sábado, 18 de outubro de 2014

Após incidente, Werdum se diz com "pulmões de um garoto de 18 anos"

Lutador brasileiro e equipe foram intoxicados no primeiro dia da preparação no México. Ele conta que está adaptado à altitude: "Subo montanha correndo"

Por Rio de Janeiro
Fabrício Wedum (Foto: Arquivo Pessoal)Fabricio Werdum (Foto: Arquivo Pessoal)
A ida de Fabricio Werdum para o México dois meses antes da luta contra Cain Velásquez no UFC 180 quase terminou em tragédia, mas no fim das contas tudo não passou de um susto. Em seu primeiro dia no país, o peso-pesado brasileiro e seu time sofreram intoxicação por monóxido de carbono por conta de um gerador de gasolina instalado na casa em que estavam, próximo ao vulcão de Nevado de Toluca, e foram salvos pelo irmão do lutador, Felipe Werdum, que mesmo tonto e fraco conseguiu desligar o equipamento - segundo Fabricio, o médico disse que todos teriam morrido com duas horas a mais de gerador ligado (saiba mais). Após a divulgação do incidente, o desafiante ao cinturão recebeu muitas mensagens de pessoas preocupadas por meio das redes sociais e procurou o Combate.com para esclarecer que está tudo bem. Muito bem, por sinal.
- Eu queria deixar claro para a galera que foi um mês atrás. Já estou bem. Estou a mais ou menos 3,5 mil metros acima do nível do mar, e estou com os pulmões de um garoto de 18 anos. Subo montanha correndo, faço 5km, e ela chega até 4 mil metros de altitude. O problema foi só na chegada ao México - disse ele, por telefone.
Werdum e sua equipe se mudaram logo no dia seguinte para uma fazenda em Jiquipilco, cerca de 40km distante de Toluca e pouco mais de 81km da Cidade do México, sede do UFC 180. O peso-pesado está lidando com o frio que faz no local e tem se empenhado bastante na preparação, que deve até virar uma espécie de documentário, segundo ele.
Fabrício Wedum (Foto: Arquivo Pessoal)Fabricio Werdum e equipe treinam em montanha no México (Foto: Arquivo Pessoal)
- O primeiro treino que a gente faz é às 6h, 6h30m da manhã. Depende se está chovendo, da neblina... A temperatura aqui é de 5ºC a essa hora. Varia muito durante o dia, faz 12ºC, 15ºC. Mas de manhã cedo e de noite faz frio aqui em cima - afirmou.
Fabricio Werdum fez o pagamento adiantado pela primeira casa e contou que a Polícia Federal mexicana já entrou no meio do problema para tentar recuperar o dinheiro investido. Ele revelou ainda que a princípio havia pensado em ir para o México somente duas semanas antes da luta, que será no dia 15 de novembro, mas mudou de ideia após conversar com o boxeador mexicano Juan Manuel Márquez.
Fabrício Wedum (Foto: Arquivo Pessoal)Fabricio Werdum e equipe (Foto: Arquivo Pessoal)
Fabrício Wedum (Foto: Arquivo Pessoal)Fabricio Werdum e equipe (Foto: Arquivo Pessoal)
Fabrício Wedum (Foto: Arquivo Pessoal)Fabricio Werdum e equipe (Foto: Arquivo Pessoal)

Burle e Scooby voltam a surfar em Nazaré e mandam recado para Maya

Um ano depois, big riders revivem emoções, deixam mensagem para a amiga que
não pôde viajar por lesão e revelam lições do dia em que foram do inferno ao céu

Por Direto de Peniche, Portugal
O dia 28 de outubro ficará marcado para sempre na memória de Carlos Burle e Pedro Scooby. Um ano após surfarem as maiores ondas de suas vidas e do grave acidente de Maya Gabeira, os big riders voltaram à Praia do Norte, em Nazaré. Além de deixarem uma mensagem para a companheira de equipe (assista ao vídeo ao lado), que não pôde viajar porque está se recuperando de uma lesão nas costas em Los Angeles, nos Estados Unidos, eles enfrentaram novamente as bombas de um dos picos mais temidos do mundo. Acordaram quando ainda estava escuro, por volta das 6h, acertaram todos os detalhes dos equipamentos de segurança e caíram no mar às 10h. Após praticarem "tow-in" (quando o surfista é rebocado por um jet-ski) em ondas superiores a 10m, Scooby surfou na remada e ficou emocionado pela superação.
- Começamos fazendo "tow in" em umas ondas de uns 35 pés (10,6m). Eu peguei três e puxei o Burle em quatro ondas. Depois, pedi para ele ficar de olho porque eu queria remar. Foi legal porque foi mais uma superação minha. Remar em Nazaré grande é um desafio para todo mundo sempre. O Garrett McNamara tem feito muito isso, desbravando a Praia do Norte na remada. É muito perigoso porque a onda não quebra sempre no mesmo lugar, quebra em vários lugares e é muito fácil você tomar uma onda na cabeça e se dar mal. Mas eu estava com uma prancha 10,4, que deve medir uns 3,5m, e peguei uma onda boa. Acho que foi a maior onda da minha vida na remada. Mas, no ano passado, foi o nosso maior desafio. Surfamos as maiores ondas das nossas vidas. Posso viver a minha vida inteira e nunca mais surfar uma onda daqueles, de 80 pés (24,3m). Eram ondas oceânicas e todo o dia o mar está diferente - contou o carioca. 
Carlos Burle e Pedro Scooby surfam na Praia do Norte, em Nazaré (Foto: Hugo Silva)Pedro Scooby surfa na Praia do Norte, em Nazaré (Foto: Hugo Silva)


Carlos Burle e Pedro Scooby voltam à Praia do Norte, em Nazaré (Foto: Carol Fontes)Carlos Burle e Pedro Scooby voltam à Praia do Norte, em Nazaré (Foto: Carol Fontes)
Carlos Burle surfa na Praia do Norte, em Nazaré (Foto: Hugo Silva)Carlos Burle surfa na Praia do Norte, em Nazaré (Foto: Hugo Silva)
No ano passado, uma tempestade que atingiu o Atlântico Norte, com ventos de até 200 km/h, fez com que toda a costa europeia recebesse mais uma ondulação de proporções faraônicas. Na Inglaterra e no sul da França, dois surfistas morreram. Liderados Burle, Scooby, Felipe "Gordo" e Maya foram à Praia do Norte tentar superar o americano Garrett McNamara, que havia surfado uma onda de 30m em janeiro de 2013 e era dono do recorde de 2011, que entrou para o Guiness Book. O Canhão de Nazaré, um desfiladeiro submarino de origem tectônica situado ao largo da costa de Nazaré, faz com que as ondas viajam a uma velocidade maior por conta da falha de Nazaré-Pombal e chegam à costa praticamente sem perder energia, formando grandes dimensões. Um ambiente ideal para a prática mais radical do surfe.
Carlos Burle e Pedro Scooby voltam à Praia do Norte, em Nazaré (Foto: Carol Fontes)Scooby diverte o amigo com brincadeiras no farol da Nazaré, em Portugal (Foto: Carol Fontes)
Depois de pegar algumas bombas em Nazaré no dia do épico swell, que ficou conhecido como "Big Monday", Maya entrou novamente no mar para tentar quebrar seu próprio recorde. Após cair em uma onda por conta dos "bumps" (irregularidades), tomou a série na cabeça. Era como se ela tivesse entrando em um ringue com Mike Tyson e sofrido um nocaute, segundo suas próprias palavras. Burle, que estava pilotando o jet-ski, não conseguiu colocá-la no sled e ela foi rebocada para perto da praia por uma corda. Inconsciente, foi reanimada com sucesso pelo big rider na areia ao som de "Stayn Alive", dos Beeges. Por sorte, Maya sofreu apenas uma fratura no tornozelo direito.
Quatro vezes vencedora da categoria feminina do prêmio XXL, "Oscar" das ondas grandes, Maya revelou aos amigos que queria estar novamente em Nazaré e estava com "inveja branca" dos amigos. Mas, mesmo longe, ela se fez presente. Quando Burle e Scooby começaram a gravar uma mensagem para a carioca em um dia nublado e chuvoso, o sol apareceu entre as nuvens e deu origem a um belo arco-íris. "Foi só a gente falar dela que apareceu o arco-íris, foi ela. A Maya está aqui com a gente", diziam Burle e Scooby, em coro.
- A Maya queria estar aqui, falou que estava com inveja branca e desejou boa sorte. Infelizmente, ela sofreu essa lesão e não pôde vir, mas ela vai voltar ainda mais forte para surfar com a gente aqui. No ano passado, ela surfou uma onda incrível, a maior onda que eu já vi uma mulher surfar. Se a Maya não tivesse preparada física e psicologicamente, ela não teria se salvado, eu apenas fiz a minha parte. Foi uma situação estresse muito grande. Surfamos as maiores ondas das nossas vidas, mas passamos pela maior sensação de risco das nossas vidas - destacou Burle.
Pedro Scooby e Carlos Burle antes entrarem no temido mar de Nazaré (Foto: Carol Fontes)Pedro Scooby e Carlos Burle antes entrarem no temido mar de Nazaré (Foto: Carol Fontes)




DO CÉU AO INFERNO

Logo após salvar a carioca, Burle ainda teve fôlego e sangue frio para surfar um "monstro do mar". Miguel Moreira, professor da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, desenvolveu um "software" e fez um estudo científico para desvendar o tamanho da onda, e chegou à conclusão de que a ondulação media entre 32 e 35 metros. O pernambucano, no entanto, não venceu o prêmio de maior onda do ano, em uma polêmica decisão dos juízes do XXL, que analisaram os concorrentes apenas através de fotografias. Para ele, o julgamento deveria ser baseado em uma análise de cientistas e oceanógrafos de diferentes.
- O justo seria pegar cientistas e oceanógrafos dos quatro cantos do mundo e, após uma análise técnica, chegar a um consenso. Ou fazer como o Miguel fez, ele criou um software. Não deveria ser algo sujeito a uma amizade ou uma situação política. Os juízes são todos da Califórnia e analisam tudo por uma foto, o que pode mudar dependendo do ângulo que você vê. Sinceramente, se pegar outra onda gigante, não vou nem mandar para essa eleição – disse o experiente big rider.
Carlos Burle surfe ondas gigantes em Portugal (Foto: AFP)Onda que Burle surfou no ano passado teria de 32m a 35m, segundo estudo científico (Foto: AFP)
Quem também pegou a maior onda de sua vida foi Pedro Scooby. Para ele, foi o dia em que ganhou a sua “faixa preta” no surfe e provou a sua maturidade.
- Foram as ondas mais poderosas que eu já vi. Ali foi o dia que eu ganhei a minha faixa preta. Quando eu conheci o Burle, aos 21 anos, eu era apenas um moleque louco que viajava o mundo atrás de ondas. Hoje, estou mais experiente, maduro... Sou casado, tenho um filho e me sinto muito mais preparado para mais desafios.
lições

Burle e Scooby (Foto: Hugo Silva)Burle e Scooby no jeti-ski antes de voltarem a surfar na Praia do Norte (Foto: Hugo Silva)
Campeão mundial na remada e no tow-in, o veterano de 46 anos tirou algumas lições da experiência em que viveu as emoções mais variadas. A principal delas foi reforçar a segurança, afinal, os riscos são iminentes na modalidade mais extrema do surfe. Se no resgate de Maya, foi usado apenas um jet-ski, agora, a equipe terá sempre dois. Além disso, o sistema de comunicação de rádio também foi melhorado, assim como as roupas e outros equipamentos.
-Ter apenas um jet-ski no resgate da Maya foi um erro, deveríamos ter outro. Atpe tínhamos, mas eles estavam com o Scooby e o Gordo. Agora, vamos entrar sempre com dois no mar, e cinco no total. A maior lição foi na questão do preparo. O número da equipe é maior e o número de jet-skis envolvidos é maior. Temos a consciência de que devemos estar mais bem preparados com equipamentos e o preparo físico não pode nunca ser negligenciado para evitar os riscos. O sistema de comunicação com o "cliff" (o penhasco onde fica o farol) não será mais com rádios presos nos coletes, pois eles voaram. Iremos amarrá-los. O risco é iminente, seja de se machucar ou até de morte. Vamos continuar surfando ondas grandes e precisamos aprender a lidar com essas situações. Evoluímos com os erros, mas o mais importante foi que a equipe saiu ilesa. A nossa missão foi cumprida - analisou.
Estar no alto de onda gigante me traz uma sensação muito intensa, é como se todos os sentimentos e emoções viessem à flor da pele. Você chega tão perto da morte que dá muito valor à vida. Acho que é isso que faz a gente voltar sempre"
Carlos Burle
 Apesar dos riscos e perigos da profissão, Burle se renova a cada aventura. Para o surfista que surfou um tufão em Kushimoto, no Japão, os tubos sobre os corais venenosos de Teahupoo, no Taiti, e o mar gelado de Yakutat, no Alasca, o céu é o limite. Quando está no alto de uma onda gigante, Burle conta que sente um misto de euforia, medo e adrenalina. Segundo ele, estar no limiar da morte faz que se dê um valor ainda maior à vida.
- Estar no alto de onda gigante me traz uma sensação muito intensa, é como se todos os sentimentos e emoções viessem à flor da pele. Você chega tão perto da morte que dá muito valor à vida. Acho que é isso que faz a gente voltar sempre - finalizou.
Carlos Burle aproveitou para agradecer no Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, em Nazaré, Portugal (Foto: Carol Fontes)Carlos Burle aproveitou para agradecer no Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, em Nazaré(Foto: Carol Fontes)

Carlos Burle e Pedro Scooby admiram o arco-íris em Nazaré, após lembrarem de Maya Gabeira (Foto: Carol Fontes)Carlos Burle e Pedro Scooby admiram o arco-íris em Nazaré, após lembrarem de Maya Gabeira (Foto: Carol Fontes)

Forte de Nazaré: um misto de emoções para Carlos Burle e Pedro Scooby (Foto: Bruno G. Camargo)Forte de Nazaré: um misto de emoções para Carlos Burle e Pedro Scooby (Foto: Bruno G. Camargo)
Santa vence Vasco no fim, encosta mais no G-4 e faz Joel perder primeira
Cassiano entra aos 37 e marca aos 40 do segundo tempo quando os cruz-maltinos eram superiores. Equipe carioca cai para terceiro na tabela
 
DESTAQUES DO JOGO
  • estrela
    Cassiano
    Ele entrou aos 37 do segundo tempo. Três minutos depois, num contra-ataque, marcou o gol da vitória do Santa. Méritos também para o técnico Oliveira Candindé.
  • no quase
    Máxi Rodríguez
    O uruguaio entrou no segundo tempo e fez o Vasco dominar a partida. Deu bons passes e chutes, e por pouco não decidiu a partida. Tem vaga no time titular.
  • inspirados
    goleiros
    Os dois tiveram boa atuação. Se Martín Silva segurou a onda quando o Santa estava melhor, Tiago Cardoso evitou gol do Vasco na segunda etapa.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
O Santa Cruz precisava vencer para seguir na luta e seguir na aproximação do G-4 para voltar à Série A. A intenção do Vasco com o triunfo era encostar na líder Ponte Preta, que derrotara a Portuguesa por 3 a 0 e chegara aos 57 pontos. O Santa mandou no primeiro tempo, os vascaínos, nos 45 minutos finais. Se Máxi Rodríguez entrou na segunda etapa e esquentou a partida para os cariocas, Cassiano, também saído do banco, entrou aos 37 e deu os três pontos aos pernambucanos com o gol em contra-ataque aos 40. Futebol tem dessas coisas. O resultado de 1 a 0 na Arena Pernambuco, na tarde deste sábado - na primeira derrota de Joel Santana no comando do Vasco -, fez o time coral pular para a sétima posição, com 45 pontos ganhos, e ficar a sete do quarto colocado, o Avaí.
O Vasco, com 54, caiu para terceiro - o Joinville, com a mesma pontuação, assumiu a vice-liderança. Cada time foi melhor em uma etapa. Os cruz-maltinos só reagiram após a entrada de Máxi Rodríguez e dominaram o segundo tempo - por sinal, o jogador foi um dos destaques da partida. Na próxima rodada, o Santa receberá o Villa Nova na Arena Pernambuco, na terça-feira. O Vasco vai enfrentar o América-RN na Arena das Dunas, em Natal, no mesmo dia.
Santa melhor no 1º tempo
No duelo de quem tinha mais forças para mandar no primeiro tempo, venceu o Santa Cruz no poder ofensivo, e o Vasco, na posse de bola. Com a defesa adiantada, os laterais abertos, o meio-campo marcando, o ataque ligadíssimo e a torcida agitada, o time pernambucano tentou logo surpreender. Mas a defesa vascaína, principalmente Martín Silva, estava atenta. Num centro da esquerda para Danilo Pires e Léo Gamalho, o goleiro saiu com unhas de gato. Depois, defendeu tiro de Tiago Costa, pela esquerda - entre um lance e outro, Marlon travou chute de Danilo Pires que poderia ter morrido no fundo das redes.
Thalles, Santa Cruz X Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)Thalles melhora no segundo tempo, mas Santa Cruz derrota o Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)
Com a bola mais no pé, o Vasco, não evoluía. Thalles era o centro das atenções, mas jogava muito pelo meio e era pouco abastecido. O camisa 39 chegou a arriscar de fora da área, mas o chute saiu fraco para a defesa de Tiago Cardoso. Só a partir dos 30 minutos Douglas e Pedro Ken conseguiram encontrar algum espaço para tentar criar na partida. Edmílson também conseguiu cair mais pelos lados. Além disso, Diego Renan começou a subir, explorando os espaços deixados por Tiago Costa. Do lado do Santa, Tony também atacou com mais perigo. No fim do primeiro tempo, o lateral foi ao fundo e fez bom cruzamento na área. Pedro Ken e mais uma vez Martín Silva afastaram. E as duas equipes foram para o vestiário sem gols.
Vasco domina, mas Santa marca
O segundo tempo começou com o Vasco mudado. Joel sacou Fabrício, um pouco apagado, para lançar Máxi Rodriguez. A intenção era dar ao time mais poder de ataque. E conseguiu. O jogo ficou mais movimentado. Mas foi do Santa a primeira grande chance. Após cobrança de escanteio, Renan Fonseca cabeceou para boa defesa de Martín Silva. Joel voltou a mexer, trocando Edmílson por Dakson. No Santa, Oliveira Canindé pôs Aílton no lugar de Keno.
O Vasco passou a tomar conta do meio de campo. E aos 17 minutos houve o primeiro grande momento da equipe cruz-matlina. Dakson tabelou com Thales e bateu para boa defesa de Tiago Cardoso. Depois foi a vez de Douglas fazer o goleiro trabalhar novamente, em bom chute de canhota. Daí em diante, Máxi Rodríguez começou a voar. Primeiro serviu Thales, que mandou cruzado para nova defesa de Tiago Cardoso. Na sequência, a bola voltou para o gringo, que tentou encobrir o goleiro, com perigo. O gol amadurecia. Rodrigo também teve a sua chance, em passe do gringo. No Santa, saiu Wescley, entrou Renatinho. Depois, Danilo Pires deu vez a Cassiano, que aos 40, num contra-ataque, marcou o gol da vitória do Santa.
 
Sem os artilheiros, Goiás e Grêmio amargam segundo empate sem gols
Desfalcados dos atacantes Erik e Barcos, Alviverde e Tricolor fazem duelo de pouca inspiração no Serra Dourada e repetem o 0 a 0 do primeiro turno
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • desfalques
    Erik e Barcos
    Artilheiros de Goiás e Grêmio, respectivamente, os atacantes foram desfalques por suspensão e facilitaram a ausência de gols no confronto no Serra Dourada.
  • lance capital
    3 do 2º tempo
    Lançado por Samuel, Thiago Mendes ficou cara a cara com Grohe na grande chance do jogo. Porém, finalizou mal, em cima do goleiro tricolor, que evitou o gol.
  • vítima do calor
    Marcelo Grohe
    O camisa 1 do Grêmio deixou a partida após passar mal, possivelmente por conta da alta temperatura. Durante o dia, Goiânia chegou a registrar 37º
A CRÔNICA
por Guilherme Gonçalves
33 comentários
Sob forte calor, Goiás e Grêmio maltrataram o torcedor que esperava uma partida com o mínimo de emoção neste sábado, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. Ao contrário do confronto no primeiro turno, pouca criatividade e raras chances de gol foram a tônica do duelo no Serra Dourada, que não contou com os artilheiros Erik e Barcos. De semelhante, apenas o placar, que ficou inalterado até o apito final: 0 a 0, assim como em Porto Alegre, em julho.
Suspensos, os dois certamente fizeram bastante falta. Mas sequer houve grandes oportunidades para que os atacantes mostrarem faro de gol. Na jogada de maior perigo, Thiago Mendes foi mal na conclusão e parou em Marcelo Grohe. Aos 39 do segundo tempo, o goleiro do Grêmio não aguentou o calor e, com mal-estar, foi substituído por Tiago e atendido nos vestiários.
Alviverde e Tricolor saíram do gramado com apenas um ponto no bolso e sem muito ganho na tabela de classificação. O dono da casa vai a 38 e segue em nono lugar, mas podendo ser ultrapassado após os resultados de domingo. O mesmo vale para os visitantes, ainda na quinta colocação, agora com 47 pontos. Na quarta-feira, os goianos enfrentam o Sport, às 22h30, na Ilha do Retiro. Mais cedo, às 21h, os gaúchos recebem o Figueirense na Arena.
Goiás x Grêmio no Serra Dourada (Foto: Renato Conde/O Popular)Esquerdinha: meia do Goiás tenta fugir da marcação cerrada do Grêmio (Foto: Renato Conde/O Popular)
Insosso
Em um primeiro tempo morno, Goiás e Grêmio deixaram claro desde o início a carência de inspiração. Sem criatividade, as duas equipes pouco produziram e quase não chegaram ao ataque com qualidade. Se estivessem em campo, possivelmente Erik e Barcos pouco seriam notados, já que a bola não parou nos setores ofensivos de goianos e gaúchos. Com peças um pouco mais qualificadas, o time comandado por Felipão teve maior posse e esboçou mais organização. A melhor chance, porém, caiu nos pés de Samuel, do Alviverde. O atacante parou na defesa de Marcelo Grohe.
Goiás cresce, mas não o suficiente
Na etapa final, coube ao Goiás retornar com um ímpeto um pouco maior. O time tentou fazer valer o fato de atuar em casa e mostrou mais iniciativa. Com Thiago Mendes e Esquerdinha mais participativos, o Alviverde criou mais e esteve mais próximo do gol. O Grêmio, por sua vez, ficou retraído e praticamente não ousou pressionar o adversário.
Além de chegadas com Samuel, o Goiás soube usar mais Thiago Mendes. Logo no começo, aos três minutos, o volante foi lançado em profundidade, saiu cara a cara com Grohe, mas não foi feliz na conclusão e chutou em cima do goleiro. Aos 31, novo arremate perigoso de Thiago, mas para fora. Dando indícios de estar satisfeito com o resultado, o Tricolor se limitou a esboçar alguns contra-ataques, mas nada suficiente para alteral o placar, que permaneceu intacto.
Walter volta bem, quarteto funciona, e Flu derrota Criciúma no Maracanã
Tricolor volta a vencer após três rodadas de jejum no Campeonato Brasileiro e encosta no G-4. Tigre pode terminar a rodada na lanterna
 
DESTAQUES DO JOGO
  • estreante
    Mattis
    Em sua primeira partida pelo Flu, Guilherme Mattis esteve bem. Foi quem mais desarmou no jogo - 7 vezes - e deu bonito lançamento que iniciou jogada do terceiro gol.
  • chuta-chuta
    Lucca
    O atacante do Tigre foi quem mais finalizou no jogo: 4 vezes. Foi premiado com belo gol, o segundo do Criciúma. Se mexeu bem e sofreu cinco faltas no jogo.
  • polêmicas
    arbitragem
    O 1º tempo complicou a atuação de Marcelo Aparecido de Souza. Um gol invalidado do Criciúma e um pênalti não marcado para o Flu revoltaram os dois lados.
A CRÔNICA
por GloboEsporte.com
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O peso e a insatisfação por não jogar ficaram de lado. Neste sábado, Walter chamou a atenção pelo bom futebol e voltou a sorrir, após um mês e meio fora do Fluminense por opção do treinador Cristóvão Borges. Foi titular e fundamental na vitória do Tricolor por 4 a 2 diante do Criciúma, no Maracanã, pela 29ª rodada do Brasileirão. Partida na qual brilharam também Wagner, autor de dois gols, Conca e Fred, que anotaram um tento cada. O Tigre pagou o pato pela inspiração do quarteto e terminará mais uma rodada na zona do rebaixamento. O público pagante foi de 11.214 torcedores (13.472 presentes), com renda de R$ 310.005,00.
Walter, Fluminense X Criciuma  (Foto: Paulo Sergio / Photocamera)Walter participou dos três primeiros gols do Fluminense (Foto: Paulo Sergio / Photocamera)
- Eu me senti bem. Lógico que a gente perde um pouco por ficar tanto tempo sem jogar. Foi uma surpesa atuar nesse jogo, não esperava. Não vinha entrando, mas futebol dá muitas voltas. Veio essa chance e eu não podia ir mal. Ajudei da melhor forma possível - disse Walter, que havia disputado sua última partida no dia 3 de setembro e atuou na vaga de Cícero.
O resultado alivia o clima nas Laranjeiras, pesado após três rodadas sem vitória. O Flu chega aos 45 pontos e volta a encostar no G-4, em sétimo. Na quarta-feira, irá enfrentar o Santos, na Vila Belmiro, às 22h, sem dois titulares: Bruno e Fred, que receberam o terceiro cartão amarelo neste sábado.
O Criciúma, por sua vez, se mantém com 30 pontos, em 18º lugar, e pode terminar a rodada na lanterna caso Botafogo e Coritiba ao menos empatem seus jogos neste domingo. A equipe, que teve gol de Rodrigo Souza mal anulado quando o jogo deste sábado estava ainda 0 a 0, tentará a reabilitação em casa na próxima quarta. Às 19h30, receberá no Herberto Hülse o Atlético-PR.
Etapa de polêmicas
Após pouco mais de meia hora de jogo sem graça, o primeiro tempo começou a valer no Maracanã a partir dos 32 minutos, quando o Criciúma teve seu gol mal anulado. Após escanteio na área do Flu, Rodrigo Souza marcou de cabeça. O árbitro Marcelo Aparecido de Souza, em um primeiro momento, deu a impressão de ter validado o lance, mas depois voltou atrás, alegando falta. Cinco minutos depois, foi a vez de o Tricolor reclamar, quando Fred foi deslocado na área ao tentar cabecear. O pênalti não foi marcado. No fim, nova igualdade em uma etapa equilibrada: de cabeça, Rodrigo Alves abriu o placar para o Tigre aos 44 após falta cobrada por Lucca. Wagner, com oportunismo na segunda trave, empatou nos acréscimos depois de cruzamento de Walter.

Início arrasador
O Flu iniciou o segundo tempo avassalador. Em 10 minutos, marcou dois gols: aos 2, com Wagner, em chute forte do meio da área após boa jogada de ataque envolvendo Walter e Fred. Depois, aos 10, Conca aproveitou rebote em chute de Walter e ampliou. A impressão era de que o duelo estava liquidado, mas o Criciúma deu emoção ao diminuir aos 23 com Lucca, em bonita jogada individual. Os catarinenses esboçaram uma pressão, cruzando muitas bolas na área, mas os cariocas mataram de vez o duelo com Fred. Aos 39, o capitão tricolor cobrou pênalti que ele mesmo sofreu e ocasionou a expulsão de Rodrigo Souza. Bola de um lado, goleiro do outro.
 
São Paulo supera cansaço, vence o Bahia e volta à vice-liderança
Ceni e Ganso acertam chutes perfeitos e garantem triunfo do São Paulo, que terá de secar o Inter neste domingo; time de Salvador se complica
 
DESTAQUES DO JOGO
  • momento decisivo
    33 do 2º tempo
    Ganso acerta belo chute colocado e amplia o placar para o São Paulo, definindo a vitória e deixando o time ainda na perseguição ao Cruzeiro.
  • quebrou jejum
    Ceni
    Goleiro marca seu primeiro gol de falta desde 14 de julho de 2013, chega a 123 e fica cinco atrás de Raí na lista de maiores artilheiros do clube, em 11º.
  • como fica?
    Bahia
    Com a derrota, Tricolor de Salvador segue na zona de rebaixamento e pode terminar a rodada em penúltimo se concorrentes vencerem.
A CRÔNICA
por Marcelo Prado
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O São Paulo superou o cansaço da viagem ao Chile e o pouco tempo de preparo para o jogo contra o Bahia, neste sábado, no Morumbi, com a qualidade técnica de seus jogadores. Comandado por Kaká, e com Ganso e Rogério Ceni acertando chutes certeiros, o Tricolor paulista bateu o time baiano por 2 a 1, em duelo válido pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. Fahel descontou para os visitantes.
Neste domingo, o tricolores terão de secar concorrentes. Com a vitória, o São Paulo foi a 52 pontos e assumiu momentaneamente a vice-liderança do Brasileirão. Precisará  torcer para o Internacional, que tem 50, não vencer o Corinthians, neste domingo, em Porto Alegre. O Cruzeiro, que lidera com 56, joga neste domingo contra o Vitória, em Salvador. O Bahia, com 30, segue na zona de rebaixamento, pode ser ultrapassado por Coritiba e Botafogo e terminar a rodada na penúltima colocação.
Marcelo Lomba, São Paulo X Bahia (Foto: Marcos Ribolli)Marcelo Lomba pula para tentar defender o chute de Rogério Ceni, mas não alcança (Foto: Marcos Ribolli)
- Estamos brigando pelo campeonato e vamos brigar até a última rodada - avisa Ganso.
Do outro lado, o técnico Gilson Kleina lamentava.
- Qualquer derrota tem um peso muito grande, ainda mais porque tivemos uma sequência ruim. Temos de levantar a cabeça e acreditar.
O jogo
Os dois times times tiveram uma semana complicada, com jogos no exterior pela Copa Sul-Americana. O São Paulo colocou em campo neste sábado a base que atuou contra o Huachipato, no Chile, quarta-feira. O Bahia, por outro lado, trocou seis jogadores que atuaram contra o Cesar Vallejo, no Peru, também na quarta. Por isso, o time de Salvador teve muito mais perna para correr e marcar bem os donos da casa, que, apesar de terem mais a bola, tiveram dificuldades para criar jogadas.

Como estava difícil para chegar tocando, o São Paulo apelou para a bola parada. O primeiro tempo se encaminhava para o fim, quando, aos 39, Ganso tentou chute. A bola bateu na mão de Rafael Miranda, e a arbitragem assinalou falta na entrada da área; para Rogério Ceni, quase um pênalti. O capitão acertou cobrança perfeita. Marcelo Lomba se esticou todo, chegou a encostar na bola, mas não o suficiente para evitar o gol de número 123 do goleiro são-paulino.
Ganso, São Paulo X Bahia (Foto: Marcos Ribolli)Autor do segundo gol, Ganso foi um dos destaques da vitória são-paulina (Foto: Marcos Ribolli)
O segundo tempo foi melhor, com o Bahia tentando se soltar, mas deixando espaços para os contra-ataques do São Paulo. O time de Salvador ameaçou o gol de Rogério Ceni duas vezes, mas o goleiro conseguiu segurar. Com mais qualidade e campo para jogar, os meias são-paulinos foram criando chances. Luis Fabiano, que entrou no lugar de Kardec, perdeu um gol feito após jogada de Alvaro Pereira pela esquerda. Aos 33, Ganso mostrou ao atacante como se faz: recebeu pela meia direita, avançou, percebeu o canto esquerdo de Marcelo Lomba aberto e acertou chute milimétrico, ampliando o placar.

O Bahia se lançou de vez para o ataque e conseguiu diminuir, com Fahel completando de cabeça cruzamento da direita, aos 42, mas não teve forças para o empate. Melhor para o São Paulo, que volta a ganhar confiança na caça ao líder Cruzeiro.
 

Torcedores invadem o Engenhão, conversam com jogadores e protestam

Cerca de 20 alvinegros aproveitam portão do estacionamento aberto e entram
no estádio, local do treino da tarde deste sábado. Eles falam com os atletas

Por Rio de Janeiro
 
Cerca de 20 torcedores do Botafogo foram ao treino protestar contra o presidente Maurício Assumpção na tarde deste sábado (assista no vídeo ao lado). Eles chegaram a entrar no Engenhão para gritar palavras direcionadas ao dirigente e conversaram com jogadores e comissão técnica na sala onde acontecem as entrevistas coletivas. O portão do estacionamento da Ala Norte, local de entrada da imprensa, estava aberto. Então, os alvinegros passaram e pegaram os seguranças de surpresa - um deles tentou evitar a entrada e acabou machucando a mão. O clima durante a conversa foi, aparentemente, pacífico. Os botafoguenses ficaram por cerca de 20 minutos no estádio e só se exaltaram quando foram abordados pelos jornalistas e se recusaram a falar. Pouco tempo depois da saída deles, uma viatura da Polícia Militar chegou.
Torcedores invadem Engenhão (Foto: Vicente Seda)Torcedores invadem Engenhão para protestar contra o presidente Maurício Assumpção (Foto: Vicente Seda)
Os últimos dias têm sido bastante conturbados. Além da situação complicada no Campeonato Brasileiro - é o penúltimo -, o time foi eliminado na Copa do Brasil pelo Santos com uma goleada de 5 a 0 no Pacaembu. Também durante a semana, Bolívar, Edilson, Emerson Sheik e Julio Cesar, recentemente demitidos, concederam uma entrevista coletiva e criticaram o presidente.

Jefferson foi outro a entrar em conflito com a diretoria. Por não ter se apresentado em São Paulo para a partida contra os paulistas, depois de defender a Seleção em amistosos, houve divergência entre o goleiro e o gerente de futebol Wilson Gottardo.
Após o treino, o presidente do clube, Maurício Assumpção, condenou a atitude dos torcedores. Ironizou, afirmando que dias atrás marcou uma reunião com organizadas e ninguém compareceu.

- Eu estava no momento em uma reunião com o Gottardo e com o Jefferson. Estranho porque há coisa de uns 10 dias eu marquei uma reunião com as lideranças de organizadas, uma segunda-feira, 8h, e ninguém apareceu. Ninguém respondia ligação do Botafogo. Mas obviamente como vocês não estariam presentes, eles não apareceriam na imprensa, não vieram para a reunião. O que eles gostam de fazer é isso. Então já tomei as mesmas providências que tomei quando da invasão de General Severiano. A gente vai registrar queixa e aí tem um inquérito policial que vai transcorrer da mesma forma.