terça-feira, 23 de setembro de 2014

Aposentado, Wanderlei Silva atrai multidão a evento em loja no Rio

"Cachorro Louco" aparece em shopping da cidade pela primeira vez após pendurar as luvas, mostra carisma e recebe carinho de seus admiradores

Por Rio de Janeiro
Wanderlei Silva é daqueles atletas com a capacidade de atrair multidões. Mesmo com os problemas que enfrenta com a Comissão Atlética de Nevada (NSAC), o lutador, que anunciou a sua aposentadoria do MMA na última sexta-feira, continua com a moral alta com os fãs. Na noite desta segunda-feira, o "Cachorro Louco" compareceu a um shopping na Zona Norte do Rio de Janeiro para participar de uma sessão de autógrafos e recebeu o carinho de um grande público que compareceu ao evento. Não foi desta vez que ele falou com a imprensa após pendurar as luvas, mas não faltou atenção para seus admiradores.
Logo na chegada, Wanderlei fez questão de passar perto da fila que o aguardava, apertando a mão de alguns dos fãs, antes de entrar na loja que promoveu o evento para autografar um pôster com a sua imagem. Depois, mostrou carisma ao brincar com os admiradores. Assinou o boneco de uma criança que levou a versão em miniatura do Cachorro Louco, brincou com um rapaz que ameaçou fazer cara de mau na hora da foto e atendeu pessoas de todas as idades. Entre os fãs, alguns deles tinham tatuagens iguais as de Wand. Um deles, mostrou a sua na hora da foto, e o lutador tratou de fazer o mesmo.
Mosaico Wanderlei Silva shopping (Foto: Raphael Marinho)Wanderlei Silva atendeu pacientemente centenas de fãs no Rio de Janeiro (Fotos: Raphael Marinho)
Os espectadores ainda se lamentavam pela aposentadoria repentina de Wanderlei Silva. Daniel, de 38 anos, mostrou esperança de que ele mude de ideia e volte a lutar.
- Não esperava que ele se aposentasse. Pegou todos de surpresa. Ele é um cara que a gente gosta demais de ver lutar, guerreiro e surpreendeu a gente. Espero que reveja essa posição dele e volte para o octógono, que é o lugar dele, porque ele ainda tem muito pra dar - disse.
Outro fã presente, Vitor, de 31 anos, acredita que Wanderlei Silva acertou em sair do UFC, mas foi mais um a reiterar que ele deveria seguir na ativa.
- Acho que o Wanderlei agiu certo de sair do UFC, mas não de se aposentar. O UFC está realmente pagando pouco para os atletas de ponta. Ele tem que voltar para dar show. Ele não foi o primeiro a protestar, vários já se manifestaram a respeito disso. Acho que ele está certo de criticar o UFC - afirmou, concordando com o protesto feito pelo Cachorro Louco no vídeo de anúncio de sua aposentadoria.
Já Jean Cristian, 24, mostrou compreensão pela decisão de seu ídolo encerrar a carreira, mas ressaltou que faltou fazer o duelo contra Chael Sonnen antes do fim.
- Eu, como fã, gostaria de ver mais lutas dele, mas ele sabe a hora de parar. Ele é um ídolo, fez história no esporte, no Pride. É uma decisão boa, sai por cima, legal. Só faltou a luta contra o Sonnen. Essa tinha que ter acontecido - concluiu.

Warlley Alves, Ju Thai e Wagnão Silva são confirmados no UFC em Minas

Campeão do TUF Brasil 3 baixa de categoria e vai enfrentar americano Alan Jouban em 8 de novembro, enquanto outros dois ainda aguardam adversário

O UFC anunciou nesta terça-feira, por meio de nota oficial, que três mineiros estarão no card que será realizado em Uberlândia, dia 8 de novembro: Warlley Alves, Juliana "Ju Thai" Lima e Wagnão Silva. Deles, apenas Warlley, campeão do The Ultimate Fighter Brasil na divisão dos médios (até 84kg), já tem adversário definido. Ele está baixando para seu peso original, o dos meio-médios (até 77kg), e vai enfrentar o americano Alan Jouban. Os oponentes dos outros dois serão confirmados nos próximos dias.
Warlley Alves (Foto: Ivan Raupp)Warlley Alves vai lutar em Uberlândia em novembro (Foto: Ivan Raupp)
Aos 23 anos, Warlley tem um cartel no MMA de sete vitórias em sete lutas. Ele se sagrou campeão do TUF ao derrotar Marcio Lyoto na grande decisão, que fez parte do card do TUF Brasil 3 Final. Já Alan Jouban, de 31 anos, estreou no Ultimate com vitória sobre Seth Baczynski e tem um cartel de 10 triunfos e dois reveses.
UFC Night Fight: Shogun x Manuwa
8 de novembro de 2014, em Uberlândia (MG)
CARD DO EVENTO (até agora)
Peso meio-pesado: Maurício Shogun x Jimi Manuwa
Peso meio-pesado: Rafael Feijão x Ovince St. Preux
Peso mosca: John Lineker x Ian McCall
Peso-meio-médio: Warlley Alves x Alan Jouban
Peso galo: Thomas Almeida x Tim Gorman
Peso médio: Caio Magalhães x Trevor Smith
Peso meio-médio: Dhiego Lima x Pawel Pawlak
Peso-palha: Juliana Lima x adversária a ser definida
Peso-médio: Wagnão Silva x adversário a ser definido

Gilbert Durinho: de pupilo do técnico de Spider a treinador de Vitor Belfort

Niteroiense relembra quando teve de sair da academia de Ramon Lemos ao aceitar convite do Fenômeno. "Acho que minha escolha foi muito boa", diz

Por Rio de Janeiro
Se por um lado já foram amigos, por outro Vitor Belfort e Anderson Silva também já protagonizaram uma das grandes rivalidades do MMA mundial. Competidores da mesma categoria (até 84kg) no UFC, eles trocaram farpas e chegaram a se enfrentar no octógono em 2011, num duelo que terminou melhor para o Spider. E uma coisa que pouca gente sabe é que Gilbert "Durinho" Burns, hoje treinador de jiu-jítsu de Belfort e pupilo dele como lutador de MMA, de certa forma já esteve do lado oposto, uma vez que por muitos anos foi aluno de Ramon Lemos, que afia o jiu-jítsu de Anderson há alguns anos. Foi exatamente o fato de ter se aproximado do Fenômeno que fez com que Durinho fosse "forçado" a deixar a equipe da qual fazia parte, a Atos.
Naquela altura o duelo entre Vitor e Anderson já havia acontecido. Poucos meses depois, Durinho se tornaria campeão mundial de jiu-jítsu e, por meio de um patrocinador comum, conheceu Belfort. Eles fizeram um treino juntos e de cara se deram bem. O Fenômeno, então, fez o convite. Durinho seria seu treinador na arte suave e seu aluno no MMA.
Vitor Belfort e Gilbert Durinho (Foto: Reprodução/Twitter)Vitor Belfort comemora uma das primeiras vitórias de Gilbert Durinho no MMA (Foto: Reprodução / Twitter)
- Na hora eu aceitei. Vi duas oportunidades, a do MMA e também a financeira. E também tem a questão da mídia, pois eu ia treinar o Vitor Belfort. Daria uma mídia boa, o Vitor ia me pagar um bom dinheiro, e eu ia lutar MMA. Aceitei de imediato. Aí fui comentar com o Ramon, e ele não gostou muito, pois já era treinador do Anderson Silva. Mas eu achei uma ótima oportunidade na época e resolvi abraçar. Aí tive que escolher, ou ficar na Atos treinando jiu-jítsu e buscar um espaço no MMA pelo Ramon, ou treinar com o Vitor. Acho que minha escolha foi muito boa - disse, em entrevista por telefone ao Combate.com.
Durinho conta que, apesar da ligação com Ramon, nunca treinou com Anderson. E não guarda mágoa do ex-treinador pela forma como saiu. Ele enxerga a mudança com naturalidade:
- Aprendi muito com o Ramon. Evoluí muito no jiu-jítsu com ele. Mas é que nem pai e mãe. Você não vai ficar na casa deles a vida toda, tem que viver sua vida. Achei a oportunidade e resolvi agarrar. Ainda tenho amizade com todo mundo da Atos. Foi um caminho natural que segui. Sou grato ao Ramon por tudo. Nós não nos encontramos muito depois disso, mas ainda temos um respeito fortíssimo um pelo outro.
Jiu-jítsu "por acaso"; apelido estranho
Bem antes de entrar para a equipe de Ramon Lemos, o primeiro contato de Durinho com as artes marciais não foi no jiu-jítsu. Ele começou no caratê, aos 4 anos, em Niterói-RJ, e competiu no esporte até os 8. O jiu-jítsu entrou na vida do niteroiense "por acaso".
O pai, Herbert Burns, trabalhava com estofado de automóvel, e um dia o filho Gilbert achou um quimono com faixa vermelha e preta dentro de um carro. Seu Herbert conversou com o dono da faixa, um professor de jiu-jítsu, e fez uma proposta: em vez do pagamento pelo serviço prestado, pediu uma bolsa na academia para os três filhos, Gilbert, Frederic (o mais velho) e Herbert (o mais novo, com o mesmo nome do pai e que também virou lutador de MMA), que brigavam muito em casa e precisavam de mais distração para gastar as energias. O professor aceitou e deu bolsa de três meses para o trio. O pai os incentivou a dar o melhor, pois não poderia pagar a mensalidade após o fim do período grátis. Os resultados apareceram rapidamente, e o mestre os deixou seguir com a bolsa.
Gilbert Durinho e Ramon Lemos (Foto: Arquivo pessoal)Durinho (à dir.) com Ramon (centro), Bruno Frazatto (à esq.) e os irmãos Mendes (Foto: Arquivo pessoal)
Já o apelido de "Durinho" foi uma "herança" do irmão mais velho. Por seu estilo arrojado, Frederic passou a ser chamado por Vitor "Shaolin" Ribeiro de "Todo Duro". Quando Gilbert disse ao mesmo Shaolin seu nome em voz alta, não gostou do que ouviu na sequência:
- Quê? Gilbert? Você não é o irmão do Todo Duro? Então você é o Durinho - recordou o lutador, que não gostou do apelido e acredita que exatamente por isso ele pegou tão facilmente.
Erros na estreia no UFC; Blackzilians
Hoje, aos 28 anos, Gilbert Durinho é um lutador do UFC. A estreia ocorreu em julho, em San Jose (EUA), com vitória por decisão unânime sobre o sueco Andreas Stahl. Da primeira luta de MMA, em janeiro de 2012, até agora, foram oito combates no total, e ele venceu todos. Durante esse período, o maior problema foi com o peso, pois ele não conseguiu bater os 70kg da categoria dos leves algumas vezes. Por isso, a estreia no Ultimate foi com mais segurança, nos meio-médios (até 77kg). Essa divisão, no entanto, foi reprovada por Durinho:
- Estou treinando, me dedicando. Mesmo vencendo a luta, vi que cometi muitos erros. Estou trabalhando isso. O primeiro erro foi o peso, porque tenho um pouco de dificuldade de bater 70kg. O Vitor, o meu médico, a gente tinha essa dúvida se minha performance seria melhor nos 77kg. Mas tive que fazer muita força. Meu adversário era mais pesado e mais forte. Cometi alguns erros por não estar igual a ele no peso e na força. E cometi erros de wrestling. Poderia ter derrubado em algumas ocasiões. Quando derrubei, não consegui trabalhar no chão. Estava escorregando muito, tinha muito sangue. Acho que dava para ter aproveitado mais as chances na trocação também. Faltou um pouco de experiência. Sou bem perfeccionista e gosto das coisas nos mínimos detalhes. Vou melhorar no que eu puder. Quero ser o melhor.
Gilbert Burns comemoração luta UFC (Foto: Kyle Terada-USA TODAY Sports / Reuters)Lutador vibra com triunfo em sua estreia no UFC (Foto: Kyle Terada-USA TODAY Sports / Reuters)
Durinho aponta um fator determinante para sua evolução no MMA: a ida para a Blackzilians junto dos amigos Vitor Belfort e Cezar Mutante. Segundo ele, o que mais tem por lá é material humano:
- Ganhei muita experiência vindo para cá, porque tem muito atleta do UFC aqui. Todas as terças e quintas tem UFC aqui, só não vai para o Sherdog (risos). Acho que evoluí bastante. Cheguei ao UFC com um pouco de bagagem. Eu já treinava com o Vitor. Cheguei aqui e encontrei muitos sparrings. Treinei muito com o Eddie Alvarez, com o Gesias (Cavalcante), com o Cosmo (Alexandre), o Abel Trujillo, Michael Johnson, Vitor, Cezar... Tem muito material humano. É o conjunto, e esse é o diferencial da Blackzilians.
A próxima luta de Durinho será de volta aos leves, no UFC 179, que será realizado no Rio de Janeiro, dia 25 de outubro, no Maracanãzinho. O adversário é o americano Christos Giagos. A ficha de ter sido incorporado à maior organização de MMA do mundo demorou a cair.
- Estou muito feliz com esse momento. Até eu entrar no octógono estava daquele jeito: "Caraca, vou lutar no UFC. É hoje! Chegou a hora". Teve muita coisa, muito esforço e muito suor até eu chegar lá. Teve disciplina, investimento, tempo, todo um processo. Tive que ter paciência em alguns momentos da carreira, porque às vezes parece que está longe, mas a gente tem que perseverar. Hoje em dia dou muito valor. Só depois que eu lutei, a ficha caiu - concluiu.

Agente mantém foco no cinturão, mas aceita que Jacaré faça outra luta antes

Gilberto Faria diz que não vai pedir duelo contra Belfort, que segundo ele é o primeiro da fila, e aprova quatro nomes: Rockhold, Bisping, Romero e Kennedy

Por Rio de Janeiro
O adiamento da luta entre Chris Weidman e Vitor Belfort para fevereiro mudou os planos de Ronaldo Jacaré e equipe para o futuro próximo. Após finalizar Gegard Mousasi e chegar a quatro triunfos no octógono, o peso-médio capixaba teoricamente se credenciou para enfrentar o vencedor do duelo que aconteceria em 6 de dezembro, mesmo que provavelmente tivesse de esperar de 7 a 8 meses para disputar o cinturão, e focou nisso. Porém, com a lesão do campeão, esse tempo de inatividade subiria para quase um ano, o que fez com que Gilberto Faria, empresário de Jacaré, mudasse de ideia em relação a fazer ou não mais uma luta antes da possível chance pelo título.
- Com a disputa de cinturão em fevereiro, a luta do Jacaré pelo título seria para depois do meio do ano. Não consigo ver o Jacaré, pronto do jeito que está, ficar parado esperando essa luta. Se nada acontecer com o Belfort, a gente vai ver. De repente colocam alguém para a gente logo após Weidman x Vitor. Daqui a umas três semanas, já terei a posição do que eles querem fazer. Se marcarem uma luta em fevereiro ou março, vou aceitar, mas deixando claro que a prioridade é o Weidman - disse Gilberto, por telefone, ao Combate.com.
chamada CARROSSEL UFC (Foto: Globoesporte.com)Chris Weidman, Vitor Belfort e Ronaldo Jacaré (Foto: Globoesporte.com)
Mesmo se estiver escalado para enfrentar outro oponente, a ideia de Jaca é se preparar para encarar o campeão numa possível substituição a Vitor em caso de lesão, por exemplo. Mas no máximo até uma semana antes do combate entre Weidman e Belfort, pois é o tempo que ele precisa para bater o peso. Segundo Gilberto, isso não seria problema na preparação, pois Weidman é o "melhor da categoria", e o brasileiro só precisaria depois fazer alguns ajustes em relação a algum outro adversário. Mas o pensamento não é o mesmo em relação a Belfort. Tanto que eles nem cogitaram pedir a luta contra o compatriota após a lesão do americano.
O Vitor está credenciado ao
título. Com a luta adiada, ele tem mais é que esperar mesmo para lutar contra o Weidman. Caso o Vitor não possa lutar por algum motivo, a gente se habilita a
entrar no lugar dele"
Gilberto Faria, empresário de Jacaré
- O Vitor está credenciado ao título. Com a luta adiada, ele tem mais é que esperar mesmo para lutar contra o Weidman. Caso o Vitor não possa lutar por algum motivo, a gente se habilita a entrar no lugar dele. Mas a luta pelo cinturão no momento é do Vitor. Ele merece, fez tudo por isso. Caso ele não possa lutar, a gente pega o Weidman. Mas a gente lutar contra o Vitor, que está credenciado? O primeiro da fila é o Vitor, e o segundo é o Jacaré. Quando o Lyoto desafiou o Jacaré, a gente ficou um pouco chateado, porque ele já teve a chance dele (perdeu para Weidman no UFC 175). Sou contra forçar a barra na mídia para cortar caminho - afirmou o agente.
Gilberto Faria disse ainda que viu um lado positivo no que aconteceu, pois agora Jacaré terá mais tempo para curtir a família e descansar antes de retomar os treinos. E, entre as possibilidades de próximo adversário, ele vê quatro nomes com bons olhos: Yoel Romero (10º do ranking da categoria) e Tim Kennedy (6º), que se enfrentam neste fim de semana, e Michael Bisping (7º) e Luke Rockhold (5º), que têm duelo marcado para 7 de novembro - o brasileiro é o segundo da lista. A preferência, mesmo que pequena, é pelo lutador que tirou de Jacaré o cinturão do Strikeforce em combate disputado em setembro de 2011:
- Acho que são iguais. De repente o Luke, que seria uma revanche, uma forma de "limpar" o cartel do Jacaré. Mas as duas lutas têm bons oponentes para ele.

Jon Jones e Cormier são multados por briga; campeão perde patrocínio

Jones, que deixou de ser patrocinado pela Nike, terá de pagar US$ 50 mil e prestar 40 horas de serviço comunitário. Multa do desafiante é mais branda

Por Las Vegas, EUA
A briga entre Jon Jones e Daniel Cormier ocorrida em agosto foi pauta nesta terça-feira durante a reunião mensal da Comissão Atlética do Estado de Nevada (NSAC, sigla em inglês). Na ocasião, os dois trocaram empurrões e socos após se encararem num "media day" do UFC no lobby do MGM Hotel e Cassino, em Las Vegas (EUA). Em meio a seu depoimento na audiência disciplinar, o campeão meio-pesado (até 93kg) revelou que perdeu um contrato de patrocínio por conta da confusão:
- Achei que eu receberia uma multa hoje, mas não sei exatamente como as coisas funcionam. Eu perdi um contrato com a Nike por conta dessa briga e quero fazer o que tiver que fazer para assumir responsabilidade. Estou aqui para explicar o que houve.
Jon Jones na reunião da NSAC (Foto: Evelyn Rodrigues)Jon Jones na reunião da NSAC (Foto: Evelyn Rodrigues)
Ao fim do julgamento de Jones, que falou primeiro, a comissão anunciou a punição ao lutador. Ele terá de pagar US$ 50 mil (cerca de R$ 120 mil), além de prestar 40 horas de serviço comunitário. Cormier, o segundo a depor, foi multado em US$ 9 mil (cerca de R$ 20 mil) e terá de prestar 20 horas de serviço comunitário. A punição foi mais branda do que a recebida por Jones porque a NSAC entendeu que ele tinha que pegar uma pena proporcional ao seu salário. E é fato que a bolsa do campeão será bem maior do que a do desafiante no dia 3 de janeiro, data marcada para eles se enfrentarem, desta vez dentro do octógono.
A audiência
Jones, que mostrou abatimento, já começou a audiência se desculpando pelo ocorrido:
- Eu só quero pedir desculpas a vocês, ao MGM, aos meus chefes no UFC e aos meus fãs e aos fãs do Daniel. De todos os esportes que eu represento, muay thai, jiu jitsu, wrestling, e como campeão do UFC, sei que foi algo horrível. Foi um momento muito acalorado. Eu nunca fiz nada parecido, nunca tive nenhum momento parecido nos meus sete anos de carreira. Momentos como esse são vergonhosos e sei que tenho que enfrentar as consequências, e eu as aceito.
O vice-procurador geral, Christopher Eccles, explicou o motivo de Jones estar na audiência:
- Há regras. Eles precisam resolver as diferenças dentro do octógono. Quando você tem uma briga em um lobby do hotel em Vegas, é uma atitude completamente antidesportiva. Esses lutadores poderiam se machucar, poderiam ter machucado mais alguém.
O advogado de Jones, então, explicou que o lutador não estava contestando as alegações, e o vídeo da briga foi mostrado em um monitor instalado no local para que os presentes pudessem relembrar como tudo aconteceu. Questionado se já tinha feito algo do tipo antes, Jones negou:
- Não. Eu já fiz muitas encaradas com grandes lutadores. Já encostei a cabeça no adversário, mas nunca fiz nada como isso. Eu nunca fui agarrado como dessa vez. E eu acho que naquele momento não pensei. Não planejei aquilo. Eu o vi subindo no palco e pensei que seria algo intenso. Quando nós andamos para a encarada, tudo mudou. Ele me tocou e reagi de uma foram terrível. Se você quiser assistir ao vídeo de novo, nós andamos um na direção do outro, e sou mais alto que ele. “DC" não para de andar para frente, nem eu, e eu me responsabilizo e não quero que pareça que estou culpando apenas ele.
A Comissão pediu para que Jones explicasse o que passou pela sua cabeça naquele momento:
- A preparação para uma luta tem muito trabalho mental muito forte. Nós dois nunca perdemos na nossa carreira, somos competidores tops, e, quando alguém toca a sua garganta dessa forma, eu senti que eu devia mostrar a ele que eu sou o campeão. Se não respondesse, eu lhe daria confiança. A minha retaliação foi não deixar que ele fizesse isso, foi mostrar que ele não poderia fazer algo assim. Eu pensei:  “Eu não vou andar para trás ou mostrar qualquer tipo de medo. Eu sei que os fãs estão assistindo e eu sei o que vou ver nas redes sociais e em todos os lugares”.
Perguntado sobre como será a encarada da pesagem, Jon Jones admitiu que será uma momento difícil e que terá de manter uma distância segura, mas garantiu que aquela atitude nunca mais irá se repetir.
Cormier, audiência NSAC (Foto: Evelyn Rodrigues)Daniel Cormier também é punido pela comissão (Foto: Evelyn Rodrigues)
Daniel Cormier, por sua vez, afirmou que também saiu no prejuízo após a briga:
- Não perdi um contrato com a Nike, porque não tinha um. Mas eu tenho um programa de wrestling em San Jose e perdi alunos. Tinha 35 alunos, perdi uns 10. Não é algo substancial para vocês, mas é para mim. Comecei esse trabalho há três anos com apenas dois alunos, e é algo muito importante para mim, é para onde eu posso voltar.
O desafiante se disse arrependido por ter colocado as mãos no pescoço de Jon Jones e garantiu, assim como o campeão, que não faria aquilo novamente:
- Naquele dia, quando o Jones colocou a cabeça em mim, senti que tinha que me defender. Eu tenho um filho e, se ele passasse por uma situação parecida, eu diria a ele para se defender também. Eu não gostaria que meu filho passasse pelo que passei. Hoje não quero que isso seja a última impressão que as pessoas tenham de mim. Não sou Jon Jones, não tenho a carreira que ele teve. Ele me trouxe aqui, essa pode ser a minha chance de brilhar. Hoje acho que eu manteria a minha distância e não faria aquilo novamente. Mesmo na encarada, sei que não posso colocar as minhas mãos no meu adversário fora do cage.

Comissão Atlética de Nevada bane Wanderlei Silva de lutar no estado

Lutador, que anunciou aposentadoria no fim de semana, foi punido por fugir
de teste antidoping em maio. Advogado avisa que vai apelar de decisão

Por Las Vegas, EUA
Apesar de ter anunciado a sua aposentadoria dos ringues e octógonos no fim de semana, Wanderlei Silva foi julgado pela Comissão Atlética do Estado de Nevada (NSAC) na manhã desta terça-feira, em Las Vegas, nos EUA, por ter fugido de um teste antidoping surpresa em maio passado. O lutador, que não compareceu à audiência, foi banido de lutar no estado e terá que pagar multa de mais de R$ 161 mil reais (cerca de 70 mil dólares).
No início da audiência, o advogado de Wand, Ross Goodman, disse que o atleta gostaria de manter o testemunho dado durante uma audiência informativa em junho. A comissão, então, iniciou o processo deliberativo para determinar qual seria a punição do lutador:
Wanderlei Silva Coletiva UFC 175 (Foto: Evelyn Rodrigues)Wanderlei Silva nunca mais poderá lutar MMA no
estado de Nevada (Foto: Evelyn Rodrigues)
- Quando você foge de um teste, essa é a pior coisa que você pode fazer. Fugir de um teste é terrível para o esporte e para tudo o que acontece lá fora. Acho que devemos mandar uma mensagem do tipo: “Nunca mais volte aqui”. Para qualquer lutador que está pensando em fugir de um teste, temos que mandar essa mensagem - defendeu o vice-procurador geral Chirstopher Eccles.
Em outro momento, o chairman da NSAC, Francisco Aguilar, perguntou ao advogado de Wand o motivo de o agora ex-lutador não ter se submetido ao teste, sendo que alegava só ter tomado diuréticos na época do exame:
- Se ele só estava tomando diuréticos, por que não se submeteu ao teste?
- Porque ele não estava licenciado e não havia razão legal para ele se submeter - respondeu Goodman.
A Comissão argumentou que Wand sabia que iria lutar:
- Vocês viram que no dia em que solicitamos o teste, Wanderlei estava na coletiva de imprensa do UFC promovendo o evento de número 175. Não há dúvida de que ele estava promovendo sua luta. Ele sabia disso. No momento do teste, o coletor pediu para se identificar. O Senhor Silva sabia o que estava acontecendo e correu.
Os comissários questionaram o advogado de defesa sobre o valor da bolsa que Wanderlei receberia pelo combate. Após pesquisarem nos arquivos, eles chegaram ao valor da multa que seria estipulada: 35%.
- Correr, fugir e trapacear é uma coisa que precisa ser eliminada do esporte. Teremos tolerância zero com isso. Não estamos considerando que ele se aposentou. Nós já ouvimos isso e não estamos presumindo que ele não vai lutar de novo, porque por muitas vezes vimos lutadores dizerem isso e voltarem atrás - defendeu a NSAC, antes de anunciar a punição.
Ao sair da audiência, o advogado de Wanderlei se disse estarrecido com o comportamento da Comissão e avisou que vai apelar da decisão:
- Nunca vi tanta arrogância de uma comissão atlética que está indo além de seus limites. Eles não têm jurisdição sobre um lutador não licenciado. Não existe nenhum estatuto que prove que eles têm jurisdição. Me senti até desrespeitado pela forma como conduziram a audiência, mas não tem problema. Vamos apelar. Vou conversar com o Wanderlei e, mesmo aposentado, ele quer seguir em frente com o processo, porque uma ação como esta é inadmissível. Eles dão penas mais brandas a lutadores com quem querem trabalhar. Wanderlei está no Brasil, mas vamos apelar assim que possível. Temos um prazo de 30 dias para fazer isso.
Se o advogado de Wanderlei realmente apelar, será a primeira vez que um atleta leva uma decisão da comissão atlética para os tribunais.

Schmitt: "O que antes era provocação hoje serve para explosão de violência"

Procurador-geral do STJD vê linha tênue entre provocações e preconceito, cobra de autoridades ajuda contra marginais, fala de conduta de auditores e comenta caso Lusa

Por São Paulo
 
Responsável pelas denúncias analisadas e julgadas pelas comissões do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o procurador-geral Paulo Schmitt tem a missão de reunir provas que possibilitem a condenação de infratores. Os temas que passam pela sua mesa vão de agressões ao preconceito. Em entrevista ao GloboEsporte.com na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF), Schmitt afirma que um dos maiores problemas que o tribunal enfrenta é não ver a mesma rigidez em certos casos de outras autoridades. Cita especificamente a falta de identificação da "ampla maioria" dos gremistas que gritaram palavras racistas contra o goleiro Aranha, do Santos, para embasar seu discurso.

- A Justiça Desportiva tem um alcance específico, dos seus jurisdicionados, mas aquele torcedor que pratica o crime fica impune, volta a se sentir na condição de frequentar estádios e praticar novos crimes - diz o procurador.
Pela análise de Schmitt, é assustador constatar que "se o goleiro não se insurgisse, não haveria nenhuma repercussão". Ao comentar se cantos de torcidas com dizeres homofóbicos, comuns em estádios de futebol, deveriam ser julgados no STJD, ele afirmou que há uma linha tênue entre provocação e preconceito. Ressalta, contudo, que aquilo que no passado era "mera provocação", hoje serve para detonar uma "explosão de violência".

O procurador-geral também avisa que estuda levar o caso Petros a instâncias internacionais. O jogador foi inicialmente condenado a 180 dias de suspensão e, em instância superior, a pena foi reduzida para três jogos. O procurador considera que essa decisão "prejudica diretamente o trabalho".

Ao comentar o caso que terminou com a permanência do Fluminense na Série A do Brasileiro e o rebaixamento da Portuguesa para a Série B, Schmitt afirmou:

- Para aqueles que torciam por um Fluminense na Série B, fica a ideia de que houve uma injustiça. Mas digo e repito sempre: se o beneficiado tivesse sido a Ponte Preta, a gente não tinha nenhum debate sobre o tema.

Confira os melhores trechos da entrevista com Paulo Schmitt:

É um espetáculo privado, um negócio, a gente está falando de um risco do negócio. E o risco impõe aos organizadores essa identificação imediata, para dar mais conforto e para evidentemente combater de forma eficaz a violência, o que não vem acontecendo.
Paulo Schmitt, procurador-geral do STJD
GloboEsporte.com: A que pode se atribuir esse endurecimento de postura do STJD em relação ao racismo e como o senhor acredita que ficou a imagem do tribunal com essa decisão?
Paulo Schmitt: Não há uma decisão definitiva ainda nesse caso, está pendente de julgamento definitivo no STJD. O que nós temos, que vale ressaltar, é que o tribunal já se posicionou sobre esse tema. Não é novidade punir o clube por esses atos. O próprio Grêmio, recentemente, por decisão dada no STJD em um certame regional, foi punido com multa por ato específico de um torcedor com um atleta do Internacional e também, em outra disputa regional no Rio Grande do Sul, também houve pontos retirados, deduzidos em uma competição, porque ela permitia que assim fosse. O artigo do CBJD que fala em preconceito tem a pena aplicável de perda de pontos, a não ser que a perda de pontos seja ineficaz diante da forma de disputa e da natureza da competição. Por isso houve a exclusão. Perder pontos, significaria a mesma coisa. Mas houve sim um precedente, já julgado pelo Pleno. Não é uma novidade para o tribunal.

No que a incorporação do Código da Fifa contribuiu para o combate ao racismo nos estádios?

O Código da Fifa foi uma das fontes de auxílio e inspiração na última mudança do CBJD em dezembro de 2009. Por força dessas modificações, houve um endurecimento com determinadas condutas, uma delas o preconceito. A gente tem uma necessidade de contar com outras autoridades. A Justiça Desportiva não dá todas as respostas, nem tem como, que a sociedade precisa para fins evolutivos, até porque, quando se fala em racismo, estamos tratando de um atraso social histórico. Quanto a outras modificações importantes incorporadas, até se utiliza o Código da Fifa em algumas hipóteses, é bastante salutar, nos coloca uma legislação bastante moderna de combate à violência e à indisciplina. O que falta mesmo no Brasil, em todas as áreas, é conseguir de uma certa forma cumprir a chamada tríade de controle, fiscalização e punição. Sempre tem uma falha em uma dessas vertentes e nós não estamos tendo a mesma resposta de outros seguimentos, outras autoridades, para fazer com que todas as medidas, de forma conjunta, possam ajudar nesse combate à violência.
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Paulo Schmitt (Foto: Vicente Seda)De olho: Paulo Schmitt analisa casos do STJD
(Foto: Vicente Seda)
Tem um exemplo disso?

Veja só, os grandes distúrbios com torcidas organizadas. Terminamos 2013 com um episódio lamentável entre Atlético-PR e Vasco, iniciamos 2014 com toda sorte de problema em estádios, incluindo o arremesso de privada que acabou matando um torcedor, e assim por diante. Então você vê muitas vezes uma resposta da Justiça Desportiva, punindo e responsabilizando clubes, mas de outro lado você não vê uma mesma mobilização das autoridades policiais, Ministério Público e autoridades judiciais para tentar, de uma certa forma, responsabilizar e aplicar efetivamente o Estatuto do Torcedor. A Justiça Desportiva tem um alcance específico, dos seus jurisdicionados, mas aquele torcedor que pratica o crime fica impune, volta a se sentir na condição de frequentar estádios e praticar novos crimes.

A partir do momento que o STJD impõe uma pena tão dura quanto uma exclusão de competição e o torcedor não é punido, não fica uma sensação ruim para o torcedor que não participou da infração?

Temos falhas grandes na identificação dos criminosos. Nesse caso específico, pelo menos em primeira instância, não se conseguiu vislumbrar a identificação da maioria dos torcedores, quase a totalidade, à exceção da menina, que praticaram o ato criminoso. Não só os xingamentos como os gestos. O que deixa o clube numa situação delicada, mesmo havendo circuito interno, imagens. É um espetáculo privado, um negócio, a gente está falando de um risco do negócio. E o risco impõe aos organizadores essa identificação imediata, para dar mais conforto e para evidentemente combater de forma eficaz a violência, o que não vem acontecendo.
Em um fato dessa natureza, que traz esse tipo de comoção, o que nos assusta é que, se o goleiro não se insurgisse, não haveria nenhuma repercussão. Parece que há uma sensação generalizada de que algumas práticas dentro do futebol são comuns e portanto corretas, isso é assustador.
Paulo Schmitt, procurador-geral do STJD
O senhor acompanhou o que aconteceu depois desse caso, a menina sofreu vários ataques, chegaram a tentar incendiar a casa dela, pediu desculpas mas o Aranha não aceitou... Gostaria que analisasse o desdobramento desse caso e a conduta do goleiro.

Em um fato dessa natureza, que traz esse tipo de comoção, o que nos assusta é que, se o goleiro não se insurgisse, não haveria nenhuma repercussão. Isso é assustador porque foi muito difícil captar essas imagens, levar o caso a julgamento. Parece que há uma sensação generalizada de que algumas práticas dentro do futebol são comuns e portanto corretas, isso é assustador. A menina está sofrendo consequências porque o clube foi apenado em um primeiro momento, o clube foi chamado à responsabilidade. Então há duas vertentes: ira do torcedor que viu o seu clube prejudicado em função do ato dela principalmente. Mas não pode esquecer que havia vários outros torcedores imitando gestos contra o goleiro, que não foram identificados, que parecem não ter tanta importância e têm talvez tanto quanto ou uma importância até maior quantos aos atos praticados. E a outra vertente é uma sociedade já revoltada com esse tipo de prática.

A questão de cantos homofóbicos de torcidas é para tribunal ou tem de haver um jogo de cintura, porque fica entre o preconceito e simplesmente uma provocação?

Em 10 anos de tribunal, não temos uma atuação de deixar como se fosse algo comum e cultural. Não há uma tolerância. Para todos os atos que são identificados como infrações a postura tem sido oferecer as denúncias. Então esse fenômeno, após a criação do Estatuto do Torcedor, após essa criação desse valor de conduta no código brasileiro, a gente tem tentado estar mais atento a esse tipo de manifestação. Essas manifestações, se forem identificadas, sejam de cunho homofóbico, racial, o que for, e consideradas ofensivas ou xenófobas, podem ser objeto de uma denúncia por violação ao Estatuto do Torcedor e, se evidenciar o preconceito, além da multa, você tem também a perda de pontos, mando de campo. Então esses casos todos de manifestações, se houver provas suficientes de que se enquadram nessa categoria, terão o mesmo destino que o caso do Grêmio do ponto de vista da Procuradoria de levar os casos a conhecimento do tribunal para responsabilização.
Do ponto de vista da defesa, sempre vai ser provocação. Nunca vai se admitir em algum momento que ao tentar imputar a quem quer que seja palavras como "bicha", "viado", é para tentar diminuir a pessoa. Mas, lógico, você vai dizer, como ouço há anos, que o futebol está ficando chato. Eu diria: realmente a sociedade está mais intolerante com certas condutas porque elas têm sido ingrediente de violência.
Paulo Schmitt, procurador-geral do STJD
Citando um exemplo: há alguns anos, até em função da rivalidade e de o Renato Gaúcho ter sido ídolo no Flamengo também, toda vez que entrava em campo pelo Fluminense como jogador ou técnico ouvia um coro de "Renato viado". Mas nunca foi dada essa conotação de preconceito, sempre ficou a imagem de algo muito mais para provocar do que manifestar um preconceito. Uma questão dessa, como fica?

Por isso que é difícil as pessoas darem opinião sobre isso. A pessoa que vai julgar, analisar, separar essa linha tênue que existe entre a manifestação, o xingamento e a manifestação preconceituosa. Do ponto de vista da defesa, sempre vai ser provocação. Nunca vai se admitir em algum momento que ao tentar imputar a quem quer que seja palavras como "bicha", "viado", é para tentar diminuir a pessoa, ou dizer que o homossexualismo é algo que deva ser combatido na sociedade e que por isso se pode atribuir esse tipo de coisa a quem quer que seja. Mas, lógico, você vai dizer, como ouço há anos, que o futebol está ficando chato. Não dá mais para xingar ninguém, não dá mais para determinadas condutas dentro dos estádios, fora dos estádios. Eu diria, realmente a sociedade está mais intolerante com certas condutas porque elas têm sido ingrediente de violência. Aquilo que no passado era mera provocação, o famoso tirar um sarro, serve hoje sem dúvida alguma para uma explosão de violência a qualquer momento. Isso acaba fazendo com que quem tem autoridade tome algum tipo de medida.
Paulo Schmitt diz que orienta procuradores sobre conduta nas redes sociais (Foto: Vicente Seda)
Diante dos recentes casos de problemas com postagens de auditores em redes sociais, como o senhor analisa essas questões e qual a postura que considera que deve ser adotada por um membro do tribunal?
Eu não vou emitir opinião nesse momento sobre auditores porque há um caso sendo avaliado, mas o que eu oriento a minha equipe de procuradores. Obviamente, qualquer pessoa que atue no futebol em qualquer nível, qualquer função, tem um time do coração. A primeira coisa é se despir dessa condição, absolutamente. Parece quase uma suspensão provisória, no período em que você exerce certas funções você tem de procurar não misturar essas coisas. Então, isso é mais do que uma orientação, é uma determinação. As manifestações em redes sociais e redes privadas, entre grupos de discussão, tem de ser com muito cuidado porque, ao mesmo tempo que você não pode se isolar da sociedade, você tem funções de interesse público que requerem que você fique acima de determinadas posturas. A cobrança social é muito grande.

O senhor considera os posts do Ricardo Graiche racistas?

Não vou me manifestar sobre o que está sendo investigado. Por enquanto, a Procuradoria só está acompanhando. É claro que o auditor tem sua linha de defesa, suas justificativas, inclusive na linha de que teria postado dezenas de outras mensagens contra o racismo e que isso obviamente não interessava ser explorado. Então, como há uma série de provas a serem avaliadas, é melhor, por enquanto, seguir o procedimento antes da nossa manifestação.
A gente estuda a possibilidade de levar esse caso a instâncias internacionais. Esse tipo de derrota não é nossa, sentimos isso pelo futebol.
Paulo Schmitt, procurador-geral do STJD
No caso do Petros, uma agressão ao árbitro, houve uma pena pesada (180 dias). Mas depois aconteceu a redução para três jogos de suspensão. O senhor não acha que atenuar dessa forma uma punição por agressão ao árbitro, que não pode ser considerado lance de jogo, ataca a própria credibilidade do tribunal?

Não só acho que não foi adequada a diminuição, como nos insurgimos contra isso. A minha equipe está bastante decepcionada, desmotivada até um certo momento quando isso aconteceu. Essa diminuição, no entender da Procuradoria, e a gente respeita os auditores, a decisão é deles, compromete o trabalho todo. Um auditor quando decide o caso, por mais que tenha autoridade, tem por trás dessa decisão uma engrenagem e uma sociedade na expectativa de coerência. No nosso caso, a expectativa do reconhecimento de um trabalho. Não temos obviamente o interesse que todos sejam condenados, às vezes as denúncias têm como fim somente levar o caso a julgamento, sem nenhuma expectativa de resultado. Mas em um caso como esse especificamente, esse tipo de diminuição de pena, fora dos padrões, prejudica diretamente o nosso trabalho.

Mas há possibilidade de algum novo desdobramento nesse caso? Ainda há como rever essa redução?


A gente estuda a possibilidade de levar esse caso a instâncias internacionais, mas é um estudo ainda, temos de ver se temos a competência e a capacidade técnica para que isso aconteça. Esse tipo de derrota não é nossa, sentimos isso pelo futebol.

O jogador, quando faz besteira em campo, é julgado e a pena é divulgada. O árbitro decide uma partida com um erro grosseiro e vai ser julgado em um procedimento secreto, e fica muitas vezes a impressão até para os próprios jogadores que o árbitro pode errar o quanto quiser que não acontece nada. Embora o STJD não seja responsável por analisar erro técnico de arbitragem, como lidar com essa questão?

Pegando a sua última frase. O STJD não analisa conduta de arbitragem por erro técnico, assim como não analisa conduta de atleta por erro técnico. O atleta perde um gol embaixo da trave e vai para o Inacreditável Futebol Clube. Quem vai avaliar se jogará novamente é a comissão técnica do clube. O árbitro erra, nos impedimentos, pênaltis, por erros que acontecem, e outros por despreparo. Mas se for corrupção, má fé, intenção de não cumprir a regra, aí será analisado e julgado. E as infrações em geral, se ele xingar, agredir, será julgado. É difícil para o torcedor porque ele enxerga no STJD a capacidade de resposta. 
Evidente que a mídia faz com o que o caso ganhe o que a gente chama de notoriedade. Essa notoriedade vai, sem dúvida alguma, atingir o ser humano. É inegável que fatos de maior repercussão social possam ter maior tensão por parte dos julgadores, mas essa sensação é apenas uma especulação.
Paulo Schmitt, procurador-geral do STJD
Outra alegação comum é de que os auditores, procuradores e membros do STJD em geral gostam de aparecer, que eles se comportam de forma diferente em casos de grande repercussão, com grande cobertura da mídia. Como o senhor analisa isso?

As denúncias que são elaboradas não levam em consideração a repercussão que o caso terá. Algumas têm mais repercussão, então a matéria de prova que será levada ao julgamento é mais rica, pela fartura da cobertura, mas se você avaliar as nossas peças, os trabalhos são idênticos em qualquer situação. Evidente que a mídia faz com o que o caso ganhe o que a gente chama de notoriedade. Essa notoriedade vai, sem dúvida alguma, atingir o ser humano. É inegável que fatos de maior repercussão social possam ter maior tensão por parte dos julgadores, mas essa sensação é apenas uma especulação. Muitas vezes quem procura as autoridades são os próprios jornalistas e veículos que em alguns casos dizem que os auditores querem aparecer.

O Campeonato Brasileiro de 2013 teve o seu resultado final alterado pelo tribunal. O senhor acredita que este caso afetou positiva ou negativamente a imagem do STJD?

Acho que esses casos todos de participação irregular de atletas têm se mostrado de forma adequada nas decisões. Não teria como fugir de decisões já adotadas. "Ah, mas veja só: naquele caso tem absolvição, no outro tem condenação". Cada caso tem sua peculiaridade. Agora, o que não tem de peculiaridade é um atleta punido, um atleta condenado em um dia, e dois dias depois participar como se nada tivesse acontecido. Isso não existe. Então foi o que aconteceu no caso do fim do ano. Não tem muita justificativa plausível para absolvição. Para aqueles que torciam por um Fluminense na Série B, fica a ideia de que houve uma injustiça. Mas digo e repito sempre: se o beneficiado tivesse sido a Ponte Preta, a gente não tinha nenhum debate sobre o tema. Essa é uma questão para refletir. Como o Fluminense não foi julgado, não era objeto do julgamento, houve um benefício por conta de pontuação, tabela, resultados, é uma situação que o tribunal não poderia pensar nesse contexto. Deveria avaliar cada caso com as suas consequências, que se cumpra o que está no regulamento doa a quem doer. Mas a gente entende a dificuldade de compreensão de alguns.

Celso avisa que renovações no Flu só sairão após rediscussão do patrocínio

Partes avaliam continuidade do contrato em novembro. Presidente da parceira não garante ninguém e critica postura do clube: "Não tem que empurrar para a Unimed"

Por Rio de Janeiro
Celso Barros entrevista  (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)Celso Barros é ácido ao falar do futuro da parceria com Flu (Foto: André Durão/GloboEsporte.com)
O desabafo de Diego Cavalieri e a queixa de Carlinhos (assista ao vídeo abaixo) deixam claro que a indefinição sobre as renovações de contrato de alguns jogadores geram desgaste no Fluminense. E o presidente da patrocinadora do clube, Celso Barros, também mostra desconforto com o assunto. Celso não tem gostado de como seu nome tem aparecido no noticiário em relação ao tema e acha que a direção tricolor tem empurrado a responsabilidade para a Unimed.  
- Eles falam um monte de coisas. Na hora de renovar, dizem que tem que ser o Celso Barros. Então, pergunta ao doutor Mário Bittencourt, que é o vice-presidente (de futebol). Eles falam sobre tudo, não citam o Celso Barros. Só citam quando vai renovar. Eu não sou time, não tenho time. Sou até tricolor por acaso, mas a Unimed não tem um time. O time é o Fluminense. Os direitos federativos são do clube. Eles não têm que empurrar dizendo que é com a Unimed. Tem que perguntar o que eles estão fazendo. Celso Barros vai se reunir com empresário do Diguinho, vai se reunir... na hora, quem comanda são eles. Eles falam que são eles. O que eles querem? Querem benesses? Não tem condição – disse ao GloboEsporte.com.
Certo mesmo é que nenhum contrato será renovado antes de novembro. Isso porque será neste mês que o contrato entre o clube e a cooperativa será rediscutido. O vínculo termina no fim de 2016, mas a cada virada de ano é reavaliado e pode ser até rompido.
- Não vai ter renovação nenhuma antes da discussão se o contrato vai ser mantido ou não. Isso acontece em novembro, que é o mês de discussão. É o mês inteiro. Se cada um quiser se posicionar ou manter as posições atuais. Se o Fluminense quiser sair, comunica. Se a gente quiser sair, comunica. Estipular as bases máximas, também tem que aceitar um ou outro. E evidentemente tem que ver quem cabe, se por acaso a gente persistir, nesse novo patrocínio, que um valor vai ser discutido. Certamente, já foi dito, que terá uma importante redução do nível de investimento caso a gente fique. 
Diego Cavalieri, Gum, Carlinhos, Valencia, Diguinho e Felipe Garcia têm contrato por acabar em 31 de dezembro de 2014 e nenhum deles tem a garantia de permanência. O caso do goleiro e do lateral-esquerdo são os mais complexos. Celso diz que não há rejeições. 
 Não vai ter renovação nenhuma antes da discussão se o contrato vai ser mantido ou não. Isso acontece em novembro, que é o mês de discussão. É o mês inteiro. Se cada um quiser se posicionar ou manter as posições atuais. Se o Fluminense quiser sair, comunica. Se a gente quiser sair, comunica.
Celso Barros, presidente da Unimed
- Não vou falar em nenhum, gosto de todos deles. Não vou em casos isolados. Eu tive com representantes de alguns deles, outros me ligaram. Minha relação com todos é muito boa. A discussão é como vai resolver a questão maior que é a do patrocínio. O que cabe e o que não cabe.
Reeleito no fim de fevereiro, Celso Barros permanecerá no comando da cooperativa de médicos até 2017. Apesar do longo período, ele quer diminuir a duração dos novos contratos. Isso por conta dos questionamentos que sofreu durante o processo eleitoral. Questões financeiras, especialmente a prestação de contas, também foram levantadas pela oposição e associados. Assim como as renovações dos jogadores, a continuidade da parceria, segundo ele, é uma incógnita.     
- Isso só mesmo na época (renovação entre as partes). Apesar daquilo que o Fluminense eventualmente fala, a discussão não é Unimed só ou do Fluminense. É uma discussão conjunta. É claro que a Unimed é quem patrocina, se não quiser mais, vai comunicar o Fluminense e aí vai ser vista. Tem que resolver questões de imagens de alguns jogadores, contratos mais longos. Tem que ser reavaliado.
 
A patrocinadora tricolor é responsável pelo pagamento de direitos de imagem que correspondem de 50% a 80% do total do salário dos atletas. Quase todos os jogadores do grupo principal do Fluminense recebem da Unimed. Esse contrato de imagem é feito individualmente. A patrocinadora também paga imagem para alguns garotos da base. É o caso daqueles em que tem participação nos direitos econômicos.
No contrato entre Fluminense e Unimed fica estabelecido que a parceira tem de investir um valor mínimo entre R$ 15 e 20 milhões por ano diretamente em contratos de imagem com jogadores. A escolha dos atletas é feita pela cooperativa e quase sempre aquilo que é injetado no clube ultrapassa o teto. Segundo o GloboEsporte.com apurou, em 2013 o investimento total chegou a R$ 50 milhões.
Hoje, a fatia da folha salarial do futebol que cabe ao clube é, segundo os dirigentes do Fluminense, de R$ 1,4 milhão por mês.

Antes chamada de feia, mulher de James Rodriguez posa de vestido justo e recebe elogios

Chamada de feia, mulher de James Rodriguez posa de vestido justo e recebe elogios Foto: Reprodução / Instagram
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Daniela Ospina, mulher do meia James Rodriguez, deixou para trás os comentários de internautas que a chamaram de feia nas redes sociais. Após mandar seu recado, a colombiana voltou a exibir suas belas curvas na internet. Nesta segunda-feira, dia em que completa 23 anos, ela posou com um vestido preto curtíssimo, com decote nas costas e justo ao corpo.

James Rodriguez com a esposa Daniela Ospina e a filha Salomé
James Rodriguez com a esposa Daniela Ospina e a filha Salomé Foto: Reprodução / Instagram
Desta vez, a irmã do goleiro David Ospina, do Arsenal, ganhou elogios dos seus seguidores, além das felicitações pelo aniversário.
“Perfeita. Como sempre estás linda. Te amo infinitamente”, escreveu uma jovem.
“Divina”, disse um rapaz.
“Dani, como você é bela”, elogiou uma seguidora.
“Que lindaaaaa....Feliz aniversário. Que Deus siga abençoando a tua vida e realizando todos os teus sonhos!!!”, escreveu uma fã.
“Vestido muito bonito. Combina com você que é uma mulher bonita”, escreveu outro seguidor.
“Divina como sempre. Feliz aniversário, Dani. Que Deus te abençoe”, disse um rapaz.

Daniela Ospina, mulher de James Rodriguez, posa com a filha Salomé no dia do seu aniversário
Daniela Ospina, mulher de James Rodriguez, posa com a filha Salomé no dia do seu aniversário Foto: Reprodução / Instagram

Mala é extraviada, Martine chega sem medalha e “divide ouro” com Kahena

Dupla chega ao Rio da Espanha um dia depois de título da classe 49er sem prêmio de Grael. Conquista emociona Torben e favoritismo para as Olimpíadas cresce

Por Rio de Janeiro
Primeiras campeãs mundiais da história da vela brasileira, Martine Grael e Kahena Kunze desembarcaram no Rio de Janeiro nesta segunda-feira, vindas da Espanha, sem metade da conquista alcançada na véspera, em Santander. Na correria para embarcar de volta, Martine colocou a medalha na mala que foi despachada, e a bagagem acabou extraviada. As duas posaram para as lentes da imprensa exibindo o prêmio de Kahena. Nada que abalasse a tranquilidade da timoneira da classe 49er.
- A mala chega amanhã. A medalha em si não tem tanta importância como o título. É um objeto que eu vou pendurar no quarto – disse Martine.
Martine Grael e Kahena Kunze "dividem" medalha no desembarque no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)
O Mundial de Santander foi o nono titulo internacional e o mais importante da dupla formada em 2013, ano em que chegaram aos vices mundial e europeu. Kahena destacou as condições adversas da raia espanhola e a vitória apertada sobre as dinamarquesas Ida Nielsen e Marie Olsen no desempate, por 50 a 54 pontos perdidos nas 13 regatas, incluindo a medal race.
- Foi um campeonato muito difícil, com condições de vento raras, fracos em uns dias e muito fortes em outros. Fomos para a medal race tranquilas com o segundo lugar. Vencemos diante de uma plateia incrível que torceu bastante por nós - disse Kahena.
Um exemplo do desempenho da dupla pode ser dado em uma regata que acabou sendo cancelada por causa dos ventos fortes. Diante da condição, elas só largaram depois das concorrentes para evitar que o barco virasse.
 A ficha do título ainda não caiu. Foi a realização de um sonho. Agora é manter os pés no chão, o resultado não muda nada para 2016
Martine Grael
- Fizemos uma tática que nunca havíamos feito. Ficamos esperando o máximo de tempo para sair para não ter que fazer a ribada, de dar chance para o barco virar, que era grande. Conseguimos virar a primeira boia, o que nenhuma das competidoras conseguiu. Era impossível. Bateu o desespero, mas depois eu olhei em volta e não tinha ninguém seguindo.
O título reafirma a primeira posição no ranking mundial e o favoritismo para as Olimpíadas. Uma situação que elas precisarão saber lidar. 
- A ficha do título ainda não caiu. Foi a realização de um sonho. Agora é manter os pés no chão, o resultado não muda nada para 2016 - disse Martine. 
Ter chegado a um desempenho tão bom em pouco tempo não ilude Kahena:
- Temos muito respeito pelas adversárias e tem muito tempo para elas crescerem. Quanto à pressão pelo ouro no Rio, nada que um bom trabalho para chegarmos bem. 
conquista da filha emociona torben
Martine Gral e Torben Grael, desembarque Rio (Foto: Leonardo Filipo)Martine Grael posa ao lado do pai, Torben (Foto: Leonardo Filipo)
Treinador da seleção brasileira de vela e pai de Martine, Torben Grael considerou a conquista da filha mais emocionante do que as suas:
- É uma emoção diferente. Muito mais do que ganhar para si próprio. Foi muito mais bacana como pai acompanhar. As meninas têm tido dois anos fantásticos, de tirar o chapéu. Ano passado foi bom e esse ano ainda melhor.
A próxima competição importante da dupla será o Sul-Americano, em novembro, no Rio. 

Eduardo da Silva desfalca Flamengo contra o São Paulo no Morumbi

Atacante tem problema na coxa esquerda e fica fora da viagem a São Paulo

Por Rio de Janeiro
Valencia Eduardo da Silva flamengo fluminense (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)Eduardo da Silva deixou o Fla-Flu ainda no primeiro tempo do clássico (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)
O Flamengo não poderá contar com Eduardo da Silva no confronto diante do São Paulo, nesta quarta-feira, às 22h, no Morumbi. O atacante, que saiu no primeiro tempo do Fla-Flu do último domingo com dores na coxa esquerda, não foi relacionado para a viagem à capital paulista. O atleta ainda não realizou exame de imagem para detectar o grau do problema.
No clássico de domingo, que terminou 1 a 1, com gol de Eduardo da Silva para o Flamengo, Mugni foi escolhido para substituí-lo. No entanto, o técnico Vanderlei Luxemburgo não deu pistas se entrará com o argentino como titular.
Nesta segunda-feira, o elenco se reapresentou à tarde no CT Ninho do Urubu e os titulares ficaram apenas na academia. Os reservas foram a campo e fizeram um trabalho físico e técnico. Arthur, que já atuou ao lado de Alecsandro em outros jogos, é outra opção. Gabriel e Elton também têm chances de serem escolhidos para a vaga de Eduardo.
A delegação rubro-negra viaja para São Paulo no começo da tarde desta terça-feira. Pela manhã, os jogadores voltam a treinar na Gávea, próximos aos sócios do clube. O Flamengo tem 30 pontos e ocupa a 11ª posição no nacional.