quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Longe de repetir massacre, Brasil cozinha o Canadá e vence a segunda

Após surrar rivais em torneio amistoso na preparação, time de Magnano sofre para ganhar em Mar del Plata, mas se mantém invicto na Copa América

Por Rodrigo Alves Direto de Mar del Plata, Argentina
basquete Marcelinho huertas Brasil x Canadá Copa América (Foto: Reuters)Huertas, cestinha com 17 pontos (Foto: Reuters)
Com a bola quicando para valer, o cenário passou longe do massacre da Copa Tuto Marchand, quando o Brasil embolsou o Canadá sem piedade. Na segunda rodada da Copa América, os rivais elevaram um bocado o nível de resistência. Venceram o primeiro quarto – ao contrário dos humilhantes 24 a 2 que levaram em Foz – e incomodaram até o último período em Mar del Plata. Quando o drama já ameaçava entrar em quadra, a equipe de Rubén Magnano repetiu o ritual da véspera e conseguiu respirar nos últimos minutos. Apesar da atuação decepcionante, vitória por 69 a 57, a segunda verde-amarela na campanha rumo à vaga nos Jogos Olímpicos de Londres-2012.

Com dois triunfos nas costas, o Brasil folga na quinta-feira e só volta à quadra na sexta, às 18h, para enfrentar a República Dominicana, na partida que pode definir a liderança do grupo A. A última rodada é no sábado, também às 18h, contra Cuba. Os quatro primeiros de cada chave vão à segunda fase, e depois os quatro melhores avançam às semifinais. Quem vencer nas semis garante vaga em Londres.

Marcelinho Huertas, com 17 pontos - dez deles no último período -, foi o cestinha da partida. Ele deu ainda seis assistências e pegou cinco rebotes. Alex Garcia marcou 13; Marcelinho Machado e Guilherme Giovannoni, 12 cada. No time canadense, Jermaine Anderson anotou nove pontos.
basquete Marcelinho Machado Brasil x Canadá Copa América (Foto: AP)Marcelinho Machado anotou 12 pontos (Foto: AP)
Na véspera da partida, o técnico Leo Rautins sorriu ao dizer que esperava algo bem diferente daquele primeiro quarto da Tuto Marchand, quando seu time foi massacrado por 24 a 2. Dito e feito. No jogo para valer, foi outro Canadá. A equipe da América do Norte abriu 4 a 0, o que já garantia uma performance ofensiva melhor que a do período no torneio amistoso. O Brasil ainda virou para 8 a 4, mas desta vez os comandados de Rautins não entraram em pânico. Ao contrário, controlaram as ações e fecharam os dez minutos iniciais com 17 a 12.

Aí, sim, o Brasil resolveu ensaiar uma repetição do período matador de Foz do Iguaçu. E só deixou os canadenses fazerem dois pontos nos seis primeiros minutos do segundo quarto.

Com uma defesa mais forte e um ataque equilibrado, a equipe enfim conseguiu tomar conta do jogo. Abriu nove pontos, mas voltou a cochilar e permitiu que o placar ficasse apertado de novo. Na saída para o vestiário, 33 a 28.
basquete Tiago Splitter Brasil x Canadá Copa América (Foto: AP)Splitter tenta passar pela marcação (Foto: AP)
O terceiro quarto já começou com um susto. Alex levou uma trombada e deixou a quadra com dores nas costas, perto da nuca. Foi para o banco, recebeu aplicações de gelo e massagem. De fora, viu um jogo amarrado, com as duas seleções errando bastante. Alex voltou, Nezinho entrou, os chutes de três precipitados apareceram, a defesa afrouxou. E nem assim o Canadá conseguiu passar à frente. Bateu na trave algumas vezes, mas ainda terminou perdendo o período por 47 a 46.

Logo no início do último quarto, veio a virada canadense, para 50 a 47. Os brasileiros recuperaram a liderança com uma cesta de Splitter, que ainda sofreu a falta e vibrou muito com o banco de reservas. Aos poucos, os brasileiros foram colocando a cabeça no lugar e logo abriram dez de vantagem. Era o fôlego que a equipe perseguia para assegurar a segunda vitória. No sufoco.
 

Coritiba é a quinta vítima seguida do Atlético-GO, que vence por 3 a 1

O Coxa dominou a partida do começo ao fim, mas o Dragão aproveitou falhas da defesa alviverde e vence a quinta consecutiva

Por Gabriel Hamilko Curitiba
O Dragão está imbatível no Brasileirão. A vítima da vez foi o Coritiba, com uma vitória por 3 a 1, no estádio Serra Dourada, com gols do goleiro Márcio, aos 33 do primeiro tempo, do volante Agenor, aos 18 e Anselmo, aos 48 minutos da etapa final. O meia-atacante Anderson Aquino descontou para o Coxa, aos 40 do segundo tempo. É a quinta vitória seguida do Dragão, que já tinha passado por cima de Santos, Flamengo, Grêmio e América-MG.
Sequência que tirou o time goiano lá da rabeira do Brasileirão e colocou dentro do G-10. No final do jogo, o Atlético-GO terminou na nona colocação, com 28 pontos. A derrota fez o Coritiba despencar e sair dos dez melhores times, ficando na 12ª posição, com 26 pontos.
Os dois times entraram no gramado do Serra Dourada com dois espíritos distintos. No lado goianiense, o objetivo era “papar” mais um adversário e continuar com a sequência avassaladora de quatro triunfos seguidos. No Coritiba, o espírito era de vingança. O time paranaense queria descontar o três pontos “roubados” pelo Dragão, na partida do primeiro turno.
Mas o resultado não demonstrou a realidade da partida. O Coritiba dominou a partida, com um meio-campo mais envolvente e dando trabalho para a defesa atleticana. O Atlético-GO não quis nem saber o que é justo ou não e Márcio marcou, de pênalti, e na etapa final, Agenor aproveitou a falha da defesa coxa e ampliou. Na pressão alviverde, o Coxa marcou o gol de honra quase ao apagar das luzes: aos 40 minutos.
As equipes já retornam aos gramados nesse final de semana. O Dragão vai até o Rio de Janeiro para enfrentar o Fluminense no sábado, às 18h (de Brasília). O Coxa retorna para perto da torcida e no domingo enfrenta o Corinthians, às 16h, no estádio Couto Pereira.
Juninho do Atlético-Go divide a bola com Leandro Donizete do Coritiba (Foto: Futura Press)O Coritiba jogou melhor, mas foi o Atlético-GO quem faturou a vitória (Foto: Futura Press)

Papéis invertidos, mas quem marca é o Dragão
Quando o árbitro apitou o início da partida, o jogo parecia estar invertido. O Coritiba dominou a posse de bola e parecia ser o dono da casa. Assustado, o Atlético-GO se limitava a ficar fechado e, como se fosse um bom visitante, tentava explorar os contra-ataques.
Mas a bola insistia em permanecer no lado do ataque alviverde. Enquanto o Coxa dava trabalho, o Dragão só conseguiu descer perigosamente aos nove minutos. Enquanto isso, o Alviverde Paranaense meteu duas bolas na trave do goleiro Márcio, com o volante Willian e o atacante Marcos Aurélio.
Aliás, o esquema tático do técnico Marcelo Oliveira de entrar com três volantes, mas liberar dois, deu certo. Esse foi o principal motivo que surpreendeu o Atlético. Com Donizete e Léo Gago liberados, Rafinha (pela esquerda) e Marcos Aurélio (na direita) atuaram como mais dois atacantes.
Um certo equilíbrio só começou a ser notado após os 20 minutos, quando parece que o Coxa se cansou. Melhor para o Atlético-GO que aproveitou e passou a dominar. O atacante Juninho chutou forte, aos 26 minutos, e exigiu um trabalhão para o arqueiro Edson Bastos.
Mas, se o Coritiba, em 20 minutos, não conseguiu aproveitar o domínio, o anfitrião teve mais sorte e sucesso na sua vez. O zagueiro Rafael Cruz tabelou com Vitor Júnior, mas sofreu pênalti do zagueiro Pereira. O goleirão Márcio atravessou o extenso campo e cobrou bem. Bastos quase pegou, mas a pelota entrou. Festa no Serra Dourada para a torcida atleticana, aos 33 minutos.
Não era o que o Coxa queria. Por isso partiu para cima do adversário. Mas dá para dizer que Márcio foi o nome do jogo. Marcou e segurou o resultado, se “agigantando” nos cruzamentos e fechando o gol, após uma linda tabela entre Rafinha e Donizete que recebeu de calcanhar e chutou forte.
A mesma história. Atlético-GO consolida a vitória
Para não ser repetitivo, não tem muito que acrescentar no início da etapa complementar. O Coritiba dominou, tentou e foi superior. O Atlético-GO se limitava a defender, bem fechado atrás e aproveitar os contra-ataques. A diferença é que nas investidas alviverdes, tinha uma boa pitada de ansiedade, que atrapalhou na hora de refinar a jogada.
No primeiro minuto, Márcio defendeu um chute do lateral Jonas, mas, em compensação, entrou em cena a fase não muito boa do goleiro alviverde Edson Bastos. Primeiro o arqueiro soltou uma bola e quase complicou a vida coxa-branca, quando Juninho aproveitou e a bola passou raspando na trave.
Aos 18, não teve jeito. Escanteio cobrado, Bastos pulou errado e não achou a bola. O volante Agenor não quis nem saber e aumentou o placar. 2 a 0 para o Dragão.
Se o Coritiba já estava ofensivo, o técnico Marcelo Oliveira mandou de vez para o ataque, aliás, quem perde por 2, pode perder por mais. Entrou o meia-atacante Anderson Aquino na vaga do volante Willian. O lateral (com característica ofensiva) Maranhão entrou e o zagueiro improvisado na esquerda Lucas Mendes saiu. Por fim, o meia Everton Ribeiro foi o último a entrar, para a saída do atacante Marcos Aurélio.
O técnico Hélio dos Anjos estava tranquilo. Não importava se a equipe dele não tinha domínio. O importante era o placar favorável. Com isso, as reposições atleticanas se limitaram a mera troca de peças para ter um time mais revigorado. Saíram Thiago Feltri e Juninho para as entradas de Adriano e Diogo Campos, respectivamente.
O Coritiba foi valente. Mesmo perdendo, deu trabalho até os instantes finais. O meia Anderson Aquino descontou aos 40 minutos, para valer a pena o esforço coritibano. Mas, para a alegria dos 3.146 torcedores presentes no Serra Dourada (para um renda de R$ 49.945,00), Anselmo aproveitou o rápido contra-ataque e fechou o placar para o Dragão: 3 a 1.

Figueira se aproveita do remendado Cruzeiro e vence fora de casa por 4 a 2

Júlio César, duas vezes, Elias e Wellington Nem marcam para os visitantes. Charles marca dois e evita placar mais elástico no Ipatingão

Por Leonardo Simonini Ipatinga, MG
O Figueirense mostrou que gosta mesmo de jogar em Ipatinga. Após vencer o Atlético-MG por 2 a 1, se aproveitou dos inúmeros desfalques do Cruzeiro, se impôs e venceu por 4 a 2. O time de Joel até que pressionou nos minutos iniciais, mas foi questão de tempo para os comandados de Jorginho controlarem o jogo. Na etapa inicial, Júlio César e Elias marcaram, e o gol de Charles, deu um certo alento ao torcedor. Mas nos 45 minutos finais, o Figueirense tocou como quis e marcou mais dois, com Wellington Nem e Júlio César. Charles voltou a marcar e diminuio o prejuízo diante da exigente torcida do Vale do Aço.
Com o resultado, o time de Florianópolis chegou aos 29 pontos e deixou a Raposa para trás, com 27. Agora, o Figueirense se prepara para encarar o São Paulo, sábado, às 18h (de Brasília), no Estádio Orlando Scarpelli. Já o Cruzeiro joga domingo contra o Palmeiras, às 16h, no Pacaembu.
Pressão sem efeito
Antes de a bola rolar, muitas mascotes do time da casa fizeram um corredor no gramado para receber a equipe. E na entrada em campo, os jogadores do Cruzeiro mostraram solidariedade ao técnico do Vasco, Ricardo Gomes, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no último domingo. Com uma faixa, eles mostraram apoio e torcida pela recuperação do técnico vascaíno.
Com a bola rolando, o Cruzeiro foi para cima do Figueirense no início e fez grande pressão. Nem parecia que Joel Santana tinha um total de nove desfalques, contando com o atacante Wallyson, que só joga no ano que vem.
A primeira chegada veio após falta sofrida por Roger. Ele mesmo mandou para a área, Wilson saiu de forma bisonha, socou mal, e viu a bola cair nos pés de Léo. Ele deu uma virada bonita, mas só carimbou o poste esquerdo do goleiro.
E não demorou para o time da casa chegar novamente pela esquerda do ataque. Após boa troca de passes, Everton invadiu a área e conseguiu a finalização perigosa, mas para fora.
Organização e rápido contragolpe: marcas do Figueira
A pressão inicial deu espaço para um jogo sonolento, com o Figueira passando a controlar o meio-campo, até que aos 28 minutos o gol saiu. Wellington Nem fez boa jogada pela direita, e cruzou rasteiro. Júlio César bateu longe do alcance de Rafael. O gol não desanimou a torcida do Cruzeiro, que cantou em apoio ao time nos minutos seguintes.
Mas aos 34, a torcida perdeu a paciência e cobrou raça após o segundo gol dos visitantes. Em jogada pela direita, Maincon bateu cruzado. Rafael salvou, mas na sobra, Elias puxou para a perna esquerda e da meia lua executou o goleiro.
O jogo, a esta altura, era embalado pela torcida, que para apoiar ou cobrar os donos da casa, participava muito. E neste embalo, Charles diminuiu e colocou mais lenha na fogueira. Ele recebeu dentro da área em jogada pela direita e chutou cruzado. A bola ainda bateu na trave de Wilson antes de entrar.
Em desvantagem, recheado de estreantes e improvisações, o time de Joel tentava atacar, mas nos contragolpes os visitantes mostravam que podiam acabar com o jogo a qualquer momento. O fim do primeiro tempo foi bom para o Cruzeiro, que escapou de levar o terceiro gol.
Passeio no Vale do Aço
Se a situação de Joel não era fácil antes de a bola rolar, em desvantagem tudo piorou. E nem o intervalo adiantou para o técnico resolver alguma coisa. Logo no início, Wellington Nem ganhou de Léo pela esquerda, engatou a quinta marcha e deu um lindo toque na saída de Rafael: 3 a 1 e amplo domínio do alvinegro.
Se já era bom para o visitante, ficou ainda melhor. Júlio César e Wellington Nem tocaram como se fosse um treino na entrada da área, e o camisa 99 bateu para ampliar. O time ainda comemorava, quando Charles fez seu segundo no jogo após bater forte em bola recebida de Fabrício: 4 a 2.
A partir daí, o Figueirense passou a valorizar a posse de bola, enquanto a Raposa ia no desespero para cima, sem organizaão. A esta altura, o atacante Bobô já fazia sua estreia com a camisa celeste.
Com o placar garantido, até mesmo pela falta de poder de reação do adversário, os comandados de Jorginho esperaram o tempo passar para comemorar mais uma vitória fora de casa no Brasileirão. E para o Cruzeiro, muitas vaias após o apito final.
Para Ricardo Gomes: Vasco vence Ceará por 3 a 1 e encosta na liderança
Elton e Eder Luis marcam após Alecsandro e Juninho Pernambucano deixarem o campo com dores na coxa e indisposição, respectivamente
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
A energia vinha das arquibancadas e do gramado antes mesmo do apito inicial para Vasco e Ceará. Em forma de gritos da torcida, faixas erguidas pelos jogadores ou no círculo de oração formado pelos dois times no centro do campo, o pensamento ainda não passava por vitória ou derrota. Naquele momento, só importava dar força para o técnico cruz-maltino Ricardo Gomes, que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) no último domingo. No dia em que os médicos decidiram tirar a sedação do treinador e ele abriu os olhos, o triunfo não poderia ser de outro lado: 3 a 1 para o time da Colina, para a alegria dos 5.428 torcedores que foram apoiar a equipe e gritar o nome do treinador em São Januário.
VASCO X CEARÁ faixa ricardo gomes (Foto: André Durão/Globoesporte.com)Jogadores do Vasco entram em campo com faixa para Gomes (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
O resultado poderia ter levado o Vasco à liderança do campeonato. Porém, a vitória do Corinthians por 3 a 2 sobre o Grêmio fez com o que o Timão permanecesse em primeiro lugar. Com 38 pontos, o Cruz-maltino está na segunda posição, mas ainda pode ser ultrapassado por Flamengo e São Paulo, que jogam na noite desta quarta-feira.
A derrota manteve o Ceará na 13ª colocação. No entanto, vitória do Santos sobre o Internacional pode levar o Vozão a perder uma posição na tabela.
Na 21ª rodada, o Vasco vai a Minas Gerais para enfrentar o América-MG, no domingo, às 16h, na Arena do Jacaré. No mesmo dia, às 18h, o Ceará receberá o Internacional no Presidente Vargas.
Vasco abusa de perder gols
A energia positiva em São Januário parecia ser o combustível do Vasco em campo. Mais dispostos a atacar, os donos da casa usaram todo o campo para dar trabalho à defesa do Ceará. Fosse com Eder Luis, Diego Souza ou Alecsandro, a bola estava sempre perto da área dos visitantes.
Os três, porém, abusaram do direito de perder gols no primeiro tempo. Em dois lances antes dos cinco minutos de jogo, Alecsandro deixou a bola passar para Eder Luis sair de frente para o gol e... chutar para fora. Em seguida, Eder acelerou pela direita, cruzou para a área e encontrou a cabeça de Alecsandro. Mas o goleiro Diego fez boa defesa.
Do outro lado, o Ceará jogava no contra-ataque. E Osvaldo aproveitava as falhas de marcação de Allan, lateral-direito reserva que substituiu Fagner, suspenso com terceiro cartão amarelo. A facilidade do atacante do Vozão era tanta que Dedé precisou mudar sua posição em campo para ajudar sempre que o adversário aparecia mais perto da área.
A principal jogada de Osvaldo, porém, terminou aos 16 do primeiro tempo, quando Marcelo Nicácio, para quem o atacante cruzava, saiu de campo com dores na coxa. Washington entrou em seu lugar, sem a mesma eficiência.
A partir de então, só deu Vasco, com boa participação de Márcio Careca, lateral-esquerdo que substituiu Jumar, também suspenso. Mas nem os bons cruzamentos, nem as cobranças de faltas de Juninho Pernambucano acharam quem pudesse balançar as redes. Mais uma vez, o ataque cruz-maltino errou muito na pontaria, com bolas para fora ou em cima do goleiro. Aos 41, Alecsandro fez sinal para o banco, e Cristóvão Borges, técnico interino, chamou Elton e Bernardo para o aquecimento. Sinal de mudança para um ataque ineficiente na etapa inicial.
Trocas eficientes no intervalo
Com dores no adutor da coxa esquerda, Alecsandro não voltou para o segundo tempo, assim como Juninho Pernambucano, que sentiu uma indisposição. Entraram Elton e Felippe Bastos. E o atacante precisou apenas de seis minutos para marcar o primeiro gol do Vasco. Após bela jogada de Eder Luis - que acelerou pela direita, driblou dois marcadores e cruzou para o meio da pequena área - Elton se antecipou à marcação e abriu o placar.
A partir daí, tudo ficou mais fácil para o Vasco. Após Thiago Humberto cobrar falta para o Ceará, Diego Souza puxou o contra-ataque e lançou Márcio Careca. Sem ser incomodado pela marcação do Ceará, o lateral cruzou para Eder Luis, que, também sozinho, recebeu na entrada da pequena área para chutar de primeira e anotar o segundo gol cruz-maltino aos 16.
O Ceará de Vagner Mancini parecia não se preocupar com as jogadas em velocidade dos donos da casa e não mudou a marcação. Mas, em um momento, deu sorte. Renato Silva recuou para Fernando Prass, que tentou driblar Osvaldo na grande área e perdeu a bola. Melhor para Washington, que aproveitou a lambança e marcou sem goleiro. Cabeça baixa para o capitão, um dos mais abalados com o que aconteceu com Ricardo Gomes nos últimos dias.
Mas o Vasco não deixou seu líder em campo ficar cabisbaixo por muito tempo. Allan, que melhorou no segundo tempo, recebeu na lateral direita, avançou e passou para Fellipe Bastos chutar rasteiro para complemento de Elton. Em dois minutos, o Gigante da Colina já estava com dois gols de vantagem novamente.
Mancini, então, tirou Michel e Patrick para dar lugar a Edmílson e Felipe Azevedo, respectivamente. Thiago Humberto chegou a ter uma chance de diminuir, mas Prass saiu bem do gol para se redimir da falha no primeiro gol.
E o panorama não mudou. O Vasco continuou impondo seu ritmo e teve até gol anulado aos 44, após o assistente marcar impedimento no cruzamento de Allan para Bernardo, que havia entrado um minuto antes na vaga de Diego Souza. Para o time que disse que gostaria de dar boas notícias a Ricardo Gomes quando ele acordasse, a primeira já chegou.
Coração de líder: Corinthians segura o Grêmio, vence e respira aliviado
Clube paulista faz homenagem a Ricardo Gomes, técnico do Vasco, e contesta expulsões; time gaúcho reclama de pênalti para o dono da casa
 
A CRÔNICA
por Carlos Augusto Ferrari e Diego Ribeiro
O Corinthians vai comemorar seu 101º aniversário aliviado nesta quinta-feira - ganhou até canção de parabéns da torcida. Depois de duas derrotas consecutivas, o Timão reagiu ao vencer o Grêmio por 3 a 2, nesta quarta, no Pacaembu, e manteve a liderança do Campeonato Brasileiro pela 14ª rodada consecutiva. Pior para os gaúchos, que não conseguem se livrar do fantasma do rebaixamento para a Série B.
Ramon comemora gol do Corinthians contra o Grêmio (Foto: Ag. Estado)Ramon comemora o terceiro gol do Corinthians contra o Grêmio (Foto: Ag. Estado)
O Grêmio, aliás, deixa São Paulo reclamando de um polêmico pênalti marcado pelo árbitro André Luiz de Freitas Castro (GO) de Adilson em Emerson no primeiro tempo. Os paulistas também esbravejaram bastante pelas expulsões do atacante Liedson, por cometer faltas em Fábio Rochemback e Edcarlos, e Edenílson, por atrasar o reinício do jogo. A equipe passou boa parte do segundo tempo sem dois atletas, mas mesmo assim segurou a pressão gremista.
A derrota não acaba com a instabilidade do Grêmio na competição e mantém o clube de Porto Alegre com apenas 21 pontos, entre os últimos colocados. Na próxima rodada, recebe o Atlético-PR, domingo, às 16h, no estádio Olímpico.
O triunfo faz o Corinthians respirar em meio a uma semana tumultuada, com direito a derrota para o arquirrival Palmeiras e muita cobrança da torcida. Agora, o Timão soma 40 pontos, ainda em primeiro. No domingo, pega o Coritiba, às 16h, no Couto Pereira. No duelo desta quarta-feira no Pacaembu, 15.468 pagantes geraram uma renda de R$ 439.924,00.
Apesar de toda pressão que o cercava, o Corinthians prestou solidariedade ao técnico Ricardo Gomes, do Vasco. Todos os atletas foram a campo com a mensagem “#FORÇARICARDOGOMES” na parte de trás do uniforme. O treinador teve um acidente vascular cerebral (AVC) durante o segundo tempo do clássico contra o Flamengo, domingo passado, no Engenhão, e segue internado.
Pênalti para o Timão; Grêmio iguala
A alteração tática proposta por Tite, trocando um atacante por um volante, deu maior movimentação e força para o Corinthians sufocar. O Timão criou bastante, controlou praticamente todo o primeiro tempo diante de um Grêmio cauteloso, mas faltou um pouco de capricho nas finalizações. Detalhe que sobrou para os gaúchos não ficarem atrás no placar.
Aberto pelo lado direito, o volante Edenílson formou com Alessandro a grande arma ofensiva do Alvinegro na etapa inicial. De lá, partiu o cruzamento para o lance mais polêmico do jogo, aos 16 minutos. Emerson disputou a bola com Adilson e caiu na área. O árbitro André Luiz de Freitas Castro (GO) marcou pênalti. Chicão fez 1 a 0 e, na comemoração, correu ao banco de reservas para abraçar Jorge Henrique, barrado pelo treinador.
O posicionamento adiantado de seus jogadores permitiu que o Corinthians segurasse a bola no campo de ataque e criasse mais oportunidades. Victor fez um milagre em chute de Alessandro que desviou na zaga. Mesmo sentado no gramado, o goleiro evitou com um soco que a bola o encobrisse. Ele voltou a aparecer em finalização cara a cara de Liedson.
Ao melhor estilo Celso Roth, o Grêmio mostrou suas armas para empatar. O Tricolor gaúcho se arriscou pouco, mas foi eficiente. O goleiro corintiano fez duas ótimas defesas espalmando uma bomba de Julio Cesar e parando Escudero sem marcação na área. A igualdade veio aos 40. Douglas, que já havia marcado outras duas vezes contra seu ex-clube, acertou uma linda cobrança de falta no ângulo direito da meta. Impossível pegar!
Expulsões, emoção e vitória do Corinthians
O Corinthians voltou para o segundo tempo com a mesma proposta de tentar encurralar o Grêmio nos primeiros minutos. A opção, porém, caiu por terra rapidamente. O Tricolor gaúcho encontrou espaços na marcação adversária e controlou a partida. Douglas quase fez o segundo com um belo chute de longe defendido por Julio Cesar. Vilson também perdeu boa chance furando uma cabeçada dentro da pequena área.
Com Danilo mal em campo, Tite apostou em Jorge Henrique para reagir. Não houve tempo para a alteração mostrar sua força. Aos 19, os paulistas recuperaram a vantagem. Paulinho roubou a bola de Fernando e disparou para a área para bater forte, no canto esquerdo de Victor. Empolgado, o Timão chegou ao terceiro dois minutos depois, com Ramon aproveitando confusão na área.
O jogo que parecia caminhar para um final tranquilo pegou fogo. O Grêmio respondeu logo em seguida. André Lima, aos 28, fez de cabeça e esquentou novamente a partida. Para piorar a situação do Corinthians, Liedson foi expulso por cometer duas faltas consecutivas em Fábio Rochemback e Edcarlos. Em seguida, Edenílson recebeu cartão vermelho por fazer “cera” - ele já tinha um amarelo e levou o segundo.
Os minutos finais ficaram dramáticos. O Grêmio foi para cima, mas não teve pernas para criar grandes chances. Ao Corinthians coube se defender de qualquer maneira. Julio Cesar, bastante exigido, brilhou. Empurrado pela torcida, o Timão não deu espaços, se fechou e recuperou a paz por mais alguns dias.
 

Marcelo minimiza problema com Mano e diz querer sempre a Seleção

Lateral-esquerdo do Real Madrid se envolveu em polêmica com o técnico do Brasil e ficou fora de algumas convocações. De volta, ele deve ser titular

Por Leandro Canônico Direto de Londres
marcelo seleção brasileira londres (Foto: Mowa Press)Marcelo comenta rusga com Mano após amistoso
contra a Escócia, em março (Foto: Mowa Press)
Marcelo está de volta à Seleção Brasileira. Depois de algumas trocas de farpas com Mano Menezes e um email enviado de forma equivocada para o treinador, o lateral-esquerdo do Real Madrid foi chamado para o amistoso contra Gana, no dia 5, em Londres. E na chegada à capital inglesa, o jogador fez questão de dizer que não lhe falta vontade de defender o time verde e amarelo.
- Pode até parecer que é falta de vontade, mas eu quero sempre estar na Seleção e ajudar os meus companheiros. Sirvo a Seleção desde a base, com viagens longas, e agora que é o melhor não vou ter vontade de vir? Não é da minha pessoa pedir dispensa da Seleção – declarou o jogador do Real Madrid.
Na primeira convocação da era Mano Menezes, para o jogo com os Estados Unidos, Marcelo foi chamado. Mas não entrou em campo. Um mês depois, o lateral foi convidado para período de treinos em Barcelona. Não se apresentou alegando problemas estomacais, mas no dia seguinte treinou no Real Madrid e se machucou.
Depois disso, Mano Menezes resolveu dar um gelo no lateral-esquerdo e o chamou novamente apenas em fevereiro deste ano, na derrota para a França. Mas Marcelo não entrou em campo (aliás, isso jamais aconteceu sob o comando do treinador). No jogo seguinte, contra a Escócia, novo chamado. E nova polêmica.
O técnico chegou a escalar Marcelo como titular em um coletivo, em Londres, mas Marcelo sentiu um problema nas costas e foi cortado no dia seguinte, ficando fora do amistoso. Mais adiante, em entrevista coletiva, Mano Menezes declarou que havia jogador mais sensíveis que outros. Marcelo não gostou e rebateu.
Insatisfeito com o comandante da Seleção, o lateral-esquerdo não ficou calado e disse que “aquele que tem boca fala o que quer”, gerando um mal estar com o treinador. Para piorar, o lateral ainda teria enviado um email de forma equivocada para Mano afirmando que poderia ajudar o Real Madrid com a ausência do amistoso da Seleção, em março.
Agora, seis meses depois, as arestas estão aparentemente aparadas nessa nova convocação, mas Marcelo já avisou em sua chegada a Londres:
- Se estou bem, vou jogar. Se não estou bem, não vou jogar. Estou com muita vontade de atuar pela Seleção e acabar logo com essa coisa.
Com o corte de Adriano, do Barcelona, machucado, é muito provável que Marcelo seja o titular da lateral esquerda. O primeiro treinamento, só com os 12 que atuam na Europa, será nesta quinta-feira, às 17h (13h de Brasília). Os atletas que jogam no Brasil desembarcam em Londres na manhã de sexta-feira.

TCU: reforma do Maracanã será quase R$ 100 milhões mais barata

Tribunal de Contas da União aprova revisão do orçamento do estádio e constata diminuição dos gastos de R$ 958,8 milhões para R$ 859,4 mi

Por Marcelo Parreira Direto de Brasília
greve funcionários obras maracanã (Foto: Agência Reuters)Maracanã terá custo menor, informa o TCU
(Foto: Agência Reuters)
O Tribunal de Contas da União aprovou nesta quarta-feira (31) a revisão do orçamento para a reforma do estádio do Maracanã em quase R$ 100 milhões a menos. Após a apresentação de um novo projeto executivo para a obra pelo governo do Rio de Janeiro, o tribunal reduziu a previsão de gastos de R$ 956,8 mi para R$ 859,4 milhões. O valor anterior já havia sido revisado após a licitação da obra, que se encerrou em R$ 705 milhões.
Segundo o ministro Valmir Campelo, relator do processo, os técnicos do tribunal analisaram 70 itens do novo projeto apresentado, que permitiu uma economia de pouco mais de R$ 97 milhões. O projeto original para a reforma, apresentado pelo governo do Rio, chegou a ser chamado de "peça de ficção" pelo tribunal, por não possuir um grau de detalhamento suficiente para a análise dos custos.
O orçamento da Maracanã é singular. Muitos encargos exigem a utilização de materiais e equipamentos importados"
trecho do relatório do TCU
A análise técnica feita pelo TCU encontrou no projeto um sobrepreço de R$ 136 milhões. Consultado, o governo do Rio fez reduções sugeridas pelo TCU e apresentou justificativas para R$ 69 milhões, aceitas pelo tribunal. Outros R$ 14 milhões, 2,08% do valor total da obra, no entanto, não tiveram a mesma análise positiva. Mesmo assim, o ministro descartou que se trate de sobrepreço, por ser um percentual insignificante no total da obra e que poderia representar outras vantagens relacionadas.
De acordo com o relatório, os técnicos tiveram dificuldades em analisar os custos da reforma do estádio devido à complexidade da obra, que usa muitos produtos importados. Muitos dos itens listados no orçamento também não traziam qualquer referência oficial de preço, o que obrigou os técnicos do tribunal a realizarem extensas pesquisas de mercado.
- O orçamento da Maracanã é singular. Muitos encargos exigem a utilização de materiais e equipamentos importados. São serviços eletromecânicos, restaurações estruturais e uma gama de itens cuja especificidade impossibilita a consulta direta aos sistemas tradicionais de custos utilizados. Tal peculiaridade exigiu dos auditores responsáveis pela análise do projeto um mergulho a cada detalhe executivo apresentado e a cada nuança da tecnologia construtiva dos sistemas e subsistemas da obra - diz um trecho do relatório.
Entre os elementos que tiveram maior redução de preço, estão a desmontagem da estrutura metálica (que ficou R$ 11,2 milhões mais barata), a demolição da estrutura de concreto armado (R$ 8,9 mi) e o sistema de ar-condicionado (R$ 7,3 mi).
Campelo disse ainda que a obra pode custar ainda menos, já que a empresa responsável ainda não manifestou interesse em utilizar a isenção fiscal prevista em lei na aquisição de material. Segundo o ministro, a adoção ao chamado Recopa poderia significar uma redução de até R$ 150 milhões no preço total da obra. Mas ele alerta que essa redução deve ser feita ao preço total do empreendimento, e não incorporada pela empresa. A recomendação será aplicada a todos os estádios.
- Se por acaso a empresa vier a utilizar a isenção fiscal, será feito um aditivo repactuando o preço, diminuindo o preço que seria maior, porque ela está recebendo indiretamente com o benefício da lei. É um alerta que o TCU faz porque isso precisa ser acompanhado.
Segundo o ministro Campelo, com a revisão não há mais empecilhos para a liberação dos recursos do BNDES, no valor de R$ 400 milhões, mas ele lembrou que o valor oficial da obra permanece o inicial, de R$ 705 milhões, até a formalização de um termo aditivo com a revisão do projeto incial.

Rede Globo não violou acordo com Clube dos 13, diz Cade

Conselho analisou contratos entre emissora e clubes de futebol.Para o órgão, negociações individuais não ferem a livre concorrência

Por G1 Brasília
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério da Justiça, reconheceu nesta quarta-feira que a Rede Globo não violou o contrato assinado com o Clube dos 13, que rege a negociação da transmissão dos jogos de futebol do Campeonato Brasileiro de 2012 a 2014.
O plenário do Cade aprovou o despacho do relator do caso, conselheiro Elvino Mendonça, que avaliou os contratos individuais assinados pela emissora com os clubes de futebol e entendeu não haver ofensa à livre concorrência.
- Saliento a não violação dos termos do acordo tendo em vista a evidência das negociações entre os clubes e a Rede Globo - disse o conselheiro.
Para o relator, o acordo não foi violado, mas "as negociações coletivas foram esvaziadas pelos processos de negociações individuais". Assinado no ano passado pela Rede Globo e o Clube dos 13, o acordo acabou com a cláusula que dava à emissora o direito de preferência para a negociação de novos contratos de transmissão dos jogos e determinou que fosse feita uma licitação.
Os clubes de futebol, no entanto, preferiram negociar individualmente o direito de transmitir seus jogos. O conselho decidiu avaliar os contratos individuais depois que recebeu um questionamento do Clube dos 13, pedindo uma análise sobre a celebração de acordos bilaterais entre emissoras e clubes. A entidade reivindica para si a prerrogativa exclusiva de negociar coletivamente os contratos com a TV.

Botão de ultrapassagem da Stock será ainda mais potente em Salvador

No circuito de rua da capital baiana, acréscimo de potência do 'push to pass' será de 130 cavalos, em vez dos 70 utilizados nos autódromos permanentes

Por GLOBOESPORTE.COM Salvador, BA
Eles são estreitos e dão pouca margem de erro aos pilotos. Por isso mesmo, às vezes os circuitos de rua transformam as corridas em velozes procissões. Para evitar que isto ocorra, a Stock Car contará em Salvador com um dispositivo criado para garantir a emoção das provas, e que tem cumprido bem sua função: o "push to pass", botão que proporciona uma potência extra no motor durante alguns segundos.
thiago camilo stock car corrida do milhão (Foto: Carsten Horst / Stock car)Botão de ultrapassagem foi uma das atrações da Corrida do Milhão, em Interlagos (Foto: Carsten Horst)
Utilizando uma receita semelhante à adotada nas ruas de Ribeirão Preto, quando a potência extra foi de 100 cavalos, na capital baiana o acréscimo será de 130. Para efeito de comparação, nos autódromos permanentes o ganho é de 70 cavalos. Uma diferença que empolga Marcos Gomes, vice-campeão da categoria em 2008.
- Quando o piloto que vem atrás e usa o botão, não há nada o que você possa fazer para evitar a ultrapassagem. Mesmo em Salvador, num traçado muito mais estreito e com retas curtas, será difícil segurar a posição porque você só pode mudar a trajetória uma vez para se defender – explica o dono do carro 80, que neste ano já conquistou duas pole-positions.
Além da maior diferença de potência, outro fator pode ser decisivo nas intenções dos pilotos. Eles que terão que administrar a aplicação do dispositivo, que só poderá ser usado oito vezes ao longo da prova. A cada vez que o botão for pressionado, serão dez segundos com velocidade superior ao habitual. No entanto, o piloto terá que esperar dois minutos para utilizá-lo novamente.
Stock Car: Átila Abreu comandando o pelotão (Foto: Duda Bairros/Divulgação)Aumento da potência do 'push to pass' já foi testado em Ribeirão Preto (Foto: Duda Bairros/ Divulgação)
O "push to pass" foi introduzido em 2010, como forma de evolução do sistema de óxido nitroso, o popular “nitro”, utilizado na temporada anterior. O novo formato deu mais dinâmica ao desenvolvimento das provas, proporcionando mais chances aos pilotos que largam no pelotão intermediário. Na Corrida do Milhão, realizada no início de agosto em São Paulo, o atual campeão Max Wilson havia feito o 30º tempo nos treinos classificatórios, e optou por largar dos boxes. Mesmo assim, ainda chegou em 3º lugar, em parte por administrar da melhor maneira o dispositivo.

Convocado de última hora, Souza
é só alegria pela chance na seleção

Chamado para o lugar do lesionado Daniel, defensor estava jogando a
Copa Nordeste e conta que nem imaginava disputar o Mundial da Itália

Por Igor Christ Direto de Ravenna, Itália
Beach Soccer - Souza no treino da seleção (Foto: Igor Christ/Globoesporte.com)Souza (de azul) marca o capitão Benjamin no treino
desta quarta-feira, em Ravenna (Foto: Igor Christ)
Convocado de última hora para substituir o lesionado Daniel, o baiano Souza se sente em casa na seleção brasileira de futebol de areia. O defensor, que já participou de alguns torneios com a camisa verde-amarela, conhece bem o elenco e está entrosado com os companheiros. Mas quando o assunto é Copa do Mundo, tudo é novidade para o jogador, que tem 26 anos.
- A emoção é muito grande e diferente de tudo que já vivi no futebol de areia. Sinto pelo Daniel, mas sou um jogador de confiança do Alexandre e, por atuar na mesma posição, fiquei com essa vaga para a minha primeira Copa. É muito bom fazer parte deste grupo vencedor e atuar ao lado de craques como André, Benjamin, Buru e Sidney, por exemplo - disse Souza.
Enquanto a seleção iniciava a sua preparação, no Rio, Souza estava em ação pela seleção da Bahia na segunda etapa da Copa Nordeste. O atleta se destacou no torneio realizado no Rio Grande do Norte, foi campeão e eleito o melhor jogador. Sincero, ele revelou que nem imaginava disputar o Mundial de Ravenna, na Itália.
- Foi uma surpresa. Eu fiquei sabendo que o Daniel tinha se machucado quando estava na Copa do Nordeste e isso me motivou ainda mais a mostrar o meu futebol. O torneio acabou sendo uma boa preparação para a Copa e ter ficado com esse prêmio foi ainda mais gratificante - destacou.
Um dos grandes amigos de Souza na seleção é o também baiano Anderson. Ele fez elogios ao novo companheiro, mas lamentou a lesão sofrida por Daniel às vésperas da Copa do Mundo.
- O Souza é um verdadeiro touro em quadra e vinha sendo chamado para alguns torneios. É um jogador que vem para somar e fortalecer o nosso elenco. Além de meu amigo, ele tem um grande poder de marcação e vai substituir à altura o Daniel, que levou muito azar com o corte - declarou.
Com Souza no elenco, o Brasil inicia sua caminhada pelo pentacampeonato no dia 2 de setembro, contra Ucrânia. Depois, encara México e Japão, pelo Grupo D. A Copa será de 1º a 11 de setembro.

brasileirão série a 2011

CLASSIFICAÇÃOPJVEDGPGCSG%
1
Corinthians
40
20
12
4
4
33
20
13
66.7
2
Vasco
38
20
11
5
4
29
22
7
63.3
3
São Paulo
36
20
10
6
4
30
23
7
60
4
Flamengo
36
19
9
9
1
33
21
12
63.2
5
Botafogo
35
20
10
5
5
29
19
10
58.3
6
Palmeiras
33
20
8
9
3
25
14
11
55
7
Figueirense
29
20
8
5
7
23
25
-2
48.3
8
Atlético-GO
28
20
8
4
8
23
21
2
46.7
9
Cruzeiro
27
20
8
3
9
27
22
5
45
10
Internacional
27
19
7
6
6
28
24
4
47.4
11
Fluminense
26
20
8
2
10
22
22
0
43.3
12
Coritiba
26
20
7
5
8
32
25
7
43.3
13
Ceará
25
20
7
4
9
28
31
-3
41.7
14
Santos
22
18
6
4
8
23
28
-5
40.7
15
Grêmio
21
19
5
6
8
20
26
-6
36.8
16
Bahia
20
19
4
8
7
21
27
-6
35.1
17
Atlético-PR
19
20
4
7
9
20
28
-8
31.7
18
Avaí
17
19
4
5
10
21
40
-19
29.8
19
Atlético-MG
16
20
4
4
12
24
38
-14
26.7
20
América-MG
13
19
2
7
10
22
37
-15
22.8
  • Qua 31/08/2011 - 18h00 Pacaembu
    COR
    3 2
    GRE
  • Qua 31/08/2011 - 18h00 São Januário
    VAS
    3 1
    CEA
  • Qua 31/08/2011 - 20h30 Serra Dourada
    ATG
    1 0
    CFC
  • Qua 31/08/2011 - 20h30 Arena da Baixada
    CAP
    0 0
    CAM
  • Qua 31/08/2011 - 20h30 Ipatingão
    CRU
    1 2
    FIG
  • Qua 31/08/2011 - 21h50 Morumbi
    SPO
    0 0
    FLU
  • Qua 31/08/2011 - 21h50 Engenhão
    BOT
    0 0
    PAL
  • Qua 31/08/2011 - 21h50 Beira Rio
    INT
    SAN
  • Qua 31/08/2011 - 21h50 Ressacada
    AVA
    FLA
  • Qui 01/09/2011 - 20h30 Pituaçu
    BAH
    AMG
Taça LibertadoresSul-AmericanaRebaixados
P pontosJ jogosV vitóriasE empatesD derrotasGP gols próGC gols contraSG saldo de gols(%) aproveitamento

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Missa pela recuperação de Ricardo Gomes lota a capela de São Januário

Evento religioso aconteceu na tarde desta terça-feira e contou a presença de cerca de 100 presentes, entre eles Roberto Dinamite e Rodrigo Caetano

Por Edgard Maciel de Sá Rio de Janeiro
O Vasco realizou na tarde desta terça-feira uma missa em ação de graças para agradecer o sucesso da cirurgia do técnico Ricardo Gomes. Cerca de cem pessoas, entre conselheiros e funcionários, foram prestigiar o evento religioso na capela Nossa Senhora das Vitórias, em São Januário. O presidente Roberto Dinamite e o diretor executivo de futebol do clube, Rodrigo Caetano, marcaram presença.
missa para o técnico Ricardo Gomes na capela de São Januário (Foto: Edgard Maciel de Sá / GLOBOESPORTE.COM)Missa foi realizada na tarde desta terça-feira, na capela Nossa Senhora das Vitórias, em São Januário (Foto: Edgard Maciel de Sá / GLOBOESPORTE.COM)
- Tudo que passamos desde a tarde de domingo tem sido muito complicado. Foram e estão sendo horas difíceis. Mas agora o foco está voltado para a recuperação do Ricardo. Vamos tentar dar seguimento a isso da melhor forma já nesta quarta-feira diante do Ceará. Procuramos trabalhar o lado psicológico dos jogadores. Temos um representante do Ricardo, que é o Cristóvão, uma pessoa que entende muito bem a metodologia de trabalho do nosso treinador - disse Rodrigo Caetano, que pediu ainda para que os torcedores se manifeste na partida desta quarta, contra o Ceará, às 18h (de Brasília), em São Januário.
- Nossa responsabilidade agora aumenta. A partir de agora não vamos somente nos esforçar em campo, e sim também mostrar um pouco do que queremos para o Ricardo. As vitórias vão ajudar na recuperação dele. Espero que o torcedor compareça e expresse todo o carinho que sente pelo nosso treinador.
Além do presidente e de Caetano, outras figuras importantes do clube como o vice-presidente médico Manoel Moutinho, o vice de relações institucionais João Ernesto, o vice social Faues Jassus e o presidente da assembléia geral do clube, Olavo Monteiro de Carvalho, também acompanharam a cerimônia, que começou quase uma hora depois do previsto por causa do atraso de Roberto Dinamite.
Ricardo Gomes sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico durante o clássico entre Vasco e Flamengo, na tarde de domingo. O treinador foi operado no mesmo dia. Apesar de a intervenção ter sido considerada um sucesso, Ricardo ainda está em estado grave, internado em hospital da Zona Norte do Rio.

Efeito Zico: Iraque sonha com amistoso contra o Brasil em Bagdá

Vice-presidente da Federação Iraquiana diz que capital é segura e que chegada do Galinho vai mostrar processo de mudanças do país

Por Bruno Machado Direto de Erbil, Iraque
"Um outro Iraque.” Esta é a expressão mais ouvida por Zico e a comissão técnica da seleção nacional nestes quatro dias conversando com moradores de Bagdá e, principalmente, de Erbil, cidade que melhor simboliza o esforço nacional para apagar a imagem ruim deixada pelo ex-ditador Saddam Hussein e a consequente fama de zona de perigo em função do terrorismo. Um novo capítulo dessa luta tem a ver com a chegada do Galinho: a federação sonha com a realização de um amistoso com o Brasil, na capital, para mostrar ao mundo o "outro Iraque".
Atualmente, o país convive com o receio de várias nações em manter relações comerciais e percebeu que o futebol pode reaproximá-lo do resto do mundo. Os novos dirigentes da Federação Iraquiana, que assumiram há cerca de três meses, receberam o apoio do governo e de empresários para demonstrar dentro do campo de futebol um novo modelo de administração política. E o ex-zagueiro Sharar Haydar, de 43 anos, um dos três vice-presidentes da entidade, é a face visível dessa nova era.
- Vivemos uma democracia muito recente. Temos desigualdades sociais em função de tudo o que sofremos, mas o índice de analfabetismo é baixo, e temos ótimas universidades. Nosso povo é alegre e adora o futebol. Estamos vivendo um período de crescimento, precisamos que o mundo saiba disso e retire o embargo ao nosso país – explicou com desenvoltura em inglês aprendido no período de exílio forçado em Londres.
zico moraci santana hawar iraque salam (Foto: Bruno Machado / Globoesporte.com)Zico já começou a trabalhar com a seleção iraquiana (Foto: Bruno Machado / Globoesporte.com)
Sharar teve que deixar o país por ter sido o primeiro jogador a desafiar o regime de Saddam Hussein acusando o filho do ditador, Udai, que presidiu a Federação Iraquiana de Futebol, de práticas de tortura e humilhação na década de 1990. Um passado que o incomoda e que ele resume como “parte da história”. Como dirigente, desde 2007 ele preside o Karkh Sports Club e ainda atua na área de comunicação social. E o porta-voz da nova geração iraquiana dá mais detalhes sobre a expressão “um outro Iraque” quando entram Zico e o Brasil na história.
- Nós trouxemos Zico porque ele é um dos melhores e nós gostamos do futebol brasileiro. Sabemos o que ele fez no Japão. Precisamos melhorar a qualidade de nossos atletas para obter resultados e chamar a atenção do mundo. Queremos buscar, com a ajuda de Zico, profissionais brasileiros para todas as divisões de base. E o nosso sonho é um grande jogo entre Brasil e Iraque, em Bagdá, que coloque a nossa capital novamente no mapa do futebol recebendo de volta o respeito internacional – explicou.
Falta de segurança? Dirigente compara Iraque ao Brasil
 Sharar Haydar, vice-presidente da federação do Iraque (Foto: Bruno Machado/GLOBOESPORTE.COM) Sharar foi o primeiro jogador a desafiar regime de
Saddam no futebol iraquiano (Foto: Bruno Machado)
A Fifa só autorizou a cidade de Erbil, da região autônoma do Curdistão, para jogos internacionais. Na próxima quinta-feira, o Iraque estreia nas eliminatórias asiáticas para a Copa do Mundo de 2014 contra a Jordânia no estádio Franso Hariri, modesto e com capacidade para apenas 20 mil torcedores. A razão para a entidade máxima não permitir jogos em Bagdá seria a falta de segurança, o que Sharar rechaça como um zagueiro clássico.
- Temos problemas isolados no Iraque e em Bagdá. Mas onde não há problemas? Do Brasil temos a imagem de um país com muitos mafiosos e conflitos urbanos, e talvez me sentisse inseguro lá. Mas isso é fruto do que é divulgado pela mídia. Sei que o Brasil, no entanto, é um dos
países mais belos do mundo. É injusto carregar essa imagem. Erbil, por exemplo, tem índice praticamente zero de criminalidade, não há terrorismo, contamos com centros comerciais desenvolvidos, e a cidade está crescendo muito em lazer e turismo. Pouca gente sabe. Queremos que o mundo todo saiba disso – enfatizou.
Apesar do entusiasmo com a chegada de Zico e do preparador físico Moraci Santana - que ainda terão o auxílio técnico de Edu Coimbra, treinador do Iraque na fase final das eliminatórias para a Copa de 1986 –, Sharar Haydar tem os pés no chão ao avaliar a seleção nacional.
- Até bem pouco tempo nossos jogadores eram amadores. Muitos estão jogando fora do país, mas alguns atuam aqui e há uma grande diferença de mentalidade. Falta aos nossos jogadores o domínio de fundamentos. Sei que sou um dos líderes desse processo de mudanças na Federação e estou confiante que os resultados virão – completou.
zico iraque treino (Foto: Reuters)Zico estreia na sexta-feira pelo Iraque contra a Jordânia, pelas eliminatórias de 2014 (Foto: Reuters)

#Papaiexalando: em vídeo, Neymar mostra pequeno Davi Lucca

Atacante santista leva filho de seis dias ao CT Rei Pelé para apresentá-lo aos companheiros nesta terça-feira, antes de viagem para Porto Alegre

Por GLOBOESPORTE.COM Santos, SP
Aos 19 anos, Neymar está curtindo o seu novo status: papai. Prova disso é que o jogador fez questão de levar o pequeno Davi Lucca, de apenas seis dias, ao CT Rei Pelé, nesta terça-feira, para mostrá-lo aos jogadores do Peixe. A visita ilustre foi registrada em vídeo pela assessoria de imprensa do Santos, momentos antes de a delegação alvinegra partir para Porto Alegre - o time joga com o Internacional nesta quarta-feira, pelo Brasileirão.
No centro de treinamento santista, o bebê recebeu o carinho de jogadores como Danilo, Léo e Elano. O pimpolho de Neymar, que teve o nome tatuado no braço direito do atleta, ainda foi mostrado aos funcionários do local pelo pai.
Ganso, padrinho da criança, foi o único pegar o bebê no colo.
- Pega um pouco desse futebol aí. Abençoe essa canhotinha – disse Neymar.
Mas o papai Neymar não perdeu a oportunidade também de usar a criança para brincar com o goleiro Rafael.
- Esse não! Esse é mão de pau! – brincou.
Neymar e Davi Lucca no CT do Santos (Foto: divulgação/Santos FC)Neymar e Davi Lucca fazem visita ao CT do Santos nesta terça-feira (Foto: divulgação/Santos FC)

Top 5 'muralha': defesa espetacular ajuda Muriel a ganhar titularidade

Goleiro do Inter ganha chance contra o Coritiba, brilha e não sai mais do time. Selecionáveis Jefferson e Fábio também entram na lista

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Não foram somente os atacantes que brilharam na primeira metade do Brasileirão 2011. Com defesas improváveis e espetaculares, os goleiros também tiveram seus momentos de glória. Reserva no início da competição, Muriel foi ganhando espaço e confiança até assumir a camisa 1 do Inter.
Sem sobra de dúvidas, a partida contra o Coritiba ajudou Muriel a ganhar a posição. Em sua primeira chance como titular no Brasileirão, o goleiro brilhou no Couto Pereira e protagonizou a defesa mais difícil do primeiro turno. Em um mesmo lance, defendeu um chute cara a cara com Bill e um petardo de David e não largou mais o gol colorado.
Goleiro de Seleção também teve vez. Um dos principais responsáveis pela boa campanha do Botafogo, Jefferson brilhou. O chute de Bernard, do Atlético-MG, no início da partida no Engenhão, retratou bem o bom momento do arqueiro alvinegro e ficou na segunda colocação.
À lá Rodolfo Rodrigues, Neneca, do América-MG, também entrou na lista. Contra o Fluminense, foram três grandes defesas em série em chutes de Souza, Gum e Rafael Moura, até a conclusão de Araújo para a rede. Mas, como todo bom goleiro precisa de sorte, o atacante tricolor estava em posição irregular e o gol foi invalidado. Na mesma partida, Neneca ainda defendeu um pênalti de He-Man.

Fábio, do Cruzeiro, e Diego, do Ceará, fecham a lista das cinco melhores defesas do primeiro turno do Campeonato Brasileiro.
Confira a lista
1. Muriel, do Inter, contra o Coritiba,
2. Jefferson, do Botafogo, contra o Atlético-MG
3.  Diego, do Ceará, contra o Santos
4. Fábio, do Cruzeiro, contra o Vasco
5. Neneca, do América-MG, contra o Fluminense

Jr. Baiano não se acha parecido com Welinton e alerta: 'Chega de chutão'

Ex-zagueiro vê qualidades no atual camisa 3 do Flamengo, mas identifica no jovem insegurança e falta de personalidade

Por Fred Gomes Rio de Janeiro
Festa Zico Junior Baiano (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Baiano hoje em dia se dedica a peladas e ao
Showbol (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Com 11 gols em 170 jogos pelo Flamengo, e participações importantes no Carioca de 1991 e no Brasileiro de 1992, o ex-zagueiro Júnior Baiano foi tratado por Vanderlei Luxemburgo como a "vida passada" de Welinton dentro do clube. O treinador apontou semelhanças entre os dois e vê risco de o defensor acabar mais valorizado fora do que dentro do clube. Baiano discordou do comandante flamenguista. Para ele, falta personalidade ao zagueiro.
- Não acho parecido, não. O Welinton tem medo de tentar fazer as coisas. Quando eu era novinho, não tinha medo de nada. Tem bola em que ele pode dominar e dar um passe, mas ele prefere dar o chutão. E quando é preciso dar o chute, ele chuta mais forte ainda (risos). É só chutão, chutão, chutão... Tem de parar com isso - analisou, em entrevista por telefone.
Vale destacar que, apesar da sugestão do ex-atleta, Welinton foi expulso contra o Vasco justamente após evitar um chutão e tentar um toque de efeito no campo de defesa.
O termo "zagueiro-zagueiro", criado por Vanderlei para identificar um defensor que não brinca em serviço e maciçamente atrelado ao ex-vascaíno Odvan, é totalmente contrário às preferências de Baiano. Ele acredita que é preciso jogar, não apenas desarmar. A falta de recursos apresentada por Welinton atualmente, segundo o ex-jogador, deve-se à insegurança e à falta de apoio (veja abaixo o vídeo da expulsão de Welinton contra o Vasco).
- Não adianta ser zagueiro-zagueiro. Certos jogadores só conseguem as coisas quando tentam. Sempre gostei de sair para o jogo e de atacar. Treinava faltas e pênaltis. Zagueiro não pode ser só zagueiro. Tem de saber dar um passe, um drible... Não pode dar chutão, só quando acontece alguma m... Está faltando ao Welinton personalidade. Agora, acredito que também falta apoio ao garoto. Amigos, companheiros e o treinador precisam conversar com ele - cobrou.
A tal possível saída de Welinton, ventilada por Vanderlei Luxemburgo, não é vista com bons olhos por Júnior Baiano. Ele insiste que é preciso apoiar o jovem, atualmente com 22 anos, mas também cobra uma atitude mais incisiva do zagueiro. O ex-jogador também discorda que um eventual empréstimo seria semelhante à sua primeira transferência, do Fla para o São Paulo, no fim de 1993.
Baiano tem três passagens pelo Fla, com 32 gols em 335 partidas
- Ele tem potencial, mas para jogar no Flamengo tem que ter aquilo roxo. As pessoas precisam ajudá-lo, o garoto tem potencial. Acontece muito com o Flamengo de um jogador sair e começar a jogar para caramba em outro clube. No meu caso, acho que não tem nada a ver. Eu não saí para ganhar experiência nem fui emprestado. O negócio foi muito bom para o Fla e melhor ainda para mim. Saí porque era rotulado como violento, pois chegava muito duro nos outros e brigava demais pelos meus amigos. Mas nunca reclmaram das minhas saídas de bola. Eu dominava, driblava e gostava de atacar. Sempre me deixaram fazer isso porque eu tinha qualidade - distinguiu.
Baiano também tratou de enumerar as qualidades que disse observar em Welinton. Além disso, passou algumas dicas para o garoto.
Para jogar no Flamengo é preciso ter aquilo roxo. Ele precisa de apoio e muita conversa. A pressão no Fla é grande demais"
Júnior Baiano
- Ele é um moleque que tem bom passe, velocidade e sabe dominar bem uma bola. Só precisa jogar um pouco mais duro. Com um corpo daquele dá para dividir a bola numa boa e protegê-la. É um jogador com qualidade, mas precisam conversam com ele. O Vanderlei conhece melhor do que eu as qualidades dele. Se está colocando em campo, é porque sabe jogar.
Questionado sobre qual seria sua preferência se estivesse na pele de Welinton, o ex-jogador não titubeou e garantiu que nem pensaria em deixar o Flamengo. Só se esquivou quando perguntado se colocar o Welinton no banco seria uma medida interessante para acalmar a torcida e dar mais tranquilidade ao jogador.
- Se fosse comigo, eu ia querer jogar. Mas aí vai de cada um. Só se aprende jogando. As dificuldades vão passar. Até o Gaúcho que é o Gaúcho (Ronaldinho) passou por dificuldades. Se ele tem de ir para o banco eu não sei, mas o titular daquela zaga, na minha visão, é o Angelim. Aí teriam de optar pelo Welinton, David (Braz) ou pelo Pirulito (Alex Silva).