terça-feira, 30 de agosto de 2011

Missa pela recuperação de Ricardo Gomes lota a capela de São Januário

Evento religioso aconteceu na tarde desta terça-feira e contou a presença de cerca de 100 presentes, entre eles Roberto Dinamite e Rodrigo Caetano

Por Edgard Maciel de Sá Rio de Janeiro
O Vasco realizou na tarde desta terça-feira uma missa em ação de graças para agradecer o sucesso da cirurgia do técnico Ricardo Gomes. Cerca de cem pessoas, entre conselheiros e funcionários, foram prestigiar o evento religioso na capela Nossa Senhora das Vitórias, em São Januário. O presidente Roberto Dinamite e o diretor executivo de futebol do clube, Rodrigo Caetano, marcaram presença.
missa para o técnico Ricardo Gomes na capela de São Januário (Foto: Edgard Maciel de Sá / GLOBOESPORTE.COM)Missa foi realizada na tarde desta terça-feira, na capela Nossa Senhora das Vitórias, em São Januário (Foto: Edgard Maciel de Sá / GLOBOESPORTE.COM)
- Tudo que passamos desde a tarde de domingo tem sido muito complicado. Foram e estão sendo horas difíceis. Mas agora o foco está voltado para a recuperação do Ricardo. Vamos tentar dar seguimento a isso da melhor forma já nesta quarta-feira diante do Ceará. Procuramos trabalhar o lado psicológico dos jogadores. Temos um representante do Ricardo, que é o Cristóvão, uma pessoa que entende muito bem a metodologia de trabalho do nosso treinador - disse Rodrigo Caetano, que pediu ainda para que os torcedores se manifeste na partida desta quarta, contra o Ceará, às 18h (de Brasília), em São Januário.
- Nossa responsabilidade agora aumenta. A partir de agora não vamos somente nos esforçar em campo, e sim também mostrar um pouco do que queremos para o Ricardo. As vitórias vão ajudar na recuperação dele. Espero que o torcedor compareça e expresse todo o carinho que sente pelo nosso treinador.
Além do presidente e de Caetano, outras figuras importantes do clube como o vice-presidente médico Manoel Moutinho, o vice de relações institucionais João Ernesto, o vice social Faues Jassus e o presidente da assembléia geral do clube, Olavo Monteiro de Carvalho, também acompanharam a cerimônia, que começou quase uma hora depois do previsto por causa do atraso de Roberto Dinamite.
Ricardo Gomes sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico durante o clássico entre Vasco e Flamengo, na tarde de domingo. O treinador foi operado no mesmo dia. Apesar de a intervenção ter sido considerada um sucesso, Ricardo ainda está em estado grave, internado em hospital da Zona Norte do Rio.

Efeito Zico: Iraque sonha com amistoso contra o Brasil em Bagdá

Vice-presidente da Federação Iraquiana diz que capital é segura e que chegada do Galinho vai mostrar processo de mudanças do país

Por Bruno Machado Direto de Erbil, Iraque
"Um outro Iraque.” Esta é a expressão mais ouvida por Zico e a comissão técnica da seleção nacional nestes quatro dias conversando com moradores de Bagdá e, principalmente, de Erbil, cidade que melhor simboliza o esforço nacional para apagar a imagem ruim deixada pelo ex-ditador Saddam Hussein e a consequente fama de zona de perigo em função do terrorismo. Um novo capítulo dessa luta tem a ver com a chegada do Galinho: a federação sonha com a realização de um amistoso com o Brasil, na capital, para mostrar ao mundo o "outro Iraque".
Atualmente, o país convive com o receio de várias nações em manter relações comerciais e percebeu que o futebol pode reaproximá-lo do resto do mundo. Os novos dirigentes da Federação Iraquiana, que assumiram há cerca de três meses, receberam o apoio do governo e de empresários para demonstrar dentro do campo de futebol um novo modelo de administração política. E o ex-zagueiro Sharar Haydar, de 43 anos, um dos três vice-presidentes da entidade, é a face visível dessa nova era.
- Vivemos uma democracia muito recente. Temos desigualdades sociais em função de tudo o que sofremos, mas o índice de analfabetismo é baixo, e temos ótimas universidades. Nosso povo é alegre e adora o futebol. Estamos vivendo um período de crescimento, precisamos que o mundo saiba disso e retire o embargo ao nosso país – explicou com desenvoltura em inglês aprendido no período de exílio forçado em Londres.
zico moraci santana hawar iraque salam (Foto: Bruno Machado / Globoesporte.com)Zico já começou a trabalhar com a seleção iraquiana (Foto: Bruno Machado / Globoesporte.com)
Sharar teve que deixar o país por ter sido o primeiro jogador a desafiar o regime de Saddam Hussein acusando o filho do ditador, Udai, que presidiu a Federação Iraquiana de Futebol, de práticas de tortura e humilhação na década de 1990. Um passado que o incomoda e que ele resume como “parte da história”. Como dirigente, desde 2007 ele preside o Karkh Sports Club e ainda atua na área de comunicação social. E o porta-voz da nova geração iraquiana dá mais detalhes sobre a expressão “um outro Iraque” quando entram Zico e o Brasil na história.
- Nós trouxemos Zico porque ele é um dos melhores e nós gostamos do futebol brasileiro. Sabemos o que ele fez no Japão. Precisamos melhorar a qualidade de nossos atletas para obter resultados e chamar a atenção do mundo. Queremos buscar, com a ajuda de Zico, profissionais brasileiros para todas as divisões de base. E o nosso sonho é um grande jogo entre Brasil e Iraque, em Bagdá, que coloque a nossa capital novamente no mapa do futebol recebendo de volta o respeito internacional – explicou.
Falta de segurança? Dirigente compara Iraque ao Brasil
 Sharar Haydar, vice-presidente da federação do Iraque (Foto: Bruno Machado/GLOBOESPORTE.COM) Sharar foi o primeiro jogador a desafiar regime de
Saddam no futebol iraquiano (Foto: Bruno Machado)
A Fifa só autorizou a cidade de Erbil, da região autônoma do Curdistão, para jogos internacionais. Na próxima quinta-feira, o Iraque estreia nas eliminatórias asiáticas para a Copa do Mundo de 2014 contra a Jordânia no estádio Franso Hariri, modesto e com capacidade para apenas 20 mil torcedores. A razão para a entidade máxima não permitir jogos em Bagdá seria a falta de segurança, o que Sharar rechaça como um zagueiro clássico.
- Temos problemas isolados no Iraque e em Bagdá. Mas onde não há problemas? Do Brasil temos a imagem de um país com muitos mafiosos e conflitos urbanos, e talvez me sentisse inseguro lá. Mas isso é fruto do que é divulgado pela mídia. Sei que o Brasil, no entanto, é um dos
países mais belos do mundo. É injusto carregar essa imagem. Erbil, por exemplo, tem índice praticamente zero de criminalidade, não há terrorismo, contamos com centros comerciais desenvolvidos, e a cidade está crescendo muito em lazer e turismo. Pouca gente sabe. Queremos que o mundo todo saiba disso – enfatizou.
Apesar do entusiasmo com a chegada de Zico e do preparador físico Moraci Santana - que ainda terão o auxílio técnico de Edu Coimbra, treinador do Iraque na fase final das eliminatórias para a Copa de 1986 –, Sharar Haydar tem os pés no chão ao avaliar a seleção nacional.
- Até bem pouco tempo nossos jogadores eram amadores. Muitos estão jogando fora do país, mas alguns atuam aqui e há uma grande diferença de mentalidade. Falta aos nossos jogadores o domínio de fundamentos. Sei que sou um dos líderes desse processo de mudanças na Federação e estou confiante que os resultados virão – completou.
zico iraque treino (Foto: Reuters)Zico estreia na sexta-feira pelo Iraque contra a Jordânia, pelas eliminatórias de 2014 (Foto: Reuters)

#Papaiexalando: em vídeo, Neymar mostra pequeno Davi Lucca

Atacante santista leva filho de seis dias ao CT Rei Pelé para apresentá-lo aos companheiros nesta terça-feira, antes de viagem para Porto Alegre

Por GLOBOESPORTE.COM Santos, SP
Aos 19 anos, Neymar está curtindo o seu novo status: papai. Prova disso é que o jogador fez questão de levar o pequeno Davi Lucca, de apenas seis dias, ao CT Rei Pelé, nesta terça-feira, para mostrá-lo aos jogadores do Peixe. A visita ilustre foi registrada em vídeo pela assessoria de imprensa do Santos, momentos antes de a delegação alvinegra partir para Porto Alegre - o time joga com o Internacional nesta quarta-feira, pelo Brasileirão.
No centro de treinamento santista, o bebê recebeu o carinho de jogadores como Danilo, Léo e Elano. O pimpolho de Neymar, que teve o nome tatuado no braço direito do atleta, ainda foi mostrado aos funcionários do local pelo pai.
Ganso, padrinho da criança, foi o único pegar o bebê no colo.
- Pega um pouco desse futebol aí. Abençoe essa canhotinha – disse Neymar.
Mas o papai Neymar não perdeu a oportunidade também de usar a criança para brincar com o goleiro Rafael.
- Esse não! Esse é mão de pau! – brincou.
Neymar e Davi Lucca no CT do Santos (Foto: divulgação/Santos FC)Neymar e Davi Lucca fazem visita ao CT do Santos nesta terça-feira (Foto: divulgação/Santos FC)

Top 5 'muralha': defesa espetacular ajuda Muriel a ganhar titularidade

Goleiro do Inter ganha chance contra o Coritiba, brilha e não sai mais do time. Selecionáveis Jefferson e Fábio também entram na lista

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Não foram somente os atacantes que brilharam na primeira metade do Brasileirão 2011. Com defesas improváveis e espetaculares, os goleiros também tiveram seus momentos de glória. Reserva no início da competição, Muriel foi ganhando espaço e confiança até assumir a camisa 1 do Inter.
Sem sobra de dúvidas, a partida contra o Coritiba ajudou Muriel a ganhar a posição. Em sua primeira chance como titular no Brasileirão, o goleiro brilhou no Couto Pereira e protagonizou a defesa mais difícil do primeiro turno. Em um mesmo lance, defendeu um chute cara a cara com Bill e um petardo de David e não largou mais o gol colorado.
Goleiro de Seleção também teve vez. Um dos principais responsáveis pela boa campanha do Botafogo, Jefferson brilhou. O chute de Bernard, do Atlético-MG, no início da partida no Engenhão, retratou bem o bom momento do arqueiro alvinegro e ficou na segunda colocação.
À lá Rodolfo Rodrigues, Neneca, do América-MG, também entrou na lista. Contra o Fluminense, foram três grandes defesas em série em chutes de Souza, Gum e Rafael Moura, até a conclusão de Araújo para a rede. Mas, como todo bom goleiro precisa de sorte, o atacante tricolor estava em posição irregular e o gol foi invalidado. Na mesma partida, Neneca ainda defendeu um pênalti de He-Man.

Fábio, do Cruzeiro, e Diego, do Ceará, fecham a lista das cinco melhores defesas do primeiro turno do Campeonato Brasileiro.
Confira a lista
1. Muriel, do Inter, contra o Coritiba,
2. Jefferson, do Botafogo, contra o Atlético-MG
3.  Diego, do Ceará, contra o Santos
4. Fábio, do Cruzeiro, contra o Vasco
5. Neneca, do América-MG, contra o Fluminense

Jr. Baiano não se acha parecido com Welinton e alerta: 'Chega de chutão'

Ex-zagueiro vê qualidades no atual camisa 3 do Flamengo, mas identifica no jovem insegurança e falta de personalidade

Por Fred Gomes Rio de Janeiro
Festa Zico Junior Baiano (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Baiano hoje em dia se dedica a peladas e ao
Showbol (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Com 11 gols em 170 jogos pelo Flamengo, e participações importantes no Carioca de 1991 e no Brasileiro de 1992, o ex-zagueiro Júnior Baiano foi tratado por Vanderlei Luxemburgo como a "vida passada" de Welinton dentro do clube. O treinador apontou semelhanças entre os dois e vê risco de o defensor acabar mais valorizado fora do que dentro do clube. Baiano discordou do comandante flamenguista. Para ele, falta personalidade ao zagueiro.
- Não acho parecido, não. O Welinton tem medo de tentar fazer as coisas. Quando eu era novinho, não tinha medo de nada. Tem bola em que ele pode dominar e dar um passe, mas ele prefere dar o chutão. E quando é preciso dar o chute, ele chuta mais forte ainda (risos). É só chutão, chutão, chutão... Tem de parar com isso - analisou, em entrevista por telefone.
Vale destacar que, apesar da sugestão do ex-atleta, Welinton foi expulso contra o Vasco justamente após evitar um chutão e tentar um toque de efeito no campo de defesa.
O termo "zagueiro-zagueiro", criado por Vanderlei para identificar um defensor que não brinca em serviço e maciçamente atrelado ao ex-vascaíno Odvan, é totalmente contrário às preferências de Baiano. Ele acredita que é preciso jogar, não apenas desarmar. A falta de recursos apresentada por Welinton atualmente, segundo o ex-jogador, deve-se à insegurança e à falta de apoio (veja abaixo o vídeo da expulsão de Welinton contra o Vasco).
- Não adianta ser zagueiro-zagueiro. Certos jogadores só conseguem as coisas quando tentam. Sempre gostei de sair para o jogo e de atacar. Treinava faltas e pênaltis. Zagueiro não pode ser só zagueiro. Tem de saber dar um passe, um drible... Não pode dar chutão, só quando acontece alguma m... Está faltando ao Welinton personalidade. Agora, acredito que também falta apoio ao garoto. Amigos, companheiros e o treinador precisam conversar com ele - cobrou.
A tal possível saída de Welinton, ventilada por Vanderlei Luxemburgo, não é vista com bons olhos por Júnior Baiano. Ele insiste que é preciso apoiar o jovem, atualmente com 22 anos, mas também cobra uma atitude mais incisiva do zagueiro. O ex-jogador também discorda que um eventual empréstimo seria semelhante à sua primeira transferência, do Fla para o São Paulo, no fim de 1993.
Baiano tem três passagens pelo Fla, com 32 gols em 335 partidas
- Ele tem potencial, mas para jogar no Flamengo tem que ter aquilo roxo. As pessoas precisam ajudá-lo, o garoto tem potencial. Acontece muito com o Flamengo de um jogador sair e começar a jogar para caramba em outro clube. No meu caso, acho que não tem nada a ver. Eu não saí para ganhar experiência nem fui emprestado. O negócio foi muito bom para o Fla e melhor ainda para mim. Saí porque era rotulado como violento, pois chegava muito duro nos outros e brigava demais pelos meus amigos. Mas nunca reclmaram das minhas saídas de bola. Eu dominava, driblava e gostava de atacar. Sempre me deixaram fazer isso porque eu tinha qualidade - distinguiu.
Baiano também tratou de enumerar as qualidades que disse observar em Welinton. Além disso, passou algumas dicas para o garoto.
Para jogar no Flamengo é preciso ter aquilo roxo. Ele precisa de apoio e muita conversa. A pressão no Fla é grande demais"
Júnior Baiano
- Ele é um moleque que tem bom passe, velocidade e sabe dominar bem uma bola. Só precisa jogar um pouco mais duro. Com um corpo daquele dá para dividir a bola numa boa e protegê-la. É um jogador com qualidade, mas precisam conversam com ele. O Vanderlei conhece melhor do que eu as qualidades dele. Se está colocando em campo, é porque sabe jogar.
Questionado sobre qual seria sua preferência se estivesse na pele de Welinton, o ex-jogador não titubeou e garantiu que nem pensaria em deixar o Flamengo. Só se esquivou quando perguntado se colocar o Welinton no banco seria uma medida interessante para acalmar a torcida e dar mais tranquilidade ao jogador.
- Se fosse comigo, eu ia querer jogar. Mas aí vai de cada um. Só se aprende jogando. As dificuldades vão passar. Até o Gaúcho que é o Gaúcho (Ronaldinho) passou por dificuldades. Se ele tem de ir para o banco eu não sei, mas o titular daquela zaga, na minha visão, é o Angelim. Aí teriam de optar pelo Welinton, David (Braz) ou pelo Pirulito (Alex Silva).

Garoto que sofre de câncer realiza sonho de conhecer ídolos do Tricolor

Com ajuda de uma ONG de Campinas, Jorge Luiz, de 14 anos, ganhou camisa de Rogério Ceni e pediu para Dagoberto um gol contra o Flu

Por Marcelo Prado e Sergio Gandolphi São Paulo
Um dia para ficar guardado com carinho na memória do garoto Jorge Luiz Martins, de 14 anos. Com câncer, ele tinha como grande sonho conhecer o estádio do Morumbi e poder acompanhar um treino do seu time do coração. E, com a ajuda da ONG Sonhar Acordado, de Campinas (SP), e de uma leve mentira da mãe, Rosemari Martins, isso foi possível nesta terça-feira.
Morador de Cruzeiro, interior de SP, Jorge foi para São Paulo com a explicação de que precisaria realizar um exame. Só descobriu o que aconteceria na verdade quando viu o Morumbi de perto. Depois de conhecer todas as instalações do Cícero Pompeu de Toledo, foi ao CT da Barra Funda. E chorou de alegria. Três vezes.
Rogério Ceni e o menino Jorge (Foto: Marcelo Prado / Globoesporte.com)Ceni assina camisa que deu de presente a Jorge (Foto: Renata Libertini / Divulgação ONG Sonhar Acordado)
Primeiro, ao ver os ídolos de perto, desabou de emoção e abraçou a mãe. Depois, quando o treino acabou, foi carinhosamente recebido pelos jogadores. Ganhou uma camisa do goleiro e capitão Rogério Ceni, que o convidou para acompanhar a partida desta quarta-feira, contra o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro.
O melhor ficou para o final. Fã de Dagoberto, o moleque voltou a chorar copiosamente. Ao ganhar um autógrafo do camisa 25, pediu.
- Dagoberto, faz um gol para mim?
O atacante respondeu:
- Pode deixar. Além do gol, que vou tentar, a minha camisa do jogo será sua, ok?
Dagoberto e o menino Jorge (Foto: Marcelo Prado / Globoesporte.com)Garoto chora ao ficar perto do ídolo Dagoberto, que lhe dará a camisa que será usada na partida desta quarta-feira, contra o Fluminense, pelo Brasileiro (Foto: Sergio Gandolphi / Globoesporte.com)
Outros jogadores passaram. Jorge tirou foto com Lucas, Juan, com o auxiliar técnico Milton Cruz. E ainda visivelmente emocionado, comentou a experiência.
- Eu mal consigo falar de tanta alegria. Minha mãe deu o melhor presente da minha vida. Ficar perto deles é tudo que eu sempre sonhei na minha vida. Essas fotos ficarão guardadas com carinho e espero conseguir ir ao jogo e dar sorte ao time – disse Jorge.
A mãe, corintiana fanática, disse que pelo menos por um dia, virou a casaca.
- Pelo meu filho, posso dizer que vivi um dia de são-paulina - disse, sorrindo, dona Rosemari.
Mãe e filho no CT do São Paulo (Foto: Marcelo Prado / Globoesporte.com)Garoto agradece o presente que ganhou da mãe (Foto: Renata Libertini /Divulgação ONG Sonhar Acordado)

Morre Pinheiro, ex-zagueiro do Flu
e da Seleção, vítima de câncer

Ex-jogador estava internado há dois meses em hospital da Tijuca

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
O ex-zagueiro Pinheiro faleceu nesta terça-feira, aos 79 anos, vítima de câncer de próstata. Ele estava internado desde o dia 4 de julho no Hospital Pan-Americano, na Tijuca.
Titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1954, Pinheiro teve grande passagem pelo Fluminense, clube que defendeu em 605 jogos e ajudou a conquistar dois títulos estaduais (1951 e 1959) e a Copa Rio de 1952, fazendo parte de um dos maiores times da história do tricolor carioca.
Pinheiro teve passagens ainda por Americano, Bonsucesso e Bahia. Como treinador, comandou Goytacaz, Americano, Bangu, América-MG e Cruzeiro.
pinheiro fluminense (Foto: Site Oficial Fluminense)Pinheiro fez uma visita ao Fluminense em julho deste ano (Foto: Site Oficial Fluminense)

Pressionado, Tite valoriza liderança: 'Tem outros 19 (técnicos) para trocar'

Bombardeado durante coletiva sobre risco de ser demitido, treinador exalta campanha no primeiro turno para se garantir no cargo

Por Carlos Augusto Ferrari São Paulo
tite corinthians (Foto: Agência Estado)Tite: sob pressão no Timão (Foto: Agência Estado)
A má fase do Corinthians no Campeonato Brasileiro colocou o técnico Tite como o alvo principal de críticas de dentro e de fora do clube. Nesta terça-feira, véspera da partida contra o Grêmio, o treinador teve de responder em sua entrevista coletiva a um grande número de perguntas sobre a possibilidade de deixar o cargo em caso de novos resultados ruins. Sem perder a calma, e com o apoio do presidente Andrés Sanches, o treinador ignorou a pressão e valorizou a campanha no primeiro turno.
- O julgamento vocês fazem. Eu quero seguir meu trabalho, colher o que plantei desde o início. Eu também queria que fosse com o mesmo índice (de aproveitamento), mas terminou em primeiro. Ou não terminou em primeiro? Dá vontade de dizer assim: “então, tem outros 19 (técnicos) para trocar”. Eu só não posso pautar vocês. Digam o que quiser. Quer trocar o Tite? Eu vou seguir minha carreira. Então, não me pilhem mais (risos) – afirmou.
As dúvidas sobre o trabalho de Tite começaram com a queda de rendimento da equipe no torneio. O Timão disparou nas primeiras rodadas, com nove vitórias e um empate, mas despencou de rendimento, obtendo apenas duas vitórias, três empates e quatro derrotas nas últimas nove rodadas. A diferença para o segundo colocado, que já foi de sete pontos, caiu para um.
- Eu me sinto pressionado desde o dia que decidi ser técnico de futebol. Eu me cobro sempre o melhor possível. Vou continuar sendo assim. Tomara que tenha uma saúde legal – ressaltou.
Tite tem o apoio do presidente Andrés Sanches, mas vem sendo questionado por alguns conselheiros aliados da situação. O mandatário, porém, garante que não pensa em trocar o comando técnico. No início do ano, o dirigente ignorou os pedidos para demitir o comandante após a eliminação na fase prévia da Taça Libertadores.
- Confiança não se faz com palavras e, sim, com atitudes. Vou repetir o que falei quando cheguei: o Andrés me ligou e perguntou se eu gostaria de vir. Eu disse que sim. O combinado foi o seguinte: na hora que não quiser mais, dá um abraço, vou virar as costas e a vida segue – completou.

Fabiana, sobre ouro inédito: 'Gosto que seja difícil, assim é melhor'

Após saltar 4,85m no Mundial de Atletismo, na Coreia do Sul, e garantir título inédito ao Brasil, brasileira diz que vai recomeçar do zero de olho no Pan

Por SporTV.com Daegu, Coreia do Sul
Após a conquista do ouro inédito do Brasil em Mundiais de Atletismo, em Daegu, Coreia do Sul, a saltadora brasileira Fabiana Murer disse, em entrevista ao "SporTV News", que atingiu os 4,85 metros ao encarar a competição de forma prazerosa e divertida. Segundo a campeã, a disputa com rivais de peso, como a russa Yelena Isinbayeva (sexta colocada), a polonesa Anna Rogowska (campeã em 2009) e a alemã Martina Strutz (prata, com 4,80m), deu um gosto maior à medalha.
- Eu gosto de ganhar com todas as meninas competindo, gosto que seja difícil, gosto de estar lá fazendo o meu melhor, assim o gosto é melhor. Eu aproveitei bastante a competição, me diverti. É importante estar gostando de saltar, se não for assim o salto não acontece, o atleta tem que estar gostando do que está fazendo, e eu gostei bastante do que eu fiz – declarou a brasileira.
A atleta disse que teve certeza do título apenas em sua última chance, quando falhou nos 4,92 em busca da liderança do ranking mundial. Antes, havia ultrapassado os 4,85m, que, aliado ao erro de Strutz nos 4,90, garantiu o ouro (assista à entrevista no vídeo abaixo).
- Quando eu fiz o último salto, quase 4,92m, eu cai no colchão e aí sim eu pensei que era campeã mundial. Depois do 85, quando a alemã errou, eu não pensei nisso, eu sabia que eu tinha que continuar na prova, eu queria tentar o 4,90, que era uma boa oportunidade. Eu só pensei nisso quando cai no último salto e terminou a competição.
Após passar pelo exame antidoping e ainda com a mão suja da vara, Murer agradeceu às pessoas que a apoiaram até o Mundial de Daegu e disse estar focada nos preparativos para o Pan Americano de Guadalajara, em outubro.
- Eu ainda estou começando a entender, só depois de ter a medalha na mão e ouvir o hino nacional, aí sim a ficha começa a cair. Tem uma rotina muito grande depois da competição. Mas é um momento único, tenho mais que aproveitar mesmo – admitiu.
- Eu não sou radical, acho que tem que abrir exceções mesmo, comemorar um pouquinho, esfriar a cabeça. Vai começar tudo de novo, lá de baixo, no 50, 60, todas as alturas de novo, para tentar conquistar outras competições, como o Pan em Guadalajara – emendou Murer.
Assista à final do salto com vara do Mundial de Daegu no vídeo ao lado
Com a conquista em Daegu, a brasileira unificou dois títulos mundiais, já que foi campeã indoor em 2010, em Doha.

Ex-companheiros, Kevin Schwantz e Alex Barros se reencontram em SP

Feras do motociclismo ministram curso para 45 alunos, entre eles o piloto Christian Fittipaldi, e relembram época em que correram juntos no Mundial

Por Alexander Grünwald São Paulo
Kevin Schwantz e Alexandre Barros em Interlagos (Foto: Gui Donini/ Divulgação) Kevin Schwantz e Alexandre Barros se reencontram nos boxes de Interlagos (Foto: Gui Donini/ Divulgação)
Dois grandes nomes do motociclismo mundial se encontraram no autódromo de Interlagos, em São Paulo, no início desta semana. Ex-companheiros na antiga 500cc, o campeão mundial de 1993, Kevin Schwantz, e Alexandre Barros, primeiro brasileiro a vencer corridas na principal categoria das duas rodas, entraram na pista com uma missão diferente da época em que competiam. Hoje aposentados, os dois ministram cursos destinados à formação de novos pilotos. O norte-americano, atualmente com 47 anos, visitou o país a convite de Alex, atuando como professor em uma de suas aulas.
- A ideia deste curso especial foi proporcionar aos alunos o intercâmbio das escolas, credenciando os participantes internacionalmente. É um convênio para compartilhar técnicas, pontos de vista e experiência de pista - explica Barros, de 40 anos, que entre 1990 e 2007 disputou a principal divisão do mundial de motociclismo, conquistando sete vitórias.
Na antiga 500cc, substituída em 2002 pela MotoGP, Kevin e Alex foram companheiros de equipe em 1993, na Suzuki. Na época, o brasileiro absorveu a experiência e os conselhos do piloto da moto 34, que acabaria sagrando-se campeão da temporada. Tanto que venceu pela primeira vez na elite do motociclismo justamente naquele ano.
- Alex aprendeu muito comigo naquela temporada, e logo me mostrou que poderia ir longe. Desde aquela época, temos um respeito muito grande um pelo outro. Fico feliz que ele tenha optado por transmitir seus conhecimentos, assim como eu. Mas deixo claro aos meus alunos: façam o que eu digo, não façam o que eu fazia – brinca o piloto, que era conhecido pelo seu estilo “tudo ou nada”, que além de lhe proporcionar belas vitórias, também lhe custou algumas quedas cinematográficas.
Christian Fittipaldi e Alexandre Barros em Interlagos (Foto: Gui Donini/ Divulgação)Christian Fittipaldi participou do curso ministrado por Alex Barros em Interlagos (Foto: Gui Donini/ Divulgação)
Schwantz deixou a categoria em 1995, e passou a emprestar sua experiência para jovens talentos, ideia que Barros adotou a partir de 2010. Em seu curso, o brasileiro mistura técnicas avançadas de competição com dicas para uma pilotagem segura para o dia a dia, e desta vez contou com um aluno ilustre: Christian Fittipaldi, ex-piloto de Fórmula 1, que também já disputou importantes categorias como a Fórmula Indy, a Stock Car e provas como as 24 Horas de Le Mans e as 24 Horas de Daytona.
- Ainda andei com medo, pois nunca tinha guiado uma moto de rua, só de cross. Mas gostei bastante, e cheguei a passar dos 200km/h na reta. Quem não gostou muito foi a minha mãe, que ficou louca quando soube que ia andar de moto – confessou o piloto, que atualmente disputa o Trofeo Linea.
Ao final das atividades, Barros e Schwantz deram algumas voltas de demonstração no asfalto de Interlagos, reeditando a parceria vitoriosa no mundial de 1993.