sábado, 15 de fevereiro de 2014

Em duelo de estreantes no UFC, russo Tukhugov derrota Douglas D'Silva

Paraense campeão do Jungle Fight é dominado por peso-pena estrangeiro e dá sinais de cansaço na luta de abertura do card em Jaraguá do Sul

Por Jaraguá do Sul, SC
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russo Zubaira Tukhugov estreou no UFC com o pé direito. Neste sábado, o peso-pena abriu o UFC Fight Night no Combate: Machida x Mousasi com uma vitória por decisão unânime (30-27, 39-28 e 30-27) sobre o brasileiro Douglas "D'Silva" Andrade, em Jaraguá do Sul. O paraense, campeão do Jungle Fight, também fazia sua estreia no evento após ser chamado de última hora para substituir Thiago Tavares e sentiu o pouco tempo de preparação: deu sinais de cansaço no último round e acabou sofrendo sua primeira derrota na carreira.
MMA - UFC Jaguará do Sul - Douglas D'Silva x Zubaira Tuhugov (Foto: Rodrigo Malinverni)Zubaira Tukhugov acerta soco rodado em Douglas D'Silva (Foto: Rodrigo Malinverni)
Os dois estreantes começaram a luta tímidos e demoraram a soltar seus primeiros golpes. D'Silva deu alguns chutes baixos para abrir os trabalhos, mas Tukhugov respondeu com um chute rodado. Aos poucos, o brasileiro foi soltando o jogo e chutando baxio na perna da frente do rival, a esquerda. Um chute de D'Silva na costela foi marcado pelo russo, que o quedou e tentou atacar por cima. O campeão do Jungle Fight, porém, logo se levantou e voltou a chutar. O brasileiro se movimentava para a direita e foi rápido no reflexo para defender um soco rodado de direita de Turkhugov. Quando seu chute baixo de direita começava a machucar o russo, porém, a empolgação atrapalhou. O brasileiro tentou atacar após um chute alto do adversário e levou um direto de direita no contragolpe, que abriu um corte acima de sua sobrancelha esquerda. O paraense se cobriu e se recuperou rapidamente, mas o árbtiro Osíris Maia interrompeu o combate para que o médico do evento verificasse o estado do corte. D'Silva foi liberado para continuar, mas sofreu no minuto final: Tukhugov acelerou o ritmo, quedou o brasileiro e desferiu bons golpes no ground and pound antes do fim do round.
Tukhugov seguiu andando para a frente no segundo round. O brasileiro voltou a apostar nos chutes baixos. Num chute alto do russo, D'Silva respondeu com um direto. Tukhugov arriscou um chute rodado alto que ficou na guarda, e o paraense acertou um upper na sequência. Aos poucos, D'Silva foi ganhando confiança e começou a andar para frente. Ele jogou alguns socos e tentou joelhadas no clinche. Sentindo que o brasileiro crescia em pé, Tukhugov tentou uma queda no single leg, mas desta vez D'Silva estava atento e defendeu. O campeão do Jungle voltou a investir nos chutes baixos e a girar para a direita. Quando ele preparou um chute rodado, o russo voltou a cinturar e quedar, mas o paraense logo se recolocou de pé. Tukhugov tentou um soco rodado e levou um golpe idêntico do brasileiro na resposta, mas terminou o round com mais golpes.
MMA - UFC Jaguará do Sul - Douglas D'Silva x Zubaira Tuhugov (Foto: Rodrigo Malinverni)D'Silva ataca Tukhugov com um upper: brasileiro
teve bons momentos (Foto: Rodrigo Malinverni)
O cenário permaneceu o mesmo no início do terceiro round. D'Silva apostava nos contragolpes, mas Tukhugov conectava mais. Ele tentou partir para cima e acabou levando um cruzado de direita perigoso, mas logo se recuperou. D'Silva jogou um chute alto rodado, mas não alcançou o adversário. Logo, passou a esboçar um cansaço, enquanto o russo ainda estava inteiro, seguia andando para frente e era mais preciso com os golpes. D'Silva defendeu uma queda de Tukhugov, mas o russo insistiu e conseguiu derrubá-lo com pouco mais de um minuto restando. O paraense quase encaixou uma guilhotina, mas o russo se livrou com facilidade. Um soco rodado do russo conectou em cheio no rosto para deixar uma marca final e garantir a vitória.
- Estou feliz por ter conseguido lutar os três rounds. Para alguém que teve apenas nove dias para se preparar, acho que fui muito bem. Não tenho desculpas, eu aceitei a luta, mas acho que será uma história diferente quando eu tiver mais tempo para treinar - disse D'Silva após a luta.
Foi a primeira derrota de Douglas D'Silva em 24 lutas na carreira - ele tem 22 vitórias e um "No Contest" (luta sem resultado) no cartel profissional. Tukhugov conquistou sua 16ª vitória, a sétima consecutiva, e tem três derrotas.

Sertanejo sofre com golpe baixo de Blanco, mas sai vitorioso em boa luta

Venezuelano perde ponto por chute ilegal na região genital do brasileiro, que mostra jogo evoluído no jiu-jítsu em combate empolgante em Jaraguá do Sul

Por Jaraguá do Sul, SC
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O peso-pena paulista Felipe Sertanejo mostrou um jogo de MMA completo e uma boa dose de resistência na vitória sobre o venezuelano Maximo Blanco no UFC Fight Night no Combate: Machida x Mousasi em Jaraguá do Sul, neste sábado. O lutador conquistou o triunfo graças a bons golpes na luta em pé e uma guarda agressiva no chão, treinada com o companheiro de equipeCharles Do Bronx, que também luta no card preliminar do evento. Ele continuou lutando mesmo após um duro chute ilegal em sua região genital no último round, que custou um ponto ao seu adversário, e venceu por triplo 29-27.
MMA - UFC Jaguará do Sul - Felipe Sertanejo x Maximo Blanco (Foto: Rodrigo Malinverni)Felipe Sertanejo tenta pegar as costas e fechar um mata-leão em Maximo Blanco (Foto: Rodrigo Malinverni)
Blanco começou com tudo, caçando uma queda no brasileiro e desferindo golpes quando Sertanejo defendia o clinche. O venezuelano encurralou o paulista contra o córner azul, deu golpes duros na cintura e conseguiu um double leg. Por cima, Blanco tentava passar a guarda, mas o brasileiro griou e conseguiu se levantar. De volta à luta em pé, Sertanejo resolveu se soltar e partir para cima. Ele jogou um chute alto, acertou bons golpes no corpo e soltou outro chute alto. Após um instante de descanso, o venezuelano trocou de base e atacou com tudo. Ele voltou a encurralar e acertar uppers e ganchos na linha de cintura, mas o brasileiro respondeu com um diretaço. Sertanejo andou para frente, arriscou uma joelhada voadora e quase conectou em cheio um chute rodado alto. Numa troca de golpes, Sertanejo acertou um cruzado de direita e conseguiu o knockdown. Ele tentou aproveitar o bom momento e buscou um triângulo invertido, mas Blanco escapou antes do fim do primeiro round.
O visitante já parecia mais nervoso no início do segundo round, mas voltou a tomar a iniciativa. Um chute baixo na base do pé esquerdo de Sertanejo desequilibrou o brasileiro, que caiu de costas no chão. Todavia, ele mostrou uma guarda agressiva e arriscou um triângulo, do qual Blanco se livrou "na marra". Os dois voltaram a ficar em pé e, desta vez, foi Sertanejo que ameaçou um single leg. Blanco defendeu a queda e Sertanejo desferiu uma joelhada no clinche do muay thai. O venezuelano se desvencilhou e acertou bons golpes no corpo. O paulista respondeu andando para a frente e tentando chutes altos. Sertanejo começou a marcar o tempo do adversário, marcou um chute e acertou um bom direto de direita. Quando o brasileiro parecia ter o domínio do octógono, Blanco mergulhou e quedou Sertanejo novamente. Ele tentou travar o venezuelano por baixo e novamente buscou o triângulo, mas Blanco estava "ligado na maldade" e deu uma boa cotovelada no rosto. O árbitro Mário Yamasaki mandou os dois se levantarem antes do final do round.
MMA - UFC Jaguará do Sul - Felipe Sertanejo x Maximo Blanco (Foto: Rodrigo Malinverni)Blanco encurralou Sertanejo em alguns momentos
da luta (Foto: Rodrigo Malinverni)
Sertanejo teve o primeiro bom momento do terceiro round: ficou na guarda com um chute alto, mas acertou boa sequência de jab e direto. O brasileiro defendeu bem uma queda e ainda ameaçou pegar as costas. Quando os dois voltaram à trocação aberta, Maximo Blanco acertou um chute de esquerda em cheio na região genital de Sertanejo, que precisou de um tempo para se recuperar. O diretor médico do UFC, Dr. Márcio Tannure, até entrou no octógono para auxiliá-lo, e Yamasaki descontou um ponto de Maximo Blanco pelo golpe ilegal, o que enfureceu seus córners.
Precisando vencer o round de forma contundente para anular a desvantagem do ponto deduzido, Blanco veio com tudo para os 3m30s finais. Ele acertou um pisão frontal no corpo e quedou o brasileiro, que todavia mostrou novamente sua guarda agressiva e fechou uma chave de braço. A posição não estava ajustada, porém, e Blanco escapou. Mesmo assim, o brasileiro conseguiu se levantar, pegou um single leg e derrubou o adversário. Ele não o manteve no chão por muito tempo, e os dois se levantaram e voltaram à luta em pé. Sertanejo voltou a apostar no double leg, mas Blanco abriu a base e se manteve de pé. O brasileiro clinchou contra a grade e desferiu uma cotovelada e um soco curtos antes de Yamasaki separar os dois. Blanco voltou a atacar aberto e Sertanejo respondeu com um chute alto e um direto. O paulista amarrou os últimos segundos do round para garantir a vitória.
Foi a 16ª vitória de Felipe Sertanejo na carreira e a primeira após a derrota para Kevin Souza em setembro passado. Maximo Blanco sofreu sua quarta derrota nas últimas cinco lutas.

Em luta empolgante, Ildemar Marajó vence Albert Tumenov em Jaraguá

Peso-meio-médio paraense domina o combate, levanta o público e conquista a primeira vitória brasileira no evento diante do estreante russo

Por Jaraguá do Sul, SC
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Em uma luta empolgante, que levantou o público presente à Arena Jaraguá, o brasileiro Ildemar Marajó conquistou a primeira vitória brasileira no UFC Fight Night no Combate: Machida x Mousasi ao derrotar, por decisão dividida (29-28, 28-29 e 30-27), o estreante russo Albert Tumenov, neste sábado. O peso-meio-médio se recuperou da derrota para Igor Araújo no UFC em Barueri, em outubro passado, e obteve sua vigésima vitória em 26 lutas na carreira, enquanto Tumenov sofreu sua segunda derrota em 14 lutas.
MMA - UFC Jaguará do Sul - Ildemar Marajó x Albert Tumenov (Foto: Rodrigo Malinverni)Ildemar Marajó tem o braço erguido após luta contra Albert Tumenov (Foto: Rodrigo Malinverni)
A luta
O primeiro round começou com os dois lutadores buscando golpes altos no centro do octógono.Com base sólida, o brasileiro usava sua maior envergadura para manter o russo à distância e, após sofrer um golpe duro de direita e cair, conseguiu se levantar e derrubar Tumenov com um golpe de luta marajoara. O russo, mesmo sangrando, reverteu a posição e ficou por cima no chão, buscando usar os cotovelos. Com muita força física e precisão, Tumenov acertava socos no rosto de Marajó, que tentava usar as pernas para mantê-lo à distância. Após ser bastante golpeado, Marajó conseguiu levantar-se a 1m20s do fim do round, e aproveitou uma entrada de Tumenov para derrubá-lo e ficar por cima no chão, buscando usar os cotovelos. O russo tentava se defender usando as pernas e as pedaladas, mas o paraense se manteve em vantagem até o fim.
No segundo round, o russo partiu para o ataque, mas Marajó encurtou a distância e o imprensou na grade, conseguindo a derrubada e ficando por cima, na guarda do russo. Novamente usando os cotovelos, Marajó abriu um grande corte no supercílio esquerdo de Tumenov, que tentou se defender dando as costas e, em seguida, levantando-se, após sofrer um novo golpe duríssimo no rosto. De pé e nas grades, os dois demonstravam algum cansaço, mas Marajó se aproveitou melhor de uma interrupção do árbitro para derrubar Tumenov novamente, e voltar a aplicar cotoveladas no chão. Na meia-guarda, o brasileiro dominava a luta, castigando o rival até o soar do fim do round, para delírio do público, que vibrava diante da comemoração do brasileiro.
O ritmo da luta no terceiro round diminuiu, e ambos esperavam as ações um do outro para buscar os contra-ataques. Mesmo com os pedidos da torcida para que levasse a luta novamente para o chão, Marajó se manteve fiel ao seu plano de luta de esperar o rival, mantendo-o à distância com jabs longos, aproveitando a maior envergadura. O combate terminou com os dois em pé, para delírio do público, que vibrou assim que o sinal do fim da luta soou, contagiando o brasileiro, que vibrou mesmo antes do anúncio oficial.
- Para mim, ganhei os três rounds, mas meu treinador falou que eu tinha perdido o primeiro. Forcei um pouco no segundo, e depois ele mandou eu segurar um pouco. No terceiro achei que ele cansou um pouquinho, por isso deu para segurar o ritmo - disse Ildemar sobre a vitória.

Iuri Marajó vence Wilson Reis por pontos em luta movimentada no UFC

Peso-galo paraense chega à 29ª vitória na carreira, enquanto o paulista sofre a quinta derrota em 22 combates

Por Jaraguá do Sul, SC
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Na quarta luta da noite, o pesos-galo Iuri Marajó venceu Wilson Reis por decisão divididaz (28-29,30-27 e 30-27). Após um começo muito veloz, o combate foi perdendo velocidade por conta do cansaço dos atletas, e mesmo sendo muito disputado durante todo o tempo, acabou perdendo em empolgação. Esta foi a 29a vitória de Iuri Marajó em 35 lutas, enquanto para Reis ela representou a quinta derrota em 22 lutas.
A luta
O primeiro round começou em altíssima velocidade, com Reis buscando a trocação em pé para levar a luta para o chão, e foi o que ele fez após acertar um bom golpe de direita em Marajó. Mostrando rapidez, Wilson Reis buscou as costas do paraense, que defendeu a posição e ficou por cima. Após uma rápida troca de posição e de voltarem a lutar em pé, na grade, Marajó conseguiu derrubar Reis, que rapidamente fez a raspagem e ficou por cima novamente. A luta voltou a ser disputada em pé, e Reis passou a pressionar Marajó na grade, mas sem conseguir agredir o rival. A 15 segundos do fim do round, Reis derrubou Marajó, que se levantou e devolveu a queda, quase encaixando um mata-leão, que teve de ser interrompido pelo fim do round.
No segundo round, após algum tempo de estudos, Marajó acertou uma bela direita em Reis, que foi ao chão, rrecebendo uma sequência muito forte de golpes. Ainda desorientado, Reis conseguiu se defender e segurar o paraense. Com muita habilidade, Reis inverteu a posição e ficou por cima, na montada, desferindo golpes em sequência. Marajó também se defendeu e voltou a ficar por cima, aplicando cotoveladas sem muito efeito. Wilson Reis mais uma vez voltou a ficar por cima, encurralando Marajó na grade e aplicando golpes já não tão fortes até o fim do round.
No terceiro e último round, aparentando cansaço mas sem diminuir a movimentação, os dois buscavam os chutes, mas Marajó mantinha uma postura mais defensiva, esperando para contra-atacar. Wilson Reis fintava e buscava as quedas, quase todas defendidas por Marajó. Quando finalmente conseguuiu derrubar o paraense, Reis ficou por cima junto à grade, aplicando alguns golpes sem muita potência, em função do cansaço. A 20 segundos do fim do combate, Marajó conseguiu levantar-se e derrubar o adversário, golpeando-o muito até o fim da luta
GOIÁS SE IMPÕE COMO LÍDER E VENCE VILA NOVA POR 3 A 1 NO SERRA DOURADA
Esmeraldino domina partida completamente e conquista sétima vitória em oito partidas no Campeonato Goiano. Jogo tem confusão nas arquibancadas

A CRÔNICA
por Fernando Vasconcelos
Vitória de líder. Mesmo com o rival abrindo o placar no Serra Dourada, o Goiás sobrou em campo e não teve dificuldades para vencer o Vila Nova por 3 a 1, na abertura da oitava rodada do Campeonato Goiano. Quando já era superior em campo, o Verdão viu Gustavinho abrir o placar para o Vila, no entanto, virou o jogo ainda no primeiro tempo com Ramon e Rychely. Pedro Henrique fechou o placar na etapa final após falha do goleiro Toni.
Com a sétima vitória em oito partidas, o Goiás segue disparado na liderança do Grupo A do estadual, com 22 pontos. O único jogo que o time esmeraldino não venceu foi justamente contra o Vila, no primeiro turno. Na próxima quarta o Verdão volta a campo em casa, contra o Goianésia. Já o Vila visitará o Crac, em Catalão. Com a segunda derrota seguida, o Vila permanece com dez pontos e cai para a segunda colocação no Grupo B. Mais uma vez a PM teve trabalho para conter briga entre as torcidas no estádio. O público foi de apenas 6.089 pagantes - renda de R$ 125.145,00.
Melhor, Goiás sofre gol, mas vira no 1º tempo
Líder, entrosado e sem problemas na escalação, o Goiás aproveitou o momento e encurralou o Vila Nova desde o início. Assim que a bola rolou no Serra Dourada já dava para ter noção do panorama do jogo: o Esmeraldino atacaria, e o Tigrão, com Wando e Gustavinho na frente, tentaria sair em velocidade e surpreender nos contra-ataques. A superioridade do Goiás, no entanto, era visível e logo as chances começaram a aparecer.
Vila Nova 1 x 3 Goiás - Campeonato Goiano 2014 (Foto: Benedito Braga / O Popular)Rychely comemora gol contra o Vila Nova (Foto: Benedito Braga / O Popular)
O lateral-direito Clayton Sales foi o primeiro a testar o goleiro Toni, em belo chute de fora da área, que entraria no ângulo se não fosse a grande defesa do arqueiro colorado. Em seguida, Araújo passou com facilidade por Neto Gaúcho e deixou Thiago Mendes na cara do gol. O volante tentou tirar do goleiro e finalizou para fora. Acuado, o Vila não conseguia trocar passes e contava com a sorte para manter a igualdade no placar.
Aos 20, após cobrança de escanteio, Toni falhou, e Amaral finalizou de cabeça. A bola bateu no travessão e voltou nas mãos do goleiro do Vila. O gol parecia questão de tempo e realmente foi. Só que ele saiu do outro lado. Em rara aparição no ataque, o Vila chegou lá com Gustavinho, que aproveitou cruzamento rasteiro de Wando e abriu o placar: 1 a 0 Vila Nova. O gol poderia dar mais tranquilidade ao Colorado, mas fez o Goiás aumentar ainda mais a pressão.
Quando Thiago Mendes carimbou a trave do Vila Nova mais uma vez, o torcedor mais pessimista do Goiás poderia ter achado que não era o dia. Aos 40 minutos, foi um verdadeiro bombardeio na área colorada, que culminou com o chute do volante no travessão. Contudo, antes mesmo do fim da etapa inicial o Verdão virou. Primeiro Ramon aproveitou cruzamento de Rychely e deixou tudo igual: 1 a 1. Aos 46, Rychely recebeu na entrada da área, aproveitou falha de marcação do Vila e chutou forte, no canto direito de Toni: Goiás 2 a 1.
Toni falha, e Pedro Henrique fecha o placar
O ritmo no segundo tempo foi totalmente diferente. Com controle total da partida, o Goiás tocou a bola mais uma vez, no entanto, não foi tão incisivo. Já o Vila, apesar de não ter sido pressionado da mesma maneira, sofria com a falta de criatividade da equipe e pouco ameaçava o goleiro Renan. As oportunidades coloradas eram apenas cobranças de escanteio, enquanto o Goiás ameaçava em chutes de longa distância e jogadas individuais de Araújo.
O gol que selou a vitória saiu de uma falha do goleiro Toni, que segurou com a mão uma bola recuada pelo lateral Danilo. Em cobrança de falta em dois lances dentro da área colorada, Pedro Henrique chutou, a bola desviou na zaga e entrou no canto: 3 a 1 Goiás.

Não é só a Alemanha que vestirá uma camisa rubro-negra na Copa do Mundo (inspirada pelo Flamengo, como revelou a federação do país). O México, rival do Brasil na primeira fase, também terá o segundo uniforme vermelho e preto.

Em seu site oficial, a federação mexicana afirma que a escolha da "combinação inovadora" é para "homenagear a paixão, a união e o espírito de luta" representados pelo vermelho na bandeira mexicana. Também patrocinada pela Adidas, a seleção mexicana não fez referências ao Flamengo.

O México estreia na Copa contra Camarões, dia 13 de junho, em Natal. Na segunda rodada, os mexicanos serão o rival do Brasil, em Fortaleza, dia 15. O último jogo pelo Grupo A será contra a Croácia, no Recife, dia 23.
 

O Gigante voltou: após mais de 1 ano, Inter revê Beira-Rio e goleia o Caxias

Fabrício e Rafael Moura marcam duas vezes cada e entram para a história como os primeiros artilheiros da nova casa colorada

Por Porto Alegre
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Após 447 dias recluso, convivendo apenas com sons de máquinas e operários, o Gigante acordou. O Beira-Rio está de volta. Novo, remodelado, padrão Fifa. E, depois de mais de um ano perambulando por estádios que não eram seus, o Inter tem casa de novo. E, em casa, quem manda é o Inter. O time de Abel Braga esteve à altura do palco e agraciou os 10 mil sócios colorados com um bom futebol. Venceu o Caxias com tranquilidade por 4 a 0 (assista aos melhores momentos no vídeo acima), pela oitava rodada do Gauchão. Fabrício, duas vezes e Rafael Moura, outras duas, anotaram os gols da partida.
Desde o último jogo, na derrota para a Portuguesa por 2 a 0, ainda em novembro de 2012, a casa colorada ganhou cobertura nova, vestiários mais amplos, refletores mais potentes e até um gramado diferente. Mas, apesar de todas essas referências diferentes, o time se sentiu à vontade. Dominou completamente a partida e viu dois dos jogadores mais contestados do elenco brilharem. Fabrício e Rafael Moura, que já foram vaiados pela torcida, cravaram os seus nomes na história colorada como os primeiros artilheiros do novo Beira-Rio.
Com o resultado o Inter chegou aos 22 pontos, líder absoluto do Grupo A do Gauchão, com sete vitórias e apenas um empate. São 15 gols marcados e cinco sofridos, saldo de 10. Na próxima rodada, na terça-feira, os comandados de Abel recebem o Juventude, mas não no Beira-Rio. Mesmo que tenha o mando de campo, o clube não irá realizar o jogo no Beira-Rio e sim no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo. Já o Caxias estacionou nos oito pontos e na quarta colocação do Grupo B. O próximo compromisso do time da Serra é na quarta-feira, no Centenário, diante do Grêmio.
O Beira-Rio volta a rugir
Antes de o árbitro Anderson Daronco apitar o início do jogo, com os jogadores prontos para o início do jogo, as 10 mil vozes espalhadas pela arquibancada inferior se multiplicaram. Os sortudos que conseguiram garantir presença depois de um concorrido check in fizeram o canto preencher todas as áreas ainda vazias do novo Beira-Rio. O barulho era alto, estridente e lembrava as maiores conquistas do Inter, embalas pelo “hit” Camisa Vermelha. 
Fabricio gol, Internacional x Caxias (Foto: Wesley Santos/Agência PressDigital)Jogadores do Inter comemoram com Fabrício o 1º gol do novo Beira-Rio (Foto: Wesley Santos/Agência PressDigital)

contato com a velha-nova casa parece ter inflamado os jogadores. Logo no início da partida, o Inter partiu para cima do Caxias e passou a criar chances em sequência. Primeiro, Alan Patrick recebeu dentro da área e bateu forte, rasteiro, no canto, mas o goleiro Douglas salvou. Aos oito minutos, o mesmo Alan cobrou escanteio e Fabrício tocou de cabeça para outro milagre do arqueiro da Serra.
O Inter não saía do campo do Caxias e o gol não demoraria a sair. E não demorou. Aos 21 minutos, o chileno Aránguiz apareceu pela ponta direita e fez um cruzamento perfeito para Fabrício. O lateral, muitas vezes contestado pela torcida, meteu a cabeça na bola e deslocou Douglas para entrar na história do Inter e marcar o primeiro gol do novo Beira-Rio.
No embalo do grito da torcida, o Inter seguia senhor da partida. Aos 26 minutos, Rafael Moura ficou a centímetros de ampliar a partida. Ele foi cruzar na área, a bola desviou na defesa e matou o goleiro Douglas. Mansamente, ela passou raspando o travessão e não entrou. Se neste lance ela raspou o ponte, na chance seguinte, aos 29 minutos, a bola explodiu na trave, quando Alan Patrick recebeu na intermediária e sentou o pé, rasteiro. 
Em meio aos ataques colorados, foi a vez de um elemento importante dar as caras no novo estádio. Por volta dos 35 minutos, a iluminação do Beira-Rio clareou o gramado em bom estado da casa colorada. O Inter ainda teve uma ótima chance em cobrança de falta, quase na risca da grande área, mas D'Alessandro cobrou na barreira. O placar da primeira etapa foi magro pela produção do Inter.
Para não deixar respirar
Se no primeiro tempo o Inter perdeu algumas chances e poderia ter ido para o intervalo com um placar mais dilatado, na segunda etapa o time de Abel veio para matar. Logo com um minuto de jogo, saiu o segundo gol. D'Alessandro serviu Aránguiz pela esquerda, que cruzou de novo com perfeição. Rafael Moura, outro jogador que sofre contestação da torcida, só empurrou para o gol de cabeça.
Rafael Moura comemora gol contra o Caxias (Foto:  Wesley Santos/Agência PressDigital/Divulgação)Rafael Moura abre os braços e comemora gol contra o Caxias (Foto: Wesley Santos/Agência PressDigital/Divulgação)

Mas o He-Man não se contenta com pouco. Aos 19 minutos, ele recebeu um lindo lançamento de D'Alessandro, invadiu a área e bateu de perna esquerda, cruzado, inapelável para o goleiro Douglas. Era o segundo dele, o terceiro do Inter, soberano e à vontade no novo Beira-Rio.
Perdido por três, perdido por quatro, pensou o Caxias. Depois do segundo gol de Rafael Moura, a equipe do técnico Picoli partiu para cima e até criou boas chances. Na melhor delas, o centroavante Lucão recebeu com liberdade na área, ajeitou a bola, mas mandou completamente torno, quase na bandeira de escanteio. Aos 34 minutos do segundo tempo, foi a vez de Mailson, que entrou no lugar de Julio Madureira. Ele invadiu a área e bateu forte para grande defesa de Muriel.
Com o resultado garantido, o técnico Abel Braga passou a fazer alterações na equipe. Jorge Henrique deu lugar a Otávio, o garoto Valdívia apareceu na vaga de Alan Patrick, e o zagueiro Ernando foi testado para a saída de Juan. E ainda deu tempo para fechar a noite de gala com mais um. Fabrício, de novo, já aos 45 minutos, bateu forte de fora da área, e o goleiro Douglas aceitou: 4 a 0.
Com o jogo já se encaminhando para o final, a torcida do Inter voltar a cantar. E com força. Colocou o pulmão para funcionar de novo. Era nítido. Eles estavam com saudades. Mas, a partir deste sábado, a ansiedade de rever o Beira-Rio vai se tornar rotina, Afinal, o Gigante voltou.
WALTER FAZ DOIS, SOBIS DESENCANTA, FLU GOLEIA O BOAVISTA E MANTÉM LIDERANÇA
Tricolor faz 4 a 1, vence a sexta seguida e alcança marca de três anos atrás. Fred perde pênalti na volta, e novo xodó põe pressão sobre atacante

DESTAQUES DO JOGO
  • minuto chave
    43 do 1ºT
    O Boavista tinha 1 a 0, Fred já havia perdido pênalti, a torcida gritava por Walter e tudo indicava vaias no intervalo quando Conca empatou e mudou o panorama.
  • jejum
    Fred
    Na volta ao time, atacante se movimentou bem, mas mostrou ansiedade ao perder chancas claras, até um pênalti, e está há seis meses sem marcar um gol.
  • após três anos...
    sexta vitória
    Última vez que Flu havia vencido seis jogos seguidos foi entre o final de 2010 e começo de 2011, ainda com Muricy Ramalho. Na época, foram oito.
A CRÔNICA
por GloboEsporte.com
A expectativa era em cima de Fred. O centroavante voltou ao time após recuperar a forma física e curar a lesão na coxa direita que fez até o técnico da Seleção segurar a convocação dos atletas que atuam no Brasil para o amistoso contra a África do Sul, no dia 5 de março. Mas não foi o dia do camisa 9, que perdeu até pênalti. Quem Felipão, provavelmente atento à partida, viu brilhar foi Rafael Sobis e Walter. O primeiro desencantou após oito jogos na temporada e ainda deu assistência para  o gol de Conca, enquanto o segundo entrou no fim e balançou a rede mais duas vezes na goleada por 4 a 1 sobre o Boavista, na noite deste sábado, no Maracanã. Gilcimar abriu o placar para a equipe de Saquarema diante de um público de 13.582 pagantes (17.512 presentes). A renda foi de R$ 296.280.
Walter já está na vice-artilharia do estadual com três gols e virou o novo xodó da torcida. Teve o nome gritado pelos tricolores desde o primeiro tempo (inclusive após o pênalti perdido por Fred), colocou pressão sobre o titular, mostrou oportunismo e faro de gol - justamente o que falta atualmente ao camisa 9, que não sabe o que é balançar a rede há seis meses - o último foi no dia 7 de agosto, no empate por 1 a 1 com o Vitória, no Barradão, durante o último Campeonato Brasileiro. Conca também teve atuação destacada: além do gol de cabeça, organizou quase todos os ataques e foi o maestro do time.
- O grupo do Fluminense é muito bom, não merecia o que passou no ano passado. Sempre mostrei que meu futebol é esse, cada vez mais calar a boca de muita gente aí - comemorou Walter, que ainda elogiou Rafael Sobis e Fred.
O resultado manteve o Fluminense na liderança isolada do Campeonato Carioca, com 19 pontos, e ainda fez o time alcançar a marca de seis triunfos consecutivos, feito que não acontecia há três anos, ainda sob o comando de Muricy Ramalho. Já o Boavista segue com 12 pontos e perdeu a chance de encostar nas primeiras colocações. As equipes voltam a campo já no meio de semana. O Tricolor visita o Macaé na quarta-feira, às 19h30m (de Brasília), no Moacyrzão, enquanto a equipe de Saquarema joga na quinta, às 16h, contra o Audax em Moça Bonita.
Walter, Fluminense x Boavista (Foto: Nelson Perez/Fluminense FC)Xodó Walter faz três gols no estadual e aumenta pressão sobre Fred (Foto: Nelson Perez/Fluminense FC)
Fred perde pênalti, mas Conca salva
As condições do jogo estavam perfeitas na visão de Renato Gaúcho: gramado perfeito, torcida presente e uma noite sem o calor habitual do Rio. Só o que não favoreceu o Flu foi a postura recuada do Boavista, que jogava pela primeira vez no Maracanã em 2014. Estratégia que começou dando certo. Com praticamente todos os jogadores no campo defensivo, a equipe pouco levou sustos. E no curto tempo em que tinha a bola, tentava explorar as falhas do adversário. Foi assim aos 25 minutos. Jean saiu jogando errado e deu o contra-ataque que terminou na cabeçada em forma de tiro, de tão forte, de Gilcimar. O segundo contra-ataque, com dois contra dois, poderia ter complicado a vida tricolor, mas desta vez André Luis não acertou o passe.
O Flu depositava esperanças em Fred e insistia em levantar a bola na área para o atacante, que tinha dificuldades no meio dos zagueiros. Se pelo alto estava ruim, por baixo o atacante teve duas chances claras de marcar. A primeira cara a cara com o goleiro Getúlio Vargas após lindo passe de Jean, mas o chute de canhota para fora. E a segunda foi ainda melhor, na marca da cal depois de um pênalti marcado pelo árbitro de Bruno Rodrigo sobre o próprio camisa 9. O centroavante pediu a bola, mas carimbou a trave na cobrança. "Walter, Walter", pediram os torcedores. Quando o primeiro tempo tinha tudo para terminar em vaias, Conca se apresentou como elemento surpresa na área e, com seu 1,69m de altura, cabeceou para empatar o jogo após cruzamento de Sobis.
Conca e Jean, Fluminense x Boavista (Foto: Agência Photocamera)Com 1,69m, Conca fez gol de cabeça e foi o maestro do time (Foto: Agência Photocamera)
Sobis desencanta, e Walter faz mais dois
- Estou bem, só precisando de gols, mais nada - dizia Fred no intervalo.
O atacante ganhou um voto de confiança de Renato e voltou mais empolgado para a etapa final. Na primeira bola que dominou na entrada da área, já girou o corpo e bateu para defesa de Getúlio Vargas. Logo depois, ganhou sua primeira disputa pelo alto e cabeceou com perigo. As jogadas aéreas continuavam sendo a melhor arma do Flu. Foi assim que Sobis cruzou, o goleiro saiu mal do gol e viu a bola parar na trave. Mais uma vez pelo lado direito, Conca lançou na área para uma pancada de primeira do camisa 9, raspando o travessão. O Boavista se assustou com a pressão e passou a acumular cartões com faltas para conter as investidas.
Preocupado, o técnico América Faria tirou o meia Cascata, que já tinha amarelo, e tentou colocar seu time para frente com o atacante Diogo, aos 17. Mas no minuto seguinte quem chegou ao gol foi o Fluminense. Em dia de maestro, organizando os lances ofensivos, Conca lançou Carlinhos. Ele dominou a bola, que sobrou para Sobis chutar, virar o placar e sair na sequência, exausto, dando lugar a Walter. E o gordinho manteve o brilho. Com só 18 minutos em campo, o novo xodó fez mais dois de puro oportunismo, aos 36 e aos 45: um em erro de Carlinhos que virou passe e outro em assistência de Wagner, praticamente no mesmo lugar dentro da área. O titular Fred, que não conseguiu deixar a sua marca, ainda saiu aplaudido para a entrada de Chiquinho.