sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Como torcedor vascaíno, Ricardo Gomes volta a viver de perto o futebol

Em casa deste o último domingo, treinador acompanhou pela televisão empate com o Atlético-GO, conforme revela o interino Cristovão Borges

Por Cahê Mota Rio de Janeiro
cristovão burque vasco treino (Foto: Alexandre Cassiano / O Globo)Cristovão vem mantendo frequente contato com
Ricardo Gomes (Alexandre Cassiano / O Globo)
O futebol já voltou a fazer parte da rotina de Ricardo Gomes. Se o retorno do treinador ao comando do Vasco ainda está indefinido após sofrer um AVC no clássico contra o Flamengo, pela 19ª rodada do Brasileirão, ele ao menos já voltou a exercitar seu lado torcedor vascaíno. Quatro dias após ter alta e deixar o hospital, no último domingo, Ricardo acompanhou pela televisão o empate por 1 a 1 com o Atlético-GO, quinta-feira, em São Januário, pela 25ª rodada.

Técnico interino do Vasco, Cristovão Borges foi o responsável pela informação em bate-papo informal com jornalistas nesta sexta-feira. Ele revelou ainda que o futebol já voltou a ser tema de suas conversas com o amigo e que transmite brincadeiras dos jogadores nos vestiários para animá-lo. A evolução, entretanto, não faz com que Ricardo Gomes dê ordens quanto a escalação ou forma de jogar da equipe.

Acostumado a trabalhar com o treinador, Cristovão recordou que em outras ocasiões precisou substituí-lo por problemas pessoais e em todas a resposta para questionamentos deste tipo foi a seguinte:

- Faz do seu jeito.

A relação de confiança tem dado certo. Com Cristovão no comando, o Vasco assumiu a liderança do Brasileirão há duas rodadas, com 46 pontos. O próximo compromisso é diante do Cruzeiro, domingo, às 16h (de Brasília), na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, pela 26ª rodada. E Ricardo Gomes, mais uma vez, estará de olho.
 

No molhado, John Louis é o mais veloz no segundo treino em Curitiba

Assim como na primeira atividade desta sexta, líder do campeonato crava o melhor tempo mesmo com a chuva. Próxima sessão acontecerá às 16h40m

Por GLOBOESPORTE.COM Curitiba
Jonh Louis na pista molhada do Autódromo de Curitiba (Foto: Carsten Horst/MF2)Fórmula Futuro: Jonh Louis na pista molhada de
Curitiba, nesta sexta-feira (Foto: Carsten Horst/MF2)
O paranense John Louis segue ditando o ritmo nos treinos livres para a quinta rodada dupla da Fórmula Futuro. Na segunda sessão realizada no início da tarde desta sexta, no Autódromo Internacional de Curitiba, o líder do campeonato estabeleceu a volta mais rápida em 1m34s266, mas os adversários conseguiram se aproximar na comparação com os ensaios da manhã.
A chuva que caiu logo após o término do primeiro treino livre fez com que os jovens pilotos da Fórmula Futuro retornassem à pista com pneus para pista molhada. Apesar da chuva ter cessado, o asfalto permaneceu escorregadio durante todos os 30 minutos de treino.
- No início da sessão, quando havia mais água, eu era o mais veloz, mas o chão começou a secar fiquei um pouco para trás. Acertamos uns detalhes de calibragem nos boxes e conseguiu voltar à primeira posição no final do treino - contou Louis.
O vice-líder Guilherme Silva conseguiu se aproximar do adversário com a pista molhada.
- Nessas condições as coisas ficaram mais niveladas e pude andar mais próximo do pessoal. Preciso melhorar o certo do carro no seco, onde ainda estamos em desvantagem. E pela previsão de tempo, o risco de chuva nas corridas está diminuindo bastante - disse Silva.
O terceiro e último treino livre do dia está marcado para as 16h40m.
Confira os tempos da segunda sessão:
1º) JOHN LOUIS - 1min34S266
2º) GUILHERME SILVA - 1min34S348
3º) LUIR MIRANDA - 1min34S533
4º) VICTOR FRANZONI - 1min35S072
5º) LUCAS DE LA VEGA - 1min35S948
6º) GUILHERME SALAS - 1min36S107
7º) FELIPE DONATO - 1min36S239

Surpreso com o rendimento de Luis Fabiano, Adilson mantém cautela

Apesar de não descartar a entrada do camisa 9 contra o Botafogo, técnico diz que é preciso saber o momento certo de colocá-lo na equipe

Por Marcelo Prado São Paulo
O atacante Luis Fabiano deu sequência nesta sexta-feira ao processo de recondicionamento antes de reestrear oficialmente pelo São Paulo, o que só ocorrerá na partida do dia 2 de outubro, um domingo, contra o Flamengo, no estádio do Morumbi. Junto com os outros meias e atacantes, o camisa 9 treinou finalizações em um dos campos do CT da Barra Funda e mostrou um aproveitamento razoável para quem está parado desde o dia 6 de março.
Até a estreia, claramente haverá tempo para evolução. A próxima semana será livre para treinamentos, o que permitirá a Adilson Batista comandar dois coletivos para dar ritmo de jogo a Luis Fabiano. O treinador disse que ficou muito satisfeito com o rendimento do jogador no coletivo da última quinta-feira, quando ele atuou por 57 minutos e marcou dois gols.
- Na minha avaliação, ele se movimentou bem, tocou, participou, finalizou, fez a recomposição, buscou jogo, fez coisas que a gente ficou até um pouco surpreso pelo tempo que ficou parado. Eu percebo o empenho, a dedicação, a vontade, a qualidade e a ansiedade que ele vive, apesar da experiência. Trabalha dois períodos por dia, quer se condicionar – afirmou o treinador.
Luis Fabiano em treino do São Paulo (Foto: Marcelo Prado / Globoesporte.com)Luis Fabiano já treina com bola no São Paulo (Foto: Marcelo Prado / Globoesporte.com)
Pelo entusiasmo de Luis Fabiano, a estreia poderia até ocorrer no próximo domingo, contra o Botafogo. Mas Adilson diz que precisa pensar na presença do atacante para todo o restante da temporada e que, por isso, não pode precipitar as coisas.
- Não quero apressar nada. Até o final do ano, tenho dois meses e 20 dias, contando a decisão da Sul-Americana. Preciso pensar lá na frente e minimizar o risco de lesão. Tenho de vivenciar o dia a dia. É por isso que estamos sempre conversando, discutindo com os médicos, com o jogador, com preparadores físicos. Temos de ter o devido cuidado para lançá-lo no momento correto – lembrou Adilson.

Léo Moura se arrisca como fotógrafo e recebe dicas no Ninho do Urubu

Lateral e provável capitão contra o América-MG pega emprestada a câmera do fotógrafo do Flamengo, Alexandre Vidal

Por Richard Souza Rio de Janeiro
Apesar do momento de crise do Flamengo, Léo Moura arranjou um tempo para se descontrair após o treino regenerativo dos titulares, na tarde desta sexta-feira, no Ninho do Urubu. Ao fim da atividade, o lateral que, com a ausência de Ronaldinho Gaúcho, deve ser o capitão do time contra o América-MG, neste sábado, às 18h, no Engenhão, pegou emprestada a câmera fotográfica do fotógrafo do clube, Alexandre Vidal, e recebeu dicas do profissional à beira do gramado. Os companheiros e a presidente Patrícia Amorim, que prestigiou o treino, acompanharam a brincadeira do jogador.
leonardo moura fotógrafo flamengo (Foto: Richard Souza/Globoesporte.com)Léo Moura recebe dicas do fotógrafo do Flamengo (Foto: Richard Souza/Globoesporte.com)
Após o treino, Alexandre Vidal revelou o interesse de Léo Moura, exaltou o empenho do “pupilo” e elogiou as fotografias do camisa 2 do Flamengo.

- O Léo Moura é o mais curioso, o que mais procura informações, tenta entender. Ele comprou uma máquina que faz quase tudo que a minha faz para tirar fotos da filha com qualidade. Indiquei uma câmera, expliquei e ele começou a mostrar as fotos que faz. Está indo bem - destacou o fotógrafo do Flamengo.
Quem precisa recuperar o foco e ficar bem na foto, no entanto, é o Flamengo. Há dez rodadas e 48 dias sem vencer pelo Campeonato Brasileiro, o time despencou da segunda para a sexta colocação, ficando, pelo menos momentaneamente, fora da zona de classificação para a Taça Libertadores.
Confira abaixo as fotos tiradas pelo lateral
fierro  treino flamengo (Foto: Leonardo Moura/Fla Imagem)Fierro na mira de Léo Moura (Foto: Leonardo Moura/Fla Imagem)



negueba treino flamengo (Foto: Leonardo Moura/Fla Imagem)Negueba também virou "modelo" para Léo Moura (Foto: Leonardo Moura/Fla Imagem)

'Como uma onda no mar': confira o novo penteado de Neymar

Em treino no CT nesta sexta, atacante inova mais uma vez no penteado

Por GLOBOESPORTE.COM Santos, SP
Neymar, no CT do Santos (Foto: Reprodução / Twitter)Neymar exibe novo penteado ao lado do pai de um
jogador do time sub-15 (Foto: Reprodução / Twitter)
Pródigo em lançar novas modas de penteado, Neymar inovou mais uma vez. Nesta sexta-feira, o atacante apareceu no CT com um longo topete deitado de lado - um visual "como uma onda no mar".
A foto ao lado foi postada no Twitter pelo ex-jogador Robert, que atuou no Santos na década de 90 e início dos anos 2000, e costuma frequentar o clube até hoje. Quem aparece ao lado de Neymar é Edilson, pai de Murilo, jogador do sub-15 do Santos. Ele é amigo de Robert e os dois estavam juntos no CT assistindo a um amistoso do sub-15 do Peixe contra o América-MEX quando Neymar apareceu. Edilson pediu a foto e foi atendido.
- Tirei a foto e falei para o Neymar que iria lançar seu novo corte em primeira mão no meu Twitter - contou Robert, brincando.
Logo depois da foto postada pelo ex-jogador, Neymar também lançou no Twitter uma imagem do novo penteado. Ele aparece na sala de musculação do CT Rei Pelé ao lado do meia Ganso e do filho do goleiro Aranha, reserva de Rafael no Peixe.
Neymar posta foto no Twitter ao lado de Ganso e do filho do goleiro Aranha (Foto: Reprodução / Twitter)Neymar posta foto no Twitter ao lado de Ganso e do filho do goleiro Aranha (Foto: Reprodução / Twitter)

GLOBOESPORTE.COM incrementa páginas de clubes: elencos, baixas...

Informações como escalações prováveis e histórico contra o próximo adversário passam a ser partes fixas nas homes dos clubes da Série A

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
As páginas dos clubes da Série A no GLOBOESPORTE.COM ganham novidades a partir desta sexta-feira. Informações relevantes sobre o clube e seus próximos rivais passam a fazer parte fixa nas homes dos 20 integrantes da elite do futebol brasileiro.
ceará novidade home (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
A partir de agora, é possível saber com um clique a escalação provável de seu time para o próximo jogo, detalhes sobre todos os jogadores do elenco, quem está entregue ao departamento médico e os atletas que cumprem suspensão na próxima rodada. Ainda, para quem se liga nos rivais, está disponível o histórico do confronto do próximo adversário, entre outras novidades no layout.
Para conferir como ficou a página de seu clube, basta clicar e conferir.
América-MG Bahia Cruzeiro Inter
Atlético-GO Botafogo Figueirense Palmeiras
Atlético-MG Ceará Flamengo Santos
Atlético-PR Corinthians Fluminense São Paulo
Avaí Coritiba Grêmio Vasco

Velocista valoriza as Olimpíadas Escolares e sonha com pódio no Pan

Revelada pela competição estudantil, recordista sul-americana Ana Claudia Lemos traça objetivos: medalhas nos Jogos Pan-Americanos e nas Olimpíadas

Por Ana Carolina Fontes Rio de Janeiro
Ana Cláudia Lemos disputa prova nas Olimpíadas Escolares de 2005, em Brasília (Foto: Divulgação / COB)Ana Cláudia Lemos disputa prova nas Olimpíadas
Escolares de Brasília, em 2005 (Foto: Divulgação)
Ana Claudia Lemos tem apenas 22 anos, mas já é considerada a melhor velocista brasileira da atualidade. A atleta foi descoberta aos 13 anos no projeto ‘Correndo pelo Futuro’, da Fundação Municipal de Esportes de Criciúma, em Santa Catarina, e começou a despontar nas Olimpíadas Escolares de Brasília, em 2005, para jovens de 15 a 17 anos. Ana Claudia defendeu a camisa do Colégio São Cristóvão, de Criciúma, e conquistou o terceiro lugar nos 400m rasos e o segundo no revezamento. De acordo com ela, o campeonato é um celeiro de atletas de todas as modalidades.
- Percebi que tinha talento quando ainda estava na escola, nas aulas de educação física. Fui representar o São Cristóvão numa competição de atletismo e ganhei os 100m. Comecei a treinar e participar de torneios em Santa Catarina, até que surgiu a oportunidade de representar o estado em nível nacional.
Apesar de ter nascido em Jaguaretama, no Ceará, ela se mudou para o Sul do país com a família quando era bem nova, aos quatro anos. Foi lá que a jovem estudou e passou toda a infância e adolescência.
- Os talentos são descobertos na escola. Talvez você até não seja um grande atleta, mas você acaba encontrando outro caminho na vida e vira um bom cidadão. Você aprende os valores do atletismo, passa a ter responsabilidades e se torna uma pessoa digna, de caráter e respeito.
A velocista acredita que a prática do esporte na fase de formação dos estudantes é fundamental e pede mais investimentos para a descoberta de talentos para o atletismo brasileiro nas escolas.
- É necessário ter um trabalho forte para encontrar revelações no atletismo, como acontece em outros esportes. Vivemos no país do futebol, o atletismo não é tão valorizado. Nas escolas, os investimentos caíram - lamenta.
Para ela, o ideal é criar mais centros de treinamento e oferecer uma estrutura melhor aos atletas, como em outros lugares do mundo. Atualmente, Ana Claudia defende a BM&F, equipe da campeã mundial Fabiana Murer, seu maior ídolo. Lá, ela encontra as condições necessárias para desenvolver um bom trabalho e brigar por medalhas com os maiores nomes da modalidade.
Ana Claudia Lemos no troféu brasil de atletismo (Foto: Wagner Carmo/  CBAt)Ana Claudia Lemos comemora a vitória no Troféu Brasil, este ano, em São Paulo (Foto: Wagner Carmo/ CBAt)
Em agosto deste ano, a velocista bateu o recorde sul-americano dos 200m rasos, que já durava 12 anos, nas semifinais do Troféu Brasil, em São Paulo. Ela levou o ouro na competição e conquistou o índice para o Mundial e os Jogos Pan-Americanos de 2011. Ana Claudia fez 22s48, baixando em 0s12 a antiga melhor marca, que pertencia a Lucimar Aparecida de Moura, obtida em junho de 1999, em Bogotá, na Colômbia. A cearense coleciona ainda um outro recorde sul-americano: 11s15 nos 100m, também em São Paulo, só que no ano passado.
- Meu sonho é ser uma grande velocista e conquistar medalhas no Pan-Americano, nas Olimpíadas e no Mundial - conclui.
Ana Claúdia Lemos atletismo (Foto: Reprodução/TV Globo)Ana Claudia quer uma medalha no Pan de
Guadalajara (Foto: Reprodução/TV Globo)
Sua primeira chance num Mundial terminou sem pódio. No início de setembro, a brasileira disputou uma das três semifinais dos 200m em Daegu, na Coreia do Sul, mas foi eliminada com o tempo de 22s97 sem chegar à final. Em 2008, ela marcou presença nas Olimpíadas de Pequim, mas como reserva do revezamento 4x100m, que terminou em quarto lugar.
O próximo desafio de Ana Cláudia é o Pan-Americano de Guadalajara, no México, entre 14 e 30 de outubro.
- Eu quero brigar por medalha. O recorde não importa, quero é vencer. Vou me esforçar muito para isso.

'Achei!' Do São Paulo ao São Raimundo, Vélber desce a ‘escada’

Destaque do Paysandu que bateu o Boca na Bombonera, meia-atacante passou por todas as divisões do Brasileirão após deixar o Morumbi

Por Cahê Mota Rio de Janeiro
Vélber é daqueles exemplos que provam o quão efêmero pode ser o sucesso no mundo do futebol. Um dos destaques de uma geração que alçou o Paysandu a uma inimaginável e histórica vitória sobre o Boca Juniors, na Bombonera, na Libertadores de 2003, ele chegou ao topo em alta velocidade. Como quem pega um elevador, deixou o time de Belém para jogar no badalado São Paulo, mas viu o sonho do Morumbi se tornar em uma dura realidade em ritmo lento, descendo degrau a degrau a escada da bola, até chegar ao modesto São Raimundo (PA) para a disputa da Série D.

Atacante rápido e de dribles curtos, o baixinho de 1,69m chamou a atenção de clubes brasileiros ao lado de nomes como Iarley e Robgol no Papão da Curuzu. As exibições impressionantes, por sua vez, não foram repetidas no Sudeste, onde, depois de dois anos no São Paulo, ainda defendeu a Ponte Preta em uma jornada que incluiu todas as divisões do Brasileirão em um curto alfabeto de A a D sem muito sucesso. Aos 33 anos, o Risadinha, como é chamado em Santarém, não desiste de, enfim, vingar em um grande clube. E, apesar de uma eliminação precoce na primeira fase da quarta divisão ser a realidade atual, vende seu peixe e manda o recado ao mercado:

- Queria falar que estou aí, à disposição de qualquer clube. Estou bem, e tenho certeza de que tenho condição de voltar a um grande clube.
velber ex-são paulo e no São raimundo (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)Aos 33 anos, Vélber ainda sonha com nova chance em grande clube  (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)


Da passagem de dois anos pelo Morumbi, Vélber guarda boas recordações e uma frustração: a dificuldade para se manter em forma. Titular assim que chegou ao Tricolor paulista, em 2004, o jogador acumulou lesões e se tornou mero figurante no ano seguinte, com pouca participação no título paulista e ausência nas campanhas que garantiram a Libertadores e o Mundial de Clubes.

- Muitos dizem que no futebol não existe sorte, mas existe, sim. E foi isso que me faltou no São Paulo. Quando estive bem, como titular, tive duas contusões complicadas. Primeiro, entrou um bicho na minha perna que eu tive risco até de amputação. Levei um ano me recuperando, e quando voltei a jogar sofri um estiramento na coxa. Foi isso que me complicou bastante. Quando voltei, o Danilo já estava fazendo gol de tudo quanto é jeito. Até de tiro de meta (risos). Isso me atrapalhou. Mas só agradeço ao São Paulo.

Volta para casa e queda livre
O fracasso no São Paulo nunca foi bem digerido por Vélber, que rodou por Fortaleza, Ponte Preta, América (SP) e Itumbiara (GO) antes de voltar praticamente para a estaca zero em seu estado natal. Ídolo no Paysandu, se transferiu para o Remo, onde, apesar de conseguir pequeno destaque, foi rebaixado para a Série C em 2007.

- Fui campeão goiano pelo Itumbiara, mas, com saudade da família, voltei para Belém e não consegui mais sair. Não tenho empresário, e isso deixa tudo mais difícil. Se é ruim com empresário, pior sem ele. Não consegui mais voltar para a vitrine.
vélber são paulo (Foto: Diário de São Paulo)O fracasso no São Paulo, onde atuou por dois anos,  nunca foi digerido por Vélber (Foto: Diário de São Paulo)
O retorno ao Pará só foi quebrado por uma rápida passagem pelo América de Natal, no ano passado. As idas e vindas entre Remo e Paysandu, porém, terminaram no início de 2011, com o convite do São Raimundo. O panorama bem contrastante com o encontrado nos tempos de São Paulo assusta, mas não faz Vélber lamentar o rumo da carreira.
- Não posso reclamar. Tenho que agradecer ao São Raimundo pela oportunidade de jogar aqui. A vida continua.

Passaram os momentos de luxo, ficaram as lembranças. O atacante rápido não existe mais, se transformou em terceiro homem de meio-campo. Entretanto, as histórias do mundo da bola ainda fazem de Vélber um jogador diferenciado no precário mundo da Série D, principalmente pelos momentos de sucesso que ele não se cansa de contar.

- Aquele jogo contra o Boca foi marcante, o título da Copa dos Campeões (2002) com o Paysandu.... São vários momentos importantes. Fui campeão paulista, da Libertadores e do Mundial pelo São Paulo (não jogou nas duas últimas conquistas). Não posso falar que só uma fase foi especial, o que preciso é agradecer muito a Deus por tudo que conquistei na minha vida.

velber ex-são paulo e no São raimundo (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)Com São Raimundo fora da Série D, futuro de Vélber
é incerto (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)
Com o futuro em aberto por conta da eliminação do São Raimundo, o ex-são-paulino garante ainda ter “muita lenha para queimar” e avisa aos clubes do Sul e Sudeste que é como vinho e só evoluiu com o tempo.

- Hoje jogo até melhor do que quando tive 20, 25 anos. Sou mais experiente, uso mais minha inteligência, apesar de continuar a dar meus piquezinhos (risos). Cuido-me bem para jogar mais um tempo e estar sempre pronto, até mesmo para outros clubes que precisem dos meus serviços. Não desisto. Tenho fé em Deus de que um dia posso voltar a vestir uma camisa de um grande clube. Isso só depende de mim. Já tive a oportunidade.

Otimismo justificável para quem se cansou descendo a escada da bola, mas sabe bem que com um elevador pela frente basta que a porta se abra para tudo ficar mais fácil.

Montillo admite que clima não é dos melhores e sai em defesa de Fábio

Argentino também rejeita rótulo de ser o único jogador a honrar a camisa

Por Leonardo Simonini Belo Horizonte
montillo leo gago cruzeiro x coritiba (Foto: Agência Estado)Montillo durante lance do jogo com o Coritiba, na
última quarta-feira (Foto: Agência Estado)
Em meio à crise técnica vivida pelo Cruzeiro, o único que tem sido poupado dos protestos de parte da torcida é o meia Montillo. Com 12 gols no Brasileirão, o jogador é o artilheiro da equipe na competição e, mesmo quando o Cruzeiro perde, consegue ter boas atuações. Mas como a redor dele os problemas 'pipocam' - lesões, cobranças de desavenças entre companheiros -, o argentino admite que a situação no clube não está nada boa.

- Ninguém vai fugir de falar que o clima não é bom. Quando o time não ganha, o clima não vai ser bom, mas não tem briga. Estamos chateados porque não conseguimos a vitória dentro de campo. Mas, fora, cada um sabe o que faz. Aqui é nosso trabalho, em uma instituição grande que não merece estar onde está. Os culpados somos nós e temos que melhorar, temos que ser inteligentes, estar tranquilos e com a cabeça erguida sempre para sair dessa situação.

O camisa 10 também saiu em defesa do capitão Fábio, que se envolveu numa polêmica com um torcedor na quinta-feira, durante desembarque da delegação da Raposa, após a derrota em Curitiba.

- Fiquei triste quando o torcedor falou para o Fábio aquelas coisas no aeroporto. Ele não tem consciência do que está falando, mas o futebol vira rápido e o mesmo cara que falou para o Fábio vai querer tirar uma foto e dar um abraço nele. Aqui somos uma família e fico triste com isso.

Único com raça?

Poupado por parte da torcida que o vê como o único a dar raça dentro de campo, Montillo recusou o rótulo e afirmou que não é o único a se dedicar em campo.

- Não vejo isso. Sempre falo que não jogo sozinho. Como falou o Fábio, jogamos todos. Sempre falo que se o volante ou o zagueiro não recuperarem a bola não conseguimos jogar. Somos uma equipe, aqui a raça não falta. Quando está ruim, não saem as coisas, mas quando a fase está boa, como quando jogamos a Libertadores, o Wallyson chutava, a bola batia no cara e entrava, e hoje chuta no gol e não consegue fazer. Então, temos que continuar acreditando no time e em nós mesmos.

Chocado, Kleber ironiza: ‘Sou o mercenário mais burro da história’

Atacante rebate acusações de torcedores, mas vê rendimento cair desde proposta do Flamengo. Permanência em 2012 ainda é incógnita

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
kleber palmeiras x ceará (Foto: Agência Estado)Kleber está chateado com as críticas de parte da
torcida do Verdão (Foto: Agência Estado)
A chuva de moedas após o empate por 1 a 1 com o Avaí, na Ressacada, foi a gota d’água para Kleber. Chateado há tempos com problemas internos no Palmeiras, o atacante se desmotivou com os gritos de “mercenário” entoados por uma torcida organizada do Verdão presente em Florianópolis. As críticas ficaram marcadas na memória do jogador, que prontamente rejeitou o rótulo colocado pelos críticos. Após a vitória por 1 a 0 sobre o Ceará, no Canindé, Kleber não se conteve.
- É difícil digerir algumas coisas. Tive problemas e tenho até hoje. Em alguns momentos deixei me abater, é até normal uma queda de rendimento se a cada dia tem uma pressão, uma bomba... Ninguém sabe o esforço que fiz para jogar no Palmeiras, isso de jogarem moedas me deixou chocado. Eu sou o mercenário mais burro da história, já que não ganhei aumento, não fui vendido e sempre falei que não queria sair – desabafou o atacante.
O rendimento de Kleber caiu depois da divulgação de uma ótima proposta do Flamengo, que buscava um centroavante para fazer companhia a Ronaldinho Gaúcho no ataque. O clube carioca oferecia maior salário e estava disposto a pagar caro para ter o atacante. O Palmeiras recusou prontamente a oferta, mas o Gladiador ficou balançado. Depois daquela polêmica ele só fez um gol pelo Verdão – na vitória por 3 a 1 sobre o Vasco, em jogo válido pela Copa Sul-Americana. As polêmicas que envolveram o atacante desde então afetaram seu desempenho. A torcida percebeu, e começou a pegar no pé.
- Isso tudo vem atrapalhando, é claro, mas eu avisei que seria um Kleber diferente. Contra o Avaí lutamos, tivemos um empate heroico, e agora uma vitória. Quero, no mínimo, a vaga na Libertadores – avisou.
O presidente Arnaldo Tirone prometeu discutir um reajuste salarial ao fim da temporada, mas as conversas ainda não passaram de sondagens. Kleber, agora, não quer mais pensar no futuro. Sua permanência para a próxima temporada é incerta, já que a expectativa é de que antigos interessados em seu futebol voltem à carga – caso do próprio Flamengo.
- Não penso em nada, penso só nos 13 jogos que temos até o final do ano. Quando chegar em janeiro é outra história. Acho que ninguém aqui está garantido. O time vai mal, e em time que vai muito mal é normal que tenha modificações. Sempre tem mudança no ano seguinte. Mas penso no hoje, tem 13 rodadas pela frente e penso no mínimo em Libertadores. Em janeiro a gente vê o que é melhor para o Palmeiras – disse o Gladiador.

Emerson detona protesto da torcida e
diz que no Flamengo seria diferente

Sheik diz que torcida rubro-negra não pressionaria tanto se o time estivesse bem no campeonato e pede paz para o elenco trabalhar no Corinthians

Por Carlos Augusto Ferrari e Marcos Guerra São Paulo
Emerson na coletiva do Corinthians (Foto: Ag. Estado)Emerson na coletiva do Timão  (Foto: Ag. Estado)
O clima ficou mais calmo no Corinthians depois do empate sem gols no clássico contra o São Paulo, na última quarta-feira, no Morumbi, mas o atacante Emerson não perdeu a chance de reclamar do comportamento da torcida. O jogador duvidou da paixão dos torcedores que protestaram no CT Joaquim Grava no início da semana e disse que a torcida do Flamengo não pressionaria desta maneira se a equipe ainda estivesse brigando pelo título do Campeonato Brasileiro.
- Vieram dez ou 15. É uma minoria, galera que gosta de agitar. Quem está apoiando, não vem. Talvez, a galera que venha aqui não queira o título, não seja corintiana. Eu valorizo o torcedor que lota o estádio, que vai até lá com sua família. Esse, sim, tem todo o meu respeito. Torcedor que quer fazer bagunça eu não respeito. Com os torcedores que lotam os estádios nós estamos em paz – disse.
- O time está brigando pelo título. Vai dar pressão em quem? Está brigando, está em cima na tabela, ficou 17 rodadas na liderança. Isso (protesto) entristece. Para que isso? Pressão é normal. O Corinthians tem histórico de quebrar ônibus, essas coisas, faz parte da história do clube. Mas o time está liderando, brigando. Acho que seria interessante o apoio – ressaltou.
Campeão brasileiro em 2009 e torcedor declarado do Flamengo, Sheik acredita que a torcida rubro-negra não teria o mesmo comportamento em um momento semelhante de turbulência. Ele, porém, elogiou a postura dos quase três mil corintianos que estiveram no Morumbi diante do Tricolor paulista.
- A diferença é que lá (Flamengo) o bicho pega quando está mal. Aqui, o bicho pega quando está bem. Agora, é o momento de apoiar. Quando (a torcida) apoia é difícil ganhar da gente. O São Paulo jogou em casa, a torcida lotou o estádio, mas a do Corinthians, em menor número, gritou. O torcedor tem que entender que dentro de campo nós sentimos isso. É importante estar presente e passando uma energia positiva – afirmou.

Sem vencer há três rodadas (duas derrotas e um empate), o Corinthians caiu da primeira para a quarta colocação, com 44 pontos. A diferença para o líder Vasco, contudo, é de apenas dois. Neste domingo, às 16h, o Timão recebe o Bahia, no Pacaembu. Emerson espera sossego para o grupo trabalhar.
- Não podemos fechar os olhos para algumas coisas. Tivemos uma semana ruim, uma semana de clássico que poderia nos dar a liderança. O grupo mostrou que é forte. Mesmo com todos os problemas, não vencemos por detalhes. Precisamos de tranquilidade para trabalhar. É um título importante, que nos dá a possibilidade de estar na Libertadores, o grande sonho. De maneira nenhuma estou dizendo que o torcedor não pode cobrar. Faz parte da cultura do Corinthians o torcedor cobrar, reivindicar Mas tem de ser de maneira educada e sem violência – finalizou.