sábado, 27 de janeiro de 2018

Curtinhas: Ronda cita filme na Colômbia para mostrar que não fará estreia na WWE

Afastada das lutas desde dezembro de 2016, ex-campeã peso-galo do UFC conta que estará fora dos Estados Unidos até meado de fevereiro por conta das gravações de "Mile 22"

Por Combate.com, Rio de Janeiro
 
Ronda Rousey (Foto: Reprodução / TMZ Sports)Ronda Rousey (Foto: Reprodução / TMZ Sports)
Ronda Rousey (Foto: Reprodução / TMZ Sports)
Desde que se ausentou do MMA após a derrota para Amanda Nunes em dezembro de 2016, o nome de Ronda Rousey tem sido especulado no WWE, liga de telecatch dos EUA. Sua estreia na organização chegou a ter até data especulada para o próximo dia 28. Mas a própria lutadora, numa conversa rápida com o site americano “TMZ”, negou a possibilidade. Ronda irá à Colômbia para as filmagens do longa-metragem “Mile 22” e só voltará aos EUA em fevereiro.
- Agradeço a confiança de todos, mas no momento estou indo para a Colômbia para filmar “Mile 22” e não estarei de volta até meados de fevereiro - afirmou a lutadora de 30 anos, ex-campeã peso-galo do UFC e dona de um cartel com 12 vitórias e duas derrotas.

Arjan Bhullar é liberado para usar turbante no UFC

O peso-pesado Arjan Bhullar - que estreou no Ultimate em setembro do ano passado com vitória sobre o brasileiro Luis Henrique KLB - poderá no dia 14 de abril, em local a ser definido, caminhar para o octógono do jeito que sempre sonhou: usando um turbante indiano. Segundo o site “MMA Junkie”, a organização já liberou o uso, mas chegando a um acordo com a Reebok, que patrocina os uniformes do evento.
Nos bastidores do UFC 220, realizado no último sábado, Bhullar contou aos jornalistas que ele foi liberado pelo Ultimate para colocar o turbante no evento em que enfrenta Adam Wieczorek.
- A partir de agora, esse é o plano, e temos a luz verde para isso. Será um momento muito especial para todos os indianos - afirmou o lutador, que pratica o siquismo, religião monoteísta surgida numa região dividida entre o Paquistão e a Índia.

Michael Deiga-Scheck sofre lesão e fica fora do Brave 10

O Brave 10 ganhou um desfalque para o evento marcado para 2 de março, em Amã, na Jordânia. E ele é brasileiro. O peso-galo (até 61kg) Michael Deiga-Scheck lesionou a panturrilha durante treino de muay thai e precisará ficar três semanas sem treinar. Assim, ele está fora da luta com Nawras Abzakh. Os dirigentes da organização árabe ainda buscam um substituto para o brasileiro, que vem de derrota no Brave 9.

Ju Thai retoma raízes na Tailândia e tem jogo de Randa mapeado para Charlotte

Peso-palha brasileira, que enfrenta canadense no sábado, passou um mês no país asiático e emendou com camp: "Fiquei um mês treinando duas vezes por dia na Pukhet Top Team"

Por Zeca Azevedo, Rio de Janeiro
 
A mineira Juliana Lima ganhou no mundo da luta o nome de “Ju Thai” numa referência à arte marcial que a levou ao esporte. Aos 35 anos, ela foi à Tailândia em outubro do ano passado recuperar as raízes que havia deixado um pouco de lado, e começou na Ásia o camp para enfrentar a canadense Randa Markos neste próximo sábado, no UFC Charlotte. A peso-palha (até 52kg), que há dois anos mora em Houston, no Texas, garante saber a fórmula para vencer a rival.
- Fui para a Tailândia há uns dois meses e fiquei um mês lá treinando duas vezes por dia com os thai na Pukhet Top Team, e meio que reencontrei minhas raízes. Em Belo Horizonte tinha meu treinador de muay thai sempre me ensinando coisas novas, e perdi um pouco disso no Texas. Foi muito importante ter ido à Tailândia, até mesmo para conhecer o país da arte onde comecei. Me senti bem revigorada. Comecei o camp lá, trabalhei muitos detalhes com eles, fora que a maneira com que seguram a manopla é bem diferente, se trabalha muito a força, os golpes têm que ser com muita pressão, não é só tocar no aparador.
Ju Thai passou um mês na Tailândia no fim do ano passado (Foto: Reprodução / Instagram)Ju Thai passou um mês na Tailândia no fim do ano passado (Foto: Reprodução / Instagram)
Ju Thai passou um mês na Tailândia no fim do ano passado (Foto: Reprodução / Instagram)
A confirmação para a luta com Randa Markos veio na volta aos Estados Unidos. A brasileira passou a trabalhar nos treinos em função do jogo da rival, mas diante do que aconteceu nas últimas três lutas, preferiu não deixar brechas.
- Como sou macaca velha e nas últimas três lutas todas (as adversárias) caíram de última hora, estava treinando para ela e para tudo. Foquei muito no wrestling, principal estilo dela. Ela não vai muito de double (leg) ou de single (leg), ela tem um estilo, por exemplo, bem diferente do da Carla Esparza. Ela vai mais ali no bodylock, no headlock, mais tentando aquelas quedas com a mão na cabeça. Fiz um treinamento muito específico, treinei duas vezes por semana wrestling, uma em grupo e outra em particular de uma hora e meia, e senti que dei uma evoluída muito grande com o professor Brandon (Wolverine) lá da Gracie Barra Texas - explicou, citando ainda os trabalhos de jiu-jítsu com seu mestre Vinícius Draculino e o muay thai a cargo de Cyrus Washington.
Ju Thai tem nove vitórias e quatro derrotas em seu cartel no MMA, e tem vivido uma verdadeira gangorra nas últimas quatro lutas no Ultimate. Na última delas, foi finalizada com um mata-leão por Tecia Torres, no segundo round. Ela garante ter aprendido com o erro daquela noite em Las Vegas.
- Sei o que Randa vai fazer, não é novidade. Ela vai tentar me colocar para baixo, que é o que todas fizeram comigo até hoje. Inclusive a Tecia (Torres), que é uma striker, ficou o final do primeiro round todo me colocando para baixo, e no segundo round cometi aquele erro de faixa-branca, de entrar nas pernas dela muito baixo e com a cabeça para fora. Nunca fiz isso num treino e fui fazer na luta. Infelizmente cometi esse erro e ela não perdeu a oportunidade. Mas aprendi muito com esse erro, e espero chegar na luta focada do jeito que estou, confiante, e ao mesmo tempo com os pés no chão. Sei dos perigos dela, sei o que vai fazer, é chegar lá, manter a calma e seguir a estratégia.
Ju Thai treinou muay thai na renomada equipe Pukhet Top Team (Foto: Reprodução / Facebook)Ju Thai treinou muay thai na renomada equipe Pukhet Top Team (Foto: Reprodução / Facebook)
Ju Thai treinou muay thai na renomada equipe Pukhet Top Team (Foto: Reprodução / Facebook)
Quanto ao jogo que as últimas rivais tentaram imprimir contra ela, Ju Thai acredita que o duelo com Esparza, em abril de 2016, mostrou às adversárias um caminho para vencê-la. Hoje, se vê confiante para evitar que isso aconteça.
- As minhas lutas sempre foram comigo trocando e colocando para baixo, e quem descobriu esse furo no meu jogo foi a Carla Esparza. Depois da luta com ela, todas começaram a fazer isso. Pensaram: "Vou colocar para baixo que a luta está garantida". No início com certeza fiquei muito frustrada, qualquer coisa que tentava fazer ela voava nas minhas pernas e estava ali sem o “time”. Também foi uma luta mudada em cima da hora, era para ter lutado com a Jessica Aguilar que é completamente diferente no estilo. Em duas semanas você não pega o “time” de uma wrestler que está desde criança lutando isso, e o nível dela é altíssimo. Descobriram essa brecha e estão indo por esse caminho, mas agora estou confiante. Meu “time” está muito bom, estou me sentindo muito forte, estou me sentindo bem.
Ju Thai já em Charlotte ao lado do mestre Vinícius Draculino (de vermelho) e sua equipe (Foto: Reprodução / Instagram)Ju Thai já em Charlotte ao lado do mestre Vinícius Draculino (de vermelho) e sua equipe (Foto: Reprodução / Instagram)
Ju Thai já em Charlotte ao lado do mestre Vinícius Draculino (de vermelho) e sua equipe (Foto: Reprodução / Instagram)
Hoje no peso-palha, Ju Thai não fechou as portas para uma subida aos moscas (56kg), mas ainda vai avaliar isso depois de enfrentar Randa Markos. Uma vitória pode a colocar de volta ao ranking.
- Acho que vou pensar mais nisso depois dessa luta, vai depender do que vai acontecer. Mas tenho biótipo magro, sou magra, então não faço loucuras para perder peso, não desidrato muito. Por enquanto, quero ficar no palha. Sei que muitas meninas vão subir e vai abrir mais brecha para ir ali se infiltrando. Mas também é uma opção no futuro, foi muito bom o UFC ter aberto essa nova divisão - concluiu.
Combate transmite o UFC Charlotte ao vivo e com exclusividade no próximo sábado a partir de 18h50 (horário de Brasília). As duas primeiras lutas do card preliminar passam ao vivo também no SporTV 2 e no Combate.com, que acompanha o torneio em Tempo Real. Na sexta-feira, site e canal transmitem a pesagem cerimonial ao vivo às 20h55. Confira o card completo:
UFC Fight Night
27 de janeiro de 2018, em Charlotte (EUA)
CARD PRINCIPAL (23h, no horário de Brasília):
Peso-médio: Ronaldo Jacaré x Derek Brunson
Peso-pena: Dennis Bermudez x Andre Fili
Peso-leve: Jordan Rinaldi x Gregor Gillespie
Peso-meio-médio: Drew Dober x Frank Camacho
CARD PRELIMINAR (19h, no horário de Brasília):
Peso-leve: Eric Koch x Bobby Green
Peso-pena: Mirsad Bektic x Godofredo Pepey
Peso-mosca: Katlyn Chookagian x Mara Romero Borella
Peso-palha: Randa Markos x Juliana Lima
Peso-palha: Justine Kish x Ji Yeon Kim
Peso-leve: Vinc Pichel x Netto BJJ
Peso-meio-médio: Niko Price x George Sullivan
Peso-pena: Austin Arnett x Cory Sandhagen