quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Jornalista espanhola diz que morte de cinegrafista é ruim para país da Copa

Patrícia Dominguez, do jornal 'As', afirma que 'qualquer coisa que acontece no Brasil é importante ser conhecido lá' e revela receio para o Mundial

Por Rio de Janeiro
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A morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, que foi atingido por um rojão durante a cobertura de protestos contra o aumento das passagens no Rio de Janeiro, ganhou repercussão até nos diários esportivos da Espanha. A jornalista Patrícia Dominguez, do jornal "As", afirmou que o caso foi ruim para a imagem do Brasil, já que tudo que acontece no país da próxima Copa do Mundo tem sido noticiado. Durante o "Redação SporTV",  ela também informou que as mortes ocorridas nas obras dos estádios brasileiros para o Mundial de 2014 também têm sido alvo de matérias.
- É muito triste ter que falar dessas coisas, mas isso está relacionado porque é na cidade onde vão acontecer eventos esportivos e uma pessoa que trabalha como a gente. Eu também uso câmera, tenho amigos que vão para os atos, ficam no meio e pode acontecer com eles. Por isso, a gente sofre. Quando acontecem mortes das pessoas que trabalham nas obras das arenas, a gente também publica. Qualquer coisa que acontece no Brasil é importante ser conhecido lá - declarou.
Patrícia Dominguez, jornalista espanhol do jornal AS (Foto: Reprodução SporTV)Patrícia Dominguez, jornalista espanhol do jornal AS (Foto: Reprodução SporTV)
Correspondente do jornal espanhol no Brasil, Patricia revelou ter ficado surpresa com os protestos durante a Copa das Confederações e criticou os atos de violência ocorridos.
- Fiquei surpresa porque não imaginava. Imaginava um povo com muita vontade de ter Copa do Mundo, todos felizes, mas claro que quando você mora aqui vê a realidade. Outros problemas que têm prioridades para ser solucionados e entende os protestos. Mas eles deveriam ser pacíficos - disse.
Sobre a expectativa para a Copa do Mundo de 2014, a jornalista declarou que existe receio não apenas dos jornalistas espanhóis, mas também dos jogadores da seleção da Espanha, que temem pela falta de segurança no Brasil.
- Até os próprios jogadores têm medo. Houve alguns probleminhas de segurança na Copa das Confederações, é um país que, às vezes, aparecem as piores notícias. Coisas boas às vezes não são informadas. Temos esse receio sobre se a segurança será certa - concluiu.

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