quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Mais um lutador de MMA é assassinado a tiros na Grande Natal

Guilherme 'Kioto', de 30 anos, foi baleado em Nova Parnamirim. No início da semana, a vítima foi Luiz de França, morto em Cidade Satélite, na zona Sul de Natal

Por Natal
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Guilherme Kioto não resistiu aos ferimentos morreu nesta quarta (Foto: Arquivo pessoal)Guilherme Kioto não resistiu aos ferimentos morreu nesta quarta (Foto: Arquivo pessoal)
Mais um lutador de MMA foi morto vítima de disparos de arma de fogo no Rio Grande do Norte. Guilherme Matos Rodrigues, de 30 anos, mais conhecido como Guilherme 'Kioto', foi atingido por vários tiros de pistola calibre 380 em uma lanchonete de açaí que fica na avenida Ayrton Senna, em Nova Parnamirim, na Grande Natal, na noite de terça-feira. Os suspeitos são dois homens que fugiram em uma motocicleta. O crime aconteceu no final da noite desta terça-feira. Guilherme ainda foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante a madrugada desta quarta-feira, no Pronto-Socorro Clóvis Sarinho.
Segundo informações do sargento Reinaldo Santos, do 5º Batalhão da PM, um dos suspeitos estava encapuzado. Ele teria saltado da moto e foi de encontro à vítima. Ao chegar perto, efetuou os disparos.
O sargento disse ao GloboEsporte.com que Guilherme estava acompanhado de um grupo de amigos da academia Pitbull Brothers, onde treinava.
- Ele ainda foi  socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e levado para o Pronto-Socorro Clóvis Sarinho - disse.
Segundo informações do serviço de assistência social do Hospital Walfredo Gurgel, ele foi operado durante a madrugada mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 4h desta quarta-feira.
lUIZ DE frança

Luiz de França, lutador de MMA (Foto: Arquivo pessoal)Luiz de França, lutador de MMA (Foto: Arquivo pessoal)
Esse é o segundo caso de violência contra lutadores de MMA nesta semana. Na manhã da segunda-feira, o professor e lutador Luiz de França, de 25 anos, foi morto na calçada da academia Alta Performance, no conjunto Cidade Satélite, na zona Sul de Natal. De acordo com o delegado Sílvio Fernando, a polícia trabalha com duas hipóteses. Uma delas é de crime passional.
- Podemos estar diante de um crime passional. Temos informações de que o lutador teria se envolvido com a namorada do tenente. Ela ainda será ouvida - afirmou.
A outra suspeita da Polícia Civil é que um desentendimento entre o PM e o lutador de MMA possa ter motivado o crime. A defesa do tenente Iranildo Félix confirma que os dois se desentenderam, mas alega que o caso não foi grave.
- Houve um desentendimento, mas nada muito grave. Não houve discussão mais pesada, nem agressão física - explica a advogada Juliana Melo.

Peso-galo Lucas Mineiro se machuca e deixa o card do UFC 170, em Vegas

Lutador brasileiro se preparava para fazer quarta luta na organização

Por Rio de Janeiro
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Lucas Mineiro sofreu uma lesão e está fora do UFC 170, marcado para o dia 22 de fevereiro, em Las Vegas (EUA), como informou na madrugada desta quarta-feira o Ultimate. Originalmente, Lucas enfrentaria Bryan Caraway, que também se machucou e já tinha sido substituído por Aljamain Sterling. Cody Gibson, estreante assim como Sterling, é quem vai tomar o lugar do brasileiro no card.
Lucas Mineiro Pesagem UFC BH (Foto: Rodrigo Malinverni)Ultimate não informou qual foi a lesão de Lucas Mineiro (Foto: Rodrigo Malinverni)
Também nesta madrugada, a organização confirmou oficialmente que Pedro Munhoz será mesmo o adversário de Raphael Assunção também no UFC 170.
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Com a saída de Lucas Mineiro e a entrada de Pedro Munhoz, o Brasil mantém o mesmo número de participantes no evento: quatro. Além dos dois já citados nesta matéria, Demian Maia e Rafaello Oliveira também vão lutar no dia 22.
UFC 170
22 de fevereiro de 2014, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-galo: Ronda Rousey x Sarah McMann
Peso-meio-pesado: Rashad Evans x Daniel Cormier
Peso-meio-médio: Rory MacDonald x Demian Maia
Peso-meio-médio: Mike Pyle x T.J. Waldburger
Peso-meio-médio: Robert Whittaker x Stephen Thompson
CARD PRELIMINAR
Peso-galo: Alexis Davis x Jessica Eye
Peso-galo: Raphael Assunção x Pedro Munhoz
Peso-galo: Aljamain Sterling x Cody Gibson
Peso-mosca: Zach Makovsky x Josh Sampo
Peso-leve: Rafaello Oliveira x Erik Koch
Peso-leve: Ernest Chavez x Yosdenis Cedeno

UFC muda premiações e passa a dar bônus por desempenhos individuais

Prêmios para 'Finalização da Noite' e 'Nocaute da Noite' não existem mais
e serão substituídos pelas duas melhores performances de cada evento

Por Rio de Janeiro
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O Ultimate anunciou mudanças em sua política de premiações extras para os lutadores durante os seus eventos. Os bônus de "Finalização da Noite" e "Nocaute da Noite" deixam de existir. A partir de agora, os dois atletas com as melhores performances de cada evento passarão a ser os premiados.
ufc Abel Trujillo Jamie Varner (Foto: Agência Getty Images)ufc No UFC 169, Abel Trujillo levou o prêmio de 'Nocaute da Noite' (Foto: Agência Getty Images)
Os bônus para os atletas que participarem da melhor luta da noite continua normalmente. Todos os quatro prêmios terão o valor de US$ 50 mil, que é o que já vinha sendo pago.
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A ideia dos dirigentes é estimular cada vez mais os lutadores. No último evento da organização, por exemplo, não houve finalizações, e um prêmio a menos foi distribuído entre os 24 atletas do UFC 169.

Canal Combate prepara programação especial do UFC com Lyoto e Jacaré

Evento do próximo sábado, em Jaraguá do Sul-SC, terá 12 lutas ao vivo

Por Rio de Janeiro
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Só o canal Combate transmite, neste sábado, todas as 12 lutas do UFC Fight Night no Combate - Machida x Mousasi. Com cobertura especial, direto de Jaraguá do Sul-SC, o sinal ao vivo abre a partir das 22h com análises e reportagens exclusivas. O primeiro confronto está programado para as 22h30m, e o início do card principal é às 0h30m. Na sexta-feira, o Combate também transmite ao vivo a pesagem, a partir das 15h30m, com muitas reportagens exclusivas sobre o evento. A narração será de Rhoodes Lima, com comentários de Kyra Gracie e Luciano Andrade.
Lyoto Machida e Gegard Mousasi encarada UFC (Foto: Wander Roberto / UFC)Lyoto Machida e Gegard Mousasi vão disputar a luta principal em Jaraguá (Foto: Wander Roberto / UFC)
As reportagens com todas as personalidades do show serão feitas por Rodrigo Albornoz, com produção da jornalista Ana Hissa. Vale lembrar que os assinantes podem conferir tudo pela internet através do site maiscombate.com ou baixando o aplicativo +Combate. As plataformas de video on demand das operadoras também oferecem o “Especial Lyoto Machida”, com algumas das grandes vitórias do brasileiro.
- Estamos com um time de primeira durante toda a semana em Jaraguá do Sul para não perder nada desta cobertura e também teremos conteúdos exclusivos nas diferentes plataformas que o Combate atua, como no Combate.com e nas nossas redes sociais - comentou o gerente de negócios do canal Combate, Daniel Quiroga.
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Na principal luta da noite, Lyoto Machida encara Gegard Mousasi. Uma vitrória provavelmente coloca o carateca brasileiro na disputa do cinturão peso médio do UFC, que será decidido no mês de maio entre o atual campeão Chris Weidman e Vitor Belfort. A segunda luta principal também conta com outra grande esperança brasileira na divisão de médios. Ronaldo Jacaré encara o francês Francis Carmont (22v-7d). Todos os outros confrontos contam com representantes tupiniquins, feras como Erick Silva, Viscardi Andrade, Charles do Bronx e Cristiano Marcello, entre outros. 
Para esquentar o público para o evento, no sábado o canal Combate traz o “Dia do UFC”, com uma programação totalmente voltada ao evento em Santa Catarina. Na pré-hora da transmissão ao vivo, sábado, também serão exibidas entrevistas com os astros da edição e muitas informações sobre os lutadores da noite.
Confira toda a programação:
Horários
14/02 (sexta-feira) – Pesagem
Pré-hora: 15h30m
Pesagem: 16h às 17h
15/02 (sábado) – UFC Fight Night no Combate Machida x Mousasi
Pré-hora: 22h
Card Preliminar: 22h30m à 0h30m
Card Principal: 0h30m
Previsão de término: 3h
Programação “Dia do UFC” (sábado)
10h: Especial Lyoto Machida
12h: Pesagem
12h30m: Ultimate Insider
13h: Passando a Guarda
14h: Especial Lyoto Machida
16h: Maratona UFC Series (lutas de Lyoto, Mousasi, Jacaré, Carmont, Erick Silva)
19h: Lendas do UFC – Lyoto Machida
20h: Especial Lyoto Machida
21h30m: Pesagem
22h: Pré hora UFC Machida x Mousasi
UFC: Machida x Mousasi
15 de fevereiro de 2014, em Jaraguá do Sul-SC
CARD PRINCIPAL
Peso-médio: Lyoto Machida x Gegard Mousasi
Peso-médio: Ronaldo Jacaré x Francis Carmont
Peso-meio-médio: Erick Silva x Takenori Sato
Peso-meio-médio: Viscardi Andrade x Nicholas Musoke
Peso-pena: Charles do Bronx x Andy Ogle
CARD PRELIMINAR
Peso-leve: Cristiano Marcello x Joe Proctor
Peso-leve: Rodrigo Damm x Ivan Batman
Peso-leve: Francisco Massaranduba x Jesse Ronson
Peso-galo: Iuri Marajó x Wilson Reis
Peso-pena: Felipe Sertanejo X Maximo Blanco
Peso-meio-médio: Ildemar Marajó x Albert Tumenov
Peso-pena: Douglas D'Silva x Zubair Tuhugov

Inglês enrolado de Wanderlei Silva é alvo de piada em vídeo; confira


qua, 12/02/14
por ultimmato |
categoria Wanderlei Silva
A revista britânica “Fighters Only” divulgou mais um vídeo dos esquetes da premiação “World MMA Awards”, o “Oscar do MMA”, realizado na última sexta-feira em Las Vegas. Desta vez, um ator canta uma paródia da música “The Fox”, da dupla norueguesa Ylvis, e caçoa do inglês ‘enrolado’ de Wanderlei Silva, que os americanos têm dificuldade em entender. O vídeo, com legendas confusas para inúmeras declarações do “Cachorro Louco”, foi uma das mais aplaudidas na premiação. Confira:

De volta aos leves, Rodrigo Damm aposta no gás contra Ivan Batman

Curado de problema nos rins causado pelo corte de peso, capixaba diz que pretende não só vencer, mas também dar show em Jaraguá do Sul-SC

Por Jaraguá do Sul, SC
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Após mais de dois anos atuando entre os pesos-penas, o capixaba Rodrigo Damm volta à sua categoria de origem, a dos leves, para encarar Ivan Batman no próximo sábado, em Jaraguá do Sul-SC, no "UFC: Machida x Mousasi". Com três lutas no UFC - duas vitórias e uma derrota -, Damm revelou que a decisão de subir de divisão foi tomada em conjunto por médicos, empresário e treinadores, já que o corte de peso o deixava muito debilitado fisicamente.
- A decisão de eu voltar para a categoria dos leves foi tomada pelos médicos, meu empresário e meus treinadores. Eu ficava forte na categoria dos penas, mas sofria muito para bater o peso. O diagnóstico inicial foi de pedra nos rins, mas quando fiz mais exames foi detectado um sangramento nos rins, por eu estar treinando muito forte e com o organismo muito fraco pela perda de peso. Essa condição é característica dos maratonistas, pelo esforço excessivo com o organismo debilitado por uma dieta muito severa. Por isso, e por eu ter uma estrutura óssea muito pesada, eles acharam que eu devia subir de categoria - disse ao Combate.com.
Rodrigo Damm MMA (Foto: Ivan Raupp)Rodrigo Damm vai enfrentar Ivan Batman neste sábado (Foto: Ivan Raupp)
O lutador relembra o corte do TUF Brasil 1, e explica que ali começaram seus problemas renais, por conta da constante necessidade de bater o limite de 66kg:
- Os meus problemas nos rins começaram no TUF. Até então eu lutava entre os leves, disputei o cinturão do Strikeforce com o (Gilbert) Melendez nessa categoria. Como no TUF só havia as categorias dos penas (66kg) e médios (84kg), eu decidi descer para os penas, e de lá para cá eu fiquei dois anos lutando nessa categoria. Mas no programa eu tive problema porque tinha que bater o peso a cada duas semanas. Eu nunca tinha feito cortes de peso a cada duas semanas. Depois do organismo reclamar duas vezes, achei melhor voltar para os leves.
Analisando seu desempenho nas duas categorias, Rodrigo Damm acredita que o diferencial contra Batman será o preparo físico:
- Entre os penas eu me sinto um pouco mais forte fisicamente que os adversários. Nos leves eu acho os adversários mais fortes ou mais altos que eu. Para a luta de sábado, contra o Ivan Batman, eu sei que ele perde bastante peso para lutar e é um pouco mais alto que eu. É um atleta de muita explosão e a quem eu respeito muito, porque quem está aqui é porque tem valor. Mas eu sou bom em tudo que ele é bom. Ele é bom de chão e eu também sou. Fui sete vezes campeão nacional de wrestling e campeão mundial de jiu-jítsu. E a minha trocação tem melhorado muito nas últimas lutas, contra o Mizuto Hirota e o Antônio Carvalho. Nós dois somos caras de chão, mas tudo pode acontecer. Eu estou pronto para trocar em cima. Quem estiver melhor preparado fisicamente vai ganhar essa luta. Sei que o Batman vem muito explosivo no primeiro round. Esse é o maior perigo dele. Mas no segundo round ele geralmente dá uma cansada. Se ele não souber controlar bem o gás pode se complicar. Eu treinei com o Rogério Camões, que é um absurdo. O cara tem feito a gente suar muito nos treinos, e posso dizer que na preparação física, eu, o Ronaldo Jacaré e o Erick Silva tivemos o camp mais duro de todos. Nós somos preparados para lutar três rounds e terminarmos a luta cansados. Se terminarmos bem, ele diz que alguma coisa faltou, porque tínhamos mais pra dar. Ele quer que terminemos a luta mortos de cansados, por termos lutado os três rounds intensamente.
Rodrigo Damm MMA (Foto: Ivan Raupp)Lutador está de volta aos leves (Foto: Ivan Raupp)
Damm também revelou que o treinador Josuel Distak pediu que ele voltasse a ser agressivo como no começo da carreira:
- Se você olhar as minhas primeiras lutas, inclusive contra o Gasparzinho, já no UFC, eu fui bem agressivo. Conforme o tempo foi passando, efui estudando mais a luta, ganhando mais experiência e não indo mais tão afoito para decidir a luta. O Distak quer que eu volte a ser assim. Eu tenho a mão dura, minha estrutura óssea é pesada, e mesmo não sendo tão técnico na trocação, a minha pancada é forte. Na academia, lutando contra caras mais pesados, todo mundo sente quando a mão entra. Na minha última luta eu poderia ter sido mais agressivo do que fui, e pretendo voltar a lutar daquele jeito.
A constante pressão por resultados no UFC foi sentida por Rodrigo Damm após a derrota para Antônio "Pato" Carvalho no UFC 154, mas o brasileiro acredita que dar show no evento pode ser mais importante do que simplesmente vencer:
- Eu senti a pressão, e acho que, se tivesse perdido a minha última luta, o UFC teria me dispensado. Mas eles não têm buscado apenas vitórias, e sim grandes lutas. Tem lutadores, que não vou citar os nomes, que perdem mais do que ganham e continuam no UFC porque fazem grandes lutas. O que eles querem é o show, e é isso que eu vou buscar, independente da vitória.
O canal Combate fará a transmissão ao vivo do evento neste sábado, a partir das 22h (de Brasília), e também da pesagem, na sexta, às 16h. O Combate.com acompanha tudo em Tempo Real.
UFC: Machida x Mousasi
15 de fevereiro de 2014, em Jaraguá do Sul-SC
CARD PRINCIPAL
Peso-médio: Lyoto Machida x Gegard Mousasi
Peso-médio: Ronaldo Jacaré x Francis Carmont
Peso-meio-médio: Erick Silva x Takenori Sato
Peso-meio-médio: Viscardi Andrade x Nicholas Musoke
Peso-pena: Charles do Bronx x Andy Ogle
CARD PRELIMINAR
Peso-leve: Cristiano Marcello x Joe Proctor
Peso-leve: Rodrigo Damm x Ivan Batman
Peso-leve: Francisco Massaranduba x Jesse Ronson
Peso-galo: Iuri Marajó x Wilson Reis
Peso-pena: Felipe Sertanejo X Maximo Blanco
Peso-meio-médio: Ildemar Marajó x Albert Tumenov
Peso-pena: Douglas D'Silva x Zubair Tuhugov

Do Bronx reclama de críticas sem base e dispara: 'Só penso no nocaute'

Peso-pena desabafa contra os que falam sem saber o que acontece e diz ter certeza que Andy Ogle sentirá a pressão da torcida em Jaraguá do Sul-SC

Por Jaraguá do Sul, SC
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O paulista Charles do Bronx tem a fala mansa e o jeito tranquilo de se expressar, mas se engana quem pensa que o peso-pena não tem contundência em suas palavras. Logo após sua chegada a Jaraguá do Sul-SC, onde enfrenta, no próximo sábado, o inglês Andy Ogle pelo card principal do "UFC: Machida x Mousasi", o lutador declarou que espera que o rival sinta a pressão da torcida como ele sentiu nos cinco anos em que lutou fora do Brasil:
- Teve vezes que lutei no Brasil, mas na casa do oponente, e entrei sendo vaiado e xingado. Mas se você está focado não muda muita coisa. Mas estou traballhando muito a minha cabeça, porque UFC é outro mundo, mesmo sendo no Brasil. Eu sei que vou ser aplaudido quando entrar, e ele sabe que vai ser vaiado, e vai sentir a diferença. Ele pegou dez horas de voo. Eu demorei mais tempo na van vindo para o hotel do que no avião. Isso, querendo ou não, afeta. A torcida mexe também muito com os caras, e quando gritarem "Uh! Vai morrer!" já na pesagem ele vai sentir. Mas eu quero só manter meu foco no que preciso fazer e não me deixar levar para a torcida. Comemoração, só na hora da vitória. Eu estou indo para uma guerra. Depois que me recuperei da lesão, eu disse que no meu próximo card, não importa contra quem fosse, eu treinaria para uma guerra, e agora cheguei ao campo de guerra - disse ao Combate.com.
Charles do Bronx MMA (Foto: Ivan Raupp)Charles do Bronx em entrevista ao Combate.com (Foto: Ivan Raupp)
Do Bronx não esconde o ressentimento pelas críticas que sofreu em suas duas últimas lutas, que acabaram em derrotas para Frankie Edgar e Cub Swanson. Para o lutador, os brasileiros criticam seus atletas sem ao menos procurar saber o que acontece antes das lutas.
- Todo mundo disse que a luta contra o Frankie Edgar foi uma grande luta. Foi, mas eu perdi. Mas o próprio Frankie disse antes que eu não ia passar do primeiro round, que não aguentava pancada. Só no terceiro round eu sofri três knockdowns seguidos, que me deixaram lento, mas eu não parei de andar para a frente, e se for olhar depois, eu saí mais inteiro que ele da luta. Contra o Swanson, por ter me lesionado, a cabeça não estar boa e aquele soco dele ter entrado e pegado, muita gente criticou sem saber o que aconteceu. Eu não sinto muito porque não fico mexendo muito nisso. Mas você se dedica três meses para uma luta, perdendo peso, sofrendo, treinando, se machucando, longe de família. Vou casar dia 15 de março, e minha noiva, minha mãe e a mãe dela estão cuidando de tudo. Eu nem sei o que está acontecendo. Vou dar um exemplo do que acontece: contra o Swanson, na semana da luta eu estourei o ligamento do joelho, e não disse nada para ninguém. Só fazia sauna, não conseguia treinar. Faltando 15 minutos para entrar para a luta, no aquecimento, fazendo uma posição de jiu-jítsu, estourou mais ainda o local. Fui para o octógono sendo carregado até a hora em que o Burt Watson disse que iam começar a filmar. Meu treinador me disse para a partir dali andar como homem, e eu andei como se não tivesse nada. Lutei e perdi, e a própria torcida brasileira vai lá e critica sem saber de nada do que eu passei. Mas o próprio manager do Swanson, que estava lá e viu como foi, é que me defendeu e disse que eu entrei carregado para a luta com o joelho estourado. Muita gente do Brasil critica sem nem perguntar nada.
Charles do Bronx MMA (Foto: Ivan Raupp)Brasileiro encara Andy Ogle (Foto: Ivan Raupp)
Com quatro quilos acima do limite dos 66kg da categoria peso-pena, o brasileiro garante que seu treino foi voltado para a trocação, e revela que já não via a hora de lutar no Brasil novamente.
- Minha preparação foi boa como sempre, a única diferença foi ter feito todo o meu treinamento no Brasil ao invés de ir para os EUA para treinar com o Macaco. Sei que o meu adversário trabalha bem o wrestling, e por isso trabalhei muito a trocação e defesa de queda e estou muito bem. Também estou feliz por lutar em Jaraguá depois de cinco anos lutando no exterior. Pouca gente lembra, mas aqui foi o último lugar na qual eu lutei antes de começar a lutar fora do Brasil, no GP do Warriors. Faltam apenas quatro quilos para bater o peso e estou muito tranquilo. Eu já estava feliz de voltar a lutar no Brasil de novo, mesmo sem saber quem seria o meu adversário. Estava na última luta do card preliminar, e por uma infelicidade do Thiago Tavares, que acabou se machucando, a minha luta pulou para o card principal. Agora é cair pra dentro e sair com a vitória. Tudo tem seu tempo e sua hora. Eu sonhava lutar lá fora, acabei ficando cinco anos sem lutar no Brasil, e agora estava querendo voltar a lutar aqui. Pedi duas vezes para lutar no Brasil após a volta do UFC para cá, e eles negaram. Agora chegou a hora, e justo quando venho de duas derrotas seguidas. Tinha que ser agora mesmo.
Perguntado sobre como espera que Ogle suba ao octógono para enfrentá-lo, o brasileiro disse acreditar que o estilo do seu rival é previsível, e garantiu estar preparado para ele.
- Meus treinadores cobram muito para que eu veja o que o adversário tem de melhor, mas eu gosto de ser o Charles de sempre, andando pra frente e pressionando. Se ele me colocar para baixo, ele vai me levar pra onde eu vou melhor, que é no chão, no jiu-jítsu. Tenho melhorado em todas as áreas, por isso acho que ele tem que ter mais preocupação comigo do que eu com ele. As lutas do Ogle são sempre a mesma coisa, sempre tentando levar para o chão ou jogando uns mata-cobras loucos. A parte que eu mais peco é na trocação, e estou treinando muito boxe, muay thai, kickboxing. Não posso dizer que estou 100%, mas quem vir a luta deste sábado vai me ver muito melhor na parte em pé do que antes. Tenho treinado usar muito mais a minha envergadura, principalmente contra adversários mais baixos, como o Ogle. Isso vai ser visível. Por isso eu teria mais prazer em nocautear. Treinei o tempo todo pensando em nocaute, e eu vou para o nocaute. Se ele vacilar e cair na minha frente, e puder finalizar, eu vou finalizar. Mas o que eu quero é nocautear.
O canal Combate fará a transmissão ao vivo do evento neste sábado, a partir das 22h (de Brasília), e também da pesagem, na sexta, às 16h. O Combate.com acompanha tudo em Tempo Real.
UFC: Machida x Mousasi
15 de fevereiro de 2014, em Jaraguá do Sul-SC
CARD PRINCIPAL
Peso-médio: Lyoto Machida x Gegard Mousasi
Peso-médio: Ronaldo Jacaré x Francis Carmont
Peso-meio-médio: Erick Silva x Takenori Sato
Peso-meio-médio: Viscardi Andrade x Nicholas Musoke
Peso-pena: Charles do Bronx x Andy Ogle
CARD PRELIMINAR
Peso-leve: Cristiano Marcello x Joe Proctor
Peso-leve: Rodrigo Damm x Ivan Batman
Peso-leve: Francisco Massaranduba x Jesse Ronson
Peso-galo: Iuri Marajó x Wilson Reis
Peso-pena: Felipe Sertanejo X Maximo Blanco
Peso-meio-médio: Ildemar Marajó x Albert Tumenov
Peso-pena: Douglas D'Silva x Zubair Tuhugov

- Atualizado em

Cristiano Marcello admite que pensou em parar e afirma: 'Luto porque gosto'

Aos 36 anos, carioca diz que 'fisicamente, parece garotinho', brinca com Joe Proctor e enaltece currículo: 'Não tenho que provar mais nada a ninguém'

Por Jaraguá do Sul, SC
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Um dos treinadores mais antigos da lendária Chute Boxe, Cristiano Marcello atualmente comanda sua própria academia em Curitiba, a CM System. Aos 36 anos, ele deixou os negócios um pouco de lado e voltou seu foco para a luta após o anúncio do duelo contra Joe Proctor, neste sábado, em Jaraguá do Sul-SC. A última aparição dele no octógono havia sido em março de 2013, quando perdeu para o japonês Kazuki Tokudome. Firme na função de professor e empresário, ele admite que chegou a pensar em aposentadoria durante esse hiato, mas a paixão pela ação falou mais alto:
- Não tenho prazo para parar, mas nesse quase um ano fora eu pensei em parar, porque é difícil você voltar. Fui convocado e pensei: "Pô, lembraram de mim, meu irmão. Estamos aí. Tô dentro!". Essa é a história. O negócio é que não tenho que provar mais nada a ninguém. Luto porque gosto - disse ao Combate.com.
Cristiano Marcello MMA (Foto: Ivan Raupp)Cristiano Marcello quer a décima finalização da carreira (Foto: Ivan Raupp)
Os 11 meses sem lutar parecem não ter mexido com a confiança de Cristiano. Animado e empolgado, ele contou que já está perto de bater o peso limite dos leves (70,8kg):
- Fisicamente, eu pareço um garotinho. Estou só 4kg acima do limite de peso. Não gosto de me desgastar muito em relação ao peso, gosto de lutar mais leve. O cara que vai lutar contra mim pode estar quilos acima, porque sou de uma geração em que se lutava contra caras mais pesados. Então, não vai fazer diferença. Para mim é que vai fazer diferença, pois vou estar mais rápido e vou ter me desgastado menos. Vou me recuperar bem. Dessa maneira que eu vejo. Meu adversário estava 14 graus abaixo de zero em Boston (risos)... E é isso, estou amarradaço. Vou lá e fazer o que é meu, buscar a finalização ou o nocaute e mostrar um excelente trabalho.
O carioca se definiu como um lutador que entra para dar show e disse que gostou do tempo que ficou fora de combate, pois pôde consertar os erros. Por isso, ele não quer uma nova sequência de lutas com intervalo pequeno de tempo entre elas:
Estou amarradão. Vim para cá como se tivesse indo para Balneário Camburiú-SC. Estou no quintal de casa, vivo há 13 anos no Sul. Faço mais esse caminho do que para ir para o Rio"
Cristiano Marcello
- Eu fiz isso um ano atrás, quando saí do TUF. Contando o TUF, fiz cinco lutas seguidas e fiquei desgastado. Não dá tempo de você ver o que está errando, o que tem que melhorar. Você não sente, porque está na batida. Esse tempo que fiquei de quase um ano serviu para rever várias coisas no meu camp. E foi numa época turbulenta. Se eu não tivesse feito boas lutas, talvez tivesse sido mandado embora. Se não tivesse uma história dentro do esporte... Mas graças a Deus sou um cara que vou para dar show, gosto disso. Se você só no resultado, aí você está perdido. Já vi lutador top 10 sendo mandado embora.
Depois de Sam Sicilia, Cristiano voltará a encontrar no octógono um companheiro seu de The Ultimate Fighter 15. Ele e Joe Proctor foram escolhidos por Urijah Faber. Os dois se dão bem, garante o brasileiro, mas o profissionalismo fala mais alto:
- Encontrei ele ali. Eu estudo tudo que você possa imaginar. Vejo o clima do lugar (risos), estudo muito. Engraçado que ele postou uma foto no Instagram falando que o calor não estava tão forte assim. O fuso horário a gente sente depois de um dia. E outra, um calorzinho desse de 36 graus... Vai sofrer! E ele não tinha me visto ainda. Eu cheguei já cumprimentando. É esporte. Só que não sei se ele entendeu bem, porque a galera dele deu uma travadinha. Mas é um sujeito homem, gosto muito dele, vou manter a amizade. Acredito que ele veio preparado e vai ser uma luta boa.
Em Jaraguá do Sul-SC, Cristiano Marcello vai em busca da vitória de número 14 em 19 lutas na carreira. Ele vai atrás também da décima finalização:
- Sempre! Botar para dormir sempre! Essa é a ideia desde a pesagem. Estou amarradão. Vim para cá como se tivesse indo para Balneário Camburiú-SC. Estou no quintal de casa, vivo há 13 anos no Sul. Faço mais esse caminho do que para ir para o Rio. Cara, estou amarradão.
O canal Combate fará a transmissão ao vivo do evento neste sábado, a partir das 22h (de Brasília), e também da pesagem, na sexta, às 16h. O Combate.com acompanha tudo em Tempo Real.
UFC: Machida x Mousasi
15 de fevereiro de 2014, em Jaraguá do Sul-SC
CARD PRINCIPAL
Peso-médio: Lyoto Machida x Gegard Mousasi
Peso-médio: Ronaldo Jacaré x Francis Carmont
Peso-meio-médio: Erick Silva x Takenori Sato
Peso-meio-médio: Viscardi Andrade x Nicholas Musoke
Peso-pena: Charles do Bronx x Andy Ogle
CARD PRELIMINAR
Peso-leve: Cristiano Marcello x Joe Proctor
Peso-leve: Rodrigo Damm x Ivan Batman
Peso-leve: Francisco Massaranduba x Jesse Ronson
Peso-galo: Iuri Marajó x Wilson Reis
Peso-pena: Felipe Sertanejo X Maximo Blanco
Peso-meio-médio: Ildemar Marajó x Albert Tumenov
Peso-pena: Douglas D'Silva x Zubair Tuhugov

Viscardi crê em duelo rápido contra sueco: 'Vou gostar de lutar contra ele'

'Ou eu ou ele vai cair, ou alguém vai pegar. Acho que não passa do primeiro round', afirma o brasileiro, que está no card principal do UFC deste sábado

Por Jaraguá do Sul, SC
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Após boa participação no The Ultimate Fighter Brasil 2, o meio-médio Viscardi Andrade precisou de apenas 1m36s para vencer o americano Bristol Marunde em sua estreia no UFC. A segunda vez no octógono será neste sábado, contra o sueco Nicholas Musoke, em Jaraguá do Sul-SC. Para o brasileiro, o duelo tem tudo para ser tão breve quanto o primeiro:
- Acredito que a luta vai ser rápida, não vai demorar. Ou eu ou ele vai cair, ou alguém vai pegar. Acho que não passa do primeiro round. Vi várias lutas dele. Ele não estuda, não marca golpe e vem para cima para matar. Eu gosto de dar uma marcada para entrar com tudo também. Quando colidir, um vai cair para um lado, e o outro vai cair para o outro. Ou sei lá (risos). Vai ser interessante - disse ao Combate.com.
Viscardi Andrade (Foto: Rodrigo Malinverni)Viscardi Andrade encara Nicholas Musoke neste sábado (Foto: Rodrigo Malinverni)
Viscardi acredita que o estilo dos dois tornará a luta emocionante, mesmo que seja rápida. E ele ainda mal acredita no sonho que está vivendo desde que entrou no UFC:
- Estou muito feliz, muito mesmo. Estou vivendo um sonho. Estou me sentindo muito bem. Confio plenamente nos meus treinadores. Meu treino foi em cima. O adversário que vou pegar é um cara duríssimo, mas vou gostar de lutar contra ele. Não é amarrão, não segura o jogo. Ele vai para definir, e eu sou assim também. Vai ser uma luta dinâmica, e vai ser ótimo para quem estiver assistindo.
(Musoke) Não é amarrão, não segura o jogo. Ele vai para definir, e eu sou assim também. Vai ser uma luta dinâmica, e vai ser ótimo para quem estiver assistindo"
Viscardi Andrade
Esse sonho ficou maior ainda por causa de um presente que Viscardi ganhou. Ele está no card principal do evento, apesar de ser somente sua segunda luta na organização. Para o brasileiro, entre os motivos que explicam a escolha está o lado polêmico dele no TUF Brasil 2, como quando discutiu com Rodrigo Minotauro:
- Acho que foi um pouco de tudo. Foi o programa, que mexeu com o público. O pessoal ficou na expectativa. Alguns gostaram, outros não gostaram, mas todo mundo viu. Todo mundo queria me ver em ação, e a minha luta no UFC Rio foi boa. O nocaute rápido deu uma impressionada. Aí o Dana White deu uma oportunidade para ver se é isso mesmo. Pegou o Nico, que é um cara que vem de uma finalização rápida também. Acho que a ideia é chocar os dois para ver quem sai de lá e começar a colocar o vencedor contra uns caras mais duros e mais famosos.
Faixa-preta de jiu-jítsu, Viscardi vai enfrentar um adversário que vem de bela finalização sobre Alessio Sakara no primeiro round. Mesmo assim, não crê que Musoke queira lutar no chão:
- Acredito que ele não vai querer ir comigo para o chão. Acho que ele vai querer ficar na luta em pé. Eu vou querer trocar e me sentir à vontade, mas é lógico que vou botar para baixo se tiver a oportunidade. Se eu vir que estou bem em pé, fico assim. Se vir que embaixo estou bem, vou. E se estiver ruim, vou mudando. Isso é o MMA. Vou no caminho mais fácil.
Viscardi Andrade (Foto: Rodrigo Malinverni)Viscardi foi semifinalista do TUF Brasil 2 (Foto: Rodrigo Malinverni)
Desde o fim do TUF Brasil 2, Viscardi pôde se concentrar mais em sua carreira de lutador. Por conta disso, ele conta que teve uma tremenda evolução profissional:
- Mudou tudo para melhor. Hoje posso me dedicar mais aos treinos. Senti uma evolução muito grande da casa para cá. Eu sempre dei muito aula, e hoje ainda dou, mas agora é bem menos. Eu dava aula todo dia, uma atrás da outra, fora os trabalhos de personal. Hoje consigo treinar de manhã, descansar à tarde e treinar de novo à noite. Quase todo dia dou uma aulinha, mas é uma hora só, está tranquilo. Consigo me dedicar mais e ter mais profissionais capacitados ao meu lado. Eles focam no treino em cima de mim. Antigamente era um treino coletivo. Agora tem um foco e um carinho em mim, para eu poder me preparar. Então, a evolução está bem maior.
O canal Combate fará a transmissão ao vivo do evento neste sábado, a partir das 22h (de Brasília), e também da pesagem, na sexta, às 16h. O Combate.com acompanha tudo em Tempo Real.
UFC: Machida x Mousasi
15 de fevereiro de 2014, em Jaraguá do Sul-SC
CARD PRINCIPAL
Peso-médio: Lyoto Machida x Gegard Mousasi
Peso-médio: Ronaldo Jacaré x Francis Carmont
Peso-meio-médio: Erick Silva x Takenori Sato
Peso-meio-médio: Viscardi Andrade x Nicholas Musoke
Peso-pena: Charles do Bronx x Andy Ogle
CARD PRELIMINAR
Peso-leve: Cristiano Marcello x Joe Proctor
Peso-leve: Rodrigo Damm x Ivan Batman
Peso-leve: Francisco Massaranduba x Jesse Ronson
Peso-galo: Iuri Marajó x Wilson Reis
Peso-pena: Felipe Sertanejo X Maximo Blanco
Peso-meio-médio: Ildemar Marajó x Albert Tumenov
Peso-pena: Douglas D'Silva x Zubair Tuhugov

Vinny Magalhães garante: briga entre Wanderlei e Sonnen não foi 'armada'

Sem revelar detalhes da terceira temporada do TUF Brasil, auxiliar brasileiro de Chael Sonnen diz que nunca viu o amigo 'tão agressivo' em situação fora de luta

Por São Paulo
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Chael Sonnen e Wanderlei Silva (Foto: Reprodução/Twitter)Chael Sonnen e Wanderlei Silva nos bastidores do TUF Brasil 3 (Foto: Reprodução/Twitter)
O lutador brasileiro Vinny Magalhães é um dos assistentes técnicos da equipe de Chael Sonnen na terceira temporada do The Ultimate Fighter Brasil - Em Busca de Campeões e, como tal, teve um ponto de vista privilegiado da briga entre o americano e Wanderlei Silva, seu antagonista no reality show. Por força de contrato, Vinny não pode dar detalhes do que acontece dentro da casa, mas garantiu que a confusão, divulgada publicamente pelo presidente do Ultimate, Dana White, não foi armada.

- Posso garantir que não foi armada. Nem perto de ser armada - declarou o lutador, em entrevista ao site americano "MMA Junkie".

Os sinais que indicaram a Magalhães que a briga era para valer foram os termos usados por seu amigo durante a discussão que levou à altercação.

- Chael estava usando algumas palavras ruins, e isso é algo que nunca o vi fazer em todos os anos que o conheço. Nunca vi Chael tão agressivo numa situação em que não havia uma luta. Foi bem intenso - admitiu Vinny, que não revelou mais detalhes e não comentou quem seria o assistente de Wanderlei que atacou Sonnen.

- Vocês terão de assistir, não posso dizer quem foi.
MMA Fã Clube Sonnen em São Paulo - Sonnen e fã Jerônimo Fonseca (Foto: Divulgação)Vinny Magalhães (primeiro da esquerda para a direita, de boné e camisa azul) com a equipe de Chael Sonnen, em encontro com o fã-clube brasileiro do lutador (Foto: Divulgação)
É a segunda vez que Vinny Magalhães, atualmente atleta do Titan FC, atua como assistente técnico na equipe de Sonnen num TUF. Em 2012, Sonnen usou a mesma comissão técnica em sua atuação como treinador da 17ª temporada do reality show americano. Desta vez, segundo ele, o trabalho foi melhor, e o americano foi muito bem recebido pelos atletas brasileiros, ao contrário do que se esperava devido ao histórico de provocações de Sonnen ao país.

- Acho que o time já sabia como trabalhar junto. Nós simplesmente fizemos tudo melhor, incluindo o Chael. Chael está trabalhando um pouco mais aqui do que nos Estados Unidos, porque wrestling é algo que não temos no Brasil. Você tem tipo dois ou três técnicos de wrestling no país inteiro. Com um cara como Chael, eles tentaram tomar vantagem disso - afirmou Vinny.

Dana White: Alistair Overeem está 'se escondendo' de Junior Cigano

Presidente do UFC teria oferecido luta principal de evento no Brasil e co-luta principal de evento em Las Vegas. Holandês diz estar lesionado

Por Rio de Janeiro
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MMA - UFC encaradas Media Day - Alistair Overeem (Foto: Evelyn Rodrigues)Alistair Overeem negou duas ofertas do UFC para
enfrentar Cigano (Foto: Evelyn Rodrigues)
A luta que os treinadores de Junior Cigano queriam ver para o peso-pesado brasileiro em seu retorno ao octógono está cada vez mais distante. O presidente do UFC, Dana White, disse nesta quarta-feira que ofereceu uma luta contra o ex-campeão dos pesos-pesados ao holandês Alistair Overeem, considerado pelo técnico Luiz Dórea como um bom adversário para Cigano no momento. Todavia, o confronto teria sido rejeitado duas vezes pelo ex-campeão do Strikeforce, K-1 e Dream.
- Ele não quer nada com o (Junior) dos Santos. Ele está literalmente se escondendo dele - disse White ao telejornal oficial do Ultimate, "UFC Tonight", na TV americana.
Segundo o programa, o dirigente ofereceu a Overeem a chance de fazer uma luta de cinco rounds contra Cigano num evento principal no Brasil, e foi rejeitado. Depois, teria oferecido um coevento principal de três rounds em Las Vegas, mas "Reem" também teria rejeitado essa oportunidade.
De férias na Jamaica, o holandês esclareceu ao site "MMA Fighting" o motivo pelo qual recusou o convite para enfrentar Cigano.
- Estou lesionado. Problema na costela. Então, primeiro preciso de um prazo para meu tempo de recuperação. Não seria sábio aceitar qualquer luta antes de saber exatamente o que eu tenho. Não quero desistir de nenhuma luta por estar sem condições, especialmente de uma luta tão esperada como essa - explicou Overeem.
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Os dois lutadores já estiveram escalados para se enfrentar pelo cinturão dos pesos-pesados em 2012, mas Overeem foi flagrado com níveis elevados de testosterona num exame antidoping surpresa e foi retirado da luta. Outro duelo estava marcado para o UFC 160, em maio do ano passado, mas uma lesão tirou o holandês de ação e do combate.

CT alemão na Bahia recebe licença ambiental e ficará pronto em 45 dias

Centro de Treinamento em Santa Cruz Cabrália, que está sendo construído pela Federação Alemã para a Copa do Mundo, está 70% concluído, diz secretaria

Por Rio de Janeiro
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 O último obstáculo para a construção do Centro de Treinamento da Alemanha na Copa do Mundo foi derrubado. Nesta quarta-feira, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) da Bahia emitiu a licença ambiental necessária para a construção do campo na vila de Santo André, no município de Santa Cruz Cabrália, próximo a Porto Seguro, na Bahia.
Em portaria publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial, o INEMA autoriza a retirada da vegetação nativa pelo período de um ano pela a conclusão do campo onde os alemães irão treinar. Os responsáveis pelas obras acreditam que o local será concluído em 45 dias.

- Diria que o alojamento já está 70% concluído. As obras estão adiantadas. A parte do campo não preocupa, pois é uma estrutura móvel, que já está toda pronta, mas ainda não foi posta no local por conta da licença. Todos os contêineres já estão no local. Dentro de 45 dias tudo estará pronto no centro treinamento – garantiu o secretário de Turismo de Santa Cruz Cabrália, Fernando Oliveira.
Licença Ambiental CT Alemanha (Foto: Reprodução)Licença ambiental para a construção do campo do CT da Alemanha em Santa Cruz Cabrália


O conteúdo dos contêineres, por enquanto, é sigiloso, a pedido da Federação Alemã. A Alemanha foi a única seleção que escolheu como base um local que não estava na lista sugerida pela Fifa. Com três jogos na região nordeste na primeira fase, os tricampeões decidiram se hospedar em Santa Cruz Cabrália.

O complexo que hospedará a delegação, chamado Campo Bahia, está sendo construído com recursos da própria Federação Alemã de Futebol (DFB), que conta com o apoio financeiro de patrocinadores. Trata-se de uma espécie de condomínio fechado, que contará com 13 casas, um campo de futebol e um centro de imprensa.
Montagem Campo Bahia, base da seleção da Alemanha para a Copa do Mundo (Foto: Reprodução)Projeto do Campo Bahia, base da seleção da Alemanha para a Copa do Mundo (Foto: Reprodução)


Apesar do campo, há a possibilidade de que os alemães usem também o Estádio Municipal Antônio Carlos Magalhães, em Porto Seguro, que está sendo reformado e também receberá treinamentos de outra seleção que ficará na cidade, a Suíça.

O curioso é que para chegar na vila de Santo André é preciso atravessar o Rio João de Tiba. Por isso, a prefeitura de Santa Cruz Cabrália providenciará duas balsas exclusivas para a federação alemã: uma será usada por jogadores e comissão técnica, a outra por jornalistas.

A distância entre o CT da Alemanha e o aeroporto de Porto Seguro é de cerca de 30 quilômetros. Na primeira fase, o time fará jogos em Salvador (796 km), Fortaleza (2828 km) e Recife (2.074 km), totalizando cerca de 6.346 quilômetros aéreos em deslocamentos, indo e voltando para "casa".
Campo Bahia, base da seleção da Alemanha para a Copa do Mundo (Foto: Reprodução)Campo Bahia deve ficar pronto em 45 dias (Foto: Reprodução)

Sochi, dia 5: 'no calorão', queda feia, ouro dividido e domínio russo no gelo

Eric Frenzel chama atenção por comemoração efusiva no pódio do combinado nórdico, favorito da patinação de velocidade decepciona, e Alemanha lidera quadro

Por Sochi, Rússia
Comente agora
Torcedora aproveita calorão em Sochi e aparece de biquíni na piscina (Foto: Reprodução / Instagram)Torcedora aproveita calorão em Sochi
(Foto: Reprodução / Instagram)
O quinto dia das Olimpíadas de Inverno de Sochi, na Rússia, chamou atenção desde o início pelo "clima de verão". Com cerca de 20°C na Costa e 11° na Montanha, russos e visitantes precisaram deixar de lado as roupas pesadas. O "calorão" dividiu opiniões. Os atletas ganharam a tarefa de ficar em alerta com possíveis mudanças nas condições das pistas de competição, e a organização do evento busca soluções para que a temperatura alta não prejudique os Jogos. Uma torcedora, por sua vez, aproveitou para passar o dia de biquíni na piscina se refrescando.
Galeria: Veja as melhores imagens do quinto dia dos Jogos de Inverno de Sochi 

Além do calor, um acidente feio marcou a quarta-feira. Representante de Mônaco nos Jogos, Alexandra Coletti fazia uma boa performance no esqui alpino downhill, mas se desequilibrou na parte reta do percurso e acabou sofrendo uma queda dura. Ela deslizou com a lateral do corpo na neve antes de bater na rede de proteção no entorno da pista. Gritando de dor, recebeu atendimento dos médicos e precisou sair de helicóptero.
Pelo menos, a final do downhill teve uma inusitada comemoração dupla. A suíça Dominique Gisin e a eslovena Tina Maze marcaram o mesmo tempo (1m41s57) em suas descidas e dividiram o topo do pódio. A imagem das duas com os braços levantados é emblemática.
Gisin, que fez a performance primeiro, chegou a fechar os olhos quando viu que Maze poderia ser melhor que ela. Mas, no fim, tudo deu certo para as duas esportistas. A suíça Lara Gut (1m41s67) acabou levando o bronze na prova.
sochi Dominique Gisin e Tina Maze esqui downhill (Foto: Agência Getty Images)Dominique Gisin e Tina Maze sobem ao pódio juntas no primeiro lugar (Foto: Agência Getty Images)

01
SUPREMACIA RUSSA NA PATINAÇÃO ARTÍSTICA
Nesta quarta-feira, a Rússia provou que, na patinação artística, não tem para ninguém nessa edição dos Jogos de Inverno. Depois de conquistar sua primeira medalha de ouro em Sochi com uma apresentação emblemática do fenômeno Yulia Lipnitskaya, de 15 anos, na disputa por equipes, o país se consagrou de vez com o casal Tatiana Voloszhar e Maxim Trankov, que chegaram ao topo do pódio nos Pares no Palácio Iceberg de Patinação.
A performance ao som de "Jesus Christ Superstar" emocionou e fez o público vibrar demais. Ksenia Stolbova e Fedor Klimov garantiram a dobradinha da Rússia, que levou também a prata. Aliona Savchenko e Robin Szolkowy, da Alemanha, ficaram em terceiro lugar.
Sochi Patinação (Foto: Reuters)Maxim Trankov e Tatiana Voloszhar brilham na pista do Palácio Iceberg (Foto: Reuters)

02
fORA DE SINTONIA, FAVORITO DECEPCIONA
Decepção. Essa é a palavra certa para definir a performance de Shani Davis na decisão dos 1.000m da patinação de velocidade. Líder da temporada, bicampeão olímpico e favorito absoluto para conquistar o inédito tri, o americano estava completamente fora de sintonia e de ritmo, e sua atuação acabou sendo muito abaixo do esperado. Pódio? Nem perto disso. O esportista acabou na oitava colocação. O cazaque Denis Kuzin, campeão mundial da prova de 2013, também foi mal e ficou em sétimo. Já o holandês Stefan Groothuis, que não tinha nada a ver com isso, brilhou e saiu com uma medalha dourada, tendo marcado o tempo de 1m08s39.
Shani Davis (Foto: Getty Images)Shani Davis lamenta sua atuação muito abaixo do esperado (Foto: Getty Images)
Denny Morrisson, do Canadá, levou a prata, e Michel Moulder, da Holanda, o bronze. As medalhas provaram que os holandeses realmente brilham na patinação de velocidade. O domínio é amplo nos Jogos de Sochi. O país tem dez medalhas ao todo, sendo quatro de ouro, duas de prata e quatro de bronze.
03
ALEmanha: LÍDER dos Jogos E festa no pódio dO COMBINADO NÓRDICO

Os atletas da Alemanha se destacaram bastante nesta quarta-feira. Tobias Wendl e Tobias Arlt chamaram a atenção por suas performances no luge, e Eric Frenzel, principalmente por sua empolgação extrema na cerimônia de entrega de medalhas do combinado nórdico. Ao conquistarem o primeiro lugar no pódio, os dois Tobias foram responsáveis por elevar o país à condição de líder das Olimpíadas de Inverno, com oito medalhas, sendo seis de ouro, uma de prata e uma de bronze, superando Canadá e Noruega, em segundo e terceiro, respectivamente (veja o quadro completo).
Eric Frenzel podio (Foto: Reuters)Eric Frenzel vibra demais e "voa" no pódio em Sochi (Foto: Reuters)

Já Eric, de 25 anos, protagonizou uma cena um tanto quanto cômica ao comemorar de maneira bastante eufórica sua medalha de ouro na decisão do combinado nórdico masculino. Como uma criança, o atleta deu um salto tão alto que fez com que seus rivais dessem risadas.

De olho em reforços, Timão observa meia do Avaí e volante do Sport

Diretoria do Corinthians busca possíveis nomes para reforçar o elenco. Luciano,
que acaba de rescindir com o clube catarinense, pode ser anunciado em breve

Por São Paulo
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A debandada no elenco do Corinthians fez a diretoria do clube mudar a postura em relação às contratações para o primeiro semestre de 2014. Inicialmente, o volante Bruno Henrique, recém-apresentado pelo Timão, seria a última contratação para a metade inicial do ano. Porém, com a saída de alguns jogadores nos últimos dias, novos nomes vêm sendo observados. São os casos do meia Luciano, ex-Avaí, e do volante Rithely, do Sport.
montagem Corinthians Luciano e Rithely (Foto: Editoria de arte)Luciano, ex-Avaí, e Rithely, do Sport: ambos na mira do Corinthians (montagem globoesporte.com)
O meia de 20 anos tem situação mais livre para chegar ao Parque São Jorge. Após rescindir contrato com o Avaí na última terça-feira, Luciano já deixou Florianópolis e deve acertar com outro clube até o fim desta semana. Pessoas do Corinthians ouvidas pelo GloboEsporte.com desconversaram sobre o interesse, mas o Timão chegou a enviar um representante à partida contra o Criciúma, no último domingo, pelo Campeonato Catarinense, para observar o atleta.
Um reforço para o setor pode ser interessante para o Corinthians. Apesar da chegada de Jadson e da recuperação de Renato Augusto, o Timão deve precisar de novas peças para o meio-campo. Danilo, com compromisso até o meio do ano, pode assinar um pré-contrato com outro clube a qualquer momento. Por enquanto, a diretoria do alvinegra se nega a discutir uma renovação do vínculo, sob o argumento de que ainda é cedo para isso.
Já o caso de Rithely está em estágio menos avançado. Com contrato até agosto, o volante segue em ação no Sport, mas também com a possibilidade de acertar a saída prévia para qualquer outro clube, uma vez que está a seis meses do fim do compromisso. Os pernambucanos têm interesse em renovar com o atleta, mas o empresário Roberto Faustim admitiu ao GloboEsporte.com que vem recebendo sondagens.
No mesmo setor, recentemente, o Corinthians perdeu Ibson, negociado com o Bologna. A chegada de Bruno Henrique, contratado da Londrina, pode fazer com que o interesse no jogador do Sport fique para um momento posterior. 
O ataque segue no foco de Mano Menezes para possíveis contratações. Com a saída de Alexandre Pato e a má fase vivida pelos outros componentes do setor, como Paolo Guerrero, Romarinho e Emerson Sheik, o Corinthians se mobiliza nos bastidores para um reforço ofensivo. A economia com a saída de atletas de alto salário, como Douglas e Ibson, pode auxiliar o clube financeiramente a apostar em nomes de potencial.

Doping de Jessica Eye foi por uso de maconha; lutadora pede desculpas

Americana havia confrontado jornalistas e negado consumo da substância. Yancy Medeiros também tem vitória revogada por exame positivo de doping

Por Rio de Janeiro
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Jessica Eye entrevista UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Jessica Eye pediu desculpas após mentir sobre
exame antidoping (Foto: Evelyn Rodrigues)
A causa do exame antidoping positivo da peso-galo feminino Jessica Eye no UFC 166 foi enfim confirmada nesta terça-feira. De acordo com documentos do Departamento de Regulamentação e Licenciamento do Texas, comissão atlética estadual que supervisionou o evento em outubro de 2013, a substância detectada no exame antidoping pré-luta de Eye foi canabinóides, compostos presentes na maconha, o que viola a legislação local para combates de MMA.
O resultado positivo para maconha havia sido noticiado pelo site "Bloody Elbow" durante a semana passada, e Eye negou veementemente, inclusive confrontando jornalistas através das redes sociais. A lutadora respondeu a uma pergunta direta sobre se havia sido flagrada por uso de maconha no podcast "The MMA Hour" e negou que tivesse consumido a droga. Além disso, ela havia declarado a vários meios de comunicação que iria apelar à revogação de sua vitória sobre Sarah Kaufman.
Todavia, o site americano "Fox Sports" obteve uma cópia do documento da comissão atlética texana explicando o caso. Além disso, os documentos indicam que Eye foi notificada do exame antidoping ainda em 26 de novembro, e ela assinou em 15 de janeiro deste ano um acordo para pagar uma multa de US$ 1.875 (cerca de R$ 4.500) e um ano de suspensão condicional, sob a qual deve enviar notificações de novos combates e resultados de exames antidoping à comissão texana. Isso não a impede de lutar no UFC 170, no próximo dia 22, em Las Vegas, contra Alexis Davis.
Após a divulgação do documento, Jessica Eye foi às redes sociais para emitir um pedido de desculpas público. Em imagem publicada no Instagram, declarou: "Ninguém está mais decepcionada sobre isso do que eu... Eu recebo isso pessoalmente e me considero culpada."
Mais Combate.com: confira as últimas notícias do mundo do MMA
Também nesta terça-feira, foi revelado que o peso-leve Yancy Medeiros foi flagrado com metabólicos de maconha em seu organismo no exame antidoping após sua vitória sobre Yves Edwards no UFC: Fight For The Troops 3, também em novembro passado. De acordo com o site "MMA Junkie", Medeiros recebeu uma suspensão de 90 dias, retroativa à data do combate, 6 de novembro, e terá de passar por um exame antidoping antes de ser liberado para lutar novamente. Sua vitória por nocaute foi revogada e transformada em "No Contest" (luta sem resultado).

Perfil: 'má companhia' quando jovem, Ronaldo Jacaré vira lenda no jiu-jítsu

Lutador brasileiro tem carreira sólida também no MMA e vai chegando perto de disputar cinturão no UFC. Situações de perigo fizeram parte da adolescência

Por Rio de Janeiro
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Muito mais do que um simples hobby ou objeto de trabalho, o quimono funcionou por muitos anos para Ronaldo Souza como uma segunda pele. Com ele, aliado ao apelido de "Jacaré", vieram inúmeros títulos, inclusive oito mundiais, sendo três na faixa preta. Antes perdido e misturado à violência do bairro de Nova Rosa da Penha, em Cariacica-ES, o capixaba encontrou no jiu-jítsu e em Manaus uma saída para o recomeço. Hoje fazendo sucesso no MMA, ele vai se aproximando do sonho de disputar um cinturão no UFC, e usa sua própria história como motivação:
- Eu era uma má companhia, na verdade (risos). Era uma companhia muito ruim para as pessoas que andavam comigo também. E tive problema com um amigo meu. Ele estava fazendo aniversário de 15 anos um dia. A gente estava brincando de bilhar, e ele tomou um tiro na boca. O cara chegou perto e deu um tiro. Eu estava jogando com ele, e o cara passou do meu lado, não sei como não me viu. Nessa hora eu saí de perto da situação. Minha mãe ficou desesperada com aquela coisa, pediu para eu me esconder na casa de uma amiga dela e falou que eu tinha ido para outro estado - disse ele, em entrevista exclusiva ao Combate.com.
Ronaldo Jacaré UFC MMa entrevista (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Com seu antigo cinturão do Strikeforce, lutador faz a 'boca do jacaré' (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Jacaré contou esse e outros detalhes do passado em sua casa, no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, na companhia da esposa, Larissa, e dos filhos, Enzo Gabriel e Ryan. À vontade e orgulhoso de seu antigo cinturão do extinto Strikeforce, ele falou sobre a difícil transição do jiu-jítsu para o MMA. Apesar dos 34 anos de vida e da larga experiência, o capixaba admite que sente a pressão do octógono.
Acho que é muita prepotência dizer 'o melhor', mas fui um
bom competidor, ganhei muitos campeonatos com o pouco peso que eu tinha época, e isso me credencia a estar entre os melhores"
Jacaré, sobre ser o melhor do jiu-jítsu
- (...) É uma pressão muito grande. Em outros eventos, você entra e vê a torcida em cima. No UFC, você entra e parece que a torcida te esmaga. Quando entra no octógono e vê o Bruce Buffer gritando, seu coração vai a mil por hora. Quase que eu mando: "Cala a boca, Bruce Buffer, que eu estou nervoso, cara" (risos). (...) Tem muita câmera, são muitas luzes... O Bruce Buffer é um ícone, e ele grita ali o seu nome, com aquela voz dele... Mas eu gosto de pressão, das coisas difíceis. Toda vez que você me der um grande desafio, pode apostar que não vou decepcionar. Vou chegar lá e mandar ver - declarou ele.
Terceiro colocado do ranking oficial da categoria dos médios (até 83,9kg), Jacaré vai enfrentar o francês Francis Carmont neste sábado, no "UFC Fight Night: Machida x Mousasi", na Arena Jaraguá, em Jaraguá do Sul-SC. O rival, por sinal, não vai conseguir repetir a "amarração" que vem sendo seu ponto característico, se depender do brasileiro. O canal Combate fará a transmissão do evento ao vivo, a partir das 22h (de Brasília), e também da pesagem, na sexta-feira, às 16h. O Combate.com acompanha tudo em Tempo Real.
A seguir, veja a entrevista com Ronaldo Jacaré na íntegra:
Combate.com: O seu início nas lutas foi no jiu-jítsu. De onde surgiu o interesse?
Ronaldo Jacaré:
Foi através do meu irmão, quando fui morar em Manaus. Eu tinha de 16 para 17 anos. Meu irmão mais velho, Reginaldo, começou a treinar perto de casa, na academia do Henrique. Eu ia vê-lo treinando e não gostava, achava esquisito aquele negócio de jiu-jítsu. Certo dia ele se machucou. Aí peguei o quimono dele e fui treinar no lugar dele. Nunca mais deixei de treinar. Tomei uma "sova" tão grande na primeira vez que subi no tatame... E sou muito competitivo. Pensei comigo: "Tenho que voltar". Voltava todos os dias, e apanhava sempre. naquela ânsia de aprender, consegui rapidamente aprender muita coisa. Aí comecei a ficar bom no jiu-jítsu. Na segunda semana já fui morar na academia, e morei lá até receber a faixa preta. Essa foi minha trajetória.
Quantos anos você morou na academia?
Eu entrei em 1997 e peguei a faixa preta em 2003. Foram seis anos.
Ronaldo Jacaré UFC MMa entrevista (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Ronaldo Jacaré com a esposa, os filhos e a cadela (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Muita gente acha que você é manauara por ter começado no jiu-jítsu lá, mas na realidade você é capixaba. Conte um pouco da sua infância. Chegou a passar dificuldade?
Nunca faltou comida na minha família. Meu pai, Seu Otávio, e minha mãe, Dona Antônia, sempre foram batalhadores, e nunca faltou nada. A gente que, quando é menino ou adolescente, sempre quer as coisas demais. Era bem humilde, mas a gente se divertia muito.
Por que você saiu do Espírito Santo e foi para Manaus?
Foi por causa da violência mesmo. Era um bairro muito perigoso, e eu comecei a andar com más companhias. Eu era uma má companhia, na verdade (risos). Era uma companhia muito ruim para as pessoas que andavam comigo também. E tive problema com um amigo meu. Ele estava fazendo aniversário de 15 anos um dia. A gente estava brincando de bilhar, e ele tomou um tiro na boca. O cara chegou perto e deu um tiro. Eu estava jogando com ele, e o cara passou do meu lado, não sei como não me viu. Nessa hora eu saí de perto da situação. Minha mãe ficou desesperada com aquela coisa, pediu para eu me esconder na casa de uma amiga dela e falou que eu tinha ido para outro estado. Eu estava para fazer 15 anos. Quando ela me botou na casa da amiga e disse que eu tinha ido para Belo Horizonte, ela já estava conversando com meu irmão para eu ir para Manaus morar com ele. Resolvi obedecer e fui morar com meu irmão. Fiz 15 anos dentro do avião, indo embora do Espírito Santo para Manaus.
Era coisa de gangue ou algo assim?
Era coisa tipo violência mesmo. A gente era má companhia, aprontava. Não é nem que a gente brigava, porque no meu bairro não tinha briga. Tinha tiro mesmo, facada, essas coisas assim. Era um bairro muito violento. Praticamente não tenho mais amigos de infância. São poucos. Mas o esporte me salvou, Deus me salvou. Hoje tenho minha esposa maravilhosa, dois filhos lindos e saudáveis, sou um homem de Deus.
Ronaldo Jacaré UFC MMa entrevista (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Jacaré (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Lembra de algum outro perrengue que passou nesse período?
Ah, eu sempre fui muito protegido, porque toda vez que eu saía, acontecia alguma coisa com meus amigos. Tomavam tiro, iam presos. Sempre acontecia alguma coisa, e eu em casa. Tive muita sorte, posso dizer assim.
Em Manaus você se tornou uma lenda do jiu-jítsu. Você se considera um dos melhores da história?
Por tudo que conquistei, sem sombra de dúvida sim.
Talvez o melhor?
Acho que é muita prepotência dizer "o melhor", mas fui um bom competidor, ganhei muitos campeonatos com o pouco peso que eu tinha época, e isso me credencia a estar entre os melhores.
Depois de Manaus você foi para o Rio de Janeiro...
Resolvi sair de Manaus realmente para viver minha vida. Eu já era faixa-preta há muitos anos, já era reconhecido, e não tinha nenhuma remuneração. Eu já era campeão mundial e ainda vigiava carros alguma vezes. Quando eu saí de Manaus, decidi rodar os EUA. A convite do Randy Couture eu treinei na academia dele. Já estava no MMA.
O que motivou essa transição do jiu-jítsu para o MMA?
Eu mesmo, pela minha vontade. Fui eu que introduzi o MMA na academia onde eu treinava, onde eu comecei no jiu-jítsu. Meu professor não queria, mas pela minha insistência consegui introduzir o MMA lá. Aí fui fazer minha primeira luta de MMA e perdi para o (Jorge Patino) Macaco. Depois eu ficava muito tempo sem lutar. Eu ia lutar, e a luta caía. Então, passava o tempo muito sem lutar e também sem competir no jiu-jítsu. Eu já tinha falado que não ia mais competir no jiu-jítsu. Com o tempo aquilo foi me saturando. Eu queria ter uma família. Já conhecia minha atual esposa, Larissa, e resolvi sair. Foi aí que minha vida começou a virar. Lutei no Dream, cheguei à final do evento e disputei o cinturão. Foi um "no contest" (contra Jason Miller), mas na minha concepção meu adversário tinha de ser desclassificado e eu deveria ficar com o cinturão. Fiquei chateado com o Dream e não quis mais lutar no evento. Fui para o Strikeforce, onde me sagrei campeão. Defendi meu cinturão (contra Robbie Lawler) e depois perdi de uma forma muito contestada (para Luke Rockhold), porque quem realmente conhece luta e vê aquela luta do início ao fim sabe que ganhei. Aí entrei no UFC, fiz duas grandes apresentações (vitórias sobre Chris Camozzi e Yushin Okami) e agora estou nas cabeças da minha categoria. E batalhando para chegar nesta próxima luta, fazer meu trabalho e dar um passo a mais rumo ao meu objetivo, que é o cinturão.
Se o jiu-jítsu tivesse uma melhor remuneração, você teria pensado duas vezes antes de ir para o MMA? Poderia estar no jiu-jítsu até hoje?
Não pensei nisso. Fui para o MMA, e na época nem era financeiro. Eu queria mesmo lutar MMA pelo fato de eu ter me chateado muito com o Carlinhos Gracie (Carlos Gracie Jr., criador da Confederação Brasileira de Jiu-Jítsu) e com a confederação também. Resolvi parar de lutar (jiu-jítsu), e foi uma promessa que até hoje cumpro. Realmente desde 2005 não luto mais. É uma coisa da qual sinto muita falta, pelo fato de eu ter lutado muito pouco na faixa preta. Lutei dois anos certinhos.
Essa luta me passa na cabeça sempre, porque os fãs não me deixam esquecer, graças a Deus. Naquela época eu tinha apenas a luta. Eu comia, bebia, entrava no tatame e saía. Minha vida
todinha era isso"
Sobre ter vencido Roger Gracie lesionado
A sua rivalidade com o Roger Gracie é a maior da história do jiu-jítsu?
Não sei, mas era uma rivalidade bem legal, né? Todo mundo que via aquela coisa sabia que era uma rivalidade bem forte (risos).
Nota da redação: considerados provavelmente os dois melhores de sua geração, Jacaré e Roger se enfrentaram cinco vezes até hoje, incluindo campeonatos de jiu-jítsu e de grappling (luta agarrada). O Gracie leva pequena vantagem no confronto: 3 a 2.
E quem foi melhor no jiu-jítsu: você ou o Roger Gracie?
Acho que isso fica a cargo dos fãs. Nós fizemos grandes batalhas, já provamos tudo que tínhamos que provar. Nossa raça e nosso suor ficaram lá dentro do tatame. Os fãs decidem.
Você até venceu o Roger uma vez com o braço aparentemente quebrado. O que lembra dessa luta?
Essa luta me passa na cabeça sempre, porque os fãs não me deixam esquecer, graças a Deus. Não tem um dia que eu passe num lugar e alguém não se lembre desse episódio do meu braço quebrado. Naquela época eu tinha apenas a luta. Eu comia, bebia, entrava no tatame e saía. Minha vida todinha era isso. Então, quando entrei naquele tatame, só me lembro de vir na cabeça assim: "Vou vencer, vou vencer, vou vencer.". E acho que essa minha vontade de vencer foi o que me fez aguentar aquilo ali. Foi uma coisa natural, que aconteceu, e que sinceramente acho que não consigo fazer de novo.
Nota da redação: essa luta foi a final da categoria de peso absoluto do Mundial de jiu-jítsu de 2004. Jacaré teve o braço aparentemente quebrado durante uma chave de braço de Roger Gracie, mas levou a vantagem de 4 a 0 até o fim e se sagrou campeão.
Ronaldo Jacaré x Yushin Okami UFC BH (Foto: Rodrigo Malinverni)Jacaré acerta direita para nocautear Yushin Okami no UFC em Belo Horizonte (Foto: Rodrigo Malinverni)
De acordo com as regras do jiu-jítsu, você teria perdido aquela luta se tivessem percebido que você estava com o braço quebrado.
As regras mudaram depois disso. Fiz as regras mudarem duas vezes e "expulsei" dois juízes. A regra mudou depois que aconteceu esse episódio. Mas no judô, nas Olimpíadas, o cara lutou com o ombro deslocado. E na verdade meu braço não quebrou, ele saiu do lugar. Mas aí foi pior do que ter quebrado, porque tive problemas no músculo, estiramento ligamentar... Muitas coisas aconteceram. O primeiro árbitro que "expulsei", o do braço quebrado, foi o Fredson Alves, que na minha concepção foi muito casca-grossa porque, na época, todas as finais eram feitas só num tatame, exatamente no tatame onde ficava a área dos Gracies. Acho que isso é errado. você está no Mundial, o tatame tem que ser no centro. Não tem que puxar para nenhum lado, então ali ficava toda a pressão daquela família toda, o que não é pouco. O Fredson Alves nunca mais foi juiz de nenhum evento da CBJJ. Mudaram a regra, aí botaram mais três juízes, o que deveriam ter feito há muito tempo. Eles esperam eles mesmos se ferrarem para mudar uma regra. E a segunda regra foi com o (Alexandre) Baraúna, que marcou os dois pontos de uma queda que dei no Roger, e realmente foi queda, não tem como fugir. Ele passou um bom tempo sem arbitrar.
Nota da redação: Alexandre Baraúna indicou dois pontos para Jacaré por conta de uma queda em Roger Gracie no finzinho da final do Mundial de jiu-jítsu de 2005, o que deu o bicampeonato ao capixaba. A queda de Roger foi polêmica, pois ele estava encostado numa placa publicitária. O membro da família Gracie reclamou da decisão e inclusive se ausentou do pódio, em forma de protesto. O árbitro foi bastante criticado na ocasião.
Qual é o seu maior sonho hoje em dia? É o cinturão do UFC ou tem outra coisa?
Não, meu maior sonho eu já realizei. Sou um homem de Deus. O cinturão é um objetivo que quero alcançar e, se Deus permitir, não vou medir esforços para chegar lá.
Ronaldo Jacaré UFC MMa entrevista (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Lutador brinca com o filho mais novo, Ryan
(Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Muitos lutadores de jiu-jítsu, na transição para o MMA, têm dificuldade de aprender a levar soco na cara. Para você foi tranquilo?
Não foi tranquilo. É difícil. Eu nunca tive medo de tomar soco na cara. Meu negócio foi aprender a hora certa de usar o boxe, a hora certa de usar as quedas, aprender mais em pé, derrubar no momento certo... A maior dificuldade foi fazer um mix mesmo.
E qual foi a importância do treinador Josuel Distak, que vem do boxe, nesse processo?
Ele foi extremamente importante. Depois que comecei a treinar com o Distak, a minha evolução foi nítida. É um professor que tem uma experiência fora do comum. Muitos não dão o crédito que ele realmente merece, mas os resultados estão aí. Todo mundo que ele treina luta bem, é campeão. Não vai ser diferente comigo. Vou mostrar o potencial que o Distak tem como professor.
Você está no mesmo card do Gegard Mousasi, que te nocauteou em 2008 com uma pedalada. Você sente que deu uma bobeira muito grande? Tem vontade de fazer uma revanche contra ele por conta daquilo?
Acho que muitas coisas podem acontecer na luta, e ele foi feliz. Deu um golpe que realmente acho que não foi sorte. Foi uma coisa que aconteceu. Vontade de lutar com ele? Só se o Ultimate pedir. Acho que a gente anda para a frente. Se ele estiver na minha frente, é uma luta que pode acontecer naturalmente. Mas não é uma luta que pretendo fazer por causa do que aconteceu lá atrás. É simples, profissionalismo.
O Luke Rockhold está atrás de você no ranking, mas por conta daquela derrota polêmica no Strikeforce, essa é uma revanche que você gostaria de fazer.?
Também não. Ele está atrás de mim e tem que ficar lá atrás. Se ele conseguir remar e ficar do meu lado ou na minha frente, pretendo lutar contra ele normalmente.
Para mim é uma coisa normal. Acho que o Lyoto realmente merece lutar pelo cinturão. Ele vem da categoria de cima, foi campeão lá, tem uma bagagem maior no UFC. Eu estou
chegando agora, é apenas
minha terceira luta no UFC"
Sobre Dana colocar Lyoto à sua frente na fila
O Dana White disse que, se o Lyoto Machida vencer o Mousasi, pode ir direto para o cinturão contra o vencedor de Chris Weidman x Vitor Belfort, mas não mencionou o seu nome. Como recebeu isso?
Para mim é uma coisa normal. Acho que o Lyoto realmente merece lutar pelo cinturão. Ele vem da categoria de cima, foi campeão lá, tem uma bagagem maior no UFC. Eu estou chegando agora, é apenas minha terceira luta no UFC. O que tenho que fazer é arrebentar nesta luta, dar o meu máximo, conseguir fazer uma grande apresentação e dar um passo a mais na carreira. O cinturão é um objetivo que vou alcançar com a graça de Deus e se Ele permitir. Se for agora ou depois, tanto faz. Vou andando e andando para a frente até chegar minha hora.
Seu próximo adversário, Francis Carmont, está invicto no UFC, mas tem um estilo criticado de amarrar as lutas. O que você está preparando para ele?
Estou treinando bastante. O que preparei para ele? Muito treino, muito cardio, muito mix. Pretendo fazer uma bela apresentação, esse é o principal objetivo. Vou chegar lá, dar meu máximo, fazer uma luta boa. Não vou deixar ele amarrar. Esse é meu objetivo.
Você está gostando desse negócio de nocautear os outros?
É bom você ganhar antes de acabar o tempo, né? Quando você nocauteia antes de acabar o tempo é maravilhoso. Quando finaliza também. Estou buscando essa linha de acabar a luta antes dos três rounds de cinco minutos.
Finalizar é uma coisa normal para você, e agora você tem nocauteado também. O que é mais gostoso: finalizar ou nocautear?
É a mesma coisa, de verdade mesmo. Não muda nada. Tudo dá o bônus da noite, tudo acaba a luta antes, minha esposa fica mais tranquila em casa. Posso chegar em casa praticamente inteiro, sem nenhuma lesão. Então, quando acaba antes, independentemente se via nocaute ou via finalização, é bom. É até melhor vir a finalização, que aí não machuca a mão quando bate (risos).
Ronaldo Jacaré em seminário no AM (Foto: Isabella Pina)Ronaldo Jacaré veste o quimono para dar um seminário de jiu-jítsu no Amazonas (Foto: Isabella Pina)
Como é sua relação com o Dana White?
Sinceramente eu não tenho muito contato com ele, mas acho que é boa, porque eu cumpro todos os meus compromissos. Eu estou fazendo um bom trabalho no UFC. Sempre quando recebo e-mail do UFC, não é nenhum puxão de orelha. Então, tenho certeza que ele gosta do funcionário que faz o trabalho certo, que tem boa postura e que representa bem o UFC. Eu tenho uma postura boa, represento bem o UFC, não falo palavrão, sou um cara de família, não saio à noite. Acho que não tem por que nossa relação ser ruim.
Por que você demorou tanto a ir para o UFC? Foi a burocracia? O próprio UFC? Ou foi opção sua mesmo, por estar se sentindo bem no Strikeforce?
Foi uma decisão minha principalmente, porque eu decido as coisas, e da minha equipe. A gente resolveu ficar no Strikeforce por mais tempo. Acredito que foi bom, porque o tempo de Deus é um tempo diferente do tempo que a gente quer. Foi uma boa decisão, até pelo fato de eu ter pegado uma experiência maior. Isso prova que muitas pessoas entram muito cedo no UFC e têm problemas, porque é uma pressão muito grande. Em outros eventos, você entra e vê a torcida em cima. No UFC, você entra e parece que a torcida te esmaga. Quando entra no octógono e vê o Bruce Buffer gritando, seu coração vai a mil por hora. Quase que eu mando: "Cala a boca, Bruce Buffer, que eu estou nervoso, cara" (risos).
Mesmo com toda a sua experiência, sempre vai sentir esse nervosismo?
Não é sempre, é que o UFC é uma pressão muito grande. A diferença é o UFC mesmo. Tem muita câmera, são muitas luzes... O Bruce Buffer é um ícone, e ele grita ali o seu nome, com aquela voz dele... Mas eu gosto de pressão, das coisas difíceis. Toda vez que você me der um grande desafio, pode apostar que não vou decepcionar. Vou chegar lá e mandar ver.
Muita gente critica a perda de peso no MMA. Acha que a pesagem deveria ser no dia da luta ou está confortável dessa maneira?
Estou confortável. Quem defende muito é quem nunca lutou. Os caras têm que fazer a promoção. Todo mundo perde peso, e a gente se acostuma com isso. Eu penso assim.
Ronaldo Jacaré UFC MMa entrevista (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Jacaré sorri durante entrevista (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Hoje você não treina mais com o Anderson Silva, mas vocês já treinaram durante bastante tempo. Há uma rivalidade entre vocês? Há uma amizade? Como descreve essa relação?
Rivalidade não. Não tem por que ter rivalidade, até pelo fato de na época eu lutar no Strikeforce e ele no UFC.
Rivalidade de treino, digamos assim.
Rivalidade de treino? Toda hora! Comigo não tem essa não. Treino é porrada. Eu treino duro, bem forte. Mas a gente é parceirão. A gente se ajudou muito. Ele me ensinou para caramba, aprendi muito com ele. Acredito que é impossível ter uma rivalidade entre nós.
Ele diz que jamais lutaria contra você. Você faz coro?
Com certeza. Para você ter uma ideia, nossa equipe fez de tudo para a gente não se enfrentar. Foi uma coisa que estava fluindo naturalmente. Não sei por que o pessoal ficava alimentando essa coisa de a gente poder se enfrentar, entendeu?
Na sua opinião, o Anderson foi de fato derrotado pelo Chris Weidman nas duas vezes em que eles lutaram?
Essa é uma pergunta em que prefiro ficar calado.
Weidman x Belfort: como você vê essa luta?
Eu quero sentar lá na frente e ficar olhando, porque acho que vai ser muita porrada. Vejo um certo favoritismo para o Weidman pelo fato de ele ter vencido o Anderson duas vezes. Poxa, o Anderson é o número 1 do mundo peso por peso, o campeão dos campeões. Pelo Weidman ter um grande wrestling, acho que ele tem um certo favoritismo. E também pelo fato da confiança.
E Lyoto x Mousasi?
Acho uma luta meio complicada de ser dar um prognóstico, pelo fato de o Lyoto ser aquela fera que é, pode tirar alguma coisa da cartola. Mas o Mousasi é um cara que sempre inventa alguma coisa para vencer. Eu estava só analisando e vi ele (Mousasi) falar que estava treinando com muitos caratecas. Então, acho que ele vem pronto para esta luta. Ele pediu a luta contra o Lyoto antes, então acho que ele sabia o que estava fazendo. Vai ser um combate bom.
Ronaldo Jacaré UFC MMa entrevista (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Filhos brincam com o cinturão do pai (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
O topo da categoria dos médios tem Belfort, Lyoto, além do próprio Anderson. Para você, como é ter de enfrentar brasileiros no UFC?
Sou profissionalismo 100%. Acho natural as coisas acontecerem. O que a gente pode fazer se é uma potência no MMA? Ninguém pode fazer nada.
Para finalizar: de onde vem esse apelido "Jacaré"?
É porque eu treinava em Manaus, e o símbolo da academia (Asle) era um jacaré. E eu vivia na academia. Com o tempo comecei a ficar muito bom e aquela coisa toda, aí meus amigos me apelidaram de jacaré pelo fato de eu aparecer mais do que o símbolo da academia. Em todos os treinos eu estava lá. Treinava tudo, fazia tudo, então me apelidaram de jacaré e pegou. Sempre gostei, nunca tive nada contra. E o apelido se consolidou mesmo depois que fiquei com a pegada (no quimono) forte. Dizem que o jacaré, quando segura com a boca, não larga mais.
UFC: Machida x Mousasi
15 de fevereiro de 2014, em Jaraguá do Sul-SC
CARD PRINCIPAL
Peso-médio: Lyoto Machida x Gegard Mousasi
Peso-médio: Ronaldo Jacaré x Francis Carmont
Peso-meio-médio: Erick Silva x Takenori Sato
Peso-meio-médio: Viscardi Andrade x Nicholas Musoke
Peso-pena: Charles do Bronx x Andy Ogle
CARD PRELIMINAR
Peso-leve: Cristiano Marcello x Joe Proctor
Peso-leve: Rodrigo Damm x Ivan Batman
Peso-leve: Francisco Massaranduba x Jesse Ronson
Peso-galo: Iuri Marajó x Wilson Reis
Peso-pena: Felipe Sertanejo X Maximo Blanco
Peso-meio-médio: Ildemar Marajó x Albert Tumenov
Peso-pena: Douglas D'Silva x Zubair Tuhugov