terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Caetano avisa à torcida: título da Libertadores ainda é sonho distante

Diretor executivo fala sobre planos do Vasco para 2012: 'Seria o ideal que isso ocorresse agora, mas algumas etapas precisariam ser cumpridas'

Por Gustavo Rotstein e Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
Na varanda do apartamento de Rodrigo Caetano, uma mensagem natalina prega paz, amor e sucesso. As três palavras podem ser vistas como reflexo da campanha do Vasco em 2011 e resultaram numa nova união entre clube, jogadores e torcida, que comemorou a inédita conquista da Copa do Brasil. Mas ao fim do ano, quando é momento de agradecer os objetivos alcançados e fazer pedidos, o diretor executivo cruz-maltino mostra que não é de viver de sonhos. Apesar da realização com os feitos conquistados, avisa: a missão do Vasco na Libertadores do ano que vem é extremamente difícil.
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Rodrigo Caetano deixou claro que o sentimento não pode parar. Não apenas o de esperança, mas principalmente o de que é preciso dar um passo de cada vez. O dirigente falou que o mais importante é fazer o Vasco passar a ser frequentador assíduo da Libertadores para depois, sim, pensar no bicampeonato.
- O Vasco não se encontra numa situação financeira que permita formar uma equipe de ponta para conquistar a Libertadores e o Mundial. Esse é o sonho do torcedor e seria o ideal que isso ocorresse agora, mas algumas etapas precisariam ser cumpridas. A disputa em sequência vai permitir que o Vasco conquiste este título - disse.
Rodrigo Caetano durante entrevista (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)Rodrigo Caetano e a mensagem natalina em sua casa (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)
Olhando a campanha de 2011, é possível dizer que as metas foram atingidas?
As metas foram plenamente atingidas. O grande objetivo era, no mínimo, um título de expressão e uma vaga na Libertadores. Com a conquista da Copa do Brasil veio a vaga. Mas o mais legal foi que deixamos um grande legado para o futebol brasileiro. Mostramos que é possível um clube de tradição disputar todos os títulos. Com isso, resgatamos a autoestima dos vascaínos, que estava abalada. Hoje todos sentem orgulho do Vasco.
Enxerga os resultados da temporada como reflexo de um trabalho a longo prazo?
Quando falamos de 2011 geralmente ficamos restristos aos acontecimentos, mas tudo isso foi consequência do planejamento que começou em 2009. Este foi um ano que trouxe muito amadurecimento ao clube. Ficaram lições para que o Vasco não tenha de passar por novo momento de dificuldade. E esse modelo implementado deve permanecer independentemente de quem estiver no comando do clube.
E o reconhecimento por parte da torcida? Nas últimas semanas do campeonato você deu tantos autógrafos com as principais estrelas do elenco...
É algo totalmente inusitado. O fato que me chamou atenção quando se fala nisso aconteceu no fim de 2010. Houve uma manifestação de carinho muito forte por parte do torcedor para que eu continuasse. O torcedor entendeu que essa função é importante para o clube. Além disso ele lembra de quem atendeu a um convite em um momento difícil do clube. Hoje, olhando para trás, vejo que foi acertada a decisão de participar de tudo isso. Este carinho ainda vai além de São Januário. Acontece também nos lugares que eu frequento.
Se sente mais reconhecido agora do que na época em que jogava profissionalmente?
A ideia do Vasco é o Juninho continuar até se aposentar"
Rodrigo Caetano
Com certeza. Fui um jogador mediano, tive problemas de lesão que me impediram de ter mais destaque no cenário nacional. Mas, em contrapartida, me preparei mais cedo para fazer esta função. Além disso, ter vindo para o Rio de Janeiro e para o Vasco no momento certo me deu uma visibilidade grande. Foi uma decisão pessoal, mas encontrei uma grande equipe de trabalho. Além disso, recebi a autonomia necessária. De nada adianta contratar alguém que não tenha como implementar as suas ideias. E todo este sucesso é bom para a função. Faz com que outros profissionais surjam e até por isso nós criamos a associação de executivos do futebol.
E como foi essa sua preparação?
Quando eu era atleta já vislumbrava a necessidade de um elo entre os jogadores e o alto comando. Antigamente existia um dirigente amador e um supervisor. Precisava de um planejamento maior, alguém para centralizar. Fiz faculdade de administração e depois um MBA em gestão de futebol. Peguei as ferramentas que aprendi e adaptei para criar um método próprio.
O grande sucesso do Vasco veio mais rápido do que o planejado?
A gente estabeleceu como prazo em 2009 três anos para uma grande conquista. Ela veio este ano porque trabalhamos para isso. Agora vamos ter um outro desafio pela frente, que é a Copa Libertadores.
E como você vê o Vasco na Libertadores de 2012?
Rodrigo Caetano durante entrevista (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)Rodrigo Caetano e o filho Martin, de 4 anos
(Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)
Agora vejo com dificuldade uma campanha do Vasco em termos de título. Isto seria antecipar muitas etapas. O Vasco volta a disputar a Libertadores após 11 anos. É preciso conscientizar o torcedor de que pular etapas não é o ideal. O Vasco não se encontra numa situação financeira que permita formar uma equipe de ponta para conquistar a Libertadores e o Mundial. Esse é o sonho do torcedor e seria o ideal que isso ocorresse agora, mas algumas etapas precisariam ser cumpridas. A disputa em sequência vai permitir que o Vasco conquiste este título. O exemplo é o São Paulo, que participou da Libertadores por quase uma década e neste período levantou seus títulos. O Vasco retorna ao lugar onde esteve como protagonista, e espero ver no futuro o time disputando a Libertadores com chances reais de título. Por isso, a direção vai fazer tudo o que for possível para alcançar esse objetivo.
Você não acha que o torcedor não vai gostar de escutar isso?
Minha função só passa a ter êxito no momento que os papéis são bem definidos. O meu é montar o planejamento e ter a nítida noção das dificuldades financeiras que o clube enfrenta. Por exemplo, o Vasco ainda tem obrigações a cumprir relativas a 2011. Lógico que houve avanços, melhora na infraestrutura, mas ainda estamos no processo. Quem pode ter esse discurso são outras pessoas que têm esse papel. Acho também que é uma questão cultural. A maior parte dos torcedores prefere saber a verdade, mesmo que seja algo que não goste de ouvir. Acho que o reconhecimento dos vascaínos em relação a mim vem muito disso.
Como medir a importância desta sequência de participações?
Existe todo um ambiente em volta que o clube precisa estar por dentro. A Conmebol é o orgão máximo do futebol sul-americano e precisamos ter uma frequência de participações para que eles saibam quem somos. O Vasco fez isso na Sul-Americana com uma grande participação que terminou na eliminação possivelmente para o futuro campeão. Fora que a fórmula de disputa da Libertadores é outra. Hoje a fase de grupos conta com grandes clubes. Antigamente não era essim. Os critérios de arbitragem também são outros. Não estamos acostumados. A missão não é impossível, mas é muito difícil.
Como está a situação do técnico Ricardo Gomes? Vocês trabalham com algum tipo de prazo para o seu retorno?
Esse time mostrou que sabe competir, que não tem medo de vencer."
Rodrigo Caetano
Foi o que falei com o Roberto Dinamite e com o vice de futebol José Hamilton Mandarino. A continuidade do trabalho deve acontecer. O Cristóvão lidera o time e quando o Ricardo estiver recuperado, volta. O que acontece hoje é que nem o Cristóvão é o técnico principal e nem o Ricardo está fora do Vasco. Tudo isso deve continuar, não só pelos bons resultados, mas porque existe um entendimento por parte dos atletas. E isso faz com que não exista pressão pelo retorno do Ricardo. Ele volta quando estiver seguro.
E como irá acontecer durante a pré-temporada? O Ricardo poderá aparecer em alguns dias durante o período de treinos?
A nossa filosofia de trabalho está bem definida. Existe um conceito maior que independe da presença dele. O ideal seria que ele estivesse lá, mas não podemos exigir isso. Já tivemos exemplos de pré-temporada no qual tudo dá certo e um mês depois o projeto é desfeito em função dos resultados. Volto a dizer que a continuidade é uma questão de coerência. Hoje o Ricardo realiza fisioterapia fora de casa e leva uma vida quase normal. Estive com ele e já trocamos ideias de nomes e sugestões junto com o Cristóvão e com o preparador físico Rodrigo Poletto. Ele vai se sentir seguro para se aproximar, mas sem qualquer prazo.
O Vasco larga na frente dos concorrentes por ter uma base mantida?
Se formos fazer um exercício de projeção, percebemos que poderíamos iniciar o Carioca com praticamente a mesma equipe que disputou as últimas rodadas do Brasileiro. Quase toda a equipe tem vínculo com o clube. Se viabalizarmos reforços para as posições carentes vamos elevar e muito a qualidade do elenco. Esse time mostrou que sabe competir, que não tem medo de vencer.
E como andam as poucas pendências?
O Vasco se posicionou com o Bernardo. Falta apenas quitar a prioridade de compra. Nesta semana a gente define a renovação do Juninho. Com isso fica faltando a permanência ou não do Elton. A partir daí, os que permanecem continuam até no mínimo o fim da Libertadores. A janela de janeiro é a mais reduzida. O mercado europeu hoje não tem tanta supremacia assim. Não são todos os países que chegam com propostas tentadoras, até pelo contexto econômico atual. E internamente, o Vasco, com a vaga na Libertadores, se equivale aos outros clubes brasileiros. Para que sair do Vasco hoje? E alguns cumprem um ciclo. Fernando Prass, Fagner, Dedé, Romulo... Todos estes cumpriram uma trajetória que foi sair da Série B para a Libertadores.
Como vai o projeto para a renovação do Juninho?
Vamos ter essa noção na próxima quarta. O Juninho sabe da realidade do clube. Ele estava nervoso, mas passou por uma prova de fogo. Ele viu que o ambiente é favorável, teve uma resposta positiva por parte do torcedor e deu um retorno espetacular para o Vasco. Vamos passar por reuniões para avaliar, mas a ideia do Vasco é o Juninho continuar até se aposentar. E isso depende muito mais dele do que do clube, que vai buscar maneiras para que ele permaneça.
E os demais reforços?
Todo e qualquer tipo de avanço em negociações passa por reuniões. Temos alguns nomes, trocamos informações com a comissão técnica, mas primeiro precisamos estabelecer as possibilidades financeiras. Alguns podem chegar independentemente da capacidade de investimento. Outros não. Tudo que conseguimos até agora foi na base da superação e da criativdade. Agora precisamos entrar em outro patamar.
Você já disse que a semente foi plantada e que os ciclos podem se encerrar. Se você não continuar, sai frustrado por não estar no projeto Libertadores ou com sensação de dever cumprido?
A sensação é de dever cumprido. Frustrado eu sairia se não tivesse conquistado nada e nem ajudado a melhorar o clube. Hoje o Vasco está estabelecido, com uma metodologia de trabalho. A base está montada e, o mais importante, o clube tem ativos. Se por acaso a coisa apertar, o Vasco pode realizar a venda de dois ou três atletas e equilibrar as finanças. Segundo uma pesquisa, o Vasco é hoje o quarto clube em termos de valor ativo. Se por acaso eu sair, encaro de outra forma e cito o Grêmio como exemplo. Deixei o clube vice-campeão do Brasileiro de 2008 para vir ao Vasco na Série B.

Caetano avisa à torcida: título da Libertadores ainda é sonho distante

Diretor executivo fala sobre planos do Vasco para 2012: 'Seria o ideal que isso ocorresse agora, mas algumas etapas precisariam ser cumpridas'

Por Gustavo Rotstein e Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
Na varanda do apartamento de Rodrigo Caetano, uma mensagem natalina prega paz, amor e sucesso. As três palavras podem ser vistas como reflexo da campanha do Vasco em 2011 e resultaram numa nova união entre clube, jogadores e torcida, que comemorou a inédita conquista da Copa do Brasil. Mas ao fim do ano, quando é momento de agradecer os objetivos alcançados e fazer pedidos, o diretor executivo cruz-maltino mostra que não é de viver de sonhos. Apesar da realização com os feitos conquistados, avisa: a missão do Vasco na Libertadores do ano que vem é extremamente difícil.
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Rodrigo Caetano deixou claro que o sentimento não pode parar. Não apenas o de esperança, mas principalmente o de que é preciso dar um passo de cada vez. O dirigente falou que o mais importante é fazer o Vasco passar a ser frequentador assíduo da Libertadores para depois, sim, pensar no bicampeonato.
- O Vasco não se encontra numa situação financeira que permita formar uma equipe de ponta para conquistar a Libertadores e o Mundial. Esse é o sonho do torcedor e seria o ideal que isso ocorresse agora, mas algumas etapas precisariam ser cumpridas. A disputa em sequência vai permitir que o Vasco conquiste este título - disse.
Rodrigo Caetano durante entrevista (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)Rodrigo Caetano e a mensagem natalina em sua casa (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)
Olhando a campanha de 2011, é possível dizer que as metas foram atingidas?
As metas foram plenamente atingidas. O grande objetivo era, no mínimo, um título de expressão e uma vaga na Libertadores. Com a conquista da Copa do Brasil veio a vaga. Mas o mais legal foi que deixamos um grande legado para o futebol brasileiro. Mostramos que é possível um clube de tradição disputar todos os títulos. Com isso, resgatamos a autoestima dos vascaínos, que estava abalada. Hoje todos sentem orgulho do Vasco.
Enxerga os resultados da temporada como reflexo de um trabalho a longo prazo?
Quando falamos de 2011 geralmente ficamos restristos aos acontecimentos, mas tudo isso foi consequência do planejamento que começou em 2009. Este foi um ano que trouxe muito amadurecimento ao clube. Ficaram lições para que o Vasco não tenha de passar por novo momento de dificuldade. E esse modelo implementado deve permanecer independentemente de quem estiver no comando do clube.
E o reconhecimento por parte da torcida? Nas últimas semanas do campeonato você deu tantos autógrafos com as principais estrelas do elenco...
É algo totalmente inusitado. O fato que me chamou atenção quando se fala nisso aconteceu no fim de 2010. Houve uma manifestação de carinho muito forte por parte do torcedor para que eu continuasse. O torcedor entendeu que essa função é importante para o clube. Além disso ele lembra de quem atendeu a um convite em um momento difícil do clube. Hoje, olhando para trás, vejo que foi acertada a decisão de participar de tudo isso. Este carinho ainda vai além de São Januário. Acontece também nos lugares que eu frequento.
Se sente mais reconhecido agora do que na época em que jogava profissionalmente?
A ideia do Vasco é o Juninho continuar até se aposentar"
Rodrigo Caetano
Com certeza. Fui um jogador mediano, tive problemas de lesão que me impediram de ter mais destaque no cenário nacional. Mas, em contrapartida, me preparei mais cedo para fazer esta função. Além disso, ter vindo para o Rio de Janeiro e para o Vasco no momento certo me deu uma visibilidade grande. Foi uma decisão pessoal, mas encontrei uma grande equipe de trabalho. Além disso, recebi a autonomia necessária. De nada adianta contratar alguém que não tenha como implementar as suas ideias. E todo este sucesso é bom para a função. Faz com que outros profissionais surjam e até por isso nós criamos a associação de executivos do futebol.
E como foi essa sua preparação?
Quando eu era atleta já vislumbrava a necessidade de um elo entre os jogadores e o alto comando. Antigamente existia um dirigente amador e um supervisor. Precisava de um planejamento maior, alguém para centralizar. Fiz faculdade de administração e depois um MBA em gestão de futebol. Peguei as ferramentas que aprendi e adaptei para criar um método próprio.
O grande sucesso do Vasco veio mais rápido do que o planejado?
A gente estabeleceu como prazo em 2009 três anos para uma grande conquista. Ela veio este ano porque trabalhamos para isso. Agora vamos ter um outro desafio pela frente, que é a Copa Libertadores.
E como você vê o Vasco na Libertadores de 2012?
Rodrigo Caetano durante entrevista (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)Rodrigo Caetano e o filho Martin, de 4 anos
(Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)
Agora vejo com dificuldade uma campanha do Vasco em termos de título. Isto seria antecipar muitas etapas. O Vasco volta a disputar a Libertadores após 11 anos. É preciso conscientizar o torcedor de que pular etapas não é o ideal. O Vasco não se encontra numa situação financeira que permita formar uma equipe de ponta para conquistar a Libertadores e o Mundial. Esse é o sonho do torcedor e seria o ideal que isso ocorresse agora, mas algumas etapas precisariam ser cumpridas. A disputa em sequência vai permitir que o Vasco conquiste este título. O exemplo é o São Paulo, que participou da Libertadores por quase uma década e neste período levantou seus títulos. O Vasco retorna ao lugar onde esteve como protagonista, e espero ver no futuro o time disputando a Libertadores com chances reais de título. Por isso, a direção vai fazer tudo o que for possível para alcançar esse objetivo.
Você não acha que o torcedor não vai gostar de escutar isso?
Minha função só passa a ter êxito no momento que os papéis são bem definidos. O meu é montar o planejamento e ter a nítida noção das dificuldades financeiras que o clube enfrenta. Por exemplo, o Vasco ainda tem obrigações a cumprir relativas a 2011. Lógico que houve avanços, melhora na infraestrutura, mas ainda estamos no processo. Quem pode ter esse discurso são outras pessoas que têm esse papel. Acho também que é uma questão cultural. A maior parte dos torcedores prefere saber a verdade, mesmo que seja algo que não goste de ouvir. Acho que o reconhecimento dos vascaínos em relação a mim vem muito disso.
Como medir a importância desta sequência de participações?
Existe todo um ambiente em volta que o clube precisa estar por dentro. A Conmebol é o orgão máximo do futebol sul-americano e precisamos ter uma frequência de participações para que eles saibam quem somos. O Vasco fez isso na Sul-Americana com uma grande participação que terminou na eliminação possivelmente para o futuro campeão. Fora que a fórmula de disputa da Libertadores é outra. Hoje a fase de grupos conta com grandes clubes. Antigamente não era essim. Os critérios de arbitragem também são outros. Não estamos acostumados. A missão não é impossível, mas é muito difícil.
Como está a situação do técnico Ricardo Gomes? Vocês trabalham com algum tipo de prazo para o seu retorno?
Esse time mostrou que sabe competir, que não tem medo de vencer."
Rodrigo Caetano
Foi o que falei com o Roberto Dinamite e com o vice de futebol José Hamilton Mandarino. A continuidade do trabalho deve acontecer. O Cristóvão lidera o time e quando o Ricardo estiver recuperado, volta. O que acontece hoje é que nem o Cristóvão é o técnico principal e nem o Ricardo está fora do Vasco. Tudo isso deve continuar, não só pelos bons resultados, mas porque existe um entendimento por parte dos atletas. E isso faz com que não exista pressão pelo retorno do Ricardo. Ele volta quando estiver seguro.
E como irá acontecer durante a pré-temporada? O Ricardo poderá aparecer em alguns dias durante o período de treinos?
A nossa filosofia de trabalho está bem definida. Existe um conceito maior que independe da presença dele. O ideal seria que ele estivesse lá, mas não podemos exigir isso. Já tivemos exemplos de pré-temporada no qual tudo dá certo e um mês depois o projeto é desfeito em função dos resultados. Volto a dizer que a continuidade é uma questão de coerência. Hoje o Ricardo realiza fisioterapia fora de casa e leva uma vida quase normal. Estive com ele e já trocamos ideias de nomes e sugestões junto com o Cristóvão e com o preparador físico Rodrigo Poletto. Ele vai se sentir seguro para se aproximar, mas sem qualquer prazo.
O Vasco larga na frente dos concorrentes por ter uma base mantida?
Se formos fazer um exercício de projeção, percebemos que poderíamos iniciar o Carioca com praticamente a mesma equipe que disputou as últimas rodadas do Brasileiro. Quase toda a equipe tem vínculo com o clube. Se viabalizarmos reforços para as posições carentes vamos elevar e muito a qualidade do elenco. Esse time mostrou que sabe competir, que não tem medo de vencer.
E como andam as poucas pendências?
O Vasco se posicionou com o Bernardo. Falta apenas quitar a prioridade de compra. Nesta semana a gente define a renovação do Juninho. Com isso fica faltando a permanência ou não do Elton. A partir daí, os que permanecem continuam até no mínimo o fim da Libertadores. A janela de janeiro é a mais reduzida. O mercado europeu hoje não tem tanta supremacia assim. Não são todos os países que chegam com propostas tentadoras, até pelo contexto econômico atual. E internamente, o Vasco, com a vaga na Libertadores, se equivale aos outros clubes brasileiros. Para que sair do Vasco hoje? E alguns cumprem um ciclo. Fernando Prass, Fagner, Dedé, Romulo... Todos estes cumpriram uma trajetória que foi sair da Série B para a Libertadores.
Como vai o projeto para a renovação do Juninho?
Vamos ter essa noção na próxima quarta. O Juninho sabe da realidade do clube. Ele estava nervoso, mas passou por uma prova de fogo. Ele viu que o ambiente é favorável, teve uma resposta positiva por parte do torcedor e deu um retorno espetacular para o Vasco. Vamos passar por reuniões para avaliar, mas a ideia do Vasco é o Juninho continuar até se aposentar. E isso depende muito mais dele do que do clube, que vai buscar maneiras para que ele permaneça.
E os demais reforços?
Todo e qualquer tipo de avanço em negociações passa por reuniões. Temos alguns nomes, trocamos informações com a comissão técnica, mas primeiro precisamos estabelecer as possibilidades financeiras. Alguns podem chegar independentemente da capacidade de investimento. Outros não. Tudo que conseguimos até agora foi na base da superação e da criativdade. Agora precisamos entrar em outro patamar.
Você já disse que a semente foi plantada e que os ciclos podem se encerrar. Se você não continuar, sai frustrado por não estar no projeto Libertadores ou com sensação de dever cumprido?
A sensação é de dever cumprido. Frustrado eu sairia se não tivesse conquistado nada e nem ajudado a melhorar o clube. Hoje o Vasco está estabelecido, com uma metodologia de trabalho. A base está montada e, o mais importante, o clube tem ativos. Se por acaso a coisa apertar, o Vasco pode realizar a venda de dois ou três atletas e equilibrar as finanças. Segundo uma pesquisa, o Vasco é hoje o quarto clube em termos de valor ativo. Se por acaso eu sair, encaro de outra forma e cito o Grêmio como exemplo. Deixei o clube vice-campeão do Brasileiro de 2008 para vir ao Vasco na Série B.

Caetano avisa à torcida: título da Libertadores ainda é sonho distante

Diretor executivo fala sobre planos do Vasco para 2012: 'Seria o ideal que isso ocorresse agora, mas algumas etapas precisariam ser cumpridas'

Por Gustavo Rotstein e Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
Na varanda do apartamento de Rodrigo Caetano, uma mensagem natalina prega paz, amor e sucesso. As três palavras podem ser vistas como reflexo da campanha do Vasco em 2011 e resultaram numa nova união entre clube, jogadores e torcida, que comemorou a inédita conquista da Copa do Brasil. Mas ao fim do ano, quando é momento de agradecer os objetivos alcançados e fazer pedidos, o diretor executivo cruz-maltino mostra que não é de viver de sonhos. Apesar da realização com os feitos conquistados, avisa: a missão do Vasco na Libertadores do ano que vem é extremamente difícil.
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Rodrigo Caetano deixou claro que o sentimento não pode parar. Não apenas o de esperança, mas principalmente o de que é preciso dar um passo de cada vez. O dirigente falou que o mais importante é fazer o Vasco passar a ser frequentador assíduo da Libertadores para depois, sim, pensar no bicampeonato.
- O Vasco não se encontra numa situação financeira que permita formar uma equipe de ponta para conquistar a Libertadores e o Mundial. Esse é o sonho do torcedor e seria o ideal que isso ocorresse agora, mas algumas etapas precisariam ser cumpridas. A disputa em sequência vai permitir que o Vasco conquiste este título - disse.
Rodrigo Caetano durante entrevista (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)Rodrigo Caetano e a mensagem natalina em sua casa (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)
Olhando a campanha de 2011, é possível dizer que as metas foram atingidas?
As metas foram plenamente atingidas. O grande objetivo era, no mínimo, um título de expressão e uma vaga na Libertadores. Com a conquista da Copa do Brasil veio a vaga. Mas o mais legal foi que deixamos um grande legado para o futebol brasileiro. Mostramos que é possível um clube de tradição disputar todos os títulos. Com isso, resgatamos a autoestima dos vascaínos, que estava abalada. Hoje todos sentem orgulho do Vasco.
Enxerga os resultados da temporada como reflexo de um trabalho a longo prazo?
Quando falamos de 2011 geralmente ficamos restristos aos acontecimentos, mas tudo isso foi consequência do planejamento que começou em 2009. Este foi um ano que trouxe muito amadurecimento ao clube. Ficaram lições para que o Vasco não tenha de passar por novo momento de dificuldade. E esse modelo implementado deve permanecer independentemente de quem estiver no comando do clube.
E o reconhecimento por parte da torcida? Nas últimas semanas do campeonato você deu tantos autógrafos com as principais estrelas do elenco...
É algo totalmente inusitado. O fato que me chamou atenção quando se fala nisso aconteceu no fim de 2010. Houve uma manifestação de carinho muito forte por parte do torcedor para que eu continuasse. O torcedor entendeu que essa função é importante para o clube. Além disso ele lembra de quem atendeu a um convite em um momento difícil do clube. Hoje, olhando para trás, vejo que foi acertada a decisão de participar de tudo isso. Este carinho ainda vai além de São Januário. Acontece também nos lugares que eu frequento.
Se sente mais reconhecido agora do que na época em que jogava profissionalmente?
A ideia do Vasco é o Juninho continuar até se aposentar"
Rodrigo Caetano
Com certeza. Fui um jogador mediano, tive problemas de lesão que me impediram de ter mais destaque no cenário nacional. Mas, em contrapartida, me preparei mais cedo para fazer esta função. Além disso, ter vindo para o Rio de Janeiro e para o Vasco no momento certo me deu uma visibilidade grande. Foi uma decisão pessoal, mas encontrei uma grande equipe de trabalho. Além disso, recebi a autonomia necessária. De nada adianta contratar alguém que não tenha como implementar as suas ideias. E todo este sucesso é bom para a função. Faz com que outros profissionais surjam e até por isso nós criamos a associação de executivos do futebol.
E como foi essa sua preparação?
Quando eu era atleta já vislumbrava a necessidade de um elo entre os jogadores e o alto comando. Antigamente existia um dirigente amador e um supervisor. Precisava de um planejamento maior, alguém para centralizar. Fiz faculdade de administração e depois um MBA em gestão de futebol. Peguei as ferramentas que aprendi e adaptei para criar um método próprio.
O grande sucesso do Vasco veio mais rápido do que o planejado?
A gente estabeleceu como prazo em 2009 três anos para uma grande conquista. Ela veio este ano porque trabalhamos para isso. Agora vamos ter um outro desafio pela frente, que é a Copa Libertadores.
E como você vê o Vasco na Libertadores de 2012?
Rodrigo Caetano durante entrevista (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)Rodrigo Caetano e o filho Martin, de 4 anos
(Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)
Agora vejo com dificuldade uma campanha do Vasco em termos de título. Isto seria antecipar muitas etapas. O Vasco volta a disputar a Libertadores após 11 anos. É preciso conscientizar o torcedor de que pular etapas não é o ideal. O Vasco não se encontra numa situação financeira que permita formar uma equipe de ponta para conquistar a Libertadores e o Mundial. Esse é o sonho do torcedor e seria o ideal que isso ocorresse agora, mas algumas etapas precisariam ser cumpridas. A disputa em sequência vai permitir que o Vasco conquiste este título. O exemplo é o São Paulo, que participou da Libertadores por quase uma década e neste período levantou seus títulos. O Vasco retorna ao lugar onde esteve como protagonista, e espero ver no futuro o time disputando a Libertadores com chances reais de título. Por isso, a direção vai fazer tudo o que for possível para alcançar esse objetivo.
Você não acha que o torcedor não vai gostar de escutar isso?
Minha função só passa a ter êxito no momento que os papéis são bem definidos. O meu é montar o planejamento e ter a nítida noção das dificuldades financeiras que o clube enfrenta. Por exemplo, o Vasco ainda tem obrigações a cumprir relativas a 2011. Lógico que houve avanços, melhora na infraestrutura, mas ainda estamos no processo. Quem pode ter esse discurso são outras pessoas que têm esse papel. Acho também que é uma questão cultural. A maior parte dos torcedores prefere saber a verdade, mesmo que seja algo que não goste de ouvir. Acho que o reconhecimento dos vascaínos em relação a mim vem muito disso.
Como medir a importância desta sequência de participações?
Existe todo um ambiente em volta que o clube precisa estar por dentro. A Conmebol é o orgão máximo do futebol sul-americano e precisamos ter uma frequência de participações para que eles saibam quem somos. O Vasco fez isso na Sul-Americana com uma grande participação que terminou na eliminação possivelmente para o futuro campeão. Fora que a fórmula de disputa da Libertadores é outra. Hoje a fase de grupos conta com grandes clubes. Antigamente não era essim. Os critérios de arbitragem também são outros. Não estamos acostumados. A missão não é impossível, mas é muito difícil.
Como está a situação do técnico Ricardo Gomes? Vocês trabalham com algum tipo de prazo para o seu retorno?
Esse time mostrou que sabe competir, que não tem medo de vencer."
Rodrigo Caetano
Foi o que falei com o Roberto Dinamite e com o vice de futebol José Hamilton Mandarino. A continuidade do trabalho deve acontecer. O Cristóvão lidera o time e quando o Ricardo estiver recuperado, volta. O que acontece hoje é que nem o Cristóvão é o técnico principal e nem o Ricardo está fora do Vasco. Tudo isso deve continuar, não só pelos bons resultados, mas porque existe um entendimento por parte dos atletas. E isso faz com que não exista pressão pelo retorno do Ricardo. Ele volta quando estiver seguro.
E como irá acontecer durante a pré-temporada? O Ricardo poderá aparecer em alguns dias durante o período de treinos?
A nossa filosofia de trabalho está bem definida. Existe um conceito maior que independe da presença dele. O ideal seria que ele estivesse lá, mas não podemos exigir isso. Já tivemos exemplos de pré-temporada no qual tudo dá certo e um mês depois o projeto é desfeito em função dos resultados. Volto a dizer que a continuidade é uma questão de coerência. Hoje o Ricardo realiza fisioterapia fora de casa e leva uma vida quase normal. Estive com ele e já trocamos ideias de nomes e sugestões junto com o Cristóvão e com o preparador físico Rodrigo Poletto. Ele vai se sentir seguro para se aproximar, mas sem qualquer prazo.
O Vasco larga na frente dos concorrentes por ter uma base mantida?
Se formos fazer um exercício de projeção, percebemos que poderíamos iniciar o Carioca com praticamente a mesma equipe que disputou as últimas rodadas do Brasileiro. Quase toda a equipe tem vínculo com o clube. Se viabalizarmos reforços para as posições carentes vamos elevar e muito a qualidade do elenco. Esse time mostrou que sabe competir, que não tem medo de vencer.
E como andam as poucas pendências?
O Vasco se posicionou com o Bernardo. Falta apenas quitar a prioridade de compra. Nesta semana a gente define a renovação do Juninho. Com isso fica faltando a permanência ou não do Elton. A partir daí, os que permanecem continuam até no mínimo o fim da Libertadores. A janela de janeiro é a mais reduzida. O mercado europeu hoje não tem tanta supremacia assim. Não são todos os países que chegam com propostas tentadoras, até pelo contexto econômico atual. E internamente, o Vasco, com a vaga na Libertadores, se equivale aos outros clubes brasileiros. Para que sair do Vasco hoje? E alguns cumprem um ciclo. Fernando Prass, Fagner, Dedé, Romulo... Todos estes cumpriram uma trajetória que foi sair da Série B para a Libertadores.
Como vai o projeto para a renovação do Juninho?
Vamos ter essa noção na próxima quarta. O Juninho sabe da realidade do clube. Ele estava nervoso, mas passou por uma prova de fogo. Ele viu que o ambiente é favorável, teve uma resposta positiva por parte do torcedor e deu um retorno espetacular para o Vasco. Vamos passar por reuniões para avaliar, mas a ideia do Vasco é o Juninho continuar até se aposentar. E isso depende muito mais dele do que do clube, que vai buscar maneiras para que ele permaneça.
E os demais reforços?
Todo e qualquer tipo de avanço em negociações passa por reuniões. Temos alguns nomes, trocamos informações com a comissão técnica, mas primeiro precisamos estabelecer as possibilidades financeiras. Alguns podem chegar independentemente da capacidade de investimento. Outros não. Tudo que conseguimos até agora foi na base da superação e da criativdade. Agora precisamos entrar em outro patamar.
Você já disse que a semente foi plantada e que os ciclos podem se encerrar. Se você não continuar, sai frustrado por não estar no projeto Libertadores ou com sensação de dever cumprido?
A sensação é de dever cumprido. Frustrado eu sairia se não tivesse conquistado nada e nem ajudado a melhorar o clube. Hoje o Vasco está estabelecido, com uma metodologia de trabalho. A base está montada e, o mais importante, o clube tem ativos. Se por acaso a coisa apertar, o Vasco pode realizar a venda de dois ou três atletas e equilibrar as finanças. Segundo uma pesquisa, o Vasco é hoje o quarto clube em termos de valor ativo. Se por acaso eu sair, encaro de outra forma e cito o Grêmio como exemplo. Deixei o clube vice-campeão do Brasileiro de 2008 para vir ao Vasco na Série B.

Vasco mira Rodolfo para formar dupla com Dedé em 2012

Clube cruz-maltino confirma interesse em jogador que defendeu o Grêmio emprestado pelo Lokomotiv de Moscou

Por Gustavo Rotstein e Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
Rodolfo no treino do Grêmio (Foto: Wesley Santos / PressDigital)Rodolfo teve passagem discreta pelo Grêmio
(Foto: Wesley Santos / PressDigital)
Desde que Anderson Martins foi negociado com um clube do Qatar, no fim de agosto, o Vasco busca alguém que forme uma parceria tão eficiente com Dedé. O nome da preferência da diretoria para 2012 é Rodolfo, que defendeu o Grêmio na última temporada.
Jogador de 29 anos e 1,83m de altura, Rodolfo é visto com uma boa opção por sua qualidade na saída de bola. Além disso, o fato de ser canhoto é observado como uma vantagem na dupla com Dedé, que é destro. O zagueiro tem contrato com o Lokomotiv de Moscou até a metade de 2013 e seu empréstimo ao Grêmio se encerra em 31 de dezembro.
A diretoria do Vasco ainda estuda a melhor forma de contratar Rodolfo, mas o mais viável pode ser o empréstimo. O clube iniciou as conversas com a Traffic, empresa responsável por gerenciar a carreira do jogador, que é formado nas categorias de base do Fluminense. Antes de chegar à Rússia, o zagueiro defendeu o Dínamo de Kiev, da Ucrânia.
- Ainda não sabemos como isso seria feito, estamos conversando para vermos o que é possível para viabilizarmos a contratação - afirmou José Hamilton Mandarino, vice de futebol do Vasco.
Rodolfo chegou ao Grêmio para ser titular, mas sofreu uma grave lesão na fíbula da perna esquerda na primeira rodada do Campeonato Brasileiro, passou por uma cirurgia e não entrou mais em campo pela competição. O zagueiro defendeu a equipe gaúcha em 21 partidas e marcou um gol.
 

Vasco mira Rodolfo para formar dupla com Dedé em 2012

Clube cruz-maltino confirma interesse em jogador que defendeu o Grêmio emprestado pelo Lokomotiv de Moscou

Por Gustavo Rotstein e Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
Rodolfo no treino do Grêmio (Foto: Wesley Santos / PressDigital)Rodolfo teve passagem discreta pelo Grêmio
(Foto: Wesley Santos / PressDigital)
Desde que Anderson Martins foi negociado com um clube do Qatar, no fim de agosto, o Vasco busca alguém que forme uma parceria tão eficiente com Dedé. O nome da preferência da diretoria para 2012 é Rodolfo, que defendeu o Grêmio na última temporada.
Jogador de 29 anos e 1,83m de altura, Rodolfo é visto com uma boa opção por sua qualidade na saída de bola. Além disso, o fato de ser canhoto é observado como uma vantagem na dupla com Dedé, que é destro. O zagueiro tem contrato com o Lokomotiv de Moscou até a metade de 2013 e seu empréstimo ao Grêmio se encerra em 31 de dezembro.
A diretoria do Vasco ainda estuda a melhor forma de contratar Rodolfo, mas o mais viável pode ser o empréstimo. O clube iniciou as conversas com a Traffic, empresa responsável por gerenciar a carreira do jogador, que é formado nas categorias de base do Fluminense. Antes de chegar à Rússia, o zagueiro defendeu o Dínamo de Kiev, da Ucrânia.
- Ainda não sabemos como isso seria feito, estamos conversando para vermos o que é possível para viabilizarmos a contratação - afirmou José Hamilton Mandarino, vice de futebol do Vasco.
Rodolfo chegou ao Grêmio para ser titular, mas sofreu uma grave lesão na fíbula da perna esquerda na primeira rodada do Campeonato Brasileiro, passou por uma cirurgia e não entrou mais em campo pela competição. O zagueiro defendeu a equipe gaúcha em 21 partidas e marcou um gol.
 

Após aval do Inter, Vasco inicia conversas para contratar Kleber

Vice de futebol confirma contato cruz-maltino com representante e espera resposta do lateral-esquerdo sobre valores

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
kleber internacional desolado grêmio (Foto: Jefferson Bernardes / Vipcomm)Kleber é alvo do Vasco para a Libertadores
(Foto: Jefferson Bernardes / Vipcomm)
De volta à Libertadores depois de 11 anos, o Vasco está em busca de experiência para montar sua equipe para a temporada de 2012. Um dos nomes pretendidos é Kleber, de 31 anos, que pode deixar o Internacional. O clube cruz-maltino recebeu do Colorado o aval para iniciar as conversas e buscar um entendimento com o lateral-esquerdo. A posição é considerada uma das principais carências do time de São Januário.
- Chegou até o Vasco a informação de que o Kleber poderia vir a sair do Internacional. Então, falamos com a direção do clube para que não houvesse qualquer incoveniente ou acusação de atravessarmos alguém. Como nosso contato foi recebido normalmente, conversamos com o representante do jogador. Estamos ainda nessas preliminares - explicou José Hamilton Mandarino, vice de futebol do Vasco.
De acordo com o dirigente, o representante de Kleber ficou de consultar o jogador sobre se há interesse, ou não, de defender o Vasco. No entanto, a diretoria do Inter afirma que não seria da vontade do jogador se transferir para outro clube do Brasil, embora se saiba que o grupo que detém parte dos direitos econômicos tenha a intenção de recuperar ao menos parte do dinheiro investido.
Mas segundo o vice de futebol do Vasco, depois de uma primeira conversa com seu representante, o clube aguarda um posicionamento sobre os valores necessários esperados por Kleber em relação a salários e outros pagamentos por seus direitos.
- Depende mais do que será proposto pela parte do jogador e se os valores estarão dentro da nossa realidade - disse Mandarino.

Ex-protagonista, Carlos Alberto terá destino de figurante: fora do Vasco

Referência de campanha da Série B, meia, que tem contrato até 2013, será negociado, assim como outros seis jogadores que retornam de empréstimo

Por Gustavo Rotstein e Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
Carlos Alberto,  reapresentação dia 9 de julho no Vasco (Foto: Divulgação / flickr Vasco)Carlos Alberto jurou eterno amor  ao Vasco no dia de
sua permanência (Foto: Divulgação / flickr Vasco)
Ano passado, o Vasco conseguiu, após uma longa negociação junto ao Werder Bremen, acertar um contrato de três anos com Carlos Alberto. Na época, ele era o principal jogador do elenco além de ser a referência da torcida em função da grande participação na Série B em 2009. A permanência foi anunciada de maneira emocionada pelo presidente Roberto Dinamite. Atualmente o contexto mudou. O apoiador volta de empréstimo do Bahia, tem contrato até o meio de 2013, mas não faz parte dos planos do clube para a próxima temporada.
A comissão técnica atual acredita que o Vasco já tem em seu elenco muitos jogadores de qualidade na posição. Com isso, já avisou à diretoria vascaína, que pretende negociá-lo novamente. Nesta temporada, ele foi emprestado duas vezes: para Grêmio e Bahia. Nos dois clubes, não repetiu nem de longe o bom desempenho de outros anos. No primeiro colecionou polêmicas até ser desligado. No segundo chegou a realizar bons jogos, mas sofreu com problemas de lesão.
Temos uma base que realizou uma grande campanha e conta com jogadores de qualidade. A posição do Carlos Alberto não é carente"
Rodrigo Caetano
Apesar do desejo de repassá-lo, até o momento o Vasco recebeu apenas sondagens, mas nenhuma proposta oficial de clubes interessados em contar com Carlos Alberto. O diretor de futebol Rodrigo Caetano disse que a situação do apoiador é tratada com normalidade pelo clube.
- Temos uma base que realizou uma grande campanha e conta com jogadores de qualidade. A posição do Carlos Alberto não é carente. Por ter sido um destaque do clube em 2009 e ter um currículo vitorioso, sua situação tem mais destaque. Mas o caso dele é o mesmo dos outros que retornam de empréstimo e não devem continuar - afirmou
Curtindo férias com a família na República Dominicana, Carlos Alberto, que completou 27 anos no último domingo, aguarda um comunicado oficial do Vasco para poder se posicionar em relação ao seu futuro. Carlos Leite, representante do jogador, afirmou que ainda não há nada concreto.
- Por enquanto não temos nenhum tipo de definição em relação ao futuro do Carlos Alberto - limitou-se a comentar o empresário.
Outros emprestados não vão permanecer
Além de Carlos Alberto, o Vasco terá o retorno de outros jogadores com o fim de empréstimos. São eles o goleiro Tiago, os volantes Matheus e Renato Auguso, os meias Jéferson e Enrico, além do atacante Rodrigo Pimpão. No entanto, assim como Carlos Alberto, nenhum deles faz parte dos planos da comissão técnica e deverão ser renegociados. Segundo Rodrigo Caetano, a maior parte recebeu propostas e decisões deverão ser tomadas até o fim desta semana.
- A ideia é renegociar todos - finalizou.

Ronaldo marca e combinado de craques bate Hamburgo em amistoso

Jogando na Alemanha, amigos do Fenômeno e de Zidane triunfam por 5 a 4, em partida realizada para levantar fundos para o combate à pobreza

Por SporTV.com Hamburgo, Alemanha
Mesmo visivelmente fora de forma, Ronaldo mostrou que ainda tem faro de gol, ao marcar um dos gols da vitória por 5 a 4 do combinado Amigos de Ronaldo e Zidane, contra um time de estrelas do Hamburgo. A partida, realizada na tarde desta terça-feira, em Hamburgo, na Alemanha, serviu para arrecadar fundos para o combate à pobreza na África. Além do Fenômeno, participaram do jogo os brasileiros Dida, Serginho e Zé Roberto, que atuou pelo time da casa e marcou um belo gol
Desde o primeiro minuto, os times adotaram uma postura bem solta em campo. Aos quatro minutos, o Hamburgo teve a primeira oportunidade em uma cabeçada de Guerreiro, que passou rente à trave. Três minutos depois, os alemães abriram o placar. Depois de cruzamento da direita, Petric acertou belo voleio, fazendo 1 a 0.
Ronaldo teve a primeira boa participação aos 11, quando finalizou de dentro da área, mas o goleiro Golz defendeu. Aos 16, foi a vez de Zidane colocar Golz para trabalhar, chutando no canto esquerdo para mais uma grande defesa do camisa 1 alemão.
Ronaldo, Drogba e Pires (Foto: AP)Ronaldo é saudado por Drogba (à direita) e Pires, após marcar o seu gol (Foto: AP)
Dois minutos depois, o brasileiro Zé Roberto mostrou toda a sua categoria, marcando o segundo gol dos donos da casa. Após receber lançamento na frente, ele deu toque sutil, encobrindo Barthez: 2 a 0. Drogba descontou, aos 21, escorando cruzamento da direita. Aos 26, o Fenômeno finalmente deixou a sua marca, após receber passe de Drogba e bater no canto esuqerdo de Golz. O camisa 9 não marcava desde o dia 13 de novembro de 2010, quando fez um gol na vitória do Corinthians por 2 a 1 sobre o Cruzeiro, pelo Brasileiro.
O combinado Ronaldo/Zidane quase virou aos 36, quando o francês Pires colocou a bola no ângulo e Golz se esticou todo para fazer a defesa. Aos 38, não teve jeito. Capdevila recebeu dentro da área e bateu forte para marcar 3 a 2. Dois minutos depois, Ronaldo perdeu grande oportunidade, finalizando de dentro da área, nas mãos de Golz. A um miniuto do fim da primeira etapa, Zidane deu lindo passe para Pires, porém o francês bateu para fora.
Ronaldo e Zidane (Foto: EFE)Partida foi uma iniciativa dos craques Ronaldo e Zidane.
Renda será doada para o povo africano (Foto: EFE)
O time das Estrelas do Hamburgo voltou disposto a conseguir o empate no segundo tempo. Aos cinco, Ilicevic chutou à direita de Lehmann, que entrara no lugar de Barthez. No primeiro contra-ataque, porém, os amigos de Ronaldo e Zidane ampliaram. O autor do gol foi o espanhol Michel Salgado, que recebeu sozinho na área e chutou de trivela, aos 13.
Schnoor, aos 20 assustou novamente o gol de Lehmann, que acabou sofrendo o terceiro gol na jogada seguinte, em chute de Tomas Rincon, de fora da área: 4 a 3. Aos 27, Figo mostrou sua velha categoria, ao gingar na frente da defesa do Hamburgo e bater de pé direito, marcando o quinto gol dos visitantes.
O goleiro brasileiro Dida, que entrara no lugar de Lehman, também mostrou serviço na partida, quando Rodolfo Cardoso chutou no canto e o ex-titular da Seleção Brasileira foi buscar. De tanto insistir, o Hamburgo conseguiu diminuir a dois minutos do fim, com Heung Min Son. Mas, já era tarde, a vitória dos amigos de Ronaldo e Zidane já estava consolidada.
Estrelas do Hamburgo: Richard Golz, Bastian Reinhardt (Rodolfo Cardoso), Nico-Jan Hoogma (Heiko Westermann), Dennis Aogo (Stefan Schnoor), Mehdi Mahdavikia (Slobodan Rajkovic), Zé Roberto (Ivica Olic), Paolo Guerrero (Stig Töfting) (Collin Benjamin), Jörg Albertz (Tomas Rincon), Michael Gravgaard (Heung Min Son), Mladen Petric (Sergej Barbarez) e Nigel de Jong (Ivo Ilicevic). Técnico: Thorsten Fink.
Amigos de Ronaldo e Zidane: Barthez (Lehmann) (Dida), Popescu (Lucas Radebe) (Fernando Couto), Canavarro (Karembeu), Makélélé (Berthold), Michel Salgado (Serginho), Davids (Pires), Luis Figo (Madjer), Zidane (Maniche), Capdevila (George Hagi), Ronaldo (Steve McManaman) e Drogba (Sami Al-Jaber). Técnicos: Marcelo Lippi e Bora Milutinovic.
Árbitro: Pierluigi Collina (Itália)