domingo, 24 de fevereiro de 2013

No 1º jogo após morte de Kevin, Timão empata no último minuto
Abalada e desfalcada, equipe corintiana sofre para voltar de Bragança com um ponto na bagagem, graças a pênalti convertido por Guerrero no fim
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • Lance capital
    49 do 2º tempo

    Raphael Andrade toca com a mão na bola na área, cometendo pênalti. Paolo Guerrero se encarrega da cobrança e empata para o Timão.
  • foi bem
    Alexandre Pato

    O atacante foi um dos destaques do time do Corinthians, movimentando-se bastante. Fez um gol e poderia ter feito mais em Bragança.
  • tensão
    Tite

    Logo após o empate do Timão, o técnico do Corinthians bateu boca com um torcedor do Bragantino, que o ofendeu durante boa parte do jogo.
A CRÔNICA
por Rodrigo Faber
864 comentários
O atual campeão mundial penou para conseguir um ponto em Bragança Paulista. No seu primeiro jogo após a tragédia de Oruro, que resultou na morte do garoto boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada, atingido no olho direito por um sinalizador marítimo, o Corinthians teve uma atuação irregular, mas ao menos não perdeu. Foi por pouco. Com um gol de pênalti aos 51 minutos do segundo tempo, marcado por Paolo Guerrero, o Timão arrancou um empate em 2 a 2 com o Bragantino. Com o resultado, o time de Tite se mantém no G-8, mas no último posto - em oitavo, com 14 pontos, um a mais que a equipe de Bragança. Alexandre Pato fez o primeiro dos visitantes, enquanto Léo Jaime e Lincom marcaram para os donos da casa.
Após um primeiro tempo sem gols, com chances quase exclusivamente corintianas, o Massa Bruta reagiu. Com um esquema tático que dificultou as coisas para o Timão, a equipe do interior abriu o placar com menos de um minuto na etapa complementar, sofreu o empate-relâmpago, mas não se abalou e fez o segundo. A vitória parecia garantida, até que, no último lance, o zagueiro Raphael Andrade meteu a mão na bola dentro da área, cometendo pênalti. Guerrero, que entrou no segundo tempo, bateu com precisão, decretando o 2 a 2 num jogo que teve como grande destaque a atuação de Pato. O ex-jogador do Milan se movimentou bastante, fez seu gol, teve chance para fazer muitos outros e reclamou de um pênalti não marcado no segundo tempo. Aos poucos, o atacante deixa claro que tem lugar no time titular do Timão, que jogou desfalcado de Emerson, Alessandro, Danilo e Jorge Henrique.
O próximo jogo do Corinthians será pela Libertadores, quarta-feira, às 22h, contra o Millonários, da Colômbia, no Pacaembu - ainda sem saber se haverá ou não torcida, em função da punição da Conmebol. Pelo Paulistão, o Timão encara o Santos, domingo, no Morumbi. Já o Bragantino recebe o Atlético Sorocaba, sábado, em Bragança Paulista.
Jogadores do Corinthians prestam 1 minuto de silêncio em homenagem ao torcedor boliviano morto em jogo da Libertadores, Bragantino x Corinthians (Foto: Márcio Fernandes/Agência Estado)Jogadores fazem um minuto de silêncio em homenagem ao torcedor boliviano Kevin Espada, morto
durante jogo contra o San José, quarta-feira passada, em Oruro (Foto: Márcio Fernandes/Ag. Estado)
Timão começa melhor
Na primeira partida após a morte de Kevin Espada, na estreia corintiana na Taça Libertadores da América, o clima da equipe ainda era de luto. Antes do apito inicial, um minuto de silêncio foi respeitado por jogadores e torcedores presentes no estádio Nabi Abi Chedid. No braço esquerdo de cada um dos atletas do Timão, uma tarja negra em homenagem ao garoto.
Entre titulares e reservas, o Corinthians contava com três ex-jogadores do Bragantino: Felipe, Paulinho e Romarinho. Aplaudidos, eles foram presenteados pelo presidente Marco Chedid por conta do título mundial, conquistado em dezembro. Mas, como diz o ditado, "amigos, amigos - negócios à parte". Pelo lado esquerdo do gramado, Romarinho infernizava a vida dos zagueiros adversários, que paravam suas rápidas arrancadas com faltas a todo instante.
Se de um lado o Timão aproveitava o estilo corredor de sua dupla de ataque, do outro o Bragantino esbarrava em aspectos técnicos. Errando muitos passes, os donos da casa permitiram que Alexandre Pato chegasse duas vezes com perigo à área. Primeiro, chute cruzado, pelo lado direito, que parou nas mãos de Defendi, em bela defesa. Depois, finalização à queima-roupa, que por muito pouco não sobrou para Paulinho empurrar para a rede no rebote.
O truncado sistema defensivo do Braga, com três zagueiros e postura claramente cautelosa, não era problema para o Timão. O entrave de verdade eram as finalizações - falha apontada diversas vezes pelo técnico Tite. Dentro da pequena área, Romarinho perdeu mais uma boa oportunidade de abrir o placar, chutando na trave. Douglas e Fábio Santos também não acertaram a mira quando testados.
O goleiro Cássio teve de trabalhar em apenas um lance da etapa inicial: em lançamento longo para Malaquias, a zaga corintiana foi pega de surpresa, Edenílson também não alcançou o atacante adversário, e o camisa 12 saiu do gol para fazer boa intervenção.
Alexandre Pato, Bragantino x Corinthians (Foto: Luis Moura/Agência Estado)Alexandre Pato teve boa atuação diante do Bragantino (Foto: Luis Moura/Agência Estado)
Bragantino surpreende
O Bragantino passou os 45 minutos iniciais sem incomodar o Corinthians. Mas logo no primeiro minuto do segundo tempo, a surpresa: em cruzamento rasteiro pela direita, Léo Jaime finalizou dentro da área, no canto direito de Cássio, sem chances para o goleiro.
Dominadas por corintianos, as arquibancadas do estádio se calaram, mas a reação do Timão foi imediata. Em contra-ataque, dois minutos depois, Renato Augusto arriscou chute de fora da área. A bola desviou na zaga adversária e sobrou para o oportunista Alexandre Pato, sozinho, às costas dos três defensores, chutar forte e balançar a rede. Segundo jogo como titular do camisa 7, segundo gol pelo Corinthians.
Menos defensivo que no primeiro tempo, ainda que sob o mesmo esquema tático, o Bragantino  passou a arriscar mais. E logo foi recompensado: em cobrança de falta de Diego Macedo, a defesa do Timão vacilou e Lincom completou. No reflexo, Cássio ainda conseguiu espalmar, mas a bola bateu na trave direita e entrou.
A marcação sobre a dupla de ataque do Corinthians se intensificou. Alexandre Pato sofria cada vez mais com as faltas, mas a equipe esbarrava na baixa criatividade de Douglas, ainda sem ritmo de jogo em 2013. O técnico Tite trocou o camisa 10 por Paolo Guerrero, recuou Ralf para colocar Guilherme no lugar de Paulo André, mas não obteve êxito.
O empate, porém, acabou caindo do céu, no último lance de jogo: após escanteio, o zagueiro Raphael colocou a mão na bola na área - pênalti, convertido com extrema precisão por Guerrero. Resultado justo para um time que, mesmo abalado e desfalcado, não deixou de lutar.
Sob olhares de Pelé e Neymar, André brilha na virada do Santos sobre o XV
Após perder gols no primeiro tempo, atacante aproveita as chances na etapa final e faz o Peixe quebrar série de três jogos sem vencer no estadual
 
DESTAQUES DO JOGO
  • nome do jogo
    André
    Após má exibição no primeiro tempo, atacante se redimiu no segundo e fez os gols que deram a vitória ao Peixe contra o clube do interior paulista
  • deu certo
    Giva
    Escalado na vaga de Neymar, o garoto promovido dos juniores teve boa atuação no primeiro tempo, mas cansou na etapa final e saiu com câimbras
  • lance capital
    25 do 1º tempo
    Após bela finta em Bruno Peres pelo lado direito, Márcio Diogo finaliza de cavadinha com estilo e carimba a trave do goleiro Rafael, do Santos
A CRÔNICA
por Lincoln Chaves
102 comentários
Sem Neymar em campo, coube a André tirar o Santos do sufoco no Campeonato Paulista. Em uma noite de uma apresentação bastante irregular, principalmente no primeiro tempo, o Peixe contou com o oportunismo de seu centroavante na etapa final para comandar a virada por 2 a 1 sobre o XV de Piracicaba, neste domingo, na Vila Belmiro. Cesinha marcou para o Nhô Quim.
Montillo, Santos x XV de Piracicaba (Foto: Ricardo Saibun/Agência Estado)Montillo disputa jogada em vitória do Santos na Vila Belmiro (Foto: Ricardo Saibun/Agência Estado)
O suado triunfo e os dois gols de André foram acompanhados por Pelé e Neymar, suspenso pela expulsão contra a Ponte Preta. Em áreas diferentes do estádio, os ídolos alvinegros não se encontraram depois da polêmica entrevista do Rei do Futebol ao Esporte Espetacular em que criticou o comportamento recente do craque.

O resultado faz o Santos quebrar a sequência negativa de resultados no estadual – um empate e duas derrotas. O placar coloca a equipe do litoral na quarta colocação, com 17 pontos, dois abaixo dos líderes São Paulo e Ponte Preta. No domingo, o Alvinegro faz o clássico contra o Corinthians, às 16h, no Morumbi.
Já o XV de Piracicaba acumula o terceiro confronto seguido sem vencer e fica em situação perigosa, com apenas nove pontos, um acima da zona do rebaixamento. O clube do interior chegou aos 12 pontos e recebe o Mirassol, sexta-feira, às 19h30m, no estádio Barão de Serra Negra.
Peixe joga mal, e Nhô Quim carimba a trave
De seu camarote na Vila Belmiro, Neymar pôde constatar, mais uma vez, como o Santos é dependente dele. Suspenso pela expulsão contra a Ponte Preta, o atacante viu o Peixe sofrer com um número excessivo de passes errados no ataque, mas com sorte de ter a trave como aliada para não terminar o primeiro tempo em desvantagem.
O garoto Giva, escalado na vaga e vestindo a camisa 11 do ídolo alvinegro, foi o melhor do sistema ofensivo. Veloz e com boa movimentação pelos lados, criou as duas melhores oportunidades para os santistas. André, bastante questionado no clube, desperdiçou ambas. Montillo e Cícero ficaram abaixo do esperado e pouco apareceram na criação.
Sem ser pressionado, o XV de Piracicaba não se limitou a defender e chegou a dominar a partida em alguns momentos. Dos pés do artilheiro Márcio Diogo saiu o principal lance da etapa inicial. Após belo drible no lateral Bruno Peres, ele deu um leve toque na bola na saída do goleiro Rafael e acertou a trave.
O Santos não conseguiu responder à altura. O time teve problemas na ligação da defesa para o ataque. Arouca, responsável pela transição, também não esteve em noite inspirada. Muricy foi à loucura na beirada do campo com os erros de Bruno Peres e refletiu na torcida, que vaiou o time na saída para o intervalo.
André faz dois e decide para o Santos
Muricy voltou dos vestiários com a orientação de aproximar os jogadores de ataque. A instrução, porém, não foi seguida pela equipe. O XV controlou a partida e chegou ao gol aos sete minutos. Após cobrança de falta de Diguinho pela direita, Cesinha desviou de cabeça de costas, a bola tocou na trave, bateu em Rafael e entrou.
A desvantagem dez o Santos acordar para buscar ao ataque, mas sem muita organização. O time passou a insistir em cruzamentos para a área e chegou à igualdade, aos 25, depois que Luiz Eduardo colocou o braço direito na bola após levantamento. André cobrou o pênalti e deixou tudo igual.

Com o XV mais recuado, o Santos aproveitou para continuar pressionando. A virada veio aos 28 minutos. Montillo cobrou escanteio, Giva desviou e André, na mesma linha dos defensores, tocou de cabeça.
A partir disso, o Peixe passou a administrar o resultado e a esperar o adversário. O XV, porém, não teve forças para reagir. Muricy tratou de reforçar a marcação para impedir qualquer sufoco nos minutos finais e conseguiu um resultado importante para amenizar a cobrança no clube.
 

Bernardo diz que sempre esteve tranquilo e que pai 'era mais louco'

Meia afirma que 'não tinha nada acontecendo' quando foi barrado do time titular e que se lembra do pai quando faz gols decisivos

Por GLOBOESPORTE,COM Macaé, RJ
7 comentários
O meia Bernardo ficou fora do time titular do Vasco nas duas últimas partidas, contra Audax e Fluminense. No entanto, bastou jogar os 90 minutos diante do Duque de Caxias para mostrar o quanto pode ser decisivo para o Cruz-Maltino.

Além da boa atuação neste domingo, no Estádio Cláudio Moacyr, Bernardo marcou os dois gols que levaram o time à virada por 2 a 1 e às semifinais da Taça Guanabara como líder do Grupo B. Contente com a ótima volta à equipe, Bernardo respondeu às críticas que recebeu por ter caído de rendimento recentemente.
- Deixo isso de lado. Quero deixar bem claro que não tinha nada acontecendo, estava tudo tranquilo. Às vezes, as pessoas comentam que eu caí de produção, mas o Gaúcho tem que saber quem colocar, quem está melhor. Por isso fiquei fora dos dois jogos. Mas o jogo de hoje mostrou que eu preciso estar sempre firme para ajudar meu clube - disse.
A felicidade de Bernardo ficou mais evidente na comemoração de seu primeiro gol. Após chute de Dakson, o meia desviou de cabeça para a rede e correu para celebrar atirando a camisa do Vasco ao chão e dando socos no ar, lembrando os velhos tempos de seu pai, Hélio Doido, conhecido por comemorar gols de formas inusitadas.
- Quando faço gols decisivos, lembro logo dele. Ele era mais louco que eu nas comemorações. Mas fico feliz em ajudar o Vasco a sair com esse resultado.
Bernardo comemora gol do Vasco sobre o Duque de Caxias (Foto: Rui Porto Filho/Agência Estado)Bernardo comemora o segundo gol do Vasco sobre o Duque de Caxias (Foto: Rui Porto Filho/Agência Estado)
Para seguir em busca de uma comemoração ainda maior, como a do título da Taça Guanabara, Bernardo terá que ajudar o Vasco a passar pelo Fluminense, adversário das semifinais. Ele lembrou o último confronto, que terminou em empate por 1 a 1.
- Tivemos a oportunidade de enfrentá-los no carnaval e quase saímos vencedores. Espero que seja um jogo muito importante, principalmente para a gente.
Vasco e Fluminense se enfrentam às 18h30m de sábado, no Engenhão. A vantagem do empate é do Cruz-Maltino, que ficou na liderança do Grupo A.
Vitória da vontade: Inter domina time reserva do Grêmio e avança à semi
Motivada no Gauchão, equipe de Dunga vence Gre-Nal 396 no Centenário diante de rival voltado à Libertadores e segue vivo no primeiro turno
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • força do Interior
    paz na Serra
    Assim como ocorrera em Erechim, o Gre-Nal de Caxias foi mais uma boa lição de que é possível fazer clássico sem confusões entre torcidas.
     
  • nome do jogo
    Forlán
    O uruguaio tomou gosto pelo Gre-Nal. Já havia marcado no primeiro do ano. Desta vez, sofreu e converteu o pênalti e ainda bateu o escanteio para Moledo.
  • deu errado
    reservas
    Em nome do 'projeto Libertadores', novamente o Grêmio usou reservas em Gre-Nal. E, novamente, foi envolvido e mereceu a derrota.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
294 comentários
Só mudou o endereço. De resto, o filme se repetiu. Até o placar. Com discurso de valorização do Gauchão, o Inter levou titulares, dominou a partida do início ao fim e venceu os reservas do Grêmio (só Dida e Werley jogaram) na tarde deste domingo em Caxias do Sul - roteiro semelhante ao clássico anterior, em Erechim. A outra diferença está no prêmio desta nova história. Não chega a ser um Oscar, mas vale bem mais que os três pontos. O placar de 2 a 1, gols de Forlán, Rodrigo Moledo e Willian José, leva o time de Dunga à semifinal da Taça Piratini, o primeiro turno do Estadual.
Agora, o Inter, que estreou o estádio Centenário como sua nova casa até o Beira-Rio ser liberado das obras, enfrenta o Esportivo, que bateu o invicto Lajeadense nos pênaltis. O confronto terá o mando colorado, já que sustenta melhor campanha que o rival. A outra semifinal está definida entre São Luiz e Caxias. As duas ocorrem no próximo fim de semana, com datas a serem definidas pela Federação Gaúcha de Futebol.

Eliminado, o Grêmio só volta a pensar em Gauchão em 16 de março, quando enfrenta o Lajeadense, na primeira rodada do segundo turno. Antes, no dia 5, recebe o Caracas, possivelmente na Arena, pela Libertadores, grande objetivo do clube no primeiro semestre e motivador do uso de reservas em Caxias do Sul.
Forlán atacante Inter gre-nal centenário (Foto: Alexandre Lops/Divulgação Inter)Forlán comemora o primeiro gol colorado (Foto: Alexandre Lops/Divulgação Inter)
Domingo de Gre-Nal: paz, gandula e 3-5-2
O segundo clássico da história a ser disputado em Caxias do Sul - o primeiro ocorrera em 1965, num amistoso em 0 a 0 - começou muito antes de a bola rolar. E em clima de tranquilidade. Era essa a atmosfera nas ruas da cidade serrana desde muito cedo da manhã. Na entrada das equipes, uma faixa pedindo paz nos estádios e ainda um minuto de silêncio, em homenagem ao jovem morto na Bolívia, após o arremesso de um sinalizador. Mas... Gre-Nal é Gre-Nal, e alguns componentes tradicionais do clássico não demoraram a surgir.
Primeiro, o mistério. Vanderlei Luxemburgo levou apenas os titulares Dida e Werley a Caxias, mas segurou a divulgação da escalação até minutos antes do apito inicial de Jean Pierre de Lima. Surpreendeu ao levar a campo três zagueiros. Mais curioso ainda foi ver o defensor Douglas Grolli envergar a camiseta de número 11. Segundo elemento, a rivalidade: o diretor executivo Rui Costa não gostou de ver os gandulas com uniformes do Inter, mesmo que o mando fosse vermelho. Como medida paliativa, foram entregues coletes aos funcionários, alvos de polêmica já no Gauchão passado, em Gre-Nal da Taça Farroupilha, no qual Luxa discutou com um gandula e acabou expulso.
Por falar em Inter, nada de mistério no time de Dunga. Apenas a entrada de Juan na vaga de Ronaldo Alves, lesionado de última hora. Com titulares, desenhou uma já esperada superioridade. Em 15 minutos, teve quatro escanteios ao seu favor. Num deles, aos 6, Damião emendou uma bicicleta, encobriu Dida e viu a bola roçar o travessão. Antes, aos 2, Juan já havia cabeceado com perigo sob a trave.

Uruguaio desmancha muralha
grêmio internacional gre-nal centenário damião werley (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)Damião e Werley protagonizaram bom duelo
(Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Sobrevivendo de lançamentos aleatórios para Welliton e Marcelo Moreno, o Grêmio demorou a levar perigo ao gol de Muriel. Aos 20, Tony chegou próximo à área e levantou na cabeça de Welliton. O atacante mergulhou, num peixinho estiloso, porém desastrado: na pequena área, perdeu a grande chance da partida até então.
Oportunidade que custaria caro. Quando Forlán teve a sua, aos 25 minutos, não desperdiçou. Após tabela envolvente de D'Alessandro e Fred, o uruguaio recebeu na área e acabou calçado por Matheus Biteco: pênalti incontestável. Que virou gol no pé direito de Forlán, em chute rasante, forte, no canto direito de Dida. O goleiro não sabia o que era buscar bolas na rede desde 10 de novembro, ainda com as luvas da Portuguesa.
O gol inflou um estádio já amplamente vermelho. Se já estava difícil para o desentrosados reservas do Grêmio, o 1 a 0 complicou de vez. Logo depois, D'Alessandro - que iria comemorar 200 jogos neste domingo, mas que acabou tendo as estatísticas recontadas, foi a sua 197ª partida - tentou o dele. O chute, venenoso, passou zunindo a trave canhota de Dida. A pressão ensaiada com esse lance arrefeceu. O primeiro tempo foi se esvaindo com lentidão, como se o melhor já estivesse sido feito.
- É importante a vitória, mas ainda faltam 45 minutos. É bom fazer o gol, mas o melhor é a equipe estar vencendo e depois classificar - ponderou o eficiente Forlán.
O pouco inspirado Marcelo Moreno lamentou o resultado:
- Foi um primeiro tempo complicado. Desde o início tentamos fazer um bom jogo, fazer o primeiro gol, mas fomos surpreendidos. Temos que manter o ritmo para empatar e depois tentar vencer - afirmou o atacante gremista.

Grêmio muda, mas Inter manda e dá "olé"
O boliviano, no entanto, não teve chance de colocar em prática as suas ideias. Acabou substituído por Willian José. O antes improvável 3-5-2 virou pó no vestiário. Ressurgiu como um 4-3-3 na volta do intervalo. Isso porque Luxa ainda colocou o argentino Facundo Bertoglio e sacou o zagueiro Bressan.
Não deu muito certo. Pelo menos nos primeiros minutos, o Grêmio, aturdido, viu o Inter colecionar investidas perigosas. Aos 2 minutos, Dida subiu mais alto do que todos, mas não agarrou a bola após escanteio. Caído, ajoelhado na grama, viu Biteco salvar a bola na linha da pequena área.
Era uma espécie de prelúdio. Prefácio. Premonição. Aos 13, em novo escanteio, agora pelo lado esquerdo, o Inter aumentou a vantagem. Desta vez, Dida não saiu nem ficou no gol. Abriu um vão para o atento Rodrigo Moledo se antecipar a Biteco e desviar às redes: 2 a 0. Que poderia ser 3 a 0 logo em seguida, se Damião não tivesse errado a pontaria, após vencer a débil zaga tricolor em arrancada veloz.
Os gritos de "olé", que o Grêmio titular tanto ouvira a seu favor no Engenhão, se virou contra os reservas no Centenário. Os quase 18 mil colorados vibravam com cada troca de passe, seja no ataque, seja na defesa. Aos 22, no entanto, a festa colorada foi silenciada pelo apito inesperado de Jean Pierre, que marcou pênalti de Josimar em Douglas Grolli, após levantamento na área. Willian José descontou: 2 a 1.
Estádio repleto, rivalidade, falhas, acertos, gols... faltava ainda uma confusão para o Gre-Nal 396 ter cara de Gre-Nal. Embora tímida, ela chegou aos 28 minutos. D'Alessandro não gostou da marcação mais forte de Adriano. Os dois se estranharam e levaram cartão amarelo, o primeiro havia sido para Josimar devido ao pênalti.
Mas a cara do Gre-Nal 396 foi mesmo a vontade de vencer. Que, ao lançar mão de todos os seus titulares, só o Inter realmente a teve. E, assim, só o Inter poderia vencer. Só o Inter venceu. Não poderia ser diferente. Todos já haviam assistido a esse filme.

De volta ao time, Valdivia já pensa em ajudar o Verdão na Libertadores

Camisa 10 do Verdão entra no segundo tempo, comemora vitória da equipe no Paulistão e enaltece suas qualidades para o duelo contra o Libertad

Por Marcelo Prado São Paulo
38 comentários
O meia Valdivia saiu do banco de reservas aos 11 minutos do segundo tempo da partida contra o União Barbarense, na tarde deste domingo, no Pacaembu, para tentar mais um recomeço no clube. Recuperado de lesão muscular na coxa esquerda.
Empolgado com a vitória no Paulistão e o bom momento vivido pelo clube na temporada, o chileno elogiou o papel da torcida, mas destacou que a postura do time deverá ser outra na próxima quinta-feira, quando o Verdão vai até Assunção, no Paraguai, enfrentar o Libertad pela segunda rodada do grupo 2 da Taça Libertadores da América.
– Libertadores é outra coisa. O espírito que o Palmeiras está mostrando, a união dos jogadores e o posicionamento em campo estão ajudando o time a ter essa sequência de vitórias. Está muito cedo ainda, mas o caminho é esse. Martelamos e deu certo. O caminho é esse, com apoio da torcida esperamos ganhar mais jogos aqui
Nascido na Venezuela, mas naturalizado chileno, Valdivia conhece bem a catimba sul-americana que dita grande parte das partidas da Taça Libertadores. Por isso, se considera fundamental ao esquema de Gilson Kleina.
– Quero contribuir o máximo que puder, com passe para gol, segurar a bola, e também com o juiz, já que falo espanhol. Estou bem e feliz de ter ajudado hoje. Mas quinta é diferente, Libertadores é outra pegada.
O Palmeiras divide a liderança do Grupo 2 com os paraguaios do Libertad, adversários desta quinta-feira, em jogo que será disputado em Assunção, às 19h15 (horário de Brasília), no Estádio Nicolas Leoz. Pelo Paulistão, o Verdão só volta a campo na quinta-feira, dia 8 de março, quando recebe o Paulista de Jundiaí no Pacaembu, às 20h30.
Gilson Kleina orienta Valdivia, Palmeiras x União Barbarense (Foto: Werther Santana/Agência Estado)Valdivia conversa com Gilson Kleina antes de entrar em campo (Foto: Werther Santana/Agência Estado)
Sem a ponta: Bota joga mal, só empata e pega o Fla nas semifinais
Em tarde muito apagada de Seedorf, Alvinegro sai atrás e busca igualdade contra o Boavista. Resultado faz equipe de Oswaldo cair para segundo
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • os nomes do jogo
    donos dos gols
    Gilcimar, do Boavista, mostrou força ofensiva e fez os gols da equipe. No Bota, destaque para Lucas, que fez um golaço e deu passe para Lodeiro marcar.
  • a decepção
    Seedorf
    O meia esteve irreconhecível. Bem marcado, não teve desenvoltura. Errou repetidos passes. Não manteve o hábito de ajudar a sua equipe.
  • evolução
    R. Marques
    Não foi desta vez que o atacante fez seu primeiro gol pelo Botafogo. Mas ele foi participativo e se envolveu nos dois gols marcados pelo time.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
151 comentários
Bastava uma vitória simples sobre o Boavista para o Botafogo terminar como líder do Grupo A e ir com vantagem para as semifinais. Mas não aconteceu. O Alvinegro jogou mal neste domingo, no Engenhão, empatou por 2 a 2 e perdeu o primeiro lugar da chave para o Vasco, que bateu o Duque de Caxias. Com isso, pega no domingo o Flamengo nas semifinais da Taça Guanabara, o primeiro turno do estadual. Os rubro-negros têm a vantagem do empate para avançar à decisão. Na outra semifinal, Vasco e Fluminense se enfrentam, no sábado.
O Botafogo pagou o preço de sua atuação. Com Seedorf muito apagado, não conseguiu alcançar supremacia em campo. Saiu perdendo por 2 a 0 e buscou o empate ainda no primeiro tempo, mas não teve forças para virar na etapa final. Pior: quase perdeu o jogo. Gilcimar fez os dois gols do Boavista. Lucas e Lodeiro marcaram para o Bota.
- Cometemos erros reincidentes, principalmente nas jogadas de bola parada. Dois gols são suficientes para vencer uma partida. Sabíamos como o adversário se comportaria e a dificuldade que teríamos. Só lamento a maneira como sofremos os gols. Fico aborrecido com isso. Agora, temos a chance na frente de reparar isso com uma vitória - comentou Oswaldo de Oliveira.
No lance do segundo gol do Boavista, o zagueiro Antônio Carlos sentiu um desconforto na coxa esquerda e deixou o campo para a entrada de Dória. O jogador, vaiado ao sair de campo, será reavaliado nesta segunda-feira e, se necessário, será submetido a um exame de imagem.
Lodeiro, Botafogo x Boavista (Foto: Wagner Meier/AGIF)Lodeiro comemora o segundo gol do Botafogo no empate contra o Boavista (Foto: Wagner Meier/AGIF)
Dois para cado lado

O Botafogo demorou para perceber que estava disputando um jogo de futebol. Com a zaga perdida e o setor de criação engolido pela marcação adversária, o time alvinegro, num piscar de olhos, se viu perdendo por 2 a 0 no Engenhão. Enquanto a equipe de Oswaldo de Oliveira tentava se encontrar, o Boavista foi lá e, com 13 minutos, abriu placar gordo. E graças a Gilcimar. O centroavante fez os dois gols: no primeiro, fugiu da marcação de Fellype Gabriel e concluiu de cabeça; no segundo, entrou feito um raio na área para aproveitar cruzamento da direita e vencer a marcação de Lucas.
Faltou Seedorf ao Botafogo durante todo o primeiro tempo. Ele foi bem marcado, errou passes, forçou jogadas. Com Andrezinho também apagado, Lodeiro virou alternativa quase exclusiva no meio. O jeito foi encontrar uma válvula de escape com Lucas pela direita. Foi ele quem arquitetou a busca do empate. Fez o primeiro gol, em pancada impressionante de fora da área - um golaço. E participou da trama do segundo. Andrezinho deu belo passe para Rafael Marques, que acionou o lateral-direito. O cruzamento encontrou Lodeiro, e o uruguaio venceu a disputa com a zaga para empatar a partida.
Perigo
O Botafogo voltou mal no segundo tempo. Chegou a ser dominado pelo adversário. Correu sério risco de sofrer mais um gol. Até bola no travessão levou, com Douglas Carioca, de cabeça. A exemplo do primeiro tempo, ficou órfão do rendimento habitual de Seedorf. O holandês não foi bem na partida.
Oswaldo tentou mexer no time. Colocou Bruno Mendes no lugar de Rafael Marques. Em vão. O time seguiu perdido. Os minutos finais viraram uma correria de lado a lado, com os times abertos. O Botafogo passou sufoco. Viu o Boavista perder três chances de fazer o terceiro - resultado que eliminaria o Fluminense. A bola, incrível, cruzou a área em todas elas. E nada de entrar. No último lance, Seedorf deixou Bruno Mendes na cara do gol, mas o goleiro Vinicius salvou.
Flu tropeça no Madureira, mas garante vaga e enfrenta o Vasco
Com dois gols de Samuel, time empata por 2 a 2, chega a 16 pontos e encara equipe cruz-maltina, que terá vantagem do empate no sábado 
 
 

DESTAQUES DO JOGO
  • a decepção
    Thiago Neves
    O meia teve atuação ruim na chance de fazer as pazes com a torcida, após criticá-la. Perdeu pênalti e deixou campo ouvindo aplausos e vaias.
  • perigo
    pipas
    Como é comum em Moça Bonita, houve várias pipas caindo no gramado neste domingo. O árbitro interrompeu a partida algumas vezes.
  • carrasco
    Rodrigo
    O volante, que passou pelo Flu entre 2011 e 2012, teve boa atuação e fez os dois gols do Madureira. Já havia marcado contra o Flamengo.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
65 comentários
Não foi o remédio ideal para curar a ressaca pela derrota por 3 a 0 para o Grêmio, pela Libertadores, na quarta-feira. Na ensolarada tarde deste domingo, em Moça Bonita, o Fluminense não passou de um empate por 2 a 2 com o Madureira. E a dor de cabeça poderia ter sido maior, já que o Boavista esteve perto de vencer o Botafogo e tirar dos tricolores a segunda colocação do Grupo B.
O Flu chegou aos 16 pontos e enfrentará o Vasco no sábado, no Engenhão, em uma das semifinais da Taça Guanabara. O rival terá a vantagem de jogar pelo empate, já que ficou na liderança do Grupo A. Botafogo e Flamengo se encontram na outra semi, no domingo.
Samuel fez os dois gols do Tricolor, e Rodrigo (que teve passagem pelas Laranjeiras) também marcou em dose dupla. Thiago Neves desperdiçou um pênalti no fim do primeiro tempo, quando o jogo estava empatado por 1 a 1. Na etapa final, ao ser substituído por Marcos Júnior, o camisa 10 ouviu um misto de vaias e aplausos.
- Thiago Neves vai melhorar e deve jogar na quarta-feira. Ele perdeu um pênalti, paciência. Mas deu uma assistência fantástica, correu muito e lutou até a exaustão. É o tipo de jogador que merece sempre um desconto por sua dedicação e entrega tática. Sempre frisei e repito: minha confiança nele é total. Thiago é uma peça fundamental dentro da equipe - disse Abel Braga.
O técnico levou a campo um time repleto de reservas. O objetivo foi poupar os titulares para a Libertadores, já que na quarta-feira o time enfrentará o Huachipato, no Chile. Thiago Neves e Edinho foram as exceções. Gum, que ainda aprimora a forma física, também foi a campo.
samuel fluminense x madureira (Foto: Photocamera)Samuel fez os dois gols do Fluminense no empate com o Madureira (Foto: Photocamera)
O forte calor em Bangu foi um adversário a mais para os times. O Fluminense tomou a iniciativa e fez suas principais jogadas pela direita, com Rhayner caindo pelo setor e ajudando Wellington Silva. Aos 13 minutos, o Fluminense abriu o placar. Se Rhayner não balança a rede há dois anos, pode dizer que fez metade do gol. O atacante fez boa jogada pela ponta, driblou um adversário, foi à linha de fundo e rolou para Samuel, que, livre de marcação na pequena área, só empurrou para fazer 1 a 0.
A superioridade do time de Abel era clara. Aos poucos, porém, o ritmo caiu, e o time parou. O Madureira, que até então mal conseguia articular as jogadas, assustou Ricardo Berna em chutes de Jairo e Ramon. Na falta de inspiração, a disposição do Tricolor Suburbano foi premiada. Aos 40, Monzón derrubou Derley dentro da área. Rodrigo cobrou pênalti e empatou o jogo.
Os poucos torcedores do Madureira no estádio ainda comemoravam quando o goleiro, de forma atabalhoada, trombou com Thiago Neves dentro da área. Torcedores pediram Rhayner na cobrança, assim como contra o Volta Redonda - na ocasião, ele bateu, perdeu e tirou Abel do sério. Desta vez, Thiago Neves foi para a cobrança, mas também falhou. Márcio caiu no canto direito e fez a defesa.
Samuel e Rodrigo voltam a marcar e decretam empate
Nos primeiros momentos do segundo tempo, as pipas que a todo instante caíam no gramado chamavam mais atenção do que o futebol. Até os 15 minutos, foram cinco pipas no campo contra uma finalização de Wellington Silva na trave. O Fluminense retomou o domínio do jogo. Abel tirou Wagner e lançou Felipe, aos 19 minutos. Pouco depois, voltou a brilhar a estrela de Samuel. Monzón cruzou, Thiago Neves ajeitou de cabeça, e o jogador marcou pela segunda vez no jogo, o seu quarto gol no Carioca.
Aos 37, Abel colocou Marcos Júnior no lugar de Thiago Neves, que saiu sob um misto de aplausos e vaias. Em seguida, depois de cobrança de escanteio, Rodrigo subiu mais do que a zaga e, de cabeça, decretou o empate: 2 a 2.

Náutico não sente falta de Kieza e inicia 2º turno com 8 a 0 no Petrolina

Rogério, com três gols, e Elton, com dois, entram de vez na briga pelo 
posto do agora ex-artilheiro alvirrubro, que acerta com time chinês

Por GLOBOESPORTE.COMRecife
35 comentários
 O Náutico não sentiu a ausência de Kieza e iniciou o segundo turno do Campeonato Pernambucano aplicando uma goleada de 8 a 0 no Petrolina, neste domingo, nos Aflitos. Com dois gols de Elton e outros três de Rogério, os atacantes entram na briga pelo posto do artilheiro timbu e garantem os três primeiros pontos na fase que de fato define quem serão os semifinalistas que vão disputar o título estadual. Já a equipe sertaneja não consegue se recuperar após marcar apenas um ponto durante todo o primeiro turno.
Kieza até estava relacionado para o jogo, mas deixou a concentração na noite deste sábado após acertar com um time da China. Sem o artilheiro, Elton marcou duas vezes no primeiro tempo, aos 30 e 38 minutos, enquanto Rogério foi o dono da etapa complementar ao marcar mais três gols. Renato e Giovani também fizeram no segundo tempo, além de Jeffinho contra, dando números finais à goleada.
As duas equipes voltam a campo na próxima quarta-feira. O Náutico encara o Pesqueira às 21h50 no estádio Joaquim de Brito. Já o Petrolina recebe o Central, às 20h, no estádio Paulo Coelho.
elton rogério náutico (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Elton e Rogério não deixaram a torcida sentir falta de kieza (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Elton toma conta do primeiro tempo
Diante da fragilidade do Petrolina, o Náutico tomou conta de todo primeiro tempo. Nos 15 minutos iniciais, o Timbu chegou perto, mandando duas bolas no travessão. A primeira delas, aos 12, com Alemão e, logo depois, aos 15, com o atacante Elton.
elton náutico (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Com dois gols no 1º tempo, Elton abre caminho
para goleada (Foto: Aldo Carneiro / PE Press)
O Petrolina só conseguiu chegar em cobranças de escanteios, mas sem ameaçar o goleiro Felipe. O gol era questão de tempo e ele veio aos 30 minutos. Bruno Collaço cruzou para a área, Rogério arrumou de cabeça e Elton, de primeira, mandou para as redes.
Após o gol, o Náutico aumentou o ritmo e no minuto seguinte voltou a chegar com perigo na área. O goleiro Diego conseguiu evitar o gol. Aos 37, Elicarlos arriscou de fora da área, assustando o camisa 1 da equipe sertaneja.
A insistência alvirrubra deu resultado aos 38 minutos. Numa jogada de muita velocidade, Rogério desceu pela direita e bateu rasteiro para a área. Elton apareceu livre e bateu forte, de primeira, para fazer 2 a 0. Aos 43 minutos, Rogério ainda mandou a terceira bola no travessão.
...e Rogério brilha no segundo tempo
rogério náutico (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Rogério marca três vezes no segundo tempo
(Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
O Petrolina iniciou o segundo tempo com duas mudanças e assustando. Após um erro do zagueiro Luis Eduardo, Cleitinho invadiu a área e, de frente para Felipe, bateu mal, mandando para fora. Após o susto, o Náutico voltou a assumir o controle da partida. E após uma série de investidas, aos 10 minutos, Rogério soltou o pé de fora da área e fez o terceiro gol alvirrubro.
Com a vitória assegurada, o técnico Vágner Mancini aproveitou para promover o retorno do zagueiro Jean Rolt, que não atuava desde o final do Brasileiro do ano passado por conta de uma lesão muscular. Considerado por muitos a única unanimidade na zaga timbu, ele entrou aos 18 minutos na vaga de Luís Eduardo.
Para assegurar de vez que a torcida não vai sentir falta de Kieza, Rogério marcou mais duas vezes. Aos 22 minutos, ele invadiu a área, limpou a jogada e bateu firme para fazer 4 a 0. O quinto gol veio quatro minutos depois, quando o próprio Rogério recebeu de Giovani e soltou o pé dentro da área. O sexto gol aconteceu aos 28 minutos, quando novamente Rogério invadiu a área e tocou de bico. A bola ainda bateu em Jeffinho, que acabou marcando contra.
E quando todo mundo achava que a goleada já estava de bom tamanho, ainda sobrou tempo para o jovem Renato deixar o seu, aos 39 minutos, ao invadir a área, passar pelo goleiro e tocar para o gol aberto. Para enfim fechar o caixão do Petrolina, aos 42 minutos, Rogério foi derrubado na área e o árbitro marcou pênalti. Giovani cobrou com categoria e fez o oitavo.

Se vencer Jones, Sonnen não quer encarar Lyoto: 'Não atrai nem moscas'

Americano diz que brasileiro não é um vendedor de pay per view. Machida tem uma disputa de cinturão garantida após a vitória sobre Dan Henderson

Por SporTV.comAnaheim, EUA
38 comentários
Chael Sonnen e Jon Jones dividem peru no Dia de Ação de Graças dos EUA (Foto: Reprodução/Twitter)Chael Sonnen e Jon Jones são técnicos da atual
temporada do TUF (Foto: Reprodução/Twitter)
Lyoto Machida derrotou Dan Henderson neste sábado, no UFC 157, e com isso ouviu de Dana White a promessa de que sua próxima luta seria pela disputa do cinturão do peso-meio-pesado. O brasileiro precisa esperar o vencedor de Jon Jones x Chael Sonnen, que se enfrentam no dia 27 de abril, para saber quem irá encarar. Mas a escolha de Lyoto como próximo desafiante não agradou a Sonnen. Se por acaso ele passar pelo atual campeão, já adiantou que não gostaria de medir forças com o baiano. O americano foii além e disse que Jones também não quer conceder a revanche.
- Será que Lyoto Machida merece outra disputa de título? Absolutamente. Ele é um grande lutador? Absolutamente. Mas eu estou nesse negócio e estou no pay per view. Nem e nem Jon Jones queremos lutar com Machida porque ele não atrai nem moscas. Essa é questão. Ele foi vaiado hoje (sábado) à noite, foi vaiado em sua última luta antes dessa. Não posso esgotar os ingressos de uma arena (lutando) com você; não posso vender pay per view com você. Não vou dar a oportunidade a Machida. Alexander Gustaffson e Gegard Mousasi, se preparem, pois eu vou pegar o vencedor - disse Sonnen ao canal "Fuel TV".
O americano se referiu a Gegard Mousasi e Alexander Gustafsson porque os dois também eram apontados como possíveis desafiantes ao título e vão se enfrentar no dia 6 de abril, em Estocolmo (SUE). Resta saber se o UFC vai ceder a pressão de Sonnen ou se o obrigará a enfrentar Lyoto Machida caso venca Jon Jones.
UFC 159
27 de abril de 2013, em Newark (EUA)
CARD PRINCIPAL*
Jon Jones x Chael Sonnen
Michael Bisping x Alan Belcher
Jim Miller x Pat Healy
Phil Davis x Vinny Magalhães
Roy Nelson x Cheick Kongo
CARD PRELIMINAR*
Al Iaquinta x Joe Proctor
Nick Catone x James Head
Rustam Khabilov x Yancy Medeiros
Steven Siler x Jimy Hettes**
Ovince St. Preux x Gian Villante**
* A ordem dos combates ainda não está definida oficialmente
** Os combates ainda não foram anunciados oficialmente

Em luta equilibrada, Lyoto cansa Dan Henderson e vence decisão dividida

Brasileiro, como sempre, joga no contragolpe e mostra boa movimentação. Com o triunfo, ele deve ganhar uma oportunidade de disputar o cinturão

Por SporTV.com Anaheim, EUA
226 comentários
 Mesmo não sendo empolgante, Lyoto Machida fez o necessário para a maioria dos jurados lhe dar a vitória contra o veterano Dan Henderson no coevento principal do UFC 157, na madrugada deste domingo, no Honda Center, em Anaheim (EUA). O brasileiro seguiu sua tradicional estratégia de jogar no contra-ataque em vez de iniciar a ação e, com uma ótima movimentação no octógono, cansou o americano e acertou bons golpes no decorrer dos três rounds, garantindo assim o triunfo por decisão dividida (28 a 29, 29 a 28 e 29 a 28). Se Dana White cumprir a promessa que fez antes do evento, a próxima luta de Lyoto será pelo cinturão, contra o vencedor de Jon Jones x Chael Sonnen.
Foi a 19ª vitória em 22 combates na carreira do "Dragão", que está com 34 anos. Ex-campeão dos meio-pesados, ele já teve uma chance de recuperar o cinturão, mas perdeu para Jones no UFC 140. Já Hendo, de 42 anos, agora tem um cartel de 29 triunfos e nove reveses.
Lyoto Machida x Dan Henderson UFC 157 (Foto: Getty Images)Lyoto Machida acerta um chute alto em Dan Henderson (Foto: Getty Images)
O primeiro round já teve Lyoto totalmente defensivo, sem procurar o ataque, enquanto Dan Henderson soltava alguns golpes com a direita. O brasileiro mostrou uma rápida movimentação de pernas, mas no fim foi acertado por dois diretos do americano. Ele teve tempo de surpreender e quedar o adversário, aplicando alguns golpes antes do fim do assalto.
No segundo round, Lyoto acertou um chute no corpo que desequilibrou Henderson. O americano foi para cima e jogou um overhand de raspão. Hendo tentou a queda, e Lyoto acertou uma joelhada de encontro no peito. O brasileiro, na sequênia, encaixou uma esquerda que abriu um pequeno sangramento perto do olho direito do oponente. Aparentando cansaço, Hendo deu o troco com um superman punch, e levou um chute rodado na barriga.
Lyoto Machida x Dan Henderson UFC 157 (Foto: Getty Images)Brasileiro tem o braço erguido pelo árbitro Herb Dean (Foto: Getty Images)
Lyoto acertou um chute no corpo no terceiro round, mas foi colocado para baixo. Por cima, Henderson aplicou socos e cotoveladas, sem muito efeito, e valorizou a posição. A dois minutos do fim, Lyoto se levantou. Ele encaixou dois bons chutes no alto no finzinho. Na decisão dos jurados, vitória do brasileiro por decisão dividida. O público vaiou muito o resultado.
Veja a seguir um resumo das lutas que antecederam Lyoto x Hendo no card principal:
Fácil, fácil... Urijah Faber finaliza
Ivan Menjivar no primeiro round

Se o peso-galo Urijah Faber estava ameaçado de demissão, certamente não está mais. Com uma grande atuação, ele venceu o salvadorenho Ivan Menjivar por finalização aos 4m34s do primeiro round. Menjivar quedou Faber logo no início, mas o americano inverteu a posição e ficou por cima, trabalhando as cotoveladas. Quando os dois se levantaram, Faber mochilou nas costas do oponente e aproveitou uma brecha para encaixar um mata-leão. Menjivar ficou sem ar e não demorou a dar os três tapinhas em sinal de desistência. Essa foi a segunda entre eles, que se enfrentaram em 2006, quando Menjivar foi desclassificado por conta de um golpe ilegal.
Bem na trocação, Court
McGee derrota Josh Neer

Em um duelo entre meio-médios, Court McGee foi superior a Josh Neer na trocação e conquistou a vitória por decisão unânime dos jurados. No primeiro round, ele castigou o adversário com socos na linha de cintura e quase o levou à nocaute. No segundo, Neer mostrou coração e conseguiu equilibrar as ações, apesar de ainda ter ficado em desvantagem. E McGee preferiu levar a luta para o chão no terceiro assalto, ficando por cima e aplicando diversos golpes. O placar dos três jurados foi 30 a 27 a favor de McGee.
Azarão, Robbie Lawler vence Josh Kosheck por nocaute técnico
Na luta de abertura do card principal, o meio-médio Josh Koscheck começou botando o ex-Strikeforce Robbie Lawler para baixo. Lawler se levantou, e os dois trocaram posições junto à grade. Quando Koscheck se ajoelhou para tentar derrubar de novo, Lawler aproveitou para aplicar dois socos fortíssimos, deixando o rival grogue. Mostrando ter mão pesada, ele emendou mais uma sequência de socos, e o árbitro Herb Dean interrompeu o combate aos 3m57s do primeiro round.

Em luta equilibrada, Lyoto cansa Dan Henderson e vence decisão dividida

Brasileiro, como sempre, joga no contragolpe e mostra boa movimentação. Com o triunfo, ele deve ganhar uma oportunidade de disputar o cinturão

Por SporTV.com Anaheim, EUA
225 comentários
 Mesmo não sendo empolgante, Lyoto Machida fez o necessário para a maioria dos jurados lhe dar a vitória contra o veterano Dan Henderson no coevento principal do UFC 157, na madrugada deste domingo, no Honda Center, em Anaheim (EUA). O brasileiro seguiu sua tradicional estratégia de jogar no contra-ataque em vez de iniciar a ação e, com uma ótima movimentação no octógono, cansou o americano e acertou bons golpes no decorrer dos três rounds, garantindo assim o triunfo por decisão dividida (28 a 29, 29 a 28 e 29 a 28). Se Dana White cumprir a promessa que fez antes do evento, a próxima luta de Lyoto será pelo cinturão, contra o vencedor de Jon Jones x Chael Sonnen.
Foi a 19ª vitória em 22 combates na carreira do "Dragão", que está com 34 anos. Ex-campeão dos meio-pesados, ele já teve uma chance de recuperar o cinturão, mas perdeu para Jones no UFC 140. Já Hendo, de 42 anos, agora tem um cartel de 29 triunfos e nove reveses.
Lyoto Machida x Dan Henderson UFC 157 (Foto: Getty Images)Lyoto Machida acerta um chute alto em Dan Henderson (Foto: Getty Images)
O primeiro round já teve Lyoto totalmente defensivo, sem procurar o ataque, enquanto Dan Henderson soltava alguns golpes com a direita. O brasileiro mostrou uma rápida movimentação de pernas, mas no fim foi acertado por dois diretos do americano. Ele teve tempo de surpreender e quedar o adversário, aplicando alguns golpes antes do fim do assalto.
No segundo round, Lyoto acertou um chute no corpo que desequilibrou Henderson. O americano foi para cima e jogou um overhand de raspão. Hendo tentou a queda, e Lyoto acertou uma joelhada de encontro no peito. O brasileiro, na sequênia, encaixou uma esquerda que abriu um pequeno sangramento perto do olho direito do oponente. Aparentando cansaço, Hendo deu o troco com um superman punch, e levou um chute rodado na barriga.
Lyoto Machida x Dan Henderson UFC 157 (Foto: Getty Images)Brasileiro tem o braço erguido pelo árbitro Herb Dean (Foto: Getty Images)
Lyoto acertou um chute no corpo no terceiro round, mas foi colocado para baixo. Por cima, Henderson aplicou socos e cotoveladas, sem muito efeito, e valorizou a posição. A dois minutos do fim, Lyoto se levantou. Ele encaixou dois bons chutes no alto no finzinho. Na decisão dos jurados, vitória do brasileiro por decisão dividida. O público vaiou muito o resultado.
Veja a seguir um resumo das lutas que antecederam Lyoto x Hendo no card principal:
Fácil, fácil... Urijah Faber finaliza
Ivan Menjivar no primeiro round

Se o peso-galo Urijah Faber estava ameaçado de demissão, certamente não está mais. Com uma grande atuação, ele venceu o salvadorenho Ivan Menjivar por finalização aos 4m34s do primeiro round. Menjivar quedou Faber logo no início, mas o americano inverteu a posição e ficou por cima, trabalhando as cotoveladas. Quando os dois se levantaram, Faber mochilou nas costas do oponente e aproveitou uma brecha para encaixar um mata-leão. Menjivar ficou sem ar e não demorou a dar os três tapinhas em sinal de desistência. Essa foi a segunda entre eles, que se enfrentaram em 2006, quando Menjivar foi desclassificado por conta de um golpe ilegal.
Bem na trocação, Court
McGee derrota Josh Neer

Em um duelo entre meio-médios, Court McGee foi superior a Josh Neer na trocação e conquistou a vitória por decisão unânime dos jurados. No primeiro round, ele castigou o adversário com socos na linha de cintura e quase o levou à nocaute. No segundo, Neer mostrou coração e conseguiu equilibrar as ações, apesar de ainda ter ficado em desvantagem. E McGee preferiu levar a luta para o chão no terceiro assalto, ficando por cima e aplicando diversos golpes. O placar dos três jurados foi 30 a 27 a favor de McGee.
Azarão, Robbie Lawler vence Josh Kosheck por nocaute técnico
Na luta de abertura do card principal, o meio-médio Josh Koscheck começou botando o ex-Strikeforce Robbie Lawler para baixo. Lawler se levantou, e os dois trocaram posições junto à grade. Quando Koscheck se ajoelhou para tentar derrubar de novo, Lawler aproveitou para aplicar dois socos fortíssimos, deixando o rival grogue. Mostrando ter mão pesada, ele emendou mais uma sequência de socos, e o árbitro Herb Dean interrompeu o combate aos 3m57s do primeiro round.