domingo, 14 de abril de 2013

Ronda Rousey e Cat Zingano fazem encarada quente após o TUF 17 Finale

Técnicas do TUF 18 se encontram pela primeira vez e mostram, cara a cara, que rivalidade será intensa pelo cinturão dos pesos-galos do UFC

Por SporTV.com Las Vegas
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As duas técnicas do TUF 18, Ronda Rousey e Cat Zingano, mostraram que o clima não será de amizade durante as gravações do reality show. Na coletiva de imprensa após o TUF 17 Finale, as duas se encontraram pela primeira vez, e fizeram uma encarada tensa diante dos fotógrafos. Mesmo após a vitória sobre Miesha Tate e a garantia de disputa do cinturão dos galos do UFC, Zingano não relaxou, e quase chegou a tocar o rosto da campeã, cujos cabelos impediram que a sua fisionomia fosse vista.
Ronda Rousey x cat zingano mma (Foto: Reprodução)Ronda Rousey e Cat Zingano se encaram após a coletiva de imprensa do TUF 17 Finale (Foto: Reprodução)
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Quando os fotógrafos pediram que ela tirasse o cabelo do rosto, Ronda Rousey não conseguiu conter o sorriso, contrastando com a seriedade de Zingano, que se manteve impassível. Logo depois as atletas ficaram de frente para as câmeras. Só então Zingano sorriu, relaxando a fisionomia.

Top 5: Amigos de Anderson Silva elegem seus melhores momentos

No dia do aniversário de 38 anos do 'Spider', Ramon Lemos, Rogério Camões, Rafael Feijão e irmãos Nogueira falam da carreira do campeão peso-médio

Por Adriano Albuquerque Rio de Janeiro
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Anderson Silva completa neste domingo, 14 de abril, 38 anos de idade. Dezesseis desses anos foram dedicados ao MMA, e, desde 2006, o homem conhecido como "Spider" vive o auge da carreira no esporte, com 17 vitórias consecutivas, 16 delas dentro do UFC. O SPORTV.COM pediu a um grupo de amigos, treinadores e companheiros de treinos do lutador que elegessem os momentos dessa trajetória que consideram inesquecíveis, e fizessem uma pequena descrição de porque esses feitos os marcaram. Os mestres e amigos de Anderson, Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro, o preparador físico Rogério Camões, o amigo, sparring e córner Rafael Feijão e o treinador principal Ramon Lemos atenderam o pedido e deram seus votos. (No vídeo ao lado, Minotauro descreve três momentos marcantes da carreira do Spider, e Wanderlei Silva deseja "feliz aniversário" ao amigo).
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5. Nocaute contra James Irvin, Ultimate Fight Night 14, 19 de julho de 2008
- Foi uma luta que me marcou muito porque era a primeira luta dele em 93kg no UFC. Como esse é o meu peso, pude ajudar ainda mais. Foi um camp muito bom e Anderson tem sempre treino com atletas mais pesados, eu, Rogério, Rodrigo... A gente sabia do que ele era capaz. E a vitória foi sensacional, nocaute logo no primeiro round... Anderson é um fora de série - disse Rafael Feijão.
UFC 148 Anderson Silva; Chael Sonnen (Foto: Getty Images)Anderson acerta joelhada em Chael Sonnen na
revanche entre os dois (Foto: Getty Images)
4. Nocaute contra Chael Sonnen, UFC 148, 7 de julho de 2012
- A segunda luta dele com o Chael Sonnen, aquela vitória dele, a maneira como ele terminou aquela vitória, com elegância, e a postura nas declarações pós-luta dele, ele realmente se superou. Mostrou porque ele é o Anderson Silva - lembrou Rogério Camões.
3. Finalização contra Dan Henderson, UFC 82, 1º de março de 2008
- Eu estava presente. A gente fez o treino dele inteiro. Era um cara que eu já lutei, o Rogério já lutou. Então, a gente trabalhou bastante. Ele ganhou com uma excelente finalização. O Dan Henderson vinha colecionador de cinturões, o Anderson acabou lutando com ele pelo título no retorno do Hendo para o UFC. Foi um grande momento da carreira dele - afirmou Minotauro.
2. Nocaute contra Vitor Belfort, UFC 126, 5 de fevereiro de 2011
- Quando ele foi lutar com o Vitor Belfort. Quando ele entrou no octógono, ele virou para mim e falou, "Vou ali e já volto. Vai ser rápido". E foi lá e fez aquilo. Foi surpreendente - contou Ramon Lemos.
anderson silva Belfort ufc (Foto: Divulgação)O chute que derrubou Vitor Belfort: Anderson avisou treinador que luta seria rápida (Foto: Divulgação)
1. Finalização contra Chael Sonnen, UFC 117, 7 de agosto de 2010
- Não dá para deixar de falar daquela luta contra o Chael Sonnen. O Anderson estava tomando um atraso ali no começo. Fez uma luta totalmente estratégica e entrou na coisa de querer finalizar o Chael no chão. Poderia ter tentando nocaute, mas ali foi uma questão de orgulho dele. E conseguiu finalizar. Para mim, foi o momento mais emocionante, eu estava de olho fechado, estava rezando, nem via mais a luta. Aí a minha irmã me avisou, eu abri o olho e ele já tinha finalizado! - confessou Minotauro.
FRAME luta Anderson Silva Sonnen teaser (Foto: Reprodução)O triângulo de Anderson em Sonnen: promessa aos
irmãos Nogueira foi cumprida (Foto: Reprodução)
- Ele entrou machucado, com o quimono, com a faixa preta do jiu-jítsu. Antes da luta, logo quando ele estava entrando, chamou o Rodrigo e disse que ia finalizar. Ele foi para o chão, convicto da finalização, mas sentiu a costela na luta. Não foi a luta que ele queria ter feito, mas finalizou. Prometeu e fez. Aquela luta ficou marcada na mente de todo mundo. Eu chorei no final, de casa, nervoso. Foi um grande presente que ele deu para a gente - agradeceu Minotouro.
- Um dos momentos que mais me surpreendi foi quando ele machucou a costela para lutar com o Chael Sonnen e, três semanas antes, ele fala que vai entrar de quimono, que ia finalizar o Chael Sonnen, com jiu-jítsu, e ia gritar o nome do Minotauro, que era faixa-preta dele. A gente tinha uma estratégia totalmente diferente. Isso foi muito surpreendente para mim, ele entrar com lesão e fazer exatamente o que falou, me surpreendeu - disse Ramon Lemos.
* Colaboraram Cássio Barco e Ana Hissa

Com gol nos acréscimos, Sport assegura liderança diante do Santa

Leão empata por 2 a 2 no Arruda com o Santa Cruz, fica com o primeiro lugar e terá vantagem nas finais do Campeonato Pernambucano

Por Franco Benites e Lucas Liausu Recife
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Bastava um empate para o Sport garantir a liderança do segundo turno do Campeonato Pernambucano e levar a vantagem de poder realizar o segundo jogo em casa nas finais do Estadual. E foi esse resultado que o Leão conseguiu no estádio do Arruda ao ficar no 2 a 2 com o Santa Cruz. O gol da liderança saiu nos acréscimos, de pênalti, quando a torcida tricolor já cantava vitória nas arquibancadas.
Quem saiu na frente foi o Santa Cruz, com Raul, no fim do primeiro tempo. Roger empatou logo no início do segundo tempo e Dênis Marques, que neste domingo completou 50 jogos com a camisa coral, recolocou os donos da casa na frente. O empate do Sport saiu dos pés de Marcos Aurélio na cobrança de pênalti aos 47 minutos. No total, 33.063 torcedores participaram do emocionante Clássico das Multidões deste domingo.
Como terminou o segundo turno na primeira colocação com 22 pontos, o Sport pegará o Ypiranga (quarto colocado) nas semifinais do Pernambucano. O primeiro jogo entre as equipes está marcado para o dia 21 de abril às 16h no estádio Lacerdão em Caruaru. Já o Santa Cruz, terceiro colocado, jogará contra o vice-líder Náutico no mesmo dia e horário no estádio do Arruda.
Roger - Sport (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Roger fez um dos gols do Sport no jogo com o Santa Cruz (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Raul chuta e Magrão 'dá azar'

O primeiro minuto dava a entender que seria um jogo bastante movimentado no Arruda. Aos 40 segundos, Jefferson Maranhão aproveitou jogada de Flávio Caça-Rato e chutou forte para uma boa defesa de Magrão. No contra-ataque, Felipe Azevedo teve a chance do Sport. Ele chutou forte e Tiago Cardoso defendeu sem segurança. A bola quase entrou, mas Willian Alves cortou em cima da linha.
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Santa Cruz x Sport (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Dênis Marques fez gol em dia festivo, mas saiu
sem liderança (Foto: Aldo Carneiro/PE Press)
Os dois goleiros só voltaram a trabalhar perto dos 30 minutos. Aos 28, Jefferson Maranhão chutou de muito longe e Magrão defendeu com tranquilidade. No minuto seguinte, Roger recebeu de Felipe Azevedo e mandou uma bomba. Tiago Cardoso defendeu no susto mandando a bola para escanteio.
O péssimo futebol apresentado deixou as duas torcidas caladas no Arruda, mas no fim do primeiro tempo a do Santa Cruz voltou a cantar. Aos 44 minutos, Raul recebeu de Flávio Caça-Rato e mandou uma bomba de fora da área. A bola explodiu na trave e na volta bateu nas pernas de Magrão e foi parar dentro do gol: 1 a 0.

Empate nos acréscimos define líder

O Sport voltou para o segundo tempo com uma mudança que alterou o esquema da equipe. O atacante Marcos Aurélio entrou na vaga do volante Marino. E o resultado da mexida do técnico Sérgio Guedes veio logo aos cinco minutos, quando Felipe Azevedo arrancou pela direita e tocou para Roger, que encheu o pé de fora da área e deixou tudo igual no Arruda.
A resposta do Santa Cruz não demorou muito tempo. Aos 10 minutos, Dênis Marques ganhou de Tobi e chutou com força e muita categoria sem chances para Magrão fazendo 2 a 1 para o Tricolor. A partir daí, as equipes se revezaram nas jogadas de ataque, mas sem outros gols até que o Sport teve um pênalti a favor cometido por Tozo. Aos 47 minutos, Marcos Aurélio foi para a cobrança, empatou o jogo e garantiu a liderança do estadual.
Marcos Aurélio - Sport (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Marcos Aurélio fez gol nos acréscimos e ajudou o Sport (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Em casa, Caldense surpreende e quebra série invicta do Atlético-MG
Expulsão de Carlos César no primeiro tempo prejudica reservas alvinegros. Nena e Chimba garantem a vitória após Guilherme abrir placar para o Galo
 
 
A CRÔNICA
por Léo Simonini
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Até deu pinta de que os reservas do Atlético-MG conquistariam a 14ª vitória seguida do time na temporada. Mesmo com um a menos, já que Carlos César foi expulso aos 32 minutos da etapa inicial, o Galo saiu na frente no apagar das luzes do primeiro tempo, em pênalti sofrido e convertido por Guilherme. Mas as alterações de Tarcísio Pugliese, logo no início da etapa final, surtiram efeito: a  Veterana passou a encurralar o Alvinegro e conseguiu uma merecida vitória de virada, por 2 a 1.
Nena se aproveitou de falha de Giovanni após cobrança de escanteio e Chimba decretou o vira-vira, também de cabeça, mas, desta vez, sem chances para o goleiro atleticano. Com o resultado, o Galo voltou a perder para um time do interior depois de cinco anos no Estadual. O último tropeço havia sido em 2008, quando o Guarani-MG venceu por 3 a 2.
A derrota interrompeu uma série de 13 vitórias seguidas do Galo e deu chances de classificação à Caldense. O time chega à última rodada com a chance de alcançar uma vaga no G-4. Para isso, precisa vencer o América de Teófilo Otoni no domingo e torcer por uma derrota do Tombense e pelo menos um empate do Tupi.
O resultado também foi ótimo para o Cruzeiro, que sequer entrou em campo e continua na liderança do Estadual. Com 25 pontos, o time pode confirmar a primeira posição na fase de classificação na terça-feira, caso vença o Nacional-MG, no Mineirão. O Galo permaneceu com 24 pontos e tem apenas um jogo a fazer. Mas, antes, a equipe volta suas atenções para a Libertadores, onde encara o São Paulo, quarta-feira, às 22h, no Morumbi.
Na última rodada da fase classificatória do Mineiro, no próximo domingo, todos os jogos serão no mesmo horário, às 16h (de Brasília). O Galo recebe o Villa Nova no Mineirão.
Desvantagem numérica, mas gol achado no fim
Com um time formado exclusivamente por reservas, o Atlético-MG demorou a se encontrar em campo. A falta de entrosamento era nítida, sobretudo quando o time tinha a bola nos pés. Com isso, a Caldense começou pressionando, empurrada pela participativa torcida de Poços de Caldas. Mesmo assim, Giovanni foi exigido apenas uma vez, em cobrança de falta de Edmilson.
Atlético-MG x Caldense (Foto: Léo Simonini)Guilherme até lutou, fez um gol, mas o Galo não conseguiu superar a Caldense (Foto: Léo Simonini)
Ainda que estivesse pior em campo, o Galo teve a melhor chance até então, aos 27 minutos, quando Junior Cesar cruzou da esquerda e Alecsandro desviou para acertar o travessão de Glaysson.
Quando o Atlético-MG passou a aparecer mais no ataque, o time ficou com um a menos. Carlos César, que vinha jogando muito mal, levou o segundo amarelo aos 32 minutos após fazer falta em Rossini. O lateral-direito havia recebido o primeiro sete minutos antes, após parar Maxsuel.
A diferença numérica não influenciou o andamento da partida, já que as duas equipes economizavam na hora de atacar. Quando o 0 a 0 se desenhava, Rodrigo Paulista cometeu pênalti infantil em Guilherme, puxando o jogador pela camisa. O próprio Guilherme bateu e fez 1 a 0, aos 47 minutos.
Virada e chance de classificação
A vantagem no placar deu tranquilidade ao Galo, tanto que Guilherme quase marcou mais um logo no início da etapa final. Vendo que a equipe vinha mal, Tarcísio Pugliese resolveu promover duas alterações antes dos dez. Entraram Simião e Chimba nas vagas de Edmilson e Djavan, respectivamente. As alterações surtiram efeito e a Veterana chegou ao empate aos 19. Um minuto antes, Nena recebeu na esquerda e soltou uma bomba, para bela defesa de Giovanni, que colocou para escanteio. Livre nesta, o goleiro falhou na jogada seguinte: saiu em falso, e o próprio Nena marcou de cabeça.
O Atlético-MG sentiu o gol e não conseguiu chegar com qualidade ao ataque. Enquanto isso, a Veterana se animou e passou a pressionar, juntamente com a torcida. Ewerthon Maradona era o maestro da equipe. E de tanto tentar, a virada veio aos 36. Após cruzamento da esquerda, Chimba ganhou pelo alto e mandou de cabeça, sem chances para Giovanni. A estrela de Pugliese brilhou, já que o atacante entrou na etapa final. Na comemoração, quase todos do banco de reservas, entre jogadores e membros da comissão técnica, invadiram o gramado.
Daí para frente o Galo tentou o empate, mas de forma desordenada levou pouco perigo ao gol de Glaysson, que quando exigido fez boas defesas.

Dupla de luxo: Damião comemora evolução de parceria com Forlán

Na vitória contra o Juventude, uruguaio marcou dois gols ao completar assistências do camisa 9, que balançou as redes uma vez

Por GLOBOESPORTE.COM Lajeado, RS
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Leandro Damião e Diego Forlán. Um é centroavante e o outro, atacante de movimentação. Mas não há regra para qual executará qual dessas funções durante qualquer partida. Foi assim na tarde deste domingo, na vitória de 4 a 1 sobre o Juventude, na Arena Alviazul. A dupla infernizou a defesa da equipe da Serra e foi diretamente responsável pela vitória.

Ao final da partida, Damião comemorou a evolução do entrosamento com o uruguaio:

- Já encaixou, o Forlán é um grande jogador e estou aprendendo a me movimentar bem. Quero agradecer a ele o que tem feito por mim.
Com dois gols, Forlán foi o nome da partida. O detalhe é que, nas duas vezes em que balançou as redes, foram em assistências de Damião.

Mas também houve retribuição. O gol marcado oelo camisa 9 foi em lançamento preciso de Forlán. Airton ainda completou o placar, após cobrança de escanteio do uruguaio.

Na entrevista coletiva, Dunga ressaltou o crescimento da dupla. A forma de atuarem teve a ver com o dedo do treinador, que sempre pediu um Damião com maior mobilidade.

- Desde o início estávamos trabalhando para eles jogarem perto um do outro. Ficou uma parceria boa. A qualidade de um, a potência do outro fizeram ótimas jogadas para eles marcarem – destacou.

Damião e Forlán também protagonizam uma disputa em particular: a artilharia do Gauchão. Com os dois deste domingo, Forlán assumiu a liderança isolada, com nove. Já o camisa 9 é o vice, com oito.
Damião e Forlán comemoram gol contra o Juventude (Foto: Alexandre Lops / Inter, DVG)Damião e Forlán comemoram gol contra o Juventude (Foto: Alexandre Lops / Inter, DVG)

Kleber repudia declarações e diz que Moreno desrespeitou o Grêmio

Depois de empate com Novo Hamburgo, Gladiador pede que torcida lembre comportamento do antigo companheiro de ataque

Por GLOBOESPORTE.COM Novo Hamburgo, RS
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Não adianta a torcida pedir: Marcelo Moreno está fora dos planos e não tem ambiente para atuar pelo Grêmio. Além de ter desagradado ao treinador e a direção, as declarações reclamando da reserva incomodaram os colegas. Kleber, após o empate sem gols com o Novo Hamburgo, revelou este sentimento até então desconhecido pelo grande público.
- Você nunca vai ver minha mulher, meu pai ou algum familiar meu ir para o Twitter ou na imprensa reclamar de ninguém. Se fizerem isso, teremos problemas em casa. Da minha família, cuido eu. A postura dele foi um desrespeito ao elenco, ao treinador e ao próprio clube – afirmou Kleber.
O Gladiador citou as declarações do pai do boliviano, que chamou o Grêmio de ‘timinho’ ao reclamar da possível ida do filho ao Palmeiras – no negócio que trouxe Barcos. Lembrou ainda do desafio feito pelo camisa 9, que duvidou que seus colegas pudessem marcar 22 gols, a sua marca na temporada passada.
- Nem levamos isso a sério. O Barcos fez 20 e tantos gols, eu fiz 15 no ano passado mesmo com quatro meses parado por lesão. Todos tentamos fazer o melhor. Para marcar 22 gols, alguém te de passar, alguém tem de defender. A gente reconhece o que ele fez. Ficamos felizes, só não gostamos das declarações. Não só pelos gols, mas falar que o Grêmio é 'timinho'... O torcedor que pede ele tem que lembrar disso. A postura dele, e do pai que é assessor dele, é algo que não cabe. Eu falo por mim e achei muito ruim – acrescentou o Gladiador.
A última partida de Moreno foi 24 de fevereiro, derrota no Gre-Nal das quartas de final do primeiro turno estadual. Desde então, a direção recebeu sondagens de Cruzeiro, Botafogo e Palmeiras. O jogador preferiu permanecer em Porto Alegre.
Kleber não superou a marcação do Novo Hamburgo (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)Kleber não superou a marcação do Novo Hamburgo (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Seedorf revive Garrincha, Botafogo bate Nova Iguaçu e garante liderança
Holandês repete jogada que consagrou Mané, e dupla com Lodeiro faz três dos quatro gols da vitória por 4 a 1 em Moça Bonita. Vitinho também marca
 
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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A sintonia entre Seedorf e Lodeiro deu dinâmica a um Botafogo que teve o desfalque de Marcelo Mattos, suspenso, e se deu ao luxo de jogar sem outros cinco titulares, todos poupados para a Copa do Brasil. A dupla de gringos do Alvinegro, destaque do Campeonato Carioca, foi fundamental para a goleada por 4 a 1 sobre o Nova Iguaçu, superando a falta de ritmo e  entrosamento de alguns jogadores na tarde deste domingo. O craque holandês marcou um gol e, em jogada à la Garrincha, deu assistência para um dos dois do uruguaio. Vitinho completou a goleada, e Dieguinho descontou para o time da Baixada.
O Botafogo manteve o aproveitamento de 100% na Taça Rio, chegou a 18 pontos e assegurou a primeira colocação do Grupo A com uma rodada de antecedência. Com isso, terá a vantagem do empate na semifinal do turno. O público em Moça Bonita, que teve seu gramado castigado pela chuva, foi de 870 pagantes (1.605 presentes), com uma renda de R$ 16.755.
Lodeiro assumiu a artilharia do Botafogo na temporada, com sete gols - uma a mais do que Seedorf. Na saída de campo, o holandês valorizou a atuação da equipe, mesmo sem seis titulares.
- Temos que manter esse ritmo, essa pegada. Foi uma vitória do grupo, porque hoje entraram jogadores que vinham atuando menos e eles deram conta. Vamos precisar de todos.
Na sétima e última rodada da Taça Rio, o Botafogo visita o vice-líder Volta Redonda, no próximo domingo, às 16h (de Brasília), no Raulino de Oliveira. Antes, porém, estreia na Copa do Brasil diante do Sobradinho, em Brasília. O duelo será na quarta-feira, às 19h30m.
O Nova Iguaçu, que precisava da vitória para ainda ter chances de classificação, está eliminado do Carioca. Parou nos oito pontos e na terceira colocação do Grupo A. Na última rodada, cumprirá tabela contra o Olaria, domingo, na Rua Bariri.
Seedorf comemora, Botafogo x Nova Iguaçu (Foto: Satiro Sodre/AGIF)Seedorf fez um, aplicou drible à la Garrincha e deu show em Moça Bonita (Foto: Satiro Sodre/AGIF)
Vitinho entra bem, e Lodeiro vira garçom de Seedorf
Muito modificado, o Botafogo não foi envolvente como nos últimos jogos. Voltando ao time após um longo período lesionado, Renato ainda demonstrou categoria, deu um lindo chapéu em Uallace, mas ficou evidente a falta de ritmo do volante. Na lateral esquerda, Lima não mostrou a mesma desenvoltura que Julio Cesar no apoio, e no ataque Bruno Mendes recuava demais e não conseguiu repetir a eficiência de Rafael Marques nos últimos jogos. Mas algumas mudanças foram positivas, como a dupla de zaga com Antônio Carlos e André Bahia - que teve uma atuação segura muito em função do tímido Nova Iguaçu - e a entrada de Vitinho.
O meia substituiu Fellype Gabriel se destacou com boa movimentação e ótimos passes, que deixaram Seedorf e Bruno Mendes na cara do gol. No primeiro, o camisa 10 preferiu fintar o marcador, demorou a finalizar e chutou sobre a defesa. No segundo, Bruno Mendes demorou a perceber o passe, chegou atrasado e por pouco não alcançou a bola de frente para o goleiro Jefferson. Mas o que deu certo mesmo foi a dupla de gringos. Melhor jogador do primeiro tempo, Lodeiro fez a jogada do gol aos 19 minutos: escapou da falta, foi ao fundo e colocou a bola na cabeça do holandês, livre na segunda trave. O goleiro ainda tentou defender, mas entrou com bola e tudo na rede.
Lodeiro, Botafogo x Nova Iguaçu (Foto: Satiro Sodre/AGIF)Com dois gols marcados, Lodeiro chegou a sete e é o artilheiro do time no ano (Foto: Satiro Sodre/AGIF)
Seedorf retribui assistência, e Vitinho marca pela primeira vez como titular
Oswaldo sacou Renato no segundo tempo e deu chance a Jadson, que pode se transferir para o Udinese, da Itália, no meio do ano. O volante de 19 anos aumentou a velocidade no meio de campo, e o Botafogo passou a criar mais contra-ataques. Logo aos dois minutos, Seedorf tentou retribuir a assistência para Lodeiro e deu um passe primoroso que deixou o uruguaio no mano a mano com Jefferson. Ele fintou o goleiro, mas adiantou demais e chutou para fora. Dez minutos depois, ele se redimiu e completou para a rede o rebote de chute na trave de Bruno Mendes. O atacante, que melhorou na etapa final, fez fila, ganhou no corpo do marcador, mas errou a pontaria.
Seedorf empolgou a torcida ao reviver Garrincha. Ele parou a bola na lateral da área, colocou o marcador para dançar e retribuiu a assistência para Lodeiro mergulhar de peixinho e ampliar. Foi o suficiente para os alvinegros no estádio soltarem o grito de "olé" ainda restando 20 minutos de jogo. E cabia mais. Aos 31, Vitinho foi egoísta e tentou deixar o dele em vez de rolar para Bruno Mendes ou Seedorf, que estavam mais bem posicionados. Mas, aos 44, ele escorou o cruzamento de Lucas e marcou pela primeira vez como titular. Quatro minutos antes, porém, o ataque quase nulo do Nova Iguaçu funcionou: em bobeira de André Bahia no posicionamento, Dieguinho foi lançado em condição legal e bateu na saída de Jefferson para diminuir. Dória e Julio Cesar, improvisado no meio campo, ainda entraram no fim, mas não tiveram tempo para nada.

Ronny marca, se destaca e sonha com vaga de Wesley no Peru

Depois de 'gol triste' contra o Mirassol, meia-atacante faz um na goleada por 4 a 1 sobre o Guarani e comemora como se fosse a primeira vez

Por Marcelo Prado São Paulo
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Dentro da rotatividade que vem sendo adotada pelo técnico Gilson Kleina no Palmeiras, um jogador que vem ganhando oportunidades é o meia Ronny, um dos reforços contratados para a temporada 2013. Depois de se destacar pelo Figueirense no último Campeonato Brasileiro, o jogador fechou por empréstimo até o fim do ano e, pelo que vem mostrando, tem boas chances de esticar sua permanência no Palestra Itália.
Ronny apareceu de surpresa no time que venceu o Tigre por 2 a 0, pela Taça Libertadores da América. Ganhou a chance de última hora com a lesão muscular sofrida por Wesley. Teve boa atuação, tanto que só não iniciou a partida contra o Libertad porque estava com febre. Neste domingo, contra o Guarani, fez um gol, desperdiçou outras duas chances e saiu aplaudido pelo torcedor. Clique aqui e veja a nota dele e dos demais jogadores do Verdão.
– Tenho trabalhado muito para ajudar o Palmeiras. Ganhei oportunidades no Paulista e na Libertadores. Respeito meus companheiros, mas quero meu lugar ao sol. O importante é que estou retribuindo a confiança da comissão técnica – comemorou o jogador.
Ronny marcou seu segundo gol com a camisa do Palmeiras. Ele até brincou com o fato e disse que o primeiro não conta muito, afinal foi marcado na goleada sofrida para o Mirassol por 6 a 2.
– Apesar do gol, fiquei muito triste com o que aconteceu naquele jogo. Felizmente, já passou e não vai voltar. O Palmeiras está conseguindo mostrar que tem muita raça e está conseguindo os resultados – afirmou.
Com a suspensão de Wesley, que foi expulso na vitória sobre o Libertad, Ronny está na briga por uma vaga no meio-campo na partida da próxima quinta-feira, contra o Sporting Cristal (PER), em Lima, pela última rodada do grupo 2 da Taça Libertadores da América. Se vencer, o Verdão assegura o primeiro lugar de sua chave.
Ronny comemora, Palmeiras x Guarani (Foto: Miguel Schincariol/Agência Estado)Ronny comemora o quarto gol do Palmeiras sobre o Guarani (Foto: Miguel Schincariol/Agência Estado)
Flamengo volta a dar o ar da graça no Carioca com vitória sobre Fluminense
Artilheiro Hernane marca após cinco jogos de jejum, e derrota por 3 a 1 faz Tricolor cair para segundo lugar do Grupo B da Taça Rio
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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A tabela mostrava que o Fluminense era incontestavelmente superior ao Flamengo. Mas, quando a bola rolou, o que prevaleceu foi a imprevisibilidade que regeu muitas das edições deste clássico. Neste domingo, em Volta Redonda, foi a vez de o eliminado Rubro-Negro ser o incontestável, fazendo 3 a 1 sobre o Tricolor, já classificado para a semifinal da Taça Rio.
Com ares de redenção, embora pouco represente, a vitória teve o reencontro de Hernane com a rede adversária. Ele abriu o placar, voltando a marcar um gol após cinco partidas de jejum - justamente na semana em que levou uma bronca de Jorginho durante um treinamento. Agora, o artilheiro do Carioca chegou a dez. Renato Abreu fez os outros dois, sendo que um deles de pênalti, e Rafael Sobis descontou para os tricolores.
A melhor atuação sob o comando de Jorginho dá ao Flamengo mais uma motivação antes da partida contra o Remo, na quarta-feira, também em Volta Redonda, no segundo confronto pela primeira fase da Copa do Brasil.
- Por tudo que envolve o clássico, tiramos força de onde não tinha. Foi um jogo de superação. Nosso time, mesmo fora do campeonato, joga de igual para igual com qualquer um. Na quarta-feira tem outra pedreira, e o cansaço é inevitável - afirmou Renato.
Já o Fluminense, que foi a campo com praticamente todos os titulares disponíveis, terá de lidar com os possíveis efeitos da derrota para o rival nos dias que antecedem o duelo contra o Caracas, na quinta, em São Januário, pela Libertadores.
- Nosso primeiro tempo foi muito abaixo. Para eles dava tudo certo: davam chutão e dava certo. No segundo tempo, quando acertamos, tomamos o terceiro gol, o que matou o jogo. Se fizéssemos o segundo, poderíamos ter chances, mas não deu - disse Sobis.
A derrota fez o Fluminense cair para a segunda posição do Grupo B da Taça Rio: soma 13 pontos, dois a menos do que o líder Resende. No cenário atual, enfrentaria o Botafogo na semifinal. O panorama pode mudar na última rodada, dependendo do resultado do jogo contra o Bangu, no domingo, e de Boavista x Resende. O Flamengo, que chegou a oito pontos e ocupa a quarta posição, encerra sua participação no Campeonato Carioca contra o Macaé.
Hernane comemora, Flamengo x Fluminense (Foto: Guilherme Pinto/Agência O Globo)Hernane comemora gol sobre Fluminense: fim de cinco jogos de jejum (Foto: Guilherme Pinto/Ag. O Globo)
Vantagem rubro-negra no primeiro tempo
O primeiro tempo mostrou duas equipes dispostas a ir ao ataque, mas apenas uma com a capacidade de fazê-lo de maneira eficiente. Sem receber a marcação adequada, Gabriel teve a liberdade para criar no meio de campo do Flamengo. Aos oito minutos, acertou um belo lançamento para Léo Moura. Ele cruzou com precisão na cabeça de Hernane, que abriu o placar.
O Fluminense seguiu em busca do empate, mas sem conseguir criar chances de gol consistentes. O Flamengo chegava bem pelas duas laterais e foi mais perigoso. Então, pouco antes do intervalo ampliou a vantagem. Carlinhos cometeu pênalti duvidoso em Rafinha, aos 44 minutos. Renato Abreu cobrou com precisão e marcou o segundo do Rubro-Negro.
Wellington Nem de volta ao Tricolor
Após o intervalo, o Flamengo consolidou a vitória antes que o Fluminense pudesse ameaçá-lo. Ramon recebeu lançamento pelo lado esquerdo e cruzou na área. Rafinha desviou, Diego Cavalieri defendeu à queima-roupa, mas a bola sobrou no pé de Renato Abreu, que chutou para fazer o terceiro.
O que restou à torcida do Fluminense foi ver Wellington Nem, que saiu do banco no segundo tempo para voltar a jogar após quatro jogos se recuperando de lesão. Com o atacante em campo, o Tricolor diminuiu a diferença aos 21 minutos, depois que Carlinhos aplicou um drible da vaca em Léo Moura e cruzou para Rafael Sobis marcar. Apesar da vitória, os rubro-negros não pouparam o técnico Jorginho, chamado de burro por causa das substituições. No outro banco de reservas, Abel Braga foi expulso pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique.
 

Dois torcedores são mortos a tiros
a caminho de estádio em Fortaleza

Crime aconteceu horas antes do clássico entre Ceará e Fortaleza, no Castelão

Por GLOBOESPORTE.COM e G1 Fortaleza
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 Dois torcedores do Ceará foram mortos no início da tarde deste domingo, na Avenida dos Expedicionários, em Fortaleza. Segundo informações da Polícia Militar, os suspeitos de cometer o crime são dois torcedores do Fortaleza que passaram em uma moto. Fortaleza e Ceará se enfrentaram na Arena Castelão e o Vozão levou a melhor, vencendo por 1 a 0, gol de Lulinha (confira no vídeo ao lado). O jogo foi o primeiro evento-teste da cidade para a Copa das Confederações, em junho.
De acordo como relato de testemunhas à PM, as vítimas tinham acabado de descer de uma van e caminhavam em direção ao estádio. Mas duas pessoas da torcida rival passaram em uma moto e efetuaram os disparos. Os jovens morreram na hora. Um suspeito foi detido e levado para o 30º Distrito Policial.
Fila de torcedores na Arena Castelão (Foto: Juscelino Filho)Torcedores do Ceará entram na Arena Castelão (Foto: Juscelino Filho)
Horas antes do jogo, o Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur) realizou um a operação preventiva no litoral de Fortaleza. Dezenas de torcedores que passavam por locais como Avenida Beira Mar e Praia do Futuro foram revistados. Alguns ônibus também foram parados para que os usuários passassem pela revista.

Fora do G-4, Timão tem 50% de risco de encarar um grande já nas quartas

Rei dos empates, Corinthians chega à última rodada do estadual sem a possibilidade de jogar as quartas de final como mandante

Por Alan Schneider e Rodrigo Faber Lins, SP
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A derrota do Corinthians por 2 a 1 para o Linense, neste domingo, custou mais caro do que a equipe imaginava. Com a vitória do Mogi Mirim por 2 a 1 sobre o São Bernardo, o Timão não tem mais chances de entrar no G-4 do Campeonato Paulista. A equipe atravessou as 19 rodadas da competição estadual, de ponta a ponta, sem integrar o “pelotão da frente”, que assegura a vantagem do mando de campo nas quartas de final. Pior: tem 50% de chance de encarar Palmeiras ou Santos, como visitante, já nas quartas de final. Ponte Preta e Mogi Mirim são os outros adversários possíveis. Clique aqui e use o Simulador para ver quem o Timão deve encarar na fase seguinte.
O tropeço alvinegro em Lins derrubou o Corinthians para a sexta posição do Paulistão. Com 32 pontos, a equipe está a quatro do Santos, que é o quarto colado. Como só falta uma rodada para o fim da primeira fase, nem mesmo uma vitória sobre o Atlético Sorocaba, no próximo domingo, às 16h, no estádio do Pacaembu, somada a uma combinação de resultados coloca o Timão no G-4 do torneio.
– Essa derrota (para o Linense) teve o peso de nos atrapalhar na busca pelo G-4. Perdemos uma sequência de invencibilidade muito grande – lamentou Tite após a derrota deste domingo. A quinta colocação foi o melhor que os alvinegros atingiram no estadual, em quatro oportunidades (12ª, 15ª, 16ª e 17ª rodadas).
Dessa maneira, o máximo que o Corinthians pode subir é para a quinta posição, atualmente ocupada pelo Palmeiras, com 34 pontos. Independentemente de quem enfrentar nas quartas de final, o Timão jogará fora de casa. Na pior das hipóteses, com uma vitória do Botafogo de Ribeirão Preto (7°) sobre o XV de Piracicaba, a equipe cairia para sétimo. O Penapolense, oitavo, com 28 pontos, disputa uma vaga com o Linense, que tem 27. Nenhum dos dois pode ultrapassar o Corinthians.
A possibilidade de o Timão ter um clássico como visitante já nas quartas de final do Campeonato Paulista é de 50%. É fato que o adversário alvinegro será Palmeiras, Santos, Ponte Preta ou Mogi Mirim. A definição dependerá dos resultados da última rodada. Pela Taça Libertadores da América, a equipe também aguarda o adversário das oitavas, com a possibilidade de encarar o arquirrival Palmeiras.
O técnico Tite havia traçado o G-4 como meta do Corinthians desde o início do torneio. Nas primeiras rodadas, o comandante escalou o Timão com uma formação reserva, devido à volta “atrasada” dos jogadores que disputaram o Mundial de Clubes no Japão. O excesso de empates – foram oito em 18 rodadas, recorde entre todas as equipes do Paulistão – atrapalharam o time.
Emerson Sheik e Tite, Linense x Corinthians (Foto: Célio Messias/Agência Estado)Tite conversa com Emerson Sheik durante o duelo contra o Linense (Foto: Célio Messias/Agência Estado)

Spider faz 38 anos e pede mudanças para MMA não ficar só na 'modinha'

Em entrevista exclusiva ao SPORTV.COM, Anderson Silva revela decepção com edição do TUF Brasil: 'Mostram coisas que não têm muito sentido'

Por Adriano Albuquerque Rio de Janeiro
125 comentários
Maior ídolo do MMA no Brasil na atualidade, campeão dos pesos-médios do UFC e considerado o melhor lutador peso-por-peso do mundo, Anderson Silva completa neste domingo, 14 de abril, 38 anos de idade, no auge da carreira e da popularidade. Um dos atletas mais disputados por grandes empresas no momento, "Spider" tem uma agenda repleta de compromissos, entre aparições em programas de TV, entrevistas para a imprensa, filmagens de novos comerciais e palestras. No meio disso tudo, ainda treina para manter a forma. Em 6 de julho, será o principal destaque do evento mais importante do Ultimate no ano, o UFC 162, no feriado do Dia da Independência dos EUA, no qual tentará defender seu cinturão pela 11ª vez, contra o americano Chris Weidman.
anderson silva loja nike ufc rio (Foto: Divulgação)Anderson Silva completa 38 anos neste domingo, e quer mudanças no tratamento do MMA (Foto: Divulgação)
Apesar disso tudo, Anderson não está satisfeito. A agenda lotada o impede de passar o tempo que gostaria de ter com sua família, e ele admite que isso já afeta sua relação com seus filhos. Por outro lado, mesmo com seu esporte em alta, o lutador se preocupa com o futuro do MMA. O Spider vê um foco desmedido nas rixas entre atletas e pede mais atenção à filosofia da arte marcial, que, na sua opinião, está no centro da modalidade. Em seu apelo, o curitibano deixou um pedido para que a edição do The Ultimate Fighter Brasil - Em Busca de Campeões, reality show que reúne lutadores em busca de uma oportunidade no UFC, mostre mais o lado sério da competição e treinamento e menos as brigas e confusões da casa.
- Hoje em dia, as pessoas assistem porque virou "modinha", mas elas realmente não sabem a essência do esporte. Não é que elas não sabem; elas não estão tendo acesso à essência desse esporte, por conta de a gente, de repente, ter um TUF aqui no Brasil, em que podemos mostrar a essência da arte marcial, a essência do esporte, e acabam mostrando coisas que não têm muito sentido, que é neguinho esculhambando, quebrando coisa. Acho que isso foge um pouco do princípio da arte marcial, da filosofia do esporte. Acho que tem que ter uma mudança, uma forma de mostrar para os atletas e para as pessoas o quanto é importante a filosofia da arte marcial - disse Anderson Silva.
Blog UltiMMAto: confira notícias, vídeos e curiosidades sobre o mundo do MMA
O SPORTV.COM sentou com o Spider durante uma rápida passagem pelo Rio de Janeiro, repleta de compromissos com patrocinadores, e conversou com o campeão sobre sua fase atual. Confira abaixo, na íntegra, a entrevista exclusiva:
SPORTV.COM: Aos 38 anos de idade, você se sente na melhor fase da sua vida?
Anderson Silva: Acho que a melhor fase da vida da gente é todos os dias, quando a gente acorda. Hoje é minha melhor fase, amanhã vai ser minha melhor fase, e assim vai. Não existe "a melhor fase", existe o melhor momento da vida, o qual você aproveita, e meus melhores momentos estão sendo todos os dias. Tenho filhos maravilhosos, tenho amigos maravilhosos, não encaro muito esse negócio de melhor fase ou pior fase. Acho que você faz sua própria energia.
Anderson Silva e o filho Kalyl (Foto: Reprodução / Twitter)Spider e o filho Kalyl: lutador diz que família reclama
da sua ausência (Foto: Reprodução / Twitter)
Dana White disse que você pediu por 10 lutas no seu novo contrato. Partiu mesmo de você esse pedido, ou foi deles?
Foi uma negociação, não foi um pedido meu, nem alguma coisa forçada. Foi uma negociação, na qual eles viram os interesses deles e eu vi os meus, e entramos num comum acordo. Mas está todo mundo feliz agora. Eles estão felizes, eu estou feliz, e vamos continuar fazendo nosso trabalho, como sempre, independente de vitórias ou derrotas.
Essa fase de reconhecimento pelo povo e pela mídia renova sua paixão pelo esporte?
Eu sou apaixonado pela arte marcial, pelo que eu faço desde criança, pelo que me trouxe até aqui. Pelo que me deu condições de me tornar o que sou hoje, como pessoa e ser humano. Sou apaixonado pela arte marcial, pela capacidade que a arte marcial tem de mudar a vida das pessoas, e a arte marcial mudou a minha vida. Mudou a vida não só minha, mas dos meus filhos e de toda minha família. Sou feliz.
Seu próximo oponente é 10 anos mais novo que você. Para lidar com essa nova geração, fica mais importante fazer esse jogo psicológico que você faz? E o quão importante é esse jogo psicológico na luta hoje em dia?
Quando você luta com essa garotada nova, tem que ter consciência que tem que usar a experiência, o jogo de cintura, para lidar com algumas situações que supostamente vão acontecer. Essa molecada nova tem um gás novo, tem os princípios e os sonhos na flor da pele, e é legal isso. A gente tem que trabalhar, tem que fazer a nossa parte para que eles possam fazer o papel deles, e nós, o nosso também.
Sobra tempo com essa sua programação frenética para passar tempo com sua família?
Então, isso é um problema muito sério, cara, porque eu não tenho muito tempo para ficar com a minha família, e isso é uma coisa que afeta muito toda a estrutura. Meus filhos sentem a minha falta, é meio complicado, especialmente porque eles estão numa fase que eles precisam muito que eu esteja ao lado deles, principalmente o Kalyl e o Gabriel, e a gente acaba vendo a resposta daquela coisa de não estar perto deles, acaba vendo os sintomas. Mas eu tento superar o tempo que a gente não passa juntos no tempo que tenho com eles, tendo paciência, dando atenção e carinho, tentando passar valores. Mas não é fácil, é difícil, eu sofro muito com isso. Hoje, por exemplo, foi um dia que eu estava saindo de casa e meu filho Kalyl me perguntou, "'Pô', pai, que horas você vai voltar?" É uma coisa que eu sinto bastante. Mas, enfim, é trabalho, tem que ser feito, e é assim que é.
Eles estão ficando rebeldes? Estão difíceis de controlar, de responder a você?
Não, eles não estão rebeldes, mas estão numa fase que querem chamar a atenção para ter o pai por perto. É uma coisa normal, a gente, como pai, tem que entender isso. É por conta da falta, que às vezes a gente acaba não suprindo essa falta deles estarem com o pai. É um pouco complicado, mas se resolve.
Com o crescimento do MMA, as academias estão abrindo, mas todo mundo vai para treinar MMA e ninguém vai para aprender realmente a filosofia, o quanto é importante a filosofia e o ensinamento da arte marcial"
Anderson Silva
A abertura da academia Muay Thai College é um sonho antigo seu. É uma preparação para um futuro como treinador?
Não quero ser treinador de lutador, não tenho essa pretensão. Quero ensinar as crianças, quero ensinar quem quiser aprender a filosofia da arte marcial, a filosofia que me foi passada, mas dar aulas para lutadores, formar lutadores, não tenho essa intenção.
Por que você abriu a MTC em Los Angeles em vez de alguma cidade aqui no Brasil? Ainda está difícil de abrir um negócio no Brasil, mesmo para o Anderson Silva?
Acho que Los Angeles é um lugar no qual eu vi uma resposta muito mais rápida e muito mais sincera em relação a esse tipo de negócio. Hoje em dia, aqui no Brasil, você tem muitas academias, mas com pouca qualidade de ensino, qualidade no ensino da filosofia da arte marcial. Hoje em dia, com o crescimento do MMA, as academias estão abrindo, mas todo mundo vai para treinar MMA e ninguém vai para aprender realmente a filosofia, o quanto é importante a filosofia e o ensinamento da arte marcial em si. Então, preferi abrir a academia em Los Angeles. Não é aberta ao público, é mais restrita a algumas pessoas, que realmente querem aprender a filosofia da arte marcial. Quem sabe, no futuro, a gente abre uma academia no Brasil? Mas, por enquanto, quero ficar só lá, com foco nos ensinamentos que me foram passados, para que tenhamos uma academia de qualidade, que crie pessoas de bem, e que essas pessoas formadas nessa academia possam passar essa filosofia a outras pessoas que supostamente precisem disso.
Você se ofereceu para salvar dois eventos do UFC no ano passado - o 151, em uma semana, e o 153, no Rio. Se tivessem te chamado, você teria salvado o UFC Suécia 2 também, no lugar do Alexander Gustafsson?
Eu faço a minha parte como profissional, sempre com muito carinho. Amo o esporte que eu pratico, que é o MMA, embora eu ache que tem muitas coisas que precisam mudar para que as pessoas assistissem muito mais e entendessem que é um esporte de verdade. Enfim, eu, sempre que tiver uma oportunidade e o UFC precisar da minha ajuda, eu vou ajudar. Enquanto eu tiver o contrato com o UFC, enquanto eu tiver esse compromisso e a responsabilidade de passar para o público e para a família UFC o quanto estou com eles, vou fazer minha parte.
Isso significa que, se o Dana tivesse ligado, você pensaria a respeito?
É possível, não é uma decisão que cabe só a mim, mas a toda minha equipe, depende de toda uma estrutura. Mas é possível.
UFC 153 Anderson Silva e Stephan Bonnar (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Anderson Silva aceitou luta com Stephan Bonnar com um mês de antecedência (Foto: André Durão)
Você fala que tem muitas coisas no MMA que tinham que mudar para as pessoas perceberem e entenderem a arte marcial. O que você sugere de mudança?
Acho que o MMA é um esporte novo, que exige um pouco mais de atenção das pessoas responsáveis para esse esporte crescer no Brasil e no mundo, e tem muita coisa que precisa mudar para que as pessoas encarem isso como esporte, não tenham uma visão totalmente retrógrada do que é esse esporte. Hoje em dia, as pessoas assistem porque virou "modinha", mas elas realmente não sabem a essência do esporte. Não é que elas não sabem; não estão tendo acesso à essência desse esporte, por conta de a gente, de repente, ter um TUF aqui no Brasil, em que podemos mostrar a essência da arte marcial, a essência do esporte, e acabam mostrando coisas que não têm muito sentido, que é neguinho esculhambando, quebrando coisa. Acho que isso foge um pouco do princípio da arte marcial, da filosofia do esporte. Acho que tem que ter uma mudança, uma forma de mostrar para os atletas e para as pessoas o quanto é importante a filosofia da arte marcial, para que elas possam entender isso de forma mais ampla e mais clara.
Você está falando do TUF, não está gostando dessa temporada?
O TUF é uma das coisas que podem mudar. Não estou falando mal, mas acho que o que está passando ali... É um momento importante do esporte, as pessoas terão acesso ao que são os atletas, a disciplina, a filosofia, e não é isso que acaba passando na televisão. Passam coisas que não são legais. O momento da luta é legal, nós temos grandes talentos no Brasil e no mundo, mas essa coisa de, de repente... Bebida não combina com disciplina e com atleta. Tem que ter brincadeira? Claro, tem que ter brincadeira, zoação. Eu gosto muito de zoar e de brincar. Mas acho que o respeito às pessoas que estão assistindo, o respeito à arte marcial, é uma coisa que está faltando um pouco. O sentido da brincadeira acaba extrapolando um pouco. A atitude de alguns atletas que  já lutam profissionalmente no UFC não são coniventes ao que o esporte está tentando passar. São coisas que precisam mudar, ter uma mudança radical, para que o esporte não fique como uma modinha que daqui a pouco passe. O esporte precisa ganhar um corpo, o qual as pessoas respeitem e entendam que é um esporte de verdade. Para isso, precisa de mudanças para fazermos de forma correta.
Quando você começa sua preparação para sua próxima luta?
Começo em 30 dias. Começo na Califórnia e volto para o Rio para continuar aqui.

Spider faz 38 anos e pede mudanças para MMA não ficar só na 'modinha'

Em entrevista exclusiva ao SPORTV.COM, Anderson Silva revela decepção com edição do TUF Brasil: 'Mostram coisas que não têm muito sentido'

Por Adriano Albuquerque Rio de Janeiro
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Maior ídolo do MMA no Brasil na atualidade, campeão dos pesos-médios do UFC e considerado o melhor lutador peso-por-peso do mundo, Anderson Silva completa neste domingo, 14 de abril, 38 anos de idade, no auge da carreira e da popularidade. Um dos atletas mais disputados por grandes empresas no momento, "Spider" tem uma agenda repleta de compromissos, entre aparições em programas de TV, entrevistas para a imprensa, filmagens de novos comerciais e palestras. No meio disso tudo, ainda treina para manter a forma. Em 6 de julho, será o principal destaque do evento mais importante do Ultimate no ano, o UFC 162, no feriado do Dia da Independência dos EUA, no qual tentará defender seu cinturão pela 11ª vez, contra o americano Chris Weidman.
anderson silva loja nike ufc rio (Foto: Divulgação)Anderson Silva completa 38 anos neste domingo, e quer mudanças no tratamento do MMA (Foto: Divulgação)
Apesar disso tudo, Anderson não está satisfeito. A agenda lotada o impede de passar o tempo que gostaria de ter com sua família, e ele admite que isso já afeta sua relação com seus filhos. Por outro lado, mesmo com seu esporte em alta, o lutador se preocupa com o futuro do MMA. O Spider vê um foco desmedido nas rixas entre atletas e pede mais atenção à filosofia da arte marcial, que, na sua opinião, está no centro da modalidade. Em seu apelo, o curitibano deixou um pedido para que a edição do The Ultimate Fighter Brasil - Em Busca de Campeões, reality show que reúne lutadores em busca de uma oportunidade no UFC, mostre mais o lado sério da competição e treinamento e menos as brigas e confusões da casa.
- Hoje em dia, as pessoas assistem porque virou "modinha", mas elas realmente não sabem a essência do esporte. Não é que elas não sabem; elas não estão tendo acesso à essência desse esporte, por conta de a gente, de repente, ter um TUF aqui no Brasil, em que podemos mostrar a essência da arte marcial, a essência do esporte, e acabam mostrando coisas que não têm muito sentido, que é neguinho esculhambando, quebrando coisa. Acho que isso foge um pouco do princípio da arte marcial, da filosofia do esporte. Acho que tem que ter uma mudança, uma forma de mostrar para os atletas e para as pessoas o quanto é importante a filosofia da arte marcial - disse Anderson Silva.
Blog UltiMMAto: confira notícias, vídeos e curiosidades sobre o mundo do MMA
O SPORTV.COM sentou com o Spider durante uma rápida passagem pelo Rio de Janeiro, repleta de compromissos com patrocinadores, e conversou com o campeão sobre sua fase atual. Confira abaixo, na íntegra, a entrevista exclusiva:
SPORTV.COM: Aos 38 anos de idade, você se sente na melhor fase da sua vida?
Anderson Silva: Acho que a melhor fase da vida da gente é todos os dias, quando a gente acorda. Hoje é minha melhor fase, amanhã vai ser minha melhor fase, e assim vai. Não existe "a melhor fase", existe o melhor momento da vida, o qual você aproveita, e meus melhores momentos estão sendo todos os dias. Tenho filhos maravilhosos, tenho amigos maravilhosos, não encaro muito esse negócio de melhor fase ou pior fase. Acho que você faz sua própria energia.
Anderson Silva e o filho Kalyl (Foto: Reprodução / Twitter)Spider e o filho Kalyl: lutador diz que família reclama
da sua ausência (Foto: Reprodução / Twitter)
Dana White disse que você pediu por 10 lutas no seu novo contrato. Partiu mesmo de você esse pedido, ou foi deles?
Foi uma negociação, não foi um pedido meu, nem alguma coisa forçada. Foi uma negociação, na qual eles viram os interesses deles e eu vi os meus, e entramos num comum acordo. Mas está todo mundo feliz agora. Eles estão felizes, eu estou feliz, e vamos continuar fazendo nosso trabalho, como sempre, independente de vitórias ou derrotas.
Essa fase de reconhecimento pelo povo e pela mídia renova sua paixão pelo esporte?
Eu sou apaixonado pela arte marcial, pelo que eu faço desde criança, pelo que me trouxe até aqui. Pelo que me deu condições de me tornar o que sou hoje, como pessoa e ser humano. Sou apaixonado pela arte marcial, pela capacidade que a arte marcial tem de mudar a vida das pessoas, e a arte marcial mudou a minha vida. Mudou a vida não só minha, mas dos meus filhos e de toda minha família. Sou feliz.
Seu próximo oponente é 10 anos mais novo que você. Para lidar com essa nova geração, fica mais importante fazer esse jogo psicológico que você faz? E o quão importante é esse jogo psicológico na luta hoje em dia?
Quando você luta com essa garotada nova, tem que ter consciência que tem que usar a experiência, o jogo de cintura, para lidar com algumas situações que supostamente vão acontecer. Essa molecada nova tem um gás novo, tem os princípios e os sonhos na flor da pele, e é legal isso. A gente tem que trabalhar, tem que fazer a nossa parte para que eles possam fazer o papel deles, e nós, o nosso também.
Sobra tempo com essa sua programação frenética para passar tempo com sua família?
Então, isso é um problema muito sério, cara, porque eu não tenho muito tempo para ficar com a minha família, e isso é uma coisa que afeta muito toda a estrutura. Meus filhos sentem a minha falta, é meio complicado, especialmente porque eles estão numa fase que eles precisam muito que eu esteja ao lado deles, principalmente o Kalyl e o Gabriel, e a gente acaba vendo a resposta daquela coisa de não estar perto deles, acaba vendo os sintomas. Mas eu tento superar o tempo que a gente não passa juntos no tempo que tenho com eles, tendo paciência, dando atenção e carinho, tentando passar valores. Mas não é fácil, é difícil, eu sofro muito com isso. Hoje, por exemplo, foi um dia que eu estava saindo de casa e meu filho Kalyl me perguntou, "'Pô', pai, que horas você vai voltar?" É uma coisa que eu sinto bastante. Mas, enfim, é trabalho, tem que ser feito, e é assim que é.
Eles estão ficando rebeldes? Estão difíceis de controlar, de responder a você?
Não, eles não estão rebeldes, mas estão numa fase que querem chamar a atenção para ter o pai por perto. É uma coisa normal, a gente, como pai, tem que entender isso. É por conta da falta, que às vezes a gente acaba não suprindo essa falta deles estarem com o pai. É um pouco complicado, mas se resolve.
Com o crescimento do MMA, as academias estão abrindo, mas todo mundo vai para treinar MMA e ninguém vai para aprender realmente a filosofia, o quanto é importante a filosofia e o ensinamento da arte marcial"
Anderson Silva
A abertura da academia Muay Thai College é um sonho antigo seu. É uma preparação para um futuro como treinador?
Não quero ser treinador de lutador, não tenho essa pretensão. Quero ensinar as crianças, quero ensinar quem quiser aprender a filosofia da arte marcial, a filosofia que me foi passada, mas dar aulas para lutadores, formar lutadores, não tenho essa intenção.
Por que você abriu a MTC em Los Angeles em vez de alguma cidade aqui no Brasil? Ainda está difícil de abrir um negócio no Brasil, mesmo para o Anderson Silva?
Acho que Los Angeles é um lugar no qual eu vi uma resposta muito mais rápida e muito mais sincera em relação a esse tipo de negócio. Hoje em dia, aqui no Brasil, você tem muitas academias, mas com pouca qualidade de ensino, qualidade no ensino da filosofia da arte marcial. Hoje em dia, com o crescimento do MMA, as academias estão abrindo, mas todo mundo vai para treinar MMA e ninguém vai para aprender realmente a filosofia, o quanto é importante a filosofia e o ensinamento da arte marcial em si. Então, preferi abrir a academia em Los Angeles. Não é aberta ao público, é mais restrita a algumas pessoas, que realmente querem aprender a filosofia da arte marcial. Quem sabe, no futuro, a gente abre uma academia no Brasil? Mas, por enquanto, quero ficar só lá, com foco nos ensinamentos que me foram passados, para que tenhamos uma academia de qualidade, que crie pessoas de bem, e que essas pessoas formadas nessa academia possam passar essa filosofia a outras pessoas que supostamente precisem disso.
Você se ofereceu para salvar dois eventos do UFC no ano passado - o 151, em uma semana, e o 153, no Rio. Se tivessem te chamado, você teria salvado o UFC Suécia 2 também, no lugar do Alexander Gustafsson?
Eu faço a minha parte como profissional, sempre com muito carinho. Amo o esporte que eu pratico, que é o MMA, embora eu ache que tem muitas coisas que precisam mudar para que as pessoas assistissem muito mais e entendessem que é um esporte de verdade. Enfim, eu, sempre que tiver uma oportunidade e o UFC precisar da minha ajuda, eu vou ajudar. Enquanto eu tiver o contrato com o UFC, enquanto eu tiver esse compromisso e a responsabilidade de passar para o público e para a família UFC o quanto estou com eles, vou fazer minha parte.
Isso significa que, se o Dana tivesse ligado, você pensaria a respeito?
É possível, não é uma decisão que cabe só a mim, mas a toda minha equipe, depende de toda uma estrutura. Mas é possível.
UFC 153 Anderson Silva e Stephan Bonnar (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Anderson Silva aceitou luta com Stephan Bonnar com um mês de antecedência (Foto: André Durão)
Você fala que tem muitas coisas no MMA que tinham que mudar para as pessoas perceberem e entenderem a arte marcial. O que você sugere de mudança?
Acho que o MMA é um esporte novo, que exige um pouco mais de atenção das pessoas responsáveis para esse esporte crescer no Brasil e no mundo, e tem muita coisa que precisa mudar para que as pessoas encarem isso como esporte, não tenham uma visão totalmente retrógrada do que é esse esporte. Hoje em dia, as pessoas assistem porque virou "modinha", mas elas realmente não sabem a essência do esporte. Não é que elas não sabem; não estão tendo acesso à essência desse esporte, por conta de a gente, de repente, ter um TUF aqui no Brasil, em que podemos mostrar a essência da arte marcial, a essência do esporte, e acabam mostrando coisas que não têm muito sentido, que é neguinho esculhambando, quebrando coisa. Acho que isso foge um pouco do princípio da arte marcial, da filosofia do esporte. Acho que tem que ter uma mudança, uma forma de mostrar para os atletas e para as pessoas o quanto é importante a filosofia da arte marcial, para que elas possam entender isso de forma mais ampla e mais clara.
Você está falando do TUF, não está gostando dessa temporada?
O TUF é uma das coisas que podem mudar. Não estou falando mal, mas acho que o que está passando ali... É um momento importante do esporte, as pessoas terão acesso ao que são os atletas, a disciplina, a filosofia, e não é isso que acaba passando na televisão. Passam coisas que não são legais. O momento da luta é legal, nós temos grandes talentos no Brasil e no mundo, mas essa coisa de, de repente... Bebida não combina com disciplina e com atleta. Tem que ter brincadeira? Claro, tem que ter brincadeira, zoação. Eu gosto muito de zoar e de brincar. Mas acho que o respeito às pessoas que estão assistindo, o respeito à arte marcial, é uma coisa que está faltando um pouco. O sentido da brincadeira acaba extrapolando um pouco. A atitude de alguns atletas que  já lutam profissionalmente no UFC não são coniventes ao que o esporte está tentando passar. São coisas que precisam mudar, ter uma mudança radical, para que o esporte não fique como uma modinha que daqui a pouco passe. O esporte precisa ganhar um corpo, o qual as pessoas respeitem e entendam que é um esporte de verdade. Para isso, precisa de mudanças para fazermos de forma correta.
Quando você começa sua preparação para sua próxima luta?
Começo em 30 dias. Começo na Califórnia e volto para o Rio para continuar aqui.

Lembra Dele? Ex-Inter, Cruzeiro e Fla, Heyder já teve dia de Mané Garrincha

Ex-ponta lembra momentos da carreira: da rápida passagem pela Gávea à comparação com jogador genial - e a depressão por deixar o futebol

Por Gustavo Pêna Belém
43 comentários
Quartas de final da Taça Libertadores da América de 1989. Antes de enfrentar o Peñarol, Abel Braga, na época técnico do Inter, chama seu ponta-direita para uma conversa: “Você vai enfrentar o melhor lateral-esquerdo sul-americano (na época, Dominguez).” Após duas excelentes atuações, a imprensa do Uruguai compara Heyder a Garrincha. É com um largo sorriso no rosto que o ex-jogador relembra um dos momentos mais emblemáticos de uma carreira marcada por passagens destacadas em nove clubes do futebol brasileiro.
Heyder acumula passagem por diversos clubes do futebol brasileiro (Foto: Gustavo Pêna)Heyder acumula passagem por diversos clubes do futebol brasileiro (Foto: Gustavo Pêna)
O paraense Heyder, atualmente com 54 anos, é funcionário público em Belém e uma vez por mês, junto com outros ex-jogadores, visita cidades do interior do estado com o projeto Academia 40, iniciativa que serve para homenagear quem já fez história com a bola nos pés. São nesses momentos que ele pensa nas aventuras pelas quais passou em clubes espalhados pelos quatro cantos do Brasil.
Heyder foi campeão em quase todas as equipes que defendeu. Torcedor do Clube do Remo, virou a casaca para o maior rival, Paysandu, se transferindo em seguida para Pernambuco, onde atuou por Sport e Náutico. De lá, uma passagem rápida, porém jamais esquecida, pelo Flamengo. Foi no Rubro-Negro que o ex-ponta conheceu Zico e foi treinado por Zagallo. Após a experiência na Gávea, ainda passou por Vitória e Bahia para poder se destacar em Inter e Cruzeiro. Em fim de carreira no Fortaleza, quis o destino que Heyder encerrasse a história no futebol após um amistoso no Remo.
O ex-jogador guarda com carinho a camisa dos times por onde passou. Ao olhar para cada escudo, não deixa de contar uma história engraçada ou de lembrar desse ou daquele jogador com quem atuou. Após fazer uma corrida matinal para manter a forma física, o ex-jogador recebeu a reportagem para, com saudosismo, contar um pouco da trajetória destacada no futebol.
Heyder defendeu o Paysandu e foi campeão do Parazão de 1978 (Foto: Arquivo pessoal)Heyder defendeu o Paysandu e foi campeão do
Parazão de 1978 (Foto: Arquivo pessoal)
De torcedor do Remo ao amor pelo Paysandu
O ponta-direita faz parte de um grupo de jogadores paraenses que pouco brilharam no futebol local. Torcedor do Remo quando criança, Heyder fez teste no clube azulino, mas acabou reprovado. No Paysandu, foi diferente. Iniciou nas categorias de base da equipe bicolor em 1973, e em 1981 já era artilheiro do Campeonato Paraense com oito gols. O ex-jogador tenta explicar a relação com a dupla Re-Pa.
- Meu pai era torcedor fanático do Remo. Quando eu era garoto, ele me levava em todos os jogos no Estádio Baenão. Eu também era remista, aos 13 anos fiz teste no clube, mas não fui aproveitado. No Paysandu, nem precisei fazer tanto esforço para conseguir meu espaço. Devidos às amizades, a maneira como fui aceito vestindo a camisa do Paysandu, passei a torcer para o Papão. Não sou torcedor fanático, apenas consciente.
Passagem por Pernambuco em Náutico e Sport
Em 1981 o Paysandu contratou Alcino, ídolo do maior rival, Remo. O sonho do presidente bicolor na época era formar um ataque com Alcino e Chico Spina, mas o primeiro não vingava, perdendo espaço para Heyder, prata da casa e artilheiro do Parazão. A saída foi emprestar o garoto para o Sport. Lá, apesar de ficar por apenas três meses, foi campeão pernambucano.
- Joguei com grandes jogadores no Sport, como Givanildo Oliveira, Merica e Roberto Coração de Leão. Era um time muito bom. Conseguimos o título de 1981 jogando contra o Náutico, vencendo dentro da Ilha do Retiro. Foi uma passagem muito rápida, mas no Sport começava a minha carreira de títulos nos clubes do futebol nacional.
Heyder deixou o Sport e acertou com o rival, Náutico (Foto: Arquivo pessoal)Heyder deixou o Sport e acertou com o rival, Náutico (Foto: Arquivo pessoal)
Heyder, em seguida, se transferiu para o Náutico, rival do Leão pernambucano. O início não foi como o ponta esperava. O Timbu perdeu o título de 1982 para o Sport e no ano seguinte foi novamente derrotado, dessa vez para o Santa Cruz. Porém, no ano seguinte veio a redenção em um timaço formado por Cantareli, Mazzaropi, Baiano, Mirandinha e Lupercínio.
- Aquele time do Náutico em 1982 era de alto nível. Éramos dirigidos pelo melhor treinador com quem já trabalhei, Ênio Andrade. Estava em uma grande fase e disputei o Troféu Mané Garrincha com o Renato Gaúcho. Cheguei a ser considerado um dos melhores pontas do Nordeste. Na época, minha saída do Sport não foi tão comentada, já que eu era reserva. Só depois que a torcida do Leão foi perceber que tinha perdido um grande jogador.
No Fla, os conselhos de Zico e a goleada histórica no Botafogo
O destaque no Náutico fez o Flamengo trocar Nunes e Heitor por Heyder. Na Gávea, o objetivo do paraense era substituir Tita, que não teria um bom relacionamento com o restante do plantel. O ponta se orgulha de ter trabalhado com Zagallo e Zico no Fla, em um time formado por Fillol, Jorginho, Leandro, Mozer e Adalberto; Andrade, Adílio e Bebeto; Heyder, Chiquinho e Marquinho. Aquela equipe foi responsável pela goleada histórica do Flamengo por 6 a 1 no Botafogo, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro de 1985 (assista aos gols no vídeo ao lado).
- Jogar no Flamengo foi uma experiência que levo para o resto da minha vida. Eu me orgulho de ter feito parte daquele jogo que entrou para a história, aquela goleada diante do Botafogo. Fiz o segundo gol, uma bola trabalhada pelo meio, com a qual, de pé esquerdo, consegui surpreender o goleiro Luiz Carlos. Lembro que o Abel Braga, técnico do Botafogo, entrou no túnel quando o jogo ainda estava 4 a 1. Ele sabia que a vaca estava atolada. Não tinha mais jeito.
Heyder guarda uma foto com Zico da época em que jogava no Náutico (Foto: Arquivo pessoal)Heyder guarda uma foto com Zico da época em que
jogava no Náutico (Foto: Arquivo pessoal)
Heyder ficou no Flamengo até setembro de 1985. Disputou a maioria das partidas do Brasileiro e ajudou o clube a conquistar a primeira fase da competição. Entretanto, segundo ele, optou por sair da Gávea após a renovação do contrato de Tita. A decisão de se transferir para o Vitória contou com o conselho de Zico.
- Cheguei a jogar com o Zico quando ele estava voltando do Udinese. É uma pessoa muito simples e humilde. A gente conversava muito, principalmente na sala de musculação. Quando eu estava perto de sair do Flamengo, insatisfeito com a renovação do Tita, conversei com ele sobre a situação, que estava perdendo espaço no clube. Ele me aconselhou a procurar o meu melhor. Segui aquele conselho e não me arrependo até hoje.
Artilharia no futebol baiano
Heyder chegou ao Vitória em 1985, na metade do Campeonato Baiano, e ainda conseguiu fazer 12 gols, sendo considerado o melhor ponta de Salvador. Em 1986, sob comando de Abel Braga, o Leão baiano conquistou o Estadual e quebrou a hegemonia do Bahia, bicampeão. Lá, o ex-jogador não esquece do primeiro gol marcado no Barradão, pelo Campeonato Brasileiro, no empate por 1 a 1 com o Santos.
No Vitória, Heyder foi considerado o melhor ponta de Salvador (Foto: Arquivo pessoal)No Vitória, Heyder foi considerado o melhor ponta de Salvador (Foto: Arquivo pessoal)
Como aconteceu em anos anteriores, Heyder não teve problemas em se transferir para um clube rival. Em 1987, acertou com o Bahia e novamente foi campeão baiano. Porém, sua contratação pelo Tricolor de Aço foi curiosa. A intenção dos dirigentes era investir em Heyder para, em seguida, negociá-lo para outra equipe. No mesmo ano, tinha que escolher entre três clubes: Inter, Joinville e Guarani. Optou por Porto Alegre.
No Inter, a comparação com Garrincha
O ponta chegou ao Inter por indicação do técnico William Andrade, com quem Heyder tinha trabalhado no Náutico. No início, dificuldades. O ponta era um dos poucos jogadores experientes em um elenco que passava por renovação, que ainda contava com o goleiro Taffarel. Apesar de não ter conquistado títulos no Beira-Rio, Heyder se orgulha dos vice-campeonatos brasileiro de 1988/89, com o jogador sendo um dos destaques na competição.
Ex-ponta, Heyder guarda o jornal uruguaio que o compara a Garrincha (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal) Heyder se orgulha dos vice brasileiros de 1988/89 pelo Inter (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)
No Colorado, o melhor momento aconteceu na Taça Libertadores de 1989. Favorito, o clube chegou às semifinais, vencendo o Olímpia por 1 a 0 no Paraguai, mas acabou perdendo em Porto Alegre por 3 a 2, sendo eliminado nos pênaltis. Entretanto, o fato mais marcante de Heyder com a camisa vermelha aconteceu ainda nas oitavas de final, nas duas partidas diante do Peñarol. No duelo contra o lateral-esquerdo Domínguez, considerado o melhor do futebol sul-americano, Heyder levou a melhor e chegou a ser considerado o discípulo de Garrincha.
Ex-ponta, Heyder guarda o jornal uruguaio que o compara a Garrincha (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)Heyder guarda o jornal uruguaio que o compara
a Garrincha (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)
- Antes da primeira partida, o Abel Braga me chamou para conversar e disse que eu enfrentaria o melhor lateral-esquerdo sul-americano. Disse para ele ficar tranquilo, que na hora eu conseguiria fazer a marcação. No Beira-Rio, goleamos por 6 a 2. Em Montevidéu, vencemos novamente, dessa vez por 2 a 1. As minhas atuações levaram a imprensa uruguaia a me comparar a Garrincha. Foi uma satisfação muito grande. Cheguei a Porto Alegre com moral. Guardo até hoje o jornal da época com essa comparação.
No Cruzeiro, Flecha Azul e o gol em Goycochea
No Cruzeiro, novamente Heyder reeditou a parceria de sucesso com o técnico William Andrade e jogou ao lado de jogadores como Adilson Batista, Paulo Isidoro, Boiadeiro e Careca. Em Belo Horizonte, o atacante conseguiu o Mineiro de 1990 e, pela velocidade nas jogadas, acabou ganhando o apelido de Flecha Azul. No Brasileiro, por pouco não veio o primeiro título nacional. No time celeste, Heyder se orgulha de ter marcado gol em Goycochea, goleiro argentino que se destacaria na Copa de 90, pela Supercopa de 1989.
Heyder guarda com carinho as camisas dos clubes onde atuou (Foto: Gustavo Pêna)Heyder guarda com carinho as camisas dos clubes
onde atuou (Foto: Gustavo Pêna)
Fortaleza, fim de carreira e a depressão
Ainda no Cruzeiro, Heyder passou por uma cirurgia no calcanhar. A partir dali, o ponta-direita não foi mais o mesmo. Apesar disso, foi contratado pelo Fortaleza. O objetivo dos dirigentes era movimentar o torcedor com a contratação de um craque com destaque no futebol nacional. No Leão cearense, foram três jogos, suficientes para ajudar o clube a conquistar o Estadual de 1991.
De volta a Belém, uma terceira e definitiva cirurgia. Em 1993, passando por um processo de recuperação, foi convidado para atuar em um amistoso defendendo o Remo, seu ex-clube de coração. Acabava assim a carreira de Heyder no futebol. Como acontece para muitos atletas, parar de jogar não foi fácil para o paraense, que passou por um período de depressão, só resolvido após o nascimento do filho.
- Sabia que deveria parar. Vim para Belém e comprei a minha casa. Resolvi que era tempo de ficar mais próximo da família depois de 14 anos jogando fora. Não foi uma época fácil desde a operação no Cruzeiro. Entrei em depressão. Quando se está fora do futebol, os amigos esquecem de você. Quando me operei, só o Adilson Batista e o Édson Gonzaga me procuraram. O que me ajudou a superar a depressão foi voltar a Belém, ficar perto dos meus familiares, e o nascimento do meu filho.