segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Justiça adia liberação de verba trimestral de patrocínio do Vasco

Clube segue em negociação no TRT para dar fim à retenção de verba da Eletrobras, mas espera ter boa notícia nesta semana

Por Gustavo Rotstein e Thiago Fernandes Rio de Janeiro
Roberto Dinamite na concentração do Vasco (Foto: Gustavo Rotstein / GLOBOESPORTE.COM)Dinamite luta para conseguir verbas para o clube
(Foto: Gustavo Rotstein / GLOBOESPORTE.COM)
Embora tenha quitado uma parte da pendência com alguns jogadores na última sexta-feira, o Vasco segue na tentativa de levantar recursos capazes de sanar da dívida com todo o elenco. Assim, integrantes do departamento jurídico do clube estiveram novamente na sede do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro nesta segunda para tentar a liberação de uma parcela trimestral do patrocínio da Eletrobras.
A expectativa inicial era a de que o clube conseguisse o desbloqueio da verba nesta segunda. No entanto, o juiz responsável pelo caso não teve expediente, e a questão foi adiada. Mesmo assim, o departamento jurídico do Vasco, depois de conversar com desembargadores no TRT, tem a confiança de que o acordo acontecerá ainda nesta semana.
O Vasco não tem as certidões negativas de débito que o permitiriam receber o patrocínio de forma direta. Então, o clube consegue a verba por meio de uma liminar do Sindicato dos Funcionários de Clubes do Rio de Janeiro junto ao TRT, tendo como base o direito constitucional que o trabalhador tem de receber salários, mesmo que seu empregador não esteja em situação regular. Entretanto, os recursos que seriam destinados ao Vasco em janeiro foram retidos, o que exige uma negociação.
Os jogadores do Vasco ainda precisam receber dois meses de salários (13º e dezembro) e partes dos direitos de imagem. No fim do ano passado, dois patrocinadores encerraram seus contratos com o clube, o que representou menos R$ 9 milhões no orçamento. O acordo com a Eletrobras dava ao clube até 2011 R$ 14 milhões, mas o valor será reajustado para R$ 16 milhões.

Juninho Pernambucano comemora aniversário em família

Meia do Vasco completa 37 anos nesta segunda-feira e ganha bola com inscrição 'Juninho é o cara'

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Um dia após marcar o gol que abriu a vitória do Vasco sobre o Duque de Caxias, por 3 a 1, pela Taça Guanabara, o meia Juninho Pernambucano comemorou nesta segunda-feira o seu aniversário de 37 anos com sua mulher, as três filhas e uma sobrinha. No bolo, além da frase "Juninho é o cara!", a vela era um ponto de interrogação.
Montagem Aniversário Juninho Pernambucano (Foto: Divulgação)Juninho em família: com a mulher e as filhas à esquerda, e com as filhas e uma sobrinha (Foto: Divulgação)

Substituto de Prass celebra chance: 'Grande oportunidade da minha vida'

Alessandro, de 23 anos, terá a missão de defender pela primeira vez o gol do Vasco após 135 jogos seguidos do titular

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
Alessandro goleiro do Vasco (Foto: Gustavo Rotstein/Globoesporte.com)Alessandro: expectativa pela estreia
(Foto: Gustavo Rotstein/Globoesporte.com)
Foram quase dois anos de espera. Fernando Prass disputou 135 partidas consecutivas até, por causa de uma lesão, dar a oportunidade a um goleiro reserva disputar uma partida pelo Vasco. Assim, será de Alessandro, de 23 anos, a missão de substituir o camisa 1 nos próximos dois jogos da equipe – contra Bangu, nesta quarta-feira, e Friburguense, domingo – e mostrar que existe vida em São Januário sem aquele que é chamado de Muralha da Colina.
A última vez que Alessandro entrou campo para disputar uma partida oficial foi pelo Campeonato Brasileiro Sub-23, em 2010. No entanto, ele pede para deixar o passado de lado. O goleiro garante que não sentirá o peso de retornar à disputa e a responsabilidade por vestir pela primeira vez a camisa do time profissional do Vasco.
- Essa é a grande oportunidade da minha vida. Esperava há muito tempo por ela. Espero fazer uma carreira no Vasco, conquistando títulos, mas com um passo de cada vez. Lógico que vai dar aquele frio na barriga ao entrar em campo. E a questão de ritmo de jogo passa rápido. O time está bem e me passa confiança. Por isso, não havia melhor hora para estrear.
O time que passará confiança é o mesmo que Alessandro enfrenta diariamente nos treinos em São Januário, atuando entre os reservas. Por isso, o goleiro garante que não poderia ter melhor preparação para seu primeiro jogo pelo Vasco.
- Estou acostumado a jogar contra o time do Vasco nos coletivos e agora estou a favor deles. Com Dedé e Rodolfo do meu lado, minha segurança será total - garantiu.

Futebol brasileiro já contabiliza 22 demissões de técnicos em 2012

Grande dança das cadeiras no primeiro mês do ano impressiona e mostra o sabor amargo da instabilidade da profissão. Só o Alagoano teve três dispensas

Por Bernardo Pombo Rio de Janeiro
Marcão no treino do Bangu (Foto: Fabio Leme / Globoesporte.com)Marcão é um dos que já perderam o emprego
em 2012 (Foto: Fabio Leme / Globoesporte.com)
A temporada do futebol brasileiro mal começou e muitos técnicos já perderam o emprego. Numa incrível dança das cadeiras que não para, 22 treinadores foram demitidos nos estaduais pelo Brasil no primeiro mês do ano, provando o sabor amargo da instabilidade na profissão.
O Campeonato Alagoano está apenas na quinta rodada e três treinadores já foram para a rua. Erandy Montenegro (Penedense), Celso Teixeira (CSA) e Carlos Rabelo (Coruripe). No Ceará, o técnico Júlio Araújo foi mandado embora do Ferroviário, mas ficou apenas dois dias sem emprego, já que acabou contratado pelo Trairiense dois dias depois. O time, que tem uma lagosta no escudo, já havia dispensado os serviços de Jorge Pinheiro. O Guarani de Juazeiro demitiu Vinicius Saldanha.
Em São Paulo, Roberto Fernandes, do Guaratinguetá, foi o primeiro a cair. No Campeonato Carioca foi Marcão, ex-volante do Flu, que teve a 'honra' de puxar a fila dos treinadores demitidos, deixando o Bangu. Acácio, fora do Olaria, reforçou o time. No Campeonato Capixaba, Ionay da Luz não comanda mais o São Mateus.
No Rio Grande do Sul, Karmino Colombini caiu do comando do Ypiranga de Erechim, enquanto Marcelo Estigarribia foi dispensado do Canoas. Tem mais: Carlos Gavião foi dispensado pelo Pelotas.
A história mais curiosa aconteceu em Goiás. Betão Alcântara soube que não era mais o treinador do Rio Verde ouvindo um programa de rádio. Ainda no estado, Léo Goiano, agora, é ex-treinador do Aparecidense.
betão alcântara, técnico do rio verde (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Betão Alcântara soube da demissão pelo rádio
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
No futebol paraense, dois técnicos já perderam o boné. Lúcio Santarém foi demitido do São Raimundo, enquanto Fran Costa caiu do comando do Independente de Tucuruí. Em Pernambuco, o Belo Jardim já trocou de treinador: Givanildo Sales por Leivinha. No Maranhão, Braide Ribeiro foi convidado a se retirar pela diretoria do Imperatriz.
Lio Evaristo foi o primeiro treinador a cair no Campeonato Paranaense. Ele estava no comando do Rio Branco de Paranaguá. Enquanto isso, Sidcley Souza está fora do Caicó-RN, fazendo companhia no Rio Grande do Norte a Fábio Giuntini, dispensado do Potiguar de Mossoró.
Na Bahia, não houve demissão, mas o treinador Emerson Mateus se antecipou e pediu as contas no Juazeiro. No Itabuna, Daniel Oliveira foi 'rebaixado'. A diretoria contratou Ferreira pra ser o novo comandante.
Entra ano sai ano, a dança das cadeiras entre os treinadores não para.

De volta ao Ninho: Vagner Love realiza o primeiro treino no Flamengo

Artilheiro do Amor trabalha na academia e corre no gramado do Ninho

Por Janir Júnior e Richard Souza Rio de Janeiro
As tranças rubro-negras só não chamaram mais a atenção do que o sorriso de Vagner Love. Na tarde desta segunda-feira, o artilheiro voltou ao Ninho do Urubu e realizou o primeiro treino após o retorno dele ao clube. O atacante foi um dos primeiros a chegar para treinar. Depois de um trabalho na academia, Love desceu para o campo sorridente na companhia do preparador físico Antônio Mello. De cabelos presos, cumprimentou alguns membros da comissão técnica e começou a correr no campo. A primeira série durou cinco minutos, e o Artilheiro do Amor demonstrou certo cansaço após três voltas no gramado.
Vagner Love no treino do Flamengo (Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem)Vagner Love corre no Ninho do Urubu (Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem)
Depois de um intervalo e alguns goles de água, voltou a correr. Antônio Mello pediu um ritmo melhor ao jogador, que acelerou a passada. Enquanto isso, os companheiros realizavam um treino técnico em metade do campo sob orientação do técnico Vanderlei Luxemburgo.
Ao fim da corrida, Love ficou à beira do campo e aproveitou para brincar com uma bola. O atacante recebeu cumprimentos de Léo Moura, Deivid, Rodrigo Alvim e do goleiro Felipe.
Ainda não há uma data definida para a estreia, mas Love deve estar em campo em pouco menos de duas semanas.
Vagner Love no treino do Flamengo (Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem)Vagner Love trabalha sob orientação do fisiologista Claudio Pavanelli (Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem)
Sem o goleador, o Flamengo enfrenta o Real Potosí nesta quarta-feira, no Engenhão, pela Pré-Libertadores. Derrotado na Bolívia por 2 a 1, precisa vencer por 1 a 0 ou por dois gols de vantagem para avançar. Qualquer empate dá a vaga ao Potosí. Se o Fla repetir o placar do primeiro jogo, a decisão irá aos pênaltis. O jogo começa às 21h50m (de Brasília).
O classificado vai entrar no Grupo 2, que tem Lanús, da Argentina, Emelec, do Equador, e Olimpia, do Paraguai.
vagner love deivid leonardo moura flamengo (Foto: Richard Souza/Globoesporte.com)Love conversa com Léo Moura e Deivid (Foto: Richard Souza/Globoesporte.com)

Religiosos fazem ritual para ajudar o Gabão a ser líder do grupo na CAN

Maitre Azaelis e Karim Nziengui esperam ajudar equipe a vencer a Tunísia e avançar à fase eliminatória da Copa Africana de Nações em primeiro lugar

Por GLOBOESPORTE.COM Libreville, Gabão
Está valendo de tudo para ajudar a seleção do Gabão a avançar em primeiro lugar do Grupo C para a fase eliminatória da Copa Africana de Nações. Uma das aftitrãs da competição, junto com Guiné Equatórial que já conseguiu a classificação, a equipe tem um jogo decisivo contra a Tunísia, nesta terça-feira, e religiosos locais estão pedindo auxílio dos céus para o time conseguir uma vitória.
Maitre Azaelis e Karim Nziengui realizaram uma espécie de ritual religioso nesta segunda-feira, véspera do confronto. A dupla espera, ao menos, um empate na partida. O resultado já daria ao Gabão a liderança da chave, já que ambas as equipes estão empatadas com seis pontos, mas os donos da casa têm maior saldo de gols (três a dois).
ritual copa africana de nações (Foto: Reuters)Maitre Azaelis e Karim Nziengui esperam ajudar o Gabão a conseguir primeiro lugar (Foto: Reuters)
Tanto Gabão quanto Tunísia já estão classificados para a fase seguinte da Copa Africana, enquanto Marrocos e Níger, que não somaram pontos nas duas primeiras rodadas, estão eliminados. Resta apenas definir os dois que avançam do Grupo D, com Gana, Guiné e Mali na briga. Na chave A, passaram Zâmbia e Guiné Equatorial, e na B, Costa do Marfim e Sudão.
Na próxima fase, já há até confrontos definidos: a Zâmbia pega o Sudão, enquanto Costa do Marfim enfrenta Guiné Equatorial. O primeiro colocado do Grupo de Tunísia e Gabão enfrenta o segundo da Chave D e vice-versa.
ritual copa africana de nações (Foto: Reuters)Religiosos fazem ritual para ajudar o Gabão na Copa Africana de Nações (Foto: Reuters)

Virou novela: contratação de Nilmar pode ter capítulo decisivo nesta terça

Clube espanhol precisa contratar um substituto no último dia da janela na Europa. Nilmar não foi relacionado para os últimos dois jogos da equipe

Por Marcelo Prado São Paulo
Nilmar na coletiva (Foto: AFP)Nilmar na coletiva (Foto: AFP)
A terça-feira promete ser de agitação nos bastidores do São Paulo. O clube tenta viabilizar o acerto com o atacante Nilmar, do Villarreal (ESP) que, por sua vez, espera aproveitar o última dia da janela de transferências na Europa para contratar um substituto para o camisa 7. Nesta segunda-feira, enquanto o empresário do atleta, Orlando da Hora, ficou em Barretos (SP) para resolver problemas particulares, houve uma nova conversa entre o diretor de futebol do Tricolor, Adalberto Baptista, e o advogado do jogador, André Ribeiro.
O acerto salarial entre as partes ainda não está totalmente equacionado. Outro fator que precisa de ajustes é a forma de pagamento ao clube espanhol.
A negociação envolvendo os dois clubes envolve € 10 milhões (R$ 23 milhões) e seria paga em duas frentes: uma parte de recursos próprios do clube, que poderia até ter a ajuda de investidores, e a outra do MOP, um fundo denonimado "My Own Player" (meu próprio jogador em português), que investiria para colocar o jogador no Morumbi e depois sairia no mercado vendendo cotas para recuperar o que gastou. Até que isso aconteça, esse fundo seria dono de parte dos direitos econômicos do atleta. Neste modelo de negociação, qualquer pessoa pode investir. Além disso, o São Paulo precisa apresentar as garantias bancárias ao Villarreal.
Casos de Henrique e Bruno Uvini também podem ter soluções nesta terça
Além da novela Nilmar, outros dois casos poderão ter um desfecho. O zagueiro Bruno Uvini interessa ao Tottenham (ING), que poderia pagar até € 4 milhões (R$ 9,2 milhões) pelo atleta. Outro que ainda pode sair é o atacante Henrique, que tinha tudo acertado para atuar por emprestimo no Queens Park Rangers (ING). No entanto, a Federação Inglesa vetou o modelo da negociação e as partes ainda buscam um acordo para uma negociação em definitivo. No molde anterior, os direitos do atleta estavam avaliados em € 6 milhões (R$ 13,8 milhões).

Ministro do Esporte defende bebida alcoólica nos jogos, mas com controle

Aldo Rebelo diz que é preciso que se tenha equilíbrio entre a segurança nos locais de jogos e o direito do cidadão de beber durante seu horário de lazer

Por Adilson Barros Santos, SP
pelé Aldo Rebelo Museu Pelé  Santos (Foto: Adilson Barros/Globoesporte.com)Aldo Rebelo ao lado de Pelé em visita ao mudeu do
Santos (Foto: Adilson Barros/Globoesporte.com)
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirma ser favorável à venda de bebidas alcoólicas em estádios durante a Copa do Mundo de 2014, desde que se encontre uma forma de garantir a segurança nos locais de jogos e, ao mesmo tempo, o direito do cidadão de beber em seu momento de lazer. Ele acredita que a Lei Geral da Copa, em discussão no Congresso Nacional, apontará o caminho para esse equilíbrio.
Nesta segunda-feira, durante visita ao Museu Pelé, no centro histórico de Santos, ao lado do Rei do Futebol, dos ministros do Turismo, Gastão Vireira, e dos Portos, Leônidas Cristino, além de autoridades locais, Rebelo comentou que sempre vai aos jogos do Palmeiras, seu time do coração, nunca consome bebidas alcoólicas, mas defende o direito de quem gosta de beber assistindo aos jogos.
- Vou a quase todos os jogos e só bebo guaraná. Mas acho que é preciso que se encontre um equilíbrio entre a restrição, por saúde, segurança, proteção de menores, e o direito do cidadão de, sob determinadas condições, ter acesso à bebida dentro do seu espaço de lazer - afirmou.
O ministrou ressaltou, por outro lado, que é contra a venda indiscriminada. Defende controle e restrição.
- Acredito que o caminho a ser adotado é o de permissão, com restrições. Não sei exatamente como, pois o assunto está sendo discutido no Congresso, na Lei Geral da Copa – concluiu.
Rebelo espera que a Lei Geral da Copa seja aprovada até março.
- Essa é a vontade do Governo. Mas dependemos do Congresso.

Loco desabafa sobre estado de Moça Bonita: 'Apenas cumpri obrigação'

Em tom mais crítico, uruguaio lamenta que país da Copa 2014 ainda tenha gramados como o do jogo de domingo e põe em xeque formato do estadual

Por André Casado Rio de Janeiro
Loco Abreu, na prática, convocou uma entrevista coletiva, na tarde desta segunda-feira, para dar seu parecer, em tom de crítica e desabafo, sobre ter de encarar um campo com as condições de Moça Bonita, onde o Botafogo empatou sem gols com o Nova Iguaçu, no último domingo, em uma atuação abaixo da média. Segundo o atacante uruguaio, nem os torcedores, tampouco os jogadores, desfrutaram do espetáculo, e o país que vai receber a próxima Copa do Mundo, a essa altura, não deveria ter mais futebol num palco desnivelado e com "quatro tipos de grama".
- Não há análise para se tirar desse jogo. O mais importante do desempenho foi que nenhum jogador, dos dois times, se machucou, só isso foi positivo. Você faz o melhor para que o público veja um espetáculo, mas se a condição não é boa, não dá para oferecer qualidade. Eu apenas cumpri minha obrigação profissional como atleta do Botafogo, porque também não desfrutei como gostaria. Minha vontade de jogar é a mesma de quando era criança, mas, dessa forma, não dá. Lamentavelmente, em 2012, o país que vai ser sede da próxima Copa ainda tem esse tipo de coisa - reclamou Loco, que seguiu com analogias e sugestões.
loco abreu botafogo (Foto: André Casado / GLOBOESPORTE.COM)Loco Abreu argumentou e gesticulou por meia hora (Foto: André Casado / GLOBOESPORTE.COM)
- Conquistamos um ponto, não perdemos dois. Foi o que deu para fazer, o time deles jogou muito recuado e não houve triangulação, toque de bola, nada, tudo terminou no chutão. Tínhamos mais a perder do que a ganhar. Existe a discussão sobre os estaduais acabarem, mas eu sou a favor de que continue, é gostoso. Só se deve rever talvez o número de clubes ou jogos, por causa da temporada inteira. A tradição é grande, mas é preciso ter cuidado, um mínimo de condições. O ator não quer ter o palco ruim, é o mesmo com os jogadores. Chegaram a me ligar do Uruguai para dizer: "nem aqui tem gramado tão ruim". Esse ano, o Engenhão está show, sabemos que teremos estrutura para desempenhar o que podemos. Não é desculpa, é só uma constatação para todos - ressaltou.
Na quinta-feira, Loco Abreu não sabe o que lhe espera. O duelo pela terceira rodada da Taça Guanabara é com o Madureira, em Conselheiro Galvão, outro estádio que ao longos dos últimos anos não recebeus os clubes grandes em virtude das condições abaixo do padrão de arenas reformadas ou novas, como as de Macaé e Volta Redonda, elogiadas pelo camisa 13.
- Não é nada pessoal, mas fica a expectativa. Prejudica muito. Tomara que novamente não haja nada de ruim e possamos chegar bem para jogar e desfrutar contra o Flamengo, domingo. Não tem como esconder certas realidades. É ruim até para as equipes menores, para os atletas que querem mostrar a qualidade para serem contratados por um grande. Quando há condição, até o cheiro é diferente. Boavista e Duque de Caxias já provaram que montam bons times. Ao pisar no campo de domingo, vi que não ia dar - completou.

Escorpião boliviano


seg, 30/01/12
por Thiago Dias |
categoria Vídeos

A primeira rodada do Clausura da Bolívia, domingo, teve um golaço-aço-aço: Gastón Mealla, do Nacional Potosí, acertou um “escorpião” estilo René Higuita de fora da área e garantiu o 1 a 0 sobre o The Strongest.
A partida foi realizada no estádio Estadio Victor Agustín Ugarte, local em que o Flamengo perdeu por 2 a 1 para o Real Potosí na última quarta-feira, pela Libertadores, a 4.000 metros de altitude.
O Nacional Potosí é o 10º colocado (de 12 clubes) no “promedio” (tabela de médias para definir o rebaixamento), posição que obriga jogar contra um representante da Segunda Divisão para evitar o rebaixamento. O The Strongest é o atual campeão do Apertura, vencido em dezembro contra o Universitario.
- Até eu me surpreendi como saiu a conclusão. É claro que a intenção era acertar, vi que a bola estava vindo e tentei me jogar. Acabei acertando o gol. Foi um gol lindo e que nunca mais vou esquecer – disse Mealla.
Até o goleiro do The Strongest, Daniel Vaca, tirou o chapéu para o rival:
- Acho que o cruzamento ia passar, então tentou dar a pirueta, que foi de outro país, de outros jogadores e que poucas vezes se vê.
Confira o golaço:

Escorpião boliviano seg, 30/01/12 por Thiago Dias | categoria Vídeos A primeira rodada do Clausura da Bolívia, domingo, teve um golaço-aço-aço: Gast

Espanyol anuncia contratação de Philippe Coutinho por empréstimo

Ex-jogador do Vasco desembarca na Espanha e diz estar muito feliz pela negociação

Por GLOBOESPORTE.COM Barcelona, Espanha
O Espanyol anunciou nesta segunda-feira que acertou a contratação do meia-atacante Philippe Coutinho, do Inter de Milão, por empréstimo até o final da temporada. De acordo com o clube de Barcelona, o ex-jogador do Vasco desembarcou nesta tarde na Espanha e foi recebido por muitos jornalistas locais. No breve papo com os repórteres antes da apresentação, Coutinho disse:
- Espero poder ajudar o clube a conseguir uma vaga na Liga dos Campeões. Estou muito feliz (pela negociação). É uma grande equipe – salientou o ex-vascaíno em declarações publicadas pelo jornal catalão “Mundo Deportivo”.
Coutinho é destaque no site do jornal "Mundo Deportivo" (Foto: Reprodução)Coutinho é destaque no site do jornal "Mundo Deportivo" (Foto: Reprodução)
Atualmente com 19 anos, Philippe foi contratado pelo Inter em 2008, mas seguiu no Vasco até 2010. Pelas seleções de base do Brasil, o meia-atacante foi campeão do Sul-Americano Sub-17 (2009) e do Mundial Sub-20 (2011).
Em seu site oficial, o Espanyol rasgou elogios ao jovem revelado pelo Vasco: "É uma das promessas mais firmes do futebol europeu, depois de ser uma grande referência em todas as seleções inferiores do Brasil".
Com a camisa 29 do Inter de Milão, Philippe jogou até o momento 28 partidas e marcou dois gols. Nesta temporada, o brasileiro atuou em apenas oito jogos (cinco no Italiano e três na Liga dos Campeões) e balançou a rede uma vez.

Devido ao desgaste, Vasco pode ter caras novas contra o Bangu

Cristóvão Borges diz que será analisada a condição física de cada um

Por Thiago Fernandes Macaé, RJ
Pela primeira vez na temporada, o Vasco vai fazer um jogo três dias após outro. Depois de vencer o Duque de Caxias neste domingo, o time encara o Bangu na quarta, em Moça Bonita. Para esse duelo, o técnico Cristóvão Borges deixa no ar a possibilidade de fazer algumas mudanças na escalação para evitar um desgaste excessivo no início do ano.
- O começo da temporada é assim. Nestas últimas semanas que tivemos sem jogos no meio da semana, pudemos aprimorar o condicionamento físico. Quanto a isso, estou tranquilo. A questão é que o campo estava pesado no jogo contra o Duque de Caxias e vamos ver como nos recuperaremos. Pretendo ir colocando o que tem de mais forte no grupo porque precisamos melhorar o ritmo.
Juninho Pernambucano e Felipe no treino do Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco da Gama)Felipe seria opção caso Cristóvão Borges poupe
Juninho (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)
Uma das possibilidades de Cristóvão é poupar Juninho, que está com 37 anos e correu muito no jogo de domingo. Felipe, que se recuperou de dores no joelho, é uma alternativa para atuar nessa posição.
- É uma das hipóteses que trabalhamos. Mas temos que analisar caso a caso e ver o desgaste dos atletas. A ideia é entrar com o melhor sempre.
O jogo contra o Bangu será disputado em Moça Bonita e é valido pela terceira rodada da Taça Guanabara. Com a vitória sobre o Duque de Caxias por 3 a 1, o Vasco soma seis pontos e segue com 100% de aproveitamento no Estadual.

Aniversariante do dia, Juninho dedica golaço a si mesmo: ‘É meu presente’

Reizinho tem boa atuação e é fundamental para vitória vascaína contra o Duque de Caxias

Por Thiago Fernandes Macaé, RJ
 Jogo entre Vasco e Duque de Caxias, em Macaé, pela segunda rodada da Taça Guanabara de 2012. Juninho Pernambucano recebe na entrada da área, antes da meia-lua, olha para o goleiro e manda uma bomba, colocada. Golaço. Na comemoração, o meia dedica a pintura a... ele mesmo! O jogador explica o motivo:
- Vou comemorar meu aniversário segunda-feira, então é meu presente – disse.
O jogador completa 37 anos nesta segunda, e não deve escapar das tradicionais ovadas dos companheiros. Mesmo tendo jogado neste domingo, o time não vai ter folga, porque já volta aos campos na quarta-feira, contra o Bangu, pela terceira rodada do primeiro turno do Estadual.
Com a vitória sobre o Duque de Caxias por 3 a 1, o Vasco soma seis pontos e segue com 100% de aproveitamento no Estadual. O time de Caxias, por sua vez, ainda não conseguiu pontuar na competição.

Prass está fora dos dois próximos jogos e não baterá recorde

Goleiro é o segundo jogador que mais atuou consecutivamente no futebol brasileiro, mas terá sequência quebrada

Por Gustavo Rotstein e Thiago Fernandes Rio de Janeiro
Fernando Prass na partida do Vasco (Foto: Divulgação / Site Oficial do Vasco)Prass está fora dos próximos jogos do Vasco
(Foto: Divulgação / Site Oficial do Vasco)
Com 135 jogos, Fernando Prass estava perto de se tornar o jogador que atuou por mais partidas seguidas no futebol brasileiro (o recorde pertence ao ex-lateral Wladimir, com 165 partidas), mas o corte sofrido no joelho irá impedir que isso aconteça. O jogador está fora dos dois próximos jogos do time no Estadual, tempo necessário para o corte cicatrizar. O goleiro deve voltar a jogar no dia 8 de fevereiro, na estréia da equipe na Libertadores, contra o Nacional (URU).
- O Fernando Prass tomou oito pontos. A previsão de reavaliação é de sete dias da sutura. Nossa expectativa é para a estreia da Libertadores. É com isso que trabalhamos – explica o médico Fernando Mattar.
Fernando chegou ao Vasco em 2009, na campanha da equipe na Série B. No início, disputou a posição com Tiago, mas aos poucos foi ganhando a confiança dos treinadores e da torcida e se tornou titular absoluto. A última vez em que ficou fora de um jogo foi no dia 10 de fevereiro de 2010, contra o Sousa-PB, pela Copa do Brasil. Depois disso, foras 135 duelos disputados, com 61 vitórias, 39 empates e 35 derrotas – aproveitamento de 54,8% dos pontos.

No lugar de Prass, entrará o jovem goleiro Alessandro, de 23 anos. Desde 2010 no Vasco, o jogador nunca teve uma oportunidade de participar de um jogo oficial por conta da regularidade do titular, que nunca foi suspenso, nem sofreu lesão. Paranaense, o jogador teve passagens por Fluminense (em 2007) e Grêmio (2008 a 2009)

Roberto Carlos quer contrato vitalício no Anzhi, mas avisa: 'Paro neste ano'

Em entrevista exclusiva, lateral de 38 anos confirma aposentadoria em 2012, diz que ficará para sempre no clube russo e provoca o Barcelona

Por Marcelo Baltar Rio de Janeiro
Roberto Carlos Anzhi Makhachkala (Foto: Reuters)Roberto Carlos: hora do adeus (Foto: Reuters)
Após 23 anos, uma das carreiras mais vitoriosas da história do futebol brasileiro está chegando ao fim. Aos 38 e com 24 títulos no currículo, Roberto Carlos vai parar. Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, por telefone, o lateral não precisou o dia, mas confirmou a data limite para pendurar as chuteiras:
- Vou parar neste ano. Vai ser em junho ou em dezembro. Ainda não decidi a data exata, mas será neste ano - disse o lateral-esquerdo, que planeja ainda assinar em breve um contrato vitalício com o clube russo para trabalhar fora dos gramados.
Na ficha corrida, vários e variados troféus. Campeão mundial com a Seleção Brasileira (2002) e com o Real Madrid (1998 e 2002), Roberto Carlos também faturou - entre outros títulos - três Ligas dos Campeões e quatro Campeonatos Espanhóis com os merengues. Foi tanto sucesso no clube espanhol, onde jogou entre 1996 e 2007, que a excelente fase do principal rival do Real não impressiona:
- O que o Barcelona está vivendo hoje, eu vivi por 12 anos no Real Madrid.
Em um momento da vida em que divide a profissão de jogador de futebol com a de técnico ocasional, auxiliar, conselheiro de dirigente, embaixador de Copa do Mundo, empresário musical e até jornalista por um dia, Roberto Carlos se diz resolvido. Após se aposentar, não deixará o meio do futebol, mas leva a cada dia mais sério seu principal hobby: a música.
Durante quase uma hora de entrevista por telefone, o principal lateral-esquerdo do Brasil nas últimas décadas falou sobre aposentadoria, projetos, Corinthians, entre outras coisas. Sobre a Seleção Brasileira, nada de mágoas. Afinal, foram quatro títulos, uma medalha de bronze olímpica e 125 jogos. Nem mesmo o episódio do “meião”, na Copa de 2006, que marcou sua polêmica despedida do escrete brasileiro, parece incomodar:
- A minha história na Seleção está aí para quem quiser ver. Sou feliz por tudo o que vivi.
GLOBOESPORTE.COM: Além de jogador, embaixador da Copa do Mundo de 2018 na Rússia, e treinador do Anzhi (Roberto Carlos comandou a equipe em alguns jogos na última temporada), você agora está no ramo musical, com a RC3 Shows.
Roberto Carlos: Estou há cinco anos nessa.  Além de jogador de futebol, sou empresário musical. Comecei em São Paulo, com uma sociedade, mas há dois anos estou sozinho com um escritório novo. Temos alguns artistas, como a Paulinha e o Marlus, uma dupla de forró.
E de onde tira tempo para tocar um negócio no Brasil?
Tenho o Júnior, que é uma pessoa da minha inteira confiança, que me ajuda no Brasil. Trabalho com música porque é uma coisa que eu gosto muito. É até um jeito de controlar a minha vida pessoal. Gosto de desafios. Toda a minha carreira, toda a minha vida foi assim. Nada mais me assusta. Procuro aprender e levar em frente . Quero dar oportunidade a pessoas talentosas que queiram ficar conhecidas no Brasil e no exterior. Assim como foi comigo, que tive a oportunidade de ir para a Inter de Milão (em 1995) e mostrar o meu talento na Europa.
Roberto Carlos comemorando gol pelo Anzhi (Foto: Reprodução)Idolatria no Anzhi: segundo Roberto, o último clube da carreira (Foto: Reprodução)
Você chegou a acumular a função de técnico no final do ano passado. Aliviado com a chegada do novo treinador, Yury Krasnozhan?
Não é bem aliviado. Quando chega um treinador novo, tudo muda. Tínhamos uma filosofia de trabalho no ano passado, e agora ele está se adaptando ao clube. Pouco a pouco, no dia a dia, ele vai se adaptando. O Yury Krasnozhan era treinador do Lokomotiv, é russo, e tem uma grande experiência no futebol russo. Precisa se adaptar à estrutura do Anzhi, que é uma estrutura como a do Real Madrid, como dos maiores clubes do mundo. Queremos entrar nas competições europeias, conquistar o Campeonato Russo e vencer a Liga dos Campeões da Europa daqui a uns dois ou três anos.

E como dirigente? O Anzhi sondou jogadores como Neymar, Ganso, Lucas. Está de olho em jovens revelações brasileiras para a próxima janela?

Ainda estamos esperando para ver as melhores opções. O problema é que a Federação Russa não libera mais de seis estrangeiros por clube. Vamos ver o que a gente consegue. A ideia é trazer uns três jogadores russos de alto nível, da seleção, e mais uns dois estrangeiros. É claro que indico jogadores do Brasil, mas os clubes brasileiros estão dificultando muito as coisas. Graças a Deus os clubes estão conseguindo pagar bons salários e segurar os melhores jogadores. Para o futebol brasileiro, isso é ótimo, mas para a gente, aqui de fora, dificulta um pouco. Estamos atrás de um zagueiro e um atacante estrangeiro. Estamos pesquisando.
Vou parar neste ano. Vai ser em junho ou em dezembro. Ainda não decidi a data exata, mas será neste ano."
Roberto Carlos
Com tantas funções no Anzhi, uma volta ao futebol brasileiro está descartada?
Sim. Não tem mais jeito. Agora meu pensamento é no Anzhi. Depois, quando parar, penso em investir no futebol brasileiro. Comprar jogadores, como o Neymar, o Ganso e o Montillo e colocá-los no clube que a gente quiser, provavelmente em clubes brasileiros. Vamos levar jogadores de alto nível para o futebol brasileiro. Isso vai abrir o mercado. Casos como os de Petkovic e Montillo são bons exemplos.
E quando isso vai acontecer? Está pensando em parar?
Vou parar neste ano. Vai ser em junho ou em dezembro. Ainda não decidi a data exata, mas será neste ano.
Mas tem contrato com o Anzhi (até junho de 2013)...
Tenho contrato de cinco anos no papel, mas vamos fazer um contrato vitalício. O contrato, inclusive, já está pronto, mas ainda não está assinado. Quando parar de jogar, vou continuar trabalhando e ajudando o clube.
Como é sua relação com o presidente e proprietário do Anzhi, Suleiman Kerimov, magnata do petroóleo?
O Suleiman me dá todas as condições de trabalho, confia muito em mim. Ele é um cara  tranquilo, uma pessoa normal, como a gente. Encontro com ele quase todos os dias. Passo a minha experiência dos tempos em que joguei em clubes grandes, como Real Madrid, Inter de Milão, o Palmeiras daquela época. Vou ficar do lado dele até o dia que ele cansar de mim (risos). Ele me trata com muito respeito, me conhece como pessoa e isso é o que importa. Como jogador, ele já me conhecia, mas agora ele sabe a pessoa que sou. Não se surpreendeu com o que ele viu. Sou o Roberto Carlos da Silva de sempre. Só aconteceu de ser jogador de futebol.
Roberto Carlos, grêmio x corinthians (Foto: Agência Estado)Apesar da saída conturbada, Roberto gostou de ter
jogado no Corinthians (Foto: Agência Estado)
Você falou que o Palmeiras "daquela época" em que jogou no clube (93-95) foi grande. Não é mais?
No futebol brasileiro, hoje, alguns clubes não respeitam os jogadores. O Flamengo, por exemplo, contrata o Vagner Love, mas deixa de pagar todos os outros jogadores por três ou quatro meses. Na minha época, o Palmeiras era organizado, tinha grandes jogadores e pagava em dia. Hoje, o que se vê é uma bagunça, torcedores cobrando jogadores fora das arquibancadas. Esse tipo de coisa não pode acontecer.
No Corinthians isso também aconteceu contigo. Você foi cobrado por torcedores após a eliminação na Libertadores e deixou o clube...
Não guardo mágoas. Umas das maiores experiências da minha vida foi jogar no Pacaembu lotado com 35 mil pessoas, sendo contra times grandes ou pequenos. O torcedor corintiano é muito fiel. O que aconteceu na minha saída não foi coisa de torcedor. Não podemos valorizar essas pessoas. São 100 no meio de 30 milhões. São pessoas que querem aparecer. Minha passagem pelo Corinthians, no geral, foi maravilhosa. Me deu a oportunidade de disputar novamente um Campeonato Brasileiro, um Paulista, a Libertadores. Foi uma pena eu ter saído, mas não posso reclamar do nosso país.
No futebol brasileiro, hoje, alguns clubes não respeitam os jogadores. O Flamengo, por exemplo, contrata o Vagner Love, mas deixa de pagar todos os outros jogadores por três ou quatro meses. Na minha época, o Palmeiras era organizado, tinha grandes jogadores e pagava em dia. Hoje, o que se vê é uma bagunça, torcedores cobrando jogadores fora das arquibancadas. Esse tipo de coisa não pode acontecer"
Roberto Carlos
E como vê o Brasil se preparando para a Copa do Mundo?
Eu acho que o Brasil está se preparando bem. Participei de três Copas do Mundo. Na França (1998), Coréia e Japão (2002), e Alemanha (2006). Sinceramente, acho que Brasil e Rússia (2014 e 2018) vão sediar as duas maiores Copas de todos os tempos. O futebol está evoluindo, e acredito que os estádios terão uma grande estrutura. O Brasil tem condições, e a Rússia nem se fala. Financeiramente, é um dos países mais fortes do mundo. O Qatar, em 2022, também vai sediar uma grande Copa do Mundo.
E como é ser embaixador da Copa do Mundo na Rússia?
Recebi o convite para ser embaixador da Copa na Rússia e topei. Queria ser do Brasil, mas não me convidaram para fazer parte. Tive a sorte de me chamarem para trabalhar na Copa da Rússia. Não guardo mágoas por não ter sido chamado para trabalhar no Brasil, mas acho que jogadores como eu, Rivaldo e Cafu tinham espaço para trabalhar ao lado do Ronaldo.
Guarda mágoas da maneira de como deixou a Seleção Brasileira após o episódio contra a França, na Copa de 2006? (Roberto Carlos foi apontado como um dos responsáveis pela eliminação brasileira, pelo fato de estar arrumando a meia no momento do gol de Thierry Henry, que eliminou o Brasil)
A Seleção Brasileira foi tudo na minha vida. Sou um fã da Seleção. E a minha história na Seleção está aí para quem quiser ver. Não tenho que ficar preocupado se alguém falou isso ou aquilo. Cada um tem direito de falar o que quiser, a torcida pode falar o que quiser. Pela Seleção, conquistei duas Copas América, uma Copa das Confederações e uma Copa do Mundo. Sou feliz por tudo o que vivi.
roberto carlos ANZHI   (Foto: Divulgação/Site Oficial)Roberto Carlos diz que assinará contrato vitalício
com o Anzhi (Foto: Divulgação/Site Oficial)
Após 125 jogos com a camisa da Seleção, gostaria de ter um jogo de despedida?
Isso não me preocupa. Minha história está marcada. Na história da Seleção, o Pelé tem sua história, o Rivaldo tem sua história, o Ronaldo tem sua história, e vão ver o meu nome também. O povo brasileiro respeita muito o Roberto Carlos. Uma minoria não vai apagar o que consegui em 23 anos de futebol.
Você trabalhou com o mano Menezes no Corinthians. Como vê a preparação do Brasil para a Copa?
Tem que dar tempo ao tempo. O Mano tem que escolher os melhores nomes. Na nossa época, todos sabiam quem eram os melhores. Agora, os torcedores têm que ter paciência e respeitar o trabalho do Mano. O time terá muitas dificuldades, sofrerá muita pressão. O Brasil tem que voltar a ganhar, o povo brasileiro está acostumado a ganhar. Temos que conquistar logo o torcedor. Não podemos deixar para conquistá-los na véspera da competição. Temos que fazer os melhores amistosos e vencer. Mas agora o Brasil não tem que pensar no topo. Tem que pensar passo a passo e preparar o time, pois a Copa do Mundo está muito próxima. Não temos que pensar em ser o número um do ranking da Fifa agora. Temos que chamar os melhores jogadores e montar o melhor time possível. O Brasil, do número 1 ao 23, tem um dos melhores grupos de seleção do mundo, ao lado de Espanha e Alemanha. Tem tudo para convocar os melhores jogadores e prepará-los psicologicamente para a pressão, que será grande.
A disputa pela lateral esquerda, posição que ocupou durante 15 anos na Seleção, está aberta.
Conhecendo o Mano, sei que ele pode improvisar. Ele tem muitas opções. Pode improvisar o Daniel (Alves), chamar o André (Santos), o Marcelo, o Juan, o Kleber. Jogadores de qualidade ele tem. Nunca vai ter outro Pelé, outro Taffarel, outro Ronaldo, mas sempre teremos grandes jogadores. Hoje, para mim, o Marcelo é o titular. Ele pode ser titular na Copa, desde que faça o que vem fazendo no Real.
Vivi 12 anos no Real Madrid e foram 12 anos ganhando títulos. Ganhávamos pelo menos um título por ano. O Barcelona está ganhando há seis, sete anos. O que o Barcelona está vivendo hoje, eu vive por 12 anos no Real Madrid"
Roberto Carlos
E como foi confirmar o acerto entre Vagner Love e Flamengo pelo Twitter. Viveu um dia de jornalista?
Desejo a ele muito sucesso. O Vagner é muito respeitado aqui na Rússia. O melhor de tudo é que fui o primeiro a dar a notícia pelo Twitter. Atropelei vocês da imprensa (gargalhadas). Foi uma experiência boa. Um dia de jornalista (risos). Falando sério, foi um jantar super agradável com o Love e o dirigente do Flamengo (Michel Levy, vice de finanças do clube carioca). As negociações (entre Flamengo e CSKA) estavam acontecendo. Jantando com o Vagner, tinha certeza de que o presidente do CSKA (Yevgeny Giner) não iria dificultar e meti no Twitter. Ele merece estar de volta ao Brasil. Vai jogar ao lado do Ronaldinho, do Léo Moura. Espero que ele volte bem, volte a fazer gols, se sinta feliz na casa que ele gosta. Ele gosta muito do Flamengo e está muito feliz.
Para encerrar, como é para você ver o Real Madrid perdendo tanto para o Barcelona como nos últimos anos? Esse Barcelona é mesmo um dos melhores times da história?
Vivi 12 anos no Real Madrid e foram 12 anos ganhando títulos. Ganhávamos pelo menos um título por ano. O Barcelona está ganhando há seis, sete anos. São fases do futebol, e eu já passei por isso no Real. O mais difícil é se manter no topo. É normal dar uma caidinha depois de um tempo. O Real Madrid pode voltar a vencer o Barcelona, mas tem que jogar como no último jogo (empate por 2 a 2 na Copa do Rei, que eliminou o Real Madrid da competição), quando teve uma atuação completamente diferente das que vinha tendo nos últimos clássicos. O que o Barcelona está vivendo hoje, eu vivi por 12 anos no Real Madrid.
 

Ex-promessa do Flu conta como foi parar na Segundona da Espanha

Emprestado pelo Arsenal ao modesto Alcoyano, Wellington Silva começa a ser reconhecido na nova casa

Por Igor Castello Branco Rio de Janeiro
Vendido ao Arsenal quando ainda era das categorias de base do Fluminense, Wellington Silva se profissionalizou, disputou 17 partidas (fez um gol) pelo Tricolor e foi para a Europa. Sem o visto de trabalho para atuar na Inglaterra, a cria de Xerém foi emprestada ao Levante, onde quase não jogou. Agora, o brasileiro se aventura no Alcoyano, time da Segunda Divisão do Campeonato Espanhol, curte uma vida pacata na pequena cidade de Alcoi - onde é reconhecido pelo povo local - e promete trabalhar duro para voltar à Seleção Brasileira. Um retorno ao Flu não está descartado, mas o jogador garante que não acontecerá neste momento.
- Sinceramente, eu não sabia nada sobre o meu novo clube e sobre a cidade. Quando fiquei sabendo que eu estava de saída do Levante e que iria jogar pelo Alcoyano, corri logo na internet para saber como era a cidade de Alcoi (província de Alicante que possui 60.532 habitantes). Fiquei ansioso para conhecer tudo por aqui. Graças a Deus todos me receberam muito bem no clube, mesmo eu chegando por empréstimo. Isso tem me deixado muito feliz – disse o atacante.
Wellington Silva com a camisa do Flu exibe camisa do Arsenal (Foto: Globoesporte.com)Wellington Silva, ex-jogador do Fluminense, exibe camisa do Arsenal (Foto: Globoesporte.com)
Revelado pelo Fluminense em 2009, Wellington Silva foi comprado pelos Gunners no final daquele mesmo ano por € 4 milhões (cerca de R$ 10 milhões). Como ainda era menor de idade na época, seguiu no Fluminense. Pouco aproveitado por Muricy Ramalho, Wellington chegou ao Arsenal em 2011, mas, sem o visto de trabalho, não pôde atuar pelos Gunners, clube com o qual possui vínculo até junho de 2016. A solução foi ir para a Espanha.
O jogador estava emprestado ao Levante desde janeiro do ano passado. Pelo clube de Valência, disputou apenas duas partidas entre os profissionais, ambas na temporada 2010/11, e não anotou nenhum gol. Mas o jogador, ainda assim, exalta sua passagem pela equipe.
Site oficial do Levante anuncia que Wellington Silva não é mais jogador do clube (Foto: Reprodução)Dia da apresentação oficial de Wellington Silva no
Levante (Foto: Reprodução)
- Quando fui emprestado ao Levante, eu sabia que ia ser tudo muito difícil, até porque sempre tive minha família perto e cheguei no meio da temporada. Quando cheguei em Valência, era para jogar e ajudar o time a ficar na Primeira Divisão. O clube já estava na zona de rebaixamento. Só que dei o azar de o time começar a ganhar ou empatar várias partidas. Acho que só perdemos para o Real e para o Barça. E aí, todos nós sabemos que em time que está ganhando não se mexe e foi isso que aconteceu. Mas mesmo assim, fiquei treinando lá, me dediquei muito, mas infelizmente quase não tive espaço – afirmou.
Hit de Teló vira batismo no Alcoyano
De vida nova e morando atualmente em um hotel do Alcoyano destinado a jogadores recém-chegados à equipe, Wellington Silva garante ter ficado muito feliz com o tipo de recepção dos novos companheiros e do treinador. E revelou que logo em seus primeiros dias no clube, que luta contra o rebaixamento (é o 17º colocado na Liga Adelante, a segundona espanhola), foi obrigado a fazer um teste nada convencional: dançar “Ai, se eu te pego”, hit de Michel Teló.
Wellington Silva Alcoyano (Foto: Reprodução / site do Alcoyano)Apresentação de Wellington Silva no Alcoyano
(Foto: Reprodução / site do Alcoyano)
- Fui muito bem recebido por todos aqui. O Arsenal geralmente tem essa cultura de emprestar jogadores para ganharem rodagem. São os casos do brasileiro Pedro Botelho, Samuel Galindo (Espanha) e do Campbell (Costa Rica). Está valendo muito a pena passar por essa experiência e o atleta tem que se acostumar com isso. No Alcoyano, todas as pessoas da diretoria, o treinador e os jogadores me receberam muito bem. Queriam até que eu dançasse “Ai, se eu te pego” (risos) no dia da minha apresentação, até porque tem aquela coisa do brasileiro de ser brincalhão. Dá para imaginar? Gostei muito do ambiente daqui, mas não dancei (risos) – revelou.
No último dia 20, o atacante fez sua primeira partida pelo Alcoyano. Wellington Silva saiu do banco, fez várias jogadas de efeito e anotou o gol que garantiu o empate da equipe por 2 a 2 contra o Almería. O feito do camisa 12 ganhou até destaque no site oficial do clube.
- A tentativa era que eu estreasse na semana anterior contra o Elche, que era o líder da competição. Mas, devido a problemas de documentação, só pude jogar uma semana depois, no caso contra o Almería. Fiquei muito feliz com meu desempenho na partida. Estava muito empolgado. Fiz um gol importante e na comemoração também queriam que eu dançasse “Ai, se eu te pego” (risos) – disse.
BRASIL MUNDIAL F.C.: veja a estreia de Wellington Silva com a camisa do Alcoyano
Wellington Silva Alcoyano (Foto: Reprodução / site do Alcoyano)Wellington estreia bem e vira destaque na página principal de seu clube (Foto: Reprodução/site do Alcoyano)
Apesar da empolgação em jogar pelo clube espanhol, Wellington reconheceu não saber muito sobre Alcoi onde mora, mas garantiu que depois do gol marcado, sua vida mudou na cidade.
- Os taxistas me reconhecem e perguntam se eu sou o brasileiro que meteu o gol no Almería. Esse tipo de coisa. Geralmente, faço minhas refeições em um restaurante que tem aqui em frente. As pessoas vêm perguntar como está minha vida aqui, como estou nos treinamentos... Estou muito feliz - comentou.
Mais maduro e confiante para conseguir render no futebol europeu, Wellington Silva garante que sua rápida passagem pelo Levante o deixou mais maduro em razão da experiência com o novo idioma e do convívio com jogadores de diversas nacionalidades. O atleta, que já defendeu a seleção brasileira sub-17 e sub-18, almeja se firmar o quanto antes na Europa para realizar o sonho de vestir a camisa da Seleção Brasileira principal.
- Nesse momento, meu objetivo é seguir trabalhando, fazer tudo certinho para merecer uma convocação para a Seleção. Estou muito empolgado com essa oportunidade e espero poder fazer um bom trabalho aqui para conquistar meu visto trabalhista na Inglaterra – disse.
Wellington Silva joga video game, na tela Arsenal x Flu (Foto: Globoesporte.com)Wellington Silva passa o tempo jogando videogame
(Foto: Globoesporte.com)
Enquanto a casa nova não fica pronta, o jogador, que é viciado em twitter, facebook e videogame, divide um apartamento com seu irmão Wallace para não ficar sozinho. Mesmo assim garante sentir muita falta de sua família.
- Agora, meu irmão Wallace está aqui comigo, me fazendo companhia. Estou feliz, mas sabe como é, um pouco chateado também pelo fato de os meus familiares não estarem todos aqui. Tenho mais três irmãs pequenas e sinto muita falta delas. Mas nesta semana todos estarão aqui comigo. Meu pai e minha mãe vêm me ver. Normalmente gosto de sair, sim, mas também sou caseiro e prefiro ficar jogando meu videogame, no twitter ou no facebook. É o que eu geralmente tenho feito por aqui - disse.
Sobre a possibilidade de voltar a atuar no Brasil, o jogador confirmou o interesse, mas acredita que esse não é o momento. Afinal, espera fazer carreira na Europa pelo Arsenal, jogar na Seleção e depois, quem sabe, voltar ao seu clube de coração.
- Toda pessoa tem o desejo de voltar, mas primeiro pretendo cumprir meus objetivos aqui pela Europa. O Fluminense foi o clube que me revelou, sou muito grato por tudo e vamos ver. Esse não é o momento - concluiu.

Barrichello vai à pista com carro da Indy: 'Só espero não quebrar nada'

Piloto deixa em aberto a possibilidade de correr pela categoria: 'Vamos ver'

Por GLOBOESPORTE.COM Flórida, EUA
Depois de moldar o banco do carro e testar o cockpit, chegou a hora de Rubens Barrichello ir para a pista pela primeira vez com um carro da Fórmula Indy. Nesta segunda-feira, o piloto brasileiro acompanhou o amigo Tony Kanaan nos testes da KV Racing no circuito de Sebring, na Flórida. Antes de dar suas primeiras voltas, Rubinho brincou:
- Eu só espero não quebrar nada do Jimmy (Vasser, dono da equipe) – disse, em entrevista ao site oficial da Fórmula Indy.
Rubens Barrichello teste Fórmula Indy (Foto: Divulgação / LAT photo)Rubens Barrichello teste Fórmula Indy (Foto: Divulgação / LAT photo)
Rubens Barrichello teste Fórmula Indy (Foto: Divulgação / LAT photo) Barrichello antes do teste (Divulgação / LAT photo)
Ao observar Kanaan dando voltas na pista, Barrichello se mostrou empolgado com o teste em Sebring.
- Parece impressionante. Acho que ele está se divertindo – afirmou.
A princípio, Barrichello fará apenas estes testes com o carro da KV Racing. O brasileiro, no entanto, deixou em aberto a possibilidade de entrar para a categoria.
- Vamos ver. Eu não tenho nenhuma outra coisa, então vamos ver.
Após 19 temporadas na Fórmula 1, Barrichello se viu sem lugar garantido na categoria com a confirmação de Bruno Senna na Williams. O brasileiro tem 11 vitórias, 68 pódios e o recorde de participações em GPs: 326, com 322 largadas.

Fora por até três semanas, Fabuloso vira desfalque contra o Corinthians

Atacante sofreu lesão de grau 1 na coxa direita contra o São Caetano e pode perder até cinco rodadas do Campeonato Paulista

Por Marcelo Prado São Paulo
 Menos de uma semana depois de receber a notícia da operação de Rogério Ceni e ver seu maior ídolo ausente dos gramados por até seis meses, a torcida do São Paulo levou outro duro golpe. No fim da manhã desta segunda-feira, o departamento médico do clube confirmou que o atacante Luis Fabiano sofreu um estiramento de grau 1 na coxa direita no primeiro tempo da partida contra o São Caetano e deverá ser desfalque do Tricolor nas cinco próximas rodadas do Campeonato Paulista.
A expectativa dos médicos do São Paulo é que o atleta retorne aos trabalhos em um prazo de duas a três semanas. Sendo assim, o camisa 9 não ficará à disposição do técnico Emerson Leão para o clássico diante do Corinthians, que será disputado no próximo dia 12 de fevereiro, às 17h (horário de Brasília), no estádio do Pacaembu.
Além do duelo contra o Timão, Luis Fabiano vai ficar fora também das partidas contra Guarani, Ponte Preta, Comercial e Paulista de Jundiaí.
Clique aqui e assista a vídeos do São Paulo
luis fabiano são paulo São caetano (Foto: Gaspar Nóbrega / Vipcomm)Luis Fabiano teve uma lesão muscular na partida contra o Azulão (Foto: Gaspar Nóbrega / Vipcomm)

Futebol brasileiro já contabiliza 22 demissões de técnicos em 2012

Grande dança das cadeiras no primeiro mês do ano impressiona e mostra o sabor amargo da instabilidade da profissão. Só o Alagoano teve três dispensas

Por Bernardo Pombo Rio de Janeiro
Marcão no treino do Bangu (Foto: Fabio Leme / Globoesporte.com)Marcão é um dos que já perderam o emprego
em 2012 (Foto: Fabio Leme / Globoesporte.com)
A temporada do futebol brasileiro mal começou e muitos técnicos já perderam o emprego. Numa incrível dança das cadeiras que não para, 22 treinadores foram demitidos nos estaduais pelo Brasil no primeiro mês do ano, provando o sabor amargo da instabilidade na profissão.
O Campeonato Alagoano está apenas na quinta rodada e três treinadores já foram para a rua. Erandy Montenegro (Penedense), Celso Teixeira (CSA) e Carlos Rabelo (Coruripe). No Ceará, o técnico Júlio Araújo foi mandado embora do Ferroviário, mas ficou apenas dois dias sem emprego, já que acabou contratado pelo Trairiense dois dias depois. O time, que tem uma lagosta no escudo, já havia dispensado os serviços de Jorge Pinheiro. O Guarani de Juazeiro demitiu Vinicius Saldanha.
Em São Paulo, Roberto Fernandes, do Guaratinguetá, foi o primeiro a cair. No Campeonato Carioca foi Marcão, ex-volante do Flu, que teve a 'honra' de puxar a fila dos treinadores demitidos. Acácio, fora do Olaria, reforçou o time. No Campeonato Capixaba, Ionay da Luz não comanda mais o São Mateus.
No Rio Grande do Sul, Karmino Colombini caiu do comando do Ypiranga de Erechim, enquanto Marcelo Estigarribia foi dispensado do Canoas. Tem mais: Carlos Gavião foi dispensado pelo Pelotas.
A história mais curiosa aconteceu em Goiás. Betão Alcântara soube que não era mais o treinador do Rio Verde ouvindo um programa de rádio. Ainda no estado, Léo Goiano, agora, é ex-treinador do Aparecidense.
betão alcântara, técnico do rio verde (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Betão Alcântara soube da demissão pelo rádio
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
No futebol paraense, dois técnicos já perderam o boné. Lúcio Santarém foi demitido do São Raimundo, enquanto Fran Costa caiu do comando do Independente de Tucuruí. Em Pernambuco, o Belo Jardim já trocou de treinador: Givanildo Sales por Leivinha. No Maranhão, Braide Ribeiro foi convidado a se retirar pela diretoria do Imperatriz.
Lio Evaristo foi o primeiro treinador a cair no Campeonato Paranaense. Ele estava no comando do Rio Branco de Paranaguá. Enquanto isso, Sidcley Souza está fora do Caicó-RN, fazendo companhia no Rio Grande do Norte a Fábio Giuntini, dispensado do Potiguar de Mossoró.
Entra ano sai ano, a dança das cadeiras entre os treinadores não para.

Daniel Carvalho: 'Tomei anabolizantes na Rússia e acabei engordando'

Atacante afirma que seus problemas com peso tiveram início em 2004, quando acertou transferência para o CSKA de Moscou

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
Daniel Carvalho apresentado no Palmeiras (Foto: Diego Ribeiro / GLOBOESPORTE.COM)Daniel Carvalho em sua apresentação no Verdão
(Foto: Diego Ribeiro / GLOBOESPORTE.COM)
Para Daniel Carvalho, os problemas com a balança que tanto atrapalharam o jogador nas últimas temporadas têm um culpado: os anabolizantes. Em entrevista à Rádio Estadão/ESPN nesta segunda-feira, o jogador afirmou que foi obrigado a usar substâncias para crescer e ficar mais forte quando deixou o Internacional e foi negociado com o CSKA Moscou, da Rússia, em 2004.
- Eu saí com 20 anos de idade do Brasil e saí com um biotipo bem magrinho. Eu fiquei seis, sete anos lá fora e infelizmente na Rússia não existe exame antidoping. Na época em que eu cheguei ao CSKA, o pessoal me achava bem magrinho e eles acabaram me dando uns anabolizantes. Infelizmente eu não sabia o que estava tomando e acabei engordando praticamente oito quilos em um ano - revelou.
O jogador de 28 anos afirmou que somente após sete aplicações de injeções na veia que tomou conhecimento dos problemas que a droga poderia trazer ao seu organismo. Foi quando decidiu parar o tratamento.
Daniel Carvalho chamou a atenção da imprensa durante sua apresentação no Verdão, no último dia 10. Na ocasião, o jogador reconheceu estar fora de forma e que precisava perder peso. Até a partida contra o Catanduvense, no domingo, o camisa 83 afirmou já ter emagrecido quatro quilos.
- Hoje meu percentual de gordura é 11%, o que a comissão técnica exige é 10%. Meu problema não é mais físico, e sim de ritmo de jogo. Na parte física não vou mais evoluir tanto, esse é meu biotipo - afirmou, que pretende conquistar a confiança do torcedor palmeirense dentro de campo.
- O torcedor e a imprensa vão ter de se acostumar com o Daniel com esse biotipo, mais forte. Não adianta esperar que eu vá virar um Ricardo Bueno, que é um jogador alto e magro. Se o povo continuar achando que eu estou gordinho, não vejo problema algum. Quero que eles me julguem pelo o que eu apresentar dentro de campo - declarou o meia.
Clique aqui e assista a vídeos do Palmeiras
daniel carvalho palmeiras catanduvense (Foto: Cesar Grecco / Agência Estado)Daniel Carvalho atuou 70 minutos contra o Catanduvense, no domingo (Foto: Cesar Grecco / Agência Estado)

Lobo do ar e o Frango: González e Bottinelli se reencontram no Fla

Zagueiro chileno e meia argentino jogaram juntos no Universidad Católica

Por Janir Júnior Rio de Janeiro
Aos 31 anos, Marcos González volta ao seu país de berço, mas não de criação. Nascido no Rio de Janeiro, ele embarcou para o Chile com apenas dois anos e lá foi criado e cresceu para o futebol. O zagueiro entende bem o português, mas fala em espanhol carregado. De volta à Cidade Maravilhosa para defender o Flamengo, o jogador se encantou com as belezas naturais. Para facilitar a adaptação, González terá a companhia do argentino Darío Bottinelli, que foi seu companheiro no Universidad Católica em 2009 e 2010.
montagem Flamengo Darío Bottinelli e Marcos González (Foto: Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM)Darío Bottinelli e Marcos González já foram companheiros no Chile (Foto: Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM)
- É muito importante ter amigos no elenco. Conheço o Darío (Bottinelli), que jogou no Chile, e o Maldonado, da seleção chilena. Isso pode ajudar na minha adaptação. Eles me ajudarão bastante na adaptação ao Rio e na apresentação ao resto do elenco. Espero interagir com todo mundo o mais rápido possível – afirmou o reforço do Rubro-Negro.
Os dois se despediram quando González foi para o Universidad de Chile e Bottinelli para o Flamengo, no dia 5 de dezembro de 2010, no jogo do título chileno, contra o Everton.
No Chile, González é conhecido como "Lobo del Aire" (Lobo do ar). Já Bottinelli era chamado de “El Pollo” (o Frango). Por enquanto, o contato entre eles foi curto, já que Darío viajou para a Bolívia, voltou ao Rio e foi para Macaé. Marcos tem treinado com o grupo, só que ainda não tem estreia marcada.
A dupla deve fazer parte da equipe titular em breve. González chegou para ocupar o lugar de Alex Silva, que está para ser vendido ou emprestado. Bottinelli é considerado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo o substituto ideal de Thiago Neves, que foi para o Fluminense.

Neymar e Ganso vão apresentar nova camisa da Seleção, diz jornal

Uniformes de Santos, Inter, Corinthians, Coritiba e Bahia também serão revelados em evento no Rio de Janeiro na sexta-feira

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Neymar e Paulo Henrique Ganso terão um dia de modelo na sexta-feira: segundo o colunista Ancelmo Gois, do jornal "O Globo", os dois santistas serão os responsáveis por apresentar as novas camisas da Seleção Brasileira.
Patrocinadora da CBF, a Nike vai revelar os uniformes amarelo e azul do Brasil em um evento no Jockey Club Brasileiro no Rio de Janeiro, sexta, a partir das 11h (de Brasília). O primeiro amistoso da equipe de Mano Menezes com a nova camisa será contra a Bósnia, dia 28 de fevereiro, na Suíça.
A festa de sexta também marcará o lançamento dos uniformes de Santos, Coritiba, Internacional e Bahia, que passaram a ser patrocinados pela marca neste ano, e do Corinthians, que já tinha contrato com a Nike.
A principal mudança nas camisas da Seleção é o fim da polêmica tarja verde (na amarela) e amarela (na azul) na frente.
nova camisa da Seleção Brasileira (Foto:  Mônica Imbuzeiro / Ag. O Globo)A nova camisa amarela da Seleção, sem a tarja verde na frente (Foto: Mônica Imbuzeiro / Ag. O Globo)

Pista no Monte Serrat é armada para
a 10ª Descida das Escadas de Santos

Feras do mountain bike downhill urbano vão entrar em ação a partir desta sexta-feira no tradicional circuito de 417 degraus e 650 metros de extensão

Por GLOBOESPORTE.COM Santos, SP
O maior evento de mountain bike downhill urbano do Brasil começa nesta sexta-feira, mas os preparativos para o aniversário de dez anos da Descida das Escadas de Santos já estão em ritmo acelerado. Serão mais de cem atletas de oito países em ação no circuito de 417 degraus e de 650 metros de extensão a partir da Igreja de Monte Serrat. A TV Globo transmite as finais da competição ao vivo, neste domingo, dentro do Esporte Espetacular.
Descida das Escadas de Santos rampas sendo montadas (Foto: Divulgação)Pista nas escadarias do Monte Serrat terá o mesmo formato das últimas edições  (Foto: Divulgação)
Os principais bikers do Brasil e do mundo vão estar na briga pelo título da décima edição. Bicampeão da prova (2008 e 2009), o paulista Walace Miranda será um dos principais nomes do país para por fim à hegemonia dos estrangeiros, que venceram nos últimos dois anos. Detentor do título, o equatoriano Mario Jarrín está confirmado, assim como o eslovaco Filip Polc, vencedor de 2010 e recordista do circuito, e o sul-africano Greg Minnaar, campeão mundial na modalidade.
No feminino, Luana Oliveira lutará pela tetracampeonato após ter vencido as duas últimas edições. Ela terá como grandes rivais a atual campeã mundial de downhill, a francesa Emmeline Ragot, e a inglesa Fionn Griffiths.
Nesta sexta-feira, os treinos começam com uma descida livre e outra cronometrada para cada piloto. No sábado serão definidos os dez melhores competidores da categoria masculina e as cinco da feminina garantem vaga no domingo decisivo.
Descida das Escadas de Santos rampas sendo montadas (Foto: Divulgação)Funcionários trabalham na montagem de uma das rampas da pista de 650m de extensão (Foto: Divulgação)

Campeã do Australian Open, Azarenka assume a liderança do ranking

Dinamarquesa Caroline Wozniacki, eliminada nas quartas de final em Melbourne, cai para a quarta posição. Sharapova sobe para o terceiro lugar

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Victoria Azarenka tênis Australian Open troféu rio Yarra (Foto: AP)Victoria Azarenka comemora o título do Australian
Open e a liderança do ranking da WTA (Foto: AP)
Se não bastasse a conquista do primeiro título de Grand Slam, a vitória no Australian Open levou Victoria Azarenka ao topo do ranking do WTA. Nesta segunda-feira, a bielorussa assumiu oficioalmente o topo da lista, após a imponente vitória por 6/3 e 6/0 sobre Maria Sharapova, ex-número 1 do mundo, no último sábado.
Azarenka ocupava a terceira colocação do ranking até a semana passada. Com a vitória em Melbourne, a bielorussa pulou para a primeira posição, com 8.585 pontos. A tcheca Petra Kvitova permanece na segunda posição, com 7.690 pontos. Já a russa Maria Sharapova assumiu a terceira colocação, com 7.650, após o vice-campeonato na Austrália.
O Australian Open pôs fim ao reinado da dinamarquesa Caroline Wozniacki. A bela jogadora parou diante da belga Kim Clijsters, ainda nas quartas de finais. Com isso, despencou para a quarta posição no ranking, com 7.085 pontos. A australiana Samantha Stosur permanece em quinto (5.430), seguida pela nova sexta colocada: a polonesa Agnieska Radwanska. A francesa Marion Bartoli subiu duas posições e aparece em sétimo, enquanto a russa Vera Zvonareva caiu para oitavo. A chinesa Na Li saiu do sexto para o nono lugar. A alemã Andrea Petkovic seguiu em décimo.
Confira o top 10 da WTA:
1. Victoria Azarenka (Bielorússia), 8.585 pontos
2. Petra Kvitova (República Tcheca), 7.690
3. Maria Sharapova (Rússia), 7.650
4. Caroline Wozniacki (Dinamarca), 7.085
5. Samantha Stosur (Austrália), 5.430
6. Agnieszka Radwanska (Polônia), 5.330
7. Marion Bartoli (França), 4.770
8. Vera Zvonareva (Rússia), 4695
9. Na Li (China), 4.450
10. Andrea Petkovic (Alemanha), 4.000