Dinamite não lamenta saída de São Januário dos Jogos e garante reforma
Presidente destaca que participação nas Olimpíadas custaria R$ 40 milhões aos cofres e promete apresentar logo projeto de modernização do estádio
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- Realmente, houve uma conversa direta do Olavo com o Nuzman com relação a essa documentação, e ele achou que não seria a coisa mais importante, por entender que o custo dessa operação para São Januário seria muito alto e que teria já lá atrás o Engenhão como referência para que isso pudesse acontecer. Então, as coisas do Vasco estão sendo feitas e temos um projeto também de fazer uma arena, e esse projeto está aí - disse Dinamite.
O grande entrave para aderir ao projeto olímpico, segundo reforçou o mandatário, seria o valor que deveria ser custeado pelo Cruz-Maltino para as adequações à parte da reforma de São Januário para o esporte, que iria beirar os R$ 40 milhões e não seriam incluídos no financiamento geral. No íncio, o Vasco tratava o valor como responsabilidade das autoridades.
- O Vasco teria que gastar em média, para poder se adaptar, R$ 39 milhões... quase R$ 40 milhões, na verdade, e o Vasco não tem condições de fazer isso hoje. Então, por esse motivo, o Vasco tem um projeto maior, de uma arena que vai atender aos interesses do nosso torcedor. Isso continua andando e vamos trabalhar para apresentar nos próximos dias, principalmente para a Prefeitura. Vale dizer também que um dos pilares para que tudo isso pudesse acontecer seria o entorno de São Januário, que tem um comprometimento com a Prefeitura. Então, as coisas são colocadas de uma forma que o torcedor pensa que o Vasco perdeu a oportunidade de alguém ajudar, e na realidade não ia ajudar - defendeu-se Roberto.
Vices Antônio Peralta, Manuel Barbosa e Aníbal Rouxinol com Dinamite (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)
O fato é que até o meio do ano o clube tratava a visibilidade oferecida
pelas Olimpíadas como o carro-chefe para o retorno dos investimentos
realizados. O estudo de viabilidade foi entregue pela LusoArenas, e a
construtora OAS, interessada do trabalho, se tornou uma consultora para
ter preferência na licitação posterior. Mas as adequações exigidas pelo
Comitê Olímpico Internacional (COI) incomodaram muitos conselheiros, que
já não eram a favor da mobilização e acreditavam que a cessão da Colina
pós-obras já era suficiente.A saída de Nelson Rocha e Fred Lopes, que lideravam as negociações, também influenciou nesta mudança de atitude, que passou a levar para um plano B, já excluindo o rúgbi, embora até o prefeito Eduardo Paes estivesse otimista quanto à solução positiva a cada declaração que dava. Ele, o governador Sergio Cabral, o secretário municial de Conservação e Serviços Públicos (e ex-coordenador da candidatura do Rio-2016), Carlos Roberto Ozório, e o secretário municipal de Urbanismo, Sérgio Dias, além de empresários influentes, como Olavo Monteiro de Carvalho (que entregou pessoalmente a documentação ao comitê), eram trunfos para superar as limitações e assegurar a participação nas Olimpíadas sem prejuízos.
Resta saber se o interesse de patrocinadores se sustentará sem o status de sede da competição. Se for seguir o cronograma, o Vasco faria uma licitação em 2013 e fecharia São Januário para as obras no fim da próxima temporada. No formato original, os cerca de R$ 500 milhões gastos para a modernização seriam divididos por BNDES (60%) e investidores, que teriam retorno em até 20 anos, através dos lucros que o novo estádio viesse a oferecer.
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