quarta-feira, 23 de abril de 2014

Substituto de última hora no UFC 172, Vagner Rocha se lesiona e deixa card

Anunciado como suplente de Yancy Medeiros na segunda-feira, brasileiro se machuca durante treino em Baltimore e é forçado a desistir dois dias depois

Por Baltimore, EUA
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Apenas dois dias depois de ser anunciado como substituto de Yancy Medeiros contra Joe Ellenberger, no UFC 172, em Baltimore (EUA) o peso-leve brasileiro Vagner Rocha sofreu uma lesão e não poderá atuar neste sábado. O Ultimate informou, através de seu site oficial, que ele se machucou durante um "treino de última hora" e que a luta foi cancelada. Com isso, o card agora terá apenas dez lutas.
ufc mma vagner rocha (Foto: Divulgação / UFC)Vagner Rocha faria sua luta de retorno ao UFC neste sábado (Foto: Divulgação / UFC)
Vagner Rocha faria sua luta de retorno ao UFC neste sábado. Em sua primeira passagem pela organização, ele perdeu por pontos para Donald Cerrone, finalizou Cody McKenzie com um mata-leão e então decidiu baixar para o peso-pena, onde foi derrotado por Jonathan Brookins por nocaute. Por conta deste último revés, foi demitido. Após sair do UFC, Vagner conquistou o título do Fight Time e fez ao todo quatro lutas no evento, vencendo todas.
O canal Combate transmite o UFC 172 ao vivo, a partir das 20h (horário de Brasília) de sábado, e o Combate.com acompanha todos os detalhes em Tempo Real. A pesagem ocorre na sexta-feira, com transmissão do canal e do site a partir das 17h.
UFC 172
26 de abril de 2014, em Baltimore (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-pesado: Jon Jones x Glover Teixeira
Peso-meio-pesado: Phil Davis x Anthony Johnson
Peso-médio: Luke Rockhold x Tim Boetsch
Peso-leve: Jim Miller x Yancy Medeiros
Peso-pena: Max Holloway x Andre Fili
CARD PRELIMINAR
Peso-mosca: Joseph Benavidez x Tim Elliott
Peso-leve: Takanori Gomi x Isaac Vallie-Flagg
Peso-galo: Jessamyn Duke x Bethe Correia
Peso-leve: Danny Castillo x Charlie Brenneman
Peso-galo: Chris Beal x Patrick Williams

Rafael Feijão enfrenta Ryan Bader em Vancouver no UFC 174, em junho

Brasileiro chegou a ser especulado como oponente de Daniel Cormier, mas é confirmado contra ex-campeão do The Ultimate Fighter, nono do ranking

Por Rio de Janeiro
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O peso-meio-pesado brasileiro Rafael Feijão já tem sua terceira luta no Ultimate confirmada. Após ser especulado como oponente de Daniel Cormier, quinto do ranking da categoria, o lutador paulista foi escalado contra o americano Ryan Bader no UFC 174, em 14 de junho na Rogers Arena, em Vancouver, Canadá. O duelo foi noticiado primeiro pelo site canadense "Sportsnet" e confirmado ao Combate.com por fontes ligadas ao UFC.
Rafael Feijão x Ryan Bader (Foto: Editoria de Arte)Rafael Feijão e Ryan Bader: duelo de lutadores vindo de vitórias no peso-meio-pesado (Foto: Editoria de Arte)
Rafael Feijão tem 34 anos de idade e está atualmente na 12ª posição no ranking dos pesos-meio-pesados do UFC. Ele tem 12 vitórias e quatro derrotas, além de um "No Contest", e vem de vitória em sua segunda luta pelo Ultimate, uma finalização contra Igor Pokrajac em Goiânia, em novembro do ano passado - o croata bateu em submissão após levar uma série de socos e joelhadas.
Ryan Bader, por sua vez, é o nono colocado na categoria e também vem de triunfo por pontos, contra Anthony Perosh, em dezembro passado. O americano de 30 anos de idade, campeão da nona temporada do The Ultimate Fighter, alterna derrotas e vitórias nas últimas quatro lutas, e tem 16 vitórias e quatro derrotas no cartel.
Confira o card atualizado do UFC 174:
UFC 174
14 de junho de 2014, em Vancouver (CAN)
CARD DO EVENTO
Peso-mosca: Demetrious Johnson x Ali Bagautinov
Peso-meio-médio: Rory MacDonald x Tyron Woodley
Peso-meio-pesado: Ryan Bader x Rafael Feijão
Peso-meio-médio: Daniel Sarafian x Kiichi Kunimoto
Peso-galo: Yves Jabouin x Mike Easton
Peso-galo: Roland Delorme x Michinori Tanaka
Peso-leve: Kajan Johnson x Tae Hyun Bang*

Dan Henderson e Daniel Cormier se enfrentam no UFC 173, anuncia Dana

Luta entre meio-pesados será coevento principal e valerá chance ao título

Por Rio de Janeiro
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Dan Henderson e Daniel Cormier vão se enfrentar no coevento principal do UFC 173, dia 24 de maio, em Las Vegas (EUA), onde Renan Barão fará a luta principal contra TJ Dillashaw. O duelo foi anunciado nesta quarta-feira pelo presidente do Ultimate, Dana White, ao programa americano "SportsCenter". O dirigente também afirmou que o vencedor ganhará uma chance pelo cinturão da categoria dos meio-pesados (até 93kg). O campeão Jon Jones colocará o título em jogo neste sábado, contra Glover Teixeira, e o vitorioso ainda terá de encarar Alexander Gustafsson. Quem sair da luta contra o sueco, aí sim, enfrenta Hendo ou Cormier.
Montagem Dan Henderson x Daniel Cormier UFC (Foto: Editoria de Arte)Dan Henderson x Daniel Cormier será no UFC 173 (Foto: Editoria de Arte)
Dana contou que a proibição do tratramento de reposição de testosterona (TRT) em Nevada, estado onde fica Las Vegas, não será problema para Henderson, que fez uso da terapia para enfrentar o brasileiro Maurício Shogun em março, em Natal.
- Dan Henderson precisou ir a Nevada fazer um teste, e os níveis dele estavam perfeitos. Por isso, estamos aptos a fazer esse duelo acontecer - afirmou o presidente.
Aos 43 anos, Dan Henderson vem de um grande nocaute contra Shogun e tem um cartel total de 30 vitórias e 11 derrotas. Já Daniel Cormier, de 35 anos, ainda está invito após 14 lutas na carreira, com 100% de vitórias. A última dele foi a estreia na categoria dos meio-pesados, após descer dos pesados, e o americano nocauteou Patrick Cummins.
UFC 173
24 de maio de 2014, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-galo: Renan Barão x TJ Dillashaw
Peso-meio-pesado: Daniel Cormier x Dan Henderson
Peso-meio-médio: Robbie Lawler x Jake Ellenberger
Peso-galo: Takeya Mizugaki x Francisco Rivera
Peso-leve: Jamie Varner x James Krause
CARD PRELIMINAR
Peso-leve: Michael Chiesa x Francisco Massaranduba
Peso-leve: Tony Ferguson x Katsunori Kikuno
Peso-galo: Chris Holdsworth x Chico Camus
Peso-leve: Al Iaquinta x Mitch Clarke
Peso-leve: Anthony Njokuani x Vinc Pichel
Peso-pena: Sam Sicilia x Doo Ho Choi
Peso-meio-médio: Danny Mitchell x Li Jiangliang

Bruno Carioca enfrenta Chris Camozzi
no UFC 175, em Las Vegas, EUA

Peso-médio brasileiro, que estreou com derrota na organização, terá nova chance dentro do octógono em evento que terá Chris Weidman x Lyoto Machida

Por Direto de Baltimore, EUA
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MMA - Bruno Santos x Krzysztof Jotko - UFC (Foto: Getty Images)Bruno Carioca (esq.) em sua estreia no UFC, contra
Krzysztof Jotko (Foto: Getty Images)
Depois de perder a sua luta de estreia no UFC para o polonês Krzysztof Jotko, em dezembro passado, o brasileiro Bruno Carioca terá nova chance de se redimir no octógono. O atleta da Nova União enfrenta o americano Chris Camozzi em duelo na divisão dos pesos-médios no UFC 175, que acontece no dia 5 de julho no Mandalay Bay Events Center, em Las Vegas (EUA). A luta foi confirmada ao Combate.com por fontes ligadas ao Ultimate.
Aos 26 anos de idade, Bruno é ex-lutador do Bellator e estava invicto até a sua luta de estreia no UFC. Agora, ele tem um cartel de 13 vitórias e uma derrota. Já Camozzi venceu quatro das suas últimas sete lutas e vem de duas derrotas consecutivas, para Lorenz Larkin e Ronaldo Jacaré, respectivamente. O americano tem 19 vitorias e sete derrotas no cartel. Ele estava escalado para enfrentar Andrew Craig no UFC: Minotauro x Nelson, mas o duelo foi cancelado por Craig ter ficado doente e sem condições de lutar.
O UFC 175 terá ainda duas disputas de cinturão, com a luta principal sendo entre o campeão peso-médio, Chris Weidman, e Lyoto Machida e a co-luta principal entre a campeã peso-galo feminino, Ronda Rousey, e a canadense Alexis Davis. O card ainda terá o duelo entre Chael Sonnen contra Wanderlei Silva. Confira a programação atualizada.
UFC 175
5 de julho de 2014, em Las Vegas (EUA)
CARD DO EVENTO
Peso-médio: Chris Weidman x Lyoto Machida
Peso-galo: Ronda Rousey x Alexis Davis
Peso-meio-pesado: Wanderlei Silva x Chael Sonnen
Peso-meio-pesado: Bruno Carioca x Chris Camozzi
Peso-médio: Uriah Hall x Thiago Marreta

Simples e direto, Glover avisa: "Se Jon Jones me dominar, ficarei chocado"

Desafiante ao título dos meio-pesados do UFC, mineiro fala sobre fama, revela emoção ao ver o cinturão e prevê que vencerá no terceiro ou quarto round

Por Direto de Baltimore, EUA
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Quem passava pela rua não imaginava que o homem de moleton cinza sentado na mesa de uma cafeteria em Baltimore, nos EUA, era um candidato a campeão mundial. Na tarde da última terça-feira, Glover Teixeira seguiu a rotina adotada desde que chegou à cidade para a disputa do cinturão dos meio-pesados do UFC diante de Jon Jones: sair andando de chinelos pela rua acompanhado da esposa e tranquilamente sentar-se para tomar um café e conversar. Um programa simples, como ele. Por cerca de 45 minutos, o mineiro da pequena cidade de Sobrália não deu uma entrevista apenas ao Combate.com, mas conversou descontraidamente sobre a luta que fará no próximo sábado, pelo UFC 172, contra um dos maiores lutadores do mundo na atualidade, e, segundo suas próprias palavras, um dos melhores da história.
Glover Teixeira MMA (Foto: Adriano Albuquerque)Relaxado e tranquilo, Glover Teixeira garante que vê sua vitória contra Jon Jones (Foto: Adriano Albuquerque)
- Sem desmerecer o Jon Jones, que é um dos melhores da história, agora acabou. Ele é só mais um que está ali na minha frente. Eu o vejo como qualquer um que eu venci nos torneios do Brasil ou no exterior. Ali é mais um oponente que vai sair na porrada comigo. Ele vai ser mais um.
Glover também falou sobre a declaração de Jon Jones de que irá procurar dominá-lo na luta.
- Eu treino com caras tops, como Chuck Liddell, Lyoto Machida, já treinei com o Cigano e com o Cain Velásquez e nenhum deles,  ninguém, me dominou. Se acontecer o que ele está falando, eu vou ficar muito surpreso. Algumas pessoas acreditam nisso, mas se ele fizer mesmo, eu vou ficar chocado, porque isso nunca aconteceu na minha carreira, nem em treino e nem em luta.
Combate.com: Jon Jones falou que seria o primeiro cara a te dominar. O que você acha disso?
Glover Teixeira:
Nas minhas lutas e nos meus treinos as pessoas já sabem que isso é muito difícil de acontecer. Eu já lutei contra o Rampage Jackson e o coloquei pra baixo com muita facilidade. Foram seis quedas que, sinceramente, nem força eu precisei fazer. Lutei contra o Ryan Bader e também botei ele pra baixo. E nenhum dos dois me botou no chão. Eu treino com caras tops, como Chuck Liddell, Lyoto Machida, já treinei com o Cigano e com o Cain Velásquez e nenhum deles, nem ninguém, me dominou. Se acontecer o que ele está falando, eu vou ficar muito surpreso. Algumas pessoas acreditam nisso, mas se ele fizer mesmo, eu vou ficar chocado, porque isso nunca aconteceu na minha carreira, nem em treino e nem em luta. Não acredito também que eu vá dominá-lo assim também, mas acho que a minha mão vai entrar e eu vou conseguir o nocaute.
Você entra na luta pensando em dominar, como Jon Jones, ou seu pensamento é vencer da forma que for?
Não penso em dominar, mas me preparo para as piores hipóteses. Eu treino para isso, para ficar tranquilo nas situações que podem acontecer. Se ele me derrubar, passar a guarda, montar ou pegar as costas, eu já me preparei para isso. Eu vou lutar contra o Jon Jones no UFC, que é um dos melhores da história. Espero golpes vindo de todos os lados. Ele é quase igual ao Anderson Silva, só que mais previsível. O Anderson é mais surpreendente. Mas minha técnica vai superar a técnica dele e eu vou chegar ao topo. Vou levar esse cinturão.
Glover Teixeira MMA (Foto: Adriano Albuquerque)Glover revela nervosismo no começo do período de treinos para o UFC 172 (Foto: Adriano Albuquerque)
A alguns dias de disputar o cinturão, passa um filme na sua cabeça com tudo que você já passou?
Já passou, durante o camp. Tinha vezes que, no último treino do dia, quando eu já não aguentava mais e o pessoal ficava gritando para eu prosseguir, eu pensava que não precisava mais treinar. Aí vinha aquele pensamento no cinturão, em levar para a minha cidade e comemorar bebendo cerveja com os meus amigos e eu dava um gás a mais. Mas hoje, não. Eu procuro não pensar nisso, porque sei que a popularidade aumenta, a mídia é maior, o pessoal põe uma pressão maior e até te trata diferente. Para mim, sem desmerecer o Jon Jones, que é um dos melhores da história, agora acabou. Ele é mais um que está ali na minha frente. Eu o vejo como qualquer um que eu venci nos torneios do Brasil ou no exterior. Ali é mais um oponente que vai sair na porrada comigo. Ali ele vai ser mais um.
O que existe mais agora? Nervosismo, ansiedade, sentimento de ser a grade chance da vida...
Isso tudo já bateu. Já estive nervoso nos treinos, com meus sparrings, que eram meus amigos, os caras com quem eu treino todo dia. Era um nervosismo de cobrança, por torcer para que as técnicas fluíssem, que meus bloqueios de golpes estivessem prontos. Ali eu me sentia nervoso. Mas agora acabou. Vocês têm me acompanhado aqui e sabem, eu estou relaxado. Estou bloqueando mesmo toda essa empolgação com a luta. Estou aqui agora como se fosse lutar no Brasil, contra qualquer adversário. Já fiquei nervoso para lutar antes, porque veio a dúvida se eu sentiria a minha estreia aqui no UFC - no Brasil eu lutava feliz, amarradão mesmo. Mas tinha mais pressão sobre mim naquelas lutas, no Brasil, do que na deste sábado. Se eu perder para o Jon Jones, mesmo estando invicto há oito anos, eu só vou ter que subir a escada de novo. Mas lá, com problema de visto, já podendo estar no UFC, imagina se eu perdesse! Na minha última luta, eu já havia sido chamado para o UFC, mas não tinha o meu green card, que só chegou dia 23 de dezembro. Mesmo assim eu marquei a luta e lutei contra o Ricco Rodríguez. Meus amigos me chamaram de maluco, perguntaram a razão pela qual estava lutando. Eu lutava porque tinha que lutar. É como o Chuck Liddell me falou: se eu perdesse para aqueles caras, não mereceria mesmo ir para o UFC.
Foi bom para você ter tido a luta contra Jon Jones adiada?
Eu achei bom, porque a minha carreira no Brasil foi intensa. Em 2011 eu lutei pra caramba e já cheguei ao UFC fazendo cinco lutas em 13 meses. Eu precisava de umas férias para passar o Natal tranquilo. No ano anterior, meu Natal foi treinando, porque lutei contra o Rampage dia 26 de janeiro. Decidi curtir o Natal e o fim deste último ano. Mas, se ele adiasse novamente ou se machucasse, eles iriam me perguntar se eu preferiria esperar pelo cinturão ou lutar. E eu lutaria. O que eu iria fazer? Eu só iria esperar se estivesse lesionado. Mas estando bem, eu luto sempre. Vamos sair na porrada. É mais dinheiro que eu ganho, e mais experiência. E, se eu perdesse, não mereceria lutar pelo cinturão. É aí que entra o manager, o empresário. Por exemplo: o Shogun não quis me enfrentar um tempo atrás. E hoje, será que ele quer? As coisas mudam, né? Ele vem de derrota e eu vou lutar pelo título. O meu empresário pode achar que hoje não vale mais a pena, mas eu não estou nem aí. Se me falarem que eu vou lutar contra um estreante, por mim eu luto. Só que o manager pode não querer, né?
Glover Teixeira MMA (Foto: Adriano Albuquerque)Brasileiro posa para foto nas ruas de Baltimore e
diz: 'Não penso na fama' (Foto: Adriano Albuquerque)
É verdade que você mesmo faz os seus camps de treinamento?
Mais ou menos. Eu tenho meus treinadores, que vão me preparar e corrigir o que estiver errado. Mas eu estou sempre falando com eles, porque não precisam me dizer o que precisa ser feito. Eu já vou lá e faço. Às vezes meus técnicos me dizem que é hora de acalmar, de parar um pouco. Já tive risco de entrar em overtraining por causa disso. No início desse camp mesmo eu quase entrei em overtraining, porque não consigo começar a trabalhar devagar. Tive que parar um pouco, desacelerar. No começo dos camps eu sinto como se fosse lutar em uma semana. No fim, com o corpo mais acostumado, a coisa fica melhor. No começo chega a dar tristeza, porque eu sinto que não estou rendendo o que eu rendo quando estou em fim dos treinos. Por exemplo: com 100kg e treinadíssimo, eu vou correr 5km em 20 minutos. Mas no começo eu não consigo, e isso me deixa louco, porque eu quero fazer no início dos trabalhos o que eu faço no fim. E quase me mato pra fazer. Isso é perigoso.
O passar dos anos foi benéfico para você?
Foi, sim. Eu estou conhecendo melhor o meu corpo. Meu tempo ideal é esse agora. Se eu hoje, aos 34 anos, lutasse com o Glover de 26 anos, eu meteria a porrada nele (risos). Estou no topo, principalmente na parte técnica e na experiência de treino. Fisicamente é difícil dizer, mas têm caras na minha academia com 34, 36 anos e que lutam como se tivesse 20.
Por que você decidiu ir treinar integralmente na American Top Team?
Quem fez a transição foi o Dan Kramer, que me levou paara conhecer a academia. Eu conheci o Ricardo Libório, e o Katel Kulbis eu já conhecia. Mas na verdade o que me levou a ficar lá não foi o treino, que é ótimo, mas a energia. Isso faz diferença. Energia ruim atrai lesão. Lá na ATT eu treino com caras pesados, de 120kg, e cheguei para as minhas três últimas lutas sem lesão. A negatividade atrai coisa errada. Já aconteceu comigo no Brasil, não vou dizer aonde, que o treino estava pesado e acabei machucando o tornozelo. Por isso trago meus amigos para me ajudar.
A sua fama de ser mais fechado, principalmente em entrevistas na TV é timidez ou mineirice?
Talvez seja timidez mesmo, porque com a minha galera eu brinco e rio o tempo todo. Já aconteceu, quando eu cheguei ao Rio, das pessoas me acharem meio marrento porque eu cumprimentava os caras de longe. Mas eu tinha ficado assim por causa do tempo que eu passei nos EUA. Aqui as pessoas não se cumprimentam tocando umas nas outras. Lá no Brasil, você tem que apertar a mão de cada lutador da academia, um por um, senão você passa por mal-educado. E eu sou meio calado mesmo no começo, depois eu me solto.
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Glover Teixeira esposa Ingrid MMA (Foto: Adriano Albuquerque)Glover agradece a força que a esposa, Ingrid, teve quando ele voltou ao Brasil (Foto: Adriano Albuquerque)
Você sempre está com a sua esposa, Ingrid, aqui em Baltimore. Qual a importância dela para você chegar aonde chegou hoje?
Quando você casa, você se tranquiliza. Talvez, se eu fosse solteiro, eu estaria lutando pelo cinturão do mesmo jeito. Mas essa força dela, principalmente quando eu vim para o Brasil, foi incrível. Ela depositava US$ 100 na minha conta, porque eu estava quebrado. Teve um evento no Brasil que eu lutei e não recebi, e o tempo foi passando. Ela que me ajudou. Eu casei novo, estamos há quase 11 anos casados. Se você é solteiro e não sai, fica feio. Você tem que pegar uma mulher, senão a galera cai em cima. Casado a coisa melhora. E ela é calma demais, resolve os meus negócios, responde os meus e-mails. Só isso já é uma ajuda imensa.
Qual a primeira coisa que você vai fazer depois de ganhar o cinturão? O que vai mudar?
Eu não vou mudar em nada, com certeza. Mas eu sei que vai aparecer muito puxa-saco, e com eles eu vou ser arrogante mesmo. Vi acontecer isso com o Chuck Liddell. A vida vai mudar, porque o campeão tem mais compromissos. Mas a primeira coisa mesmo vai ser ir para o meu quarto do hotel com meus amigos, pedir uma pizza pra comer com eles e curtir o momento. Já em Sobrália eu nem penso muito, porque gera mais pressão. Eu sei que vai ter festa, carreata, tudo isso. Mas eu penso em chegar lá exatamente como nas últimas vezes. Vem uma galera boa de Sobrália e de Danbury - acho que dois ônibus e vários carros. Imagino umas 100 pessoas vindo aqui torcer por mim.
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Chuck Liddell UFC 162 Pool Party (Foto: Evelyn Rodrigues)Chuck Liddell é visto por Glover como o maior meio-
pesado da história do MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)
Como você visualiza a sua luta contra o Jon Jones?
Vai ser uma luta dura, porque o Jon Jones é um cara muito duro. Mas não visualizo essa luta indo até o quinto round, porque acho que vou encurtar essa distância para buscar o chão ou um nocaute. Vamos ver como eu vou achá-lo melhor no combate. Com certeza penso que a luta deve acabar no terceiro ou quarto round. O perfeito seria acabando no primeiro, mas luta é luta. Se um golpe entrar, não tem o que fazer. Acho que ele vai estudar a luta no primeiro round para, no segundo, começar a fazer o jogo dele. Mas na hora que ele vir que eu vou pressioná-lo, ele pode querer pressionar também esperando uma reação minha. Mas estou preparado para ele pressionar, fugir, estudar. Me preparei psicologicamente para isso.
Você acha que o Chuck Liddell, no ápice, venceria Jon Jones?
Eu acho que sim. Ele é meu ídolo, e é difícil eu dizer que não. Mas o Chuck é o melhor lutador meio-pesado da história pelo seu estilo de luta. Basta você ver a popularidade dele e do Jon Jones na rua. O Chuck é mais popular mesmo depois de tanto tempo parado. Se o Jon Jones parar hoje, daqui a três anos ninguém mais vai lembrar dele. Quer dizer, vão lembrar, mas ele não vai ser visto toda hora na TV. Quando as pessoas vêem o Chuck, na mesma hora lembram dele.
Você sente que sofreu mais e mereceu mais ser campeão que o Jon Jones?
Todo mundo que implora por misericórdia se dá mal. Não tem isso de coitado. Todo mundo tem uma história bacana para contar. Não tem isso de "eu sofri, eu mereço..." Merece? Treinou? Vamos ver! O cara tem que ser brabo. Achei bacana o Tyrone Spong, que quebrou a perna, deitou no chão e ficou com a cara serena. Esse é brabo. Nem era muito fã dele, mas gostei da atitude dele ali. Eu não tenho esse negócio de "eu sofri..." Me diverti, é o meu trabalho e sou bem pago para isso. Acho que aprendi isso com o Chuck.
Você pensa em ser lembrado pelas pessoas?
Não. Eu quero ser o melhor do mundo, pegar o cinturão. Quando eu falo, o coração bate até mais forte, me dá água na boca. Eu nem toco no cinturão. Vejo os cinturões do Lyoto, do Chuck, no escritório do UFC e não encosto. Quero pegar o meu. Quero ser o campeão e que digam que eu sou o melhor lutador do mundo. Mas depois que eu me aposentar, eu quero é roça! Não quero ser lembrado nem famoso. Não quero viver a fama depois da fama. Acabou a carreira, acabou. Claro, sempre vou falar com um fã que venha falar comigo. Mas se ninguém lembrar mais de mim, vou ficar feliz, porque é mais tranquilidade.
UFC 172
26 de abril de 2014, em Baltimore (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-pesado: Jon Jones x Glover Teixeira
Peso-meio-pesado: Phil Davis x Anthony Johnson
Peso-médio: Luke Rockhold x Tim Boetsch
Peso-leve: Jim Miller x Yancy Medeiros
Peso-pena: Max Holloway x Andre Fili
CARD PRELIMINAR
Peso-mosca: Joseph Benavidez x Tim Elliott
Peso-leve: Takanori Gomi x Isaac Vallie-Flagg
Peso-galo: Jessamyn Duke x Bethe Correia
Peso-leve: Joe Ellenberger x Vagner Rocha
Peso-leve: Danny Castillo x Charlie Brenneman
Peso-galo: Chris Beal x Patrick Williams

- Atualizado em

Dana White espera retorno de Spider para o fim deste ano ou início de 2015

Presidente do UFC também acha que St-Pierre vai voltar, mas não agora

Por Rio de Janeiro
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Os fãs de Anderson Silva ganharam um motivo para uma maior tranquilidade quanto ao retorno de Anderson Silva ao octógono. O presidente do UFC, Dana White, afirmou nesta quarta-feira que espera a volta do Spider para o fim deste ano ou, no máximo, o início de 2015, claro que se tudo correr dentro dos conformes. As palavras do chefão foram ao programa americano "SportsCenter".
UFC Chris Weidman x Anderson Silva MMA (Foto: Getty Images)Anderson Silva, ex-campeão dos médios do UFC (Foto: Getty Images)
Dana White também falou a respeito de outro retorno bastante esperado, o de Georges St-Pierre. Em novembro passado, o canadense abriu mão do cinturão dos meio-médios para dar um tempo na carreira. Para o dirigente, GSP vai, sim, voltar a lutar, mas não pelos próximos 14 meses.

Davis diz que Jones está "correndo" dele, de Cormier e de Gustafsson

Americano quer encarar algum gringo em solo verde-amarelo: "Eu enfrento o Jones no Brasil, e enfrento o Glover em qualquer lugar que não seja o Brasil"

Por Direto de Baltimore, EUA
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Após vencer Lyoto Machida por decisão dividida dos jurados em agosto do ano passado, Phil Davis finalmente voltará a lutar neste sábado, contra Anthony Johnson, em Baltimore (EUA). Logo depois dele, quem entra no octógono é o campeão Jon Jones, que vai tentar defender o cinturão dos meio-pesados (até 93kg) contra o brasileiro Glover Teixeira. Davis, que aumentou o tom das provocações a Jones recentemente, acha que o compatriota está fugindo de três nomes da categoria: ele próprio, Daniel Cormier e Alexander Gustafsson:
- Jones está evitando ser esmagado. Ele está me evitando, está evitando Daniel Cormier e, definitivamente, está evitando Alexander Gustafsson. Ele está correndo rápido, não está nem se escondendo mais. Se você não quer enfrentar Gustafsson, me enfrente. Nós (Davis e Gustafsson) somos companheiros de equipe, eu venço você, e não vai ser lá grande coisa. É um compromisso, justo para todo mundo - disse ao Combate.com.
Phil Davis UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Phil Davis enfrenta Anthony Johnson neste sábado (Foto: Evelyn Rodrigues)
Quarto do ranking da categoria, o americano de 29 anos vê Glover com possibilidade de vencer Jon Jones, mas para isso é preciso que ele faça diferente do que Rampage Jackson:
- É um casamento legal. Eu sei que o Glover tem mais força. A questão é se ele pode chegar até o Jones. O Jones manteve o Rampage longe dele durante toda a luta. O Rampage mal o acertou. Então, isso é o mais importante. Vamos ver.
Davis criou uma relação com o Brasil por ter feito duas de suas três últimas lutas no Rio de Janeiro - venceu Wagner Caldeirão e Lyoto. Bem-humorado, ele diz ter vontade de lutar em solo verde-amarelo contra alguém que não seja brasileiro, pois acredita que teria a torcida a favor:
- Se esta luta (contra Johnson) fosse no Brasil, eu seria o lutador da casa. O Sr. Maravilhoso (seu apelido é Mr. Wonderful), na Cidade Maravilhosa. Todo mundo sabe disso agora, já estive no Brasil três ou quatro vezes. Perfeito. Eu estaria no córner vermelho, numa luta que casa bem, enfrentando um americano no Brasil. O pessoal o vaiaria e torceria por mim. Seria ótimo.
Phil Davis UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Phil Davis concentrado (Foto: Evelyn Rodrigues)
Ele até dá a ideia de enfrentar Jon Jones no Brasil. Mas Glover, em hipótese nenhuma:
- Pode ser que eu tenha que enfrentar o Glover. Mas não quero que seja no Brasil. Quero o apoio dos fãs lá (risos). Eu enfrento o Jones no Brasil, e enfrento o Glover em qualquer lugar que não seja o Brasil. Quero os brasileiros do meu lado.
Phil Davis também comentou a declaração de Dana White sobre ele. Na semana passada, o chefão afirmou que Davis não o procurava para conversar e se contentava em ficar perto do número 4 da divisão. Segundo o lutador, eles vão conversar logo:
- Foi um mal-entendido. Eu disse uma coisa, e ele se confundiu. Vamos acertar isso agora. Vou vencer esse cara (Anthony Johnson), então vamos conversar depois, e vou ter certeza de que ele vai entender o seguinte: o Phil quer disputar o cinturão hoje, amanhã, depois de amanhã. E ele vai perceber que quero lutar pelo cinturão. De repente eu desafio alguém no microfone se eu vencer. Vocês têm que ficar ligados para ver.
O UFC 172 será realizado neste sábado, em Baltimore (EUA). O canal Combate transmite o evento ao vivo, a partir das 20h (horário de Brasília), e o Combate.com acompanha todos os detalhes em Tempo Real. A pesagem ocorre nesta sexta-feira, com transmissão do canal e do site às 17h.
UFC 172
26 de abril de 2014, em Baltimore (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-pesado: Jon Jones x Glover Teixeira
Peso-meio-pesado: Phil Davis x Anthony Johnson
Peso-médio: Luke Rockhold x Tim Boetsch
Peso-leve: Jim Miller x Yancy Medeiros
Peso-pena: Max Holloway x Andre Fili
CARD PRELIMINAR
Peso-mosca: Joseph Benavidez x Tim Elliott
Peso-leve: Takanori Gomi x Isaac Vallie-Flagg
Peso-galo: Jessamyn Duke x Bethe Correia
Peso-leve: Danny Castillo x Charlie Brenneman
Peso-galo: Chris Beal x Patrick Williams

Werdum fatura mais de R$ 400 mil e tem maior bolsa do card de Orlando

Cerrone é o segundo da lista, com o equivalente a cerca de R$ 377 mil

Por Orlando, EUA
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Fabricio Werdum saiu de Orlando (EUA), onde venceu Travis Browne no último sábado, com "um pouquinho" mais de dinheiro na conta. O peso-pesado brasileiro faturou US$ 175 mil (o equivalente a cerca de R$ 402,5 mil) no evento, sendo US$ 125 mil de sua bolsa normal de luta, mais US$ 50 mil de bônus por ter vencido. Ele poderia ter ganhado ainda mais, porém não foi agraciado com o prêmio de melhor performance, nem com o de melhor luta da noite (cada um no valor de US$ 50 mil). Browne, por sua vez, recebeu US$ 50 mil (cerca de R$ 115 mil).
Fabricio Werdum x Travis Browne UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Fabricio Werdum engordou bem a conta em Orlando (Foto: Evelyn Rodrigues)
A segunda maior bolsa foi a do peso-leve Donald Cerrone. O americano faturou US$ 114 mil (cerca de R$ 262,2 mil), sendo US$ 57 mil de salário normal, valor que foi dobrado por conta do triunfo sobre Edson Barboza. Como Cerrone ainda ganhou mais US$ 50 mil por uma das melhores performances do card, saiu de Orlando com US$ 164 mil no total (cerca de R$ 377,2 mil). Os valores foram todos divulgados nesta quarta pela "The Florida State Boxing Commission".
A seguir, veja todas as bolas do UFC de Orlando:
Fabricio Werdum: US$ 175 mil (com US$ 50 mil de bônus pela vitória)
Travis Browne: US$ 50 mil
Miesha Tate: US$ 56,000 (com US$ 28mil de bônus pela vitória)
Liz Carmouche: US$ 17 mil
Donald Cerrone*: US$ 114 mil (com US$ 57 mil de bônus pela vitória)
Edson Barboza: $29,000
*Cerrone ganhou "Performance da noite", no valor de US$ 50 mil, e levou US$ 164 mil no total
Yoel Romero: US$ 50 mil (com US$ 25mil de bônus pela vitória)
Brad Tavares: US$ 19 mil
Khabib Nurmagomedov: US$ 42 mil (com US$ 21 mil de bônus pela vitória)
Rafael dos Anjos: US$ 32 mil
Thiago Alves**: US$ 78 mil (com US$ 39 mil de bônus pela vitória)
Seth Baczynski**: US$ 20 mil
**Como cada um faturou mais US$ 50 mil pela "Luta da noite" em Orlando, Thiago saiu com  US$ 128 mil no total, e Baczynski, com US$ 70 mil.
Jorge Masvidal: US$ 78mil (com US$ 39mil de bônus pela vitória)
Pat Healy: US$ 25 mil
Alex White***: US$ 16 mil (com US$ 8 mil de bônus pela vitória)
Estevan Payan: US$ 10 mil
***White ganhou "Performance da noite", no valor de US$ 50 mil, e levou US$ 66 mil no total
Caio Monstro: US$ 24 mil (com US$ 12 mil de bônus pela vitória)
Luke Zachrich: US$ 8 mil
Jordan Mein: US$ 36 mil (com US$ 18 mil de bônus pela vitória)
Hernani Perpétuo: US$ 8 mil
Dustin Ortiz: US$ 20 mil (com US$ 10 mil de bônus pela vitória)
Ray Borg: US$ 8 mil
Mirsad Bektic: US$ 16 mil (com US$ 8 mil de bônus pela vitória)
Chas Skelly: US$ 8 mil
Derrick Lewis: US$ 16 mil (com US$ 8 mil de bônus pela vitória)
Jack May: US$ 8 mil

Verdão supera Fla, encaminha acerto e aguarda exames por Henrique

Palmeiras só não considera negócio finalizado pois aguarda assinatura do contrato. Rubro-Negro já sabe da concorrência e espera desfecho à distância, sem leilão

Por Rio de Janeiro e São Paulo
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Henrique Portuguesa (Foto: Rodrigo Gazzanel / Ag. Estado)Henrique, da Portuguesa: próximo de acerto com o
Palmeiras (Foto: Rodrigo Gazzanel / Ag. Estado)
Depois de entrar na disputa com o Flamengo por Henrique, o Palmeiras avançou e tem encaminhado um acerto com o centroavante de 24 anos. O Verdão só não considera o negócio finalizado porque aguarda a realização dos exames médicos e a assinatura do novo vínculo. O atleta rescindiu com a Portuguesa na última terça-feira. Ele pertence ao Mirassol, mas tem parte dos direitos econômicos ligados a um grupo de investidores que já tem um acordo com o clube paulista.

O Flamengo já tomou conhecimento da forte concorrência do Palmeiras e aguarda à distância um desfecho da história. Diante da realidade atual, o Rubro-Negro tem definida a posição de que não aumentará a proposta feita no fim da última semana, evitando assim um leilão. Com o aval do departamento financeiro, os cariocas esperavam apenas colocar o trato no papel para oficializar o reforço. Mas o Palmeiras acabou atravessando o negócio.

A pedido do técnico Gilson Kleina, o Palmeiras procura um reserva para Alan Kardec, que ainda não conseguiu chegar a um acordo para renovação do vínculo. Douglas Tanque, do Penapolense, foi a primeira opção, mas o acordo não avançou.
Se está perto de confirmar a vitória sobre o Flamengo na disputa por Henrique, o Palmeiras lamenta ter perdido a concorrência pelo zagueiro Marcelo, do Volta Redonda, que acertou com o clube rubro-negro.
Henrique marcou sete gols no Paulistão e chegou a ser um dos artilheiros do estadual, mas foi prejudicado pela desclassificação da Lusa. O jogador defendeu o Santos na última temporada e também tem passagens por Flamengo de Guarulhos (2007-2008), Lemense (2009), União São João (2010-2011), Santo André (2011), Cianorte (2012), Chapecoense (2012) e Mogi Mirim (2013).

Fotos aéreas mostram a evolução da obra na Arena Palmeiras; veja

Estádio deve ficar pronto em junho; inauguração será no segundo semestre

Por São Paulo
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A WTorre, empresa responsável pela construção do Allianz Parque, novo estádio do Palmeiras, divulgou nesta quarta-feira fotos aéreas da evolução da obra. Nas imagens é possível ver o passo a passo da transformação da antiga casa alviverde em uma arena moderna. De acordo com a empresa, a entrega do estádio está prevista para junho.
Moraico Obras Arena Palmeiras (Foto: Divulgação / WTorre)Mosaico mostra evolução da obra na Arena Palmeiras, o Allianz Parque (Foto: Divulgação / WTorre)
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Zé Roberto banca Jaque na seleção e se preocupa com êxodo de estrelas

Técnico garante presença da ponteira na próxima convocação, apesar do período de inatividade. Ele também alerta para sistema de ranking e assédio do mercado externo

Por Campinas, SP
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Jaqueline e Murilo com o filho Arthur (Foto: Marcos Ribolli)Jaqueline ficou uma temporada sem jogar para dar à luz o filho Arthur (Foto: Marcos Ribolli)
Em meio às incertezas sobre o futuro, Jaqueline recebeu nesta quarta-feira um grande incentivo para acreditar no retorno em alto nível às quadras. Sem se importar com o período de inatividade da ponteira, devido à gestação do filho Arthur, hoje com quatro meses, o técnico José Roberto Guimarães deu um voto de confiança e bancou a presença da atleta de 30 anos na próxima chamada para a seleção feminina de vôlei.
– Eu conto com a Jaqueline, sim. Posso dizer para vocês que ela vai ser uma das jogadoras convocadas para a seleção na nossa próxima lista. Ela já fez muito pela seleção. Então, acho que chegou a hora de a seleção ajudá-la – afirmou Zé Roberto, durante entrevista coletiva para anunciar sua saída do comando do Campinas para se dedicar exclusivamente ao ciclo olímpico.
A principal preocupação de Jaqueline é encontrar um clube para atuar na próxima temporada. Por conta do novo sistema de ranking da Superliga, que limita para dois o número de atletas de nível máximo por time – até esta temporada eram três –, as opções de Jaque, uma das jogadoras de sete pontos, ficam reduzidas. Outro ponto limitador é o vínculo do marido, Murilo, com o Sesi-SP até maio de 2015. O casal não quer se distanciar na atual fase do filho. Como em São Paulo as equipes com condições de bancar os salários de Jaqueline já possuem duas atletas de nível máximo (Campinas, Sesi e Osasco), Jaqueline se vê forçada a cogitar deixar o país. O vôlei da Turquia já fez uma oferta.
 Ela já fez muito pela seleção. Então, acho que chegou a hora de a seleção ajudá-la
Zé Roberto, técnico da seleção
Jaqueline comemorou a notícia em uma rede social.
– Obrigado a todos de coração pelo carinho que recebo diariamente. Estou muito feliz mesmo – postou a ponteira.
A possibilidade de Jaqueline e outras jogadoras de destaque da seleção trocarem o vôlei nacional pelo exterior a dois anos dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro é uma situação que aflige Zé Roberto, que coloca o risco de êxodo na conta das novas regras e também no poderio econômico do mercado externo.
– Acredito que, para a próxima temporada, infelizmente teremos um contingente maior de jogadoras atuando fora. Muitas delas estão sendo procuradas por times europeus. Ainda é especulação, e eu espero que não saiam, que permaneçam aqui, mas vai depender muito do Brasil. Em relação a Jaque, com essa mudança no ranking, que é difícil comentar, porque fui o único técnico contra, ela vai realmente ter problemas, até por não saber como vai voltar. Ficou um ano sem jogar, mas tem razão em se sentir prejudicada, tendo que talvez até sair do Brasil para jogar – disse Zé Roberto.
Apesar de não frequentar as quadras, Jaqueline tem dado um jeito de aprimorar a forma física. Ela esperou os dois meses que os médicos pediram de repouso para iniciar os treinos na academia e os exercícios aeróbicos, como bicicleta e natação. Já perdeu mais de 10kg. O trabalho com a seleção será retomado em maio, com Jaqueline. O principal objetivo em 2014 é o Mundial na Itália, onde o Brasil buscará uma conquista inédita, entre 23 de setembro e 12 de outubro.
Jaqueline na partida de vôlei do Brasil contra a Rússia (Foto: Reuters)Jaqueline foi peça chave da seleção nos títulos olímpicos de 2008 e 2012 (Foto: Reuters)
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