terça-feira, 17 de maio de 2011

Vascaínos poderão estampar as mãos nos muros de São Januário

Clube lança campanha que faz parte do movimento 'Eu Abro mão', iniciado com a nova camisa número 3

Por Fred Huber e Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
O Vasco lança nesta terça-feira uma campanha que faz parte do movimento "Eu Abro mão", tema da camisa 3 do clube, que lembra a história cruz-maltina contra o racismo. Serão escolhidos 1923 sortudos torcedores que irão estampar suas mãos nos muros de São Januário. Alguns jogadores irão participar desta iniciativa.
Blog Meio de Campo: veja quem já aderiu à campanha
O número 1923 representa o ano em que o Vasco, então Campeão Carioca, se recusou a demitir seus jogadores negros e mulatos para participar do campeonato do ano seguinte ao lado de Fluminense, Flamengo, Botafogo, América e Bangu.
Campanha do Vasco contra o racismo (Foto: Fred Huber / Globoesporte)Como ficarão os muros de São Januário após a pintura (Foto: Fred Huber / Globoesporte)

Como participar
Terceira camisa Vasco (Foto: Reprodução)Campanha será feita nas redes sociais da internet
(Foto: Reprodução)
Para concorrer, o torcedor precisa utilizar o aplicativo que está disponível na página do patrocinador do Vasco no Facebook (www.facebook.com/Penaltybr), e também pode ser instalado no perfil no Orkut. Pela webcam, a pessoa terá que capturar uma imagem da mão. Com isso, estará automaticamente no sorteio que escolherá as 1923 mãos. Quanto mais cedo os torcedores se cadastrarem, mais chances terão, já que os sorteios irão acontecer a partir do momento que a campanha estiver no ar até o dia 27 de maio.
O diretor de marketing do Vasco, Marcos Blanco, disse que os não escolhidos ainda terão a chance de colocar a marca da mão em um "muro" na internet.
- Haverá um sorteio para ficar com a marca em uma parede na internet. O torcedor poderá dar um zoom e achar sua mão - afirmou.
A designer canadense Vanessa Carpenter e o engenheiro dinamarquês Nicolas Friis irão trazer para o Brasil uma impressora capaz de estampar imagens gigantes na vertical.
 

De partida dos Emirados, Abel Braga se surpreende com Maradona no país

Técnico diz que El Pibe poderia ter ido para a Europa. Novo time de argentino, Al Wasl é considerado melhor do país no século XX pelo IFFHS

Por Gabriel Fricke Rio de Janeiro
maradona sheik (Foto: AFP)Maradona abraça xeique, vice-presidente do Al Wasl
(Foto: AFP)
Al Wasl: esse é o nome da nova equipe de Diego Armando Maradona. Desconhecido no Brasil, o clube é considerado grande para os padrões dos Emirados Árabes, sendo considerado pelo IFFHS como melhor time do país no século XX. Mas a equipe engatinha no âmbito internacional. Por esse motivo, a contratação de El Pibe surpreendeu o técnico do rival Al-Jazira, o brasileiro Abel Braga, que venceu o título nacional de 2011 justamente sobre o novo time do ídolo argentino na última segunda-feira.

- O clube já foi maior, hoje não é assim. Para o jogador que ele foi é pouco, na Europa cairia muito melhor. Disputar a Copa do Mundo pela seleção da Argentina e vir para o Al Wasl? A média de público aqui é de três mil pessoas. Um clássico não lota o estádio - disse Abel, por telefone, ao GLOBOESPORTE.COM.

O treinador, que no dia 7 de junho chega ao Brasil para comandar o Fluminense, acredita que a contratação de Maradona possa ser positiva para o futebol do país.

- Vai motivar sim, é um cara simpático, tem muito nome, pode começar a encher mais os estádios. Mas o mais importante é que ele faça algo inovador. Até hoje o pessoal se surpreende comigo porque jogo com três atacantes. Ele vai ter que trazer novidades. O Al Wasl não tem personalidade e confiança para encarar desafios, mas tecnicamente até que é uma boa equipe, é rápida. Precisa só de um comando para organizar melhor as coisas.
site do Al Wasl, time do Maradona (Foto: Reprodução / Site Oficial)Página oficial do Al Wasl, time novo de Maradona com jogador em destaque e foto de El Pibe no canto direito (Foto: Reprodução / Site Oficial)
O clube já foi comandado por Joel Santana, de 1981 a 1986, e por Antônio Lopes, de 1988 a 1989. Propriedade de um rico conglomerado esportivo do xeique Ahmed bin Rashid Al Maktoum e fundada em 1974, a equipe tem sete títulos do campeonato do pais, além de duas Copas do Presidente e uma Copa dos Campeões do Golfo.

O Al Wasl, que conta com dois brasileiros (o meia Alex de Souza, de 20 anos e formado na base do Fluminense, e o atacante Alexandre Oliveira, de 32 anos e ex-atleta do Coritiba), só participou em uma oportunidade da Liga dos Campeões da Ásia, em 2008, sendo eliminado na fase de grupos. A melhor classificação em uma competição internacional foi em 1993, quando terminou na terceira posição no Copa Asiática de Clubes.

Artilheiro do Mundialito, André volta para o Corinthians: 'É a minha casa'

Depois de brilhar com a camisa do Flamengo no torneio em março, o atacante defenderá o Timão na Copa Brasil de Futebol de Areia, em Manaus

Por Igor Christ Manaus
Futebol de areia André Dunga Mão (Foto: Igor Christ / Globoesporte.com)André (E) ao lado de Dunga e Mão. Atacante está de
volta ao elenco do Corinthians (Foto: Igor Christ )
Artilheiro do Mundialito de Clubes com a camisa do Flamengo, o atacante André está de volta ao Corinthians para a disputa da Copa Brasil, que será realizada de 18 a 22 de maio, em Manaus. O atacante, que foi emprestado ao time carioca apenas para a competição internacional, disse que voltou para 'sua casa' para brigar pelo título.
- Eu estava emprestado, mas aqui é a minha casa. A expectativa é grande para a Copa Brasil e espero ser feliz, não só buscando a artilharia, mas lutando pelo título da competição. O primeiro objetivo é colocar o Corinthians na final. Se vier a artilharia, melhor ainda - disse André.
Na competição em Manaus, o Timão da areia segue com uma base forte, com jogadores que fazem parte da seleção brasileira. Mão, Buru e Benjamin são os principais nomes do elenco. Para André, esse entrosamento trazido da equipe canarinho vai ser importante para o Alvinegro, que teve pouco tempo para treinar.
- O time já se conhece há muito tempo e dentro de quadra isso vai ser fundamental. Temos que aproveitar o entrosamento que já temos até adquirirmos o ritmo com o decorrer das partidas.

Astro da equipe, o experiente Benjamin aproveitou para falar sobre o nível da competição. Ele ressaltou o equilíbrio das equipes e preferiu não apontar um favorito.
- A competição está nivelada e será diferente do Mundialito. Todos os times estão muito fortes, com jogadores competitivos e outros que estão buscando aparecer no cenário nacional do futebol de areia. Não tem como apontar um favorito. É cedo ainda - ponderou o atacante alvinegro.

Rogério Dutra avança no qualifying de Roland Garros. Hocevar é eliminado

Outros quatro brasileiros ainda tentam garantir participação na chave principal

Por GLOBOESPORTE.COM Paris
Rogério Dutra da Silva começou com o pé direito sua campanha rumo à chave principal de Roland Garros. Nesta terça-feira o paulista superou o francês Gregoire Burquier, 228º do ranking da ATP, por 2 sets a 0, parciais em duplo 7/6 (3). No segundo desafio para se classificar para a disputa principal do Grand Slam, Rogério encara o vencedor do confronto entre o monegasco Jean-René Lisnard e o belga Steve Darcis.
Ricardo Hocevar, número 250 do mundo, não teve a mesma sorte. Diante do cabeça de chave número 1 do classificatório, o americano Alex Bogomolov, número 84 da ATP, o brasileiro foi derrotado por 2 sets a 1, parciais de 6/3, 2/6 e 9/7. Na fase seguinte, Bogomolov enfrenta o sul-africano Rik De Voest.
Júlio Silva, Thiago Alves, Fernando Romboli e João Souza, o Feijão, ainda entram em quadra nesta terça-feira.

Morte de campeão olímpico não está esclarecida. Polícia fala em acidente

Após suspeita inicial de suicídio, autoridades quenianas dizem que maratonista Samuel Wanjiru pode ter tentado escapar de quarto após briga com a esposa

Por Agências de notícias Nairóbi, Quênia
Samuel Wanjiru atletismo (Foto: Getty Images)Samuel Wanjiru foi ouro na maratona dos Jogos de
Pequim (Foto: Getty Images)
A polícia queniana indicou que a morte do campeão olímpico de maratona nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, Samuel Wanjiru, nesta segunda-feira, pode ter sido resultado de um acidente, após a suspeita inicial de suicídio. Segundo as autoridades locais, o queniano de 24 anos pulou do terraço de sua casa, na localidade de Nyahururu. O motivo da fatalidade, no entanto, segue sem uma explicação oficial.
Tudo começou quando Wanjiru foi para casa por volta das 17h (horário de Brasília) de domingo acompanhado de uma mulher. Pouco depois, sua esposa, Triza Njeri apareceu inesperadamente e os dois tiveram uma forte discussão, informou a polícia. Na primeira versão, o campeão olímpico, que havia bebido, pulou propositalmente do terraço da casa e sofreu graves ferimentos. Em seguida, foi levado com urgência ao hospital local, onde foi impossível reanimá-lo, e certificaram sua morte na madrugada da segunda-feira.
Essa versão apontava para um possível suicídio, mas um policial indicou que a esposa de Wanjiru o encontrou na cama com outra mulher, em seu quarto, no primeiro andar da casa, e os trancou após uma breve discussão. Segundo o jornal local "Daily Nation", Wanjiru saltou do terraço para sair do aposento e, supostamente de forma acidental, sofreu os ferimentos que o levaram a morte.
Como detalhou o jornal, alguns amigos do maratonista disseram que Wanjiru estava com problemas familiares e havia enviado mensagens pelo celular nos quais ameaçava suicidar-se. No entanto, seu treinador, Federico Rosa, descartou a possibilidade de suicídio e afirmou que falou com ele no sábado e o atleta estava relaxado e feliz.
 

Thiago Camilo afirma que o carro da Stock Car ainda não é 100% seguro

Piloto da RCM Motorsport destaca as modificações já atendidas na lista da comissão de segurança, mas afirma que ainda há coisas a serem modificadas

Por Rafael Honório Nova Santa Rita, RS
Stock Car: Thiago Camilo fora das pistas (Foto: Fernanda Freixosa/Divulgação)Thiago Camilo afirma que modificações estão sendo
feitas, mas ainda falta segurança (Foto:Fernanda Freixosa)
A morte de Gustavo Sondermann alertou os pilotos da Stock Car para a falta de segurança na categoria. Durante a etapa de São Paulo, o piloto da J.Star disputava uma corrida da divisão de acesso à Stock Car e se envolveu em um grave acidente com Pedro Boesel. Como consequência dessa fatalidade, os esportistas da principal categoria do automobilismo brasileiro se mobilizaram em uma comissão de segurança e acabaram exigindo a modificação de alguns pontos nos carros de competição.
- Quando nos reunimos antes de Ribeirão Preto e depois do acidente do Gustavo, nós apontamos 18 itens para mudanças. Mas todos eles não poderiam ser imediatamente atendidos. A CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), junto com a organizadadora  do evento e a JL (empresa responsável por fabricar os carros da Stock Car), fez um cronograma e nossos pedidos estão sendo atendidos com sequência nesse cronograma - afirmou Thiago Camilo.
Na etapa de Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul, cinco dessas mudanças foram postas em prova: a pintura da parte interna do carro com tinta resistente ao fogo, uma nova saída de ar para deixar a temperatura mais amena para os pilotos, novidades no freio (que passou a ter discos e pastilhas maiores), uma nova entrada de ar no teto dos carros e o uso obrigatório de parabrisa com desembaçador elétrico na corrida. Mesmo assim, Thiago destaca que ainda faltam outros pontos.
- Se o carro é 100% seguro? Não é. Ele melhorou, mas ainda não é totalmente seguro. Não tem nem como dizer que um carro de corrida é 100% seguro, mas nós temos sempre que ter o que há de melhor no mercado - disse o dono do carro 21 da RCM Motorsport.
Pedro Boesel Gustavo Sondermann acidente (Foto: Vanderley Soares)Acidente mortal de Sondermann levou pilotos a criarem a comissão de segurança (Foto: Vanderley Soares)
Durante a etapa gaúcha, os pilotos aproveitaram uma reunião de rotina nas corridas para abordar um outro ponto da lista: os bancos utilizados na Stock Car. Thiago Camilo afirma que existem novos modelos mais seguros para os pilotos.
- Nós tivemos uma conversa com o dr. Dino Altmann (médico responsável pela Stock Car) e vamos buscar uma evolução no banco que usamos hoje. Parece que essa é a quarta geração do banco usado na Nascar, então vamos tentar trazer o que eles usam de melhor para a nossa categoria. Depois, vamos dar sequência ao trabalho: tem uma série de coisas que ainda precisam ser feitas, mas têm algumas que precisam de tempo. Vamos esperar para que todos os nossos pedidos sejam atendidos - finalizou.

Costa Rica aceita convite e vai disputar a Copa América

Seleção entra no lugar do Japão, que desistiu de participar da competição

Por GLOBOESPORTE.COM San Jose, Costa Rica
A Costa Rica aceitou o convite da Conmebol e vai disputar a Copa América na Argentina, em julho. A seleção da América Central vai substituir o Japão, que iria participar da competição também como convidado, mas desistiu. Alegando que os clubes europeus não liberaram seus jogadores, os japoneses avisaram que não iriam disputar o torneio na última segunda-feira e a substistituição veio de maneira bem rápida.
- Queremos elevar o nome da Costa Rica a nível internacional - declarou o presidente da Federação Costarriquenha de Futebol, Eduardo Li.
A Costa Rica vai ao campeonato com sua seleção sub-23, reforçada por cinco jogadores acima deste idade. A seleção está no grupo A, junto com a anfitriã, Argentina, além de Bolívia e Colômbia. O técnico Ricardo La Volpe já havia até iniciado os treinamentos com o time, apesar de ter reclamado do pouco tempo de preparação.

Com patrocínio e alusão à Catalunha, Barcelona divulga novos uniformes

Camisa reserva apresenta um gráfico distintivo preto e cinza no ombro, que lembra a bandeira da região autônoma, a "Senyera".

Por GLOBOESPORTE.COM Barcelona, Espanha
Em evento realizado no Camp Nou, o Barcelona divulgou nesta terça-feira os novos uniformes do clube para temporada 2011/2012. Com o patrocínio da Qatar Foundation, entidade árabe que trabalha com educação e pesquisa científica, fechou acordo em dezembro e renderá aos cofres catalães € 150 milhões (R$ 346,5 milhões) por cinco anos de contrato, a nova camisa número 1 terá listras mais finas.
Na gola da camisa, um gráfico leva o lema: "Tots unit fem força" ("Todos juntos somos fortes"), que é retirado do hino do clube. Já o uniforme número 2 será todo negro e usado nos jogos fora do Camp Nou. A camisa preta apresenta um gráfico distintivo preto e cinza no ombro, que lembra a bandeira da Catalunha, a "Senyera".
puyol  barcelona uniforme (Foto: Divulgação)Puyol com a nova camisa número 2 do Barcelona (Foto: Divulgação)
Os novos uniformes serão colocados à venda a partir do dia 24 de maio.
puyol  barcelona uniforme (Foto: Divulgação)Puyol ataca de modelo (Foto: Divulgação)
Enquanto a história e a tradição do clube estão presentes no design da camisa, os novos uniformes são feitos a partir de material ecologicamente correto. Cada kit completo é composto de até treze garrafas plásticas recicladas. Este novo processo de fabricação reduz o consumo de energia em até 30% em relação à fabricação do poliéster tradicional e evita que quase 100 milhões de garrafas plásticas de água sejam despejadas em aterros sanitários.
Os calções são azuis, com uma linha grená de cada lado, e as meias, também azuis, carregam as iniciais do clube “FCB”, na parte de trás de cada panturrilha. Já os calções pretos contarão com as letras "FCB", em amarelo, na parte de trás do tecido.
Os uniformes pesam menos (13% mais leve que as versões anteriores) e regulam ativamente as temperaturas do corpo dos jogadores através do uso da tecnologia Dri-FIT, que facilita a rápida evaporação do suor e mantém os atletas secos por mais tempo. Além disso, pela primeira vez, o brasão do clube na frente da camisa possui propagação térmica, o que o torna ainda mais leve, permitindo que esta área seja bem ventilada.
 

Lenny diz que 'faltou proteção' do Flu e admite dívida com o Palmeiras

'Nunca vi rato no Fluminense, mas já vi gambá', revela o atacante, que vem
de uma sequência de lesões e ainda não fez sua estreia pelo Figueirense

Por Ivan Raupp Rio de Janeiro
lenny família (Foto: Arquivo Pessoal)Lenny foi criado pelos avós, Zino e Eneida. Força
para superar a maré ruim (Foto: Arquivo Pessoal)
A palavra superação já se tornou comum dentro do meio esportivo, mas nem por isso pode deixar de ser valorizada. Ronaldo é o caso mais clássico. O Fenômeno precisou vencer graves lesões, a desconfiança da maioria e as perspectivas de que jamais voltaria a render bons frutos no futebol. É nele que se espelha o atacante Lenny, que aos 23 anos passa por problema similar. Há tempos enfrentando uma sequência de lesões, o jogador chegou ao Figueirense no terceiro dia do ano e ainda não conseguiu fazer sua estreia oficial. No último sábado, ele esteve em campo durante 60 minutos em um jogo-treino contra o Americana-SP e marcou seu primeiro gol com a camisa alvinegra no empate por 2 a 2.
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Lenny falou sobre o início no Fluminense, a passagem devedora no Palmeiras, a experiência no futebol português e a expectativa para o recomeço no Figueira, clube com o qual tem contrato até o fim do ano. O atacante, cujos direitos estão vinculados à Traffic, revelou que precisou superar até uma depressão por causa das seguidas contusões e confirmou a estreia pela equipe catarinense, enfim, para a primeira rodada do Campeonato Brasileiro, contra o Cruzeiro, no dia 22.
- Se até lá não acontecer nada - faz a ressalva.
Confira abaixo a entrevista completa:

Qual a sua expectativa para a estreia pelo Figueirense? Vai ser contra o Cruzeiro mesmo?

Sim, se até lá não acontecer nada, vai ser contra o Cruzeiro. Eles vinham atropelando todo mundo, mas agora tiveram essa infelicidade contra o Once Caldas na Libertadores. Espero que continuem assim pelo menos até a primeira rodada do Brasileiro (risos).
Em relações às lesões, está totalmente recuperado? Como está a questão física?
Totalmente. Para mim está sendo muito bom. Já estou conseguindo fazer a jogada que é característica minha, de arranque. O pessoal da comissão técnica até brinca comigo: "Tem jogador novo aí?".
Quantas lesões você sofreu? Você se sente azarado por causa disso?
Minhas lesões foram todas juntas. Operei o pé e o joelho recentemente. A última foi na parte muscular. Não me sinto azarado, pelo contrário. E não sei se posso falar que foram falhas do departamento médico. Foram coisas muito seguidas, por isso fiquei tanto tempo sem jogar.
Em algum momento pensou em desistir? Ficou depressivo? Como fez para superar?
Fiquei depressivo, sim. Mas minha vontade maior é estar em campo. Na hora (da lesão) tem aquele baque, mas a vontade supera tudo.
lenny figueirense (Foto: Divulgação/Site Oficial)Sob os olhares do técnico Jorginho, Lenny mostra disposição no treino (Foto: Divulgação/Site Oficial)
Como foi sua rotina nesse tempo parado? Passou a fazer alguma coisa diferente?
A cidade é pequena, não tem tanto o que fazer. Não tem tantas opções como no Rio de Janeiro e em São Paulo. Como existe uma expectativa grande em torno da minha estreia, eu ia a algum lugar e ouvia sempre as mesmas perguntas. Já estava chato. Não tenho dado entrevista para cá (Santa Catarina) porque os repórteres daqui estavam falando muita besteira. Tinha um cara só, que é o que vai lá sempre, está de manhã e à tarde. Os outros não estão lá sempre e querem falar besteira. O jornalista tem o poder da palavra. Às vezes se fala mentira e as pessoas acreditam. Têm que ter mais cuidado com o que falam. Disseram que saí aqui na noite, mas é mentira.
Você atingiu o sucesso muito rápido. Acha que isso pode ter te prejudicado?
Eu sou novo, mas já passei por muita coisa. As pessoas me veem como experiente, não acreditam que eu tenho 23 anos, porque já apareço na televisão há alguns anos. É o que eles dizem. O que aconteceu de errado, por exemplo, foi eu não ter tido uma proteção por parte da assessoria de imprensa do Fluminense. Eu estava sempre botando a cara, mesmo com Pet e Tuta no elenco. Na época eu era considerado o craquezinho do time. Só que não tinha caixa para suportar, tinha acabado de fazer 18 anos. O Fluminense não era tão estruturado. Você vê o Lucas no São Paulo, o moleque se destacou e não tinha nada falando dele. Outra coisa foi ter ido para o Braga-POR. Cheguei e estava bem demais lá, mas mudou o técnico, a comissão. O técnico que chegou era de handebol. Quando se está bem, o barco segue reto. Quando não, cai em alguém. Isso foi o que aconteceu comigo. Comigo mais ainda porque eu era novo e tive muita pressão.
Eu estava sempre botando a cara, mesmo com Pet e Tuta no elenco. Na época eu era considerado o craquezinho do time. Só que não tinha caixa para suportar, tinha acabado de fazer 18 anos"
Lenny, sobre a passagem pelo Fluminense
Acha que agora está mais maduro em relação ao início da carreira? Por quê?
Acho que já passei por muitas coisas, já aprendi muito. Sou um cara que gosto de olhar as coisas certas e erradas. Você só cresce se olha o seu erro. Só falta eu estar bom para entrar em campo e jogar. Não tem como crescer mais sem jogar. Para provar que você cresceu, tem que estar em campo. Eu chutava mal de esquerda para caramba, por exemplo. Hoje já estou bem melhor.
Como está o ambiente no Figueirense?
É tranquilo. A expectativa em torno da minha estreia é grande. Os outros jogadores me perguntam: "E aí, vai entrar para a guerra com a gente ou não?". Antes era a torcida, agora já virou coisa dos jogadores. "Vai ficar só vendo?", dizem eles. Eles já estão loucos para me ver em campo, e eu mais ainda. Os que eu tenho mais contato são o Reinaldo, o Breitner e o Maicon.
Você passou pelo Fluminense, com jogadores pagos pelo clube e outros pagos pelo patrocinador, e pelo Palmeiras, em uma época de racha político. Até que ponto o elenco se sentia afetado com essas questões?
No Fluminense eu não recebia pela Unimed, e sim pelo clube, mas no campo você não se liga nisso. A parte do Fluminense atrasava, e a da Unimed, não. No Palmeiras todo mundo recebe igual. Os caras que recebem cobram da diretoria os salários atrasados. Eles já foram moleques e ganharam pouco. Eles querem que os caras também recebam. Uma vez estava atrasado no Palmeiras, mas você entende. É muito gasto, quando acontece de atrasar um mês, dá para entender tranquilo. Se pudesse não atrasar o dos funcionários... Melhor atrasar o nosso, mas o deles não. Mas cada um faz seu contrato. Se você pedir 100 e tiver alguém para te dar, mérito seu. O jogador que se escala. Ele chega para jogar, mas se vai manter ou não é diferente.
lenny família (Foto: Arquivo Pessoal)Lenny com Daniela, com quem namora há cinco
anos (Foto: Arquivo Pessoal)
Como compara a estrutura do Figueirense às de Fluminense e Palmeiras?
A estrutura do Palmeiras é muito boa. Lá é tudo favorável. No Fluminense, pode ser melhor. O Figueirense tem CT, é grande, com muitos campos, e me falaram que querem melhorar muito ainda. Espaço necessário para isso, tem. Não é o melhor, não é igual ao do Palmeiras, mas é bom. Mas eles estavam há dois anos na Segunda Divisão, então você tem menos receita, menos torcida. Sou grato demais ao Fluminense e ao Palmeiras, quero que eles cresçam, torço por eles. Queria que o Fluminense tivesse um CT bom, no Recreio, na Barra, que é onde a maioria dos jogadores mora. Xerém é muito longe, não é uma solução. Se não tivesse a Unimed lá, o Fluminense não seria o mesmo. Os caras têm só um campo para treinar. Vão se machucar porque o campo não vai durar. Achava a aparelhagem boa, mas, quando cheguei ao Palmeiras, vi o que era aparelhagem boa mesmo. E isso ajuda, se você se machuca, volta mais rápido. O Léo Lima me falou uma vez que o refeitório do São Paulo oferecia vários tipos de carne: filé mignon, alcatra... Eu fiquei impressionado.
Muricy Ramalho fez duras críticas à estrutura do Fluminense quando saiu de lá. O que você tem a dizer? Viu rato no vestiário também?
Nunca vi rato no Fluminense. Jogava lá desde os sete anos. Lá em cima na sede, perto das quadras de futsal, tem muito gambá que fica em uma florestazinha perto. Quando treinava à noite, a gente via gambá, mas rato nunca vi.
Sente saudade do assédio?
No Rio tem assédio, mas é bem menor do que em São Paulo. No Palmeiras era maior. Os caras em São Paulo respiram futebol. No Rio, não, talvez pela questão de ter muito ator, cantor, talvez o futebol não fique em primeiro plano. Aqui (em Florianópolis), o assédio também é grande, a cidade é pequena, só tem dois times, você chega de fora e é sempre reconhecido.
Como foi sua experiência lá fora, no Braga-POR?
Foi uma experiência curta, mas boa. Tive uma noção de vida lá fora, que é completamente diferente. Dá para o cara se adaptar legal, a não ser que seja muito ligado aos amigos e à família. A cobrança lá é tranquila. Aqui você tem que ganhar sempre. Aqui o jogador é tratado como máquina. Lá, não. Você é ídolo, te tratam como ser humano.
Cresci e evoluí, mas as pessoas ainda não viram. Vão ver agora quando eu começar a jogar.
Vou mostrar isso neste ano"
Lenny
Você se sente frustrado por não ter conseguido emplacar em um time grande?
Vir para cá foi uma opção minha. Poderia ter seguido no Palmeiras. Voltava de lesão no joelho. E eu tenho como característica usar muito a força e a agilidade. Quando estou arracando, breco e já arranco de novo. Uma lesão no joelho para um cara como eu é dificil por eu ter essas características. O atacante está toda hora trombando com o zagueiro. Achei que aqui seria mais tranquila essa minha volta. Vim para cá confiando em mim. Estava em um time maior, com uma mídia maior, onde você é muto mais visto. Vim para ter mais tranquilidade para meu recomeço. Aqui vou ter plenas condições para atingir de novo um nível de topo. A resposta lá (Rio e São Paulo) tem que ser mais rápida por causa da cobrança, que é maior.
Pensa em um dia voltar para Fluminense ou Palmeiras?
Penso, sim. Falei isso no Palmeiras recentemente. Sou muito grato ao Palmeiras. Tive duas lesões sérias lá, operei e fiquei bom pelo fato de os médicos de lá serem bons, por darem o amparo que deram. Saí de lá sentindo que fiquei devendo. Não aconteceu de eu não ter jogado porque não quis. Eu não pude. Se tivesse jogado lá e tivesse jogado mal, seria uma coisa. Mas outra coisa é você estar em um lugar e não poder fazer aquilo de que gosta. Do Fluminense eu saí muito novo. Hoje teria muito prazer em voltar mais adulto.
Sonha com a Seleção Brasileira?
Sonho mesmo. Acho que é uma coisa bem possível. As pessoas falam que comecei bem e caí, mas depois de cair você sobe de novo. Falta para mim subir de novo. Tenho muito a percorrer ainda. Cresci e evoluí, mas as pessoas ainda não viram. Vão ver agora quando eu começar a jogar. Vou mostrar isso neste ano.
Ainda é lembrado por aquele golaço contra o Cruzeiro (2 x 3 Fluminense, pelas quartas de final da Copa do Brasil de 2006). Mesmo em pelada, já fez um mais bonito?
Na base (do Fluminense) e no Palmeiras (veja no vídeo ao lado), já fiz alguns lances daquele. Eu jogo mais pela esquerda, tenho essa característica de vir correndo com a bola. No Palmeiras fiz umas quatro jogadas assim. Acho que os gols assim, em que o jogador conduz a bola, são os mais bonitos. Os principais gols que gosto de ver do Ronaldo (Fenômeno) são esses em que ele conduz a bola.
Imagina como seria a sua carreira se não tivesse tantas lesões?
Poderia estar na Europa. Ninguém olha para mim e diz: "Esse cara é ruim". Olham para mim e veem que tenho potencial, tenho o que mostrar. Penso que estaria bem, mas talvez não tivesse tido o aprendizado que tive enquanto estive parado, porque pensei muito. Não digo que gostei de me machucar, mas acho que poderia não ter crescido tanto. Em 2008, por exemplo, fui mal, mas em 2009 fui bem. Passei olhando o que eu errei nesse intervalo de tempo. Vi o que errei e melhorei nesses aspectos. Você tem que ver os seus erros sempre. Foi um grande aprendizado.

Se fizer um gol na estreia oficial, vai dedicar para alguém em especial?
Vou dedicar para a minha familia, meu avô, minha avó, namorada, as pessoas que merecem. É neles que acabo descontando meu estresse por não estar jogando. Quando estou jogando, estou mais tranquilo, mais calmo.

Daniel Carvalho afirma que chegou
ao fundo do poço no Atlético-MG

Mesmo confiante em um futuro muito mais promissor com a
camisa alvinegra, meia do Galo afirma: ‘Pior do que está não fica’

Por GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte
daniel carvalho no treino do atlético-mg (Foto: Tarcísio Badaró / Globoesporte.com)Daniel Carvalho está descontente no Galo
(Foto: Tarcísio Badaró / Globoesporte.com)
A situação do meia Daniel Carvalho, do Atlético-MG, é, no mínimo, curiosa. O jogador, anunciado como reforço do clube em maio de 2010, chegou respaldado por uma carreira longa no futebol europeu. No entanto, em Minas Gerais, não deslanchou. Daniel Carvalho disputou apenas 19 partidas pelo Galo, sendo quatro neste ano.
Após uma série de lesões e cirurgias, o técnico Dorival Júnior condicionou a volta do jogador à recuperação física e técnica. No entanto, as chances não têm aparecido com a frequência desejada pelo jogador. Daniel chegou a ficar de fora até mesmo da relação dos reservas do time, como na última partida, na decisão do Campeonato Mineiro, contra o Cruzeiro. O jogador, apesar de se mostrar confiante em ajudar o Atlético-MG, já admitiu: 'Pior do que está não fica'.
- Não estou nem preocupado em pensar o que vai acontecer comigo daqui para frente. Acredito que pior não fica. Acho que o pior que pode acontecer para um jogador é ficar de fora do banco, e isso já aconteceu comigo. Daqui para frente, tem que ser coisas melhores. O que me deixa chateado não é só ficar fora do banco, até porque isso acontece, mas são histórias que não acontecem.
De fora da decisão contra o Cruzeiro, Daniel Carvalho disse que tinha condições de disputar a partida. No entanto, o jogador tem respeitado a opção de Dorival Júnior.
- Com certeza, tinha condições de jogar, mas também entendo que é opção do Dorival. Ele é o treinador, temos que respeitar. O importante é ter respeito não só pelo treinador, mas pelo colega que joga. Foi uma opção dele. Trabalhei à parte durante a semana. Então, tive o pressentimento de que ficaria de fora. O que faço é correr atrás, agora é tentar no Campeonato Brasileiro.
Contradição?
Embora se mostre triste por não ganhar chances suficientes para entrar em campo, Daniel Carvalho não reclamou do Atlético-MG e afirmou que está feliz em Belo Horizonte. O meia ainda não deu o 'braço a torcer'.
- Não estou feliz porque não fui útil nessa reta final, mas estou bem adaptado a Belo Horizonte, bem feliz no Atlético-MG. Eles oferecem tudo o que podem oferecer a um atleta. Profissionalmente, estou feliz. A partir do momento em que a comissão técnica, ou o próprio presidente, acharem que eu não deva permanecer, a decisão é deles. Se depender de mim, não vou dar o braço a torcer, não vou desistir, vou brigar até provar que tenho condições de ser titular.
Mea culpa
Uma das explicações de Daniel Carvalho para o fato de estar fora é a forte concorrência do setor. O jogador admitiu que deve no quesito marcação. Porém, mais uma vez, o jogador entende que, para corrigir o problema, só mesmo jogando.
- Dorival Júnior exige de mim bastante na marcação, e sei que tenho essa dificuldade. Os meias que temos no Atlético-MG, Renan, Giovanni, Bernard, são jogadores mais marcadores que eu. De repente, eles levam vantagem em cima de mim, porque são jogadores que atacam e defendem mais. Mas acho que consigo superar essa dificuldade com ritmo de jogo.
 

Dirigente do Atlético de Madri diz que Fla o procurou por causa de Forlán

Jesus Garcia Pitarch, manager do clube espanhol, confirma informação em entrevista a rádio do Rio. Patrícia Amorim e Luxemburgo negam interesse

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Embora tenha procurado não se aprofundar no assunto, o manager do Atlético de Madri, Jesus Garcia Pitarch, disse nesta terça-feira que foi procurado pelo Flamengo. O assunto seria a transferência do meia uruguaio Diego Forlán. Pitarch procurou fugir às perguntas feitas a ele na entrevista que concedeu à Rádio Tupi do Rio de Janeiro. Mas, segundo ele, o clube rubro-negro já começou a agir para tentar a contratação do melhor jogador da Copa do Mundo de 2010.
Ao ser perguntado se há alguma chance de Forlán ser liberado pelo Atlético, Pitarch disse o seguinte:
- Ainda não falamos (sobre o assunto), mas a partir de segunda-feira, quando o Campeonato Espanhol estiver terminado, pode ser.
Em relação ao interesse de o jogador deixar o clube por causa de divergências com o técnico Quique Sánchez Flores, o manager afirmou que essa resposta só Forlán pode dar.
- Você tem quem falar com o jogador, não com o clube. Ele tem contrato e se quer sair é problema do jogador.
Finalmente, confirmou o contato do Flamengo, mas empurrou o assunto para outro setor do clube espanhol:
- Não posso falar com você sobre mais nenhuma informação. Tem de falar com departamento de imprensa.
Na semana passada, a presidente Patrícia Amorim e o técnico Vanderlei Luxemburgo negaram o interesse no uruguaio. Fabiano Farah, representante de Forlán no Brasil, disse que não foi procurado por ninguém ligado ao Flamengo desde o fim do ano passado, época em que o nome do jogador também foi comentado na Gávea.

Hora do adeus…

 

A mais preciosa jóia garimpada pelo Sport nos últimos anos está de malas prontas para deixar a Ilha. Europa? Oriente Médio? Ásia? Nada disso. O voo vai ser curto, conexão Recife-Rio de Janeiro, Ilha do Retiro-Laranjeiras – esse o destino do atacante Ciro.
Nem mesmo o mau momento na carreira foi capaz de desvalorizar o jovem jogador de 22 anos. Na atual temporada, Ciro amargou a reserva no Sport e balançou as redes apenas em duas oportunidades.
O Sport está vendendo os direitos federativos do atleta a um grupo de investidores por R$ 4 milhões (já com os descontos que cabem ao empresário do atacante) e terá a prerrogativa de escolher onde Ciro irá atuar. Fluminense, Cruzeiro e Internacional compõem o concurso por Ciro , mas a nova casa do jogador deve ser mesmo o Flu, já que o Sport tem interesse no empréstimo dos meias William e Tartá e do atacante Rodriguinho.
Em três anos como profissional, Ciro vestiu a camisa rubro-negra em 132 oportunidades marcando 52 vezes. O atacante também tem passagens pela seleção sub-20, onde foi vice-campeão mundial em 2009, e ano passado ficou na terceira posição do Prêmio Friedenreich, com 31 gols assinalados, atrás de Jônas e Neymar, com 42 .

Ciro

Brasil passa sufoco, e Slater dá mais brilho a um Arpoador ‘pé no chão’

Após dez anos, elite mundial volta ao berço do surfe carioca. Jadson André é o único brasileiro a vencer e se garantir direto na terceira fase do Rio Pro

Por Gabriele Lomba Rio de Janeiro
Ele estava renegado no chamado "Circuito dos Sonhos", mas voltou nos braços do povo e a pedido dos melhores do mundo. Depois de seis adiamentos na Barra da Tijuca, o Arpoador fez o Rio Pro enfim começar. Depois de uma década, o berço do surfe carioca voltou a receber a elite. Até o sol, escondido no início no início da manhã, correu para ver Kelly Slater e sua nota 9,00, maior do dia. Quem torcia pelo Brasil, porém, só pôde comemorar uma vez. Dos nove brasileiros que disputam a etapa, apenas Jadson André venceu na estreia e passou direto para a terceira fase. Adriano de Souza, Mineirinho, Alejo Muniz, Raoni Monteiro, Heitor Alves e os convidados Peterson Crisanto, Simão Romão, Igor Morais e Ricardo dos Santos disputarão a repescagem. Nesta quarta, a chamada será novamente no "Arpex", às 7h. O SporTV.com transmite ao vivo a terceira etapa do Circuito Mundial.
Kelly Slater surfe rio de janeiro (Foto: AP)Kelly Slater se encolhe para tentar entrar em um tubo no Arpoador (Foto: AP)
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Aos 39 anos, Slater fez sua estreia no Arpoador. Ele, que em 1992 conquistou no Rio o primeiro de seus dez títulos mundiais, nunca tinha competido ali. E não vinha à cidade desde 1998, depois do hexa.
Confira uma galeria de fotos do dia no Arpoador
- Surfamos em vários lugares ontem e chegamos à conclusão de que seria legal ser aqui.
Tem uma forte atmosfera local.
Atmosfera local e, digamos, “pé no chão”. Espaços pequenos para atletas, convidados, imprensa. Os surfistas e os organizadores queriam que um dia ao menos fosse ali. O sacrifício valia para relembrar os bons – e maus – momentos da etapa.
Simão Romão no surfe no Rio Pro (Foto: AP)Simão Romão antes de estrear (Foto: AP)
Em 2001, ano da despedida do Rio no Mundial, Mark Occhilupo teve de ser escoltado até o mar para disputar as semifinais. Minutos antes, ele tinha sido visto com um cigarro de maconha na pedra do Arpoador. Occy não compete mais.
O Arpex consagrou Pepê Lopes em 1976, primeiro ano do Circuito Mundial no Brasil. Agora, a torcida é para que ele olhe por Mineirinho, Alejo, Raoni, Heitor e Jadson.
Mas o primeiro a se dar bem por lá foi um australiano que não conhece a história de Pepê, mas sabe a importância do local para a cidade. Surfou no frio e torcia pelo sol e pela presença das meninas.
- A última vez que vim aqui no Arpoador foi há dois anos, em um WQS. Estou feliz de ter sido aqui hoje – dizia Owen Wright, que superou Heitor Alves.
Outro australiano, Taj Burrow, provocou uma tristeza dupla. Mandou Alejo, o menino de ouro do surfe brasileiro, e Ricardinho à repescagem.

As ondas estavam boas, mas nem Simão Romão, local do Arpex, conseguiu se dar bem. Foi parado pelo australiano bicampeão mundial Mick Fanning.

E elas foram traiçoeiras para o sul-africano Jordy Smith, vice-campeão mundial do ano passado, e para o australiano Joel Parkinson, vice do ranking. O americano Taylor Knox, que completou 40 anos no domingo, não teve do que reclamar. Derrotou Parko e o também aussie Matt Wilkinson.
Já Slater deu uma leve alfinetada...
- No Taiti você espera uma semana e vem onda. Aqui, não teremos ondas melhores do que isso.
O carequinha americano despachou o brasileiro Peterson Crisanto, que competia como convidado. O sol, que apareceu somente para a bateria dele, se escondeu. Já tinha ido embora quando, enfim, pintou uma vitória verde-amarela: Jadson André, sobre o aussie Bede Durbidge e o americano Gabe Kling. O potiguar é o atual campeão da etapa, que nos últimos anos foi disputada em Imbituba (SC).
Jadson André no Rio Pro no Arpoador (Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo)Jadson André brilhou em sua estreia no Rio Pro (Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo)
- É muito bom estar de volta ao Brasil. É um sentimento que só nós, surfistas brasileiros, sabemos como é. Torço muito por todos os brasileiros e sei o quanto a torcida fica feliz quando conseguimos uma vitória.
Raoni, único representante do estado do Rio de Janeiro na elite, tropeçou diante do americano Damien Hobgood. Precisava de uma nota 5,00, arriscou-se numa esquerda nos segundos finais, mas pouco pôde fazer. Na penúltima bateria do dia, torcida para Mineiririnho. Ele precisava de uma nota 8,73 e bateu na trave: 8,50. Daniel Ross se classificou. O brasileiro deu ainda alguns autógrafos antes de voltar ao pequeno palanque, de onde Jadson o observava e ainda curtia a vitória, a única do país.

- Eu amo o Arpoador, me sinto em casa aqui. Você pega uma onda, e fica todo mundo gritando.
torcida no Rio Pro no Arpoador (Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo)Galera assiste ao Rio Pro no Arpoador (Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo)

Primeira fase masculina:
1: Owen Wright (AUS) 13,60, Heitor Alves (BRA) 7,67, Bobby Martinez (EUA) 7,47
2: Adrian Buchan (AUS) 11,84, Kai Otton (AUS) 11,24, Adam Melling (AUS) 11,16
3: Taj Burrow (AUS) 16,33, Ricardo dos Santos (BRA) 11,17, Alejo Muniz (BRA) 10,60
4: Mick Fanning (AUS) 15,07, Simão Romão (BRA) 12,36, Dusty Payne (HAV) 11,66
5: Patrick Gudauskas (EUA) 8,13, Jordy Smith (AFS) 8,07, Igor Morais (BRA) 6,34
6: Kelly Slater (EUA) 15,17, Julian Wilson (AUS) 14,37, Peterson Crisanto (BRA) 3,84
7: Jadson André (BRA)14,33, Bede Durbidge (AUS) 7,90, Gabe Kling (EUA) 10,66
8: Jeremy Flores (FRA) 13,53, C.J. Hobgood (EUA) 10,80, Josh Kerr (AUS) 7,43
9: Damien Hobgood (EUA) 12,00, Raoni Monteiro (BRA) 11,10, Tiago Pires (POR) 10,93
10: Cory Lopez (EUA) 11,54, Chris Davidson (AUS) 10,00, Michel Bourez (TAH) 8,57
11: Daniel Ross (AUS) 14,90, Adriano de Souza (BRA) 14,67, Kieren Perrow (AUS) 8,96
12: Taylor Knox (EUA) 15,03, Matt Wilkinson (AUS) 14,70, Joel Parkinson (AUS) 8,34
Repescagem:
1: Jordy Smith AFS x Peterson Crisanto BRA
2: Bede Durbidge AUS x Igor Morais BRA
3: Michel Bourez TAH x Simão Romão BRA
4: Adriano de Souza BRA x Ricardo Santos BRA
5: Joel Parkinson AUS x Kai Otton AUS
6. Matt Wilkinson AUS x Bobby Martinez EUA
7: Kieren Perrow AUS x Gabe Kling EUA
8: Chris Davidson AUS x Josh Kerr AUS
9: Tiago Pires POR x Raoni Monteiro BRA
10: CJ Hobgood EUA x Julian Wilson AUS
11: Heitor Alves BRA x Dusty Payne HAV
12: Adam Melling AUS x Alejo Muniz BRA

Três títulos em 20 meses, Dracena agora mira a conquista da América

Seria o troféu mais importante de seu currículo, já bastante recheado. Confiante, capitão crê que o Santos tem força vencer a Libertadores

Por Adilson Barros Santos, SP
O zagueiro Edu Dracena chegou ao Santos em setembro de 2009 cercado por desconfiança. Não por uma questão técnica. Campeão no Cruzeiro, no Fenerbahçe-TUR, com passagem por Seleção Brasileira, ele já havia comprovado competência. O problema era físico. Havia sofrido uma grave lesão no joelho direito, em abril daquele ano, e desembarcou na Vila Belmiro ainda em processo de recuperação.
edu dracena santos Campeões paulsitas de 2011 pelo Peixe no dia seguinte à conquista (Foto: Adilson Barros / Globoesporte.com)Dracena relaxa no dia seguinte ao título paulista (Foto: Adilson Barros / Globoesporte.com)
Um ano e oito meses depois, ele comemora a conquista do Campeonato Paulista de 2011, seu terceiro título com a camisa do Santos (em 2010, Paulistão e Copa do Brasil), o primeiro como capitão - ano passado, Robinho usava a tarja. Com essas conquistas pelo Peixe, ele se gaba de manter uma ótima média de títulos. De 2003 para cá, Dracena levantou 11 troféus (confira o currículo do jogador abaixo).
Agora, mira aquele que seria o mais importante de todos, que daria uma ótima incrementada em seu currículo: a Taça Libertadores. O Santos comemorou o bicampeonato paulista, mas agora já está concentrado para o confronto contra o Once Caldas-COL, quarta-feira, às 22h (horário de Brasília), no Pacaembu. Se empatar, o Alvinegro Praiano avança às semifinais da competição continental.
- A nossa expectativa é muito grande. Claro que o Once Caldas é um adversário difícil, joga melhor fora de casa, mas estamos conseguindo crescer dentro da competição, estamos sabendo jogar de acordo com as exigências da Libertadores. Acredito muito no nosso time - afirma o jogador, em entrevista ao Globoesporte.com.
O capitão santista acredita que a conquista do título paulista revigora o estado físico do Santos, que anda cansado da maratona de decisões, e enche a equipe de moral. No entanto, lembra que só isso não basta.
- Com o título, a perna fica mais leve, nós ficamos mais confiantes. Mas se não jogarmos bola, não adianta nada. Não é porque conquistamos o Paulista que vamos passear na Libertadores. Vai ser bem mais difícil, pois os adversários, sabendo que nós acabamos de conquistar um título, vão se preparar muito mais - acredita.
Orgulho
santos campeão paulista (Foto: Agência Estado)Dracena levanta a taça do Paulistão 2011
(Foto: Agência Estado)
Dracena afirma que se sente orgulhoso por ter vingado no Santos e por participar de um dos melhores momentos da história do clube. Desde os anos 60, quando Pelé desfilava genialidade com a camisa branca pelo mundo afora, o Peixe não conquistava tantos títulos em num curto espaço de tempo. De 2002 para cá, são dois Brasileiros, quatro Paulistas e uma Copa do Brasil.
- Para mim, é motivo de muito orgulho. Desde meu primeiro momento no clube, fui muito bem recebido por torcedores, funcionários, dirigentes. Sabia que eu precisava retribuir de alguma forma. Felizmente, estou conseguindo. Fui campeão por onde passei e no Santos isso está acontecento novamente. É algo que me deixa muito feliz mesmo. Sem dúvida, é um momento especial.
Currículo
Revelado pelo Guarani, onde ficou de 1999 e 2002, Edu Dracena passou pelos seguintes times: Olympiacos-GRE (2002), Cruzeiro (2003 a 2006) e Fenerbahçe-TUR (2006 a 2009). Está no Santos desde setembro de 2009.
O capitão conquistou vários titulos. Pelo Cruzeiro: Campeonato Mineiro (2003, 2004 e 2006), Campeonato Brasileiro 2003 e Copa do Brasil 2003. Pelo Fenerbahçe: Superliga turca (temporada 2006/2007), Antalya Cup (2006/2007) e Supercopa Turca (2007/2008). Santos: Paulistão (2010 e 2011) e Copa do Brasil (2010).
 

Grande aposta para ser o cérebro do Timão, Alex chega de olho na Copa

Em sua primeira entrevista, meia não quer ser visto como salvador do meio de campo, mas reitera desejo de retornar à Seleção Brasileira em breve

Por Carlos Augusto Ferrari São Paulo
Depois de mais de seis meses de negociação, o Corinthians apresentou oficialmente nesta tarde de terça-feira seu novo "cérebro". O meia Alex, de 29 anos, contratado por cerca de R$ 14 milhões do Spartak Moscou-RUS, chega ao Timão para ser o tão sonhado camisa 10 pedido pelo técnico Tite para colocar o Timão na briga pelo título do Campeonato Brasileiro.
- Não tem jeito de fugir da responsabilidade. Você chega e vai ser cobrado. A denominação eu deixo para vocês (jornalistas) e para o torcedor. Jogo não só na articulação ofensiva, quanto na defensiva e até segundo atacante, como era na Rússia. Estou aqui para colaborar. Estou chegando para buscar meu espaço e me sinto preparado - afirmou o jogador, que iniciou a carreira como lateral-esquerdo.
Alex com a camisa do Corinthians  (Foto: Carlos Augusto Ferrari / GLOBOESPORTE.COM)Alex com a camisa do Corinthians na apresentação (Foto: Carlos Augusto Ferrari / GLOBOESPORTE.COM)
Alex sonhava com o retorno ao Brasil para ficar mais próximo da família. A esposa dele teve uma gravidez complicada e seu filho permaneceu por dez dias na UTI. Por isso, fazia constantes viagens ao país, perdendo treinos e jogos do Spartak. Além disso, sentia que no frio de Moscou estava distante dos olhares de Mano Menezes na Seleção Brasileira e do desejo de disputar uma Copa do Mundo.
- Não estou voltando por falta de adaptação. Aconteceu porque veio o interesse do Corinthians, casando com um momento difícil que passei no primeiro semestre por causa da minha família. E também por poder dar andamento a esse sonho de disputar uma Copa do Mundo.Volto por uma escolha pessoal. O Spartak soube entender - declarou o jogador.
Alex é visto pela diretoria do Corinthians como o homem para acertar definitivamente o meio de campo. O clube não consegue encaixar um armador desde a saída de Douglas, atualmente no Grêmio. Apesar disso, o jogador não quer ser tratado como o salvador da pátria alvinegra durante o Brasileirão.

- Esse rótulo de salvador da pátria não serve. Sou mais uma opção para colaborar. Fica injusto fazer isso com um jogador só - lembrou.
Como veio do mercado internacional, Alex só poderá estrear pelo Corinthians na 14ª rodada do Brasileirão, quando será aberta a janela de transferências. O Timão, porém, se movimenta nos bastidores para convencer a CBF a antecipar o período. Assim, o meio-campista teria condições de atuar mais cedo.
- Será um tempo meio agonizante. Vendo pelo lado bom, tenho tempo para me preparar. Mas já foi passado (que poderá haver a antecipação). Acho que é interessante para o Campeonato Brasileiro. Se vier a acontecer, quero começar a jogar o quanto antes - ressaltou.

Damião, Lucas, Renan... Geração 2014 divide opiniões no Brasileirão

Além de Neymar e Ganso, que já se firmaram no cenário nacional, comentaristas apontam candidatos a brilhar a partir deste sábado

Por Ivan Raupp Rio de Janeiro
Neymar Ganso Seleção CBF (Foto: CBF)Neymar e Ganso são os nomes mais baladados
do momento na Seleção Brasileira (Foto: CBF)
Falar em Neymar e Ganso quando se pensa na Seleção Brasileira para a Copa de 2014 é "chover no molhado". A dupla santista, recém-campeã paulista e na briga pelo título da Libertadores, vem se consolidando como protagonista da nova geração do futebol canarinho. No entanto, até a Copa, ainda há tempo suficiente para entrar mais gente na turma. E o Campeonato Brasileiro, que começa neste sábado com 20 clubes na disputa, promete não só revelar como também afirmar nomes que vêm ganhando espaço no cenário nacional.
Além dos dois jogadores do Santos, Lucas, do São Paulo, e Leandro Damião, do Internacional, são nomes que despontaram no primeiro semestre do ano, e não será novidade para ninguém se eles forem apontados como possíveis destaques do Brasileirão. Nisso concordam os comentaristas Lédio Carmona, Maurício Noriega e Carlos Eduardo Lino, do SporTV. No entanto, não há consenso quanto aos outros jogadores da chamada "Geração de 2014" que podem aparecer como destaque ou revelação no decorrer do torneio. Em pauta, nomes como Dedé, do Vasco, Henrique, do Cruzeiro, Oscar, do Internacional, Diego Maurício, do Flamengo, Alan Patrick, do Santos, Renan, do Avaí, e até Fábio Rochemback, do Grêmio, com seus 29 anos.
Para Lédio Carmona, dois atacantes que têm boas chances de disputar a Copa do Mundo no Brasil são Leandro Damião, do Internacional, e Guilherme, ex-Cruzeiro, que está no Atlético-MG:
- O Damião é o melhor atacante do Brasil hoje, vai arrebentar no campeonato. É um centroavante nato, conhece a área, sabe fazer gol, e acho que terá carreira longa na Seleção Brasileira. O Guilherme, do Atlético-MG, é muito bom, grande jogador, e também é para estar na Copa do Mundo de 2014. Os dois têm grandes chances de brigar pela artilharia do Brasileiro.
leandro damião guilherme internacional atlético mineiro (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)Para Lédio Carmona, Damião e Guilherme vão brigar pela artilharia (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Carlos Eduardo Lino cita Wallyson, do Cruzeiro e cava um pouco mais fundo na lista de destaques. Ele dá a dica para o meio-campo de Mano Menezes.
- Um dos grandes jogadores vai ser o Rochemback. Ele tem potencial para estar na Seleção Brasileira. Tem noção de espaço, é um volante moderno, acho que ele é um dos jogadores mais completos de meio-campo no futebol brasileiro e o melhor volante do país. Vai estourar e brilhar muito no campeonato.
Já Maurício Noriega destaca o goleiro Renan, do Avaí, o atacante Diego Maurício, do Flamengo, e faz uma ressalva quanto a Lucas, do São Paulo:
- Gosto muito do Renan, do Avaí. Está deixando de ser revelação e, em 2014, pode brigar pela posição de titular. Aí temos que dar o mérito para o Mano Menezes, que enxergou o moleque antes de todo mundo. Gosto do Diego Maurício, que tem um potencial enorme e um estilo de jogo interessante para disputar uma Copa do Mundo, do Rafael Toloi, do Goiás, e do Dedé e do Bernardo, do Vasco. O Lucas tem potencial enorme, mas existe uma preocupação até dos torcedores do São Paulo com ele. Foi marcado em dois jogos e não conseguiu jogar. Ganso e Neymar estão em um patamar bem acima dele. O Lucas jogou só meia temporada, enquanto o Neymar e o Ganso já jogaram e se destacaram jogando a temporada inteira (em 2010). Ele ainda não está pronto, mas será um dos destaques do campeonato.
Quanto às revelações, o nome mais comentado é o do atacante Leandro, de apenas 17 anos. O jogador participou da campanha do Grêmio no Campeonato Gaúcho deste ano e recebeu elogios do técnico Renato Gaúcho e da imprensa:
leandro grêmio x internacional (Foto: Agência Estado)Leandro foi o mais lembrado para revelação do
Campeonato Brasileiro (Foto: Agência Estado)
- O Leandro, do Grêmio, é quase uma realidade e tem tudo para aparecer. Adryan, do Flamengo, é um jogador que pode aparecer bem se tiver chance. Assim como o Wallace, lateral-direito do Fluminense. Também pode ser o campeonato do Alan Patrick, até porque o Neymar e o Ganso podem ficar fora de vários jogos por conta da Seleção - disse Lédio.
Para Lino, no entanto, está cada vez mais difícil surgirem revelações, pois o atual poder de investimento dos clubes brasileiros acaba prejudicando os jovens jogadores:
- O futebol brasileiro está com muito dinheiro, então está repatriando vários nomes. Também estamos contratando jogadores de fora do país, como argentinos, chilenos. Por isso, tem sobrado pouco espaço para as nossas revelações. Precisamos nos livrar dos veteranos logo. Vai ser difícil encontrar revelações nesse campeonato.
- O Brasileiro é meio traiçoeiro para se apontar revelações. Depende muito do desempenho do atleta. Tem jogador que aparece muito rapidamente e de repente vai para a Ucrânia, por exemplo, como fez o Willian, que era do Corinthians (e foi para o Shakhtar Donetsk) - completa Noriega.

Projeto da cobertura do Maracanã é divulgado. Estádio pronto em 2012

‘Vamos entregar a mais moderna arena do mundo’, garante Luiz Fernando Pezão, vice-governador e secretário de Obras do Estado do RJ

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Um novo Maracanã será entregue aos cariocas em dezembro de 2012. Com cobertura nova, o estádio, que servirá de palco para a final da Copa do Mundo de 2014, se tornará mais moderno, confortável e seguro. E, para isso, serão investidos R$ 956.787.720,00 nas obras, cujo o orçamento final foi apresentado nesta terça-feira, em Brasília, pelo vice-governador e secretário de Obras do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, pelo presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), Ícaro Moreno, e pela secretária de Esporte e Lazer, Márcia Lins, aos técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria Geral da União (CGU).
Saiba mais sobre apresentação do novo Maracanã no G1
GALERIA: Confira as imagens do projeto do novo Maracanã
- Vamos entregar a mais moderna arena do mundo que está sendo preparada para receber a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, atendendo aos requisitos da FIFA e do Comitê Olímpico Internacional (COI). Nós somos a primeira cidade a apresentar o projeto executivo. A reforma do Maracanã, que recebe cerca de cem eventos por ano, custará menos de R$ 1 bilhão. Enquanto a construção e a reforma do Wembley, na Inglaterra, que promove 16 eventos anuais, foi orçada em R$ 3 bilhões - afirmou o vice-governador, que apresentou aos técnicos as plantas da reforma.
maracanã novo projeto (Foto: Divulgação)Novo Maracanã será entregue em 2012 (Foto: Divulgação)
De acordo com a secretaria de obras, os trabalhos para reforma do Estádio Jornalista Mário Filho estão dentro do cronograma. Na semana passada, as fundações para as novas arquibancadas e as rampas de acesso externas começaram a ser construídas. Cerca de 90% da parte interna, incluindo arquibancadas, vestiários, banheiros, salas de rádio e camarotes, já foram demolidos. Os 800 profissionais responsáveis pelas melhorias do estádio estão trabalhando em dois turnos: das 7h às 17h e das 19h às 5h.
maracanã novo projeto (Foto: Divulgação)Maracanã terá capacidade para 80 mil pessoas
(Foto: Divulgação)
O valor orçado para a reforma ficou acima do esperado, por causa da necessidade de substituir a cobertura existente. A atual marquise foi condenada por laudos de órgãos nacionais e internacionais. Uma estrutura em lona tensionada, aprovada pelo Iphan por não descaracterizar a atual, vai proteger os torcedores da chuva e do calor. A estrutura tem durabilidade de 50 anos e garantia de 15 anos. Além de recursos estaduais, há um financiamento realizado junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).
- A nova cobertura, que teve toda a sua estrutura aprovada, terá condições de luz mais uniformes, borda externa mais baixa e flexibilidade plena para instalação de equipamentos. Serão seis semanas para levantar a nova cobertura. Na demolição, podemos ver o quanto a marquise atual está degradada. Todas as premissas devem ser entregues até o dia 15 de junho. - explicou Ícaro Moreno.
Maracanã receberá certificação ambiental
Transformar o Maracanã em um estádio ecologicamente correto também está entre as prioridades do Governo do Estado do Rio de Janeiro. O projeto, preparado segundo o sistema Leardership In Energy and Environmental Design (LEED), prevê a utilização de dispositivos economizadores de água e a implantação de um sistema de captação de água de chuva, resultando em uma economia de 50% no que se refere à irrigação do gramado. Além disso, um moderno sistema de iluminação ajudará a reduzir o consumo de energia em 6%. Serão 23.500 luminárias econômicas de LER.
Mais conforto para os torcedores
A capacidade do novo Maracanã, antes prevista para 76.525 cadeiras, será aumentada para 80 mil lugares. Para oferecer mais conforto aos torcedores, serão construídos 110 camarotes, entre as arquibancadas superior e inferior, e quatro conjuntos de rampas; instalados mais onze elevadores, totalizando 16, e seis escadas rolantes, aumentando para 12; aumentado a distância entre as cadeiras de 48cm para 50cm; e colocados assentos rebatíveis nas novas cadeiras. O estádio contará com 3.860 alto-falantes, 314 câmeras de segurança, 360 monitores de TV, quatro telões e 36 mil metros quadrados de área refrigerada.
maracanã novo projeto (Foto: Divulgação)A nova cobertura do Maracanã usará a água da chuva para irrigar o gramado e alimentar os banheiros. Projeto visa economizar 50% do consumo de água no estádio (Divulgação)
As obras também vão permitir ao torcedor assistir aos jogos em uma posição privilegiada e, como nos estádios americanos e europeus, ficar mais perto do campo. A parte inferior, onde ficavam as cadeiras azuis, será elevada em cerca de cinco metros. A parte superior vai avançar 12 metros em direção ao campo. O padrão de visibilidade determina que todos os espectadores possam enxergar sobre a cabeça do torcedor sentado duas fileiras à frente, em uma linha reta.
A setorização, que permite ao torcedor saber como chegar à área de arquibancada, facilitará a saída do estádio, que deverá ocorrer em apenas oito minutos. Já o gramado será mais resistente e adequado ao clima brasileiro. A construção de um túnel de acesso ao campo, além da readequação dos quatro existentes, também está entre as novidades. A área da imprensa recebeu um centro de mídia, com áreas de redação, estúdios e um auditório com 450 lugares, além de um espaço dedicado à transmissão que será acomodada no anel superior.
- A apresentação do projeto de reforma tem um conteúdo simbólico e prático. Serve de referência para outras obras que serão realizadas para a Copa do Mundo. O Rio de Janeiro demonstra total transparência no uso dos recursos públicos. Até hoje, o governo estadual ainda não precisou captar muitos recursos da União. Do orçamento total, que podia ultrapassar 50%, o Estado do Rio utilizou 35% - disse o presidente do TCU, ministro Benjamin Zymler, depois da apresentação do projeto executivo.
maracanã novo projeto (Foto: Divulgação)Maracanã terá 112 camarotes (Foto: Divulgação)