quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Acertado com o Tricolor, Ganso vai a Santos assinar distrato com o Peixe

Anúncio da contratação deve ocorrer ainda nesta quinta-feira. Para consultoria, jogador está cada vez mais desvalorizado

Por Alexandre Lozetti e Marcelo Hazan São Paulo e Santos, SP
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Ganso no treino do Santos (Foto: Ricardo Saibun / Divulgação Santos FC)Ganso tem "problemas extracampo", diz consultoria
(Foto: Ricardo Saibun / Divulgação Santos FC)
Acertado com o São Paulo, o meia Paulo Henrique Ganso vai assinar distrato com o Santos ainda nesta quinta-feira para ficar livre e, enfim, ser jogador tricolor. Ele esteve na capital paulista à tarde, em reunião com representantes do DIS, empresa que gerencia sua carreira e é dona de 55% de seus direitos econômicos, e depois se desvinculará do Santos, clube que detém os outros 45%. Com ajuda do DIS, o São Paulo vai pagar R$ 23,9 milhões pela parte que pertence ao Peixe.
O distrato será assinado daqui a pouco, na Vila Belmiro. Adalberto Baptista, diretor de futebol do São Paulo, chegou ao Santos por volta das 20h. Thiago Ferro e outros representantes do DIS chegaram um pouco antes. Ganso está preso no trânsito - por causa da neblina, há a chamada operação comboio na descida da Serra do Mar. Há mais de 20 jornalistas de plantão, na frente da Vila.
O São Paulo tem a ajuda da DIS na negociação. Na nova divisão, o Tricolor, que vai desembolsar R$ 16,4 milhões, terá 32% dos direitos de Ganso, enquanto o DIS, que injetará R$ 7,5 milhões para viabilizar a transferência, amplia sua porcentagem sobre o atleta de 55% para 68%. No futuro, se o São Paulo vender o jogador por um valor superior, o clube da Baixada ainda terá direito a 5% do lucro obtido pelo rival.
O valor pago pelo São Paulo e pela DIS é maior do que o "recomendado" pela Pluri Consultoria, agência especialista em análise de mercado de jogadores e clubes de futebol, que reduziu a avaliação do meia em 30%, de € 22 milhões (R$ 58 milhões) para € 15,4 milhões (R$ 40,7 milhões). Segundo a empresa, essa reavaliação já havia sido concluída após o término das Olimpíadas de Londres, quando Ganso foi reserva da Seleção.
No material divulgado à imprensa na tarde desta quinta, a Pluri diz que, em respeito às negociações que ocorriam entre o Santos e os potenciais interessados no atleta, "optou por aguardar o desfecho da venda para então divulgar o relatório". A negociação, porém, ainda não foi concretizada até as 19h40 desta quinta - Ganso ainda não assinou o distrato com o Santos, o que ocorrerá em instantes. O prazo final para inscrições no Campeonato Brasileiro é sexta-feira (21).
O Peixe receberá R$ 23,9 milhões referentes aos 45% dos direitos econômicos a que tem direito da multa rescisória para clubes nacionais. Os outros 55% pertencem à DIS. Se a negociação fosse fechada com base na análise da Pluri (€ 15,4 milhões, ou R$ 40,7 milhões), os 45% do Santos seriam R$ 18,31 milhões.
No contrato com o Peixe, a multa rescisória para clubes estrangeiros é de € 50 milhões (R$ 132 milhões). Apesar de muitas sondagens de fora, nenhum clube chegou a fazer proposta oficial por Ganso.

Em baixa no Flamengo, Negueba vai jogar no São Paulo em 2013

Envolvido no negócio por Cléber Santana, atacante será emprestado. Ele lamenta perseguição da torcida: ‘Acho injusto. Estão me culpando por tudo’

Por Alexandre Lozetti, Janir Jr. e Richard Souza São Paulo e Rio de Janeiro
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Negueba treino Flamengo (Foto: Márcia Feitosa/VIPCOMM)Negueba vai jogar no Morumbi em 2013
(Foto: Márcia Feitosa/VIPCOMM)
O Flamengo envolveu Negueba na negociação com o São Paulo para ter o meia Cléber Santana, e o atacante vai jogar no clube do Morumbi por empréstimo de um ano a partir de janeiro de 2013, com preço fixado em 3,5 milhões de euros (R$ 9,1 milhões, equivalente a 70% dos direitos econômicos). Para ficar com 70% dos direitos econômicos de Cléber Santana, que tinha contrato com o Tricolor até janeiro e estava emprestado ao Avaí até dezembro, o Rubro-Negro deu ao clube paulista a opção de escolher um jogador do seu elenco. O técnico Ney Franco optou por Negueba, que foi treinado por ele na seleção brasileira sub-20 em 2011. Como já havia disputado mais de seis partidas pelo Flamengo no Brasileirão, o meia-atacante de 20 anos só vai se transferir na próxima temporada. Os outros 30% ficarão com o Flamengo em caso de uma futura venda. O contrato de Negueba com o Fla vai até 2015.

No início da semana, o Flamengo quis emprestar Negueba ao Avaí até o fim do ano para facilitar a negociação por Cléber Santana, mas o jogador rubro-negro não aceitou sair. Como não sabiam que Cléber ainda pertencia ao São Paulo, os dirigentes rubro-negros chegaram a um acordo com o Avaí, mas tiveram de oferecer uma compensação aos paulistas. No caso, Negueba.
A decisão de não ir para o Avaí não foi só minha. Conversei bastante com os meus pais, com a diretoria do Flamengo. Quero vencer no Flamengo. Estou há dez anos no clube e sei lidar com a pressão. Isso aconteceu no início do ano e me recuperei. Acho injusto (ser perseguido pela torcida). Estão me culpando por tudo. Isso está sendo complicado "
Negueba
Apesar de o negócio estar fechado, o jogador disse que ainda não foi informado sobre a transferência para o São Paulo e preferiu não comentar a possibilidade. Depois de ser liberado de dois treinos na quarta-feira para refletir, Negueba voltou a trabalhar com o grupo do Flamengo nesta quinta. O jogador perdeu espaço com o técnico Dorival Júnior e tem sido muito criticado pelos torcedores.
- Não posso falar nada sobre o São Paulo, não fui avisado sobre nada ainda. Voltei a treinar normalmente e meu pensamento é trabalhar para voltar a ter oportunidades. Elas vão aparecer. A decisão de não ir para o Avaí não foi só minha. Conversei bastante com os meus pais, com a diretoria do Flamengo. Quero vencer no Flamengo. Estou há dez anos no clube e sei lidar com a pressão. Isso aconteceu no início do ano e me recuperei. Acho injusto (ser perseguido pela torcida). Estão me culpando por tudo. Isso está sendo complicado - disse, ao GLOBOESPORTE.COM.
O diretor de futebol do Flamengo, Zinho, tentou convencer Negueba a se afastar um pouco do Rio por conta da pressão que cerca a equipe. O Rubro-Negro faz campanha ruim no Brasileirão e é apenas o 16º colocado, com 28 pontos.
- Não fiquei chateado com a vontade da diretoria. Sou funcionário do clube, estamos sujeitos a isso a todo momento, mas não achei que era o momento de sair. A pressão sobre os garotos acontece porque o time vive uma situação difícil no campeonato e fomos colocados para jogar, mas lidamos com naturalidade, temos de assumir a nossa parte junto com os mais experientes.           
Negueba recebeu uma proposta para jogar no Sporting, de Portugal, por um ano. Como não vinha sendo aproveitado por Joel Santana, pensou em tentar a sorte na Europa. A mudança de técnico, no entanto, fez o atacante tomar outro rumo. Dorival disse que contava com ele e passou a escalá-lo no time titular, mas o treinador mudou de ideia, principalmente depois da derrota por 2 a 0 para o Santos. Os dois gols do Peixe nasceram depois que ele perdeu a bola no ataque (assista ao vídeo). O atacante diz que não se arrepende de ter recusado a saída para o clube português.
- Sempre pensei em ficar, em vencer no Flamengo. A proposta foi feita, conversei com a minha família, o professor Dorival chegou e disse que contava comigo. Não tenho nenhum arrependimento.   
O Flamengo enfrenta o Atlético-GO neste domingo, em Goiânia, pela 26ª rodada do Brasileirão. É pouco provável que Negueba seja utilizado na partida. No treino desta quinta, ele fez um trabalho à parte.

Ronaldinho tem Luxa e o Grêmio de novo pela frente: 'É decisão'

Hostilizado pelos gremistas no primeiro turno, craque convoca a torcida do Galo para o jogão de domingo

Por Léo Simonini Belo Horizonte
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Cuca e Ronaldinho, Atlético-MG (Foto: Leonardo Simonini / Globoesporte.com)R49 e Cuca se preparam para duelo decisivo
(Foto: Leonardo Simonini / Globoesporte.com)
Os encontros entre Ronaldinho Gaúcho e Grêmio sempre geram expectativas por toda a história que cerca o jogador e o clube gaúcho, que o revelou. Neste domingo haverá um ingrediente a mais, já que Atlético-MG e Grêmio estão na parte de cima da tabela, brigando pelo título brasileiro. No duelo do primeiro turno, no Olímpico, deu Galo, que venceu por 1 a 0, com gol de Jô. Naquele domingo, R49 foi muito hostilizado pela torcida gremista, mas vibrou muito aoo apito final. Na saída de campo evitou as entrevistas, mas pôde ser ouvido comemorando no caminho para o vestiário.
Com aquele domingo na cabeça, o jogador se prepara para o duelo deste final de semana, e coloca tudo pelo que passou na última passagem jogando em Porto Alegre como fator motivador.

- Agora é que entra esse ingrediente, lembrar de tudo o que aconteceu (no Olímpico) e por isso nós vamos com tudo para conquistar essa vitória. Sabemos que precisamos muito do apoio do torcedor porque é um dos jogos mais difíceis do campeonato. Mas agora tudo serve como motivação.

Se já estava motivado, o fato de a partida contra o Tricolor gaúcho ser decisiva dará um pouco mais de emoção ao confronto.

- É decisão, eu encaro dessa forma, é a chance de a gente abrir pontos do Grêmio. Para nós é uma decisão e vamos com tudo para conquistar os pontos.

Ronaldinho frisa a importância do torcedor.

- Tem que continuar da mesma forma que vem sendo, a torcida sempre apoia e nesse jogo tem que apoiar mais ainda porque será uma das partidas mais difíceis. Por isso temos que contar com todos e precisamos muito do torcedor.
Vanderlei Luxemburgo e Ronaldinho no treino do Flamengo em Sucre (Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem)Luxemburgo e Ronaldinho tiveram probelmas no
Flamengo (Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem)
Velho conhecido
Além do Grêmio, conhecido de longa data, Ronaldinho terá pela frente novamente Vanderlei Luxemburgo, que o comandou por mais de um ano e teve problemas com ele no Flamengo. R49 lembra que ambos se conhecem bem e este será outro duelo especial do jogo.

- É um treinador que me conhece muito bem, mas tem o lado bom que também conheço ele bem. Então, vai ser um tentando superar o outro, tive a oportunidade de me preparar bem essa semana e poderei chegar dentro de campo e surpreender.

Anderson Silva acredita em vitória de Belfort contra Jon Jones: 'Vitor é Vitor'

Campeão dos médios enxerga brasileiro com chances de levar o cinturão

Por Ivan Raupp e Luis Guilherme Hasselmann Rio de Janeiro
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Anderson Silva coletiva UFC Rio (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Anderson Silva acredita que Vitor Belfort pode levar
a melhor  (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Na hora de dar pitaco, Anderson Silva deixou de lado a rivalidade com Vitor Belfort e a amizade com Jon Jones. Para o campeão dos pesos-médios do UFC, o brasileiro tem grandes chances de levar a melhor no duelo pelo cinturão dos meio-pesados, neste sábado, em Toronto. Segundo o Spider, o americano vai precisar de muita atenção.
Anderson Silva confessa nervosismo
por fazer a luta principal do UFC Rio III

- Como bom brasileiro, a gente espera que o Vitor ganhe. Ele tem todas as qualidades pra vencer o Jon Jones. É uma luta dura. O Jon Jones tem uma envergadura maior que a do Vitor, é um cara inteligente, e, a cada dia que passa, ele cresce e ganha mais experiência. Mas o Vitor é o Vitor. Quando ele entra ali dentro, a gente tem que tomar todo o cuidado do mundo. Nos últimos anos, ele tem mostrado que tem melhorado muito, principalmente a parte psicológica dele. O Jon Jones vai ter um grande desafio pela frente - disse o Spider, que venceu Vitor Belfort com um chute frontal cinematográfico em fevereiro do ano passado.
Jon Jones e Vitor Belfort fazem o duelo principal do UFC 152. Na mesma noite, Joseph Benavidez e Demetrious Johnson disputam o primeiro cinturão dos pesos-moscas do UFC.
Anderson Silva enfrenta Stephan Bonnar na luta principal do UFC Rio III. O duelo foi a solução encontrada pelo Ultimate para salvar o evento após as lesões de José Aldo e Rampage Jackson, que cancelaram as lutas deles contra Frankie Edgar, pelo cinturão dos penas, e Glover Teixeira, pelos meio-pesados.

Deco festeja retorno na decisiva reta final do Brasileirão

Apoiador está recuperado e confirmado no time titular contra o Náutico. Para ele, campeonato vive momento mais difícil e se diz pronto para ajudar

Por Edgard Maciel de Sá e Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
Foram quase dois meses de ausência. A última partida de Deco com a camisa do Fluminense foi contra o Coritiba, no dia 5 de agosto. Ele deixou o campo com dores e posteriormente foi constatado um estiramento muscular de grau 2 na coxa esquerda. Após a longa recuperação, o maestro tricolor finalmente está de volta e com fome de bola. Confirmado por Abel Braga no lugar de Wagner, o camisa 20 espera recuperar o tempo perdido para ajudar o time na reta final do Brasileiro.
Deco, Treino do Fluminense (Foto: Alexandre Cassiano / Agência o Globo)Deco mostra a sua categoria durante o treino do Fluminense (Foto: Alexandre Cassiano / Agência o Globo)
E é justamente este momento do campeonato que gera preocupação no apoiador. Para Deco, as partidas até a última rodada serão cada vez mais difíceis independentemente da posição do rival na tabela, já que agora os objetivos estão desenhados.
- Essa é a reta final, a parte mais difícil. Todos estão dando um gás para alcançar as suas metas. Alguns lutam pelo título, outros por Libertadores e outros para não cair. O Atlético-GO, por exemplo, foi assim. Já conversamos muito sobre isso e independentemente do rival temos de lutar muito.
Deixando dificuldades de lado, Deco comentou a alegria em voltar ao time. Além do próprio retorno, ele comemorou o fato de o Fluminense não ter mais qualquer jogador no departamento médico. Além dele, Wagner, Anderson e Marcos Junior também podem ser relacionados. Apesar de admitir que vai sentir um pouco a falta de ritmo de jogo, o apoiador prometeu compensar na vontade e na raça que já foram demonstradas nos treinamentos ao longo da semana.
- É difícil medir isso para quem nunca foi atleta. É complicado passar por uma lesão, ficar impedido de fazer aquilo que mais gosta. As últimas semanas não foram fáceis. No retorno a gente fica com a sensação de que está começando tudo de novo. E além de mim, temos o Wagner, o Anderson, o Marcos Junior... É importante ter força máxima nesse momento.
O Fluminense é o líder do Campeonato Brasileiro com 53 pontos conquistados. O time volta a entrar em campo no próximo sábado, às 18h30m (de Brasília), contra o Náutico, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.

Carlos Alberto tem infecção e abre vaga para volta de Felipe no treino

Sob olhar de Zico, meia não treina pelo terceiro dia direto e vira dúvida para enfrentar a Ponte Preta. Marcelo Oliveira solta a voz e orienta cada jogada

Por André Casado e Thiago de LimaRio de Janeiro
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Marcelo Oliveira, Vasco  (Foto: André Casado / Globoesporte.com)Marcelo Oliveira orienta parte do time titular
(Foto: André Casado / Globoesporte.com)
De olho no jogo contra a Ponte Preta, domingo, em Campinas, o técnico Marcelo Oliveira comandou uma atividade tática na tarde desta quinta, no CT do CFZ. Após rápido aquecimento, os coletes foram distribuídos, e Eduardo Costa e Felipe foram as novidades. O volante assume a vaga de Nilton, suspenso, e o meia ganha espaço por um problema inusitado: Carlos Alberto vem sofrendo com uma infecção no tornozelo esquerdo causada por um cabelo encravado. Ele fez tratamento e assistiu ao treino com um curativo no local.
- Um processo infeccioso se estendeu para o pé, e ele está há 48 horas em tratamento à  base de antiobiótico. Hoje está melhor, mas não conseguiu treinar. Vai ser reavaliado amanhã de manhã (sexta). Ainda pode evoluir, mas sem treinar no campo. A causa pode ter sido uma proteção que roçou, inflamou e o germe entrou - explicou o médico Fernando Mattar, sem descartar a possibilidade de presença do camisa 10 frente a Macaca.
Quem acompanhou o trabalho cruz-maltino foi Zico, dono do terreno e ídolo arquirrival. Mesmo de longe, foi identificado pelas pessoas e pela imprensa, que logo o cercou. O novo técnico dos juniores, Sorato, também esteve no CFZ e assistiu ao treino dos profissionais.
Carlos Alberto curativo no pé Vasco (Foto: André Casado / Globoesporte.com)Carlos Alberto apareceu com o tornozelo inchado e
curativo (Foto: Thiago de Lima / Globoesporte.com)
Ainda se entrosando com o novo grupo, o chefe apitou o início da movimentação e já dava as primeiras orientações ao ser alertado por Felipe que o time estava sem goleiro. Só então Fernando Prass foi chamado. Para dar ênfase à saída de bola e às tramas ofensivas, o trabalho não tinha zagueiros, assim como os reservas não contavam com atacantes. Na dúvida entre Eder Luis e Tenorio, melhor para o equatoriano, que formou dupla com Alecsandro. Depois, Renato Silva e Fabrício entraram para treinar a zaga, saindo os atacantes.
Marcelo Oliveira não poupou a voz e falou durante todo o tempo em que a bola rolou, por aproximadamente 40 minutos. Ora incentivando, ora cobrando uma jogada diferente, o treinador pediu paciência no toque de bola e mais foco depois de perder a posse.
- Vamos tocar mais a bola para desgastar o adversário.
- Não pode ficar lamentando, não. Vai errar uma, vai errar duas, parte para outra! - bradava.
No fim, os jogadores treinaram faltas e pênaltis, com destaque para o zagueiro Fabrício, que acertou a maioria das cobranças de longe. Apesar de ser o batedor oficial, Juninho não participou. Dedé é que foi a ausência. Ganhou folga por ter voltado de viagem com a seleção brasileira nesta manhã. O Mito atuou por 90 minutos contra a Argentina.
 Comissão de roupa nova
O Vasco estreou novos uniformes da comissão técnica nesta quinta-feira. A cor da camisa é amarela, e os shorts, cinzas. Antes, o azul era utilizado. 
Comissão técnica do Vasco (Foto: André Casado / Globoesporte.com)Marcelo Oliveira, de roupa nova, conversando com Gaúcho (Foto: André Casado / Globoesporte.com)

William Matheus revê rival da estreia com brilho e se cobra para melhorar

Lateral sofreu pênalti decisivo contra a Ponte, no primeiro turno, e ressalta que tem objetivos pessoais não alcançados: 'Posso dar um pouco mais'

Por André Casado e Thiago LimaRio de Janeiro
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A estreia de William Matheus pelo Vasco foi recheada de emoções. Em junho, ainda um desconhecido do torcedor, o lateral-esquerdo entrou no segundo tempo em São Januário para enfrentar a Ponte Preta, adversário deste domingo, agora em Campinas, e sofreu o pênalti que resultou no gol da vitória suada por 3 a 2 (veja os gols), pelo primeiro turno. Logo depois, porém, passou mal em campo. Ele lembra com carinho de seu início e admite que, após as atuações recentes, pode render mais para ajudar o time na disputa pelo título brasileiro.
- É um jogo que traz boas lembranças, sim, estou me cobrando por objetivos pessoais que eu também tenho. Ainda não fiz gol, vou para ajudar o time, mas, se acontecer de ter uma boa oportunidade, vou ficar muito feliz. Eu me cobro bastante, dou meu máximo, acho que estou num momento bom, mas posso dar mais ofensivamente. E vou correr atrás - avisou.
É um jogo que me traz boas lembranças. Eu me cobro bastante, dou meu máximo, acho que estou num momento bom, mas posso dar mais. E vou correr atrás"
William Matheus, à procura do primeiro gol
Para o próximo duelo, o camisa 18 acredita que o Vasco vá encontrar dificuldades por causa das dimensões reduzidas do Moisés Lucarelli. Mas ressalta que o campo do CFZ é parecido, e o treinamento tático desta quinta-feira teve ênfase nesse tipo de situação para adaptar a equipe.
- Nosso campo aqui é estreito e isso está nos preparando para jogar não só lá, mas em outros lugares. A troca de passe precisa ser em velocidade. Trabalhamos a movimentação, o treinador insistiu para que errássemos poucos passes e conseguirmos sair da marcação.
O Vasco enfrenta a Macaca neste domingo, às 16h, pela 26ª rodada do Brasileirão. Com 43 pontos, o Cruz-maltino está em quarto lugar na classificação da competição..
william matheus vasco ponte preta (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)Em sua estreia, William Matheus comemora o pênalti sofrido (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)

Vasco reativa patrocínio de banco para a partida contra a Ponte Preta

BMG vai voltar a expor seu logotipo nas mangas da camisa do clube neste domingo, e já há conversas para estender a parceria até o fim de 2013

Por André CasadoRio de Janeiro
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Juninho Pernambucano na partida do Vasco (Foto: Divulgação / Site Oficial do Vasco)Marca do banco estampou camisa em 2011
(Foto: Divulgação / Site Oficial do Vasco)
O Vasco terá mais um patrocinador na camisa para o jogo contra a Ponte Preta, domingo, em Campinas. O Banco BMG, que expôs sua marca na temporada 2011, está de volta em parceria, a princípio, pontual para ocupar as mangas da camisa. Clube e empresa conversam há cerca de dois meses, em busca de uma reaproximação, e vão anunciar o acordo nas próximas horas.
Ainda há possibilidade de estender a parceria para a partida contra o Figueirense, no domingo seguinte, em São Januário, e, posteriormente, a negociação para ampliá-la até o fim de 2013 já está em pauta. Com mais este patrocinador, já são cinco diferentes para o uniforme: Eletrobras, BFG e Leduca, além da fornecedora de material Penalty.
No momento de exposição negativa, com problemas políticos e até falta de abastecimento de água por dívida com a companhia estadual, o Vasco se reforça na área de marketing e espera comprovar que as dificuldades extracampo não têm superado a campanha da equipe em campo. São 51 rodadas consecutivas no G-4 do Brasileirão. Na última quarta, o setor iniciou oficialmente a transição de diretores: sai Marcos Blanco, entra Henry Canfield.
Em nota publicada no site oficial, à tarde, o vice-presidente Eduardo Machado disse que "a expectativa é de que o Vasco da Gama e o Banco BMG conversem sobre a possibilidade de extensão do patrocínio" e que "o clube agradece a confiança e tem certeza de que a relação certamente trará retornos positivos para ambos".

Com ritmo de jogo, ataque do Vasco reforça disputa e ganha versatilidade

De volta de suspensão, Alecsandro diz que único titular absoluto é Dedé, jogador de seleção, e destaca as opções para Marcelo Oliveira escalar

Por André CasadoRio de Janeiro
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Por cinco meses, o Vasco teve de cruzar os dedos para que Eder Luis e Alecsandro não se machucassem, já que Carlos Tenorio operou o tendão de Aquiles no início de março. O equatoriano voltou em agosto, mas, desde então, não tem sido fácil escalar o trio nas melhores condições. Para o duelo com a Ponte Preta, domingo, no entanto, eles podem descansar, melhorar fisicamente e começar a explorar o gradativo crescimento de ritmo de jogo.
Nesse período, Eder teve problemas de contrato e desconfortos musculares nas coxas. Caso semelhante ao do Demolidor, que, aos 33 anos, ainda não está em 100% de suas condições. Ele teve detectada uma pequena lesão no púbis, mas treina no campo em meio à fisioterapia e deve participar de pelo menos uma movimentação tática até a viagem para Campinas. Na última partida, Alecsandro estava suspenso, e Tenorio pediu para sair. O jovem Romário entrou. Antes, William Barbio era a bola da vez, mas não emplacou e amarga período encostado.
tenorio alecsandro vasco (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)Tenorio e Alecsandro já marcaram quatro gols juntos no Brasileirão (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)
Artilheiro do clube no Brasileirão com nove gols, o camisa 9 parece ter vaga cativa, mas rechaça qualquer colocação nesse sentido e cita que, pelas características distintas de cada um, o técnico Marcelo Oliveira está cheio de opções, embora o número de peças seja limitado.
- No futebol, não tem titular absoluto. Essa colocação acontece para gente como o Dedé, que é jogador de seleção, está em outro nível. Mesmo assim, se fizer quatro ou cinco partidas ruins, vocês (jornalistas) são os primeiros a questionar. O dia a dia é uma busca de objetivos, e eu gosto sempre de provar o que posso fazer. Superar desafios é uma alegria que tenho. Tanto eu, como Eder e Tenorio temos características diferentes. Então, dá para jogador com os três, dá para ser um só ou dois. O treinador é que vai decidir - analisou Alecsandro.
Se mantiver Juninho e Carlos Alberto na armação das jogadas, é provável que o comandante opte por Eder e deixe Tenorio no banco de reservas, como aconteceu nas ocasiões em que o camisa 7 estava em condições para ser titular. Mas, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Oliveira disse que gosta do esquem com três meias e pode testá-lo em breve.

Por logística e melhora do campo de São Januário, elenco aprova o CFZ

Maioria dos jogadores vascaínos mora na Barra e leva menos de meia hora 
para chegar ao CT do clube de Zico. Mas estrutura é ponto a melhorar

Por André CasadoRio de Janeiro
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Após mais de dois anos e meio, o Vasco voltou a alugar um centro de treinamento capaz de atender minimamente suas necessidades enquanto time profissional de futebol. A distância do antigo Vasco-Barra para o CFZ, chamado internamente de Vasco-Recreio, é pequena, mas as diferenças, nem tanto. A estrutura do clube fundado por Zico, que também já foi explorado pelo Fluminense, sofre com a má conservação em determinados locais, mesmo com a reforma recente. Ainda assim, os jogadores aprovam a transferência de parte dos treinos por conta da logística e, em especial, da preservação do campo de São Januário.
A maioria do elenco vive na Barra da Tijuca e costuma levar menos de 30 minutos para chegar a seu destino - ambos na Zona Oeste da cidade. Nesta quinta-feira, vão ser completados dez dias de trabalho na nova casa. No entanto, esta tarde marcará apenas a quarta atividade. Quando se trata de recreativo ou aprimoramento e recuperação física - antes ou depois das partidas, respectivamente - o estádio, mais equipado e mais perto dos aeroportos quando há viagem na sequência, é utilizado. Para dirigir até o bairro de São Cristóvão, na Zona Norte, o trajeto é feito, em média, em 50 minutos, sem longo engarrafamento.
treino, Vasco (Foto: André Casado / Globoesporte.com)Estrutura do CFZ não é de alto nível, mas, para o Vasco, é a melhor desde 09 (Foto: André Casado / GE.COM)
O atacante Alecsandro lembra que parte da comissão técnica até fica prejudicada, mas, para ele e seus companheiros, não há o que reclamar. O camisa 9 ainda usou de ironia para citar que o cruzamento pelo pedágio da Linha Amarela é evitado quando o Vasco vai ao CFZ. De acordo com ele, fica pesado no bolso pagar o valor de R$ 4,70 a cada ida e a cada volta,  principalmente quando o salário atrasa, algo frequente na gestão de Roberto Dinamite.
- A ida para o CFZ beneficia a todos, mas muito mais os jogadores. Atrapalha o pessoal da rouparia que mora perto de São Januário há muito anos. Para quem vai da Barra, é importante, menos desgastante. E ajuda o nosso campo. Eu que sempre questionei o Engenhão, tenho que admitir que São Januário estava em condição ruim nos últimos jogos e precisava desse cuidado. Ganhamos um CT "entre aspas" por esses próximos dois anos (o contrato é de 15 meses) que nos deixa mais tranquilos e próximos de casa - afirmou.
Bate-se na tecla do deslocamento, mas o importante mesmo é a qualidade de trabalho. Não dá para treinar e jogar no mesmo campo. Não vai ter boa condição nem para um, nem para outro. Será sempre ruim. Agora vai mudar"
Fernando Prass
O goleiro Fernando Prass prefere enaltecer só a qualidade que se ganhará com a Colina preservada. Segundo ele, a diferença logística não é tão grande a ponto de saltar aos olhos.
- Facilita para os jogadores por conta do trânsito, mas dá o mesmo tempo às vezes, porque tem muito semáforo (no caminho para o Recreio), para muito. Bate-se nessa tecla do deslocamento, mas o importante mesmo é a qualidade de trabalho. Não dá para treinar e jogar no mesmo campo. Não vai ter boa condição nem para um, nem para outro. Será sempre ruim. Agora vai mudar e nos ajudará nesses jogos dentro de casa.
O gramado no CT é desnivelado, mas o Vasco acredita que, em até 45 dias, as condições estarão melhores, pois o replantio é recente. Há bons vestiários e salas para comissão técnica e departamento de futebol em um pequeno prédio atrás do campo principal. As arquibancadas laterais, que abrigam a imprensa, mostram sinais de deterioramento, porém. Funcionários informam que há previsão de pequenas melhorias até janeiro.
Loja, cfz,Camisa do Flamengo (Foto: Thiago Lima)Camisas e objetos de Zico e Fla são vendidos
na loja do clube (Foto: Thiago Lima / GE.COM)
Já o possível constragimento por se tratar de um patrimônio do maior ídolo do arquirrival Flamengo não é notado, embora haja pessoas circulando com a camisa rubro-negra na área social. Até aqui, não houve provocações de qualquer tipo, e o clima é tranquilo. Geralmente há um grupo de pessoas assistindo às atividades, com crianças em busca de fotos e autógrafos.
- O Vasco vai se sentir em casa, mesmo com flamenguistas ou tricolores ao redor. Para 90% é bom porque mora perto daqui. É um ambiente legal, sem problemas - crê o volante Wendel.

Em pouco mais de uma dezena de vezes, centros militares, como o Ciaga e o Cefan, ambos na Avenida Brasil, na Penha, foram utilizados entre 2010 e 2012. Mas o acesso era difícil e a disponibilidade das áreas, mínima. Os jogadores sequer tomavam banho no terreno. No ônibus do Vasco, quase todos retornavam a São Januário após os treinamentos.

Empresa cumpre acordo, e água
volta à Colina após uma semana

Clube, que recorreu a caminhões-pipa para cobrir o consumo de água em seu estádio, vai parcelar dívida em 36 vezes. Dirigentes trocam farpas

Por André CasadoRio de Janeiro
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torneira água são januário vasco (Foto: André Casado / Globoesporte.com)Torneira do banheiro  da social, que não tinha água,
funciona (Foto: André Casado / Globoesporte.com)
Os dias de seca chegaram ao fim em São Januário. Nesta quinta-feira, a Cedae, empresa estadual responsável pelo fornecimento de água, cumpriu o acordo feito nessa quarta e voltou a abastecer o Vasco, que passou a última semana tendo de recorrer a caminhões-pipa. Às 6h, já havia funcionários no estádio para o serviço. O clube deve mais de R$ 1,3 milhão por quatro meses de atraso no pagamento. O valor será parcelado em 36 vezes. Quem interveio foi o presidente da companhia, após a promessa cruz-maltina de quitar imediatamente a primeira parcela.
O problema gerou mal-estar no clube. Alecsandro disse que se sente desvalorizado com tantas más notícias extracampo, por ser um patrimônio do clube. Além disso, dirigentes trocaram farpas em programa da Rádio Manchete na noite de quarta-feira. O vice-presidente jurídico do clube, Aníbal Rouxinol, declarou que a culpa pela interrupção no fornecimento de água em São Januário foi do departamento financeiro. Em resposta, o ex-vice de finanças e ainda vice geral, Nelson Rocha, avaliou a declaração de Rouxinol como “imbecil”.
caminhão-pipa vasco da gama (Foto: Alexandre Cassiano / Agência o Globo)Clube foi abastecido por caminhões-pipa na última semana (Foto: Alexandre Cassiano / Agência o Globo)
Mesmo com parte dos treinos transferidos para o CFZ e a viagem para Varginha, onde o time enfrentou o Cruzeiro, domingo, foi necessário apelar por conta do consumo de 60 mil litros diários. Em alguns banheiros, o funcionamento da água era irregular, e a ordem no estádio era economizar em locais como restaurantes e até na irrigação do gramado. O uso de galões de água foi a saída provisória. Na quarta, um homem sofreu um tombo ao subir na marquise do estádio, sem qualquer equipamento, para despejar água na cisterna. Ele não se feriu.