sábado, 21 de abril de 2018

Curtinha: Gabi Garcia enfrenta a estreante russa Veronika Futina no ROAD FC 47

Luta será disputada em Pequim, na China, sem limite de peso, no dia 12 de maio. Brasileira está invicta no MMA, com quatro vitórias e uma luta sem resultado

Por Combate.com, Rio de Janeiro
 
Após fazer cinco lutas de MMA no evento japonês RIZIN, a brasileira Gabi Garcia vai se apresentar no ROAD FC 47, evento chinês que acontece dia 12 de maio, em Pequim. Sua adversária será a russa Veronika Futina, que fará no torneio a sua primeira luta no esporte. A disputa não terá limite de peso.
Gabi Garcia encara a estreante russa Veronika Futina no ROAD FC 47 (Foto: Reprodução Twitter)Gabi Garcia encara a estreante russa Veronika Futina no ROAD FC 47 (Foto: Reprodução Twitter)
Gabi Garcia encara a estreante russa Veronika Futina no ROAD FC 47 (Foto: Reprodução Twitter)
Nove vezes campeã mundial de jiu-jítsu e três vezes campeã do ADCC, Gabi Garcia mede 1,88m e pesa 110kg. A brasileira migrou para o MMA em 2015, tendo feito lutas pouco relevantes contra oponentes muito menores ou mais velhas que ela na maioria das vezes, que mais atrapalharam que ajudaram a sua carreira. Sua adversária no ROAD FC 47, Veronika Futina, tem 31 anos, mede 1,80m e pesa 91kg. É campeã europeia e mundial de combates corpo a corpo, e conseguiu ser escalada para a luta após trocar provocações com Gabi Garcia nas redes sociais.

Megan Anderson: "Não sei se a verdadeira Cyborg é a que eu conheci ou a da internet"

Peso-pena australiana diz que a lutadora retratada nas redes sociais é muito diferente da pessoa gentil, amável e respeitosa que ela encontrou pessoalmente

Por Combate.com, Los Angeles, EUA
 
Finalmente liberada oficialmente para lutar no UFC, a peso-pena Megan Anderson não esconde a ansiedade para enfrentar a brasileira Cris Cyborg, campeã da categoria. A australiana, que enfrenta Holly Holm no UFC 225, em Chicago, disse, em entrevista ao programa "MMA Hour", ter muito respeito pela brasileira, mas revelou ter dúvidas sobre quem é a verdadeira Cyborg: a lutadora que ela conheceu pessoalmente, ou a figura retratada nas redes sociais.
Megan Anderson disse ver diferenças entre a Cris Cyborg que conheceu pessoalmente e a personagem das redes sociais (Foto: Reprodução)Megan Anderson disse ver diferenças entre a Cris Cyborg que conheceu pessoalmente e a personagem das redes sociais (Foto: Reprodução)
Megan Anderson disse ver diferenças entre a Cris Cyborg que conheceu pessoalmente e a personagem das redes sociais (Foto: Reprodução)
- Respeito a Cris. Acho que ela é uma pessoa adorável. Mas a Cyborg que é retratada nas redes sociais não é, necessariamente, alguém que eu seguiria ou respeitaria. Eu a conheci pessoalmente e ela é muito legal e respeitosa. Mas o que é mostrado nas redes sociais é muito diferente do que a pessoa é. Não sei quem é a verdadeira Cris Cyborg.
Anderson também falou sobre o que sentiu ao saber que a brasileira enfrentaria Yana Kunitskaya no UFC, e revelou não saber com quem lutaria, apenas tinha algumas pistas sobre as datas em que poderia ser escalada.
- Foi muito difícil, A luta entre Cris e Holly não foi um choque, porque eu sabia que ela estava nos planos. Mas a luta com Kunitskaya... fala sério! Eu não sabia contra quem eu iria lutar. Me deram algumas datas, mas nenhum nome. Eu não sabia até terça-feira. Eles podiam vir com Cris Cyborg ou qualquer outro nome. Eu estava me preparando para sair e na terça-feira, por volta de 17h20, logo após eu começar a treinar, recebi a ligação me oferecendo a luta contra Holly Holm. Não é Cyborg, mas eu estou feliz de finalmente poder voltar a lutar.
A australiana também foi sincera ao admitir que, atualmente, não está em posição de escolher adversárias, por ainda não ter feito nenhuma luta pelo UFC.
- Se quisessem que eu lutasse contra Cris, eu aceitaria. Acho que a maioria das pessoas não entende. Não estou em posição de poder exigir ou escolher adversárias. O UFC me contratou e me apoiou quando eu passava por vários problemas pessoais. Eles mostraram muita confiança em mim ao manterem meu contrato. Não posso escolher contra quem eu vou lutar. Não me importa o nome que me apresentem. Já temos uma data e um nome, e é isso que interessa.
UFC 225
9 de junho de 2018, em Chicago (EUA)
CARD DO EVENTO (até o momento):
Peso-médio: Robert Whittaker x Yoel Romero
Peso-meio-médio: Rafael dos Anjos x Colby Covington
Peso-pena: Holly Holm x Megan Anderson
Peso-pena: Ricardo Lamas x Mirsad Bektic
Peso-pesado: Alistair Overeem x Curtis Blaydes
Peso-palha: Cláudia Gadelha x Carla Esparza
Peso-meio-pesado: Rashad Evans x Anthony Smith
Peso-mosca: Sergio Pettis x Joseph Benavidez
Peso-pesado: Rashad Coulter x Allen Crowder
Peso-pesado: Andrei Arlovski x Tai Tuivasa
Peso-pena: Mike Santiago x Dan Ige
Peso-meio-médio: Mike Jackson x CM Punk
Peso-leve: Clay Guida x Bobby Green

Minotauro revela que documentário sobre sua vida foi ideia do ator Vin Diesel

Em lançamento no Rio, ex-lutador revela olho furado pelo irmão aos 4 anos, fato que o afetou durante toda a carreira

Por Ana Hissa e Raphael Marinho, Rio de Janeiro
 
Ator americano Vin Diesel foi quem deu a ideia do documentário a Minotauro (Foto: Ana Hissa)Ator americano Vin Diesel foi quem deu a ideia do documentário a Minotauro (Foto: Ana Hissa)
Ator americano Vin Diesel foi quem deu a ideia do documentário a Minotauro (Foto: Ana Hissa)
Quando criança, ele foi atropelado por um caminhão e ficou internado dez meses em coma. Ao longo da carreira, passou por 23 cirurgias. A história de superação de Rodrigo Antônio Nogueira já foi contada muitas vezes, mas o documentário "Minotauro", exibido na última quarta-feira para a imprensa e amigos do lutador, revela pela primeira vez uma lesão que assombrou a lenda do MMA da infância até a última luta da carreira.
Quando tinha 4 anos, o irmão mais velho, Júlio, furou o olho de Rodrigo com uma tesoura numa brincadeira. Minotauro nunca recuperou totalmente a visão. Passou por seis cirurgias para tentar corrigir o problema e nunca tinha revelado o assunto ao público. Essa é apenas uma das histórias mais marcantes do filme.
- Ele ficou bem humano. Quem assistir ao documentário, e não só quem gosta de luta, vai entender o lado humano, do esforço, da superação, de uma pessoa que quer mostrar seu melhor não só na arte marcial. É fácil de entender, tem uma fase minha da ida para o Japão, a luta com o Cro Cop, quando fiz uma cirurgia no olho e coloquei uma lente intraocular. A lente saiu, fiz uma cirurgia reparatória e não deu certo. Foi uma luta bem sofrida, quebrei o braço antes e fiz a cirurgia depois, foi na superação. Uma luta de título, emocionante para mim - contou Minotauro.
Pedro Rizzo, Minotauro e Minotouro juntos no lançamento do documentário (Foto: Ana Hissa)Pedro Rizzo, Minotauro e Minotouro juntos no lançamento do documentário (Foto: Ana Hissa)
Pedro Rizzo, Minotauro e Minotouro juntos no lançamento do documentário (Foto: Ana Hissa)
A ideia do documentário surgiu após uma visita ao set de filmagens do "Velozes e Furiosos 5: Operação Rio", em 2010. O astro da franquia, fã do lutador, o questionou sobre o filme, que contou com um contratempo trágico no caminho até o lançamento.
- A ideia foi do (ator) Vin Diesel. Ele falou: "Você não tem um documentário seu? Sua história de vida?". Conversando com ele, chamou o diretor que estava lá, chamou o Fernando Serzedelo, que era produtor, e veio um papo informal. Surgiu o documentário, conversamos no final de 2010 e começamos a filmar no começo de 2011. O diretor filmou o ano de 2011 inteiro, pegou a minha volta, lesão no quadril, tudo. Quando tinha 60% do documentário, em 2012, o diretor faleceu. Teve um ataque cardíaco na Olimpíada de Londres e paramos por três anos. Aí o João Caetano, novo diretor, aceitou refazer e fizemos a parceria com o canal Combate e o UFC Brasil para concluir. Foi um trabalho de quase sete anos de filmagem - conta Minotauro.
Para Mario Diamante, executivo da Hungry Man, produtora do filme, o objetivo do projeto é alcançar e inspirar o grande público com a história de superação de Minotauro.
- O que mais me surpreendeu é a força de vontade de vencer obstáculos. É muito treinamento, muito esforço físico, muita necessidade de concentração mental. O que veio para mim é que é uma lição de vida para quem tem um objetivo e quer vencer. E usar o seu universo, a sua sensibilidade, para encontrar seus caminhos. O importante é você saber o que quer, se concentrar, ser determinado e se preparar. Lembrou muito as histórias pessoais da minha família, minha filha que quer passar no Enem, eu que quero que o projeto dê certo, e a própria realização do documentário, que deu bastante trabalho de fazer.
O filme começa com o épico duelo de Minotauro contra o americano Bob Sapp, no Pride, em 2002, e termina com a emocionante vitória no UFC Rio 1, em 2011. Três meses antes do duelo na Cidade Maravilhosa, o brasileiro ainda estava de muletas depois da terceira cirurgia em sequência no quadril.
- Tem duas cenas que marcaram: numa luta do UFC Rio, eu estava de muletas e voltei (a lutar), foi muita superação aquela luta de 2011. Também teve o Pride em 2003, e eu vinha de cirurgia no olho direito, quebrei o braço, cotovelo, foi luta muito difícil para chegar lá contra o Cro Cop. Nunca falei para ninguém desses problemas, mas consegui a vitória e ganhei o título interino do Pride. O resultado (do filme) foi muito bom, mostra toda a carreira, lutas de 2001, cenas dessa época, mas o lado humano também. O diretor teve essa pegada. Quem não gosta de luta, vai gostar do documentário. Quem gosta, vai ver minha história de vida toda ali. Praticante de arte marcial ou não vai entender a história. Vai além do fã de lutas, vai para o fã que gosta de esporte - disse o ex-peso-pesado.
Rodrigo Minotauro se aposentou do MMA em 2015, no Ultimate, e hoje é embaixador da organização no Brasil (Foto: Agência Getty Images)Rodrigo Minotauro se aposentou do MMA em 2015, no Ultimate, e hoje é embaixador da organização no Brasil (Foto: Agência Getty Images)
Rodrigo Minotauro se aposentou do MMA em 2015, no Ultimate, e hoje é embaixador da organização no Brasil (Foto: Agência Getty Images)
Irmão gêmeo de Rodrigo, o também lutador de MMA Rogério Minotouro se emocionou ao recordar o início de sua carreira no esporte ao lado de Minotauro.
- É muito bacana ver como o Rodrigo é querido nesse meio, o tanto que influenciou o próprio esporte. Lembro da gente juntos desde o começo, na primeira luta não tinha nem condição de treinar, ficou eu e ele treinando na praia em Porto Seguro. Vêm essas histórias, lembrei de muitas histórias dessa parceria. Nesse filme têm algumas lutas muito bacanas. Contra o Cro Cop, Bob Sapp, as próprias lutas que ele perdeu, dá para resumir bastante a carreira dele - contou o irmão gêmeo.
Campeão do Rings, Pride e do UFC, Minotauro se aposentou em 2015 com um cartel de 34 vitórias dez derrotas e um empate. Em 2016, entrou para o Hall da Fama do UFC. Atual embaixador do Ultimate no Brasil, ele aponta diversos lutadores do país que poderiam ter a vida contada em um filme.
- Temos o Anderson (Silva), que tem o documentário de uma luta, mas merece o documentário de uma vida. Tem também o Pedro Rizzo, que fez muito pelo esporte, tivemos documentários lançados agora do Mauricio Shogun, bem bonito, do Demian Maia, que o UFC co-produziu também. Tem muita gente que pode contar histórias. Estamos contando com esses documentários histórias de vida, de superação, de viradas. Vamos acompanhar muita coisa boa no canal Combate sobre a vida dos lutadores.