terça-feira, 27 de outubro de 2015

Ericka Almeida: "Eu fui muito bem tratada, não senti hostilidade alguma"

Peso-palha brasileira diz que fãs irlandeses até aplaudiram sua entrada rumo ao octógono, pede desculpas por derrota para Aisling Daly e admite falta de experiência

Por Direto de Dublin
Ericka Almeida UFC Dublin 2 (Foto: Getty Images)Ericka Almeida revela que sentiu a falta de experiência na luta contra a irlandesa Aisling Daly no UFC Dublin 2 (Foto: Getty Images)
A dúvida se "pagaria o pato" por ser uma conterrânea de José Aldo na terra de Conor McGregor se dissipou rapidamente para a brasileira Ericka Almeida. A paulista, que foi derrotada pela irlandesa Aisling Daly no card preliminar do UFC Dublin 2 no último sábado disse que não sentiu qualquer hostilidade por parte dos irlandeses, e chegou até a ser aplaudida pelos fãs em sua caminhada rumo ao octógono.

- Eles me trataram muito bem, acho que nem me vaiaram. Talvez só um pouquinho, quando me anunciaram. Quando entrei, até me aplaudiram. O povo de Dublin me tratou muito bem. Não senti essa hostilidade, não.

A paulista falou sobre sua luta, disse que treinou muito e que esperava a estratégia de Daly para o combate, e pediu desculpas aos fãs brasileiros pela derrota. 

- Faltou um pouco mais de experiência. Minha adversária vem lutando há alguns anos já, e eu sabia que ela ia vir tentando me esmagar na grade, porque realmente não quis trocar em pé comigo. Eu até queria, tentei, mas não tem desculpa. Ela foi melhor que. Treinei muito para esta luta, tive camps fortíssimos, tive tempo para treinar, descer de peso, então só peço desculpas ao Brasil por não ter trazido a vitória desta vez. Mas vou sair de cabeça erguida, vou treinar muito mais pra buscar a vitória na próxima.
Aisling Daly Ericka Almeida UFC Dublin 2 (Foto: Getty Images)Aisling Daly venceu Ericka Almeida por decisão unânime dos juízes no UFC Dublin 2 (Foto: Getty Images)


O melhor momento de Ericka Almeida na luta foi a chance que teve de finalizar Aisling Daly no chão. A brasileira disse que a irlandesa se defendeu bem de seus ataques e admitiu sentir falta de mais experiência.

- Ela estava defendendo bem o pescoço e eu tentei trocar de braço. Aí vi que o tempo estava acabando, fiz uma pegada na mão dela para tentar rodar para o braço, mas ela já antecipou e travou meu pé com o gancho. Ela lutou muito bem, não tenho desculpas pra isso. Vou de cabeça erguida, quero voltar, treinar e voltar mais forte. Meu treino estava forte, mas faltou experiência. Faz só três anos que me profissionalizei no MMA e já estou no maior evento do planeta. É bola para frente e continuar treinando, porque sei que vou levar as próximas.

Joanna Jedrzejczyk diz que luta contra Letourneau será dura como Mark Hunt

Polonesa, atual campeã peso-palha do UFC, disse que perder não é uma opção e que acha que duelo será a luta da noite do UFC 193, na Austrália, dia 14 de novembro

Por Varsóvia, Polônia
Joanna Jedrzejczyk; UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Jedrzejczyk disse respeitar Letourneau, com quem quer fazer a luta da noite (Foto: Evelyn Rodrigues)
As vitórias contundentes contra Carla Esparza e Jessica Penne fortaleceram a imagem de Joanna Jedrzejczyk junto aos fãs do MMA. Campeã peso-palha do UFC, a polonesa vem crescendo em popularidade a cada vez que se apresenta, e acredita que sua luta contra a canadense Valerie Letourneau será mais um exemplo de que ela chegou para ficar no grupo dos lutadores mais admirados do MMA atual. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, a campeã garantiu que estará preparada para cinco rounds intensos noUFC 193, dia 14 de novembro, em Melbourne, e que o duelo será tão duro quanto um soco do peso-pesado Mark Hunt, que também estará no card do evento, enfrentando o brasileiro Antônio Pezão.

- Estarei pronta para cinco rounds eletrizantes. Valerie é uma adversária muito dura, e tenho muito respeito por ela e por qualquer uma das minhas rivais, a despeito do que muitos falam. Além de dura, ela é experiente e forte. Vi como ela quase nocauteou Maryna Moroz, e estou trabalhando muito para neutralizar seus primeiros segundos de luta. Será um duelo interessante entre duas trocadoras e pode ser a luta da noite. Vai ser tão impactante quanto um soco de Mark Hunt - brincou a campeã.

Para Jedrzejczyk, perder não é uma opção. Apesar de não temer a derrota, a polonesa garantiu que será campeã por muito tempo.

- Não se trata de eu ter medo de perder, eu só não quero passar por essa experiência. Se for para perder, eu perderei dando tudo o que tenho no octógono, para ter a certeza no meu coração e na minha alma que não poderia ter feito mais nada do que fiz. Mas ainda serei campeã por muito tempo.

UFC 193
14 de novembro, em Melbourne (AUS)
CARD PRINCIPAL - a partir de 23h (horário de Brasília)
Peso-galo: Ronda Rousey x Holly Holm
Peso-palha: Joanna Jedrzejczyk x Valerie Letourneau
Peso-pesado: Mark Hunt x Antônio Pezão
Peso-médio: Uriah Hall x Robert Whittaker
Peso-pesado: Stefan Struve x Jared Rosholt
CARD PRELIMINAR - a partir de 19h15 (horário de Brasília)
Peso-leve: Jake Matthews x Akbarh Arreola
Peso-meio-médio: Kyle Noke x Peter Sobotta
Peso-meio-pesado: Anthony Perosh x Gian Villante
Peso-mosca: Richie Vaculik x Danny Martinez
Peso-meio-médio: Brendan O'Reilly x James Moontasri
Peso-médio: Daniel Kelly x Steve Montgomery
Peso-meio-médio: Richard Walsh x Steven Kennedy
Peso-mosca: Ben Nguyen x Ryan Benoit

Flu ingressa com pedido no STJD por 10% dos ingressos contra Verdão

Divergência no número de bilhetes à torcida visitante está sob análise do presidente Caio Rocha. Tricolor espera decisão antes da partida das 22h de quarta-feira

Por São Paulo e Rio de Janeiro
Arena do Palmeiras (Foto: Felipe Zito)Número de ingressos ao time visitante em jogo desta quarta será decidido pelo STJD (Foto: Felipe Zito)
O Fluminense ingressou com uma medida cautelar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva para garantir o direito de sua torcida ter acesso a 10% dos ingressos colocados à venda ao jogo com o Palmeiras, quarta-feira, pela Copa do Brasil. No pedido, impetrado na tarde desta segunda-feira, a direção tricolor alega que a alviverde não respeita o Regulamento Geral de Competições da CBF, que determina o percentual ao time visitante. A diferença entre o oferecido e o que seria de direito é de cerca de dois mil bilhetes. A ação está sob análise do presidente do STJD, Caio Rocha.   
Desde que a partida foi confirmada para a arena do Palmeiras, na quinta-feira passada, Flu e Verdão conversam sobre a comercialização das entradas - processo iniciado no dia seguinte, aos palmeirenses, e sábado, aos tricolores. A primeira informação era de que estariam disponíveis aos cariocas 2.367 lugares, no setor inferior. Porém, ao mudar para o superior, o Palmeiras, por questões de segurança, reduziu a carga a 1,5 mil. O Flu não aceitou. Reiterou ter direito a 10% do total. O Verdão, então, após consultar órgãos de segurança, a aumentou a 1.746.   
Sem julgar não ter sido respeitado o regulamento, o Flu, na sexta-feira, enviou um ofício à CBF relatando o caso. Pedindo o cumprimento dos 10%. Não obteve resposta. Encaminhou outro, nesta segunda, informando que o adversário não atendeu a demanda. Não houve retorno. Desta forma, nesta segunda, ingressou no STJD. A assessoria de imprensa do tribunal confirmou que a medida cautelar foi recebida e está sob análise do presidente Caio Rocha. O time carioca espera uma decisão em tempo hábil, ou seja, nesta terça.
Na partida de ida da semifinal, no Rio, semana passada, o Flu destinou 10% da carga de ingressos ao Palmeiras. Foram colocados à venda 5.911, sem contar os setores mistos. O placar foi 2 a 1 ao mandante.
Construída para receber mais de 44 mil torcedores, a arena do Palmeiras foi inaugurada em novembro do ano passado. Mas com capacidade reduzida. Por orientação do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, e também por questões inacabadas da obra, o estádio tem liberação para receber cerca de 39.500 torcedores. De acordo com distribuição dos setores, os visitantes ficam localizados no anel inferior, entre as entradas leste e sul. Mas, em alguns confrontos, há a opção de receber os torcedores rivais no anel superior. A quantidade de ingressos destinada ao público adversário, segundo o clube, é definida de acordo com a PM.

Análise: o piloto ainda conta muito na Fórmula 1. E os números comprovam

Quanto mais etapas tem a temporada, maior a tendência de, com carros parecidos, os talentos de Lewis Hamilton e Sebastian Vettel se sobreporem ao de Nico Rosberg

Por Direto de Austin, EUA
header livio oricchio (Foto: Editoria de Arte)

Jogue uma moeda. Qual a chance de dar cara? 50%, correto? Jogue a mesma moeda dez vezes. O resultado pode ser, por exemplo, sete vezes cara e apenas três coroa. Mas se ampliarmos o número de tentativas, ou de jogarmos a moeda, vamos ver que a tendência é de haver um equilíbrio entre os resultados cara e coroa. Quanto maior o universo de análise, mais próximo dos 50% para cada lado será obtido.
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Mas há estudos estatísticos onde um resultado, por uma série de condições favoráveis, não presente no lançamento de uma moeda, tende a ser o mais frequente. Um exemplo: a seleção brasileira masculina de vôlei. Se enfrentar a da França, por os jogadores brasileiros serem, na média, mais talentosos, a equipe mais experiente em disputar finais e até a tradição de conquistas do Brasil nesse esporte, as chances de a seleção vencer a da França são maiores do que o contrário, embora não seja possível excluir um resultado contrário ao esperado.
Nico Rosberg e Lewis Hamilton no pódio do GP dos EUA (Foto: AP)Nico Rosberg e Lewis Hamilton no pódio do GP dos EUA (Foto: AP)


Agora a F-1. O objeto em questão são os pilotos. Em uma, duas, três corridas, o alemão Nico Rosberg, da Mercedes, pode vencer o companheiro de equipe, Lewis Hamilton. Rosberg seguiu as etapas ideais da formação técnica de um piloto, orientado por seu pai, o campeão do mundo de 1982, Keke Rosberg. Começou na F-BMW e depois foi para a F3, GP2 até chegar na F-1, estreando em 2006 por um time médio na época, também o mais indicado, a Williams.

A formação científica somada a seus dotes, inegáveis, de piloto, sem serem excepcionais, se comparados a de outros, como do próprio Hamilton, este uma unanimidade na F-1, permitem a Rosberg estabelecer pole positions e vencer corridas, dispondo de um carro eficiente com o da Mercedes.

Na disputa entre Rosberg e Hamilton, qual a chance de um e de outro ganharem um GP? Não é como a moeda, 50% para cara e 50% para coroa. Hamilton conta com as condições favoráveis, ou seja, naturalmente é mais talentoso, ninguém questiona, sem que haja qualquer demérito para Rosberg. Assim, as chances de Hamilton vencer são maiores que as de Rosberg, embora, como no caso da seleção francesa de vôlei, sempre é possível um resultado diferente do que a estatística mais sugere.

Hora de voltar a falar das moedas. Lá, quanto maior o número de tentativas, maiores as chances de os resultados cara e coroa se equivalerem. No caso da F-1, e por conta das condições mais favoráveis de Hamilton, quanto mais GPs ambos disputarem, maior a tendência de emergir algo compatível com o maior talento do piloto inglês, ou seja, maior a frequência de eventos favoráveis a Hamilton.

O GP dos EUA neste fim de semana em Austin, no Texas, foi o 16º do campeonato. Já é uma amostra representativa. É diferente de três, quatro ou cinco corridas, pois 16 etapas significam 84% das 19 provas previstas este ano. Quais os resultados observados até agora? Hamilton venceu 10 corridas e Rosberg, 3. Repare que há uma coerência entre o esperado, estatisticamente, e o observado.

É possível ir além com números para demonstrar como o fator piloto, ou humano, ainda tem peso relevante no resultado final da longa competição. Tomemos o caso de Sebastian Vettel, da Ferrari. Vamos confrontá-lo com Rosberg. Seu equipamento, o modelo SF-15-T italiano, é capaz de produzir menos que o W06 Hybrid da Mercedes de Hamilton e Rosberg. A Mercedes somou até agora 574 pontos e a Ferrari, 374, ou 200 pontos a mais.
Sebastian Vettel no pódio do GP dos EUA (Foto: Getty Images)Sebastian Vettel no pódio do GP dos EUA (Foto: Getty Images)


Mas, a exemplo, de Hamilton, Vettel é considerado, pela grande maioria de especialistas, como mais talentoso que Rosberg. Não foi por acaso que ganhou quatro campeonatos seguidos, de 2010 a 2013.

Vettel tem como condição favorável seu maior talento e Rosberg, a maior eficiência do equipamento. Depois de 16 etapas, o que emergiu? Vettel tem três vitórias, como Rosberg, mas seu maior talento compensou sutilmente a menor eficiência do equipamento da Ferrari. Vettel obteve, além das três vitórias, nove pódios, o mesmo número de Rosberg. Mas soma 251 pontos diante de 247 do piloto da Mercedes.

Quanto maior o número de GPs, menos tendem a se manifestar no resultado final fatores como abandonos resultantes de problemas no carro, equívocos da equipe ou mesmo envolvimento em incidentes, naturais da competição. E mais os resultados revelam a realidade da eficiência de cada piloto. É por isso que também na luta entre Rosberg e Vettel o alemão da Ferrari consegue estar na frente.

Na F-1, quando há diferenças abissais de performance como entre o modelo MP4/30-Honda daMcLaren e o W06 Hybrid da Mercedes e SF-15-T da Ferrari, não há como pilotos com condições favoráveis, a exemplo de Fernando Alonso, da McLaren, compensá-las.
Lewis Hamilton recebe bandeirada para a vitória no GP dos EUA (Foto: Reuters)Mercedes é melhor que carros rivais. No duelo interno, talento de Hamilton se sobressai ao de Nico (Foto: Reuters)


Mas quando essa condição favorável do piloto tem peso semelhante à condição favorável do equipamento do concorrente, dotado de menos talento, é possível haver competição entre ambos quanto ao objetivo final no campeonato, quando o objeto de estudo é maior, conforme os conjuntos Vettel-Ferrari e Rosberg-Mercedes demonstram.
Fernando Alonso McLaren Honda GP da Rússia 2015 (Foto: Getty Images)Já Fernando Alonso sofre com a McLaren-Honda em 2015 (Foto: Getty Images)

E o que acontece quando um piloto dispõe de condições favoráveis e seu equipamento também tem condições favoráveis? Ele conquista o Mundial. Exatamente como fez Lewis Hamilton neste domingo no Circuito das Américas. Se essas condições favoráveis de um e do outro, piloto e equipamento, forem muito grandes, o resultado é a conquista algumas etapas antes do encerramento do campeonato. Vide hoje. Restam, ainda, o GP do México, domingo, do Brasil, dia 15 de novembro, e de Abu Dhabi, 29.

Hamilton venceu o GP dos EUA depois de o adversário, Rosberg, ratificar dispor de dotes menores de capacidade, ou condições menos favoráveis, ao errar quando era líder, a sete voltas da bandeirada. Acabou em segundo. Resultado mais representativo do que cada um dos dois pode fazer.

O bom da disputa de domingo é não haver contestação alguma quanto ao mérito de Hamilton ser campeão. Quando há coerência entre o vencedor e o seu reconhecimento como portador das condições favoráveis a conquista é legítima e fica no ar uma saudável sensação de justiça.
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