segunda-feira, 31 de março de 2014

Daniel Willycat leva cinturão com cotovelada rodada no Fatality Arena 6

Lutador mineiro de apenas 19 anos rouba cena com nocautaço contra atleta da casa em Niterói. Vanessa Porto vence revanche contra Ana Maria Índia

Por Niterói, RJ
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A disputa do cinturão peso-galo, entre o mineiro Daniel Willycat e o niteroiense Mauro Pedra, era a antepenúltima luta do card do Fatality Arena 6, neste domingo, em Niterói-RJ. Todavia, o cancelamento do combate principal entre os pesos-médios Gustavo Ximu e Daniel Oliveira, devido a uma doença, abriu caminho para que o duelo entre pesos-galos subisse ao status de destaque no card. Valeu a pena: apenas em sua segunda luta como profissional no MMA, o jovem Willycat, de apenas 19 anos, venceu o lutador da casa com uma cotovelada rodada espetacular no segundo round.
A luta entre Ximu e Oliveira foi cancelada porque Oliveira estava doente, com uma amigdalite. Os médicos da Comissão Atlética Brasileira de MMA vetaram sua participação, e o combate entre os pesos-galos foi alçado à luta principal. Lutador da casa, Pedra começou imprimindo o ritmo, com pisões, jabs e cruzados. Willycat sobreviveu à chuva de golpes e começou a se soltar ao tentar uma cotovelada giratória. O jovem mineiro passou a andar para frente e pressionou o niteroiense contra a grade. Pedra se desvencilhou e foi para a trocação franca. Willycat balançou Pedra com um direto de direita e jogou uma joelhada voadora em seguida. O lutador da casa aguentou o tranco, foi para o clinche e permaneceu em pé. Willycat ainda acertou boas cotoveladas e chutes altos, mas Pedra revidou com bons golpes no clinche.
Mauro Pedra não perdeu tempo e levou o combate para o solo logo no início do segundo round. Ele caiu por cima na meia-guarda, mas não conseguiu segurar Willycat no chão. Na trocação, o garoto de 19 anos nocauteou ao acertar uma incrível cotovelada rodada, que acertou no queixo. Pedra já caiu apagado, mas Willycat acertou ainda um direto antes de o árbitro conseguir encerrar a luta.
Vanessa Porto vence Índia de novo
A aguardada revanche entre a paulista Vanessa Porto e a baiana Ana Maria Índia teve o mesmo resultado da primeira luta: vitória de Porto. O duelo foi o coevento principal do Fatality Arena 6. Se no primeiro confronto, em 2006, a paulista finalizou a adversária com um mata-leão no segundo round, desta vez ela esteve próxima do nocaute técnico no primeiro período, mas dominou o combate por três rounds para levar o triunfo na decisão dos juízes laterais.
As duas lutadoras foram imediatamente para a trocação. Um direto de Índia entrou, mas Porto respondeu na mesma moeda e acertou ainda um chute baixo. Na primeira tentativa de queda de Índia, Porto defendeu. A paulista continuou levando a melhor na luta em pé e Índia voltou a mergulhar buscando uma queda. Porto defendeu e a baiana partiu para uma guilhotina em pé. Ela puxou para a guarda e apertou o estrangulamento, mas a paulista aguentou pacientemente e se livrou da posição. Por cima, ela desferiu bons golpes curtos no corpo. Usando a tela, Índia tentou transitar para um triângulo e saiu de baixo, mas levou golpes na cabeça e, quando se levantou, cambaleou. Porto atacou com tudo, conectou bons diretos, mas não conseguiu o nocaute antes do fim do primeiro round. Houve uma confusão nos segundos finais, quando Índia achou que o round tinha acabado por conta do aviso de 10s restando. Porto seguiu atacando, enquanto a baiana reclamava que a luta teria parado.
Porto continuou dominando no segundo round, conectando jabs e diretos. As tentativas de queda de Ana Maria Índia não tinham sucesso e eram facilmente defendidas pela paulista. Em pé, Porto conectou mais diretos e chutes baixos. No terceiro, Porto seguiu ditando o ritmo em pé. Índia chegou a escorregar no tablado e cair de joelhos, mas rapidamente se levantou. Apesar do rosto marcado por muitos diretos e jabs, a baiana não caiu, e Porto também não acelerou o ritmo em busca do nocaute, apenas administrando a luta. Com a lona muito escorregadia por conta do suor, o árbitro interrompeu a luta com cerca de dois minutos restando para passar uma toalha e secar o piso. A paulista seguiu dominando nos segundos finais e acabou apontada vencedora por decisão unânime.

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