Daniel Willycat leva cinturão com cotovelada rodada no Fatality Arena 6
Lutador mineiro de apenas 19 anos rouba cena com
nocautaço contra atleta da casa em Niterói. Vanessa Porto vence revanche
contra Ana Maria Índia
Por Combate.com
Niterói, RJ
Comente agora
A disputa do cinturão peso-galo, entre o mineiro Daniel Willycat e o niteroiense Mauro Pedra, era a antepenúltima
luta do card do
Fatality
Arena 6, neste domingo, em Niterói-RJ. Todavia, o cancelamento do
combate principal entre os pesos-médios Gustavo Ximu e Daniel Oliveira,
devido a uma doença, abriu caminho para que o duelo entre pesos-galos
subisse ao status de destaque no card. Valeu a pena: apenas em sua
segunda luta como profissional no MMA, o jovem Willycat, de apenas 19
anos, venceu o lutador da
casa com uma cotovelada rodada espetacular no segundo round.
A luta entre Ximu e Oliveira foi cancelada porque Oliveira estava doente, com uma amigdalite.
Os médicos
da Comissão Atlética Brasileira de MMA vetaram sua participação, e o
combate entre os pesos-galos foi alçado à luta principal. Lutador da
casa, Pedra começou imprimindo o ritmo, com pisões, jabs e cruzados.
Willycat sobreviveu à chuva de golpes e começou a se soltar ao tentar
uma cotovelada giratória. O jovem mineiro passou a andar para frente e
pressionou o niteroiense contra a grade. Pedra se desvencilhou e foi
para a trocação franca. Willycat balançou Pedra com um direto de direita
e jogou uma joelhada voadora em seguida. O lutador da casa aguentou o
tranco, foi para o clinche e permaneceu
em pé. Willycat ainda acertou boas cotoveladas e chutes altos, mas Pedra revidou com bons golpes no clinche.
Mauro Pedra não perdeu tempo e levou o combate para o solo logo no
início do segundo round. Ele caiu por cima na meia-guarda, mas não
conseguiu segurar Willycat no chão. Na trocação, o garoto de 19 anos
nocauteou ao acertar uma incrível cotovelada rodada, que acertou no
queixo. Pedra já caiu apagado, mas Willycat acertou ainda um direto
antes de o árbitro conseguir encerrar a luta.
Vanessa Porto vence Índia de novo
A aguardada revanche entre a paulista Vanessa Porto e a baiana
Ana Maria Índia teve o mesmo resultado da
primeira luta:
vitória de Porto. O duelo foi o coevento principal do Fatality Arena 6.
Se no primeiro confronto, em 2006, a paulista finalizou a adversária
com um mata-leão no segundo round, desta vez ela esteve próxima do
nocaute técnico no primeiro período, mas dominou o combate por três
rounds para levar o triunfo na decisão dos juízes laterais.
As duas lutadoras foram imediatamente para a trocação. Um direto de
Índia entrou, mas Porto respondeu na mesma moeda e acertou ainda um
chute baixo. Na primeira tentativa de queda de Índia, Porto defendeu. A
paulista continuou levando a melhor na luta em pé e Índia voltou a
mergulhar buscando uma queda. Porto defendeu e a baiana partiu para uma
guilhotina em pé. Ela puxou para a guarda e apertou o estrangulamento,
mas a paulista aguentou pacientemente e se livrou da posição. Por cima,
ela desferiu bons golpes curtos no corpo. Usando a tela, Índia tentou
transitar para um triângulo e saiu de baixo, mas levou golpes na cabeça
e, quando se levantou, cambaleou. Porto atacou com tudo, conectou bons
diretos, mas não conseguiu o nocaute antes do fim do primeiro round.
Houve uma confusão nos segundos finais, quando Índia achou que o round
tinha acabado por conta do aviso de 10s restando. Porto seguiu atacando,
enquanto a baiana reclamava que a luta teria parado.
Porto continuou dominando no segundo round, conectando jabs e diretos.
As tentativas de queda de Ana Maria Índia não tinham sucesso e eram
facilmente defendidas pela paulista. Em pé, Porto conectou mais diretos e
chutes baixos. No terceiro, Porto seguiu ditando o ritmo em pé. Índia
chegou a escorregar no tablado e cair de joelhos, mas rapidamente se
levantou. Apesar do rosto marcado por muitos diretos e jabs, a baiana
não caiu, e Porto também não acelerou o ritmo em busca do nocaute,
apenas administrando a luta. Com a lona muito escorregadia por conta do
suor, o árbitro interrompeu a luta com cerca de dois minutos restando
para passar uma toalha e secar o piso. A paulista seguiu dominando nos
segundos finais e acabou apontada vencedora por decisão unânime.