TUF América Latina terá duas novas ring girls. Conheça Betzy e Jamilette

Dupla de novas contratadas anunciará os rounds durante todo o show

Por Combate.com Cidade do México

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O TUF América Latina, que terá atletas de toda a região à exceção do Brasil, não terá como atração apenas os treinadores Fabrício Werdum e Cain Velásquez, que disputarão o cinturão dos pesos-pesados dia 15 de novembro na Cidade do México. O programa lançará duas novas ring girls, que provavelmente atuarão em eventos nos países latino-americanos. São elas Betzy Montero e Jamilette Gaxiola.

Betzy Montero (esq.) e Jamillette Gaxiola (dir.) são as ring girls latinas do UFC (Foto: Reprodução)

Betzy Montero é costarriquenha e trabalha como modelo e jornalista, tendo começado a desfilar aos 14 anos. Já como jornalista, iniciou a carreira na área de política, mas fez trabalhos em diversas outras editorias, como moda e esportes. Tem um filho. Já Jamilette Gaxiola tem dupla nacionalidade, pois é filha de pai mexicano e mãe cubana. Nasceu no México em 1989 e foi miss Cuba em 2013. Atualmente estuda em Las Vegas e faz participações em programas de TV nos EUA.

Wanderlei revela torcida por Belfort contra Weidman e volta a criticar UFC

Lutador participa de evento publicitário em Belém e admite que compatriota precisa ter início de luta contundente contra o americano campeão dos médios, em fevereiro

Por Pedro Cruz e Jorge SaumaBelém

Wanderlei Silva participou de tarde de autógrafos nesta quarta, em Belém (Foto: GloboEsporte.com)

De passagem por Belém para participar de um evento publicitário, o ex-lutador Wanderlei Silva admitiu que irá torcer por Vitor Belfort no duelo contra Chris Wiedman, no UFC 184, que acontecerá em Los Angeles no próximo mês de fevereiro. Apesar da troca de farpas e provocações no passado, Wand acredita que Belfort é favorito se sua estratégia na luta for de um começo explosivo.

– Nos primeiros três minutos do primeiro round, o Belfort tem chances. Mas no transcorrer, acredito que possa ser do Weidman, pelo espírito jovem e por saber lidar com as adversidades. Mas estou torcendo pelo Vitor – admitiu.  

O lutado ainda reforçou que não pensa em retornar aos ringues, mesmo que por outra franquia ou modalidade. O “Cachorro Louco” garante que sua aposentadoria é definitiva, e ainda voltou a criticar o Ultimate.  

– Essa possibilidade (de voltar a lutar no UFC) não existe, simplesmente porque eles não tratam o profissional com respeito, tanto esportivamente como financeiramente. Acredito que eles não pagam o merecido. Acho que já fiz o que tinha que fazer. Não volto mais a lutar (nem em outras franquias) – garantiu Wand.

MMA e futebol: lutador Zé Doido vai a treino do Atlético-ES antes da decisão

Atleta e time são da mesma cidade, Itapemirim, no Sul do Espírito Santo e puderam trocar experiências. Ronicley e Gil Baiano fizeram encaradas com luvas de MMA

Por Richard PinheiroItapemirim, ES

O município de Itapemirim, Região Sul capixaba, vive a efervescência de uma grande decisão, com o duelo entre o time local, o Atlético-ES, contra o Real Noroeste, pelas finais da Copa Espírito Santo 2014. A primeira partida está marcada para este sábado, em Cariacica e na expectativa para o jogo, os atletas do Galo da Vila receberam uma visita especial nesta semana: o lutador de MMA Paulo "Zé Doido" Machado, que também é da cidade de Itapemirim.

Gil Baiano, Paulo "Zé Doido" Machado e Ronicley, na torcida pelo Galo da Vila na Copa ES (Foto: Wellintgon Altoé)

O atleta marcial tem luta confirmada contra Max Denner no evento de MMA MegaFighters, marcado para o dia 22 de novembro, em Vila Velha, mesma data do segundo jogo das finais da Copa ES. Zé Doido aproveitou para ir incentivar os jogadores, que entraram no clima do esporte de combate. O volante Gil Baiano e o meia Ronicley colocaram luvas de MMA e fizeram algumas encaradas, bem ao estilo do UFC. Já Zé Doido vestiu uma camisa do Atlético-ES, mostrando que está na torcida pelo time de Itapemirim.
- Foi uma honra pra mim estar ao lado dessas feras do futebol capixaba. Como eu também vim do futebol, assistindo ao treino deles me deu uma vontade enorme de entrar lá e treinar com eles. Tenho muito orgulho de representar Itapemirim e com isso estamos mostrando que somos uma família, mesmo sendo de esportes diferentes - disse Zé Doido, que busca a sua quarta vitória no MMA.

O meia Ronicley considera o lutador Paulo Zé Doido um parceiro no esporte (Foto: Wellington Altoé)

Empolgados com a inusitada visita às vésperas de um jogo decisivo, os jogadores comentaram sobre a presença de Zé Doido no treino. Ronicley revelou a admiração que tem pelo "parça", que geralmente acompanha os jogos da equipe, quando eles acontecem no município de Itapemirim.
- O Zé Doido é parceiro demais, é um cara maneiro. Só dele estar no nosso meio, porque também é um cara do esporte, é uma motivação a mais. Ele também torce pro Atlético e já jogou futebol, então estamos juntos nessa, com ele torcendo pra gente e nós torcendo pra ele.
Gil Baiano revela que com o mesmo objetivo, que é defender a cidade de Itapemirim, a visita de Paulo Zé Doido serviu como um estímulo a mais, além de mostrar que o esporte pode servir como ferramenta de inclusão social, seja em qualquer modalidade.
- Foi uma sensação diferente. Eu particularmente sempre gostei de MMA, então fiquei feliz em ver um representante da cidade e que também já foi um atleta de futebol. Foi uma troca de informações muito interessante. Estaremos na torcida por ele e defendendo a mesma bandeira, a mesma cidade. Temos a responsabilidade de representar bem a cidade de Itapemirim em qualquer esporte. O Zé é meu parceiro, estamos juntos em um mesmo objetivo, que é servir de exemplo para essa juventude, em tentar passar a eles a importância do esporte para formação de grandes seres humanos.

Volante Gil Baiano faz encarada com lutador Paulo "Zé Doido" Machado (Foto: Wellington Altoé)

O Atlético-ES encara o Real Noroeste na grande decisão da Copa Espírito Santo 2014. O jogo de ida, marcado para o próximo sábado, dia 15, às 15h, será realizado no estádio Engenheiro Araripe, em Cariacica, com mando do Galo da Vila. A partida de volta acontece no dia 22, também às 15h, estádio José Olímpio da Rocha, em Águia Branca, com mando de campo dos Merengues Capixabas.
A primeira edição do Megafighters 1 acontece no dia 22 de novembro, a partir das 22h, na casa de shows Megatroops, que fica localizada na Av. Amazonas, s/n, em Vila Velha. A abertura dos portões acontece às 21h. O evento vai contar com sete lutas de MMA e logo após os combates, o comando da pista de dança fica por conta das DJ's Jessica Mallmann e Mel Marcarini, que com muita música eletrônica, prometem sacudir todos os espectadores presentes. O valor dos ingressos e os locais de venda ainda serão divulgados pela organização do evento de MMA capixaba. A luta principal reúne o português Gonçalo Salgado, que foi segurança de Cristiano Ronaldo, Gabriel Medina e Kelly Slater contra o agente penitenciário carioca Michael Mendes, pela categoria peso-pesado.
Megafighters 1
22 de novembro de 2014, em Vila Velha (ES)
CARD PRINCIPAL
Peso-pesado: Gonçalo Salgado x Michael Mendes
Peso-meio-pesado: Luís Guilherme Andrade x Johnny Walker
Peso-pena: Diego Pralon x Julio César Chaves
Peso-leve: Weber “Shrek” Netto x Renan Leal
Peso-leve: Paulo “Zé Doido” Machado x Max Denner
Peso-galo: Hamyrez Oliveira x Elvis Silva
Peso-meio-médio: Anderson Longo x Rodrigo Marinho
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Números 2 e 3 da divisão, Miesha Tate e Sara McMann lutam no UFC 183

Ex-desafiantes do peso-galo feminino se enfrentam no dia 31 de janeiro

Por Combate.com Los Angeles, EUA

Elas chegaram a pedir publicamente por essa luta, e o Ultimate resolveu atender. No dia 31 de janeiro, Miesha Tate e Sara McMann vão se enfrentar no UFC 183, em Las Vegas (EUA). As lutadoras, que já disputaram o título do peso-galo feminino, mas foram superadas por Ronda Rousey, tentam se manter na rota do cinturão. O evento marcará o retorno de Anderson Silva ao octógono, quando enfrentará Nick Diaz.

Miesha Tate e Sara McMann lutam no UFC 183 (Foto: Editoria de Arte)

Miesha Tate é a segunda colocada do ranking oficial da organização na divisão até 61kg entre as mulheres. Com 15 vitórias de cinco derrotas na carreira, a Cupcake busca o terceiro triunfo consecutivo, já que bateu Liz Carmouche e Rin Nakai nas suas duas últimas lutas, apesar de não ter empolgado com suas atuações.
Sara McMann está em terceiro no ranking e tem um cartel de oito vitórias e uma derrota. Na última luta, ela bateu Lauren Murphy por decisão dividida em um combate muito disputado. Antes disso, resistiu por apenas 1m06s ao poder de Ronda Rousey, que venceu por nocaute técnico.
UFC 183
31 de janeiro de 2015, em Las Vegas (EUA)
CARD DO EVENTO
Peso-médio: Anderson Silva x Nick Diaz
Peso-galo: Miesha Tate x Sara McMann
Peso-meio-médio: Thiago Alves x Jordan Mein
Peso-médio: Thales Leites x Tim Boetsch
Peso-pena: Diego Brandão x Jimy Hettes
Peso-médio: Thiago Marreta x Andy Enz
Peso-médio: Ildemar Marajó x Rick Monstro

Dos campos de arroz à final do
TUF: conheça Leonardo Morales

Único não-mexicano na final do reality show, peso-pena nicaraguense
garante que estragará a festa da torcida local no UFC 180, neste sábado

Por Adriano Albuqueque, Evelyn Rodrigues e Marcelo Russio Direto da Cidade do México

A origem do nicaraguense Leonardo Morales, único não-mexicano na final do TUF Latin America, é similar a de muitos brasileiros que começam no MMA tendo o esporte como uma esperança de mudar de vida. Vindo dos campos de arroz de seu país, o lutador fez parte do time de Fabricio Werdum no reality show e impressionou o brasileiro por sua seriedade e foco na competição. Durante o encontro com a imprensa nesta quinta-feira, ele contou um pouco de sua história e mostrou total confiança na vitória contra o peso-pena mexicano Yair Rodríguez, seu adversário na final.

Leonardo Morales TUF Latin America (Foto: Evelyn Rodrigues)

- Entrei no MMA na Nicarágua, por ser um esporte diferente. Comecei a lutar muito novo e nunca imaginaria que viria a ser a minha carreira. Quando decidi me inscrever no TUF foi mais por influência do meu treinador, Alex Maori, mas continuei a minha vida, colhendo arroz. Um dia, quando estava com água no peito durante a colheita, e Maori chegou me dando a notícia de que havia sido selecionado. Não acreditei - disse Morales, com um raro sorriso.
Para o lutador, Fabricio Werdum foi determinante para que ele chegasse à decisão.
- A experiência na casa foi muito boa. Werdum foi um grande treinador, porque compartilhou conosco experiências e técnicas. Agradeço a Werdum a chance de ter chegado à final. Se não fosse por ele, eu não teria ganhado as lutas que ganhei. Ele me deu todo o apoio e não consigo imaginar como teria sido sem ele comigo. É um orgulho muito grande ser um nicaraguense na grande final do TUF. É o resultado do trabalho que fiz com meus treinadores de boxe e muay thai no início da minha carreira como lutador. Não sinto nenhuma pressão por ser o único da minha equipe na final. Estou um pouco triste por meus companheiros terem perdido suas lutas, mas estou muito concentrado no meu trabalho e nada me tirou do rumo. Só tinha as minhas lutas na cabeça e mais nada.

Yair Rodríguez e Leonardo Morales farão uma das finais do TUF Latin America (Foto: Evelyn Rodrigues)

Ainda tímido com as câmeras e gravadores, Leonard Morales mostrou muita personalidade ao ser perguntado como imaginava que deveria lutar para ser campeão do TUF.
- Vou ganhar e vou ser campeão por que vou pressioná-lo desde o início da luta. Não vou dar um segundo de descanso a ele e vou acertá-lo o mais forte que puder. Ele é bom e eu também, e ambos queremos a mesma coisa. Só um pode ser campeão, e serei eu. A minha maior vantagem é o meu muay thai, que é muito forte. Acho que será uma luta muito boa. Gostaria de vencer por nocaute, mas o que importa mais é a vitória, seja como for. Não sinto prazer em poder estragar a festa dos mexicanos, mas este é o meu sonho e não vou desistir dele. Se a minha vitória estragar a festa dos mexicanos, lamento por eles. Tenho que pensar no meu futuro em primeiro lugar.
O Combate transmite o UFC 180 ao vivo e com exclusividade para todo o Brasil neste sábado, a partir de 22h (horário de Brasília), e o Combate.com acompanha em Tempo Real, com vídeo ao vivo da primeira luta do card preliminar. Na sexta-feira, canal e site exibem ao vivo a pesagem oficial a partir de 20h. Confira o card completo:
UFC 180
15 de novembro de 2014, na Cidade do México (MEX)
CARD PRINCIPAL
Peso-pesado: Fabricio Werdum x Mark Hunt
Peso-meio-médio: Kelvin Gastelum x Jake Ellenberger
Peso-pena: Dennis Bermudez x Ricardo Lamas
Peso-meio-médio: Chris Heatherly x Augusto Montaño
Peso-meio-médio: Edgar García x Hector Urbina
CARD PRELIMINAR
Peso-pena: Yair Rodríguez x Leonardo Morales (Final do TUF Latin America)
Peso-galo: Alejandro Pérez x José Quiñonez (Final do TUF Latin America)
Peso-galo: Jessica Eye x Leslie Smith
Peso-galo: Guido Cannetti x Henry Briones
Peso-galo: Marlon Vera x Marco Beltrán
Peso-pena: Gabriel Benítez x Humberto Brown

Fãs fazem festa para Montaño e Werdum, mas sentem falta de Cain

Torcida mexicana comparece em bom número ao treino aberto do UFC 180, mas não esquece o campeão dos pesos-pesados durante o evento

Por Adriano Albuqueque, Evelyn Rodrigues e Marcelo Russio Direto da Cidade do México

O bom número de fãs de MMA presentes nesta quarta-feira ao treino aberto do UFC 180 na Cidade do México deu uma boa ideia do quanto o MMA pode crescer no país. Mesmo tendo apenas um lutador mexicano escalado para se exercitar diante do público - o peso-meio-médio Augusto "Dodger" Montaño, ainda desconhecido dos torcedores que são de fora do México - os torcedores fizeram fila desde cedo na porta do Museu Interativo de Economia, no centro histórico da capital mexicana e entusiasmaram os atletas que se apresentaram. Mas uma ausência foi muito sentida: a do campeão dos pesados, Cain Velásquez.
- A ausência de Cain realmente nos entristeceu. É o nosso grande campeão,o nosso maior ídolo no MMA. Claro que a presença de Montaño é ótima, pois é um lutador nascido e criado no México, mas acredito que, se Cain estivesse aqui, não haveria espaço para tanta gente que viria - disse Edgar Muñoz, de 19 anos.

Fãs compareceram ao treino aberto do UFC 180 (Foto: Marcelo Russio)

Os primeiros a chegar ao evento foram nove estudantes que chegaram ao museu às 12h30m, duas horas e meia antes da abertura dos portões ao público. Para Enrique Martinez, o sacrifício de chegar cedo valeu à pena.
- Chegamos cedo e estamos muito empolgados para ver os lutadores de perto - disse o jovem, que a todo momento puxava o grito de "UFC", sendo seguido pelos demais.
Aparentando conhecer MMA e os estilos dos lutadores, Enrique Martinez era um dos mais empolgados ao falar sobre quem vencerá a luta principal, entre Fabricio Werdum e Mark Hunt.
- Acredito que Werdum, por causa do seu jiu-jítsu. Se conseguir não ser atingido pelas bombas de Hunt e levar a luta para o chão, terá vantagem. Se tivesse que apostar dinheiro em alguém, seria em Werdum. Se fosse contra Cain, a coisa seria diferente, definitivamente.

Fabricio Werdum deve ter o apoio dos mexicanos contra Mark Hunt (Foto: Evelyn Rodrigues)

Um assunto que parece incomodar os mexicanos é a aparente surpresa de quem não é nascido no país ao vê-los torcerem com tamanha paixão por Cain Velásquez, que é americano e filho de mexicanos, a ponto de considerarem-no um compatriota.
- Não importa se ele nasceu nos EUA. Ele tem sangue mexicano e tem orgulho de levantar a nossa bandeira e exibir e representar a cultura mexicana sempre que vai lutar. Ele não só nos representa como inspira diversos lutadores mexicanos de outras organizações, como o Bellator, o Invicta e o WSOF, a quererem ser como ele. Para os mexicanos, Cain é mexicano. Não estamos torcendo para um americano. Torcemos para um de nós. Se os outros países não entendem, é problema deles - disse Erik Jimenez.
A presença de Augusto Montaño também inflamou os torcedores. Membro da academia "Bone Breaker", uma das mais tradicionais do México, "Dodger", como é chamado, levantou os fãs, que o aplaudiram mais que a qualquer outro lutador.
- Dodger é o real representante do México. Veio do nada, passou por dificuldades, e sempre se manteve no país, treinando diante do nosso povo. É um lutador muito querido aqui, que vai ser campeão em breve - disse Miguel Chavez.
A presença feminina também foi marcante no treino aberto na Cidade do México. As amigas Paola Acuña e Ana Izabel Contreras, por exemplo, não paravam de tirar fotos dos atletas e acompanhavam atentamente tudo o que acontecia.
- Os lutadores são estrelas, e é muito bom poder vê-los de perto aqui em nossa cidade. Estou gostando desse evento, porque mostra que os mexicanos são apaixonados pelo MMA. Não só os homens, mas as mulheres também - disse Paola, que elegeu Kelvin Gastelum como o mais bonito da tarde.

Mulheres também compareceram em bom número ao treino aberto (Foto: Evelyn Rodrigues)

O Combate transmite o UFC 180 ao vivo e com exclusividade para todo o Brasil neste sábado, a partir de 22h (horário de Brasília), e o Combate.com acompanha em Tempo Real, com vídeo ao vivo da primeira luta do card preliminar. Na sexta-feira, canal e site exibem ao vivo a pesagem oficial a partir de 20h. Confira o card completo:
UFC 180
15 de novembro de 2014, na Cidade do México (MEX)
CARD PRINCIPAL
Peso-pesado: Fabricio Werdum x Mark Hunt
Peso-meio-médio: Kelvin Gastelum x Jake Ellenberger
Peso-pena: Dennis Bermudez x Ricardo Lamas
Peso-meio-médio: Chris Heatherly x Augusto Montaño
Peso-meio-médio: Edgar García x Hector Urbina
CARD PRELIMINAR
Peso-pena: Yair Rodríguez x Leonardo Morales (Final do TUF Latin America)
Peso-galo: Alejandro Pérez x José Quiñonez (Final do TUF Latin America)
Peso-galo: Jessica Eye x Leslie Smith
Peso-galo: Guido Cannetti x Henry Briones
Peso-galo: Marlon Vera x Marco Beltrán
Peso-pena: Gabriel Benítez x Humberto Brown

Fabricio Werdum rouba a cena durante o treino aberto do UFC 180

Brasileiro é muito aplaudido e faz os mexicanos cantarem a música com a qual entrará para lutar contra Mark Hunt neste sábado, na Cidade do México

Por Adriano Albuqueque, Evelyn Rodrigues e Marcelo Russio Direto da Cidade do México

Os cerca de 300 fãs que estiveram no Museu Interativo de Economia, no centro histórico da Cidade do México na última quarta-feira,para acompanhar o treino aberto do UFC 180, foram brindados com uma avalanche de carisma do brasileiro Fabricio Werdum. Último atleta a se apresentar, o peso-pesado subiu ao palco acompanhado de sua equipe, e foi ovacionado pelo público presente. Muito conhecido no país por ser comentarista da emissora de TV "UFC Network", e falando espanhol fluentemente, Werdum fez questão de agradecer a todos pelo apoio, e fez os fãs cantarem a música com a qual entrará para enfrentar Mark Hunt: "Cielito lindo".
- Gostaria de agradecer a presença de todos e dizer que estou há dois meses no México treinando sem parar. Já me sinto mexicano, e estarei representando a América Latina no sábado. Gostaria que vocês cantassem a música com que entrarei para lutar, que é "Cielito lindo". Vamos lá... - disse o lutador, sendo imediatamente atendido pelos presentes.

Fabricio Werdum pede para mexicanos cantarem sua música de entrada (Foto: Evelyn Rodrigues)

Um torcedor levou uma imagem de Cain Velásquez quase em tamanho natural, e Werdum fez questão de falar sobre o campeão da categoria:

Fã leva cartaz de Cain Velasquez
(Foto: Marcelo Russio)

- Sei que Velásquez se lesionou, e estou muito triste com isso, porque gostaria de lutar com ele aqui. Mas espero que ele se recupere logo para que possamos unificar os cinturões no próximo ano. Seriauma grande honra enfrentá-lo aqui no México - disse Werdum, sendo muito aplaudido.
Após o treino, em conversa com os jornalistas, o brasileiro falou mais sobre o carinho do público ao cantar com ele sua música de entrada.
- Eu me sinto muito bem. Claro que seria diferente se eu enfrentasse o Cain Velásquez, é normal, entendo o pessoal, porque (ele) é americano, mas representa muito o México. Entendo esse lado, mas agora é muito emocionante que tenham essa afeição comigo. Com certeza, isso vai me ajudar muito em 15 de novembro. Quando estou com o povo, me sinto muito bem. A verdade é que o povo me trata muito bem, então tenho que devolver o carinho que estão me dando. Sou um lutador que gosta muito de estar com os amigos fazendo brincadeira, e os mexicanos também são assim, também gostam de brincar.
Mark Hunt treina apenas cinco minutos
O adversário de Werdum, o neozelandês Mark Hunt, apresentou-se antes do brasileiro, e não ficou no palco mais do que cinco minutos. O veterano fez apenas poucos movimentos e deixou a atividade, frustrando um pouco os fãs, que esperavam ver mais do lutador. Hunt tentou ser simpático com o público, e disse algumas palavras em espanhol: "Buenos dias" e "gracias", sendo aplaudido.
O primeiro a subir ao palco foi Ricardo Lamas, seguido de Hunt. Kelvin Gastelum foi o terceiro, recebendo muitos aplausos dopúblico feminino, que cpmpareceu em bom número ao local. Após sua apresentação, Gastelum tirou fotos com as fãs e foi muito assediado por todos. O lutador jogou luvas e caneleiras paa o público, que se amontoou para tentar levar para casa uma lembrança do lutador.
- É incrível. Mal posso esperar por como será o evento na arena no sábado. Logo que ouvi que haveria um card no México, eu já estava no telefone pedindo ao Sean Shelby para me colocar no card. É uma honra estar aqui representando-os - disse Lamas.

Mark Hunt treinou por pouco tempo e nem sequer tirou os tênis (Foto: Evelyn Rodrigues)

Dodger Montaño é ovacionado
Desconhecido de boa parte dos fãs de MMA no mundo, o meio-médio mexicano Augusto "Dodger" Montaño foi ovacionado por todos quando subiu ao palco para se apresentar. Com os cabelos tingidos de vermelho, o lutador é um grande ídolo local, e cada movimento seu era aplaudido. Ao final de sua apresentação, Montaño falou sobre sua empatia com o público.
- Gostam de mim porque sabem que sou um deles, e sabem que sou do mesmo nível que eles. Nada nos separa, somente a decisão de querer coisas grandes e de lutar por isso. Eles se veem em mim. Por isso temos essa relação íntima - disse o lutador.

Montaño levantou o público ao aparecer para o treino aberto (Foto: Evelyn Rodrigues)

O Combate transmite o UFC 180 ao vivo e com exclusividade para todo o Brasil neste sábado, a partir de 22h (horário de Brasília), e o Combate.com acompanha em Tempo Real, com vídeo ao vivo da primeira luta do card preliminar. Na sexta-feira, canal e site exibem ao vivo a pesagem oficial a partir de 20h. Confira o card completo:
UFC 180
15 de novembro de 2014, na Cidade do México (MEX)
CARD PRINCIPAL
Peso-pesado: Fabricio Werdum x Mark Hunt
Peso-meio-médio: Kelvin Gastelum x Jake Ellenberger
Peso-pena: Dennis Bermudez x Ricardo Lamas
Peso-meio-médio: Chris Heatherly x Augusto Montaño
Peso-meio-médio: Edgar García x Hector Urbina
CARD PRELIMINAR
Peso-pena: Yair Rodríguez x Leonardo Morales (Final do TUF Latin America)
Peso-galo: Alejandro Pérez x José Quiñonez (Final do TUF Latin America)
Peso-galo: Jessica Eye x Leslie Smith
Peso-galo: Guido Cannetti x Henry Briones
Peso-galo: Marlon Vera x Marco Beltrán
Peso-pena: Gabriel Benítez x Humberto Brown

Ronaldo Jacaré encara Yoel Romero no mesmo card de Weidman x Belfort

Peso-médio brasileiro vai medir forças com o cubano no UFC 184, que ocorre no dia 28 de fevereiro, em Los Angeles. Se vencer, deve disputar cinturão

Por Combate.com Rio de Janeiro

O card do UFC 184 ganhou mais uma grande luta nesta quinta-feira. Ronaldo Jacaré vai enfrentar o cubano Yoel Romero pela categoria dos médios (até 84kg), conforme anunciado pelo "Los Angeles Daily News", no evento do dia 28 de fevereiro, no Staples Center, em Los Angeles (EUA). O duelo deve definir o próximo desafiante ao cinturão da divisão, contra o vencedor de Chris Weidman x Vitor Belfort, que será a luta principal do mesmo card.

Ronaldo Jacaré e Yoel Romero vão se encontrar no octógono (Foto: Editoria de Arte)

Aos 34 anos, Jacaré tem quatro vitórias em quatro lutas no UFC - sobre Chris Camozzi, Yushin Okami, Francis Carmont e Gegard Mousasi. O cartel total do capixaba ex-campeão do Strikeforce é de 21 triunfos, três derrotas e um "no contest" (sem resultado).
O wrestler Romero, por sua vez, tem 37 anos e cinco vitórias em cinco combates no octógono - sobre Clifford Starks, Ronny Markes, Derek Brunson, Brad Tavares e Tim Kennedy. Ele tem nove triunfos e um revés ao todo na carreira.
UFC 184
28 de fevereiro de 2015, em Los Angeles (EUA)
CARD DO EVENTO (até agora)
Peso-médio: Chris Weidman x Vitor Belfort
Peso-galo: Ronda Rousey x Cat Zingano
Peso-médio: Ronaldo Jacaré x Yoel Romero
Peso-pesado: Antônio Pezão x Frank Mir

Dana White diz que Velásquez vai perder o título se não lutar em março

Presidente do UFC dá ultimato ao campeão dos pesos-pesados e avisa que se não estiver pronto para a data esperada, fica sem seu cinturão

Por Adriano Albuquerque, Evelyn Rodrigues e Marcelo Russio Direto da Cidade do México

Dana White não está disposto a esperar muito mais pelo retorno de Cain Velásquez ao octógono. O campeão dos pesos-pesados é esperado para voltar em março de 2015, mas o presidente do Ultimate avisou que, caso ele não possa retornar nesta data, o vencedor do duelo entre Fabricio Werdum e Mark Hunt, neste sábado, será declarado dono do cinturão linear da divisão até 120 kg.
- A próxima luta no México é pelo título interino. Então se Cain não puder lutar novamente, vencedor desta luta será o campeão - afirmou Dana, ao UFC.com.

Velásquez precisa estar pronto para lutar em março, senão perde o título (Foto: Reprodução / Facebook)

Fabricio Werdum parece não se importar com a nomenclatura de "interino" no confronto contra Hunt. Para o brasileiro, a vitória terá a mesma importância do que se fosse contra Cain Velásquez.
- Interino, nem sei o que significa essa palavra. Quero o título não importa como seja, interino, pequetito, patati, patata. Não importa, quero o cinturão - declarou Werdum, ao Combate.com, antes das declarações de Dana para o site oficial do UFC.
Ao comentar sobre a luta deste sábado, Dana White elogiou a evolução de Fabricio Werdum na sua trocação, mas lembrou o poder de nocaute de Mark Hunt.
- Werdum é muito perigoso no chão. Todos falam sobre seu jogo de chão e ele talvez seja o melhor finalizador dos pesos-pesados, mas olha o que ele fez com Travis Browne em pé. Sua trocação parece inacreditável e um dos problemas para caras como Hunt e Roy Nelson é que eles são lutadores do top 10, mas quando enfrentam um top 5, o atleticismo de alguns destes pesos-pesados é demais para estes caras. Mas com Hunt, o que faz dele tão empolgante é que com um soco ele pode mudar tudo - concluiu.

Fabricio Werdum e Mark Hunt disputam título interino no sábado (Foto: Reprodução / Facebook)

O Combate transmite o UFC 180 ao vivo e com exclusividade para todo o Brasil neste sábado, a partir de 22h (horário de Brasília), e o Combate.com acompanha em Tempo Real, com vídeo ao vivo da primeira luta do card preliminar. Na sexta-feira, canal e site exibem ao vivo a pesagem oficial a partir de 20h. Confira o card completo:
UFC 180
15 de novembro de 2014, na Cidade do México (MEX)
CARD PRINCIPAL
Peso-pesado: Fabricio Werdum x Mark Hunt
Peso-meio-médio: Kelvin Gastelum x Jake Ellenberger
Peso-pena: Dennis Bermudez x Ricardo Lamas
Peso-meio-médio: Chris Heatherly x Augusto Montaño
Peso-meio-médio: Edgar García x Hector Urbina
CARD PRELIMINAR
Peso-pena: Yair Rodríguez x Leonardo Morales (Final do TUF Latin America)
Peso-galo: Alejandro Pérez x José Quiñonez (Final do TUF Latin America)
Peso-galo: Jessica Eye x Leslie Smith
Peso-galo: Guido Cannetti x Henry Briones
Peso-galo: Marlon Vera x Marco Beltrán
Peso-pena: Gabriel Benítez x Humberto Brown

Hunt entra no clima, canta e dança com Werdum em evento pré-UFC 180

No "Media Day", brasileiro usa música mexicana para provocar adversário neozelandês, que despreza "jogos mentais" e descontrai na encarada

Por Adriano Albuquerque, Evelyn Rodrigues e Marcelo Russio Direto da Cidade do México

Em vez das expressões carrancudas e dos discursos condescendentes, Fabricio Werdum sempre preferiu usar o bom humor para promover suas lutas e provocar seus adversários. Foi isso que ele tentou fazer no "Media Day" do UFC 180, evento aberto para a imprensa com os lutadores do torneio do próximo sábado, na Cidade do México, ao aparecer, sorrateiro, ao lado de seu adversário, o neozelandês Mark Hunt, quando este dava entrevista, com a música mexicana "Cielito lindo", que escolheu para sua entrada no octógono, soando no fundo.
Também conhecido pela irreverência, porém, o "Super Samoano" entrou no clima, levantou-se de seu assento e dançou junto ao adversário na disputa do cinturão interino dos pesos-pesados. A cena se repetiu várias vezes durante a atividade, inclusive na hora da pose de encarada para fotos. Foi começar a soar o mariachi que o próprio Hunt saiu da postura de luta para erguer os braços - sem se importar com a "pizza" de suor em suas axilas - e puxar Werdum para cantar junto.

Fabricio Werdum e Mark Hunt se divertem no Media Day do UFC180 (Foto: Evelyn Rodrigues)

A tática do brasileiro foi bem-vinda pelo neozelandês, que também despreza os "jogos mentais" tão comuns no MMA moderno.
- Não tenho nenhuma animosidade para com Fabricio, nenhum sentimento de ódio. Sou um pai, ele também, mas quando chegar o sábado, vou tentar matá-lo e ele vai tentar me matar! É nosso emprego. Fora isso, beberia uma cerveja com ele, comeria com ele, não há nenhum problema. Eles tentam te pegar mentalmente, mas você não consegue fazer isso comigo. Você pode fazer cara de mau e todas essas coisas no octógono, mas na promoção, não adianta. Eu nem ligo - disse Hunt.
Os dois adversários já se cruzaram diversas vezes durante as últimas semanas pelo hotel que hospeda os lutadores do evento, e inclusive se provocaram amigavelmente ao repararem que estavam na mesma ala mais reservada do prédio. Werdum havia revelado ao Combate.com que Hunt o espionou quando estava fazendo treino de esgrima na piscina, e o neozelandês deu sua versão dos fatos.
- Ele que estava me espionando! Eu estou neste hotel há três semanas, eles estavam na minha piscina (risos). Eu estava nas mídias sociais e tem uma piscina perto do meu quarto, ouvi uns mergulhos, olhei para lá e pensei, "Será que consigo ver Fabricio... Oh, oi!" - lembrou Hunt.

Clima entre Fabricio Werdum e Mark Hunt é amistoso (Foto: Evelyn Rodrigues)

Werdum gostou de ver o adversário descontraído, mas não deixou de dar uma "caçoada".
- Ele é um pouco duro (risos). Não nos conhecemos bem, mas dá para ver que é uma boa pessoa. Não precisamos nos insultar para fazer uma boa luta, podemos fazer uma boa luta e sair depois para beber uma tequila juntos - afirmou o brasileiro.
O Combate transmite o UFC 180 ao vivo e com exclusividade para todo o Brasil neste sábado, a partir de 22h (horário de Brasília), e o Combate.com acompanha em Tempo Real, com vídeo ao vivo da primeira luta do card preliminar. Na sexta-feira, canal e site exibem ao vivo a pesagem oficial a partir de 20h. Confira o card completo:
UFC 180
15 de novembro de 2014, na Cidade do México (MEX)
CARD PRINCIPAL
Peso-pesado: Fabricio Werdum x Mark Hunt
Peso-meio-médio: Kelvin Gastelum x Jake Ellenberger
Peso-pena: Dennis Bermudez x Ricardo Lamas
Peso-meio-médio: Chris Heatherly x Augusto Montaño
Peso-meio-médio: Edgar García x Hector Urbina
CARD PRELIMINAR
Peso-pena: Yair Rodríguez x Leonardo Morales (Final do TUF Latin America)
Peso-galo: Alejandro Pérez x José Quiñonez (Final do TUF Latin America)
Peso-galo: Jessica Eye x Leslie Smith
Peso-galo: Guido Cannetti x Henry Briones
Peso-galo: Marlon Vera x Marco Beltrán
Peso-pena: Gabriel Benítez x Humberto Brown

Lutadora que protestou nua revela drama: "O corpo foi o que me restou"

Betina Baino retomou a rotina de treinamentos após protestar sem roupas em Porto Alegre; atleta conta que quer reconstruir a vida e voltar a praticar o esporte

Por Paula MenezesPorto Alegre

Com dificuldades financeiras e desempregada, a lutadora de MMA que foi flagrada caminhando nua em uma das avenidas mais movimentadas de Porto Alegre, na última semana, busca um recomeço na vida e no esporte. Betina Baino segue com os treinamentos na academia de um amigo e vive em uma pensão na Zona Norte da capital gaúcha. E não demonstra arrependimento pelo “desabafo” que fez ao circular despida.

Pelo contrário. A atleta recebeu o GloboEsporte.com nesta quinta-feira e falou com tranquilidade sobre sua relação com o corpo e até mesmo com a prostituição, mundo em que admitiu ter se inserido por sobrevivência (confira um trecho da entrevista no vídeo acima).

- Foi um conjunto de fatores de ordem pessoal. No caminho, fui pensando. Estava tão desamparada. Não tenho onde morar, não tenho dinheiro. Meu corpo foi tudo o que me restou. Escuto elogios pelo meu corpo. Foi bom correr na chuva, ótimo. Eu não sou louca, tive que engolir muita coisa. Mas não tinha a quem pedir, não tenho quem me representa - ressalta.

Betina segue com os treinamentos na academia de um amigo em Porto Alegre (Foto: Paula Menezes/GloboEsporte.com)

Segundo Betina, as artes marciais, como o muay thai, sempre fizeram parte de sua rotina, tanto que migrou para o MMA há pouco mais de um ano. Pela modalidade, disputou cinco lutas profissionais - a última, em agosto deste ano. Ela perdeu para Ingrid Iasmin, pelo evento Samurai Combate 6. Nas duas lutas anteriores, em julho e maio deste ano, ela venceu as suas adversárias.

Durante o tempo em que se dedicou com maior esmero ao esporte, trabalhou como faxineira, tarefa que a ajudava a manter “os braços fortes” e a pagar contas para morar junto com uma amiga. O pouco dinheiro que recebia a levou a desistir do esporte. Acabou por se tornar stripper.

Betina largou os treinos diários e foi para o interior do Rio Grande do Sul. Morou em cidades como Passo Fundo, no Norte, e Flores da Cunha, na Serra. Por lá, passou a se prostituir. Praticava pole dance (dança sensual) em casas do ramo e realizava os programas. Resolveu voltar para Porto Alegre meses depois, com a certeza de que deixaria a vida da prostituição.
- Meu primeiro programa foi no dia 12 de junho, justamente o Dia dos Namorados. Era horrível, tem cada coisa que vi nesse meio. Precisava beber para fazer os programas, e beber não combina com a vida de atleta. Me prostituí até em calçada, de dia, para conseguir comida. Antes de voltar a Porto Alegre, dormi dois dias na rodoviária porque não tive como trocar a passagem. As pessoas me davam comida. Agora estou aqui - relata.

Me prostitui até em calçada, de
dia, para conseguir comida

Betina Baino

A lutadora garante que não precisa de tratamento psicológico. Se considera limpa das drogas, que não usa há dois meses. Quer mesmo é praticar esporte e trabalhar no ramo das lutas. A paixão pelo MMA é forte. Segundo ela, foi o que salvou sua vida quando estava em uma forte depressão. A falta de incentivo a preocupa, mas não demonstra estar desanimada. Entre uma ajuda e outra, promete se reerguer.

Em meio à batalha para retornar ao MMA, a lutadora se diz cansada. Vai às lágrimas ao falar do filho de três anos, a quem é impedida de ver. Perdeu a guarda do menino e foi interditada judicialmente, condição que a impede, por exemplo, de assinar contratos e vender bens.
A criança e a filha mais velha, de 17 anos, moram com os avós maternos. A lutadora conta que a situação foi gerada por causa de um relacionamento conturbado com o pai do filho mais jovem, que envolveu brigas e o uso de drogas.

Lutadora se emocionou ao falar do filho de três anos (Foto: Paula Menezes/GloboEsporte.com)

- É uma dor muito grande. Eu tentei vê-lo e meus pais chamaram a polícia. Não tenho medo, mas eles tiram do menino a possibilidade de conviver com a mãe. Meu pai, que é médico, não aceita minhas atitudes - lamenta.

Enquanto a volta ao esporte não se concretiza, a lutadora quer ter dinheiro para se sustentar, só não sabe em que área conseguirá um emprego. Já cursou direito e serviço social, mas não concluiu as faculdades. Até agora, tem procurado fazer entrevistas e afirma que seus amigos não a deixam desamparada. Tanto que, em meio à conversa, parou em uma banca de frutas localizada em frente à academia para pegar uma banana, dada pelo dono do local.
Técnico mostra apreensão
O ex-treinador da lutadora diz que está preocupado com a ex-aluna e amiga. O professor de lutas Pércio Rodrigues conta que conhece Betina Baino há pelo menos 15 anos e que teve o último contato na semana passada, quando foi informado que ela estava trabalhando no interior do Rio Grande do Sul e que estava bem. Na quinta-feira, ele foi surpreendido ao ver as notícias sobre o ato da ex-aluna.
- Estou bem preocupado. Fiquei surpreso. Mas vamos ver, tomara que ela se saia bem. De repente precisa de um tratamento, se está com problema psicológico. O esporte ajuda, mas quando se trata de saúde mental, é bom procurar auxílio - comentou.

Lutadora luta para retornar ao MMA, em Porto Alegre (Foto: Paula Menezes/GloboEsporte.com)

Conforme Pércio, Betina começou a lutar em 2011. Entretanto, após participar de cinco combates em nove meses em 2014, ela disse que precisava descansar. Há algum tempo, ela teria procurado outro professor para seguir os treinamentos, mas os dois nunca perderam o contato. O treinador relata que a lutadora tinha potencial para seguir no esporte. Treinava duro e demonstrava gostar de competir. Mas as dificuldades para conseguir patrocínio a desanimaram.

Outros casos de nudez
O desabafo da lutadora em meio ao trânsito de Porto Alegre foi o segundo caso de nudez pública registrado na capital. O primeiro ocorreu em 30 de outubro, quando uma jovem foi vista correndo nua no Parque Moinhos de Vento. No último domingo, uma mulher foi vista correndo pelada no Centro e um ciclista caminhou nu pela Avenida Carlos Gomes.

Com show de dribles de Falcão, Brasil bate Colômbia e vai à semifinal do GP

Em noite inspirada, craque usa e abusa da habilidade, e seleção brasileira vence por 4 a 0, garantindo o primeiro lugar do grupo A. Time volta a jogar apenas no sábado

Por GloboEsporte.comSão Bernardo do Campo, SP

1. Guatemala vence costa rica

Um gol, um lençol, embaixadinhas, lambretas e um quase gol numa jogada conhecida como "carretilha invertida". Em noite inspirada, Falcão comandou o Brasil na vitória por 4 a 0 sobre a Colômbia, pela segunda rodada do Grand Prix de Futsal, no ginásio Adib Moises Dib, em São Bernardo do Campo (SP). Além do camisa 12, marcaram para a seleção canarinho: Valdin, Pepita e Sinoê. A vitória, a segunda em dois jogos na competição, garantiu a classificação do Brasil à semifinal como primeiro lugar do grupo A. Nesta sexta-feira, às 16h, jogam Colômbia e Vietnã às 16h, com transmissão ao vivo do SporTV. Um empate classifica os colombianos na segunda colocação. A semifinal acontece no sábado.
- É muito bom estar aqui na seleção, principalmente por estar atuando ao lado de um cara experiente como Falcão, que é o ídolo maior do nosso esporte. Ele nos dá muita tranquilidade e sempre aconselha os mais novos a fazerem aqui o que fazem nos clubes - comentou o pivô Pito, de 23 anos.

Falcão comemora o seu gol, o terceiro da vitória do Brasil (Foto: Luciano Bergamaschi/CBFS)

O Brasil tomou a iniciativa da partida, e, aos dois minutos, Falcão serviu Daniel, que bateu cruzado, com perigo. Aos três, Rodrigo arriscou da intermediária, e o goleiro Lozano tirou com a ponta dos dedos. No lance seguinte, Falcão finalizou de média distância, e Lozano defendeu socando a bola para o alto. Já com o segundo quarteto, a seleção brasileira assustou aos seis, quando Marcênio e Valdin concluíram em sequência. Aos sete, porém, não teve jeito. Valdin recebeu rasteiro e tocou rasteiro na saída de Lozano.
O segundo gol brasileiro não demorou a acontecer. Aos nove, Pepita deu um drible desconcertante em Quiroz e bateu de pé trocado para fazer 2 a 0. Quatro minutos depois, Falcão tentou marcar um golaço, finalizando com uma "carretilha invertida", jogada criada pelo craque português Ricardinho. A bola passou por cima do travessão. No lance seguinte, o camisa 12 se redimiu da melhor maneira. Depois de receber passe na frente, Falcão fuzilou a meta de Lozano e fez o terceiro.

Rodrigo tenta o drible para cima do colombiano Felipe (Foto: Luciano Bergamaschi/CBFS)

A Colômbia só foi criar a sua primeira boa chance aos 15, com Angellot, que invadiu a área brasileira com a bola dominada. Atento, Gian saiu do gol para fazer a defesa. Com o domínio total da partida, o Brasil tratou de tocar a bola nos minutos finais do primeiro tempo, administrando o resultado de 3 a 0 até o término da etapa.
O selecionado canarinho voltou para o segundo tempo a todo vapor. Logo no primeiro lance, Pito carimbou a trave. Aos dois, Daniel entrou driblando e só foi parado por Lozano dentro da área. Dois minutos depois, Angellot serviu Acosta e ele bateu em gol para a defesa de Gian. Refeito do susto, o Brasil voltou a levar perigo aos sete, quando Leco recebeu na entrada da área e mandou uma bomba. A bola pegou no travessão e se perdeu pela linha de fundo. Aos 11, a Colômbia teve a sua melhor chance até então. Em contra-ataque puxado por Yeisson, Acosta ficou livre, mas finalizou na rede pelo lado de fora.

Falcão tenta o gol com a jogada conhecida como carretilha invertida (Foto: Luciano Bergamaschi/CBFS)

Empolgada, a Colômbia passou a gostar da partida, e, aos 12, Angellot fez boa jogada individual e soltou uma bomba. A bola explodiu no peito de Gian e saiu pela lateral. Aos 15, Falcão aplicou um chapéu desmoralizante no colombiano Toro, para delírio da torcida presente ao ginásio Adib Moises Dib. O lance serviu para dar uma sacudida na seleção brasileira. Segundos depois, Sinoê tabelou com Rodrigo e fez o quarto. Motivado, Falcão tratou de exibir um vasto repertório de dribles até o final da partida e o placar se manteve mesmo em 4 a 0.
Escalações:
Brasil: Gian, Rodrigo, Daniel, Falcão e Sinoê. Entraram: Leco, Marcênio, Pepita, Valdin, Leandro, Pito e Zico. Técnico: Serginho Schiochet.
Colômbia: Lozano, Quiroz, Barreneche, Angellot e Toro. Entraram: Acosta, Yefri, Yeisson, Tejada, Camilo Reyes e Otero. Técnico: Osmar Arney Fonnegra

Guatemala vence costa rica

Pelo grupo B, a Guatemala venceu a Costa Rica por 2 a 1. Foi a segunda e última partida dos guatemaltecos, que encerraram a participação na primeira fase, com três pontos. Nesta sexta-feira, jogam Irã x Costa Rica às 19h45. Os três gols da partida foram marcados no final do primeiro tempo. A Guatemala saiu na frente, com Alay, mas Garro empatou a partida em seguida. Quando o placar da primeira etapa parecia que terminaria 1 a 1, Santizo fez o segundo da Guatemala, que conseguiu segurar o resultado no segundo tempo e sair de quadra com os três pontos.

Escalações:
Costa Rica: Alvaro, Garro, Napo, Chino e Diego Zuñiga. Entraram: Carmona, Lopez, Cabalceta, Chela, Carvajal, Jerez e Sayo. Técnico: Diego Solis Leroy.
Guatemala: Merida, Estrada, Sandoval, Gonzalez e Aguilar. Entraram: Garcia, Alay, Mansilla, Enriquez e Santizo. Técnico: Carlos Eduardo Estrada.

Luis Fabiano nega assédio do Fla e diz: "Não me vejo fora do São Paulo"

Fabuloso garante que não foi procurado por dirigentes do Rubro-Negro e dá prioridade ao Tricolor para discutir a renovação do contrato, válido até fim de 2015

Por Carlos Augusto FerrariSão Paulo

Luis Fabiano durante treino do São Paulo
(Foto: site oficial / saopaulofc.net)

Apontado como um dos desejos do técnico Vanderlei Luxemburgo, o atacante Luis Fabiano negou nesta quinta-feira que tenha sido procurado por dirigentes do Flamengo. O jogador reiterou o desejo de permanecer no São Paulo em 2015,  disse que a renovação do contrato depende também da diretoria, mas dará preferência ao Tricolor.

– Não existiu nada, acho que foi mais por parte do Flamengo que soltaram. O Luxemburgo fez uma lista de jogadores que poderiam vestir a camisa do Flamengo, e alguém soltou do lado de lá e começa um burburinho. Não teve conversa, ninguém me procurou e nem falou com ninguém do São Paulo. Todo ano me colocam em vários times e continuo ficando – afirmou.

O São Paulo não abre mão do camisa 9 para o próximo ano, sobretudo pela grande possibilidade de o time disputar a Taça Libertadores. O centroavante é visto pelo técnico Muricy Ramalho como uma das peças fundamentais do elenco. Além disso, o Tricolor teria dificuldade para encontrar uma alternativa no mercado.

– Para outro time dar o que o São Paulo me deu será impossível, porque tudo o que passei aqui foi maravilhoso. Para ter essa identificação com outro time seria difícil até porque eu não faria um contrato de cinco anos. Penso em jogar em até os 36, 37...de repente se eu ficar até os 38

Apesar da negativa do atacante, o vice de futebol do Flamengo, Alexandre Wrobel, e o diretor executivo, Felipe Ximenes, estiveram na capital paulista na última semana e manifestaram pessoalmente o desejo de contar com o Fabuloso. O contato ainda foi inicial, mas o Rubro-Negro já apresentou boa parte de suas possibilidades de investimento e trabalha para liberação do Tricolor.

– Não me vejo fora do São Paulo. O que vai acontecer depois eu não sei, mas nunca cheguei a ter vontade de sair. Se tivesse, teria saído, porque quando o jogador não quer ficar, ninguém segura – disse.

Luis Fabiano tem contrato com o São Paulo até o fim do próximo ano, mas evita especular sobre o futuro. Destaque no primeiro semestre, o jogador sofreu com lesões a partir da parada para a Copa do Mundo e só voltou a atuar com regularidade nas últimas partidas. Ele fez gols diante de Vitória e Inter, chegando a 19 na temporada, disparando como o artilheiro do Tricolor.
– Para renovar ainda falta muito tempo, vamos deixar para conversar se é que vai haver interesse do São Paulo. A primeira opção é o São Paulo, estou aqui há muito tempo, conheço a casa, minha família está bem. Mas vamos deixar acabar o ano e esperar o que acontece – ressaltou.

Espirro convenceu Cruzeiro a não usar Egídio no clássico contra o Galo

Com lesão na região abdominal, lateral-esquerdo não conseguiu sequer ficar no banco depois de sentir fortes dores ao espirrar

Por Alexandre AlliattiBelo Horizonte

Soa estranho, mas um espirro foi o argumento definitivo para o Cruzeiro não utilizar o lateral-esquerdo Egídio no primeiro jogo da final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, no Independência. Explica-se: no domingo, contra o Criciúma, o atleta levou uma pancada na região abdominal. Teve que ser substituído. Desde então, vinha lidando com dores, mas estava esperançoso de atuar no clássico. Porém, não conseguiu. Foi ausência na derrota por 2 a 0 (confira os melhores momentos no vídeo acima).

- O departamento médico decidiu que eu não jogaria. Dei um espirro e doeu pra caramba. Achamos melhor me tirar até do banco. Se precisasse, o Marcelo não poderia nem me utilizar. Agora, a gente vai recuperar bem para voltar o quanto antes.

Egídio é presença incerta no domingo, contra o Santos (Foto: Getty Images)

Egídio não sabe se poderá jogar contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro. Tem pouco tempo para se recuperar. A partida será às 17h de domingo, na Vila Belmiro.

- Está doendo muito. Não consigo nem me mexer direito, me movimentar.

Sem Egídio, o Cruzeiro usou Samudio na partida. Curiosamente, os dois gols do Atlético foram originados pela esquerda da defesa cruzeirense – em duas cobranças de lateral.

De fora, ele viu sua equipe se complicar na briga pelo título. Mas ainda confia.

- A gente começou bem nos dez primeiros minutos. Eles fizeram um gol impedido, que não foi marcado. Fazer o quê? Em casa, com nossa torcida, temos totais condições.

Cruzeiro e Atlético decidem o título da Copa do Brasil no dia 26, no Mineirão. A Raposa precisa de três gols de diferença para ser campeã. Outra alternativa é devolver os 2 a 0 do duelo de ida e tentar a sorte nos pênaltis.

Nervosismo, provocação e alegria: a noite de êxtase dos donos do Horto

Com poucos minutos de silêncio, torcida do Atlético-MG vive inúmeras sensações no Independência. Torcida grita o tempo todo, mas alívio só vem com apito final

Por Daniel MundimBelo Horizonte

O atleticano é o dono do Horto. Diz o que quer, da forma que quer, no tom que quer. Sente-se em casa. Coloca os pés para cima. Sente-se à vontade. Só não trata bem seus visitantes. Especialmente se eles vestirem azul. A decisão dessa quarta-feira, da Copa do Brasil, começou e se encerrou da mesma forma. A versão alvinegra de “Decime que se siente” embalou o pré e o pós-jogo do primeiro encontro da decisão. Em uma só voz.

A torcida do Atlético-MG, única no Independência, viveu cada minuto da partida. Mesmo que não tenha lotado o estádio. Os gritos não pararam. O repertório era vasto. A arena no Horto, mesmo que tenha cadeiras para todos os torcedores após a reforma, não parecia ter uma alma atleticana sentada. 

Mas a agitação era um estímulo para aliviar a tensão. A defesa de Victor com poucos segundos de jogo e celebrada como um gol serviu para liberar a ansiedade. Ainda foi possível aumentar o estrondo da massa atleticana. Luan foi o responsável, com o gol aos oito minutos. O nervosismo ainda existia, tanto que a comemoração durou apenas até a saída de bola cruzeirense. Aí vieram as vaias ao adversário.

Em pé e sem se calar: atleticano viveu cada minuto do primeiro jogo da decisão (Foto: Gustavo Andrade)

Dois minutos mais tarde foi a vez de o hino atleticano ser entoado. O anfitrião mostrava quem mandava na casa.  O Cruzeiro tinha dificuldades. Não evoluía seu jogo. Se trocasse mais de três passes, teria que aguentar as vaias em uníssono no Independência. Houve um pequeno intervalo de calmaria, mas a importância do jogo não deixou que ela se estendesse. Ninguém se sentou. Somente por poucos minutos durante o intervalo, até que o time atleticano regressasse.

Tardelli mostrou sentir dores na virilha após uma jogada no início do segundo tempo. Os atleticanos, apreensivos, gritaram seu nome. O nervosismo na arquibancada parecia maior.  

- Ai, meu Deus, meu coração não dá conta disso, não – bradou um torcedor, aos 11 minutos da segunda etapa, no setor Ismênia do estádio.  

Alexandre Cardoso cruzou os dedos a cada ataque do Cruzeiro (Foto: Daniel Mundim)

Dois minutos depois o coração daquele atleticano deu conta. Pulsou com o gol de Dátolo. Uma nova explosão de alegria e quase incredulidade. Perto dali, Alexandre Cardoso subia as grades, pulava, gritava, se esgoelava. Parecia se sentir sozinho. Conversava com o time. Os dedos estavam sempre cruzados a cada subida ao ataque do Cruzeiro. Mas a tensão não escondia o brilho daquele momento para ele, que queria ver torcedores celestes no estádio para completar a festa.  

- Foi contra o Corinthians, foi contra o Flamengo, agora o Cruzeiro! Eu gostava de ver o Mineirão dividido. Sou da época meio a meio. Sou atleticano, mas, Kalil, fale menos... – declarou Alexandre, interrompendo a fala para praticamente ordenar, com xingamento, que Marcelo Moreno deixasse a área atleticana.   

O Independência fervia, e os jogadores atleticanos foram juntos. A cada escanteio, era fácil ouvir: “É sua, Léo!”. Um pedido para que o capital Leonardo Silva usasse a cabeça. Mas não houve oportunidades. Aos 46 minutos, o grito que embala o Galo desde a Libertadores do ano passado foi usado pela primeira vez. “Eu acredito!” ecoou no Independência. No entanto, com os 2 a 0 desta quarta, ficou mais fácil acreditar.  

- O Galo atropelou, é vitória nossa. Se não tivesse feito, poderia ter perdido. Mas a melhor carta na manga do Kalil foi isso aí, a pressão é toda nossa. Quando tem o Cruzeiro na frente, a emoção é muito maior. Eles tremem! – comemorou o torcedor Gustavo Tempone.

Cadeiras para quê? Torcida do Atlético-MG não senta um minuto (Foto: Daniel Mundim)

A final no Twitter: Luan é o atleta mais citado, e Minas fala mais no Cruzeiro

Infográfico mostra como se comportaram os internautas na rede social durante o primeiro jogo da decisão, vencido pelo Atlético, na noite de quarta-feira, no Horto

Por GloboEsporte.comRio de Janeiro

Atlético-MG e Cruzeiro começaram a decidir a Copa do Brasil na noite de quarta-feira, no Estádio Independência, em Belo Horizonte. Melhor para o Galo, que venceu 2 a 0 e abriu boa vantagem para a segunda partida, dia 26, no Mineirão. No Twitter, houve mais de 200 mil alusões ao primeiro jogo. Os detalhes da participação dos torcedores no microblog podem ser conferidos no infográfico abaixo. Luan, autor do primeiro gol, foi o atleta mais citado. Outro dado chama a atenção: apesar de derrotado, o Cruzeiro foi mais falado que o Galo, quando isolados apenas os tweets provenientes de Minas Gerais. No geral, entretanto, o Atlético foi mais citado.

(Foto: Infoesporte)

Talisca relata passado de fome até chegar à Seleção: "Consegui superar"

Acostumando-se ao ambiente do time principal, atacante diz que sentiu frio na barriga no "batismo" e relembra momento como cantor na intimidade com os colegas

Por Márcio IannaccaIstambul, Turquia

Anderson Talisca desviou a rota da China para a Turquia. Deixou a seleção sub-21 para juntar-se ao time principal. Com apenas 20 anos e um currículo de nove gols em 14 jogos na atual temporada, o jogador do Benfica mostra-se bem à vontade entre os novos colegas. Mas, apesar da tranquilidade no ambiente, deixou de lado os passeios por Istambul nesta quinta-feira no dia de folga para descansar e focar no objetivo: seguir sendo lembrado por Dunga.

E foi no hotel da Seleção que Talisca contou como tem sido a adaptação à Seleção. Das conversas com os companheiros ao discurso ao qual os novatos são submetidos na primeira convocação. Não faltou nem um momento cantor ao atacante. Ao GloboEsporte.com, o atleta repetiu o palhinha dada ao time, mas sem o frio na barriga do momento do "batismo".

- Claro que precisava dar o discurso. Deu um frio na barriga, mas foi tudo bem. O grupo ficou provocando para eu dar uma palavra, mas acho muito legal para você se apresentar para os companheiros e para a comissão técnica. Cantei uma música e contei uma piada – revelou o jogador de apenas 20 anos.

David Luiz divide selfie com o mais novo colega (Foto: Reprodução/ instagram)

O cuidado é tanto com o momento vivido com a camisa canarinho que nem mesmo assuntos relacionados ao Benfica entraram na conversa, pedido feito logo no começo do bate-papo com a reportagem. Nas declarações, o relato do começo no futebol e a enorme dificuldade vivida. Chegou a passar fome e costuma dizer que não teve luxos. Mas faz questão de enaltecer o empenho dos pais, dona Ivone e seu Augusto, para que alcançasse o objetivo de vencer como atleta profissional.

- Minha família é de Feira de Santana, no interior da Bahia. Minha infância foi sofrida como é o início de toda criança que sonha ser um grande jogador. Passei por dificuldades, mas consegui superar. Não cresci tendo um padrão de vida legal. Não cresci tendo aquela estrutura toda, mas junto com a minha família tudo foi superado. Meus pais e meus tios são muito importantes para mim.
A luta para vencer no futebol teve início no Vasco. Aos 13 anos, indicado por Álvaro Miranda, filho do presidente eleito do clube, Eurico Miranda, ganhou uma chance na Colina. Mas acabou não ficando. A oportunidade serviu para conhecer Philippe Coutinho, atual colega de Seleção.

- Lembro da minha passagem pelo Vasco. Joguei com o Philippe Coutinho. Ele se lembra de mim. Foi uma passagem rápida. Não fiquei por lá por causa de alojamento. Como a minha mãe estava grávida do meu outro irmão, eu decidi voltar também - contou.
Talisca, ou melhor, Anderson Souza Conceição vingou apenas na base do Bahia. Foi lá que ganhou o apelido que propagaria pelo mundo. Alguns companheiros viram seu meião escorregar pelas canelas finas enquanto corria para armar ou finalizar uma jogada. Não pensaram duas vezes: era Talisca para cá, Talisca para lá.

- Quando eu era mais novo, o meu apelido não era Talisca. Era Doda. Meus colegas colocaram esse apelido lá no interior da Bahia. Desde pequeno meus colegas me chamavam assim e eu nem sei o motivo. A minha família me chamava de Anderson mesmo – disse o jogador, que é casado com Ana Paula e já pensa em um primogênito.

- Ainda não está vindo, mas estamos providenciando – disse.

Talisca é assediado pela imprensa na chegada à concentração do Brasil em Istambul (Foto: Mowa Press)

Foi no Bahia também que viveu duas histórias curiosas. Na primeira, o técnico Marquinhos Santos montou um esquema para privilegiar o estilo de jogo do atacante. Talisca atuava como um falso camisa 9 e dava conta do recado. A outra ocorreu com o técnico Jorginho, atualmente na Chapecoense, quando o comandante o repreendeu por ter comprado um carro de R$ 70 mil.

- Não sei qual foi a intenção dele. Faz tempo. Eu era novo, mas quando faço uma coisa sei das coisas que eu faço. Sei das consequências que podem acontecer comigo. Se eu fiz é porque eu achei que teria que ser feito.

Conforme a caminhada seguia no futebol, os apelidos também proliferavam-se. Opções para todos os gostos. De “Neymar com dendê” a Yaya Talisca, em referência ao jogador marfinense Yaya Touré, do Manchester City. Tudo virou comparação com outros nomes do futebol.

- Fico feliz pelos apelidos, são grandes jogadores. Estar sendo apelidado assim é ótimo, mas procuro apresentar o meu futebol e criar a minha identidade.

Talisca soma nove gols em 14 jogos na atual temporada (Foto: EFE)

Com o corpo coberto por tatuagens, Talisca prefere não explicar o significado de cada uma delas, mas diz que sabe exatamente o que gravou na pele. As únicas que faz questão de explicar são o nome da esposa no pulso e o rosto de Jesus Cristo no antebraço esquerdo.

- Sou religioso. Acredito em Deus.

E, para quem ainda não conhece seu potencial, ele faz questão de dar o cartão de visitas. Acima de qualquer característica de jogo, o atleta garante que o importante é estar pronto para ajudar.

- Jogo mais centralizado pelo meio de campo. Mas o jogador tem que estar preparado para ajudar.

Ao lado da delegação brasileira, Talisca embarca para Viena na noite desta quinta-feira. Na próxima terça-feira, o Brasil vai pegar a Áustria, na casa dos rivais. O confronto será transmitido ao vivo pela TV Globo, Sportv e GloboEsporte.com. O site também acompanha a partida em Tempo Real.