segunda-feira, 17 de março de 2014

Juiz manda soltar corintianos presos: 'Só quiseram se manifestar'

Gilberto Azevedo Morais Costa rejeita denúncias do Ministério Público e diz que torcedores apenas quiseram 'que jogadores honrassem os seus salários'

Por São Paulo
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Os torcedores corintianos Tiago Aurelio dos Santos Ferreira, Gabriel Monteiro de Campos e Tarcísio Baselli Diniz, presos por participarem da invasão ao CT Joaquim Grava, no dia 1º de fevereiro, serão colocados em liberdade ainda nesta segunda-feira. O juiz Gilberto Azevedo Morais Costa, da 17ª Vara do Fórum Criminal da Barra Funda, rejeitou a denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) contra os três afirmando que eles quiseram quiseram apenas se manifestar. Com isso, foi expedido o alvará de soltura. Até as 21h desta segunda, eles serão soltos. A medida também beneficia Fernando Wilson de Carvalho, conhecido como Suíça, que está foragido.
Em seu despacho, o juiz afirmou que os torcedores apenas manifestaram seu descontentamento com a má fase da equipe:
- Em suma, tudo não passou de um ato (nada abonador) de revolta dos torcedores. Fiéis que são – e disso a própria equipe se vangloria –, queriam apenas chamar a atenção: fazer com que os jogadores honrassem os salários que ganham; mostrando um futebol verdadeiramente brasileiro. Isto posto, com fundamento no artigo 395, III, do CPP, rejeito a denúncia. Expeçam-se alvarás de soltura clausulados e contramandado de prisão - escreveu o juiz no despacho.
Ainda em sua decisão, o juiz escreveu que a denúncia não deixa clara a conduta dos três que estavam presos. 
- Na espécie, a inicial também não descreve no que consistiu a participação dos réus. Lá se vê que eles teriam comandado, mas não se especificou no que consistiu esse comando. Aliás, não ficou claro se se tratava de instigação ou induzimento.

O Ministério Público ainda pode recorrer da decisão. As denúncias rejeitadas foram feitas com base nos seguintes artigos do Código Penal: 288 (associarem-se três ou mais pessoas para o fim específico de cometer crimes), 146 (constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça) e 163 (destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia).
Mosaico invasão CT Corinthians polícia (Foto: Editoria de Arte)


Os três corintianos foram presos no final de fevereiro em buscas da "Operação Hooligans", do Gaeco. Além dos três, um outro corintiano foi detido por porte ilegal de arma, mas já havia sido liberado. 

Tiago Aurelio dos Santos Ferreira, que será solto nesta segunda, foi um dos 12 alvinegros que ficaram sete meses presos em Oruro, na Bolívia, por conta da morte do garoto Kevin Espada durante o jogo entre San Jose e Corinthians, na Libertadores de 2013.

Bom Senso quer estaduais como Copas e sugere criação da Série E

Movimento sugere calendário com Brasileirão desde fevereiro, mínimo de 30 partidas para os clubes pequenos e máximo de 74 para os grandes

Por São Paulo
Bom Senso F.C. (Foto: Carlos Augusto Ferrari/GloboEsporte.com)Bom Senso F.C se reuniu nesta segunda-feira 
(Foto: Carlos Augusto Ferrari/GloboEsporte.com)
Menos jogos para os clubes grandes, mais para os pequenos, cinco divisões no Campeonato Brasileiro e a transformação dos campeonatos estaduais em copas, no formato da Copa do Mundo. Essas foram as principais propostas do Bom Senso F.C. para o novo calendário no futebol do país. Apoiado na estatística que aponta para 583 clubes inativos por mais de seis meses, o movimento criou um modelo que estabelece um calendário anual para 496 equipes.   
Uma das principais mudanças da proposta é a criação da Série E, com 452 times. Cada um disputaria um mínimo de 30 jogos e um máximo de 34 num formato de 36 grupos com 12 equipes em cada. As séries C e D também sofrem alterações. A terceira, com 48 clubes, teria o mínimo de 34 e o máximo de 38 partidas. Na quarta, 144 equipes disputariam de 32 a 38 jogos, e 36 seriam rebaixadas para a nova quinta divisão, na qual também haveria acesso das 36 melhores.   
Outra modificação relevante é a transformação dos campeonatos estaduais em copas disputadas no mês de junho, com no máximo oito datas. Na proposta, o número de times participantes varia de oito a 40, de acordo com a realidade de cada estado. Os clubes das Séries A, B e C teriam vagas garantidas, enquanto os da D e E passariam por eliminatórias.   

 Em São Paulo, estado com um grande número de times, por exemplo, a Copa teria um sistema idêntico ao da Copa do Mundo: 32 clubes divididos em oito grupos em cidades espalhadas pelo estado. A escolha das sedes passaria pela criação de um "padrão CBF", com estádios, centros de treinamento e hotéis adequados para receber as delegações.   
- Tudo que mexemos é de responsabilidade da CBF, não alteramos nenhuma data que seja da Fifa ou da Conmebol - explicou Eduardo Tega, consultor de conteúdo que apresentou a proposta do calendário.   
Estamos pedindo organização e empregos a quem leva entretenimento para todas as pessoas do país. Não pedimos nada que não venha de pessoas de bem querem o melhor para o futebol brasileiro 
Rogério Ceni
 As Séries A e B do Brasileirão seriam mantidas, porém, todas as divisões do campeonato teriam início em fevereiro e durariam até dezembro. Das 38 datas das Séries A e B, 36 estão marcadas para os fins de semana na proposta do Bom Senso. As copas estaduais ocorreriam na paralisação de junho, utilizada também para a disputa da Copa América.   
Com essa formatação, não haveria jogos dos principais clubes do país nas datas Fifa. Isso ocorre hoje e faz com que muitos times sejam desfalcados de seus melhores jogadores pelas seleções, mesmo que apenas para amistosos.   
- Estamos pedindo organização e empregos a quem leva entretenimento para todas as pessoas do país. Não pedimos nada que não venha de pessoas de bem querem o melhor para o futebol brasileiro - afirmou o goleiro Rogério Ceni diante da estatística de 12 mil atletas desempregados durante a maior parte do ano.   
O Bom Senso apresentou exemplos de clubes que entraram em campo pouquíssimas vezes durante o ano de 2013. Alguns fizeram só oito jogos e ficaram inativos por até oito meses. Na proposta do movimento, os pequenos terão no mínimo 30 partidas por ano. Os grandes disputarão, no máximo, 74.   
- A expectativa é a melhor possível. Claro que não sabemos o tamanho desse passo, se será grande ou menor. Todos os dirigentes com quem conversamos se colocaram, no mínimo, à disposição de nos entender e saber o que o grupo pleiteia - disse o meia Alex.   
Os jogadores, que já mostraram suas ideias ao ministro do Esporte, Aldo Rebelo, esperam agora levar à CBF, que não mandou nenhum representante ao seminário desta segunda-feira, embora tenha sido convidada.
  - Vamos tentar uma discussão em alto nível e questionar porque não podemos ter um calendário mais equilibrado e melhor do que o que temos - afirmou Eduardo Tega.

Irmão de Jon Jones garante: 'Posso dar uma surra nele quando quiser'

Com 143 kg e 1,91m, Arthur Jones - defensive end do Indianapolis Colts - garante que jamais foi derrotado pelo irmão em uma briga desde criança

Por Nova York, EUA
No meio do MMA, ninguém pode se vangloriar de terem enfrentado Jon Jones em uma luta e ter levado vantagem. A única derrota do campeão dos meio-pesados do UFC foi por desclassificação para Matt Hammil - e nem o próprio Hammil se considera vitorioso naquele combate. Entretanto, se sairmos do mundo das lutas, pelo menos uma pessoa pode afirmar que já enfrentou o super-campeão diversas vezes, e saiu vitorioso em todas: o irmão mais velho de Jon Jones, Arthur, que atualmente é defensive end do Indianapolis Colts, da NFL. Com 143 kg distribuídos em 1,91m de altura, Arthur garantiu, em entrevista à rede de TV NBC, que pode dar uma surra em seu irmão a qualquer hora.
UFC arthur jones new england patriots irmão de Jon Jones (Foto: Agência Getty Images)Jon e o irmão mais velho, Arthur. Campeão do UFC jamais saiu vencedor em uma briga (Foto: Getty Images)
- Podem gravar, e podem dizer a ele que eu disse isso. Se nós lutarmos, eu acabo com ele. Não é segredo para ninguém. Se vocês forem até lá e perguntarem, ele mesmo dirá que eu, como irmão mais velho, jamais perdi uma luta para ele. Nossa última briga aconteceu há um ou dois anos, e eu não perdi.
Arthur Jones, no entanto, admite que as regras de uma briga de irmãos na sala não são as mesmas adotadas pelo UFC.
- Ele é um lutador profissional, luta no UFC e é campeão mundial. Sou esperto o suficiente para saber que só posso lutar com ele em um ambiente fechado, sem muito espaço. Se a luta acontecer em um espaço aberto, em que ele possa dar socos e chutes, a coisa pode mudar de figura. Mas nunca fui ruim de briga. Não é para me gabar, mas fui duas vezes campeão de wrestling. Posso dizer que sei cuidar de mim mesmo - disse o jogador de futebol americano.
Perguntado se algum dia poderia tentar entrar na divisão dos meio-pesados do UFC, cujo limite de peso é de 93kg, Arthur Jones brincou sobre quanto peso teria de perder para bater o peso da divisão.
- Eu provavelmente teria que cortar uma perna e um braço para chegar aos 93kg. Talvez assim Jon me vencesse em uma luta.
UFC chandler jones new england patriots irmão de Jon Jones (Foto: Agência Getty Images)Chandler Jones, o irmão mais novo, é defensor do
New England Patriots, da NFL (Foto: Getty Images)
Ouvido também pela reportagem, o irmão mais novo de Jones, Chandler, que é defensive end do New England Patriots, também da NFL - e que pesa 122kg e mede 1,96m - revelou que a competição entre os irmãos era uma constante na casa da família Jones desde cedo.
- Nós competíamos em casa por tudo, qualquer coisa. Todos fazíamos wrestling, e em qualquer hora do dia ou da noite, nós botávamos a casa abaixo. Quebramos muitos móveis quando éramos mais novos, e estamos recompensando a nossa mãe por isso até hoje. O motivo das brigas eram os mais idiotas. Podia ser o último pedaço de frango na panela, ou um biscoito. Qualquer coisa. A briga começava até mesmo pela ordem de jogar uma partida de videogame. Mas essa rivalidade moldou o nosso caráter e nos fez quem somos hoje