domingo, 17 de agosto de 2014

Liminar derruba resolução de quarta-feira, e Dinamite segue na presidência

Mandatário teria de deixar o Vasco, quando venceria seu mandato à frente da diretoria administrativa

Por Rio de Janeiro
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Roberto Dinamite coletiva Vasco (Foto: Vicente Seda)Roberto Dinamite segue como presidente do Vasco até 11 de novembro (Foto: Vicente Seda)
Uma liminar obtida pela chapa "Sempre Vasco" no plantão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no fim da noite de sábado, derrubou resolução do Conselho Deliberativo, que na quarta-feira, em sua maioria, vetou a extensão do mandato de Roberto Dinamite e elegeu uma junta administrativa formada por quatro interventores para controlar o Cruz-Maltina. A ação foi movida por Leonardo Gonçalves, correligionário do candidato Julio Brant. Diante disso, Dinamite não precisa mais deixar o clube nesta segunda-feira, quando venceria seu mandato à frente da diretoria administrativa.

No último dia 8, venceram os mandatos de 150 integrantes eleitos do Conselho Deliberativo, do Conselho Fiscal e o do presidente da Assembleia Geral, Olavo Monteiro de Carvalho. Olavo, antes da revogação da decisão tomada pelo Deliberativo, redigiu carta com a qual deixava expressa a vontade de não ter seu mandato prorrogado. Com a decisão deste sábado, deferida pelo desembargador Fábio Dutra, os mandatos seguiram estendidos até 11 de novembro.

Advogado do Vasco, Marcello Macedo tratou a nova resolução como uma vitória da democracia, discordando da eventual tomada de poder pela junta administrativa, que seria formada por Alcides Martins, Eduardo Rebuzzi, Jorge Luiz da Neves e Silvio Godoi. Macedo foi quem orientou a ação movida por Leonardo Gonçalves. Apesar da mudança, um encontro entre os quatro interventores está marcado para este domingo.

- Você não tem previsão de intervenção no clube a partir de uma junta que não é eleita em detrimento dos mandatários eleitos pelo voto dos associados. A junta foi indicada pelo Monteiro (Roberto) e pelo Eurico (Miranda). Não pode um intervenção dessas nos tempos de hoje, ainda mais com indicação feita por dois candidatos que estão sendo questionados por colocação de sócios. Há um inquérito policial, a pedido do Ministério Público, que está apurando uma eventual fraude por parte de eleitores desses dois candidatos - afirmou Macedo.
O grupo "Casaca", liderado por Eurico Miranda, contestou a decisão e publicou o seguinte texto em seu site:
"No plantão judiciário, o ex entusiasta da renúncia de Dinamite, Leonardo Gonçalves obteve através do advogado Alan Belaciano da chapa pró-Dinamite uma tutela parcial para manutenção da prorrogação até decisão do desembargador Camilo Ruglièri a respeito do que foi deliberado pelo Conselho Deliberativo do clube na última quarta-feira, 13 de agosto.
Na própria decisão do desembargador Camilo Ruglièri este faz menção ao Conselho Deliberativo como o órgão competente para decidir a questão inerente ao pedido do hoje demissionário Olavo Monteiro de Carvalho em juízo, qual seja do de adiamento da eleição, no que tange à vacância dos poderes.
Desta forma não há outra decisão possível que não seja o respeito àquela tomada pelo Conselho Deliberativo do clube (composto por mais de 70% de seus membros) na última quarta-feira, até porque, ao que tudo indica, o desembargador plantonista teria sido induzido à erro por uma declaração inverídica do Secretário do Conselho Deliberativo acerca da inexistente necessidade de publicação da convocação em jornal.
Eles não querem largar o osso, mas vão ter que largar".

De "princesa da família" à campeã de MMA, Viviane Sucuri sonha com UFC

Cearense tem cartel de seis vitórias em seis lutas nas artes marciais mistas. Com apenas 1,54m, ela não tem medo de desafios e projeta o futuro: "O céu é o limite"

Por Direto de Limoeiro do Norte, CE
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viviane, sucuri (Foto: Osteval Tavares/TV FIGHT)Viviane Sucuri tem seis vitórias seguidas no MMA (Foto: Osteval Tavares/TV FIGHT)
Na infância, nada de bonecas ou "clube da Luluzinha". Primeiro veio o futebol, depois a capoeira e, por último, o kung fu. Hoje atleta de MMA, Viviane Pereira é conhecida como Viviane "Sucuri". As seis vitórias nos seis combates que disputou assustam, à primeira vista, mesmo com apenas 1,54m. Mas a cearense de 20 anos, nascida em Tauá, só intimida dentro do octógono. Fora do ringue, a timidez a impede de se soltar até no começo de uma entrevista.
A família, no começo, "bateu o pé". Não se aceitava que a "princesa da família" virasse uma lutadora de artes marciais. Hoje, já morando só, Viviane, que nasceu em Tauá, município no interior do Ceará, colhe os frutos de uma carreira que esbarrou no preconceito e em inúmeras dificuldades.

- O pessoal dizia que eu tinha alma de menino, quando era criança. Hoje fica até um papo estranho com as minhas amigas. Enquanto elas falam de namorados, roupas da moda, novelas, eu falo de nocautes, finalizações. É um papo que não combina - afirmou, entre risos.

Sem mulheres para disputas na categoria amadora de kung fu, Viviane foi direto para o profissional. E não fez feio. No MMA, não sabe o que é perder. Já são seis vitórias em seis combates. Na carreira, contando o kung fu, 16 duelos. A única derrota veio em uma competição que ela sequer aprovou previamente a própria participação.

- Uma vez me colocaram para lutar o Pan-Americano de jiu-jitsu. Na primeira luta, no Absoluto, eu finalizei. A segunda foi 17 a 0. Na final, perdi por uma vantagem para a melhor do ranking. Pro uma vantagem. E olha que eu nem queria participar da competição - relembrou.
Em duelo de cobras, Sucuri finaliza Naja no Limo Fight (Foto: Juscelino Filho)Em duelo de cobras, Sucuri finaliza Naja no Limo Fight (Foto: Juscelino Filho)
Preconceito, maquiagem e inspiração

O preconceito veio de casa. A família foi a primeira a proibir a participação de Viviane em competições de artes marciais. Em uma certa vez, voltou para casa com os olhos tão inchados que sequer podia enxergar. A mãe ficou desesperada.

- Teve uma luta que cheguei em casa com os dois olhos "tapados" e a minha mãe enlouqueceu. Disse que nunca mais eu ia fazer isso. Passei quinze dias sem enxergar nada. Mas agora eu moro só, daí não tenho mais preocupação quanto a isso - brincou.

Os músculos definidos e os golpes rápidos complementam a maquiagem e os cuidados com os detalhes antes de cada luta. Até os protetores bucais têm um toque feminino, o que já rendeu elogios à cearense.

- Uma vez, uma comentarista me elogiou porque mesmo no estilo masculino da luta, eu estava usando batom e protetor bucal rosa. Mas eu sou assim. Para todo canto que eu vou é maquiada, com bolsa, roupa bonitinha - explicou.
viviane, sucuri (Foto: Osteval Tavares/TV FIGHT)Sucuri sonha com o UFC (Foto: Osteval Tavares/TV FIGHT)
Com a fórmula do sucesso, Viviane Sucuri quer ir longe e chegar ao UFC. Ainda sem conhecer o sabor amargo de uma derrota, a cearense sabe que nenhum atleta é invencível, mas trabalha para dificultar cada vez mais o trabalho das adversárias.

- Não sei o meu limite. O céu talvez seja o limite. O que tiver que aparecer para a gente buscar, a gente vai atrás. Meu sonho é o UFC. As pessoas até brincam que eu tenho que pegar a Ronda Rousey (campeã peso-galo do UFC), mas infelizmente ela é de outra categoria. Ela é 61kg e eu sou 52kg. Costumo dizer que eu não sou imbatível, mas me vencer não é fácil - afirmou.

Inspiração para outras tantas mulheres que praticam MMA, Viviane sabe o peso e a responsabilidade que carrega cada vez que entra no octógono. O preconceito contra mulheres no esporte ainda é flagrante, mas Viviane acredita que seu trabalho pode ajudar a diminuir o pensamento negativo de algumas pessoas.

- Infelizmente ainda existe preconceito do "macharal", mas estamos quebrando esse tabu. Muitas meninas chegam para mim depois das lutas delas e dizem que eu sou uma inspiração, que treinam para chegar aonde eu estou. Isso é bom. Faz com que você se motive a treinar cada vez mais para mostrar para elas que elas também podem ir longe.

Vitor Belfort aparece pela primeira vez sem camisa após parar de fazer TRT


dom, 17/08/14
por ultimmato |
categoria Vitor Belfort
Pela primeira vez o brasileiro Vitor Belfort apereceu sem camisa em uma foto após parar de fazer TRT (Terapia para Reposição de Testosterona). O lutador aparenta ter diminuído sua massa muscular, mas mantém a forma física de um atleta de ponta. Na imagem, Belfort aparece cercado por membros de sua equipe, a Blackzilians.
Confira a imagem:
Vitor_sem_camisa

Shogun quer lutar por mais três anos e vê duelo "inevitável" com Minotouro

Ex-campeão do Ultimate afirma que nariz está 100% após corrigir fratura e desvio de septo, mas que vai ser difícil perder o hábito de respirar pela boca

Por São Paulo
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Maurício Shogun começou a brilhar no MMA na mesma época de nomes como Wanderlei Silva e Rodrigo Minotauro. Enquanto estes estão com 38 anos, o ex-campeão meio-pesado do UFC é seis anos mais novo e não pretende ficar na ativa até a idade deles. Aos 32, Shogun planeja lutar só até os 35. É fato que ele quer aproveitar bem esse tempo e deve voltar logo ao octógono, provavelmente em outubro ou novembro. O adversário? Ainda está indefinido. Mas um oponente é certeza no futuro do curitibano, segundo o próprio.
- Meu trabalho é treinar e lutar. Não me desgasto pensando em adversário, em data. Deixo para o meu empresário. Às vezes é frustrante você pensar num adversário e vir outro. Mas acho que a luta contra o Minotouro, se não for agora, mais para frente vai acontecer. É uma coisa inevitável, até mesmo porque os fãs querem ver essa revanche - disse ao Combate.com, relembrando o grande duelo que fez contra Rogério no Pride em 2005, quando saiu vencedor.
Maurício Shogun ufc (Foto: Ivan Raupp)Maurício Shogun no escritório do CT de Demian Maia, em São Paulo (Foto: Ivan Raupp)
A última luta de Shogun foi em março, quando venceu bem os dois primeiros rounds e quase nocauteou Dan Henderson, mas acabou ele mesmo nocauteado pelo americano. Os golpes certeiros de Hendo quebraram o nariz do brasileiro, que coincidentemente já tinha programada uma cirurgia no local para corrigir um desvio de septo. Shogun garante que está 100% recuperado:
- Uns 10 dias antes da luta eu fui ao médico, e meu nariz estava com um desvio de septo bem grande, estava bem congestionado. O médico viu e achou melhor operar. Como eu tinha luta próxima, ele resolveu operar depois dela. Então, coincidiu de eu fraturar o nariz na luta. Aí fiz o desvio e também corrigi a fratura, tudo junto. Por conta do desvio de septo, tive que ficar um tempo maior parado. Mas já aproveitei e fiz os dois. Meu nariz está 100%, igual estava antes, bonito (risos). Estou pronto.
É frustrante, né? A gente treina muito, leva um golpe desses e acaba sendo nocauteado. Mas por isso que o MMA é o esporte que mais cresce no mundo, porque é imprevisível"
sobre revés para Henderson em março
Shogun admitiu que tem um vício errado por conta do desvio de septo, o de respirar pela boca, mas já foi logo tratando de desfazer a relação disso com o gás de um lutador. Contra Henderson, ele mostrou ótimos preparo e resistência, mas esses fatores já lhe renderam muitas críticas num passado recente.
- Senti diferença, mas demora até pegar o hábito de respirar pelo nariz de novo. Eu normalmente respirava pela boca, mas acho que isso não influencia muito no gás, não sei - declarou.
Dan Henderson se tornou uma pedra no sapato de Shogun, que também havia sido derrotado por ele em 2011, numa das melhores lutas de todos os tempos. A frustração em relação ao veterano de 43 anos é grande, mas o respeito por ele é ainda maior.
- É frustrante, né? A gente treina muito, leva um golpe desses e acaba sendo nocauteado. Mas por isso que o MMA é o esporte que mais cresce no mundo, porque é imprevisível. Não dou desculpa, pelo contrário, o Dan Henderson foi feliz e acertou o golpe. A luta quase acabou em vários momentos antes. Vou ter que ir atrás do prejuízo agora. Agora tenho que pensar na próxima luta, e não chorar o leite derramado. Mas o Dan Henderson merece todo o respeito pelo que já fez pelo esporte - afirmou.
Exposição 20 Anos de Luta - do vale-tudo ao MMA - Mauricio Shogun e Minotouro (Foto: Marcelo Alonso)Maurício Shogun e Rogério Minotouro fizeram luta épica no Pride em 2005 (Foto: Marcelo Alonso)
Shogun prefere não dar detalhes de sua próxima luta, como data e oponente, e deixa isso nas mãos do empresário Eduardo Alonso. Os dois, por sinal, voltaram a trabalhar juntos no início deste ano, após dois anos separados. O lutador esclareceu a reedição da parceria:
- Eu e Eduardo sempre fomos amigos. Acabou sendo boa para nós essa volta, porque eu amadureci, e ele também. Hoje temos um relacionamento profissional muito bom. Na parte da amizade a gente sempre manteve o respeito um pelo outro, e a profissional melhorou bastante.

Thiago Tavares é premiado pelo UFC por finalização sobre Robbie Peralta

Brasileiro e Tim Boetsch fazem as "Performances da Noite", enquanto Alan Jouban e Seth Baczynski ganham o prêmio de "Luta da Noite" em Bangor

Por Bangor, EUA
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O brasileiro Thiago Tavares não pode reclamar de sua estreia entre os pesos-penas no retorno ao UFC após quase um ano sem lutar. Com uma atuação quase perfeitas o brasileiro finalizou Robbie Peralta no primeiro round, o que lhe garantiu um dos dois prêmios de Performance da Noite no "UFC: Bader x St. Preux", disputado na cidade de Bangor, nos EUA. O outro lutador a receber o mesmo prêmio foi Tim Boetsch, que aplicou um belo nocaute sobre o havaiano Brad Tavares, que jamais havia sido vencido desta forma em sua carreira.
Thiago Tavares comemora UFC MMA (Foto: Reprodução/Twitter)Thiago Tavares comemora a finalização sobre Robbie Peralta no primeiro round (Foto: Reprodução/Twitter)
O prêmio de Luta da Noite foi dado para o suelo entre Seth Baczynski e Alan Jouban. Jouban, que estreava no UFC, nocauteou o experiente Baczynski no primeiro round com uma performance muito eficiente, principalmente na trocação. Todos os lutadores receberam US$ 50 mil (cerca de R$ 112,5 mil).

Formiga fecha o card preliminar em Bangor com vitória sobre Makovsky

Brasileiro consegue resultado importante na corrida pela disputa do cinturão dos moscas do UFC, que hoje pertence ao americano Demetrious Johnson

Por Bangor, EUA
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O peso-mosca brasileiro Jussier Formiga, sexto colocado no ranking do UFC,  conquistou, no encerramento do card preliminar do "UFC: Bader x St. Preux" neste sábado, uma importante vitória por decisão dos juízes (triplo 29-28) contra o americano Zach Makovsky, nono colocado no ranking da categoria. O resultado deve impulsionar o nome do brasileiro na corrida pelo cinturão dos moscas do UFC, que hoje pertence a Demetrious Johnson. Esta foi a 17ª vitória de Formiga em 20 lutas na carreira. Já Makovsky sofreu sua quinta derrota em 23 lutas. (Veja no vídeo acima).
A luta começou com ambos os lutadores buscando a trocação, mas com muita cautela, até que Formiga buscou as costas do americano e, com um movimento muito bonito plasticamente, evitou que Makovsky se livrasse da pegada baixando muito a cabeça girando no ar e caindo com o domínio das costas do rival. Makovsky conseguiu sair da posição e caiu na guarda do brasileiro, até que a luta voltasse a ser disputada em pé. Os dois lutadores se movimentavam muito bem, mas Formiga buscava a luta agarrada sempre que possível, e a 1m20s do intervalo conseguiu uma boa derrubada, caindo na meia-guarda de Makovsky, mantendo-se por cima até o fim do round.
UFC  Jussier Formiga; Zach Makovsky (Foto: Agência Getty Images)Jussier Formiga venceu Zach Makovsky com uma atuação segura e convincente (Foto: Getty Images)


No segundo round Makovsky começou buscando uma queda com um single leg após alguns segundos de estudos em pé, mas Formiga recuperou-se bem e levantou-se rapidamente. Com muita velocidade, o brasileiro buscou as costas do americano e mochilou-o. Makovsky mantinha a posição, com Formiga nas suas costas, até que a luta foi para o chão. Com o cadeado fechado na cintura do americano, o brasileiro alternava socos na cintura e no rosto do americano, que apenas se defendia e tentava evitar a finalização até o intervalo.

No último round, com a vantagem conseguida nos rounds anteriores, Formiga passou a esperar mais a inciativa de luta de Makovsky, que buscou a queda com pouco mais de um minuto de luta, ficando por cima no chão. Formiga o mantinha na sua guarda, até que o americano decidiu levantar-se e buscar os chutes nas pernas do brasileiro até voltar a cair por cima de Formiga. Se defendendo bem e controlando o rival, o brasileiro confiava na vantagem acumulada nos dois primeiros rounds para apenas evitar correr riscos e colocar o resultado em perigo.

Confira as demais lutas do card preliminar:

Sara McMann vence a raçuda Lauren Murphy por decisão dividida
No único duelo feminino da noite, a vice-campeã olímpíca de wrestling, Sara McMann, enfrentou a ex-campeã do Invicta, Lauren Murphy, que jamais havia sido derrotada e que começou a praticar MMA somente em 2010. Após três rounds, a vitória foi de Sara McMann por decisão dividida dos juízes (29-28, 28-29 e 29-28). Esta foi a oitava vitória de Sara McMann em nove lutas, e a primeira derrota de Murphy em igual número de combates.

A luta começou com McMann buscando imediatamente a perna esquerda de Murphy, e derrubando-a com facilidade, ficando por cima, na guarda da adversária, que aplicava cotoveladas e atacava constantemente, além de controlar a postura e evitar que McMann conseguisse golpeá-la. A luta se manteve no chão durante todo o tempo, e McMann aproveitava a posição para tentar explodir e aplicar bons golpes, que quase sempre eram defendidos por Murphy até o intervalo.
UFC  Lauren Murphy; Sara McMann (Foto: Agência Getty Images)Sara McMann precisou se esforçar para vencer a estreante Lauren Murphyem Bangor (Foto: Getty Images)


No segundo round a luta ficou mais tempo em pé no início, e Lauren Murphy conseguiu acertar um bom cruzado no rosto de Sara McMann, que aguentou o golpe e, assim que pôde, levou a luta novamente para o chão. Mesmo tendo a rival por cima novamente, Murphy agredia muito por baixo, com cotoveladas e tentando aplicar um triângulo, que foi defendido por McMann. A vice-campeã olímpica de wrestling mantinha a luta sob controle até o árbitro ordenar que voltassem a ficar de pé. Mais forte fisicamente, Sara McMann pressionou Murphy na grade, e mais uma vez a derrubou e manteve-se por cima até a pausa.

No terceiro e último round as duas atletas buscaram a trocação por cerca de dois minutos antes de McMann mais uma vez tentar um single leg para efetuar mais uma derrubada, que finalmente foi defendida por Murphy, mantendo a luta em pé. Uma nova tentativa foi novamente evitada, mas Murphy ficou com McMann entre suas costas e sua lateral, pressionando-a. Mesmo assim, com muitos socos e cotoveladas, ela levava vantagem no round. Nos últimos segundos, Murphy livrou-se da pressão na grade e buscou a trocação, mas não havia tempo para mais nada.

Tom Watson ganha sobrevida e vence Sam Alvey por decisão unânime
Em uma luta que começou em ritmo lento e terminou eletrizante, o inglês Tom Watson - que vinha de duas derrotas e só havia vencido uma de suas quatro lutas no UFC até então - venceu o americano Sam Alvey - que estreava no evento após participar do TUF 16 e não ser contratado pelo UFC - por decisão unânime dos juízes (triplo 29-28) na segunda luta da noite, válida pela categoria dos pesos-médios. Watson chegou à 17ª vitória em 24 lutas na carreira, enquanto Alvey amargou a sexta derrota em 30 lutas como profissional.

O primeiro round começou com Watson encurtando a distância imediatamente após o início do combate. Calmo, Alvey mantinha a postura, mas recebia diversos chutes do inglês, principalmente nas pernas. Um pouco apático nos primeiros minutos, o americano passou a atacar a partir da metade do round. Mostrando que estudou o adversário, Watson mantinha Alvey à distância com os chutes para impedir os cruzados de direita, principal golpes do americano. Um upper de Alvey atingiu o inglês, que sentiu e recebeu mais dois golpes e uma joelhada antes de se livrar dos ataques e voltar a atacar até o intervalo.
UFC  Tom Watson e Sam Alvey (Foto: Agência Getty Images)O inglês Tom Watson conquistou uma boa vitória sobre o americano Sam Alvey em Bangor (Foto: Getty Images)


Na volta para o segundo round, Watson novamente foi para cima de Alvey, impedindo a iniciativa de luta do americano. Apesar de (poucas) boas sequências de golpes, o americano continuava esperando o inglês para contragolpear, e recebia chutes nas pernas e socos que, se não o abalavam, valiam pontos na visão dos juízes laterais. A dois minutos do intervalo, Watson acertou uma boa cotovelada seguida de soco que balançou o americano, que se defendeu como pôde dos golpes seguidos aplicados pelo inglês, que não conseguiu dar sequência e permitiu que Alvey se recuperasse. Os lutadores trocaram golpes sem muito efeito na grade até o intervalo.

Sabendo estar em desvantagem na luta, Sam Alvey veio com tudo no terceiro e último round e aplicou um duríssimo castigo contra Tom Watson, que parecia nocauteado em pé, mas resistia aos golpes com as costas na grade, mostrando grande poder de absorção. A sequência de golpes aplicados cansou o americano, que diminuiu o ritmo e deu ao inglês a chance de se recuperar. A luta voltou a ficar equilibrada, com golpes similares sendo aplicados pelos dois até o fim.

Frankie Saenz abre evento com vitória sobre Nolan Ticman
Um duelo entre os pesos-galos estreantes no UFC Frankie Saenz e Nolan Ticman abriu o evento realizado em Bangor neste sábado, e quem levou a melhor foi Frankie Saenz, que venceu por decisão unânime dos juízes (triplo 30-27). Esta foi a nova vitória de Saenz em 11 lutas, enquanto Ticman sofreu sua segunda derrota em seis combates.
A luta começou com Saenz tomando a iniciativa do combate, buscando os ataques a Ticman, que se defendia e aguardava a aproximação do rival para contragolpear. Sem lutar desde 2012, Ticman mostrava menos ritmo de luta, pecando na falta de sequência dos golpes, que tinham boa velocidade, enquanto Saenz preparava melhor seus ataques. O primeiro round terminou com Saenz por cima no chão.
UFC Nolan Ticman; Frankie Saenz (Foto: Agência Getty Images)Frankie Saenz venceu Nolan Ticman por decisão unânime no UFC em Bangor (Foto: Getty Images)


O segundo round trouxe Ticman mais agressivo, após ouvir de seu córner que havia perdido o round anterior, mas Saenz mostrava um bom repertório de golpes e força física, agredindo mais e, ao pressionar as costas do rival na grade, aplicou bons golpes com o joelho na coxa, não deixando Ticman ganhar espaço para livrar-se da posição desfavorável. Após voltarem ao centro do octógono, Ticman conseguiu alguns golpes, mas Saenz recuperou-se e voltou a dominar o combate, conectando bons socos e mantendo a vantagem até o intervalo.

No terceiro e último round teve Saenz mantendo a pressão sobre o adversário, levando vantagem nas chances que tinha quando a luta ia para o chão. Com mais volume de golpes, ele dominava Ticman e, na grade, castigava o rival com socos e cotoveladas, minando a sua resistência. Mais forte e com mais ritmo de luta, Saenz aproveitava a melhor resistência física para impedir qualquer reação de Ticman, dominando o combate até o fim.

Thiago Tavares arrasa Robbie Peralta e finaliza luta logo no primeiro round

Brasileiro fez sua estreia entre os pesos-penas e conseguiu uma vitória expressiva diante do americano, com um mata-leão após dominar a luta

Por Bangor, EUA
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Em sua estreia nos pesos-penas do UFC, após fazer carreira entre os pesos-leves, o catarinense Thiago Tavares arrasou o americano Robbie Peralta com uma finalização por mata-leão aos 4m27s do primeiro round no "UFC: Bader x St. Preux", em Bangor, nos EUA. Sem lutar desde novembro de 2013, quando venceu Justin Salas tambpem por finalização, em Goiânia, Tavares mostrou que adaptou-se bem à nova categoria. Esta foi a 19ª vitória de Tavares em 25 lutas. Já Peralta sofreu sua quinta derrota em 24 lutas.
- Foi muito difícil descer de divisão, mas consegui fazer o meu melhor. Antes eu perdia apenas cinco quilos para lutar entre os leves, e agora perdi um pouco mais para atuar nos penas. Eu tenho um colega, Nazareno Malegarie, que é muito melhor que eu, e tenho vídeos para provar. Sean Shelby, por favor dê uma chance a ele. Há dois meses eu fiz uma cirurgia no meu joelho, e guardei para mim, não falei para ninguém. Apenas meu técnico sabia, e trabalhamos muito para que eu não ficasse fora desta estreia. Felizmente deu tudo certo - festejou Tavares.
UFC Thiago Tavares e Robbie Peralta (Foto: Agência Getty Images)Thiago Tavares arrasou Robbie Peralta em sua estreia entre os pesos-penas do UFC (Foto: Getty Images)
A luta começou com Tavares dominando o centro do octógono e buscando a queda. Peralta defendeu-se na grade, mas o brasileiro levou a luta para o chão na força física. O americano levantou-se, mas o catarinense dominou as costas de Peralta e iniciou uma bela sequência de golpes no rosto do americano, que suportou o castigo e ficou de frente para o brasileiro, ainda por baixo no chão. Tavares conseguiu a montada e, entre uma e outra tentativa de katagatame, o brasileiro acertava socos no rosto. Peralta buscou se defender virando-se novamente de costas.
Peralta buscava se defender dos golpes no chão quando cometeu o erro de deixar seu pescoço desprotegido. Tavares não perdeu tempo e encaixou o braço com muita precisão, conseguindo aplicar o mata-leão e finalizar o americano a apenas 33s do fim do round.

Ryan Bader faz luta estratégica e bate Ovince St. Preux no UFC em Bangor

Card principal teve cinco das seis lutas encerradas por nocautes técnicos

Por Bangor, EUA
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O meio-pesado Ryan Bader mostrou que seu estilo estrategista de lutar vem rendendo frutos. Diante de um adversário mais forte fisicamente e com maior poder de nocaute, Bader não teve muitas dificuldades para derrotar Ovince St. Preux por decisão unânime dos juízes (48-47, 49-46 e 49-46), chegando à sua terceira vitória seguida, e a 18ª em 22 combates. Já Ovince St. Preux sofreu sua primeira derrota em cinco lutas no UFC, e a sexta em 22 lutas como profissional.

- Ovince é um lutador muito, muito duro. Ele evitou minhas quedas no final, eu estava mais lento, mas consegui a vitória - disse Bader após a vitória.
Ryan Bader Ovince St. Preux UFC MMA (Foto: Getty Images)Ryan Bader acerta cruzado de esquerda em Ovince St. Preux no UFC em Bangor (Foto: Getty Images)

A luta começou com Bader buscando agredir St. Preux com chutes baixos e socos, e aproveitou a primeira chance que teve para levar a luta para o chão, ficando por cima na posição de 100 quilos. St. Preux conseguiu se levantar e aplicou um chute alto e passou a lutar à distância, aguardando a aproximação do rival para tentar os golpes de impacto. Bader não tinha o tempo certo do ataque e não conseguia conectar os golpes quando entrava no raio de ação de St. Preux. Mesmo assim, a dez segundos do intervalo, conseguiu uma boa queda, terminando o round em posição de vantagem.

No segundo round Bader tentou a mesma estratégia de tentar derrubar de início, mas foi surpreendido com um golpe forte de St. Preux próximo à grade. Lutando à distância, St. Preux acertou um belo chute na altura da cintura que fez Bader sentir. Confiante, St. Preux lutava com a guarda baixa e aproveitava o afobamento do adversário para conseguir não apenas golpes fortes como uma queda no fim do round, que não foi aproveitada para ser contundente no chão.

O terceiro round trouxe St. Preux mais incisivo nos golpes e provocando Bader, com a guarda baixa e fazendo gestos e se movimentando para tentar tirar a concentração do rival. Mais concentrado, Bader conseguiu levar a disputa para o chão e, após St. Preux conseguir levantar-se, derrubou novamente com muita força, passando a meia-guarda e mantendo o domínio no solo. A luta voltou a ser disputada em pé nos últimos segundos, sem que nenhum dos dois conseguisse aplicar nenhum golpe no outro.
No quarto round St. Preux novamente começou tentando decidir a luta, golpeando em direção a Bader, que se esquivou e evitou o impacto. Mais consciente e concentrado na sua estratégia de luta, Bader buscou e conseguiu uma nova derrubada. Ajoelhado ao lado do adversário, que estava com as costas para cima, Bader socava e derrubava novamente sempre que St. Preux esboçava se levantar. St. Preux já mostrava cansaço e não resistia às investidas de Bader, que dominava as ações.

No quinto e último round, após uma imensa bronca de seu treinador por estar apático no octógono, St. Preux conseguiu cair por cima de Bader, que tentou sem sucesso aplicar uma kimura. Sem esboçar uma ação ofensiva no chão, St. Preux permitiu que Bader se levantasse e o derrubasse em seguida. Aparentando muito cansaço, St. Preux já não se movimentava como antes mas, mesmo assim, aplicou boas cotoveladas em Bader pouco antes do fim da luta.

Confira as demais lutas do card principal:
Ross Pearson nocauteia Gray Maynard no segundo round
No co-evento principal da noite, o peso-leve inglês Ross Pearson conseguiu uma bela vitória por nocaute técnico contra o americano Gray Maynard. Vindo de derrota para Diego Sanchez, o inglês teve paciência para defender as quedas tentadas pelo americano e, aos 1m35s do segundo round, acertou uma sequência de direto e cruzado para derrubar o rival e acabar com a luta. Esta foi a 16ª vitória de Pearson em 24 lutas. Maynard, que sofreu sua terceira derrota seguida no UFC, sofreu a quarta derrota em 17 lutas na carreira.
- Gray é um ótimo competidor, está aí há muito tempo. Sabemos que ele já fez muito em sua carreira, não está na sua melhor fase, mas eu estou muito bem e quero as grandes lutas. Senti que o peguei algumas vezes no primeiro round, ele ficou tonto, e eu continuei confortável no segundo round. Neste esporte você tem que aproveitar as oportunidades que aparecerem.  Quero um top 10, qualquer um - disse o inglês após a vitória.
Ross Pearson x Gray Maynard UFC Bangor MMA (Foto: Getty Images)Ross Pearson acerta o golpe que nocauteou Gray Maynard no UFC em Bangor (Foto: Getty Images)
A luta começou com Maynard aplicando cruzados e chutes que acertavam Pearson. O inglês se mantinha à distância, se aproximando para atacar, e voltando em seguida. O americano buscou a derrubada, mas Pearson defendeu-se, ficando com as costas na grade, indo para o centro do octógono em seguida. Os dois lutadores atuavam com cautela, evitando se expor. Após algumas trocas de golpes, Maynard fintou uma entrada nas pernas, aplicou um soco e voltou para a derrubada. O inglês percebeu a movimentação e não se deixou dominar pelo americano.
O segundo round começou com o mesmo panorama do round anterior, com ambos distribuindo golpes sem muita potência. Mas Pearson surpreendeu Maynard e aplicou um belo cruzado de esquerda após um direto de direita, derrubando o americano. Uma sequência forte de socos no chão encerrou o combate.
Tim Boetsch se recupera e vence Brad Tavares por nocaute técnico
Nascido no estado americano do Maine, o peso-médio Tim Boetsch jamais foi derrotado lutando em casa. Neste sábado, enfrentando o havaiano Brad Tavares, a escrita se manteve. Após um início ruim, o "Bárbaro" recuperou-se e conseguiu uma bela vitória por nocaute técnico aos 3m18s do segundo round, levantando a plateia que torcia por ele desde o início. O nocaute, primeiro sofrido por Tavares em sua carreira, decretou a terceira derrota da carreira do havaiano em 21 lutas. Já Boetsch conquistou sua 18ª vitória em 25 lutas.
- É muito bom estar aqui em Bangor! Eu mal conseguia enxergar por causa do sangue, mas eu apliquei o golpe e sabia que, se pegasse, ele cairia. Ele é muito duro, precisei acertar dois desses para ele cair. É uma das melhores sensações da minha vida. Aproveitem o resto do show - disse Boetsch após a luta.
UFC Tim Boetsch e Brad Tavares (Foto: Agência Getty Images)Tim Boetsch acerta o golpe que derrubou e ajudou a nocautear Brad Tavares em Bangor (Foto: Getty Images)
A luta começou com Boetsch tentando a derrubada com o single leg, e Tavares defendendo com muita categoria. Os dois lutadores se mantinham na grade, alternando o domínio da posição. Tavares impedia que Boetsch tivesse espaço para o "dirty boxing", que é sua especialidade, e aplicou uma bela cotovelada que abriu um ferimento na testa do "Bárbaro". A luta se manteve equilibrada, até que Tavares conseguiu travar Boetsch na grade e aplicar diversas joelhadas na cabeça do rival, que apenas se defendia, sem conseguir se livrar da posição.
Logo no início do segundo round, Tavares voltou a pressionar Boetsch na grade e, quando Boetsch livrou-se da posição, passou a conectar golpes precisos no centro do octógono, mantendo o rival à distância. De volta à grade, Tavares novamente travou Boetsch, pressionando-o e impedindo que ele conseguisse espaço para lutar. Porém, quando parecia que Tavares manteria o domínio, Boetsch acertou uma joelhada e um direto de esquerda que derrubaram Tavares. O havaiano ainda tentou levantar-se, mas Boetsch aplicou um direto de direita que derrubou o rival novamente. Uma sequência de golpes no chão forçou o árbitro a encerrar a luta, para delírio dos fãs presentes ao evento.
Alan Jouban estreia no UFC com nocaute sobre Seth Baczynski
Estreando entre os meio-médios do UFC, Alan Jouban não tomou conhecimento do experiente Seth Baczynski e conseguiu uma bela vitória por nocaute técnico aos 4m23s do primeiro round, após uma intensa troca de golpes com o rival. Esta foi a décima vitória em 12 lutas de Jouban, enquanto Seth Baczynski sofreu sua 12ª derrota em 31 combates profissionais.
- Estou com uma mistura de emoções. Quando falamos com Joe Silva e dissemos que queríamos estar no UFC, não esperávamos outra coisa que não lutadores muito duros. Perdi o equilíbrio, levei um soco muito potente, mas sabia o que poderia fazer. O gancho de esquerda era um golpe que eu estava preparando, e ele foi efetivo quando eu precisei dele - disse Jouban após a luta.
UFC Seth Baczynski e Alan Jouban (Foto: Agência Getty Images)Alan Jouban surpreendeu e nocauteou Seth Baczynski no primeiro round em Bangor (Foto: Getty Images)
A luta começou com Jouban tomando a iniciativa da luta e achando melhor a distância, e Baczynski aguardando o adversário para contragolpear. Após alguns golpes trocados, Jouban acertou um chute alto de esquerda na cabeça de Baczynski, que respondeu com um direto que dobrou as pernas do rival, completando com uma joelhada. Jouban não se intimidava com a experiência de Baczynski e partia com tudo para cima. Com uma trocação muito afiada, ele acertou golpes seguidos, especialmente um gancho de esquerda, que derrubaram o rival, forçando o árbitro a encerrar a luta, decretando o nocaute técnico.
Shawn Jordan sofre, mas vence Jack May por nocaute técnico
Após começar a luta em desvantagem, o peso-pesado americano Shawn Jordan conseguiu virar a luta e derrotar o gigante Jack May, de 2,03m de altura, por nocaute técnico aos 2m03s do terceiro round. A virada aconteceu no momento em que Jordan passou a lutar estrategicamente, impondo a técnica a May, que tinha poucos recursos além da trocação, principalmente no chão. Esta foi a 16ª vitória de Jordan em 22 lutas, enquanto May, que vinha de derrota para Derrick Lewis em sua estreia no UFC, sofreu sua segunda derota em nove lutas.
- Me sinto muito bem. O plano era esse, deixá-lo vir e fazer o primeiro movimento, e consegui me manter firme na minha estratégia. Ele é um cara duro. Ele veio com socos muito poderosos, fiquei um pouco tonto ali, dei alguns passos para trás, mas eu treino para isso. Eu sempre quero vencer, esse esporte construiu minha carreira - disse Jordan após a luta.
UFC Shawn Jordan e Jack May (Foto: Agência Getty Images)Shawn Jordan acerta um overhand na vitória por nocaute técnico sobre Jack May (Foto: Getty Images)
A luta começou com os dois lutadores evitando tomar a iniciativa do combate, até que May encurralou Jordan na grade, mas o ex-jogador de futebol americano lançou um soco que passou raspando à cabeça do adversário. May ensaiava chutes altos, aproveitando sua altura, enquanto Jordan circulava pelo octógono para não ser um alvo fixo para o gigante. A menos de um minuto do intervalo, Jordan conseguiu derrubar May e ficar por cima, mas sem conseguir aplicar golpes que abalassem o adversário.
No segundo round, apesar da movimentação de Shawn Jordan, Jack May passou a acertar mais golpes e um direto de direita abalou Jordan, que sentiu o golpe. May aproveitou mais alguns golpes antes de Jordan lançar um soco desesperado, que afastou May e o permitiu levar a luta para o chao, ficando por cima do gigante. May se defendia bem e impedia os golpes mais contundentes. Jordan tentou a montada, mas May livrou-se rapidamente da posição. Ainda por cima, Jordan mantinha o domínio e golpeava duramente, ficando em posição de vantagem até o intervalo.
No terceiro e último round, mesmo com o olho direito muito ferido, Jordan mais uma vez levou May para o chão, ficando montado por cima. O gigante virou-se de costas para Jordan, que golpeava abertamente o adversário, que apenas se defendia até que o árbitro Dan Miragliotta encerrou o combate, decretando o nocaute técnico.

Rubinho dá show na pista de Cascavel e vence pela segunda vez na Stock

Após triunfo na Corrida do Milhão, ex-piloto de Fórmula 1 desbanca Julio Campos e vence prova longa deste domingo. Na corrida 2, vitória é do paulista Marcos Gomes

Por Cascavel, PR
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No início deste mês, Rubens Barrichello conquistou sua primeira vitória na Stock Car, logo na prova mais importante do calendário, a Corrida do Milhão. E o ex-piloto de Fórmula 1 parece ter tomado gosto pela coisa. Neste domingo, em Cascavel (PR), Rubinho teve uma nova oportunidade de mostrar sua famosa "sambadinha" no lugar mais alto do pódio (veja no vídeo), após vencer o duelo com o pole position Julio Campos e triunfar na bateria longa da sexta etapa do campeonato. 
- Estou muito feliz mesmo. A gente tinha um carro um pouco dianteiro na classificação, mas as configurações permitiram que fosse um carro muito rápido para várias voltas. A estratégia funcionou e tínhamos um carrão neste domingo - comemorou Rubinho, que assume a vice-liderança do campeonato, empatado com Sergio Jimenez em 93 pontos, e a 11 pontos do líder Átila Abreu.
Rubens Barrichello faz festa no pódio da corrida 1 de Cascavel (Foto: Duda Bairros)Após vitória, Rubens Barrichello faz festa no pódio da corrida 1 de Cascavel (Foto: Duda Bairros)


A primeira corrida teve 40 minutos de duração mais uma volta e dá 24 pontos ao vencedor. A segunda prova, realizada na sequência e com grid invertido entre os 10 primeiros da disputa principal, teve 20 minutos mais uma volta, e vale 15 pontos ao vencedor. Na prova rápida, o triunfo foi do paulista Marcos Gomes, que venceu pela terceira vez na pista paranaense.
- Fizemos um bom trabalho e agora voltamos a pensar na briga pelo título - afirmou Gomes, que liderou o campeonato até a 4ª etapa, mas ainda não havia vencido uma prova nesta temporada, e agora aparece em terceiro, empatado com Julio Campos em 91 pontos.
O Paraná continua sendo a casa da Stock neste mês. A capital Curitiba é o palco da sétima etapa, marcada para o próximo dia 31. O treino classificatório e as duas corridas da rodada dupla serão transmitidos ao vivo pelo SporTV.
Classificação do campeonato após 6 etapas:
1. Átila Abreu: 104
2. Rubens Barrichello e Sergio Jimenez: 93
4. Julio Campos e Marcos Gomes: 91
6. Valdeno Brito: 88
7. Thiago Camilo: 82
8. Cacá Bueno: 81
9. Antonio Pizzonia: 74
10. Max Wilson: 58

A corrida 1

O pole position Julio Campos largou bem, seguido de perto por Cacá Bueno e Vitor Genz. Mas os primeiros segundos da prova ficaram marcados pelo acidente desencadeado por uma rodada de Rafael Suzuki. Ricardo Maurício, atual campeão, e os pilotos Lucas Foresti, Nonô Figueiredo e Bia Figueiredo foram prejudicados, e a prova ficou sob bandeira amarela. Na relargada, o jovem Gabriel Casagrande, de apenas 19 anos, fez uma ultrapassagem sensacional sobre Genz e assumiu a 3ª colocação.
Outro jovem talento da Stock, o caçula Felipe Fraga, também de 19 anos, não teve a mesma sorte. Após se envolver em um forte acidente no treino classificatório, o piloto de Tocantins pôde largar graças à força-tarefa de sua equipe, que permaneceu de plantão até as 3h da manhã para consertar o carro. Fraga conquistava posições quando teve um problema no pit stop. Após sair com a mangueira de combustível presa ao tanque do veículo, o piloto precisou voltar aos boxes para averiguação e perdeu as chances de lutar por um lugar no pódio.
Quem não teve o mesmo problema foi Rubens Barrichello. O piloto da Full Time, que largou apenas em sexto, imprimiu um ritmo forte e, graças a um pit stop impecável, pôde voltar para a pista em condições de brigar pelas primeiras posições. E, após assumir a segunda posição, o vencedor da Corrida do Milhão não se intimidou com a presença de Julio Campos logo à frente. O duelo entre os dois pilotos foi decidido por um erro de Campos na curva do Bacião, a dez minutos para o fim. O curitibano escapou para a grama após uma freada e permitiu a passagem de Rubinho. Após uma disputa ferrenha com Cacá Bueno, Átila Abreu cruzou a linha de chegada em terceiro para completar o pódio.
Confira os resultados da corrida 1 de Cascavel:
1. Rubens Barrichello (Full Time Competições): 34 voltas em 41:14.398 -
2. Julio Campos (Mico's Racing): a 2.150
3. Átila Abreu (AMG Motorsport): a 2.634
4. Cacá Bueno (RBR Mattheis): a 4.308
5. Gabriel Casagrande (C2 Team): a 7.956
6. Vitor Genz (Boettger Competições): a 8.041
7. Sergio Jimenez (VS Racing): a 11.268
8. Valdeno Brito (A. Mattheis): a 11.842
9. Marcos Gomes (Carlos Alves): a 12.205
10. Max Wilson (RC): a 13.101
11. Antonio Pizzonia (Mico's Racing): a 13.460
12. Allam Khodair (Full Time Competições): a 16.185
13. Popó Bueno (A. Mattheis): a 16.860
14. Ricardo Zonta (RZ Motorsport): a 18.884
15. Rafael Suzuki (ProGP): a 19.180
16. Thiago Camilo (RCM): a 23.749
17. Felipe Lapenna (Hot Car Competições): a 24.238
18. Fabio Fogaça (Carlos Alves): a 28.971
19. Denis Navarro (VS Racing): a 29.938
20. Tuka Rocha (RZ Motorsport): a 31.221
21. Alceu Feldmann (Cavaleiro): a 32.397
22. Luciano Burti (Vogel Motorsport): a 42.104
23. Mauri Zaccarelli (Bassani): a 1 volta
24. Felipe Tozzo (Boettger Competições): a 1 volta
25. Beto Cavaleiro (Cavaleiro): a 4 voltas
26. Felipe Fraga (Vogel Motorsport): a 5 voltas
27. Raphael Matos (Hot Car Competições): a 10 voltas
28. Daniel Serra (RBR Mattheis): a 22 voltas
29. Diego Nunes (C2 Team): a 26 voltas
30. Ricardo Mauricio (RC): a 29 voltas
31. Nonô Figueiredo (AMG Motorsport): a 30 voltas
32. Lucas Foresti (Bassani): a 34 voltas
33. Bia Figueiredo (ProGP): a 34 voltas
34. Galid Osman (RCM): a 19 voltas*

*Punido com bandeira preta por atitude antidesportiva
A corrida 2

Max Wilson, 10º colocado na primeira corrida, largou na pole da segunda prova, graças à regra do grid invertido entre os 10 primeiros. Rubinho, largando em 10º, foi acertado pelo companheiro Allam Khodair logo no início da prova, mas conseguiu voltar para a pista. Em uma disputa com Max Wilson, Cacá Bueno perdeu o controle do carro e bateu forte na barreira de pneus, provocando a entrada do safety car. Neste momento, Marcos Gomes, 9º na corrida 1 e 2º no grid de largada da prova rápida, liderava, seguido por Vitor Genz e Valdeno Brito.
Na relargada, Max Wilson, em 4º, fez a volta mais rápida da corrida e passou a atacar para assegurar um lugar no pódio. Mas o trio formado por Marcos Gomes, Vitor Genz e Valdeno Brito permaneceu firme no pelotão de elite até a reta final da prova. A menos de 2 minutos para o final, Genz teve um dos pneus furados e WIlson assumiu a terceira posição. Na sequência, passou Valdeno Brito e tentou se aproximar do líder. Mas o paraibano Valdeno não engoliu a ultrapassagem, acionou o botão de potência e retomou a posição para cruzou a linha de chegada em segundo, atrás do “Rei de Cascavel” Marcos Gomes.
Confira os resultados da corrida 2 de Cascavel:
1. Marcos Gomes (Carlos Alves): 17 voltas em 21:17.952
2. Valdeno Brito (A. Mattheis): a  0.545
3. Max Wilson (RC): a  0.794
4. Sergio Jimenez (VS Racing): a  1.553
5. Átila Abreu (AMG Motorsport): a  2.757
6. Popó Bueno (A. Mattheis): a  3.674
7. Ricardo Zonta (RZ Motorsport): a  5.009
8. Antonio Pizzonia (Mico's Racing): a  5.776
9. Felipe Lapenna (Hot Car Competições): a  8.062
10. Thiago Camilo (RCM): a  8.231
11. Tuka Rocha (RZ Motorsport): a  10.625
12. Ricardo Mauricio (RC): a  13.967
13. Daniel Serra (RBR Mattheis): a  14.205
14. Luciano Burti (Vogel Motorsport): a  15.482
15. Alceu Feldmann (Cavaleiro): a  16.506
16. Fabio Fogaça (Carlos Alves): a  17.140
17. Felipe Tozzo (Boettger Competições): a  17.456
18. Nonô Figueiredo (AMG Motorsport): a  17.720
19. Rubens Barrichello (Full Time Competições): a  17.881
20. Galid Osman (RCM): a  18.926
21. Rafael Suzuki (ProGP): a  22.238
22. Lucas Foresti (Bassani): a  22.868
23. Beto Cavaleiro (Cavaleiro): a  29.057
24. Denis Navarro (VS Racing): a  35.229
25. Mauri Zaccarelli (Bassani): a  43.730
26. Julio Campos (Mico's Racing): a  2 voltas
27. Raphael Matos (Hot Car Competições): a  2 voltas
28. Vitor Genz (Boettger Competições): a  4 voltas
29. Felipe Fraga (Vogel Motorsport): a  5 voltas
30): a llam Khodair (Full Time Competições): a  7 voltas
31. Cacá Bueno (RBR Mattheis): a  15 voltas
32. Gabriel Casagrande (C2 Team): a  15 voltas
33. Diego Nunes (C2 Team): a  17 voltas
34. Bia Figueiredo (ProGP): a  17 voltas

Raio-X: Flu leva ampla vantagem sobre Bota no duelo "nome por nome"

Tricolor vence por 9 a 2 nos confrontos cara a cara com base nas médias das notas das atuações do GloboEsporte.com. Clássico é às 18h30 deste domingo, em Brasília

Por Rio de Janeiro
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O clássico deste domingo, às 18h30 (de Brasília), tem ares de recuperação para os dois lados após o início ruim do Botafogo no Campeonato Brasileiro e a eliminação do Fluminense da Copa do Brasil. Se comparar o desempenho individual das duas equipes na Série A, o Tricolor, teoricamente, tem mais condições de deixar o Maracanã com um resultado positivo na frieza dos números. No duelo cara a cara, com base nas médias das notas das atuações do GloboEsporte.com depois de cada partida, o Flu vence em nove das 11 posições com a prévia da escalação dos técnicos Vagner Mancini e Cristóvão Borges.
O Bota ganha com peças defensivas, com Jefferson e Edilson. O goleiro é a segurança em pessoa, enquanto o lateral-direito sempre se mostrou boa opção ofensiva e vem até jogando como meia. Mas a zaga sem Dória (suspenso), formada por Bolívar e André Bahia, teve rendimento abaixo de Henrique e Elivelton até aqui. Mesmo longe de sua melhor fase, Carlinhos sobrou na lateral esquerda, e do meio para frente só deu Flu. O quinteto Valencia, Jean, Wagner, Cícero e Conca acumula maiores notas do que Airton, Gabriel, Ramirez, Daniel e Zeballos. E no ataque, com Sheik também suspenso, Fred sobrou em comparação com El Tanque Ferreyra.
RAIO-X - Botafogo e Fluminense (Foto: Editoria de Arte)

Pacotão do Timão: Gil marca, mas Ralf e Elias perdem chances; Bahia chia

Zagueiro faz seu terceiro gol no Brasileirão, mas Corinthians fica no empate na Arena; Tricolor baiano reclama de pênalti em Branquinho no fim do jogo

Por São Paulo
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O Corinthians voltou a vacilar contra um time que luta para não cair. Na noite deste sábado, na Arena de Itaquera, o Timão apenas empatou com o Bahia em 1 a 1, perdendo a chance de colar em Cruzeiro e Internacional. Em 18 pontos possíveis nos jogos contra os seis últimos colocados (Bahia, Vitória, Figueirense, Botafogo, Flamengo e Coritiba), o Timão conseguiu só sete.
O Tricolor baiano abriu o placar com Kieza, em posição duvidosa. Gil empatou, fazendo seu terceiro gol no Brasileirão. No segundo tempo, o Timão perdeu chances incríveis de virar o jogo. E ainda viu o Bahia reclamar a não marcação de um pênalti de Gil em Branquinho.
Confira um resumo da partida:
triangulação

A primeira chance surgiu aos 7. Numa boa triangulação entre Jadson, Romero e Elias, o volante chegou batendo, da entrada da área. Marcelo Lomba mandou para escanteio.

foquinha

O jogo era tenso, mas o lateral-direito do Bahia, Railan, mostrava desenvoltura. Aos 14 minutos, o jogador arriscou um lance ousado, fazendo embaixadinha de cabeça no meio-campo.

sai pra lá!

Aos 22, Gil dividiu com Maxi Biancucchi e mandou o jogador do Bahia na placa de publicidade. Na sequência, Maxi voltou mancando para campo, caiu e pediu atendimento. A torcida vaiou, e o árbitro Anderson Daronco não entrou na dele.

estilo

Romero vem chamando a atenção não só pelo bom futebol, mas também pelo estilo - ele joga com uma chuteira de cada cor. Aos 30, o paraguaio ficou caído no gramado após disputa com Raul. Romero perdeu a chuteira rosa, mas ficou com a azul.

gol do bahia

O Bahia saiu na frente, num lance de bola parada. Aos 35 minutos, Emanuel Biancucchi alçou na área, e Kieza, em posição duvidosa, surgiu sozinho, às costas de Cleber, para marcar o gol do Tricolor baiano.

gol do timão

O empate veio sete minutos depois. Após escanteio muito aberto de Jadson, a bola sobrou na direita para Guerrero. O centroavante cruzou, e o zagueiro Gil se antecipou a Léo Gago para desviar de cabeça e empatar o jogo na Arena Corinthians. Foi o terceiro dele no Brasileirão

incrível!

O Corinthians teve uma chance incrível aos 25 do segundo tempo. Romero cruzou da esquerda, Ralf desviou de cabeça com direção ao gol, mas Léo Gago, quase em cima da linha, tirou a bola e evitou a virada alvinegra.

pênalti?

Já aos 48 da etapa final, lance polêmico na Arena Corinthians! O meia Branquinho recebeu de Wiliam Barbio, invadiu a área, driblou Gil e caiu pedindo pênalti. O árbitro Anderson Daronco mandou seguir.

uh...

No lance seguinte, a última tentativa do Timão. Em bola alçada na área, Luciano ajeitou para Elias, que, desequilibrado, não conseguiu finalizar com qualidade.

Bolt tira onda, "passeia" no Rio de Janeiro e vence desafio com folga

No feminino, brasileira desbanca favoritas e cruza a linha de chegada em primeiro

Por Rio de Janeiro
Durante toda a semana, a previsão da meteorologia era de tempo fechado e chuva forte no Rio de Janeiro neste domingo. Na manhã deste domingo, porém, o sol brilhou na Praia do Leme, e o único Raio que se viu foi aquele que se escreve com letra maiúscula, a quem se reverencia como o homem mais rápido do mundo. Mesmo há quase um ano longe das provas de 100m, Usain Bolt não deu margem para os adversários e mostrou que o relógio segue como seu maior rival nas pistas.Sem ritmo, fez "apenas" 10s04, marca suficiente para deixar Mark Lewis-Francis, Jefferson Lucindo e Wallace Spearmon para trás e vencer o desafio Bolt Contra o Tempo.
- O começo da prova foi muito ruim, depois engrenei. Com mais competições vou conseguir uma performance melhor. Gostei muito da atmosfera que encontrei aqui e espero pelo mesmo nas Olimpíadas de 2016 - disse Bolt.
usain bolt evento rio de janeiro (Foto: Helena Rebello)Usain Bolt cruza a linha com folga em primeiro: tempo, no entanto, é acima da casa dos 10s (Foto: Helena Rebello)

A largada não foi como o jamaicano esperava. Ainda assim, se recuperou e chegou com folga à frente dos rivais, e aquilo era o que importava para a torcida. O tempo, no entanto, não agradou muito ao jamaicano. Ao olhar o placar exibindo 10s06, Bolt franziu a testa. Mesmo sendo sua primeira prova de 100m na temporada, aquele não era o desempenho esperado. O incômodo com o tempo alto, porém, passou rápido. O Raio agradeceu o carinho do público, trocou a apertada sapatilha por uma sandália de dedo e caiu no samba, mostrando estar bem à vontade no palco dos Jogos Olímpicos de 2016. 
Após posar para dezenas de fotos com convidados da área VIP e outros atletas, Bolt se encaminhou a uma área reservada para finalmente se trocar. Só então a organização confirmou que o tempo oficial do jamaicano era 10s04, dois centésimos mais baixo que o divulgado inicialmente. 
Mark Lewis-Francis, segundo colocado, teve sua marca corrigida para 10s43, apenas um centésimo à frente do representante brasileiro, Jefferson Lucindo. Wallace Spearmon, o quarto, cravou 10s45.
rosangela santos evento rio de janeiro bolt (Foto: André Durão)Bolt dá atenção ao público que assistiu ao evento na Praia do Leme (Foto: André Durão)

Brasileira desbanca favorita e vence prova feminina
Rosângela Santos surpreendeu na acirrada prova feminina dos 100m rasos. A carioca de 23 anos garantiu o lugar mais alto do pódio do desafio, com o tempo de 11s33. A americana Cleo Vanburen, que disputou a primeira colocação com a brasileira até cruzar a linha de chegada, terminou em segundo (11s35). Principal favorita ao ouro e dona da segunda melhor marca do mundo nos 100m rasos, a jamaicana Carmelita Jeter ficou em terceiro (11s38). Sua compatriota Schillonie Calvert foi a quarta (11s60).
- Antes da prova estava muito nervosa, muito tensa. Durante a prova vi (Carmelita) na frente, e tentei e tentei... Depois tive que esperar anunciar o resultado. Foi uma tensão muito grande, mas agora estou aliviada. O resultado para mim foi uma surpresa. Estou muito feliz - comemorou.
rosangela santos evento rio de janeiro bolt (Foto: Helena Rebello)Rosângela Santos comemora a vitória inesperada no Rio de Janeiro (Foto: Helena Rebello)


Com folga, Browne é o campeão da prova paralímpica
Na prova paralímpica, a primeira do dia, Richard Browne dominou do início ao fim e cruzou com tranquilidade em primeiro lugar, com o tempo de 10s8. Jerome Singleton chegou em segundo lugar (11s40), seguido por Blaker Leeper, em terceiro (11s83).
- A prova foi ótima, estou muito feliz. A praia está incrível. Saltei no público que estava na areia e foi ótimo. Estou amando o Rio, não quero voltar para casa. Eu definitivamente estarei aqui nas Paralimpíadas, e espero que também nas Olimpíadas.
corrida bolt evento atletismo rio de janeiro (Foto: André Durão)Richard Browne garante vitória com folga na prova praralímpica (Foto: André Durão)

O velocista americano lamentou a ausência do campeão olímpico Alan Fonteles, que no ano passado venceu a disputa paralímpica.

- Eu adoraria que Alan estivesse aqui, porque eu adoro competir contra os melhores. Ele é definitivamente o melhor do mundo. Vou esperar ansiosamente esta oportunidade, quem sabe poderei batê-lo algumas vezes.