sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Bonnar e Dave Herman são flagrados pelo exame antidoping do UFC Rio III

Rival do Spider apresentou traços do esteroide anabolizante Drostanolona, enquanto amostra do adversário de Minotauro tinha metabólitos de maconha

Por SporTV.com Las Vegas, EUA
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Stephan Bonnar UFC Rio MMA (Foto: Reprodução/Twitter)Stephan Bonnar foi flagrado por uso de esteroides
anabolizantes no UFC Rio III (Foto: Reprodução/Twitter)
Os americanos Stephan Bonnar e Dave Herman, que enfrentaram respectivamente Anderson Silva e Rodrigo Minotauro, foram flagrados pelo exame antidoping realizado após o UFC Rio III, disputado dia 13 de outubro, na capital fluminense. Bonnar, que recentemente anunciou a sua aposentadoria do MMA, teve em sua amostra traços de Drostanolona, um esteroide anabolizante, enquanto o material colhido de Herman apresentou metabólitos de maconha. Os dois lutadores foram os únicos cujos resultados dos testes foram positivos.
Por não haver no Brasil uma comissão atlética que regule os esportes de combate, como nos EUA, os comissários do UFC assumiram o controle dos testes de dopagem. Marc Ratner, responsável pela operação, afirmou ao site "MMA Junkie", que a empresa ainda irá avaliar qual suspensão será aplicada, e que provavelmente a decisão será anunciada na próxima semana.
UFC 146 Peso-pesado Dave Herman chega à arena para sua luta contra Roy Nelson (Foto: Adriano Caldas / Globoesporte.com)Dave Herman teve a presença de maconha em seu
exame antidoping (Foto: Adriano Caldas / SporTV.com)
Tanto Bonnar quanto Herman são reincidentes em casos de doping. O "Psicopata Americano" testou positivo também para metabólitos de Boldanona, que indica uso de esteroides anabolizantes - após o UFC 62, quando foi derrotado por decisão unânime dos jurados por Forrest Griffin, na revanche da final do TUF 1. Na ocasião, Bonnar foi suspenso por nove meses, e multado em US$ 5 mil. Já Dave Herman já havia sido flagrado em 2011, antes da luta contra Mike Russow, o que ocasionou o cancelamento da mesma.
Na época, Herman não conseguiu explicar a presença de metabólitos de maconha em seu exame, e chegou a dizer que não havia consumido a droga, alegando que poderia ter estado em um ambiente em que outras pessoas estivessem consumindo o entorpecente, e que a fumaça poderia ter contaminado o seu organismo.

Thiago Tavares enfrenta russo Khabib
Nurmagomedov no Brasil em janeiro

Catarinense teve dois combates cancelados em 2012 e não luta desde o UFC Rio II. Adversário está invicto em 18 lutas, duas delas no Ultimate

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Mais uma luta está confirmada para o evento do UFC em janeiro de 2013, no Brasil. O catarinense Thiago Tavares vai enfrentar o russo Khabib Nurmagomedov pelos pesos-leves.
Thiago Tavares Khabib Nurmagomedov mma (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)Khabib Nurmagomedov (esq.) é o próximo oponente de Tavares (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
O duelo foi noticiado primeiro pelo site da revista Tatame. Na tarde desta sexta-feira, Tavares confirmou o duelo pelo Twitter. Será sua terceira luta consecutiva no país, e ele pediu o apoio da torcida brasileira.
- Então é isso, pessoal. Luta marcada, russo duríssimo, 18 lutas invicto. Mas, eu sou manezinho e estarei lutando em casa. Conto com vocês! - escreveu o lutador, que representa o Avaí no MMA.
SporTV.com/Combate: sua página para notícias do MMA e UFC
Tavares não luta desde janeiro deste ano, quando venceu Sam Stout na decisão unânime dos jurados, pelo UFC Rio II. O peso-leve brasileiro chegou a ter lutas anunciadas contra Tony Ferguson e Dennis Hallman neste ano, mas desistiu da primeira por conta de uma lesão. A segunda foi adiada duas vezes, mas Hallman não conseguiu bater o limite de peso da categoria, nem um peso-combinado estipulado por Tavares, e a luta foi cancelada. O catarinense tem 17 vitórias, quatro derrotas e um empate na carreira, e vem de dois triunfos consecutivos.
Já o russo Khabib Nurmagomedov está invicto em 18 lutas na carreira, todas vitórias. Ele estreou no Ultimate em janeiro, com uma vitória por finalização sobre Kamal Shalorus, e derrotou o brasileiro Gleison Tibau por decisão unânime no UFC 148, em julho.
Assista a vídeos de lutas
O card do evento em janeiro no Brasil já teria seis lutas, mais a presença de Daniel Sarafian. Confira:
UFC
19 de janeiro de 2013, no Brasil
CARD PRINCIPAL*
Vitor Belfort x Michael Bisping**
Gabriel Napão x Ben Rothwell**
Diego Nunes x Nik Lentz**
Godofredo Pepey x Miltinho Vieira **
Iuri Marajó x George Roop **
Thiago Tavares x Khabib Nurmagomedov **
Daniel Sarafian x Adversário a ser definido **
* A ordem dos combates ainda não está definida oficialmente
** Os combates ainda não foram anunciados oficialmente pelo UFC

Wallid promete continuar casando lutas entre XGym e Corinthians

Dirigente argumenta que acordo entre as equipes deveria valer apenas
para atletas de ponta: 'Quem está começando não pode ser prejudicado'

Por Adriano Albuquerque Rio de Janeiro
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Presidente do Jungle Fight, Wallid Ismail não gostou de saber que os treinadores da XGym pretendem recusar lutas entre seus atletas e lutadores do Corinthians, como parte do intercâmbio montado entre as equipes, assim como já fazem com a Team Nogueira. O dirigente contou que ligou para Rogério Camões, preparador físico da XGym, para comentar o caso da polêmica luta entre Fabiano Soldado, representante da equipe, e Alexandre Capitão, do Corinthians, e explicou sua visão do ocorrido. Ao SPORTV.COM, afirmou que continuará casando duelos entre atletas das duas equipes, a não ser que haja uma fusão entre elas.
Fabiano Soldado e Alexandre Capitão no Jungle Fight 44 (Foto: Fernando Azevedo / Jungle Fight)Fabiano Soldado (esq.) e Alexandre Capitão lutaram no Jungle 44 (Foto: Fernando Azevedo/Jungle Fight)
- Hoje, o esporte é muito profissional. Todos os treinadores são amigos, até os lutadores são amigos. O negócio é lutar, e a amizade continua. Até falei com o Rogerão agora. Ele sabe que esse embate foi bem interessante entre XGym e Corinthians, porque XGym é um time e Corinthians é outro. Até brinquei com ele, disse que vou falar direto com os lutadores, porque quero ver se os lutadores vão dizer não! Mas ele sabe que são dois times diferentes, e a XGym ganhou do Corinthians. Nosso esporte evoluiu muito, e espero que todos os treinadores tenham consciência de não prejudicar seus atletas por causa de amizade. Se XGym mudar para Corinthians, ou Corinthians virar XGym, é outra coisa. Senão, está 1 a 0, continuam dois times e a luta continua - disse Wallid Ismail.
SporTV.com/Combate: sua página para notícias do MMA e UFC
A polêmica se deu porque alguns lutadores, como Anderson Silva e Rafael Feijão, fazem treinos tanto na XGym, quanto no Corinthians, e ainda na Team Nogueira. Como resultado, Ramon Lemos, técnico principal do Spider e da nova equipe do Timão, ocasionalmente comanda atividades nas duas academias cariocas. Apesar de serem três equipes diferentes, há um acordo entre elas de evitar confrontos entre si.
wallid ismail jungle fight rio  (Foto: Marcelinho de Jesus / Globoesporte.com)Wallid promete continuar casando lutas entre Xgym
e Corinthians (Foto: Marcelinho de Jesus)
Na opinião de Wallid, entretanto, o acordo entre as equipes pode causar desperdício de oportunidades para seus lutadores iniciantes, que ainda buscam reconhecimento e contrato com um evento internacional. O dirigente citou a luta entre Gabriel "Napão" Gonzaga e Fabrício Werdum, no Jungle Fight 1, que aconteceu sob circunstâncias semelhantes.
- Não pode misturar os atletas de ponta com os que estão começando. Os de ponta já estão de vida ganha, os que estão começando não podem ser prejudicados. Isso é para o bem do esporte. Quando fiz o primeiro Jungle Fight, casei o Napão contra o Werdum. Não lembro direito, mas acho que foi o Sylvio Behring que disse que o Napão treinava com o Werdum, ou com um amigo dele, mas o Werdum disse que aceitava a luta. Se o Werdum não tivesse lutado, será que seria o lutador que é hoje? Se tivesse negado uma oportunidade de aparecer para o mundo todo? Não tem o lado pessoal, é o lado profissional, e acaba a luta e todo mundo treina junto. Essa parte de inimizade e guerra já acabou. Hoje são todos amigos, só que, quando entra na luta, é tempo ruim o tempo todo. Pelo bem do esporte, tem que continuar assim - argumentou.
Assista a vídeos de lutas
Wallid garantiu que Soldado e Capitão serão recompensados pelo bom desempenho na luta no Rio de Janeiro, no Jungle 44: enquanto Soldado avançou à disputa do cinturão dos pesos-penas, Capitão vai voltar a lutar no evento de Porto Alegre, em 21 de dezembro, contra adversário ainda indefinido. E o dirigente continua casando lutas entre amigos de equipes diferentes: o Jungle Fight 45, em Belém, no próximo dia 15 de novembro, terá o confronto entre os paraenses Toninho Marajó e Michel Pedro. Os treinadores dos dois pesos-penas são amigos, mas eles vão lutar.
- Hoje em dia é bom, porque é que nem futebol: depois da luta, todo mundo se abraça e bola para frente. A única diferença é que vale soco na cara e chute de frente! - brincou Wallid.
Confira o card do Jungle Fight 45 até o momento:
Itamar Rosa x Pedro da Rosa Neto (semifinal até 84kg)
Kléber Bekão x Arinaldo da Silva (semifinal até 57kg)
Iliarde Santos x adversário a definir
Thiago Trator x Rafael Alves
Toninho Marajá x Michel Pedro
Altair Alencar x Ramalho da Silva

Minha Luta Inesquecível: final do TUF 1 salva investimento de Dana White

Presidente do UFC conta que fechou contrato para segunda temporada do reality show graças a duelo épico entre Forrest Griffin e Stephan Bonnar

Por Adriano Albuquerque Rio de Janeiro
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Para Dana White, presidente do UFC, escolher uma luta inesquecível em 19 anos de franquia e 11 anos de envolvimento direto como coproprietário é como escolher um filho favorito. O dirigente afirma que há milhões de momentos memoráveis na história do maior evento de MMA do mundo - um eufemismo, já que, neste ano, o Ultimate viu seu combate de número 2.000. Todavia, há uma luta pela qual White e seus sócios, os irmãos Fertitta, agradecem todos os dias antes de dormir: a final do torneio peso-meio-pesado da primeira temporada do reality show The Ultimate Fighter, Forrest Griffin x Stephan Bonnar, vencida por Griffin em decisão unânime dos jurados, no dia 9 de abril de 2005.
- A luta que realmente me deixou assombrado e foi a maior da história do UFC foi Stephan Bonnar x Forrest Griffin. Mas você tem que colocar em contexto - disse Dana White.
Forest Gruffin e Stephan Bonnar, TUF 2005, Luta Inesquecível (Foto: Getty Images)Stephan Bonnar (E) fez o gesto da vitória, mas quem ganhou épico combate do TUF 2005 foi Forrest Griffin. Decisão foi unânime, mas trocação dos dois no fim fez público aplaudi-los de pé  (Foto: Getty Images)
Tudo bem, Dana, coloquemos em contexto: quando o grupo Zuffa LLC, formado por White e pelos irmãos Lorenzo e Frank Fertitta III, comprou o UFC em 2001, o MMA - ou vale-tudo, como ainda era chamado na época - era vítima de campanha difamatória por parte de grupos políticos e era boicotado pela maioria absoluta das comissões atléticas estaduais dos EUA, órgãos regulatórios dos esportes de luta no país. O grupo tratou de trabalhar duro numa definição de regras mais rígidas, que logo se tornariam as Regras Unificadas das Artes Marciais Mistas; na produção visual dos eventos e na construção de ídolos para a companhia, como Tito Ortiz, Randy Couture e Chuck Liddell. Todavia, quatro anos e US$ 44 milhões depois, o Ultimate ainda estava deficitário e com pouca atenção do público.
Foi quando surgiu o The Ultimate Fighter ("O Lutador Definitivo", na tradução para o português). O programa seguiria a fórmula já consagrada dos reality shows, em que participantes convivem dentro de uma casa, sem acesso ao mundo exterior, e são eliminados um a um até que haja um vencedor - no caso, dois vencedores, já que foram disputados torneios nas categorias peso-médio e peso-meio-pesado. A aposta do UFC era que o público criaria maior afeição ao esporte e aos atletas uma vez que acompanhasse o dia a dia dos lutadores e conhecesse suas histórias de vida. Foi um investimento de cerca de US$ 10 milhões, sem garantia de retorno.
Dana White, Luta Inesquecível (Foto: Adriano Caldas / Globoesporte.com)Dana White, sobre luta: "Parecia que um trem estava
passando (Foto: Adriano Caldas / Globoesporte.com)
- No nosso acordo com a Spike (canal de TV a cabo dos EUA), fizemos essa primeira temporada do The Ultimate Fighter e não tínhamos um acordo para uma segunda temporada. Era um horário comprado, nós compramos o horário para estar naquele canal. Ao entrar naquele Finale, nem sabíamos se teria uma segunda temporada, ou o que aqueles caras fariam - explicou White.
O programa foi um sucesso de audiência desde o primeiro episódio, que teve 1,7 milhão de telespectadores. Mesmo assim, ao chegar ao evento final do programa, em 9 de abril de 2005, no Cox Pavillion, em Las Vegas, o cenário se mantinha: não havia nenhuma garantia de renovação com o canal a cabo. A final dos pesos-médios, entre Kenny Florian e Diego Sanchez, foi resolvida em apenas um round, com vitória de Sanchez por nocaute técnico.

A final dos meio-pesados, todavia, cumpriu toda a promessa de "fogos de artifício" que Dana White esperava para o UFC, enfim, deslanchar. Motivados pela promessa de um contrato com a organização para o vencedor, Bonnar e Griffin partiram para a batalha desde o começo, sem se preocuparem muito com defesa. Griffin acertou um golpe de direita com apenas sete segundos e seguiu com boas combinações, mas Bonnar respondeu com dois chutes e uma série de socos. O ritmo não diminuiu por todo o primeiro round. Griffin sacudiu o adversário com um soco na metade do round, obteve suas costas nos 20s finais e buscou uma chave de braço, antes de o gongo soar. O rosto do chefão se ilumina ao lembrar da atmosfera na arena naquele momento.
- Stephan Bonnar e Forrest Griffin entraram para a luta e, vou te contar, conforme a luta acontecia, você sentia. Você simplesmente sentia que aquilo era grande e estávamos rompendo barreiras. As pessoas estavam batendo seus pés no lugar, parecia que um trem estava passando!
Aplausos de pé
No segundo round, o ritmo voltou a acelerar após o primeiro minuto. Desta vez, Bonnar foi superior na trocação, e seu adversário levou o combate para o chão. A luta foi interrompida brevemente por causa de um corte no nariz de Griffin, e o "Psicopata Americano" continuou melhor no recomeço, acertando bons socos. Griffin retomou o comando no início do último round, com boas joelhadas e chutes na perna. O final do combate foi de trocação franca, para delírio do público, que aplaudiu de pé os dois lutadores, com os rostos ensanguentados. Forrest Griffin foi declarado vencedor por decisão unânime dos jurados (triplo 29-28), mas White anunciou que daria contratos a ambos, por acreditar que "não havia perdedor nesta luta". Minutos depois, ele também receberia o presente que queria.
Forrest Griffin e Stephan Bonnarr, TUF 2005, Luta Inesquecível (Foto: Getty Images)Forrest Griffin (D) acerta Stephan Bonnar: trocação no fim fez público aplaudir de pé (Foto: Getty Images)
- Assim que acabou a luta, os caras da Spike correram atrás de nós, nos puxaram para um canto e fecharam o acordo para a segunda temporada, ali, na arena, num corredor. E, conforme os números de audiência começaram a chegar, nós soubemos que tínhamos conseguido. Durante seis minutos dessa luta, subiu até 12 milhões de telespectadores e superou o Masters (um dos quatro principais torneios internacionais de golfe) naquele dia, na CBS (um dos maiores canais abertos dos EUA). Então, sabíamos que, com aquela luta, rompemos a barreira - contou o dirigente.
A partir daí, o UFC começou sua virada, tornando-se uma das franquias esportivas mais valiosas do mundo - comprada por meros US$ 2 milhões (cerca de R$ 4 milhões), é avaliada por seus proprietários atualmente acima de US$ 2 bilhões (mais de R$ 4 bilhões). Aos poucos, os maiores lutadores começaram a convergir para a companhia, que viu a maioria de seus principais concorrentes falir - muitos, como Pride e Strikeforce, terminaram comprados pela Zuffa - desde então. A nova fase gerou inúmeros momentos "Santa M…", como o chefão gosta de colocar.
- É quando você salta do seu assento e diz, "Santa M…" Houve tantos deles no UFC, e é o que faz nosso esporte ser tão divertido. Quando Anderson (Silva) chutou Vitor (Belfort) naquela noite, foi louco, foi um daqueles momentos de cair o queixo… Quando o Anderson estava apanhando por cinco rounds, e estava a pouco mais de um minuto de perder, e encaixou um triângulo com chave de braço no Chael Sonnen… Matt Hughes x Frank Trigg, na segunda luta, parece que Matt Hughes está apagado, mas ele se vira, acorda e levanta Trigg, o carrega ao outro lado do octógono, joga no chão e o estrangula. Foi uma das noites mais loucas do MGM (Grand Garden Arena). Você tinha que ter ouvido aquele lugar, foi insano. Quando Chuck Liddell nocauteou Tito, o lugar foi ao delírio. A noite em que o Randy Couture acertou Tim Sylvia, quando voltou para os pesos-pesados, o lugar foi à loucura… - enumerou o "papai Dana".

Sem lutar no UFC Rio III, Napão deve encarar Ben Rothwell em janeiro

Ex-desafiante dos pesados não pôde lutar na edição 153 por causa da ausência de última hora de Mondragon, mas vai ter chance de atuar no Brasil

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Gabriel Napão viu o seu desejo de voltar a lutar no Brasil cair por terra depois que seu adversário no UFC Rio III, Gerônimo Mondragon, foi impedido de atuar por não passar nos exames médicos do Ultimate. Mas o ex-desafiante do peso-pesado terá uma nova oportunidade. De acordo com os sites "Portal do Vale-Tudo" e "MMAWeekly", Napão vai enfrentar Ben Rothwell no dia 19 de janeiro, em cidade brasileira ainda não divulgada pelo UFC.
Ednaldo oliveira versus gabriel gonzaga ufc rio (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Gabriel Napão (calção branco) em ação contra Ednaldo Lula (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Sem lutar desde janeiro deste ano, quando finalizou Ednaldo Lula com um mata-leão no primeiro round durante o UFC 142, no Rio, Gabriel Napão tem 13 vitórias e seis derrotas na carreira. Em 2007, ele disputou o cinturão da categoria, mas foi derrotado por Randy Couture.
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Ben Rothwell, por sua vez, nunca esteve perto de disputar o título do Ultimate, mas tem experiência de sobra. Foram 40 lutas na carreira, sendo 32 vitórias e oito derrotas. Em sua última apresentação, bateu Brendan Schaub por nocaute no UFC 145, em abril.

Hunt é mais um a desafiar Overeem: 'Gostaria de ter uma revanche'

Atletas se enfrentaram em julho de 2008, e holandês venceu por finalização

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Alistair Overeem tem a garantia de que será o próximo desafiante dos pesados depois que Junior Cigano e Cain Velásquez se enfrentarem. Entretanto, o holandês teme que o vencedor do duelo demore a voltar a lutar e declarou que, caso isso aconteça, prefere enfrentar um outro adversário antes de disputar o título. Antônio Pezão já se colocou à disposição para enfrentá-lo, e agora surge mais um nome: Mark Hunt.
Mark Hunt nocauteia Cheick Kongo no card principal do UFC 144 (Foto: Getty Images)Mark Hunt (esq.) vem de vitória sobre Cheick Kongo no UFC 144 (Foto: Getty Images)
Assim como Alistair Overeem, Mark Hunt fez parte do plantel de lutadores do Pride, extinto evento japonês que foi o mais importante do mundo na década passada. Eles se enfrentaram em 2008, pelo Dream, e o holandês venceu por finalização (americana). Agora, o neozelandês vê a oportunidade de dar o troco.
- Se eles (do UFC) quiserem me arranjar uma luta, eu gostaria de ter uma revanche com Alistair Overeem, quando ele voltar de sua lesão ou de qualquer outra coisa (nota da redação: na verdade Overeem está suspenso por doping). Estou disposto a lutar no próximo ano, o que para ele não importa muito - disse Hunt ao site "MMA Fighting".
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Mark Hunt (8-7) vem de três vitórias seguidas no UFC. Sua última vítima foi o francês Cheick Kongo, em fevereiro. Ele voltaria a lutar no UFC 146, no dia 26 de maio, contra Stefan Struve, mas uma lesão na perna o deixou longe do octógono até hoje.

Preparador físico da XGym lamenta duelo contra o Corinthians no Jungle

Rogério Camões trata situação como 'muito delicada' e pede desculpas a Ramon Lemos por causa da luta entre atletas que são parceiros do Spider

Por Adriano Albuquerque Rio de Janeiro
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Técnicos do astro Anderson Silva, Ramon Lemos e Josuel Distak tiveram de ficar em córneres opostos durante a última edição do Jungle Fight, realizada no Rio de Janeiro. O coevento principal colocou frente a frente Alexandre Capitão, do Corinthians, e Fabiano Soldado, da XGym, e o segundo levou a melhor ao vencer por decisão unânime dos jurados. Representante do clube de São Paulo, Ramon chegou a lamentar o casamento do duelo na ocasião, dizendo que havia ficado "surpreso" com o fato de a XGym ter aceitado que Soldado substituísse o peruano Diego Akita, que estava escalado inicialmente e acabou não podendo lutar, enquanto Distak preferiu não comentar para evitar qualquer tipo de polêmica. O preparador físico da equipe, Rogério Camões, no entanto, pediu voz ao SPORTV.COM esta semana e deu sua versão do acontecido:
Rogério Camões e Distak treinadores de Erick Silva, lutador do UFC (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)Rogério Camões (E) e Distak representam a
XGym (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)
- Foi uma situação muito delicada. Nosso atleta (Soldado) já estava com luta fechada no Jungle, e essa luta caiu. E o atleta do Ramon (Capitão) tinha o peruano (Akita) para lutar, e também caiu. Aí o Wallid (Ismail, presidente do evento) casou os dois, mas foi no momento em que eu e o Ramon estávamos ocupados com o Anderson, que lutou duas semanas antes (contra Stephan Bonnar no UFC Rio III). E eu ainda tinha o Erick (Silva, que enfrentou Jon Fitch). Então a coisa procedeu, foi casada a luta, e a gente não se ligou que era um atleta do Corinthians e um da XGym. Eu e o Ramon ficamos sabendo disso no dia da pesagem (do UFC Rio III). Não houve intenção nenhuma de casar essa luta nem da parte da XGym, nem da parte do Ramon, porque existe essa parceria. O Anderson é atleta do Corinthians e treina na XGym. O Ramon vem para a XGym treinar o Anderson. Este ano, todos os atletas do Corinthians vieram fazer a preparação para o Mundial de jiu-jítsu aqui. Foi uma situação chata para mim e para o Ramon. A gente vai ter o cuidado de isso não acontecer de novo em uma próxima vez. Assim como a gente não casa lutas contra atletas da Team Nogueira, não casa contra atletas do Corinthians, porque existe essa parceria, esse intercâmbio. Como representante da XGym, peço até desculpas para o Ramon e o pessoal do Corinthians - disse Rogério Camões, que é preparador físico de Anderson Silva.
Apesar de também lamentar o casamento da luta, Camões destacou o equilíbrio e a empolgação dos dois atletas, que promoveram um belo espetáculo de trocação em pé dentro da jaula:
Fabiano Soldado e Alexandre Capitão no Jungle Fight 44 (Foto: Fernando Azevedo / Jungle Fight)Fabiano Soldado (E) venceu Alexandre Capitão no Jungle Fight 44 (Foto: Fernando Azevedo / Jungle Fight)
- Foi uma luta sensacional, pelo que todo mundo falou. Eu não estava presente. Provou que os dois atletas estão supertreinados e à beira do cinturão do Jungle Fight.
Com a vitória, Fabiano Soldado classificou-se para a final do torneio rumo ao título da categoria dos penas. Nos outros principais combates do card do Jungle Fight 44, Ildemar Marajó finalizou Ederson Lion e foi à decisão dos médios, e Dimitry Zebroski bateu o argentino Ausutin Acuña por nocaute técnico e avançou à final rumo ao título dos leves.

Vitor Belfort diz que Forrest Griffin
não quis enfrentá-lo no UFC 155

Carioca está perto de ser confirmado contra Michael Bisping no Brasil, em
19 de janeiro, enquanto americano encara Phil Davis em 29 de dezembro

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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UFC Phils Davis x Forrest Griffin MMA (Foto: Montagem sobre foto da Getty Images)Phil Davis (E) e Forrest Griffin se enfrentam no UFC
155 (Foto: Montagem sobre foto da Getty Images)
Phil Davis não era a primeira opção do Ultimate para substituir Chael Sonnen na luta contra Forrest Griffin no UFC 155, após o falastrão ser retirado do evento de 29 de dezembro, em Las Vegas, para ser treinador da 17ª temporada do "The Ultimate Fighter" contra a equipe de Jon Jones. Vitor Belfort revelou que era ele próprio quem estava no topo da lista que foi entregue a Griffin:
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- Me encontrei com o Forrest e ele me contou que ofereceram para ele uma lista com seis nomes e o meu era o primeiro. Ele disse que enfrentaria qualquer um deles, menos eu. É bom ter esse tipo de reconhecimento. Estou aqui para servir a companhia - disse ao blog "Na Grade do MMA".
O carioca, que vem de derrota para Jon Jones no UFC 152, valendo o cinturão dos meio-pesados, afirmou também que vai retornar à categoria dos médios, mas sem descartar novas lutas no peso de cima. Como apurou o SPORTV.COM, ele está muito perto de ser confirmado pelo Ultimate como oponente de Michael Bisping no evento de 19 de janeiro, no Brasil, ainda sem cidade definida.

Após 25 anos do acidente, Minotauro reencontra médicos que o salvaram

Peso-pesado foi atropelado por um caminhão quando tinha apenas 11 anos

Por SporTV.com Vitória da Conquista, BA
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Há 25 anos, Rodrigo Minotauro, então uma criança de 11 anos, era atropelado por um caminhão e ficava entre a vida e a morte. Nesta semana, o lutador peso-pesado voltou à sua cidade natal, Vitória da Conquista, no interior da Bahia, e visitou o hospital onde ficou internado por alguns meses e os médicos que cuidaram dele naquela ocasião. Ele esteve na companhia do irmão, Minotouro.
Minotauro reencontra médicos de seu acidente (Foto: Reprodução / Twitter)Minotauro (de branco), Minotouro (de vermelho) e os médicos (Foto: Reprodução / Twitter)

UFC muda adversário de Iuri Marajó, que enfrenta George Roop no Brasil

Carioca Johnny Eduardo, que chegou a estar fechado para enfrentar o
atleta paraense, deve encarar lutador oriundo do wrestling no exterior

Por Adriano Albuquerque e Ivan Raupp Rio de Janeiro
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Um dia após fechar acordo para enfrentar Johnny Eduardo no Brasil em 19 de janeiro, Iuri Marajó já teve de mudar seu foco para outro oponente. O paraense e sua equipe foram informados de que seu novo adversário será o americano George Roop, que faz seu retorno ao peso-galo. O combate continua marcado para o evento brasileiro, que ainda não tem local definido.
Segundo apurou o SPORTV.COM junto a fontes seguras, Johnny Eduardo também tem novo rival, cujo nome ainda não foi revelado. O carioca deve lutar fora do Brasil, possivelmente em fevereiro, na Austrália, contra um atleta estrangeiro oriundo do wrestling.
Montagem Iuri (Yuri) Marajó x George Roop. (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)Iuri Marajó x George Roop: duelo acontece no Brasil (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
Marajó, que faz sua estreia nos galos, tem 28 vitórias e quatro derrotas na carreira, tendo lutado tanto no peso-leve quanto no peso-pena. Após a derrota para Hacran Dias no UFC 147, em sua terceira luta no Ultimate, ele decidiu descer de categoria. Roop, por sua vez, vem de três derrotas em suas últimas quatro lutas e tem cartel de 12 vitórias, nove derrotas e um empate. O americano foi participante da oitava temporada do reality show "The Ultimate Fighter" e já atuou entre os galos quando fazia parte do extinto evento WEC.
Além de Iuri Marajó x George Roop, outras duas lutas já estão praticamente acertadas para o evento no Brasil: Miltinho Vieira x Godofredo Pepey e Vitor Belfort x Michael Bisping. Miltinho já confirmou seu duelo com Pepey, enquanto Belfort e Bisping ainda não assinaram o contrato.

Vinny Magalhães veste a camisa, literalmente, da equipe de Sonnen

Brasileiro será um dos treinadores auxiliares do americano no TUF 17

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Vinny Magalhães será a presença brasileira na equipe que Chael Sonnen vai comandar contra Jon Jones na 17ª temporada do reality show "The Ultimate Fighter". O meio-pesado do UFC, que entrou na organização ao ser vice-campeão do TUF 8, será treinador auxiliar de jiu-jítsu do falastrão americano e postou no Twitter uma foto em que aparece vestindo a camisa do time. Além de Vinny, os demais técnicos auxiliares de Sonnen são: Dan Henderson, Clayton Hires, Jamie Huey, Scott McQuarry e Mike Dolce (nutricionista).
Vinny Magalhães no time de Chael Sonnen no TUF (Foto: Reprodução / Instagram)Vinny Magalhães com a camisa do time de Chael Sonnen no TUF (Foto: Reprodução / Instagram)

Duelo entre Werdum e Minotauro é marcado para 8 de junho, no Brasil

Cidade que sediará revanche não é divulgada. Também não está esclarecido se luta acontece na mesma noite que a final do TUF Brasil 2

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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Após anunciar oficialmente que Rodrigo Minotauro e Fabricio Werdum seriam os treinadores da segunda temporada do The Ultimate Fighter Brasil - Em busca de campeões, o UFC confirmou também, na noite de terça-feira, a data da revanche entre os dois. O duelo entre pesos-pesados acontece em 8 de junho, no Brasil.
Não foi divulgado ainda a cidade que sediará a luta, e também não foi esclarecido se o combate entre técnicos acontecerá no mesmo evento que a final do reality show, como aconteceu na primeira temporada. Nos EUA, os treinadores do programa tradicionalmente se enfrentam num evento numerado do UFC após o TUF Finale, show que reúne os participantes do torneio e a grande final.
Na primeira temporada do TUF Brasil, as finais do reality show, que tiveram torneios no peso-pena e peso-médio, aconteceram no UFC 147, em junho, em Belo Horizonte. O evento também deveria ter o duelo entre os treinadores do programa, mas Vitor Belfort se lesionou com cerca de um mês de antecedência e foi substituído pelo americano Rich Franklin no combate com Wanderlei Silva. Na ocasião, Werdum, que foi um dos auxiliares técnicos de Wanderlei no reality, lutou e derrotou o peso-pesado americano Mike Russow, por nocaute.
SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias do UFC e do MMA
Desta vez, o TUF Brasil 2 terá torneio em apenas uma categoria, a meio-médio (até 77kg). Os treinadores se enfrentaram nas quartas de final do torneio peso-aberto do Pride, em 2006, com vitória de Minotauro por decisão unânime. Posteriormente ao combate, o ex-campeão dos eventos Pride e Rings também conquistou o título interino do UFC, em fevereiro de 2008. Já Werdum passou pelo Strikeforce, onde derrotou Fedor Emelianenko em 2010, encerrando uma invencibilidade de quase dez anos do russo, que venceu duas de três lutas contra Minotauro - a outra foi um "No Contest" ("Luta Sem Resultado"). Ele retornou ao Ultimate em fevereiro e venceu suas duas últimas lutas.

Com futuro de Roth indefinido na Toca, Marcelo Oliveira vira opção

Técnico, em dificuldades no Vasco, foi sondado para assumir em 2013. Ele
tem raízes no Atlético, tanto como jogador quanto no banco de reservas

Por GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte
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Marcelo Oliveira no treino do Vasco (Foto: André Casado / Globoesporte.com)Com fortes raízes no rival, Oliveira pode treinar time
em 2013 (Foto: André Casado / Globoesporte.com)
O treinador do Vasco, Marcelo Oliveira, e com laços estreitos com o Atlético-MG, onde jogou e já treinou, interessa ao Cruzeiro para 2013. O time mineiro sondou o técnico, que poderá substituir Celso Roth na Toca da Raposa II. O contrato do atual comandante se encerra no fim desta temporada, e a possibilidade do gaúcho deixar o clube é grande. Até o momento, nem a diretoria do time celeste nem o treinador falam abertamente sobre interesse na renovação.
O Cruzeiro nega que esteja conversando com Marcelo Oliveira ou qualquer outro treinador. Mas também não nega o interesse. No entanto, afirma que não abriu negociações com Roth para renovação e que estaria aguardando o fim do campeonato para fazer uma avaliação do trabalho e, assim, discutir de fato os rumos para 2013.
- O Cruzeiro tem contrato com o Roth até o final do ano. Ainda não está definida a saída ou permanência dele. Em respeito ao Celso, que é um excelente profissional, não procuramos outro treinador. Já falaram de vários nomes que interessariam ao Cruzeiro. Nós só vamos definir depois do final do campeonato - declarou Alexandre Mattos, diretor de futebol da Raposa.
Mattos preferiu não entrar em detalhes sobre um possível almoço entre dirigentes do Cruzeiro e Marcelo Oliveira, que teria ocorrido nesta semana. Saindo pela tangente, o dirigente celeste optou por não confirmar nem desmentir a reunião.
- O Cruzeiro não confirma nem desmente nenhum boato. Só vai se pronunciar depois de encerrada a temporada - concluiu, categoricamente.
Marcelo Oliveira tem contrato com o Vasco até o final de 2013. No entanto, ainda que de forma velada, mostra insatisfação com a situação da equipe, que convive com atrasos de salário, além de uma queda aguda dentro do Brasileirão. Oliveira, contratado em setembro, ainda não recebeu salários no Rio e segue morando no hotel em que o time cruzmaltino se concentra. O planejamento para a próxima temporada passa por suas mãos, mas, diante da crise financeira que o clube atravessa, dificilmente haverá investimentos de vulto até janeiro.

Esquema com três atacantes agrada, e Vasco está à espera de Alecsandro

Técnico Marcelo Oliveira confirma que quer partir para cima do Sport, neste domingo, já que só a vitória interessa para manter o sonho da Libertadores

Por André Casado Rio de Janeiro
Em busca de medidas drásticas que acabem com a má fase, o técnico Marcelo Oliveira resolveu mexer no esquema tático do Vasco. Nesta sexta-feira, ele confirmou a intenção de escalar três atacantes contra o Sport, domingo, às 17h (de Brasília), em São Januário, na provável última esperança de sustentar a remota chance de classificação à Libertadores de 2013. A formação, no entanto, só foi testada por alguns minutos na quinta, já que, na última atividade, Alecsandrosentiu dores na coxa e, após exame, foi detectado apenas um edema. O camisa 9 será poupado até a manhã da partida e fará tratamento intensivo.
Ao lado dele estarão Eder Luis, pela direita e com a função de ajudar a marcação quando o rival estiver com a bola, e Tenorio, pela esquerda, que retorna após quase 40 dias em recuperação de um grave estiramento. O Demolidor não tem condições de atuar os 90 minutos. Além disso, Auremir e William Matheus serão as novidades nas laterais, substituindo Jonas e Wendel.
Alecsandro, Eder Luis e Tenório no treino do Vasco (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)Alecsandro, Eder Luis e Tenorio conversam no treino do Vasco (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)
- Vou tentar trazer um fato novo, jogar mais pelas laterais, com esses dois que são mais dribladores do que o Wendel (que volta a ser volante) e o Jonas, jogadores que guardam mais posição, fazem passagem e tabelas. Pela maneira como o Sport joga, nossa equipe pode necessitar disso. A entrada de novas peças que vinham sendo titulares também pode dar quele brilho no olho que precisávamos. E os atacantes para impormos nosso ritmo em casa. Fizeram um treino bom e espero contar com eles. Só depende do Alecsandro, que não treinou, é dúvida, mas acho que não chega a ser uma lesão, não - explicou Oliveira.
Sedento por um resultado que amenize a situação de cinco derrotas consecutivas e cabeça baixa por conta do constante atraso salarial, o treinador só espera que a falta de gols seja resolvida, mesmo que o desempenho não seja à altura. O foco é o empenho e concentração por 90 minutos para conquistar os torcedores que forem prestigiar o time. Para isso, a presença de Tenorio, xodó dos cruz-maltinos e exemplo de garra, pode ajudar.
- Não é tão importante jogar bem neste momento, é fundamental só conquistar uma vitória. Assim, vamos começar a retomar o caminho e trazer um conforto para esse fim de ano. Em qualquer circunstância, a gente se apega àquilo que é positivo. O dia a dia do trabalho nos fortalece e nos mantém para cima. A volta de um goleador como ele, de nível, líder em campo e com capacidade de decisão muito boa é muito importante - frisou.
Caso Alecsandro não possa jogar, Marlone é a opção, atuando mais recuado, apesar de Felipe também ter treinado entre os titulares nesta sexta, só que na vaga de Juninho, poupado.
A provável mudança é mais uma da série que vem sendo feitas à medida que o Vasco perde jogadores por lesão ou alguma alternativa não dava certo, na visão de Marcelo Oliveira. Este é tratado como um dos problemas da queda de rendimento.
- Não encontramos uma formação ideal ou porque um jogador se machucou ou porque estava fora. Tivemos que improvisar o Carlos Alberto, que é meia, no ataque, e perdemos chances claras nessas partidas, e isso poderia ter modificado a situação. Tivemos um aproveitamento baixo, e também sou responsável por isso.
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Vasco 6 últimas rodadas (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
Para o goleiro Fernando Prass, arriscar agora, longe do título, já não é tão fundamental.
- Teria que arriscar mais se estivéssemos brigando pelo título. Não é que não temos nada a perder. É que agora ele (Marcelo Oliveira) tem quase todo o grupo à disposição, está tentando encontrar a melhor forma de jogar, mostrando o que ele pensa de acordo com o que tem. Tomara que possa acertar e a gente saia com essa vitória - afirmou.

Dinamite não lamenta saída de São Januário dos Jogos e garante reforma

Presidente destaca que participação nas Olimpíadas custaria R$ 40 milhões aos cofres e promete apresentar logo projeto de modernização do estádio

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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O descarte de São Januário como sede do rúgbi nas Olimpíadas Rio 2016 ainda repercute no Vasco. Após o Comitê Organizador dos Jogos anunciar que o clube não entregou o projeto completo para receber a competição, na última quarta-feira, Roberto Dinamite disse na manhã desta sexta-feira (confira o vídeo ao lado) que a decisão foi tomada depois uma conversa entre o presidente da Assembleia Geral do clube, Olavo Monteiro de Carvalho, e o presidente do Comitê Organizador, Carlos Arthur Nuzman. O presidente argumentou que a própria diretoria chegou à conclusão de que, diante das inúmeras condições impostas pelo COI, não valeria a pena sediar o rúgbi nas Olimpíadas e prometeu que a reforma do estádio vai sair do papel.
- Realmente, houve uma conversa direta do Olavo com o Nuzman com relação a essa documentação, e ele achou que não seria a coisa mais importante, por entender que o custo dessa operação para São Januário seria muito alto e que teria já lá atrás o Engenhão como referência para que isso pudesse acontecer. Então, as coisas do Vasco estão sendo feitas e temos um projeto também de fazer uma arena, e esse projeto está aí - disse Dinamite.
O grande entrave para aderir ao projeto olímpico, segundo reforçou o mandatário, seria o valor que deveria ser custeado pelo Cruz-Maltino para as adequações à parte da reforma de São Januário para o esporte, que iria beirar os R$ 40 milhões e não seriam incluídos no financiamento geral. No íncio, o Vasco tratava o valor como responsabilidade das autoridades.
- O Vasco teria que gastar em média, para poder se adaptar, R$ 39 milhões... quase R$ 40 milhões, na verdade, e o Vasco não tem condições de fazer isso hoje. Então, por esse motivo, o Vasco tem um projeto maior, de uma arena que vai atender aos interesses do nosso torcedor. Isso continua andando e vamos trabalhar para apresentar nos próximos dias, principalmente para a Prefeitura. Vale dizer também que um dos pilares para que tudo isso pudesse acontecer seria o entorno de São Januário, que tem um comprometimento com a Prefeitura. Então, as coisas são colocadas de uma forma que o torcedor pensa que o Vasco perdeu a oportunidade de alguém ajudar, e na realidade não ia ajudar - defendeu-se Roberto.
Antônio Peralta, Manuel Barbosa e Aníbal Rouxinol e Dinamite,Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)Vices Antônio Peralta, Manuel Barbosa e Aníbal Rouxinol com Dinamite (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)
O fato é que até o meio do ano o clube tratava a visibilidade oferecida pelas Olimpíadas como o carro-chefe para o retorno dos investimentos realizados. O estudo de viabilidade foi entregue pela LusoArenas, e a construtora OAS, interessada do trabalho, se tornou uma consultora para ter preferência na licitação posterior. Mas as adequações exigidas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) incomodaram muitos conselheiros, que já não eram a favor da mobilização e acreditavam que a cessão da Colina pós-obras já era suficiente.
A saída de Nelson Rocha e Fred Lopes, que lideravam as negociações, também influenciou nesta mudança de atitude, que passou a levar para um plano B, já excluindo o rúgbi, embora até o prefeito Eduardo Paes estivesse otimista quanto à solução positiva a cada declaração que dava. Ele, o governador Sergio Cabral, o secretário municial de Conservação e Serviços Públicos (e ex-coordenador da candidatura do Rio-2016), Carlos Roberto Ozório, e o secretário municipal de Urbanismo, Sérgio Dias, além de empresários influentes, como Olavo Monteiro de Carvalho (que entregou pessoalmente a documentação ao comitê), eram trunfos para superar as limitações e assegurar a participação nas Olimpíadas sem prejuízos.
Resta saber se o interesse de patrocinadores se sustentará sem o status de sede da competição. Se for seguir o cronograma, o Vasco faria uma licitação em 2013 e fecharia São Januário para as obras no fim da próxima temporada. No formato original, os cerca de R$ 500 milhões gastos para a modernização seriam divididos por BNDES (60%) e investidores, que teriam retorno em até 20 anos, através dos lucros que o novo estádio viesse a oferecer.

Fora do treino, Juninho e Alecsandro dão lugar a Felipe e Marlone no time

Meia e atacante são ausências na atividade em São Januário antes de encarar o Sport. Tenorio perde chances claras de gol e mantém 0 a 0

Por André Casado Rio de Janeiro
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Alecsandro e Douglas no treino do Vasco (Foto: André Casado / Globoesporte.com)Alecsandro se sentou na entrada do vestiário com
Douglas e Wende (Foto: André Casado / GE.COM)
O técnico Marcelo Oliveira teve duas baixas no coletivo que comandou na manhã desta sexta-feira, em São Januário. O time armado na quinta, com o trio de atacantes, foi desfeito porque Juninho e Alecsandro ficaram fora do trabalho com bola. Assim, Felipe e Marlone foram escalados como meias de ligação. Eder Luis e Tenorio formaram a linha de frente cruz-maltina, que não marcou gols durante o trabalho de cerca uma hora. No fim, 0 a 0 contra os reservas.
O equatoriano foi o responsável pela maioria das chances, mas desperdiçou todas, uma delas por cobertura. Seu companheiro, por sua vez, teve dificuldades para se manter em pé ao escorregar três vezes. O dia carregado por nuvens negras no Rio não atraiu torcedores, que, apesar do feriado, pouco compareceram. A fase também não ajuda: são cinco derrotas diretas no Brasileirão, sétima posição na tabela e remotas possibilidades de ir à Libertadores.
O problema de Alecsandro é na coxa direita, mas, em primeira avaliação, os médicos não acreditam em lesão. Ele fará um exame ainda nesta sexta e passará por um teste físico no sábado. O artilheiro da equipe, com nove gols, ficou duas semanas vetado por estiramento na outra coxa. Já o caso do Reizinho se trata apenas de planejamento para evitar seu desgaste.
Com dores no púbis, Carlos Alberto já está fora e pode até desfalcar o Vasco no restante da competição. O zagueiro Rodolfo é outro que segue no estaleiro no joelho direito.
Neste domingo, o Vasco pega o Sport, às 17h (de Brasília), em São Januário, pela 34ª rodada.

Prass evita falar em decepção no ano e ressalta concorrência no Brasileiro

Goleiro admite que campanha não foi a que se imaginava e afirma que possível reformulação do elenco vai depender das condições financeiras

Por André Casado Rio de Janeiro
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Fernando Prass treino Vasco (Foto: André Casado / Globoesporte.com)Fernando Prass destaca alto nível do Brasileirão
(Foto: André Casado / Globoesporte.com)
A competição que começou em grande estilo e recheada de expectativas termina quase que em mero cumprimento de tabela. Com remotas chances de classificação para a Libertadores, o Vasco se esforça para adquirir ânimo e disputar as últimas cinco partidas do ano minimizando o mau momento dentro de campo. Comparada ao sonho inicial, que tornou palpável diante das vitórias, a realidade agora é bem diferente. Mas Fernando Prass, um dos mais experientes da equipe, evita a palavra decepção.
- Para o que se desenhou no início, realmente não é o que imaginamos. Mas, se for ver, há times com bem mais investimento que estão iguais ou atrás do Vasco. São Paulo, Inter, Cruzeiro e o próprio Flamengo tiveram muitas dificuldades. Não é o que tínhamos em mente, mas estamos num campeonato de alto nível, em que não disputamos com dois ou três, mas sim com dez grandes adversários. Vamos trabalhar, ver onde erramos para sermos capazes de terminar o ano que vem como em 2011 - disse.
Ao longo do Brasileiro, o Vasco perdeu os titulares Romulo, Fagner e Diego Souza, além de Allan. Em crise financeira, o clube deve ter dificuldades para contratar reforços, mas Fernando Prass avalia que ainda é cedo para saber se haverá uma reformulação no elenco em 2013. Ela vai depender das últimas semanas, em termos de resultados e condições do clube
- Vai passar muito pelo fim de ano, tanto para manter os jogadores quanto para contratar. Se as coisas melhorarem, a administração do clube vai poder ditar se vai haver grandes mudanças ou não - observou o camisa 1, titular desde 2009 e sob contrato até o fim de 2013.
No domingo, o time de Marcelo Oliveira enfrenta o Sport, às 17h (de Brasília), em São Januário.

Antes de se demitir, vice do Vasco se reúne com nova frente de oposição

José Pinto Monteiro deve se unir definitivamente a Mandarino, Nelson Rocha e Fred Lopes e causa reprovação dos aliados de Roberto Dinamite

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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O entra e sai de dirigentes do Vasco está longe de terminar. Antes de oficializar sua demissão do cargo de vice-presidente de Esportes Olímpicos e Responsabilidade Social, José Pinto Monteiro teria se reunido nesta semana, em uma churrascaria da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, com diversos dissidentes recentes, liderados por José Hamilton Mandarino, Nelson Rocha e Fred Lopes, que articulam uma nova chapa de oposição. Insatisfeitos com a suposta falta de autonomia, resolveram deixar a administração que integravam há quatro anos.
O fato é de conhecimento de muitos da cúpula de Roberto Dinamite e vem provocando cada vez mais irritação. Monteiro havia agendado uma reunião no fim da semana passada com o presidente, da qual não saiu solução para sua reclamação. Ele alega que o projeto de desmembrar sua pasta em outros cinco setores específicos enfraqueceria seu trabalho. Caso não saia nos próximos dias, conselheiros cobram uma atitude mais drástica de Dinamite.
As eleições do Vasco, a princípio, estão marcadas para 2014, e o panorama político já aponta para até cinco grupos diferentes. Além da situação e desta oposição, há a Cruzada Vascaína, presidida por Leonardo Gonçalves, que ficou em segundo lugar no último pleito, o Casaca, que tem como maior apoio o ex-presidente Eurico Miranda e deve lançar de novo Pedro Valente, e o MUV, corrente que entrou como situação em 2008 mas se desmanchou pouco a pouco.

Com direito a discurso, Adriano curte casa de shows antes de faltar a treino

Atacante sobe ao palco, dança funk e manda recado: 'Quero falar para todo mundo que amo o Flamengo'. Diretoria aguarda conversa para se pronunciar

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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Adriano no treino do Flamengo (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)Adriano pediu liberação do Ninho até terça-feira
(Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)
Horas antes de faltar ao treino do Flamengo desta sexta, o atacante Adriano curtiu a noite de quinta-feira numa casa de shows na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O jogador subiu ao palco, dançou funk e declarou amor ao clube. Nesta manhã, o Flamengo anunciou que o jogador pediu liberação até terça-feira, com a justificativa de que precisa pensar no seu futuro profissional.
A performance do atacante no palco da casa de shows, cuja principal atração na noite de quinta era um show do cantor Belo, foi registrada pelo público em vídeos, conforme "profetizou" o próprio jogador ao microfone ao lado do MC Ticão.
- Quero falar para todo mundo aqui que eu amo minha nação, amo meu Flamengo. Eu sei que amanhã vou estar na internet - disse.
Entre palavrões, Adriano destacou suas raízes humildes e os momentos difíceis que passou até se tornar jogador de futebol.
- Uma coisa que ninguém vai tirar é que eu sou da favela, podem falar o que quiserem de mim. Sou nascido e criado na Vila Cruzeiro, e graças a vocês hoje estou na minha profissão. Eu sou favelado.
Adriano também faltou ao treino de quinta-feira. Na noite de quarta, ele visitou outra casa de shows da Barra da Tijuca, que ficou aberta até as 6h de quinta-feira para atender ao atacante e seus amigos.
Amigos do jogador contam que ele demonstra angústia por não entrar em campo. Mesmo fora de forma, ele gostaria de ter reestreado com a camisa rubro-negra e fica incomodado com a rotina apenas de treinamentos. No entanto, o técnico Dorival Júnior freou a empolgação e avisou que não seria "irresponsável" de escalar Adriano sem condições de jogo.
Antes de se pronunciar sobre o assunto, a diretoria do Flamengo aguarda uma posição do jogador, em conversa prevista para terça-feira. Na última semana, Zinho passou o caso de Adriano para a presidente do Flamengo, Patricia Amorim, que, por enquanto, não tomou providência sobre o assunto. O atacante já havia sido multado, levado três advertências – o que já daria direito a demissão por justa-causa – e tido o contrato de imagem rescindido.
 

'Só para baixinhos': concorrentes de Massa seriam muito altos para Ferrari

Segundo revista, altura de Webber e Hulkenberg teria pesado contra, em razão de carro da Ferrari ser projetado para os 'baixinhos' Massa e Alonso

Por GLOBOESPORTE.COM Berlim, Alemanha
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Mark webber rbr e felipe massa ferrari (Foto: Agência AFP)Webber e Maassa no paddock da F-1 (Foto: AFP)
A reação de Felipe Massa no campeonato e o comprometimento com a Ferrari foram determinantes para o brasileiro renovar com a equipe para 2013. Porém, segundo o site alemão “Auto Motor und Sport”, um outro detalhe contribuiu para a permanência do piloto: sua baixa estatura. A publicação afirma que a altura de dois dos pilotos especulados em seu lugar, Mark Webber e Nico Hulkenberg, pesou contra. Ambos medem 1,84m, contra 1,66m de Massa.
A teoria da revista alemã explica que o carro da Ferrari foi construído com base em dois pilotos baixos, já que Fernando Alonso é apenas 5cm mais alto do que Felipe. E como haverá uma grande alteração do regulamento técnico em 2013, nenhum time quis mudar drasticamente seu chassi.
De acordo com o site, o australiano da RBR – que admitiu conversas com a Ferrari no início do ano – confirmou a história durante o GP da Índia. Já Nico Hulkenberg não quis comentar o assunto, mas reconheceu que sua altura é um problema. O alemão, que troca a Force India pela Sauber em 2013, conta que os engenheiros precisam fazer adaptações nos chassis para evitar que a cabeça de pilotos altos como ele fiquem “coladas à caixa de ar”, localizada logo acima do cockpit.
A Fórmula 1 está em Abu Dhabi, para a 18ª e antepenúltima etapa da temporada. No segundo treino livre desta sexta-feira, o “baixinho” Felipe Massa foi o oitavo. Os “altinhos” Webber e Hulkenberg ficaram, respectivamente, em quarto e 13º. O mais rápido foi Sebastian Vettel, da RBR.
Os pilotos voltam à pista de Yas Marina às 8h deste sábado para o terceiro treino livre, com transmissão do SporTV. Com o asfalto mais emborrachado, a tendência é que os tempos baixem consideravelmente. A TV Globo exibe, ao vivo, o treino classificatório, no sábado, e a corrida, no domingo, ambos às 11h. O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real.

São Paulo cobrará R$ 16 mi da CBF por atletas convocados desde 97

Diretoria tricolor quer aproveitar ótima relação que mantém com o presidente José Maria Marin para resolver a questão

Por Marcelo Prado São Paulo
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Kaká e Lucas no treino da Seleção (Foto: Mowa Press)Kaká e Lucas: dois jogadores cedidos pelo Tricolor
à Seleção em épocas diferentes (Foto: Mowa Press)
O São Paulo quer aproveitar a boa relação do presidente Juvenal Juvêncio com o mandatário da CBF, José Maria Marin, para definir uma questão que se arrasta há anos. O clube quer receber do órgão que comanda o futebol brasileiro o valor referente a salários e direitos de imagem dos atletas que foram convocados para a seleção desde 1997.
Quem comanda as negociações é o diretor financeiro do Tricolor, Osvaldo Vieira de Abreu. De acordo com suas contas, o São Paulo precisa receber aproximadamente R$ 16 milhões. Esse valor é dividido da seguinte maneira: R$ 7 milhões de salários, R$ 2,2 milhões de direitos de imagem e R$ 6,8 milhões de juros.
- Os jogadores vão para a seleção e a CBF deveria pagar por isso. Está na Lei Pelé. Esse valor de juros é usando apenas o IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado). Se pegarmos outro índice para análise, o valor sobe ainda mais. Na próxima semana, teremos uma reunião para tentar resolver isso. Acho que até o presidente Juvenal Juvêncio poderá ir junto, já que seria uma boa oportunidade para visitar o Marin - afirmou o dirigente.
A questão será definida com o diretor financeiro da CBF, Antonio Osorio Ribeiro.
- Estou confiante porque estamos buscando apenas os nossos direitos. Vamos ver que acordo pode ser feito. De repente pagam os salários e os juros. Vamos aguardar - finalizou.
O São Paulo busca um acordo com a CBF desde a época  em que Ricardo Teixeira comandava o órgão. No entanto, como a relação entre clube e dirigente era péssima, a negociação nunca caminhou.

Separado do time, mas esperançoso: Jobson quer fim de tristeza da família

Atacante diz que filho pede gols seus, admite desgaste na relação com Mauricio Assumpção e conta que nem conversou com Oswaldo

Por Marcelo Courrege e Raphael Marinho Rio de Janeiro
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 Longe do elenco, mas - ele garante - sem se sentir isolado. Jobson continua sua saga para superar problemas e mantém a esperança de retornar aos gramados ainda neste Campeonato Brasileiro. As chances, no entanto, parecem quase nulas: ele ainda se recupera de uma grave lesão na coxa direita (um rompimento no músculo) e admite que sequer conversou com o técnico Oswaldo de Oliveira desde a sua volta.
A rotina de Jobson é um treino diário sob o sol das 13h30m, acompanhado apenas de algum membro da preparação física, e com pouco contato com os outros jogadores. Recentemente, voltou ao gramado para continuar seu trabalho de recondicionamento. A ideia de voltar a jogar vai além de uma realização pessoal. Servirá também para acabar com a tristeza de seus familiares e ter a oportunidade de atender aos pedidos de seu filho, de três anos, que lhe diz: "Papai, gol, papai".
Jobson botafogo (Foto: Raphael Marinho/Globoesporte.com)Jobson destacou sua relação com Anderson Barros (Foto: Raphael Marinho/Globoesporte.com)
Jobson não quis falar sobre sua ausência em um treino no dia 17. Disse que atualmente declina mais facilmente a convites para sair e que, aos 24 anos, "não pode ficar bebendo à noite, porque no outro dia você não aguenta". Com contrato com o Botafogo até 2015, após empréstimos a Bahia e Barueri, ele admite que sua relação com o presidente Maurício Assumpção está desgastada dos dois lados. Confira abaixo a entrevista com Jobson:
Relação com Maurício Assumpção
- Pessoalmente, não o vi ainda, mas por telefone já conversamos. Quando estava em Brasília, conversei com ele. Inclusive, na última vez, antes de chegar, falei que queria voltar, queria jogar e ajudar. Mas não cheguei a vê-lo, não. Acho que a relação está normal. Ele pode ter desgastado comigo, assim como eu desgastei com ele. Mas não penso nisso. Penso no meu futuro, que tenho que jogar e mostrar sequência no meu futebol.
Relação com Anderson Barros
- As pessoas falam que não me dou bem com o Anderson, mas ele só faz me ajudar, me ajuda muito. Ele que me trouxe para cá, que me ajudou. Não tenho nada contra o Anderson. A gente pode ter alguma briguinha, discussão normal, como todo mundo. Até com jogador a gente tem, mas muito pelo contrário. O Anderson olha para minha cara e já sabe do que eu preciso.
Encontros com o psicanalista Roberto Hallal
- Ele é um grande amigo, além de um grande profissional. Peguei um carinho enorme por ele, pela família dele, pelo Robertinho, que já trabalhou aqui. É um cara fundamental na minha vida, aprendi muito com ele, quis encontrar de novo, me senti bem, passei algumas coisas com ele e estamos aí. Ele acredita em mim, isso é muito bom, ele torce por mim, é um grande botafoguense, me deu conselhos e está disponível para mim quando eu quiser.
Eu admiro muito o Adriano.
Acho que as pessoas que querem falar dele podem falar, mas eu acho que ele é admirável, pela origem que ele nunca esquece. Favela é favela, não tem essa"
Jobson, sobre o rubro-negro Adriano
Tristeza dos familiares
- Minha mãe mora no Pará. Meu filho mora em Brasília. Eu estava em Brasília, inclusive sexta-feira vou lá para ver meu filho. É só tristeza. Até meu filho sente, diz que está com saudade de o pai dele fazer gol, tem três anos e já fica falando: “Papai, gol, papai”. Quando a gente passa por um momento difícil, com certeza, todos passam por isso. Inclusive, um familiar meu me ligou, me dando o maior apoio e me fez chorar. Meu tio me fez chorar, me elogiou de uma forma de ser uma pessoa guerreira. Independentemente de qualquer coisa, que sou um guerreiro que saiu do Pará. Me deixou para cima. E eu senti ali que tem pessoas que gostam de mim, que realmente sofrem também. Penso nas pessoas que gostam de mim realmente, que torcem por mim, e espero neste ano ainda poder jogar. Se não, no ano que vem dar uma sequência e ir para frente no meu futebol.
Treinos no Engenhão
- Treino todo dia, às 13h30m. O sol é bom porque me ajuda a emagrecer mais rápido também, apesar de eu não estar acima do peso. É todo dia uma hora e meia treinando, na luta e na vontade. Semana passada teve um treino em que eu treinei em cima, no campo. Dei uns tiros lá no campo, já me senti bem melhor, bem leve, sem nenhuma dor na perna, e vou esperar.
Relação com Oswaldo de Oliveira
- O Oswaldo nunca falou comigo. Já falei com todo mundo, menos ele.
Lesão na coxa direita
- Na realidade, (o músculo) rompeu mesmo. Foi uma lesão grave, mas graças a Deus eu conheço um fisioterapeuta que era do Brasiliense. Nesse tempo que eu fiquei em Brasília, me cuidei lá, tratei bastante da perna. Inclusive, eu cheguei, fiz um novo exame e não deu nada. Estou em um processo de início de pré-temporada. O que o Anderson passou para mim foi isso. Não estou em um ponto de chegar a treinar separado. Não sei se é isso, mas o que eu estou fazendo é cumprir todo dia, fortalecendo a perna, não estou sentindo nada. Ainda não trabalhei com bola, mas espero que essa semana já volte. O Anderson é que me passa tudo. Ele me passa um e-mail, e eu cumpro todos os horários.
jobson atacante (Foto: Agência Globo)Jobson pede sequência de jogos para fazer evoluir
seu futebol (Foto: Agência O Globo)
Sentimento sobre situação no clube
- Eu não me sinto isolado. Eu acho que, só de estar aqui de volta, com certeza ainda acreditam em mim. Inclusive, foi opção minha. Esse momento que estou passando foi opção minha, porque eu quis sair. O Oswaldo deu até a declaração de que ele queria também. Eu quis sair, quis ir para outro lugar. Depois não deu certo para eu ficar, eu quis sair de novo e hoje, às vezes, eu pago também pelo preço de mudança de clube. Acho que eu tenho que ter uma sequência. Não só nesse fim de ano, mas no ano que vem eu tenho que ter uma sequência, jogar muito mesmo. Porque todo mundo me elogia, fala um monte de coisas, então eu tenho que ter uma sequência para manter e para ir para frente no meu futebol.
Última chance no Botafogo?
- O povo é que fala como chance, mas para mim eu não vejo como chance. Eu sou daqui até 2015. Então, eu tenho que jogar aqui. A partir do momento em que eu não for mais daqui, tudo bem. Mas estou aqui.
Tentativa de mudar a imagem
- A polêmica sempre vai para o lado da gente, que já tem um passado. Sempre vão aparecer muitas tentações para você cair na polêmica, então você tem que saber desviar. Estou treinando todo dia, me cuidando, dormindo, me alimentando, descansando, mais nada. Fico na concentração, na internet, jogando videogame, durmo para caramba, desço para comer alguma coisa, ligo para os familiares, e a rotina continua. Sempre vai ter convite para sair, hoje para mim tem, só que eu sei dizer um "não" muito fácil agora. Agora não vou, não é momento, não quero. Sei que, se começar a fazer gol, (os convites para sair) vão aparecer de novo. Mas agora eu já estou preparado para dizer "não".
Acho que, quanto mais a idade vai chegando, você tem que se cuidar mais ainda. Não pode ficar bebendo à noite, porque no outro dia você não aguenta"
Jobson, que tem 24 anos
Saída do Barueri
- No Barueri todo mundo sabe. Não fiquei porque não cumpriram comigo o que eu falei. No início, falaram um monte de coisas, eu fui todo empolgado, depois não era aquilo que eu falei. Financeiramente e em outras partes também. Não me beneficiei, preferi não ficar. Mas não cumpriram. Prefiro não falar, não comentar muito. Mas eles não têm nada para falar de mim, de indisciplina nem nada, mas prefiro não entrar em muitos detalhes.
Saída do Bahia
- Não foi que eu não fiquei, foram eles que não quiseram mais. Mas no Bahia tive uma passagem maravilhosa, e tenho saudade também. E tenho certeza de que muita gente, quando eu pedi para voltar para lá, quis também. Mas isso não é o caso. Agora, é pensar para frente. Não sei por que não quiseram ficar comigo. Não sei explicar o que foi. A torcida bota você como ídolo. Estava bem, tinha o respeito de todo mundo. Mas eu acho que o Bahia vai ficar e, se um dia eu puder jogar lá, vai ser bom também.
Cabeça diferente
- Graças a Deus, pararam de falar muito sobre aquele episódio de doping comigo, daquela situação, e eu tenho que apagar isso. Depende de mim, eu tenho que jogar. Espero que melhore em 2013 e nesse fim de ano, se der para jogar, eu quero jogar, com certeza. Mas espero que em 2013 eu já comece com o pé direito e pegue uma sequência quieto em um lugar, porque o tempo passa para todo mundo. Tenho 24 anos, agora estou começando a sentir também. Está na hora de dar a volta por cima. Acho que, quanto mais a idade vai chegando, você tem que se cuidar mais ainda. Não pode ficar bebendo à noite, porque no outro dia você não aguenta. Não é a mesma coisa de 18, 19 anos. Você, com 24 anos, tem que pensar em se cuidar mesmo.
Semelhanças com Adriano?
- Eu admiro muito o Adriano. Acho que as pessoas que querem falar dele podem falar, mas eu acho que ele é admirável, pela origem que ele nunca esquece. Favela é favela, não tem essa. Não vejo semelhança em nossas histórias, porque o Adriano para mim é um ídolo. Acho que não tem como comparar muito. Compara em polêmica, se o pessoal quiser comparar.
Recado para os torcedores
- Eu agradeço aos que torcem por mim, que eu sei que muitos ainda torcem, não desistiram. Espero que eu consiga jogar neste ano. Se não der, no ano que vem quero ajudar de novo. E pode acreditar em mim que eu ainda vou conseguir ser aquele Jobson de 2009 e 2010.