domingo, 16 de setembro de 2012

'Homem mais forte do mundo'
vence a segunda seguida no MMA

Mariusz Pudzianowski nocauteia Christos Piliafas no KSW 20, na Polônia

Por SporTV.com Gdansk, Polônia
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Mariusz Pudzianowski chegou à terceira luta sem derrota no MMA, a segunda com vitória, ao aplicar um nocaute técnico sobre Christos Piliafas no KSW 20, realizado neste sábado, em Gdansk, na Polônia. O "homem mais forte do mundo" usou o ground and pound para acertar diversos golpes no adversário e assim obrigar o árbitro a encerrar o combate aos 3m48s do primeiro round.
+ Clique e assista à luta entre Mariusz Pudzianowski e Christos Piliafas
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 Mariusz Pudzianowski e Christos Piliafas, ksw (Foto: Divulgação / Facebook Oficial KSW ) Mariusz Pudzianowski usa o ground and pound contra Christos Piliafas (Foto: Divulgação/ Facebook do KSW )
O polonês agora acumula um "no contest" (luta sem resultado) contra James Thompson e vitórias sobre Bob Sapp e Christos Piliafas. No total, são oito lutas, com cinco triunfos, duas derrotas e um "no contest".
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Mariusz Pudzianowski tem 1,85m e 118kg e foi cinco vezes campeão do concurso "Homem Mais Forte do Mundo", organizado pelo Federação Internacional de Atletas de Força.
 Mariusz Pudzianowski e Christos Piliafas, ksw (Foto: Divulgação / Facebook Oficial KSW ) Mariusz Pudzianowski e Christos Piliafas na trocação (Foto: Divulgação / Facebook Oficial KSW )
+ Clique aqui e assista à luta entre Bob Sapp e Mariusz Pudzianowski, realizada em maio
Houston, we have a problem
Quem também participou do KSW 20 foi o ex-UFC Houston Alexander. O meio-pesado, que já enfrentou Thiago Silva no Ultimate (e foi derrotado), perdeu a terceira seguida, desta vez para Jan Blachowicz, por decisão unânime. Agora, o americano passa a ter um cartel de 13-9-0-2NC.

Treinador revela que Rampage sentia dor durante os treinos para o UFC Rio

Mario Sukata, que comandou a preparação do americano em Recife, diz que desistência do ex-campeão deixou todos abalados na academia

Por SporTV.com De Recife, PE
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À frente da preparação de Quinton Jackson para o UFC Rio III, realizada em Recife, Mario Sukata revelou que a lesão sentida pelo lutador americano - que o tirou do evento na Cidade Maravilhosa - já vinha sendo sentida ao longo dos treinamentos. O técnico afirmou que Rampage estava conseguindo suportar o incômodo no braço e tinha esperança de se recuperar até ver a dor piorar em 11 de setembro, dia em que anunciou a desistência.
- O Rampage já estava sentindo o cotovelo direito nos primeiros treinos, mas não era nada que fizesse cogitar a ideia de não lutar. No decorrer dos treinos, ao intensificar, na parte de sparring e wrestling, que a gente trabalhar muito a isometria do cotovelo, ele sentiu muito. Aí achou melhor, ele mesmo, cancelar a luta - disse Sukata ao "Sensei SporTV".
Sukata disse que o desfalque de Rampage no terceiro evento do UFC no Rio deixou todos desolados na academia Vorus Clube de Luta, localizada na Ilha do Leite, área central da capital de Pernambuco, onde o americano fazia sua preparação.
- Teve aluno aqui que chorou. O Rampage é um cara muito carismático, houve entrosamento muito grande entre os alunos, os fãs, todo mundo sentiu, do professor à equipe. Entendemos que era uma questão profissional - disse.
Rampage e Mario Sukata trabalharam juntos em 2009 e 2010, em Liverpool, na Inglaterra, quando o treinador acompanhou o atleta na preparação para três lutas, computando duas vitórias e uma derrota. As vitórias vieram diante de Wanderlei Silva e Keith Jardine, enquanto a derrota ocorreu para o ex-campeão dos meio-pesados do UFC, Rashad Evans.

Fertitta, sobre a Índia: 'Pessoas não sabem nada sobre MMA ou UFC lá'

CEO diz que trabalho no país começa do zero. Dana White revela choque de realidade: 'Às vezes pensamos que somos maiores do que realmente somos'

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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No último dia 11 de setembro, o UFC anunciou que irá promover a primeira edição do TUF na Índia. O reality show começa a ser gravado no próximo ano e é um dos trunfos para que a organização entre com tudo em país com mais de um bilhão de habitantes. Um mercado com potencial enorme, mas que vai dar bastante trabalho para os americanos, como revela o CEO do Ultimate, Lorenzo Fertitta.
Lorenzo fertitta, sócio do UFC (Foto: Getty Images)Lorenzo Fertitta é um dos sócios da Zuffa, empresa que gerencia o UFC (Foto: Getty Images)
- É um mercado que achamos que tem muito potencial, mas estamos literalmente começando do zero. As pessoas realmente não sabem nada sobre este esporte (MMA) ou o UFC - disse o dirigente ao site "MMAjunkie", seguido de discurso parecido por Dana White.
- Às vezes, vivemos nesta bolha onde pensamos que somos maiores do que realmente somos. O mundo é grande, e você chega lá e percebe que (o UFC é) não é tão grande quanto realmente pensa que é. Mas pode ser. E eu realmente acredito que este pode ser o maior esporte do mundo - declarou o presidente.
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De acordo com Lorenzo Fertitta, estudos elaborados a pedido do Ultimate mostram que o UFC tem bastante potencial para ter sucesso na Índia. Embora o país não conte com lutadores de grande sucesso no MMA mundial, a grande oferta de interessados pode fazer com que surjam algumas boas promessas. Com novos ídolos, os indianos passariam a acompanhar o esporte, e assim o Ultimate teria mais um grande mercado nas mãos.
- O que estamos descobrindo através de nossa pesquisa é que eles (indianos) querem esportes alternativos. Quando você olha para as tendências do que eu vou chamar de cultura jovem e da maneira que eles estão consumindo entretenimento, essa geração meio que se afastar um pouco do Bollywood (indústria de cinema indiana) tradicional. Eles estão consumindo um produto mais ocidental. O UFC se encaixa nesse projeto - explicou Lorenzo Fertitta.
O UFC vem utilizando o expediente de produzir TUFs para entrar com tudo no mercado de alguns países. Foi assim com o Brasil em 2012. Neste momento, também está sendo gravado um reality show com lutadores do Reino Unido e Austrália.

Técnico diz que Aldo decidiu 'vender a moto' após desfalque no UFC Rio III

Dedé Pederneiras confirma que campeão peso-pena do UFC vai passar a andar de carro. Um acidente sobre duas rodas o privou de lutar no Rio

Por SporTV.com Rio de Janeiro
43 comentários
O treinador da equipe de José Aldo, André Pederneiras, confirmou que o campeão dos pesos-pena do UFC optou por deixar de lado o prazer de pilotar motocicletas a favor de sua segurança e comprometimento com o Ultimate. Um acidente sobre duas rodas foi a causa de uma lesão no pé que tirou o lutador do card principal do UFC Rio III, no qual enfrentaria Frankie Edgar, no dia 13 de outubro, no Rio de Janeiro, em sua terceira defesa de cinturão.
- São males que vêm para o bem. Ele já disse que vai vender a moto e comprar outro carro. Disse que, a partir de agora, não vai mais andar de moto - afirmou o treinador.
Pederneiras foi quem confirmou o acidente sofrido por Aldo, no dia 1º de setembro, como responsável pelo desfalque. Na ocasião, Aldo foi derrubado por um carro quando deixava a praia de Copacabana, no Rio, e sofreu escoriações, mas exames não detectaram fraturas.
Após o anúncio de desistência, o lutador carioca Vitor Belfort e o presidente do UFC, Dana White, aconselharam Aldo a deixar de lado a pilotagem de motocicletas. Ambos, contudo, deram força para a recuperação do manauara.
Por outro lado, White já garantiu que o duelo entre Aldo e Edgar segue nos planos de sua organização. Segundo ele, assim que o brasileiro estiver recuperado e pronto para combate, a luta será remarcada.

Jon Jones visita universidade para aprimorar wrestling antes do UFC 152

Campeão meio-pesado jamais foi derrubado por um adversário no Ultimate

Por SporTV.com Ithaca, Estados Unidos
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Mesmo tendo a marca de jamais ter sido derrubado por um adversário nas 11 lutas que disputou no UFC, Jon Jones continua em busca do aprimoramento de seu wrestling. Neste domingo, por exemplo, nada de folga. O campeão meio-pesado foi até a Cornell University para melhorar o seu jogo de quedas e também de defesa para a luta contra Vitor Belfort. Jones posou para foto ao lado dos lutadores com quem iria treinar e a postou no Twitter.
 Jon Jones em treino de wrestling (Foto: Reprodução / Twitter) Jon Jones posa ao lado de lutadores da Cornell University (Foto: Reprodução/ Twitter)
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Jon Jones e Vitor Belfort vão fazer a luta principal do UFC 152, no próximo sábado, em Toronto (CAN). Confira o card completo:
UFC 152
22 de setembro de 2012, em Toronto, Canadá
CARD PRINCIPAL
Jon Jones x Vitor Belfort
Joseph Benavidez x Demetrious Johnson
Michael Bisping x Brian Stann
Matt Hamill x Roger Hollett
Cub Swanson x Charles do Bronx
CARD PRELIMINAR
Igor Pokrajac x Vinny Magalhães
T.J. Grant x Evan Dunham
Sean Pierson x Lance Benoist
Jimy Hettes x Marcus Brimage
Seth Baczynski x Simeon Thoresen
Mitch Gagnon x Walel Watson
Kyle Noke x Charlie Brenneman

Técnico diz que Aldo decidiu 'vender a moto' após desfalque no UFC Rio III

Dedé Pederneiras confirma que campeão peso-pena do UFC vai passar a andar de carro. Um acidente sobre duas rodas o privou de lutar no Rio

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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O treinador da equipe de José Aldo, André Pederneiras, confirmou que o campeão dos pesos-pena do UFC optou por deixar de lado o prazer de pilotar motocicletas a favor de sua segurança e comprometimento com o Ultimate. Um acidente sobre duas rodas foi a causa de uma lesão no pé que tirou o lutador do card principal do UFC Rio III, no qual enfrentaria Frankie Edgar, no dia 13 de outubro, no Rio de Janeiro, em sua terceira defesa de cinturão.
- São males que vêm para o bem. Ele já disse que vai vender a moto e comprar outro carro. Disse que, a partir de agora, não vai mais andar de moto - afirmou o treinador.
Pederneiras foi quem confirmou o acidente sofrido por Aldo, no dia 1º de setembro, como responsável pelo desfalque. Na ocasião, Aldo foi derrubado por um carro quando deixava a praia de Copacabana, no Rio, e sofreu escoriações, mas exames não detectaram fraturas.
Após o anúncio de desistência, o lutador carioca Vitor Belfort e o presidente do UFC, Dana White, aconselharam Aldo a deixar de lado a pilotagem de motocicletas. Ambos, contudo, deram força para a recuperação do manauara.
Por outro lado, White já garantiu que o duelo entre Aldo e Edgar segue nos planos de sua organização. Segundo ele, assim que o brasileiro estiver recuperado e pronto para combate, a luta será remarcada.

'Meigo e sensível', DJ Gobbi revela como Corinthians mudou sua vida

Presidente campeão da Libertadores conta como ensaiava para imitar John Travolta, fala de sua paixão pela música e da história de amor com o Timão

Por Alexandre Lozetti, Carlos A. Ferrari, Leandro Canônico e Cassio Barco São Paulo
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"Preciso acabar logo com isto... Preciso lembrar que eu existo..."
São os versos de Roberto e Erasmo Carlos que recebem Mário Gobbi logo pela manhã na sala da presidência do Corinthians desde fevereiro, quando a vitória na eleição mudou a sua vida.
Não é maneira de dizer. Mudou mesmo. Católico fervoroso, Gobbi tem em sua sala um quadro de Jesus Cristo. Sobre a mesa, imagens de São Jorge, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Aparecida e São José. Eleito presidente, além das missas aos domingos, passou a frequentar diariamente a igreja de Fátima, próxima à sua casa. Lá, reza por ele, jogadores, comissão técnica, dirigentes, sócios e torcedores do Corinthians.
- Peço sabedoria, humildade e discernimento. Não piso no Corinthians sem ir à Fátima - diz o dirigente, que, quando viaja com a delegação, pede que o segurança encontre a igreja mais próxima ao hotel e repete o ato, porém, acompanhado pelo técnico Tite.
A rotina caseira de Mário Gobbi também mudou. Aos 51 anos, não assiste mais a nenhum programa esportivo na televisão, não lê jornais, não navega na internet... Limita-se a filmes, noticiários gerais e, para fugir das críticas, abandonou até o rádio, paixão tão intensa desde a adolescência, que o levou a sonhar ser DJ.
- Eu queria ser disc-jóquei. Era assim que se chamava na minha época. Sou homem do rádio, amante do rádio, mas me decepcionei tanto com algumas coisas que não ouço mais.
Mosaico, Mario Gobbi (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)Gobbi recebeu a reportagem em sua sala no clube (Fotos: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
O cargo só não alterou a intensa relação de Gobbi com a música. Companheira não só do início do dia, mas também dos melhores momentos de sua história, como na época da Discotheque, quando ensaiava passos de John Travolta para brilhar nos embalos de sábado à noite em Jaú, sua cidade natal, quanto dos piores, quando subia a Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, em São Paulo, com lágrimas de saudade da família nos olhos e trechos de "Maria Maria" na ponta da língua: "é preciso ter força, é preciso ter raça...".
Vivi intensamente o Corinthians. E, na época (anos 60), se não dava Palmeiras, dava Santos, ou Botafogo, em nível nacional. As gozações eram as mais terríveis possíveis, mas isso só me fazia ser ainda mais corintiano"
Mário Gobbi
Mário Gobbi Filho recebeu o GLOBOESPORTE.COM e, durante pouco mais de duas horas, revelou toda sua trajetória até chegar à cadeira presidencial do Timão "pelas mãos de Deus". O lado religioso, forte demais, tem grande parcela de responsabilidade do pai, que se formou padre, mas não exerceu. Na verdade, o seminário era uma fuga das dificuldades financeiras.
- Meu avô perdeu tudo na crise de 30, do café, e quem ia ao seminário tinha casa, comida, estudos... Foi uma solução que encontraram na época.
Seu Mário, o pai, não atuou como padre e nem como palmeirense, para sorte do filho. A decepção pelo Palestra Itália passar a se chamar Palmeiras, após decreto durante a Segunda Guerra Mundial que vetava expressões de língua italiana em entidades, fez com que ele torcesse apenas pela seleção brasileira. Portas abertas para o tio Gerson, de quem ele fala com carinho indescritível, que morava em São Paulo e apresentou ao sobrinho dois amores eternos: a capital paulista e o Timão.
Corintiano fanático como o tio, Mário Gobbi passou infância e adolescência perto do time, seja no interior ou nos jogos no Pacaembu, quando frequentava a casa de Gerson.
- Vivi intensamente o Corinthians. E, na época, se não dava Palmeiras, dava Santos, ou Botafogo em nível nacional. As gozações eram as mais terríveis possíveis, mas isso só me fazia ser ainda mais corintiano porque eu cresço muito nas adversidades, me transformo.
Mario Gobbi filho do presidente do Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Mário Gobbi tem orgulho de sua religiosidade (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
A cidade de São Paulo também se mostrava atraente demais ao jovem que jogava bolinhas de gude, futebol e rodava pião pelas ruas do interior. Tanto que, mesmo namorando, ele não conseguia esconder o interesse por Alessandra, menina que havia se mudado de Jaú para a capital, mas sempre voltava para passar as férias. Num desses períodos, na saída da missa, ela o convidou para seu aniversário de 18 anos. Mário disse "sim" ao convite, é claro. Anos depois, ambos diriam "sim" no casamento, que dura até hoje.
Quando conseguíamos fazer os passos do Travolta era demais!"
Mário Gobbi
O "sim" a Alessandra colocou a canção "Heaven must be missing an angel", de Tavares, definitivamente na vida do presidente do Corinthians. É a trilha sonora do namoro. Até hoje eles assistem ao DVD com a apresentação do grupo. Mas a música já norteava a vida do garoto que tocava caixa na banda de Jaú e, desde os 15 anos, foi completamente seduzido pelo fenômeno mundial da Discotheque.
Os encontros nas discotecas nos finais de semanas eram sagrados, assim como a presença nos concursos de dança. Gobbi jura que não se arriscava, mas, para ele, o cenário de luzes, corpos e música era como a visão do paraíso.
- Foram os melhores anos da minha vida. E durante a semana nós ensaiávamos na casa de uma amiga porque não podíamos fazer um papelão na discoteca. Quando conseguíamos fazer os passos do Travolta era demais! Eu só fazia o trivial, mas adorava ver as luzes girando e todo mundo dançando. É um visual único, romântico.
mario gobbi filho corinthians presidente entrevista (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Gobbi é filho de palestrino, mas preferiu seguir o tio corintiano (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Visual que se transformou em 1979, ano em que Gobbi se mudou para a casa do tio, em São Paulo, e passou a trabalhar no escritório de advocacia do primo. As luzes da discoteca se transformaram no céu cinzento do trajeto "casa-trabalho-casa-cursinho" percorrido diariamente. Em comum, só a música.
- Eu sentia muita solidão. Andei muito pelas ruas de São Paulo, chorando de saudade dos amigos, pai, mãe, irmã... Subia a Brigadeiro com a música do Milton Nascimento, mas cresci muito. Sempre mergulhei muito nas músicas porque elas levam a Deus.
Cada frase e relato de Mário Gobbi revelam traços de sua personalidade que ele assume com orgulho. Durante a entrevista, o presidente se definiu como dócil, meigo, sensível e romântico. Características que não se perderam nem mesmo depois que ele passou no concurso para se tornar delegado de polícia. Segundo ele, mais uma obra divina. Apenas por um ano ele foi plantonista no 91º Distrito Policial. Não passou por nenhuma situação de risco e aproveitou para fazer trabalho social para curar a frustração de ver miseráveis e não poder fazer nada.
Apaixonado por presidir inquéritos policiais, ele passou a trabalhar na Secretaria da Justiça, levado por Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado de quem até hoje diz ser cria. Mas foi em outro trabalho, na assessoria do diretor-geral do Detran, que o Corinthians deixou de ser uma paixão para se tornar a obrigação de Mário Gobbi. Foi lá que ele conheceu o ex-presidente Wadih Helu, que notou seu interesse e conhecimento da história alvinegra e passou a inseri-lo cada vez mais no clube.
A oposição a Dualib e a pérola na montanha
Mano Menezes e Mário Gobbi Corinthians (Foto: Diego Ribeiro / GLOBOESPORTE.COM)Mano Menezes, 'mentor' de Mário Gobbi no futebol,
em 2010 (Foto: Diego Ribeiro / globoesporte.com)
Em 2000, Gobbi ganhou do amigo José Maria Pereira Rio o título de sócio remido do Corinthians, necessário para se tornar conselheiro vitalício, o que ocorreu dois anos depois e o credenciou a almejar cargos relevantes. Irritado pelo "padrinho" Helu não retirar o apoio ao então presidente Alberto Dualib, Gobbi passou a ser oposição e, ao lado de Andrés Sanches, entre outros, ajudou a criar o grupo que hoje administra o clube.
- O Andrés ganhou a presidência e me chamou para ser diretor de futebol. Eu falei que iríamos ouvir minha esposa, porque num cargo desses você abre mão de uma série de coisas. Se ela não fechar junto, você não consegue. Tomamos um uísque, que ele gosta, fomos jantar e ela disse: "Mário, vai que você vai se dar bem". Resolvi encarar a voz dela como se fosse a voz de Deus.
O meigo Mário Gobbi só tinha um problema nas mãos: não conhecia praticamente nada de futebol. Por isso, segundo ele mesmo conta, passou os primeiros seis meses do cargo calado e teve dois excelentes professores: Antonio Carlos, hoje técnico do Audax, e Mano Menezes, agora na seleção brasileira.
O sucesso na função o levou à presidência. De sócio a principal homem do clube em apenas dez anos, trajetória que ele considera "meteórica" e teve seu auge com o título da Taça Libertadores. Em 2010, na diretoria de futebol, Gobbi discursou aos jogadores, no primeiro dia da pré-temporada, que no ano do centenário havia uma pérola muito rara para ser alcançada sobre a montanha. A pérola era a Libertadores, mas a derrota para o Flamengo nas oitavas de final brecou a escalada. O topo da montanha chegaria em 2012, assim como a comprovação de que o discurso havia marcado o coração dos atletas.
Corinthians campeão da Libertadores (Foto: AFP)Gobbi, de azul, com o Corinthians campeão da
Libertadores: a pérola na montanha (Foto: AFP)
- Como muitos jogadores daquela época continuam no Corinthians, agora quando eu me apresentei como presidente, eles vieram me dizer: "Seu Mário, vamos buscar aquela pérola". E para o Mundial eu já estou pensando em passar alguma mensagem a eles. Acho muito importante lidar com esse lado emocional - revelou.
Mário administra o futebol corintiano baseado na "política de prevenção". O volante Paulinho é o exemplo mais claro. Preparado para substituir Elias, é notório que ele não deverá ficar muito tempo no futebol brasileiro. Por isso, o presidente já buscou Guilherme na Portuguesa. Seu lema é não fazer mais de uma alteração por posição no grupo de uma competição para a outra.
Posso te garantir que nem se eu reencarnasse mais 100 mil vezes, voltarei a ser presidente do Corinthians"
Mário Gobbi
Sua grande preocupação na função é a parte de gestão. Segundo ele, apesar dos avanços obtidos no mandato de Andrés Sanches, ainda há muita coisa para melhorar. A atenção aos esportes olímpicos e ao maior equilíbrio entre receitas e despesas, além do novo estatuto, são exemplos de modificações consideradas necessárias.
Fato é que, depois do início de 2015, quando terminar o mandato à frente do Corinthians, Mário Gobbi não tem mais pretensões políticas. Vai retirar seus pertences da ampla sala. Entre eles, uma carta escrita pela mãe, Marlene, ao tio Gerson em janeiro de 1979, quando o filho se mudou para São Paulo. Palavras emocionadas de uma mãe preocupada, mas esperançosa no futuro de seu tesouro: "O meu coração de mãe diz que tudo dará certo. E toda mãe conhece o filho que tem, suas virtudes, seus defeitos. E eu boto uma fé danada nele", diz trecho da correspondência que está enquadrada na parede.
Encerrado o mandato, Gobbi voltará para sua casa, colocará a mochila no banco de trás do carro e sairá em viagem com Alessandra. Vai aproveitar a vida, obssessão tão grande que levou o casal a optar por não ter filhos. Para eles, uma criança exigiria uma criação com regalias e atenção que acabaria os impedindo de curtir a boa vida.
Católico, mas respeitoso a todas as religiões, Mário admite que poderá ter, na próxima encarnação, a missão de ser pai. Mas também usa o espiritismo para mostrar o fardo que é comandar um dos maiores clubes do país:
- Posso te garantir que nem se eu reencarnasse mais 100 mil vezes, voltarei a ser presidente do Corinthians (risos).
Mario Gobbi filho do presidente do Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Mario Gobbi admite: ainda há muito a se fazer no Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Em Cascavel, Valdeno preserva os pneus e vence a segunda do ano

Em meio à poeira vermelha do oeste paranaense, paraibano ultrapassa adversários e escapa dos furos de pneus que vitimaram mais de dez pilotos

Por GLOBOESPORTE.COM Cascavel, PR
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Após 20 anos de ausência, a Stock Car retornou a Cascavel levantando poeira. Numa prova marcada por diversos pneus rasgados devido ao alto esforço exercido pelas curvas de alta velocidade, Valdeno Brito, que havia largado na quarta posição, conseguiu se manter na pista e faturou sua segunda vitória na temporada, saltando de sétimo para quarto no campeonato. Julio Campos, em sua melhor corrida na categoria, liderou boa parte da prova e terminou na segunda posição. Allam Khodair, vencedor das duas corridas anteriores, completou o pódio da oitava etapa após partir de 13º.
- Foi um resultado fantástico, para mim e para a equipe. Foi a nossa segunda vitória e esta foi muito especial. Primeiro, porque foi em uma pista de altíssima velocidade, bastante desafiadora para os pilotos, onde a Stock Car não corria há 20 anos. E também foi uma conquista que mostrou a alta eficiência do time, que soube ajustar um carro rápido e ao mesmo tempo conseguindo conservar os pneus - avaliou Valdeno Brito, que conquistou sua quinta vitória na Stock Car.
Logo na largada, a técnica pista de Cascavel mostrou que não seria fácil chegar ao fim da prova. Átila Abreu manteve a liderança, mas Julio Campos tomou o segundo lugar de Daniel Serra. Vários carros escaparam na primeira curva, levantando muita poeira, no entaanto nenhum deles bateu e a prova seguiu normalmente. Ainda no primeiro terço de prova, a principal dor de cabeça dos pilotos apareceu: o desgaste dos pneus. Xandinho Negrão, Luciano Burti, David Muffato, Ricardo Sperafico, Ricardo Maurício, Popó Bueno e Ricardo Zonta tiveram seus compostos traseiros estourados e foram aos boxes.
Valdeno Brito comemora a vitória na volta da Stock Car a Cascavel (Foto: Fernanda Freixosa / Stock Car)Valdeno Brito comemora a vitória na volta da Stock Car a Cascavel (Foto: Fernanda Freixosa / Stock Car)
A corrida começou a mudar de figura antes mesmo da metade, quando o líder Átila Abreu também teve seu pneu rasgado e perdeu a primeira posição, que foi assumida por Julio Campos. Na mesma volta, um forte acidente originado também por problemas de pneus provocou a entrada do carro de segurança: após uma rodada de Giuliano Losacco, vários concorrentes desviaram por pouco do carro do bicampeão, mas o 37 de Edu Leite acertou o número 9 em cheio, provocando um grande estrago. Felizmente, nada de grave aconteceu com os competidores, mas a corrida ficou sob bandeira amarela por quase dez minutos.
- Furou o pneu bem na entrada da curva, passou muita gente perto, mas quando eu vi o Edu vindo pelo espelho, falei “esse vai bater”. O problema aqui é que esta pista só tem uma curva para a esquerda, o que causa muito desgaste de um lado só – disse Losacco, que desde a etapa de Salvador reintegrou-se à equipe A. Mattheis.
Na relargada, mais favoritos tiveram problemas. Thiago Camilo ainda conseguiu levar o carro aos boxes após o pneu furado, mas Cacá Bueno rodou numa disputa com Allam Khodair pela quinta posição e teve que ser rebocado até o box. Curiosamente, o tetracampeão retornou à pista com uma mangueira de troca de pneus que havia ficado agarrada acidentalmente em seu aerofólio, e quase ameaçou a disputa pela liderança, que ocorria alguns metros depois. Enquanto o carro 0 voltava aos boxes para retirar a peça, Valdeno Brito superou Julio Campos para assumir a primeira posição, de onde não mais sairia. O piloto da A. Mattheis já havia vencido em Curitiba, segunda prova da temporada.
Alguns pilotos impressionaram a todos com suas corridas de recuperação. De pneus novos, após perder a liderança por um furo, Átila Abreu escalou o pelotão com ultrapassagens espetaculares e terminou a prova em quarto lugar. Quem também conseguiu chegar ao fim após grandes recuperações foram os pilotos Max Wilson e Vitor Meira. O campeão de 2010 largou em 26º e cruzou em sexto, enquanto o ex-piloto da Fórmula Indy, que havia saído da 32ª e última posição, ficou em nono. Outro destaque foi Antonio Pizzonia, que largou em 18º e chegou a andar em sétimo, mas também sofreu um furo de pneu, desta vez o dianteiro direito, e ficou para trás.
Veja o resultado da 8ª etapa da Stock Car 2012, em Cascavel:
1 - Valdeno Brito, carro 77 da A. Mattheis - 37 voltas em 41min57s669
2 - Julio Campos, carro 4 da Carlos Alves Competições - a 4s270
3 - Allam Khodair, carro 18 da Vogel - a 6s102
4 - Átila Abreu, carro 51 da AMG Motorsport - a 12s958
5 - Nonô Figueiredo, carro 51 da AMG Motorsport - a 14s595
6 - Max Wilson, carro 65 da RC Competições - a 15s293
7 - Galid Osman, carro 28 da FTS - a 16s878
8 - Duda Pamplona, carro 23 da ProGP - a 20s007
9 - Vitor Meira, carro 6 da ProGP - a 21s083
10 - Lico Kaesemodel, carro 63 da RCM Motorsport - a 21s959
11 - Diego Nunes, carro 16 da Hot Car - a 22s839
12 - Felipe Maluhy, carro 33 da Full Time - a 27s979
13 - Rodrigo Sperafico, carro 19 da Mico’s Racing - a 29s152
14 - Pedro Boesel, carro 88 da Nascar JF Racing - a 30s187
15 - Tuka Rocha, carro 25 da FTS - a 31s364
16 - Thiago Camilo, carro 21 da RCM Motorsport - a 1 Volta
17 - Daniel Serra, carro 29 da RBR Mattheis - a 1 Volta
18 - Patrick Gonçalves, carro 8 da Carlos Alves Competições - a 1 Volta
19 - Ricardo Mauricio, carro 90 da RC Competições - a 1 Volta
20 - David Muffato, carro 35 da Boettger - a 1 Volta
21 - Xandinho Negrão, carro 99 da Full Time - a 1 Volta
22 - Ricardo Zonta, carro 10 da RZ Motorsport - a 2 Voltas
23 - Popó Bueno, carro 74 da RZ Motorsport - a 3 Voltas
24 - Luciano Burti, carro 14 da Boettger - a 4 Voltas
25 - Cacá Bueno, carro 0 da RBR Mattheis - a 4 Voltas
Não completaram:
Antonio Pizzonia
Denis Navarro
Giuliano Losacco
Eduardo Leite
Ricadro Sperafico
A próxima etapa da Stock Car 2012 será na pista gaúcha de Tarumã, no Rio Grande do Sul, no dia 30 de setembro. Veja como está a classificação do campeonato.
Largada da etapa de Cascavel da Stock Car 2012 (Foto: Fernanda Freixosa / Stock Car)Desde a largada, a Stock Car levantou poeira em Cascavel (Foto: Fernanda Freixosa / Stock Car)

Motorista que atropelou grupo no Ibirapuera é preso em flagrante

Segundo delegado, ele responderá por tentativa de homicídio.
Motorista disse que foi 'um simples acidente' e que foi fechado por carro

Por Kleber Tomaz Do G1 em SP
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O motorista que dirigia um Palio que furou um bloqueio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), reservado para participantes de uma corrida, e atropelou pelo menos sete pessoas, na manhã deste domingo (16), na região do Parque Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, foi preso em flagrante por tentativa de homicídio por dolo eventual. Segundo o delegado Emílio Pernambuco, do 27º Distrito Policial, no Campo Belo, ele assumiu o risco de matar ao desrespeitar as leis e a sinalização de trânsito e dirigir acima da velocidade permitida.
Acidente carro, Corrida Pão de Açúcar (Foto: Renato S. Cerqueira / Agência Estado)Carro furou bloqueio feito para prova de corrida (Foto: Renato S. Cerqueira / Agência Estado)
Ao G1, o motorista Ricardo Gonçalves dos Santos, de 32 anos, que é motoboy, disse que tudo não passou de “um simples acidente”, e alegou que foi fechado por um outro carro. Santos afirmou que não teve culpa - ele se submeteu ao teste do bafômetro, que deu negativo.
- O motorista será preso porque desrespeitou as leis de trânsito e adotou uma postura imprudente ao volante, assumindo o risco de matar, em flagrante. Ele será indiciado por tentativa de homicídio por dolo eventual. Havia sinalização completa do evento, que reuniu 30 mil pessoas, havia um bloqueio anterior, a 1,5 km do local do acidente. Ele descumpriu todas as regras de trânsito, passou por cima de barreiras e atropelou sete participantes - explicou o delegado Pernambuco. As vítima participariam da 20ª Maratona de Revezamento da Cidade de São Paulo.
Motorista foi levado para o 27º DP, no Campo Belo (Foto: Kleber Tomaz / G1)Motorista foi levado para o 27º DP, no Campo Belo
(Foto: Kleber Tomaz / G1)
As sete vítimas foram levadas para hospitais da região. Duas ficaram gravemente feridas, segundo a CET. Segundo o delegado, caberá à Justiça arbitrar o valor da fiança, caso da defesa de Santos peça sua liberdade.
- O motorista está com a habilitação e a documentação do carro em ordem. Ele contou que ia jogar bola no Parque Villa Lobos, quando foi fechado. Como o motoboy foi agredido por outras pessoas, ele precisou ser protegido - disse Pernambuco.

Segundo o delegado, policiais militares que atenderam a ocorrência informaram que o motorista do Palio não tentou fugir após o atropelamento. A CET, porém, deu outra versão: o condutor fugiu a pé após atropelar as pessoas e, por isso, foi agredido. A companhia informou que o atropelamento ocorreu por volta das 8h30 na Avenida Pedro Álvares Cabral em frente à Praça Ibraim Nobre, perto do Obelisco do Ibirapuera.

Ginasta capixaba Eduarda Queiroz morre em acidente na BR-262

Atleta era filha de Monika Queiroz, ex-técnica da seleção. Natália Gaudio, bicampeã nacional, também estava no carro, mas não se feriu gravemente

Por Leandro Nossa Vitória, ES
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Eduarda Queiroz, ginasta capixaba (Foto: Reprodução/Facebook)Eduarda Queiroz estava sem cinto na hora do
acidente (Foto: Reprodução/Facebook)
A ginasta Eduarda Mello de Queiroz, de 17 anos, morreu em um acidente na BR-262, em Viana, região metropolitana do Espírito Santo, no início da manhã deste domingo. Ela era filha da ex-técnica da seleção brasileira de conjunto de ginástica rítmica Monika Queiroz, que comandou o Brasil na conquista dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro 2007 e na participação nas Olimpíadas de Pequim 2008.
Eduarda também foi vice-campeã brasileira de conjunto no início deste mês, integrando a equipe da Escola de Campeãs (ES), na qual era treinada por sua mãe. O GLOBOESPORTE.COM tentou entrar em contato com Monika Queiroz, mas não conseguiu localizar a treinadora, que estaria na Bahia.
O velório será a partir das 8h dessa segunda-feira, no Parque da Paz, em Ponta da Fruta, Vila Velha, também na Grande Vitória. O sepultamento acontecerá às 16h.
A ginasta da seleção brasileira Natália Gaudio, de 19 anos, que foi bicampeã brasileira há duas semanas em Goiás, também estava no carro, mas ficou apenas com escoriações leves. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista Luiz Felipe Moroewsky Costa, de 20 anos, foi encaminhado desacordado para o Hospital São Lucas, em Vitória. O estado de saúde dele é grave.
De acordo com a PRF, os três voltavam de uma casa noturna em Marechal Floriano, município da região Sudoeste Serrana do estado, quando o condutor perdeu o controle do veículo, que rodou na pista, caiu em uma ribanceira, capotou e bateu em uma árvore. Chovia no momento do acidente, por voltas das 6h.
Segundo a polícia, a ginasta Eduarda Queiroz estava no banco de trás sem cinto de segurança, assim como o motorista. Natália Gaudio estava no banco do carona de cinto de segurança. O teste de bafômetro não foi realizado no condutor, pois ele ficou desacordado logo após o acidente.
Carro em que a ginasta Eduarda Queiroz seguia ficou destruído (Foto: Carlos Palito/TV Gazeta)Carro em que a ginasta Eduarda Queiroz seguia ficou destruído (Foto: Carlos Palito/TV Gazeta)