domingo, 1 de abril de 2012


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Grupo A
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CLASSIFICAÇÃOPJVEDGPGCSG%
1
Flamengo
15
6
5
0
1
12
6
6
83.3
2
Botafogo
14
6
4
2
0
13
5
8
77.8
3
Macaé
12
6
4
0
2
13
12
1
66.7
4
Resende
12
6
3
3
0
8
4
4
66.7
5
Olaria
8
6
2
2
2
7
7
0
44.4
6
Nova Iguaçu
7
6
2
1
3
5
8
-3
38.9
7
Madureira
7
6
2
1
3
6
10
-4
38.9
8
Bonsucesso
5
6
1
2
3
7
10
-3
27.8

Grupo B
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CLASSIFICAÇÃOPJVEDGPGCSG%
1
Vasco
11
6
3
2
1
13
7
6
61.1
2
Bangu
9
6
2
3
1
6
5
1
50
3
Fluminense
7
6
2
1
3
7
7
0
38.9
4
Volta Redonda
7
6
2
1
3
8
10
-2
38.9
5
Duque de Caxias
7
6
2
1
3
6
8
-2
38.9
6
Friburguense
5
6
1
2
3
5
8
-3
27.8
7
Americano
4
6
1
1
4
10
13
-3
22.2
8
Boavista
3
6
1
0
5
7
13
-6
16.7

Jogos

  • Sab 31/03/2012 - 16h00 Laranjão
    Nova Iguaçu
    NOV
    0 0
    VOL
    Volta Redonda
  • Sab 31/03/2012 - 16h00 Cláudio Moacyr
    Macaé
    MAC
    1 4
    VAS
    Vasco
  • Sab 31/03/2012 - 16h00 Trabalhador
    Resende
    RES
    2 1
    AMN
    Americano
  • Sab 31/03/2012 - 16h00 Bacaxá
    Boavista
    BVT
    1 2
    OLA
    Olaria
  • Dom 01/04/2012 - 16h00 Cláudio Moacyr
    Flamengo
    FLA
    2 1
    BAN
    Bangu
  • Dom 01/04/2012 - 16h00 Eduardo Guinle
    Friburguense
    FRI
    1 1
    MAD
    Madureira
  • Dom 01/04/2012 - 16h00 Marrentão
    Duque de Caxias
    DUQ
    2 1
    BON
    Bonsucesso
  • em tempo real
    Fluminense
    FLU
    0 0
    BOT
    Botafogo
Classificados
P pontosJ jogosV vitóriasE empatesD derrotasGP gols próGC gols contraSG saldo de gols(%) aproveitamento

Entrosado com Juninho, Fabrício tem boa estreia e ganha elogios

Zagueiro acerta bola na trave no primeiro tempo, em sua primeira jogada ofensiva com a camisa do Vasco

Por Thiago Fernandes Macaé, RJ
Contratado recentemente pelo clube, Fabrício fez sua estreia em jogo oficial com a camisa do Vasco neste sábado, contra o Macaé (já havia jogado quarta, no amistoso contra o Barcelona-EQU), e deve ter deixado o gramado satisfeito com sua atuação. Seguro, o zagueiro não deu espaços por seu setor aos atacantes da equipe rival. Por pouco, não deixa sua marca também no ataque, em seu primeiro lance ofensivo, quando cabeceou uma cobrança de falta de Juninho, mas acertou a trave.
Aliás, o entrosamento com o camisa 8 foi visto não apenas nesse lance, mas também em pequenos gestos durante a partida. Além de conversar com o meia sobre o posicionamento, Fabrício fez questão de atravessar o campo para abraçar o Reizinho na comemoração dos dois gols marcados por ele.
A boa performance garantiu elogios do chefe. Cristóvão Borges gostou do que viu e deve dar mais oportunidades ao zagueiro. O fato de ser canhoto ajuda na disputa para ver quem fica com a vaga de companheiro de Dedé, que já foi de Rodolfo e hoje é de Renato Silva.
- Achei que foi muito boa a atuação. Foi natural o começo sentindo um pouco o desentrosamento. Ele treinou pouco com o grupo. Ainda não tem entrosamento. Aos poucos, foi ganhando confiança. No segundo tempo, jogou muito bem. Gostei muito - disse Cristóvão Borges.
Mesmo tendo jogado pelo Flamengo, Fabrício não teve resistência da torcida, que gritou seu nome antes do jogo. O curioso é que o zagueiro estreou jogando contra Josiel, um ex-companheiro dos tempos de Gávea. No intervalo, os dois se abraçaram no meio campo e conversaram durante alguns minutos.
O Vasco deixou Macaé logo após o jogo e já se prepara para uma semana de jogos importantes. Ainda neste domingo, a equipe viaja para o Peru, onde enfrenta o Alianza Lima, nesta terça, às 22h (de Brasília). No sábado, a equipe cruz-maltina encara o Flamengo, na 7ª rodada da Taça Rio.
Liedson acaba com jejum, Willian se redime e Timão supera o Oeste
Atacantes asseguram vitória do Corinthians por 3 a 0 em Prudente. Levezinho volta a marcar depois de 13 jogos sem balançar as redes
 
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
No dia em que Liedson (em grande estilo) acabou com um jejum de 13 jogos sem gols e que Willian voltou a marcar após duras críticas por um incrível gol perdido contra o Guarani, o Corinthians venceu o Oeste por 3 a 0, pela 17ª rodada do Campeonato Paulista. A partida foi realizada em Presidente Prudente, no interior do estado.
Antes deste domingo, a última vez que Liedson havia balançado as redes foi na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro do ano passado, na vitória sobre o Figueirense. De lá para cá, ele (que chegou a fazer um gol num amistoso com o Flamengo, em janeiro) contou muito com o apoio do técnico Tite, que em nenhum momento o ameaçou de tirar do time.
Para o Oeste, a derrota acaba com sequência de quatro jogos de invencibilidade. Mesmo assim, com 19 pontos, o time de Itápolis segue na zona intermediária da tabela. O Corinthians, por sua vez, vai a 40 e assume provisoriamente a liderança. Agora, fica a torcida para o São Paulo tropeçar no Ituano.
Sem jogo pela Libertadores neste meio de semana, o Corinthians só volta a campo pelo Campeonato Paulista no próximo domingo, às 16h, contra o Paulista, no estádio do Pacaembu. O Oeste joga no sábado, às 18h30m, diante do Bragantino, no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista.
emerson SHEIK oeste x corinthians (Foto: Fernando Calzzani/ Agência Estado)Observado por Liedson, Emerson Sheik domina na grande área (Foto: Fernando Calzzani/ Agência Estado)
Novamente no time titular, o reserva Douglas iniciou a partida deste domingo comandando o Corinthians. Dos seus pés saíram as melhores jogadas do Timão nos primeiros dez minutos. Ele deixou Danilo e Paulinho em condições para bater de fora da área. Mas os dois arremates foram ruins.
Soberano na partida, o Corinthians não deu espaço ao Oeste. Manteve o time de Itápolis pressionado no campo de defesa. E foi assim, induzindo o rival ao erro, que o time da capital criou uma de suas melhores chances. Aos nove minutos, Emerson pressionou o zagueiro, ficou com a bola e chutou em cima de Zé Carlos.
Emerson Sheik, aliás, foi o melhor jogador do Corinthians no primeiro tempo. Pelo lado esquerdo, ele atormentou os defensores do time rubro-negro. O problema do Timão era não conseguir chegar à área em condição de finalizar. O volume de jogo era bom, mas as chances apenas em arremates de fora da área.
Se a partida já não estava das melhores para o Oeste, ficou ainda pior aos 32 minutos, quanto Neno foi expulso por falta em Paulinho – ele já tinha amarelo. Mesmo assim, a equipe de Itápolis quase abriu o marcador aos 45 minutos, com Marcinho Beija-Flor. Ralf, bem colocado, impediu o gol.
Xô, zica!
Na volta para o segundo tempo, o Corinthians não só fez a bola rodar mais como também mexeu no placar. Logo de cara, aos três minutos, Emerson teve chance após escanteio de Douglas. Mas Zé Carlos defendeu. Em ótima tarde, Sheik não desistiu e minutos depois foi fundamental no lance do gol.
Aos dez minutos, Douglas partiu para cobrança de escanteio. Sheik, então, se aproximou, bateu cruzado e encontrou Liedson, bem colocado na pequena área. O atacante completou para a rede e acabou, enfim, com um jejum que já durava 13 jogos. Antes, seu último gol tinha sido contra o Figueirense, no Brasileirão 2011.
- Estou aliviado. Agradeço a todos que me apoiaram durante esse período - vibrou o Levezinho.
Por muito pouco, a felicidade do Corinthians não acabou no lance seguinte. Aos 14 minutos, o Oeste chegou com Marcinho. Julio Cesar defendeu e no rebote Wanderson, com o gol vazio, mandou para fora. A resposta do Timão, porém, veio da melhor maneira possível: com mais um gol.
Aos 18 minutos, Liedson roubou a bola de Fernandinho no meio-campo, avançou no contra-ataque e serviu Willian, que bateu rasteiro para fazer 2 a 0. Com essa vantagem, o ritmo alvinegro caiu um pouco, mas a equipe da capital continuou com o domínio total da partida.
Vez ou outra, o Corinthians tinha alguns lampejos, como aos 26, quando Fábio Santos cruzou, Willian cabeceou e depois Liedson tentou. Nas duas finalizações, Zé Carlos salvou. Mas o Timão insistiu e Liedson marcou mais um aos 45 minutos. Ele recebeu na grande área e bateu colocado para dar números finais aos triunfo alvinegro.
liedson oeste x corinthians (Foto: Fernando Calzzani/ Futura Press)Liedson correr para comemorar seu primeiro gol no jogo com o Oeste (Foto: Fernando Calzzani/ Futura Press)
Em novo dia de Love, Fla vence Bangu, mas leva sufoco no fim
Time faz 2 a 0 em primeiro tempo inspirado do atacante rubro-negro e de Ronaldinho, mas acaba dominado na segunda etapa e quase cede empate
 
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
Em pleno Primeiro de Abril, não era mentira. Flamengo e Ronaldinho jogavam bem no estádio Moacyrzão, em Macaé, na tarde deste domingo. O time vencia o Bangu por 2 a 0, com mais dois gols de Vagner Love, novamente inspirado, e saía do primeiro tempo com uma atuação convincente. Mas ainda tinha a segunda etapa... O clube de Moça Bonita voltou melhor, diminuiu o placar com Sérgio Junior e sufocou até o fim. Não conseguiu o empate, segue na vice-liderança no Grupo B na Taça Rio, com nove pontos ganhos, e briga para não ser rebaixado no cômputo geral dos pontos.
O Flamengo assumiu, ainda que provisoriamente - falta o clássico Fluminense x Botafogo -, o primeiro lugar do Grupo A, com 15 pontos ganhos, e agora voltará as atenções para a Libertadores. Na próxima quarta-feira, dará sequência à sua empreitada na competição sul-americana. Enfrentará no Equador o Emelec precisando de uma vitória para decidir em casa uma das vagas de seu grupo com o Lanús, da Argentina. No sábado, volta a jogar pela Taça Rio, no clássico com o Vasco. No mesmo dia, em Moça Bonita, o Bangu receberá o Macaé pela sétima rodada da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Estadual.
Velocidade
Se no fim da partida a torcida rubro-negra fez ufa quando o árbitro decretou  o apito derradeiro, não se pode dizer o mesmo no primeiro tempo. O Flamengo foi rápido, objetivo e decisivo nos primeiros 45 minutos em Macaé. Com Vagner Love, Ronaldinho e Deivid inspirados, o time fazia uma de sua melhores atuações na temporada, e não á toa saiu com a vantagem de 2 a 0. Joel, finalmente, conseguia encaixar o time, ainda que o Bangu às vezes causasse perigo.
Com as duas equipes precisando da vitória, a partida começou com dois ingredientes que agradam ao torcedor: velocidade e disposição. Sem Luiz Antônio, suspenso, Joel armou a equipe com apenas dois volantes - Muralha e Willians - e dois meias ofensivos - Bottinelli e Ronaldinho - para municiar Love e Deivid no ataque.
O Bangu também entrou aberto, na tentativa de explorar a velocidade do seu ataque. Numa saída de bola errada da defesa rubro-negra, armou contragolpe perigoso. Pela esquerda, Almir tocou rápido para Sérgio Junior. O atacante bateu com perigo, mas a bola resvalou na zaga. No escanteio, mais uma vez a defesa do Flamengo se atrapalhou na jogada aérea, mas Felipe consertou.
Daí em diante, o Flamengo acelerou. Com Willians impecável no desarme - foram nove de 16 da equipe rubro-negra no primeiro tempo - e Muralha bem na saída de jogo, Bottinelli e Ronaldinho davam velocidade às jogadas de frente. O trabalho dos meias era facilitado, é bom que se diga, pela frouxa marcação do meio-campo do time de Moça Bonita.
Gol de tabelinha
Quando não tocava de primeira para Vagner Love ou Deivid, que desperdiçou a primeira chance, R10 virava o jogo para o lado direito. Na primeira jogada de pé em pé do Flamengo, Ronaldinho tocou para o camisa 9, que lançou Léo Moura. De canhota, fraco, obrigou o goleiro William Alves a fazer a primeira boa defesa, com o pé.
Três minutos depois, aos 16, a rápida troca de passes do Flamengo acabou em gol numa linda tabelinha de Ronaldinho com Vagner Love. O camisa 10 começou fazendo o giro de primeira para o atacante, que, veloz, tocou e recebeu na frente para bater sem defesa para o goleiro: foi o nono gol do atacante em 11 partidas na temporada.
vagner love flamengo x bangu (Foto: Fla Imagem)Destaque da partida, Vagner Love pula carniça com Junior Cesar para comemorar segundo gol na partida: atacante agora tem 8 gols no Campeonato Carioca  (Foto: Fla Imagem)
Veloz, Love levava vantagem sobre os zagueiros do Bangu também no corpo. Deivid buscava as jogadas pela direita, em parceria com Léo Moura. Numa delas, o lateral cruzou na medida para o camisa 9 cabecear. Willian Alves salvou com o pé. No rebote, Ronaldinho, livre, tocou pelo alto. Merecia, pelo lance, vestir a camisa do Inacreditável Futebol Clube.
- A bola quicou e bateu no meu tornozelo na hora que chutei - justificou R10, no fim do primeiro tempo.
Só Love na rede
Após o gol desperdiçado, o Flamengo quase foi punido quando, num contra-ataque pela meia esquerda, Renan Oliveira soltou um pancadão de fora da área que encontrou Felipe atento para espalmar. Mas, àquela altura, a equipe rubro-negra já tomava as rédeas do jogo. E, aos 33 minutos, foi a vez de Deivid bancar o garçom para Love. Numa bola esticada pela esquerda, o camisa 99 arrancou para a área e bateu de canhota, sem chances de defesa. Foi o 10º gol em 11 partidas na temporada, 8º no Estadual, 33º em 40 jogos com a camisa rubro-negra. Na comemoração, o atacante brincou de carniça com Ronaldinho e Junior Cesar.
Com os 2 a 0, o time desperdiçava algumas chances, como uma de Deivid em novo passe de Ronaldinho. Mas o Bangu levava perigo em lances isolados. André Barreto mandou o segundo petardo de fora da área. Felipe fez aí defesa mais arrojada ainda que a primeira, espalmando para escanteio.
Bangu melhor
Mal começou o segundo tempo, o goleiro rubro-negro voltou a mostrar serviço após falta cometida por Marcos González perto da meia-lua. Almir cobrou com categoria, mas encontrou a mão do goleiro e a trave no meio do caminho para estufar a rede. O susto logo no começo foi o sinal de que o segundo tempo seria diferente. O Bangu adiantou a marcação e diminuiu os espaços para o toque de bola rubro-negro. Além disso, o Flamengo entrou na segunda etapa com o jogo mais cadenciado - era vísível a falta de fôlego.
Com Gedeílson no lugar de Fabinho e Gabriel Galhardo no de Renan Oliveira, o Bangu mostrava melhora na organização das jogadas e mais velocidade pelas laterais. E foi pelo lado direito que Almir girou livre e quase deixou o seu, não fosse mais uma grande defesa de Felipe.
Joel, pouco antes, já havia trocado Muralha por Kleberson para melhorar o posicionamento do meio-campo. Mas era visível que Ronaldinho e Love já não eram os mesmos fisicamente. O Bangu, mais inteiro, dominava a partida. E, explorando o lado esquerdo do Flamengo, diminuiu o placar. Aos 29, Thiago Galhardo centrou, Marcos González não pulou o suficiente, e a bola foi na medida para Sérgio Junior, que testou sem defesa para Felipe.
 Joel Santana trocou Deivid, cansado, por Diego Maurício, para tentar devolver a agressividade ao ataque. O Bangu, com os dois Galhardos, Thiago e Gabriel, além de Almir, botava o Flamengo na roda. Mas não conseguia mais criar chances, Depois, segundo o repórter Mauro Junior, da TV Globo, o técnico rubro-negro, a pedido de Vagner Love, sacou Bottinelli para pôr Magal (assista ao vídeo ao lado). No fim, o camisa 99, exausto em campo, ainda deixou escapar dos pés o que seria o terceiro gol, mas nem foi preciso. Agora, é pensar na Libertadores.
'Santos B' acorda no segundo tempo, vence a Lusa e passa o Palmeiras
Após primeiro péssimo primeiro tempo, Peixe, repleto de reservas, se recupera e faz 2 a 0 na Lusa, roubando a terceira colocação do Verdão
 
 
A CRÔNICA
por Marcelo Hazan
Com um primeiro tempo ruim e um futebol apenas para o gasto na segunda etapa, o time reserva do Santos venceu a Portuguesa por 2 a 0, neste domingo, no Canindé, e ultrapassou o Palmeiras na tabela do Campeonato Paulista. Os três pontos levaram o Peixe para a terceira colocação, com 36 pontos, um a mais do que o Verdão, agora quarto colocado.
Mesmo sem as suas principais estrelas, poupadas, a equipe da Vila conseguiu se impôr e encurralar a Lusa, que além de amargar a derrota ainda teve de ouvir vaias da torcida pela má fase - com 17 pontos, a Potuguesa segue próxima da zona de rebaixamento. Entre os reservas do Alvinegro, Felipe Anderson e o trio de zagueiros, formado por Rafael Caldeira, Bruno Vinícius e Bruno Rodrigo, foram os destaques - Caldeira ainda abriu o placar, marcando seu primeiro gol com a camisa do Santos.
- Esses jogadores que não vêm atuando estão de parabéns. Do Aranha ao Dimba, todos foram maravilhosos e coroados com a vitória - comentou Elano, capitão santista neste domingo.
A Portuguesa agora se prepara para encarar o Linense, no próximo sábado, às 18h30m (de Brasília), no mesmo Canindé, tentando se afastar do grupo dos quatro últimos colocados do Paulistão. O Santos, por sua vez, "desliga" o chip do estadual para se concentrar novamente na Taça Libertadores. Nesta quarta-feira, o Peixe enfrenta o Internacional, às 21h50m, no Beira-Rio, pelo Grupo 1.
portuguesa x santos (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)Rafael Caldeira, Dimba e Kardec comemoram gol do Peixe (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)
Lusa pressiona em primeiro tempo fraco
A Portuguesa bem que tentou pressionar e até impôs uma "blitz" no início. Com menos de um minuto, Luis Ricardo, encontrando facilidade para chegar ao fundo, cruzou na medida para Ananias. A cabeçada obrigou Aranha a evitar o primeiro gol. Na sequência, a Lusa seguiu rondando a área do Santos, virando a bola de um lado para o outro, mas com pouca objetividade.
Do outro lado, o Santos tinha dificuldade para sair jogando. O técnico Muricy Ramalho optou por escalar três zagueiros, a fim de minimizar a falta de entrosamento de seu time alternativo. A ideia era ter uma equipe compacta, mas ela acabou ficando presa. O resultado: chutões em sequência de Rafael Caldeira, Bruno Rodrigo e Vincius Simon, para o desespero do treinador.
Nas outras poucas chances da Portuguesa, Guilherme e Ananias arriscaram de longe, sem sucesso. No Peixe, apenas jogadas mal executadas e uma finalização sem rumo.
Peixe acorda e vence
O Santos voltou melhor para a etapa final, e logo aos quatro minutos abriu o placar. Na bola parada, sua especialidade, Elano cobrou escanteio pela direita e achou Rafael Caldeira, que escorou para as redes. Na emoção por ter marcado seu primeiro gol pelo Santos, o zagueiro se enrolou ao tentar tirar a própria camisa, que não saiu de seu corpo durante a comemoração.
Impondo seu ritmo, o Peixe passou a mandar na partida. Felipe Anderson, o mais lúcido na etapa inicial, comandava as ações. Primeiro, fez boa jogada individual, trazendo da esquerda para o meio, e soltou o pé de fora da área, obrigando Rodrigo Calaça a fazer boa defesa. Depois, o jovem meia fez a jogada do segundo gol, novamente pela esquerda. Após deixar os adversários para trás e invadir a área, ele só rolou para Dimba completar para o gol vazio, aos 13 minutos.
Àquela altura, a torcida da Portuguesa já tinha perdido a paciência. Irritados com o desempenho do time, os fanáticos protestaram com gritos de "vergonha", "queremos jogador", "raça", "time de pipoqueiro" e até xingamentos destinados ao presidente Manuel da Lupa. Prova clara de que não era o dia da Lusa foi o gol perdido por Henrique, digno do Inacreditável Futebol Clube. Sozinho e quase dentro da pequena área, após receber ótimo passe de Diego Souza, o meia finalizou em cima de Aranha.
Na sequência, outra ótima intervenção do goleiro reserva, evitando gol certo de falta do lateral-esquerdo Ivan. A tentativa de reação da Lusa ficou nisso. O Peixe soube administrar os minutos restantes. Vitória importante para o Peixe, que ultrapassou o rival Palmeiras, e derrota preocupante para a Portuguesa, ainda próxima zona do rebaixamento.
Grêmio joga pouco, leva 1 a 0 do Pelotas, e Luxa perde a primeira
Com vitória do maior rival nesta rodada, o Tricolor também fica sem a melhor campanha da Taça Farroupilha
 
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
Depois de oito jogos e sete vitórias consecutivas, Vanderlei Luxemburgo conhece a sua primeira derrota no comando do Grêmio. Em um jogo de pouco inspiração ofensiva tricolor, melhor para o Pelotas, que foi mais efetivo e deixou o estádio da Boca do Lobo com o 1 a 0, gol de Reinaldo, de cabeça, logo a um minuto de partida, na tarde deste domingo.
Com o resultado, o Grêmio perde os 100% na Taça Farroupilha e estaciona nos 15 pontos em seis jogos. Depende de um insucesso do Inter na última rodada do turno, diante do São Luiz, para conseguir ficar com a melhor campanha e decidir a fase eliminatória no Olímpico. Neste domingo, o Colorado bateu o Canoas e ultrapassou o Tricolor como clube de melhor campanha. Já o Pelotas ingressa na zona de classificação da chave, com oito pontos.
Agora, o Grêmio pensa na Copa do Brasil. Começa na quarta a disputa da segunda fase com o Ipatinga, em Minas Gerais. Gauchão, só no próximo domingo, quando a equipe de Luxemburgo recebe o Caxias, campeão do primeiro turno, às 16h, no Olímpico, na rodada final da Taça Farroupilha. Ainda em busca da vaga, o Pelotas enfrenta o Cruzeiro-RS no Estrelão, em Porto Alegre.

Nova zaga, velhos problemas

grêmio pelotas gauchão souza pablo (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)Pablo (com a bola) estreou na tarde de domingo
(Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
A nova zaga do Grêmio formada por Pablo e Vilson, após as lesões de Gilberto Silva e Werley, não poderiam estrear com pior sorte. Logo a um minuto, Brida levantou na área e o centroavante Reinaldo cabeceou para as redes. O gol surpreendeu e, de certa forma, consternou o time de Luxemburgo, que não conseguia responder no mesmo nível.

Apesar da posse de bola superior, faltou profundidade ao Grêmio no primeiro tempo. Em 45 minutos, apenas duas finalizações perigosas, sendo apenas uma em direção ao gol. Aos 29, Facundo Bertoglio arriscou da entrada da área para a defesa de Fernando Júnior. Depois, aos 42, uma das poucas jogadas bem tramadas pelo Tricolor, que contou com corta-luz de Souza, chegou aos pés de Gabriel. O lateral, com liberdade na grande área, chutou forte, mas a bola passou ao lado.

Com o placar aninhado em seu colo desde o primeiro minuto, o Pelotas se preocupou mais em defender do que atacar. Mesmo assim, provocou a chance mais clara de gol do primeiro tempo. Aos 26 minutos, Clodoaldo se aproveitou do desentrosamento da quinta dupla de zaga do Grêmio na temporada e, sozinho, invadiu a área. Parou nas mãos milagrosas de Victor, autor de espantosa defesa.
Marcelo Moreno contra o jogador do Pelotas (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)Marcelo Moreno contra o jogador do Pelotas (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Na saída para o vestiário, o sempre esforçado Marcelo Moreno traduziu o sentimento dos gremistas após a derrota parcial, que ameaçava uma futura vantagem tricolor na próxima fase da Taça Farroupilha.
- A gente foi surpreendido. Mas temos que voltar para o segundo tempo para virar. Precisamos ganhar hoje - disse o centroavante.

Grêmio muda, pressiona, mas é pouco

E a bronca de Marcelo Moreno ressoou no vestiário. Luxemburgo promoveu duas mudanças importantes para o segundo tempo. Sacou Souza e colocou André Lima, recuando Bertoglio. Também tirou Gabriel, de participação pouco efetiva, e alçou Edilson aos titulares.

Com as alterações, o Grêmio aumentou o seu volume de jogadas ofensivas. Em 15 minutos, colecionou duas boas chances de gol. A primeira, em um voleio improvisado de André Lima. Depois, com Marcelo Moreno. Na pequena área, cabeceou sem olhar para a bola e perdeu oportunidade incrível para empatar.

A blitz tricolor, no entanto, não trouxe o bom futebol. O time seguiu sem boas soluções na armação. A bola alta era, enfim, o único esteio dos comandados de Luxemburgo. Pela via aérea, o Pelotas também assustou. Aos 19, Reinaldo quase fez mais um após escanteio.

Sem perspectiva de evolução, Luxemburgo sacou Marquinhos e colocou Leandro. O meia, que levava a braçadeira de capitão, deixou o campo vaiado por parte da torcida. O Grêmio não ia bem, e a torcida sentia o mau momento. Ao Pelotas, coube rechear o meio-campo de marcadores para combater a falta de fôlego.

Santa Cruz vence o Náutico e pula para a segunda posição no Estadual

Renatinho marcou o único gol da partida, em um clássico marcado pela eficiência Tricolor, que chegou a sétima vitória consecutiva

Por GLOBOESPORTE.COM Recife
 Diante de 27.078 torcedores, Santa Cruz e Náutico protagonizaram um divertido espetáculo aos seus espectadores. Longe de ser um primor técnico, o clássico entre as duas equipes foi marcado por muita vontade dos dois lados, com duas expulsões, mas quem acabou levando a melhor foi o Tricolor, que venceu por 1 a 0, num golaço de Renatino, e chegou à segunda posição beneficiado pelo empate em acasa do Salgueiro ( 2 a 2) com o Belo Jardim.
Com a vitória, o Santa Cruz chegou à sétima vitória seguida e aos 41 pontos na classificação, três a menos que o líder Sport; já o Náutico acumula cinco jogos sem vitória e permanece na quarta posição.
Dominio alvirrubro; eficiência tricolor
Logo a um minuto, Lenon escapou pela esquerda e chutou para a defesa segura de Tiago Cardoso. O lance deu uma falsa impressão que o primeiro tempo seria aberto, repleta de oportunidades.Ledo engano. Nos 13 primeiros minutos, esse foi o único lance de 'perigo'. O Náutico era mais organizado  e acusava o Tricolor em seu campo de defesa, mas o Timbu não conseguia transformar o dominio em oprotunidades.
Aos 14, Eduardo Ramos bateu escanteio e Siloé subiu mais alto que a defesa do Santa e mandou por cima do gol tricolor. No lance seguinte, a resposta Coral: Renatinho mandou de fora da área e Fleipe, que substituia o machucado Gideão, segurou em dois tempos. O Santa Cruz passou a gostar do jogo e não custou à encontrar o caminho das redes. Aos 19, após belíssima jogada de Geílson, Dênis Marques levou a melhor sobre a defesa alvirrubra e passou para Renatinho 'encher a canhota' no ângulo de Felipe: golaço! Santa Cruz em vantagem.
renatinho comemora gol no clássico (Foto: Aldo Carneiro)Renatinho comemora o gol marcado no clássico (Foto: Aldo Carneiro)
Atrás do placar, o Náutico se mandou em busca do empate, mas sem conseguir entrar na grande área tricolor.  Aos 32,  Eduardo Ramos cobrou falta e Tiago Cardoso mandou para escanteio. Na cobrança, o goleirão coral voltou a aparecer bem segurando a cabeçada de Siloé.  Três minutos depois, uma nova chance para o Náutico e mais uma vez de fora da área: Lenon mandou um 'balaço' e Tiago Cardoso mandou pra fora. Aos 44, Dênis Marques quase marca faz um golaço, mas a bicicleta saiu fraquinha, nas mãos de Felipe. E o primeiro terminou com o Tricolor na frente.
Duas expulsões e vitória tricolor
As duas equipes voltaram com a mesma formação para a segunda etapa e a postura em campo também seguiu a mesma. O Náutico tinha maior posse de bola, chegava mais vezes à frente, mas sem força ofensiva. O Santa explorava os contra-ataques, sem se prevalecendo da velocidade de Geílson, Luciano Henrique e Renatinho. Insatisfeito com a produção ofensiva da sua equipe, Waldemar Lemos sacou o atacante Dorielton , apagadíssimo em campo, e promoveu a estreia de Léo Santos, aos 11 minutos. Um minuto depois, o Santa Cruz ficou com um jogador a menos, quando Anderson Pedra segurou Eduardo Ramos e como já havia recebido um amarelo, acabou expulso de campo.
Prontamente Zé Teodoro sacou Geílson e colocou o zagueiro Vagner no jogo, recompondo o sistema defensivo. Aos 16, Luciano Henrique deu lugar a Natan no Tricolor. Aos 24, Waldemar Lemos fez a segunda mudança, mandando Marquinho a campo na vaga de Lenon. O Timbu apertava em busca da igualdade no placar. Aos 26, Siloé recebeu numa boa dentro da área, dominou com a coxa, mas finalizou mal desperdiçando boa oportunidade.
Dênis Marques deu muito trabalho à defesa do Náutico (Foto: Aldo Carneiro)Apesar de passar em branco, Dênis Marques deu muito trabalho à defesa do Náutico (Foto: Aldo Carneiro)
Com um a menos e buscando explorar os contra-ataques, Zé Teodoro tirou o artilheiro tricolor no Estadual, Dênis Marques, que deu lugar a Flávio Caça-Rato. Waldemar Lemos também queimou a última alteração com a entrada de Philip no lugar de Auremir. Apesar de contar com quatro jogadores ofensivos em campo, o Náutico não conseguia chegar ao gol do empate, que quase veio aos 36, quando Marquinho aproveitou cruzamento de Jefferson e testou tirando tinta da trave direita de Tiago Cardoso.
Aos 40 minutos foi a vez do Náutico ficar com um jogador a menos, quando Jefferson agrediu Natan sem a bola e recebeu o vermelho direto do árbitro Sebastião Rufino Filho.E o placar se arrastou até o fim do jogo. Vitória que embala o Tricolor na reta final do Pernambucano e uma derrota que pode selar o fim da 'Era Waldemar Lemos' nos Aflitos.
Sem grandes problemas, Galo passa pelo Uberaba e mantém os 100%
De quebra, Atlético-MG empurra o Zebu para a zona de rebaixamento. Gols do jogo foram marcados por Guilherme, Danilinho e Mancini
 
 
A CRÔNICA
por Fernando Martins Y Miguel
Mais uma vez o Atlético-MG não mostrou o futebol que a torcida espera, porém o time do técnico Cuca deixou o campo com os três pontos. Na vitória sobre o Uberaba, por 3 a 0, a equipe alvinegra apresentou os mesmos erros de finalização dos últimos jogos, mas manteve o expressivo aproveitamento de 100% na temporada.
Com a vitória, construída com os gols de Guilherme, Danilinho e Mancini, o Galo ficou na liderança isolada com 27 pontos, seguido do rival Cruzeiro, com 24 pontos ganhos. Já o Uberaba entrou na zona de rebaixamento, com os seis pontos, devido ao triunfo do América-TO sobre o Nacional-MG no sábado.
No próximo final de semana, o Atlético-MG encara o Cruzeiro no clássico de domingo, às 16h (de Brasília), na Arena do Jacaré. A partida será a grande decisão da liderança da primeira fase do Campeonato Mineiro. Já o Uberaba duela contra o América-MG, no mesmo dia e horário precisando vencer para fugir do Z-2.
Vantagem e sonolência
O jogo começou num bom ritmo e logo aos dez minutos o atacante Guilherme sofreu pênalti após uma dividida com o zagueiro Alberto. O próprio atacante cobrou com categoria, deslocando o goleiro Fernando e deixando a metade do Uberabão em festa.
O time atleticano não fazia boa partida, mas o gol facilitou o trabalho do time de Cuca, que passou a ficar mais organizado em campo. O Uberaba se enervou com a desvantagem no placar e passou a abusar das faltas.
O Uberaba perdeu uma grande chance de empate com Torete, após Renan Ribeiro soltar a bola depois de fazer boa defesa em cabeçada à queima-roupa. No rebote, o volante uberabense chutou em cima da zaga e a bola passou raspando a trave.
A defesa do Atlético-MG não apresentava segurança nas bolas aéreas. Era bate e rebate em todos os lances de ataque do Uberaba, que quase marcou em um desses lances, mas esbarrou na falta de pontaria.
O Galo chegava no toque de bola e perdeu seguidas chances de ampliar e assim como o Zebu, pecou bastante no arremate. André e Guilherme tiveram condições claríssimas, mas chutaram em cima do goleiro Fernando.
O "filho da terra" Carlos César, atuava pela primeira vez na cidade onde nasceu e fez um primeiro tempo discreto. Levou cartão amarelo, mandou um cruzamento na arquibancada, mas também fez bons levantamentos e tabelas.
Revoltada com a marcação do pênalti, a torcida do Uberaba foi à loucura quando o árbitro Emerson de Almeida Ferreira encerrou a primeira etapa quando o time da casa tinha um escanteio para ser cobrado.
Vitória tranquila
No segundo tempo, o jogo melhorou e as duas equipes foram com tudo para o ataque. No primeiro lance de perigo, André,  sozinho na área, de frente para o goleiro Fernando, teve tempo de escolher o canto e acertar a trave, perdendo uma chance incrível.
O Uberaba respondeu com Araújo, que cabeceou com perigo, por cima do gol de Renan Ribeiro. O Zebu também teve a chance com Araújo, que sairia na cara do gol, porém, dominou mal e deu chance da zaga alvinegra se recuperar no lance.
Mas a qualidade superior do Atlético-MG fez a diferença e Danilinho, que mais uma vez não vinha bem, aproveitou passe de Réver, e chutou no canto para ampliar. Depois do gol, Cuca tirou o jovem Eron, que não foi bem, para a entrada de Richarlyson.
Revoltada com a arbitragem e descrente com o andamento da partida, a torcida do Uberaba só comemorou quando a musa do time no Campeonato Mineiro, Daniela Borges, passou pelas arquibancadas.
Em campo, o meia Mancini entrou na vaga de Serginho. E foi ele que marcou o terceiro após belo lançamento de Guilherme. O meia deu um drible da vaca no goleiro Fernando e pegou na frente para fuzilar com o gol vazio.
O Uberaba não conseguiu reunir forças para, pelo menos, diminuir o placar e o Atlético-MG ainda perdeu chances de ampliar o marcador. O resultado de 3 a 0 acabou justo pelo futebol apresentado em campo.

Veterano Don Frye dispara: 'Dana White rouba os lutadores do UFC'

Ex-campeão do UFC diz que dirigente paga pouco em comparação ao que recebe dos patrocinadores, e diz que sente falta de voltar a lutar pelos fãs

Por SporTV.com Arizona, EUA
O instinto assassino de Don Frye permanece intacto. Campeão do UFC na época em que se lutava três vezes por noite antes de ficar com o cinturão, o "Predador" marcou época como um dos lutadores mais duros e agressivos da história do MMA. Aos 46 anos - 16 mais velho do que quando estreou no MMA, enfrentando Thomas Ramirez, no UFC 8 - Frye mantém a língua afiada, e as opiniões sobre quaisquer assuntos são tão diretas quanto os socos que desferia em seus adversários. Em entrevista ao programa de rádio "Savage Dog Show”, o ex-lutador fala sobre a evolução do UFC como negócio, dos valores pagos aos atletas, dos seus problemas de saúde e se ainda sente falta de lutar.
Don Frye, lutador de MMA (Foto: Divulgação)Don Frye acusa Dana White e o UFC de roubarem os lutadores, mas revela sentir saudade dos tempos de lutador e dos fãs. Ex-campeão revela que poderia voltar ao octógono (Foto: Divulgação)
Confira os principais trechos da entrevista:
Assistir MMA na TV
Não consigo, é muito caro para mim. Quando é transmitido em TV aberta eu assisto. Eles são grandes atletas. É incrível como o esporte mudou. Eu já disse isso muitas vezes, é como a Nascar. Eu sou daqueles caras que ficavam no carro namorando à luz da lua, e hoje o que se vê são máquinas com motores de 500 cavalos de força. São tecnicamente fantásticos. É como os lutadores de MMA hoje em dia. Faço de tudo para assistí-los em ação.
Obrigação de dar espetáculo no octógono
Algumas vezes eu não consegui. Mas não sou como Brock Lesnar, que deixa um rastro de urina do vestiário até o octógono. Eu vou lá e luto. Não entro em um torneio em busca de um lugar confortável para me acomodar.
Motivação para lutar
Sim, e ela se chama carteira vazia.
O que teria que mudar em si mesmo para voltar a lutar
Eu teria que levar a luta a sério. Na última vez que lutei, não respeitei o esporte e nem o meu adversário, e ele me aniquilou. Mas eu mereci aquilo. Ruben Villareal me deu uma surra muito merecida, porque eu pensei que chegaria lá como o "grande Don Frye", com meus recortes de jornal debaixo do braço, e que aquilo o intimidaria. Aparentemente ele não sabia ler, e não se impressinou com meus jornais.
Treinamento
Não treino desde que levei aquela surra de Ruben Villareal em dezembro de 2011, quando fui nocauteado no primeiro round. Só ando a cavalo. Meus últimos oito anos foram muito ruins. Acho que arrebentei as minhas costas em 2003, e não fiquei sabendo disso. A coisa piorou, mas eu pensei que fosse por estar ficando velho. Com o passar do tempo, as dores foram aumentando, e no ano passado... em que ano estamos? 2012? Pois bem, entre maio de 2010 e maio de 2011 eu passei por cinco cirurgias nas costas, e finalmente fiquei curado. Mas com o ego que eu sei que tenho, pensei: "Já se passaram seis meses e meio. Já posso lutar." Mas não treinei, fiz apenas musculação, e isso fez uma diferença enorme. Fomos para a pesagem, e quando Ruben tirou a camisa, ele parecia o Tarzan. Se eu tivesse um carro naquele momento, eu me jogaria dentro dele e iria embora o mais rápido que pudesse.
Saudade de lutar
Muita, de verdade. Eu me diverti muito. Os fãs são fantásticos. Mas o fato é que Dana White acabou com o esporte. Sendo mais específico, ele acabou com o esporte para mim. Eu pensei: "Por que deixo um idiota como esse ditar os rumos da minha vida e me tirar toda diversão dela? Passei a ignorá-lo e seguir adiante. Eu poderia voltar ao octógono se quisesse, só para provar que ele não acabou com o esporte. Mas prefiro ignorá-lo e tocar a minha vida.
Pouco dinheiro para os lutadores
O que se faz lá é um crime. Você vê alguns atletas ganhando dois ou três mil dólares, enquanto Dana White se gaba de ter 30 Ferraris. Ele cobra cerca de 150 mil dólares dos patrocinadores para exporem suas marcas nos calções e camisas dos lutadores, e só repassa a eles dois ou três mil dólares? Isso é roubar os atletas.
Fim do Pride
Fiquei muito triste com isso. Foi um choque para mim. Tive uma reunião com os executivos do Pride quatro dias antes do último torneio, e eles falaram sobre eu voltar a lutar lá. Eu fui, lutei e fui espancado por James Thompson, e eles não me pagaram. De certa forma, eu fiquei triste pelo fim do Pride. Mas depois do que fizeram comigo, eles podem ir para o inferno.