quarta-feira, 14 de março de 2012

Pré-lista de Mano para Londres tem 52 nomes: R10 dentro, e Kaká fora

Convocação final para Olimpíadas sairá apenas no dia 6 de julho.
Ao todo, 16 atletas não têm idade olímpica, entre eles Dedé e Julio César

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
ronaldinho gaúcho brasil x bósnia (Foto: AFP)Ronaldinho está na pré-lista de Mano (Foto: AFP)
O técnico Mano Menezes divulgou nesta quarta-feira a pré-lista de convocados para a Seleção Brasileira Olímpica. Ao todo, o treinador listou 52 nomes que podem estar em Londres: Ronaldinho Gaúcho, que disputou os Jogos em 2000 e 2008, está dentro, enquanto Kaká foi descartado.
Entre os atletas relacionados, há 36 nomes com idade olímpica (nascidos a partir de 1º de janeiro de 1989), como Neymar, Leandro Damião e Paulo Henrique Ganso, e 16 que podem entrar na relação dos três jogadores acima de 23 anos. São eles, além de Ronaldinho: os goleiros Diego Alves (Valencia), Jefferson (Botafogo) e Julio César (Inter de Milão); os laterais Adriano (Barcelona), Daniel Alves (Barcelona) e Marcelo (Real Madrid); os zagueiros David Luiz (Chelsea), Dedé (Vasco), Luisão (Benfica) e Thiago Silva (Milan); os volantes Elias (Sporting) e Fernandinho (Shakhtar); o meia Hernanes (Lazio); e os atacantes Hulk (Porto) e Jonas (Valencia).
Subindo de produção no Real Madrid, Kaká ficou fora e não terá chance de ir a Londres. O atacante Robinho, também em boa fase pelo Milan, foi outro que não entrou na lista. A convocação final (18 nomes) para as Olimpíadas sai no dia 6 de julho, mas em 8 de junho Mano Menezes diminuirá a relação para 35 jogadores.
O torneio de futebol masculino será disputado entre os dias 25 de julho e 11 de agosto em seis sedes: Millennium Stadium (País de Gales), Old Trafford (Manchester), St. James Park (Newcastle), Hampden Park (Glasgow), City of Coventry (Coventry) e Wembley (Londres). Até o momento, há dez classificados (faltam seis): Grã-Bretanha (sede), Coreia do Sul, Gabão, Marrocos, Egito, Brasil, Uruguai, Espanha, Suíça e Bielorrússia. Já o feminino, com 11 das 12 seleções, está quase completo: Grã-Bretanha, Coreia do Norte, Japão, África do Sul, Camarões, Estados Unidos, Canadá, Brasil, Colômbia, França e Suécia. Resta a vaga da Oceania.
Entre os clubes brasileiros, o Vasco é quem tem mais representantes na pré-lista de Mano: quatro (Dedé, Fagner, Allan e Rômulo). Logo atrás vêm Atlético-MG (Renan Ribeiro, Bernard e André), Internacional (Romário, Oscar e Leandro Damião), São Paulo (Casemiro, Lucas e Willian José) e Santos (Rafael Cabral, Ganso e Neymar).
O Tricolor Paulista, por sua vez, ainda tem dois jogadores emprestados para o exterior: o zagueiro Bruno Uvini (Tottenham) e o atacante Henrique (Granada), ambos campeões mundiais sub-20 com o técnico Ney Franco, na Colômbia. O Porto, com Danilo, Alex Sandro e Hulk, lidera a lista dos estrangeiros.
mano menezes neymar brasil (Foto: agência Reuters)Neymar é um dos atletas com idade olímpica incluído por Mano na pré-lista (Foto: agência Reuters)
Confira a lista completa com os 52 jogadores (em negrito os acima de 23 anos):
Goleiros: Diego Alves (Valencia), Gabriel (Cruzeiro), Jefferson (Botafogo), Julio César (Inter de Milão), Neto (Fiorentina), Rafael Cabral (Santos) e Renan Ribeiro (Atlético-MG).
Laterais: Adriano (Barcelona), Alex Sandro (Porto), Daniel Alves (Barcelona), Danilo (Porto), Fágner (Vasco), Gabriel Silva (Novara), Galhardo (Flamengo), Marcelo (Real Madrid) e Rafael (Manchester United).
Zagueiros: Bruno Uvini (Tottenham), David Luiz (Chelsea), Dedé (Vasco), Juan (Inter de Milão), Lucas Mendes (Coritiba), Luisão (Benfica), Marquinhos (Corinthians), Romário (Internacional) e Thiago Silva (Milan).
Volantes: Allan (Vasco), Casemiro (São Paulo), Elias (Sporting), Fernandinho (Shakhtar Donetsk), Fernando (Grêmio), Rômulo (Vasco) e Sandro (Tottenham).
Meias: Bernard (Atlético-MG), Douglas Costa (Shakhtar Donetsk), Dudu (Dínamo de Kiev), Elkeson (Botafogo), Paulo Henrique Ganso (Santos), Giuliano (Dnipro), Hernanes (Lazio), Lucas (São Paulo), Oscar (Internacional) e Philippe Coutinho (Espanyol).
Atacantes: Alexandre Pato (Milan), André (Atlético-MG), Henrique (Granada), Hulk (Porto), Jonas (Valencia), Leandro Damião (Internacional), Neymar (Santos), Ronaldinho Gaúcho (Flamengo), Wellington Nem (Fluminense) e Willian José (São Paulo).

Barça não libera, e Rafinha Alcântara é cortado da Seleção sub-20

Filho caçula de Mazinho e irmão de Thiago Alcântara, meia-atacante fica fora de Copa Internacional do Mediterrâneo. Espanha ainda quer o atleta

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
A Espanha venceu o "primeiro round" para contar com Rafinha Alcântara: nesta quarta-feira, o filho caçula do tetracampeão Mazinho foi cortado da Seleção sub-20 que disputará a Copa Internacional do Mediterrâneo porque não foi liberado pelo Barcelona.
Aos 19 anos, o meia-atacante nasceu em São Paulo, é um dos destaques do Barça B e já atuou por seleções de base da Fúria, pois tem dupla nacionalidade. Após a convocação do meia-atacante pelo técnico Ney Franco, o jornal "As" publicou que a Espanha sub-19 também iria chamar o irmão de Thiago Alcântara em breve para amistosos neste mês.
Segundo a CBF, a Copa Internacional do Mediterrâneo, que será realizada em Barcelona entre os dias 3 e 8 de abril, não faz parte do calendário oficial da Fifa e os clubes não são obrigados a liberar. jogadores. O goleiro Matheus Caldeira, do Corinthians, e o meia Thomás, do Flamengo, também foram desconvocados. Luiz Gustavo, do Vitória, Eduardo, do Fluminense, e Leleu, do Atlético-MG, são os substitutos.
Recentemente, Rafinha foi convocado pela Fúria sub-19, jogou contra a França, foi capitão e marcou um gol na vitória de 2 a 1. Porém, Mazinho sempre afirmou que o desejo do caçula era jogar pelo Brasil. Thiago Alcântara, que nasceu na Itália, nunca recebeu chances nas divisões de base da Espanha, defendeu as categorias inferiores da Espanha e recebeu chances na seleção principal da Fúria.
Rafinha, filho de Mazinho, renova com o Barcelona (Foto: Siteo oficial do Barcelona)Rafinha, filho de Mazinho, terá que escolher entre Brasil e Espanha na carreira(Foto: Site oficial do Barcelona)

Após quase três anos, Boca vence na Libertadores e chega à vice-liderança

Time argentino bate o Arsenal, de virada, por 2 a 1. Equipes voltam a se encontrar na quarta-feira, às 19h45m, na Bombonera

Por GLOBOESPORTE.COM Sarandí, Argentina
Pablo Mouche gol Boca Juniors (Foto: Pablo Mouche )Pablo Mouche comemora o primeiro gol do Boca
(Foto: Reuters )
Depois de quase três anos, o Boca Juniors, enfim, voltou a vencer na Libertadores. Fora da competição por dois anos seguidos, a equipe, que teve a última vitória em 30 de abril de 2009, contra o Deportivo Táchira, bateu o Arsenal, de virada, por 2 a 1 nesta quarta-feira. O resultado no estádio Julio Grondona, em Sarandí, levou o time à vice-liderança do grupo 4, com quatro pontos, atrás do Tricolor, que tem nove.
O jogo não foi fácil para o Boca. O fim da invencibilidade de 36 jogos, com direito a duas derrotas seguidas nas últimas vezes que entrou em campo, parecia ter tirado o moral do time no início da partida. O Arsenal não tomou conhecimento do adversário até a metade do primeiro tempo. E ainda contou com a sorte. Aos 9, Aguirre acelerou pela esquerda e cruzou a bola na área, procurando Leguizamón. Mas o atacante nem precisou se esforçar para chegar até a bola. Clemente Rodríguez, sozinho, interceptou no meio do caminho e, de frente para o goleiro, chutou direto para as redes. Gol contra, sem chance de defesa para Orion.
A vantagem no placar deu ainda mais confiança para o Arsenal, que dominou a partida. O Boca mostrava muitas falhas de posicionamento e erros até em passes curtos com o trio de meias formado por Rivero, Somoza e Erviti. O nervosismo pela pressão de conquistar a primeira vitória na Libertadores parecia evidente.
Até que Mouche apareceu. Após cruzamento para a área, Burdisso cortou para que a bola não chegasse limpa para Silva, mas ela sobrou para o camisa 7 na ponta direita, que chutou rasteiro e cruzado para empatar o jogo.
O Boca melhorou depois do gol. Mais tranquilo, acertou os pés nos passes e deu mais trabalho para a zaga do Arsenal, que até então reinava sem problemas. Nos últimos minutos do primeiro tempo, López sentiu dores no joelho direito e foi atendido pela equipe médica. O jogo ficou parado por alguns minutos, e a etapa inicial foi encerrada logo depois com tudo igual no marcador.
Estrela de Ledesma brilha
No segundo tempo, o Arsenal passou a jogar no contra-ataque. E o Boca cresceu. Aos 17, Rivero deixou o campo para a entrada de Ledesma. Em seu primeiro lance, o jogador deixou sua marca. Aos 21, Clemente passou para Silva na ponta esquerda, que cruzou para Ledesma chutar de primeira no meio da grande área e colocar o time visitante na frente do placar.
Aos 30, um lance incrível. López cabeceou dentro da área para Leguizamón, que, sozinho, quase em cima da linha do gol, chutou para fora, fazendo a bola raspar na trave direita. Por pouco, o jogo não terminou empatado.
Os dois times voltam a se encontrar na próxima quarta-feira, às 19h45m, na Bombonera, pela quarta rodada do grupo 4 da Libertadores.

Lei Geral: com acordo para proibir bebidas, votação é adiada de novo

Texto será levado ao plenário da Câmara apenas na próxima quarta, após visita de Blatter. Liberação de cerveja nos estádios pode ser vetada

Por Marcelo Parreira Brasília
A votação da Lei Geral da Copa, prevista para a tarde desta quarta-feira na Câmara dos Deputados, ficou para a próxima semana, apesar do acordo entre os parlamentares de se retirar do texto a liberação para venda de bebidas alcoólicas durante o Mundial de 2014. A previsão é que o texto seja analisado pelo plenário apenas na próxima quarta, ou seja, já depois do encontro da presidente da República, Dilma Roussef, com o mandatário da Fifa, Joseph Blatter, que está marcado para esta sexta, às 11h (de Brasília), no Palácio do Planalto.
Após reunião entre os líderes da base aliada, os deputados informaram que o governo recuou na decisão de apoiar a liberação, deixando a decisão para o Congresso (a comissão especial que analisava o projeto havia aprovado a venda de cervejas no último dia 6). O recado da Casa Civil chegou mais cedo, e o governo deixou claro que, nas palavras de um líder, "tanto faz" a proibição ou não da venda de bebidas - com a alegação que o tema não faria parte das garantias apresentadas pelo governo à Fifa.
Na Câmara, muitos parlamentares são contrários à medida, e os líderes dos partidos foram unânimes em serem contrários à venda. Por isso, sem o apoio do governo, a venda não deve ser liberada.
O relator do projeto, deputado Vicente Cândido (PT-SP), incomodado pela mudança de posição, disse que vai retomar a redação original do projeto encaminhado pela presidente Dilma Rousseff em setembro do ano passado, a menos que o governo deixe clara a posição contrária. Isso porque o texto do Executivo previa a suspensão do artigo do Estatuto do Torcedor que proíbe a venda de "bebidas ou substância proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência" - ou seja, libera, na prática, a venda.
- [O governo ] expôs não só o relator, como vários membros que votaram assim, defenderam assim, encaminharam assim não só na comissão como em entrevistas - disse Cândido, que afirmou ter sido "induzido ao erro".
Arlindo Chinaglia deputado federal (Foto: Ed Ferreira/Agência Estado)Novo líder do governo na Câmara, Chinaglia
mostrou-se contrário à liberação de bebidas
na Copa (Foto: Ed Ferreira/Agência Estado)
A interpretação do Planalto é de que, hoje, o Estatuto do Torcedor não proíbe a venda de bebidas alcoólicas nos estádios, apenas a permanência. Já para o relator, a manutenção do texto do Executivo permitiria um questionamento por parte do Ministério Público, e não define claramente a proibição ou liberação.
O novo líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), não demonstrou preocupação com a possível reação da Fifa à medida, lembrando a legitimidade do Congresso para tomar a decisão.
- A Fifa vai, naturalmente, achar ruim, agora não creio que por causa disso a Fifa vai ter qualquer atitude fora do razoável.
Segundo o líder, o novo acordo que deve permitir a aprovação do texto abrirá a brecha para que os estados com legislações que proíbam a venda negociem diretamente com a Fifa a liberação.
- É possível, pelo que eu pude depreender que a redação pode deixar a possibilidade... Porque veja: se você não autoriza aqui, você não está proibindo que os entes federados façam uma negociação. De repente, um estado pode negociar, não estão fechadas todas as portas.
A posição do Congresso tem potencial para tensionar a reunião prevista para esta sexta-feira entre Blatter e Dilma - já complicadas após a recente crise diplomática causada pelas críticas do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. O suíço chega ao Brasil na sexta para tentar amenizar a crise após a polêmica declaração do francês, que afirmou que o país merecia um "chute no traseiro" por causa dos atrasos nas obras e na aprovação da Lei Geral.
A liberação do álcool nos estádios também é um dos temas que mais preocupam a Fifa, já que a entidade tem uma cervejaria como importante patrocinadora do Mundial. Em janeiro, Valcke esteve no Brasil e cobrou a permissão de cerveja nos jogos:
- Em relação à venda de cerveja nos estádios, sempre fizemos isso em todas as Copas e nunca houve problema. É um compromisso que foi assinado quando o Brasil soube que receberia o Mundial. É claro que também é uma questão comercial. Podemos discutir, mas não podemos esquecer que 95% da renda da Fifa vem de Copas do Mundo - disse o francês na época.

Lei Geral: com acordo para proibir bebidas, votação é adiada de novo

Texto será levado ao plenário da Câmara apenas na próxima quarta, após visita de Blatter. Liberação de cerveja nos estádios pode ser vetada

Por Marcelo Parreira Brasília
A votação da Lei Geral da Copa, prevista para a tarde desta quarta-feira na Câmara dos Deputados, ficou para a próxima semana, apesar do acordo entre os parlamentares de se retirar do texto a liberação para venda de bebidas alcoólicas durante o Mundial de 2014. A previsão é que o texto seja analisado pelo plenário apenas na próxima quarta, ou seja, já depois do encontro da presidente da República, Dilma Roussef, com o mandatário da Fifa, Joseph Blatter, que está marcado para esta sexta, às 11h (de Brasília), no Palácio do Planalto.
Após reunião entre os líderes da base aliada, os deputados informaram que o governo recuou na decisão de apoiar a liberação, deixando a decisão para o Congresso (a comissão especial que analisava o projeto havia aprovado a venda de cervejas no último dia 6). O recado da Casa Civil chegou mais cedo, e o governo deixou claro que, nas palavras de um líder, "tanto faz" a proibição ou não da venda de bebidas - com a alegação que o tema não faria parte das garantias apresentadas pelo governo à Fifa.
Na Câmara, muitos parlamentares são contrários à medida, e os líderes dos partidos foram unânimes em serem contrários à venda. Por isso, sem o apoio do governo, a venda não deve ser liberada.
O relator do projeto, deputado Vicente Cândido (PT-SP), incomodado pela mudança de posição, disse que vai retomar a redação original do projeto encaminhado pela presidente Dilma Rousseff em setembro do ano passado, a menos que o governo deixe clara a posição contrária. Isso porque o texto do Executivo previa a suspensão do artigo do Estatuto do Torcedor que proíbe a venda de "bebidas ou substância proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência" - ou seja, libera, na prática, a venda.
- [O governo ] expôs não só o relator, como vários membros que votaram assim, defenderam assim, encaminharam assim não só na comissão como em entrevistas - disse Cândido, que afirmou ter sido "induzido ao erro".
Arlindo Chinaglia deputado federal (Foto: Ed Ferreira/Agência Estado)Novo líder do governo na Câmara, Chinaglia
mostrou-se contrário à liberação de bebidas
na Copa (Foto: Ed Ferreira/Agência Estado)
A interpretação do Planalto é de que, hoje, o Estatuto do Torcedor não proíbe a venda de bebidas alcoólicas nos estádios, apenas a permanência. Já para o relator, a manutenção do texto do Executivo permitiria um questionamento por parte do Ministério Público, e não define claramente a proibição ou liberação.
O novo líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), não demonstrou preocupação com a possível reação da Fifa à medida, lembrando a legitimidade do Congresso para tomar a decisão.
- A Fifa vai, naturalmente, achar ruim, agora não creio que por causa disso a Fifa vai ter qualquer atitude fora do razoável.
Segundo o líder, o novo acordo que deve permitir a aprovação do texto abrirá a brecha para que os estados com legislações que proíbam a venda negociem diretamente com a Fifa a liberação.
- É possível, pelo que eu pude depreender que a redação pode deixar a possibilidade... Porque veja: se você não autoriza aqui, você não está proibindo que os entes federados façam uma negociação. De repente, um estado pode negociar, não estão fechadas todas as portas.
A posição do Congresso tem potencial para tensionar a reunião prevista para esta sexta-feira entre Blatter e Dilma - já complicadas após a recente crise diplomática causada pelas críticas do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. O suíço chega ao Brasil na sexta para tentar amenizar a crise após a polêmica declaração do francês, que afirmou que o país merecia um "chute no traseiro" por causa dos atrasos nas obras e na aprovação da Lei Geral.
A liberação do álcool nos estádios também é um dos temas que mais preocupam a Fifa, já que a entidade tem uma cervejaria como importante patrocinadora do Mundial. Em janeiro, Valcke esteve no Brasil e cobrou a permissão de cerveja nos jogos:
- Em relação à venda de cerveja nos estádios, sempre fizemos isso em todas as Copas e nunca houve problema. É um compromisso que foi assinado quando o Brasil soube que receberia o Mundial. É claro que também é uma questão comercial. Podemos discutir, mas não podemos esquecer que 95% da renda da Fifa vem de Copas do Mundo - disse o francês na época.

Governo convoca reunião de emergência sobre bebidas na Copa

Dado repassado pela ministra da Casa Civil a deputados não bate com garantia assinada pelo governo em 2007

Por Marcelo Parreira Brasília, DF
O governo convocou uma reunião de emergência para discutir a venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa do Mundo. O motivo foi a confusão na articulação entre o Palácio do Planalto e os líderes da base aliada no Congresso - mais uma, no histórico recente de crises entre os dois lados.
Na reunião desta tarde entre o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e os líderes dos partidos que apoiam o governo, o novo líder informou aos colegas que o Palácio do Planalto estava "lavando as mãos" em relação à liberação de bebidas alcoólicas. A informação agradou os líderes, que enfrentavam pressão dos subordinados para se posicionarem contra a liberação, e acabou com um acordo em que se previa a retirada do artigo que libera a venda de bebidas nos estádios. Isso permitiria a aprovação do texto na próxima semana.
Ao sair da reunião, que contou até com a participação da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, o líder foi claro ao narrar a informação recebida.
- Esta é uma reivindicação que vem da Fifa. Não é um compromisso que o governo assumiu quando foi negociada a vinda da Copa pra cá. [...] por cautela, hoje eu pedi para vir aqui a ministra Ideli e vieram também assessores da Casa Civil e da Secretaria de Relações Institucionais, que têm todo o histórico. Aí eu pedi: primeiro, tem ou não compromisso do governo? Ficou esclarecido que não tem. Não tem, não tem.
Segundo relato de líderes participantes, a informação foi passada pelo líder em conversa telefônica simultânea com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann - o líder foi praticamente "transmitindo o que ela dizia", segundo um dos participantes da reunião. E a informação passada era de que a liberação nãa fazia parte do compromisso assinado pelo governo com a Fifa.
Esta é a raiz do problema. Segundo a garantia nº 8, assinada por quatro ministros do governo em 2007 - Tarso Genro, da Justiça, Miguel Jorge, do Desenvolvimento, João Ferreira, da Cultura, e Sergio Rezende, da Ciência e Tecnologia - o governo fez sim este compromisso. No documento a que o GLOBOESPORTE.COM teve acesso, o governo se compromete a, em tradução livre, "assegurar que não exista nenhuma restrição legal ou proibição à venda, propaganda e distribuição dos produtos dos Parceiros Comerciais [da Fifa], incluindo comidas e bebidas, nos estádios ou locais de eventos durante as competições".
Trecho do documento de compromisso do Brasil com a Fifa para a Copa de 2014 liberando bebida alcoolica (Foto: Divulgação / FIFA.com)Trecho do documento de compromisso do Brasil liberando bebida alcoolica (Foto: Divulgação / FIFA.com)
O documento era desconhecido para muitos líderes que participaram da reunião. Sem se identificar, um deles disse que o documento estava "queimando em suas mãos" ao ser apresentado ao texto pelo GLOBOESPORTE.COM. Outro, que a situação "desmoralizava" os deputados que participaram da reunião.
O líder do governo, responsável final pela mensagem, ao ser informado do documento, disse apenas que resolveria o tema - logo antes de ser chamado a participar da reunião do governo, junto com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e o relator do projeto na Câmara, deputado Vicente Cândido (PT-SP).
Oficialmente, o Comitê Organizador Local não comentou o assunto, mas pessoas ligadas ao COL lembraram que a garantia prevê expressamente o tema, e que o governo nunca contestou o assunto - tanto que o projeto da Lei Geral enviado originalmente pelo governo prevê a suspensão do artigo do Estatuto do Torcedor que trata do tema.
Fabuloso brilha, São Paulo goleia, é aplaudido e avança na Copa do Brasil
Diante de um inexpressivo Independente-PA, Luis Fabiano marca quatro gols e sai ovacionado de campo. Tricolor faz 4 a 0 e garante classificação
 
 
A CRÔNICA
por Marcelo Prado
O Fabuloso voltou. É bem verdade que o Independente-PA é um adversário fraquíssimo, mas foi o rival perfeito para o atacante, que busca uma sequência de jogos afastar o fantasma das lesões que o atormentam desde o ano passado. Luis Fabiano fez todos os quatro gols da vitória do São Paulo por 4 a 0, na noite desta quarta-feira, no estádio do Morumbi, resultado que deu ao time de Emerson Leão a vaga na segunda fase da Copa do Brasil.
Além da classificação, a goleada trouxe de volta o torcedor são-paulino, que andava desconfiado do time. Pela primeira vez na temporada, o Tricolor alcançou a marca de cinco vitórias consecutivas (três no Paulistão e duas na Copa do Brasil) e chegou aos 75,5% de aproveitamento na temporada 2012, fruto de dez vitórias, quatro empates e apenas uma derrota sofrida nas 15 partidas disputadas até agora.
O próximo adversário do time paulista na Copa do Brasil será o Bahia de Feira, que eliminou o Aquidauanense. No Paulistão, o Tricolor tem um clássico pela frente, no domingo, quando recebe o Santos no estádio do Morumbi.
Luis Fabiano comemora gol do São Paulo contra o Independente-PA (Foto: Wagner Carmo / Vipcomm)Luis Fabiano festeja com Lucas e Casemiro um dos gols no jogo (Foto: Wagner Carmo / Vipcomm)
Rolo compressor
Com um ataque logo aos 20 segundos, com Cícero, ficou muito claro que o jogo ficaria à mercê do São Paulo, tamanha a disparidade técnica entre as duas equipes. Leão manteve a base do time que venceu a Portuguesa, no domingo, com duas alterações: Piris, em má fase técnica, foi poupado e deu lugar a Rodrigo Caio. Na zaga, Paulo Miranda recuperou a vaga que foi de Edson Silva. No time paraense, que necessitava de um milagre, a novidade foi a entrada de Toti na lateral esquerda.
Além dos gols marcados por Luis Fabiano, que espera finalmente ter uma sequência de jogos com a camisa tricolor, Casemiro e Lucas também se destacaram nos primeiros 45 minutos. O volante esteve bem até na marcação, que é uma de suas deficiências, e no ataque brilhou com várias assistências. Já o camisa 7, alvo de polêmica com o técnico Emerson Leão, fez exatamente o que se espera dele: jogadas individuais mescladas com passes e movimentação constante. Tanto que foi um dos mais aplaudidos pelo torcedor na saída para o intervalo.
É bem verdade que o time paraense assustou no início em chute cruzado de Ró, que foi bem defendido por Denis. Mas foi só. No mais, o São Paulo fez o que quis em campo. Criou jogadas pelas pontas, tabelou pelo meio, fez lançamentos. Antes do primeiro gol, que veio aos 31, o time já havia perdido três grandes chances e marcado um gol impedido com Lucas, em lance bem anulado pela arbitragem.
A ‘porteira’ do Independente, que em alguns lances chegou a se defender com os dez jogadores no campo defensivo, foi aberta quando Lucas, em grande jogada individual pelo meio, bateu de pé esquerdo. Dida defendeu parcialmente e, no rebote, Luis Fabiano só empurrou para a rede. Dois minutos depois, o Fabuloso recebeu belo passe de Casemiro, fintou o goleiro e partiu para o abraço. Foi o 15º gol do atacante em 14 partidas disputadas na Copa do Brasil. Ainda na etapa inicial, o Independente ficou com dez homens, já que Fidelix, após falta em Lucas, recebeu o segundo cartão amarelo e, consequentemente, o vermelho.
Passeio continua no segundo tempo
O passeio são-paulino seguiu no segundo tempo. É bem verdade que o adversário, que já era fraco, estava entregue, mas o time seguiu jogando para cima, com velocidade e inspiração. Aos nove, Luis Fabiano recebeu de Denilson e, de pé esquerdo, marcou o seu terceiro gol na partida. Na sequência, Lucas teve duas boas oportunidades, mas em ambas o goleiro Dida trabalhou bem.  Aos 19, Leão mexeu pela primeira vez no time, sacando Jadson para colocar Osvaldo.
A goleada surgiu no minuto seguinte e, desta vez, o Fabuloso contou com uma falha gritante do goleiro do Independente que, ao sair da área para afastar o perigo, foi encoberto pela bola. Na sobra, o camisa 9 só teve o trabalho de rolar rasteiro para o fundo das redes e marcar o seu quarto gol na partida: 4 a 0.
Aos 21, o atacante foi substituído e deixou o campo ovacionado pelo torcedor, que compareceu em bom número ao estádio do Morumbi (14.802 pagantes). Willian José entrou no lugar do Fabuloso. Logo depois, Fernandinho ficou com a vaga de Lucas. O  domínio continuou, o time perdeu novas chances. Aos 39, Preto Barcarena fez falta feia em Fernandinho e foi expulso, deixando o time paraense com nove jogadores em campo.
O placar só não cresceu no Morumbi porque Dida ainda fez três grandes defesas, em chutes de Casemiro, Willian José e Cícero. No fim, aplausos e muita festa para um time que, timidamente, começa a mostrar que, com suas principais peças inteiras, pode ir longe na temporada 2012.
Luis Fabiano no jogo do São Paulo contra o Independente-PA (Foto: Wagner Carmo / Vipcomm)Luis Fabiano foi muito aplaudido pela torcida quando deixou o gramado (Foto: Wagner Carmo / Vipcomm)
Em jogo de ataque contra defesa, Flu supera Zamora e segue 100%
Tricolores pressionam durante os 90 minutos, sofrem para furar o ferrolho e conseguem vitória magra com gol de Anderson na Libertadores 
 
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
Após a histórica vitória diante do Boca Juniors em plena Bombonera, os mais otimistas torcedores do Fluminense imaginavam que o time iria atropelar o modesto Zamora-VEN no Engenhão. Mas dentro de campo o roteiro não foi bem esse. Diante de um adversário que jogou praticamente os 90 minutos com nove jogadores protegendo a grande área, o Tricolor conseguiu uma modesta, mas importantíssima, vitória por 1 a 0. O único gol do confronto foi marcado pelo zagueiro Anderson, que levou alegria aos 21.252 pagantes (pouco mais de 24 mil presentes).
Com o triunfo, o Fluminense chegou à terceira vitória consecutiva na Libertadores, mantendo os 100% de aproveitamento. Com nove pontos conquistados em três jogos, o clube é o líder do Grupo 4 e pode terminar a rodada na liderança geral da competição, caso o Libertad não vença o Vasco ainda esta noite.
O Fluminense agora volta a entrar em campo no próximo sábado, às 16h (de Brasília), contra o Macaé, em Moça Bonita, pela Taça Rio. Já pela Libertadores, o time só entra em campo no dia 29 de março, contra o mesmo Zamora, na Venezuela.
Ferrolho do Zamora impede chances claras de gol
Na véspera, Abel Braga fez algumas previsões: o treinador sabia que o Fluminense teria maior posse de bola, mas, ao mesmo tempo, lembrou que o ferrolho do Zamora, formado por uma linha de cinco na defesa, poderia render dificuldades ao time. Foi exatamente o que aconteceu. Desde o primeiro minuto, o Flu tomou a iniciativa buscando abrir o placar. Mas, apesar do grande volume de jogo, o gol simplesmente não saiu na etapa inicial.
Anderson comemora gol do Fluminense contra o Zamora (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)Anderson comemora o gol da vitória do Fluminense sobre o Zamora (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)
As tentativas foram variadas. Sobis, escolhido por Abel para substituir o lesionado Thiago Neves, tentou se movimentar para dar opção a Deco. Wellington Nem, com a sua conhecida velocidade, também era bastante acionado, assim como o lateral Bruno, presença constante no ataque. Fred lutava entre os zagueiros. Mas a marcação rival era bem executada. Apesar da insistência, foram raras as chances de perigo para o goleiro Forero. Na defesa, a situação tricolor era bem tranquila. Os venezuelanos praticamente não atacaram. Foram dois lances isolados: um chute que passou perto da trave e um escanteio cobrado de maneira fechadinha, obrigando Diego Cavalieri a tirar de tapa.
Com o passar do tempo, a marcação do Zamora começou a irritar o Fluminense. E a calma que o treinador pediu aos torcedores e ao próprio time, o capitão Fred acabou não tendo. O zagueiro Bustamente passou o jogo inteiro como um carrapato grudado no camisa 9. Após uma das inúmeras disputas de bola entre os dois, Fred perdeu a cabeça e, mesmo de costas, desferiu um cruzado no adversário. Ele poderia ter sido expulso, mas o árbitro chileno Patrício Polic deu apenas o cartão amarelo. Na saída para o intervalo, apesar de os tricolores terem evitado as vaias, Abel Braga ouviu das aquibancadas o pedido para a entrada de Lanzini.
Pressão, enfim, dá em gol
Apesar dos gritos por Lanzini, a mudança feita por Abel Braga foi no ataque. Na esperança de ganhar mais bolas pelo alto, o treinador sacou Rafael Sobis e lançou Rafael Moura. A substituição mudou a tática e a postura do time. O volume de jogo foi mantido, mas uma diferença saltou aos olhos: chances de gol. O time iniciou a etapa final assustando de cara os venezuelanos. Até mesmo Diguinho, de canhota, acertou a trave. E a bola insistia em não entrar.
Outra das previsões de Abel era que se o Fluminense não controlasse a ansiedade, e a torcida passasse a pressionar, o time jogaria de maneira errada fazendo com que até mesmo os zagueiros tentassem resolver lá na frente. Nesta projeção, Abel acertou apenas uma parte. O time tricolor continuou martelando o Zamora até que uma bola sobrou limpa para Anderson chutar para abrir o placar. O zagueiro voltava para o seu setor após uma bola levantada na área e acabou no lugar certo na hora certa: 1 a 0.
O gol trouxe tranquilidade ao Fluminense. O peso de abrir o placar diante de um time tão fechado já tinha saído dos ombros tricolores. Até mesmo a torcida ficou mais tranquila e incentivou ainda mais a equipe.
Lanzini entrou no lugar de Deco, e o time seguiu pressionando, mas sem afobação. Rafael Moura quase marcou um belo gol em chute colocado. No lance seguinte, Lanzini teve boa chance. Tudo parecia controlado, mas uma chance clara de gol do Zamora salva por Anderson serviu para manter o sinal de alerta ligado no Fluminense. Zambrano quase empatou.
Apesar do susto, o time conseguiu administrar o resultado e sair do Engenhão com a campanha irrepreensível nos três primeiros jogos da Libertadores.