaia e cabeceou apenas duas vezes em todo jogo. Nesta noite, o time foi mais efetivo em seus 14 cruzamentos. Abel, que já não tinha Fred, Jean e Diego Cavalieri, na Seleção, barrou Bruno, Leandro Euzébio e Wellington Nem.
- Você tem que ter o "feeling", o "timing" de mudar. O Wellington Silva vinha merecendo. Não adianta esconder que a dor de quarta-feira está presente ainda. São mudanças normais dentro do que a gente precisa. São atletas com a cabeça mais fresca, sem tanta dor - explicou as mexidas Abel Braga, que ainda promoveu Gum de volta ao time titular e Rafael Sobis no ataque, ao lado de Samuel e Rhayner.
Vadão também mudou no Criciúma, substituindo o atacante Fabinho pelo volante Elton. O time, que já se mostrara pouco ofensivo na derrota para o Inter, concluindo dez vezes a gol (contra 21 do adversário), repetiu as características e piorou o número. Foram sete finalizações contra 18 do Fluminense.
- A forma que atuamos no primeiro tempo não é ideal. Um time bom não pode apresentar este futebol. Vamos procurar melhorar bastante - afirmou o meia-atacante Tartá.
O segundo triunfo no Brasileiro levou o Fluminense à quarta colocação, com seis pontos e um jogo a menos, já que o confronto com a Portuguesa, pela segunda rodada, foi adiado para 12 de junho. Na quarta rodada, o Tricolor enfrenta o Coritiba no Couto Pereira, às 21h de quinta-feira. O Criciúma, que tem três pontos em três rodadas e está em 12º lugar, vai receber o Santos um dia antes, às 19h30m.
Digão e Gum comemora, Fluminense x Criciuma (Foto: Carlos Moraes/Agência Estado)Digão, artilheiro da noite com dois gols, festeja abraçado a Gum (Foto: Carlos Moraes/Agência Estado)
Meninos de Xerém ovacionados
Quando a bola rolou, o Fluminense se impôs desde o princípio e encurralou o Criciúma. Variando com jogadas pelas laterais, ora com Wellington Silva pela direita, ora pela esquerda com Carlinhos, o Tricolor construiu sua vantagem pelo alto. Aos 24 minutos, Rafael Sobis - que por pouco não abriu o placar pouco antes, em cobrança de falta defendida por Bruno - levantou na segunda trave. Gum escorou, e Digão, de cabeça, marcou. Aos 33, Sobis bateu escanteio no centro da área, e Digão, de novo, testou com firmeza para ampliar.
Revelado pelo Fluminense, o zagueiro marcou pela primeira vez na carreira dois gols e uma partida. Ovacionado pela pequena torcida no Moacyrzão (1.515 pagantes e 2.227 presentes), o defensor só dividiu os aplausos por alguns momentos com o meia-atacante Tartá, outra cria de Xerém, mas que agora está no Criciúma. Irritado com a falta de ofensividade do seu time, que concluiu apenas duas vezes na primeira etapa, o treinador Vadão, tirou o volante Tiago Dutra ainda antes do intervalo e colocou Tartá, que ouviu o coro da torcida: “eô, eô, o Tartá é Tricolor”. E errou suas duas primeiras jogadas na partida.
Medalhões entram no segundo tempo
Na segunda etapa, Tartá também não conseguiu levar o Criciúma à frente. A equipe até rondou mais vezes a área de Ricardo Berna, mas mostrou enorme fragilidade ofensiva. O Flu, com a vantagem, diminuiu a pressão, mas em momento algum correu riscos. A torcida chegou até a pegar no pé do lateral Wellington Silva, que errou algumas jogadas no ataque e foi vaiado. O barrado Bruno teve seu nome gritado.
Abel não mexeu no setor, mas lançou Thiago Neves, Felipe e Wellington Nem. O veloz atacante foi quem fechou o placar, após sofrer pênalti em bela enfiada de bola de Felipe. Wellington Nem pediu para cobrar e deslocou o goleiro Bruno para ampliar, aos 35. Ainda deu tempo para Thiago Neves acertar o travessão em belo chute na entrada da área.
 
Com um a mais, Galo fica no 0 a 0 com o São Paulo, que segue líder
Atlético-MG dá sinais claros de cansaço após o jogo de quinta-feira. Mesmo com Denilson expulso, São Paulo segura o empate e se mantém na ponta
 
 
A CRÔNICA
por Tarcísio Badaró
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Com desfalques dos dois lados, Atlético-MG e São Paulo entraram em campo neste domingo para o quinto duelo nesta temporada e, pela primeira vez no ano, ficaram no 0 a 0. O resultado serviu para o Tricolor Paulista se manter na liderança do Brasileirão e permitiu ao Galo seguir invicto no Independência: já são 36 jogos. Mas fica um alerta: é a quinta partida sem vencer para o time de Cuca. Os comandados de Ney Franco talvez tenham saído mais satisfeitos com o resultado - afinal, jogaram fora de casa e tiveram um homem a menos na maior parte do segundo tempo.
Embalado pela classificação à semifinal da Libertadores, mas desgastado após a partida de quinta-feira, contra o Tijuana, o Atlético-MG teve de superar as ausências de Réver e Bernard, que estão com a seleção brasileira. O São Paulo não tinha Jádson, Ganso e Luis Fabiano. Teve de apostar no garoto Lucas Evangelista e em Aloísio. O segundo brigou muito e deu trabalho.
Antes de a partida começar, muita festa para o goleiro Victor, que colocou o Galo nas semis da Libertadores ao defender um pênalti no fim do jogo contra o Tijuana. Já as máscaras da morte, que fizeram a festa da torcida no último jogo, sumiram das arquibancadas, que receberam 10.830 pagantes, para uma renda de R$ 344.250,00.
O empate serviu para o São Paulo se manter na liderança do Brasileirão após três rodadas. O Tricolor chegou aos sete pontos, à frente de Vitória e Botafogo pelo saldo de gols. Já o Galo somou o primeiro ponto na competição. Com um jogo a menos que a maioria, está na zona de rebaixamento, em 19º.
Paulo Miranda e Jo, São Paulo x Atlético-MG (Foto: Paulo Fonseca/Agência Estado)No quinto jogo da temporada, Galo e São Paulo ficam no 0 a 0 (Foto: Paulo Fonseca/Agência Estado)
O Atlético-MG volta a campo nesta quarta-feira. Vai até Volta Redonda, onde enfrentará o Vasco, no Raulino de Oliveira. O jogo será às 21h (de Brasília). Mais cedo, às 19h30m, o São Paulo recebe o Goiás, no Morumbi.
Devagar, quase parando
Nos primeiros 30 minutos do jogo, o gol parecia algo muito distante. O Galo estava muito abaixo da intensidade habitual no Independência. E o São Paulo até tinha mais posse de bola, mas encontrava dificuldade para criar. O Tricolor ainda perdeu o lateral-esquerdo Carleto, que saiu contundido nos primeiros minutos.
Chance de gol, só no fim do primeiro tempo. Aos 34 minutos, o Tricolor quase marcou, após uma falha do herói Victor. Ele saiu catando borboletas em cobrança de escanteio, e Lúcio só não abriu o placar porque Marcos Rocha tirou em cima da linha. Na sequência, o Atlético-MG deu o troco. Luan fez boa jogada pela esquerda e passou como quis por Lúcio e Rogério Ceni, mas foi prensado na hora da finalização.
Cinco minutos depois, Luan desperdiçou outra boa chance. Marcos Rocha ganhou na disputa com Juan, que ficou pedindo falta, e cruzou para Luan. De frente para o gol, o atacante alvinegro finalizou de primeira, mas errou bisonhamente. Foi só, em um primeiro tempo de muita disputa, mas pouco futebol.
Um homem a menos
As duas equipes voltaram mais dispostas para a segunda etapa. Tanto que, em menos de dez minutos, apareceu uma boa chance de gol. Ronaldinho foi esperto e cobrou rápido uma falta na entrada da área. Jô bateu firme e exigiu grande defesa de Ceni. Pouco depois, o troco paulista. Aloísio fez um carnaval na defesa atleticana, foi ao fundo pela direita e cruzou para Osvaldo. O camisa 17 bateu desequilibrado e perdeu uma ótima oportunidade.
O jogo, que era equilibrado, pareceu mudar de figura aos 16 minutos. Denilson dominou a bola com a mão e, como já tinha cartão amarelo, foi expulso. Tudo indicava que o Atlético-MG tomaria conta do jogo, mas o Tricolor mostrou força. O jogo seguiu igual, e foi do São Paulo a melhor chance após a expulsão. Douglas deu bom chute de fora da área, e Victor fez boa defesa. O time de Ney Franco seguiu melhor no jogo, mas não foi agudo o suficiente para encontrar um gol. Ao fim, empate sem gols com sabor de vitória para o Tricolor e de alerta para o Galo.

Brasil empata com a Inglaterra no reencontro com o Maracanã

Com boa atuação no primeiro tempo e dificuldades na etapa final, Seleção fica no 2 a 2. Fred abre o placar, Inglaterra vira, e Paulinho garante igualdade

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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O Maracanã ficou pronto – ou quase. Mas a seleção brasileira dá sinais de que ainda vai demorar até edificar uma equipe confiável. No reencontro entre o principal templo do país e a camisa mais vencedora do mundo, o Brasil empatou por 2 a 2 com a Inglaterra neste domingo. Todos os gols saíram no segundo tempo. Fred abriu o placar para a Seleção, Chamberlain e Rooney viraram para o English Team, e Paulinho garantiu a igualdade (veja no vídeo ao lado os melhores momentos).
Foi uma tarde de festa para 66 mil torcedores. E também de erros e acertos, de motivos para se animar e de avisos com os quais se preocupar. Neymar, com a camisa 10, fez ótimo primeiro tempo. E desapareceu no segundo. A torcida apoiou quase o tempo todo - mas não gostou de ver Hulk em campo e Lucas no banco. (Clique aqui e opine, dando sua nota aos jogadores)
Estádio Maracanã FOTO BOA (Foto: Agência AP)Torcida faz festa no novo Maracanã, mas sai sem vitória (Foto: Agência AP)
Pelo rendimento verde-amarelo na primeira etapa, talvez o resultado tenha sido pobre. Mas é fato que a Inglaterra soube reagir. E poderia até ter vencido.
Foi o penúltimo teste do Brasil antes da Copa das Confederações. Dentro de uma semana, na Arena do Grêmio, a Seleção enfrenta a França.
O dono do time
neymar brasil inglaterra maracanã (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Naymar é o destaque do primeiro tempo
(Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Não se escolhe uma camisa 10 como quem escolhe batatas no supermercado. Tem todo um simbolismo nisso. Não foi por acaso que Neymar, em um jogo simbólico, com esse jeitão de rito de passagem, foi ao novo campo do novo Maracanã com o novo número às costas - só o vestira uma vez, em 2011, contra a Alemanha. Todo camisa 10 parece dizer que pretende ser o dono do time. E Neymar, no primeiro tempo do jogo contra a Inglaterra, foi.
Uma pena não ter saído o gol. Para se ter uma noção da supremacia verde-amarela, o Brasil já somava 15 finalizações aos 34 minutos de jogo, contra absolutamente nenhuma dos ingleses. Neymar participou de boa parte delas, muito bem acompanhado por Oscar. Eles comandaram um time que surpreendeu ao aparecer com Hulk, em vez de Lucas, no setor ofensivo. Filipe Luís na esquerda e Luiz Gustavo no meio foram as outras novidades de Felipão.
Neymar não se aquietou. Tentou de voleio, e a zaga cortou; aproveitou falha de Johnson na pequena área, mas o goleiro Hart salvou; bateu colocado, rente ao ângulo. Filipe Luís, Oscar e Daniel Alves foram outros a arriscar a gol. Hulk, de letra, quase fez um golaço.
A torcida esteve com o time. Foi paciente. Em alguns minutos, porém, pediu Lucas – mesmo que Hulk não estivesse exatamente mal em campo. O público viu que não existiu grau de comparação entre as duas equipes. A Inglaterra só deu sinal de vida lá nos minutos finais do primeiro tempo. Walcott, livre, às costas da zaga, quase fez o crime. Julio Cesar salvou.
Quatro gols
Fred esteve um tanto sumido no primeiro tempo. Costuma ser um sinal de gol. Aos 13 minutos do segundo, um chute de Hernanes, que entrara no lugar de Luiz Gustavo, encontrou  o travessão de Hart. No rebote, apareceu o matador para matar, apareceu o goleador para fazer o gol. O camisa 9 bateu direto, de primeira: 1 a 0 (veja no vídeo ao lado).
O gol foi importante. Minutos antes, parte do público havia vaiado Felipão pela escolha de tirar Oscar para a entrada de Lucas. Ele chegou a ser chamado de burro. O que a torcida queria era a saída de Hulk. Mas ele só deixaria o campo bem depois. E quando a partida já estava novamente empatada...
A Inglaterra jogou bem mais na etapa final do que no primeiro tempo. Não deixou o Brasil passear pelo campo de ataque. E resolveu ameaçar também. Aos 21 minutos, a mudança de postura teve resultado. Após bom tabelamento, Chamberlain bateu forte, no canto de Julio Cesar. Era o empate.
Um problema sensível do Brasil depois do intervalo foi a queda de Neymar. Foi como se ele tivesse usado toda sua munição nos 45 minutos iniciais. Fez falta. A entrada de Lucas não eliminou o vácuo.
O que era bom, deixou de ser; o que pareceu ruim, ficou pior. Aos 33, Rooney acertou um chute raro de fora da área, encobrindo Julio César. Golaço.
Mas o Brasil reagiu. Lucas, da direita, mandou na área. Paulinho pegou forte, de primeira. Belo gol (veja no vídeo acima).
O jogo ficou aberto. Poderiam ter saído novos gols. Mas persistiu o empate de um time menos pronto do que o estádio que ele reencontrou neste domingo.
BRASIL 2 X 2 INGLATERRA
Julio Cesar, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Filipe Luís (Marcelo); Luiz Gustavo (Hernanes), Paulinho, Oscar, Hulk (Fernando) e Neymar; Fred (Lendro Damião). Hart, Johnson (Chamberlain), Cahill, Jagielka e Baines (Ashley Cole); Carrick, Jones, Lampard e Milner; Walcott (Rodwel) e Rooney.
T: Luiz Felipe Scolari T: Roy Hodgson
Estádio: Maracanã. Data: 02/06/2013. Arbitragem: Wilmar Roldan, com Eduardo Díaz e Wilson Berrío (trio da Colômbia)
Cartões amarelos: Hulk (Brasil). Público pagante: 57.820. Renda: R$ 8.630.430,00.
Gols: Fred, aos 12, Chamberlain, aos 21, Rooney, aos 33, e Paulinho, aos 36 minutos do segundo tempo.