quinta-feira, 17 de julho de 2014

À espera da torcida, Vasco faz testes
em telão e refletores de São Januário

Após goleada por 4 a 1 sobre o Santa Cruz, time faz treinos físico e técnico no campo e recebe carinho do público, que compareceu à atividade antes do reencontro oficial

Por Rio de Janeiro
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Em São Januário, o clima na tarde desta quinta-feira foi de tranquilidade e expectativa. Na volta aos trabalhos após a goleada por 4 a 1 sobre o Santa Cruz, em Cuiabá, o número de torcedores presentes para assistir às atividades do grupo de Adilson Batista foi maior do que o habitual. Pedidos de acenos e elogios eram ouvidos. Do gramado, os jogadores sorriam, descontraídos. Um dos mais chamados foi Kleber Gladiador, que marcou seu primeiro gol com a camisa do Vasco na partida de terça-feira, de pênalti, e começou sua trajetória com o pé direito.
Teste Telão Vasco (Foto: Sofia Miranda)Telão da Colina é testado para operar novamente no sábado após longo período (Foto: Sofia Miranda)


O próximo compromisso, sábado, contra o América-RN, marca a volta do público a São Januário após dois meses e meio. A punição de portões fechados pela barbárie na arquibancada da Arena Joinville, pela última rodada do Brasileirão de 2013, contra o Atlético-PR, já foi cumprida. Pela Copa do Brasil, contra Resende e Treze-PB, os fãs tiveram a chance de comparecer. Agora, enfim, é a vez da Série B. Por isso, os refletores foram testados, em preparação para a festa. O telão também estava ligado, mas apresentou um problema na imagem e estava sendo ajustado. O diretor Rodrigo Caetano caminhou pelo gramado e conversou com funcionários.
vasco campanha site (Foto: Site Oficial Vasco)Clube convoca torcida para o jogo (Foto: Site Oficial Vasco)
Antes da atividade leve com bola em campo reduzido, os jogadores fizeram um treino físico, sob o comando dos preparadores, divididos em três grupos. Em duplas, eles fizeram alongamentos, testaram equilíbrio, domínio de bola e deram arrancadas em teste de força e resistência.

Adilson poderá contar com a volta de Douglas, que estava suspenso na vitória de terça-feira. Dakson sai. Outra novidade no time titular será a entrada de Carlos César na lateral. Na última partida, ele entrou na vaga de André Rocha ainda no primeiro tempo, por opção do técnico, melhorou o setor e sofreu o pênalti que resultou no terceiro gol. O zagueiro Rodrigo está com uma inflamação no joelho direito e tudo indica que será desfalque de novo.
De olho no apoio e na renda, o clube faz campanha em suas mídias para encher o estádio, aproveitando-se do longo tempo afastado de casa e da boa fase. Com os ingressos à venda desde quarta-feira, o site oficial divulgou uma convocação para os torcedores e retomou uma promoção que oferece aos sócios uma camisa do time. Basta enviar para o e-mail socio@crvascodagama.com uma resposta criativa à seguinte pergunta: "Já esteve em um jogo com casa cheia em São Januário, em que a festa da torcida fez a diferença?". Os interessados têm até às 14h desta sexta para concorrer. Os sorteados irão a campo realizar uma tarefa.

Vasco e América-RN se enfrentam neste sábado, em São Januário, pela 12ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. A partida será realizada às 16h20 (de Brasília).
* Texto de Sofia Miranda, estagiária, sob a supervisão de André Casado
Torcedores são januário vasco (Foto: Sofia Miranda)Grupo de torcedores comparecem a São Januário para a assistir à atividade após vitória (Foto: Sofia Miranda)

Vice da CBF, Delfim desaprova Gilmar e diz que Leonardo recusou convite

Delfim Pádua Peixoto, vice-presidente da entidade na região sul, indica ex-jogador
do Milan, diz preferir técnico estrangeiro e discorda da escolha: "Era empresário"

Por Florianópolis
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Delfim Pádua Peixoto Filho presidente FCF (Foto: Marcelo Silva)Delfim Pádua Peixoto discorda das novas ações da presidência da CBF (Foto: Marcelo Silva)
A distância da apresentação da seleção brasileira para a Alemanha, na goleada histórica sofrida por 7 a 1, na semifinal da Copa do Mundo, parece ser a mesma entre os discursos e pensamentos da CBF. Na manhã desta quinta, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, fez o anúncio de que Gilmar Rinaldi será o novo coordenador de seleções. A decisão contrasta com a visão do vice-presidente eleito da entidade Delfim Pádua Peixoto, também presidente da Federação Catarinense de Futebol. O dirigente é contra um ex-empresário ser integrante CBF. Além disso, gostaria de ter um nome estrangeiro à frente da Seleção e teria indicado o Leonardo para a cúpula da Confederação. 
 Colocaram o Gilmar, era empresário de jogador e acho que não poder ficar em coordenação de Confederação um empresário"
Delfim de Pádua
vice-presidente eleito da CBF
- Nesta questão do coordenador de futebol, foi falado no nome do Leonardo, se desse certo, era um dos nomes que eu havia indicado. Ele conhece o futebol europeu, as táticas, foi técnico também, era o homem que iria ajudar a fazer a renovação que o Marin quer fazer, não só na Seleção, mas também no futebol brasileiro. Infelizmente, ele não aceitou, não sei por qual motivo, e eles colocaram o Gilmar. O conheço bem, admiro ele, morador de Balneário Camboriú há anos, só que achei que não seria a pessoa certa, pois era empresário de jogador e acho que empresário de jogador não pode ficar em coordenação de Confederação. Vou dizer isso ao Marin, quando ele me ligar. De minha parte, eu concordava com o Gallo (como coordenador das categorias de base), com o Leonardo, mas com o Gilmar não. É um problema pessoal meu, pensamento meu, eu não mando, quem manda é o presidente. Eu vou dizer que não tenho nada contra ele, só que acho que um empresário de jogador não deve ser coordenador de seleção brasileira – disse Delfim de Pádua Peixoto.

Sobre a ausência de um técnico para o lugar de Luiz Felipe Scolari, Delfim se mostra tranquilo e entende que a entidade não deve ter pressa para a definição – na entrevista coletiva na sede da CBF nesta quinta, Marin afirmou que deve anunciar um novo nome até a próxima terça-feira. Além disso, salientou que é preciso um processo de reuniões e estudos para analisar o futebol brasileiro e comentou a preferência por um treinador estrangeiro, De preferência de países que, segundo ele, “ultrapassaram o futebol brasileiro”. A possibilidade é descartada pelos outros dirigentes.

- Olha, não tem pressa, estou falando isso há mais de uma semana. Tem o Gallo aí, o coloquem para tocar o barco. E com o tempo, estudem, chamem pessoas que entendam, para discutir, se acharmos que pela mesmice dos treinadores brasileiros, não é mais o momento de um treinador brasileiro, podemos fazer uma renovação nisso. Se em reunião, acharmos que é para chegar em um nome daqueles que nos ultrapassaram, como os europeus, até da América do Sul, o Chile e a Colômbia, por exemplo, mostraram que estão com um futebol melhor que o nosso. Eu acho que um treinador de fora seria muito bom para essa renovação do futebol brasileiro. Espero que estudem bem o nome desse técnico, mesmo que não seja estrangeiro - analisou.

Delfim de Pádua Peixoto ocupa o cargo de presidente da Federação Catarinense de Futebol há 29 anos. O dirigente, na última semana, logo após a queda da Seleção na Copa do Mundo, declarou que o então treinador, Luiz Felipe Scolari, estava "ultrapassado". Felipão respondeu na mesma altura ao dizer que Delfim teria que o agradecer de joelhos. "Nunca ganharam nada (futebol catarinense). E o que ganharam foi graças a mim". A reposta de Felipão repercutiu mal em Santa Catarina.
gilmar rinaldi josé Maria Marin brasil coletiva (Foto: Bruno Domingos / Mowa Press)Gilmar Rinaldi, ao lado de José Maria Marin, no anúncio do novo coordenador de seleções da CBF (Foto: Bruno Domingos / Mowa Press)

Eduardo da Silva diz que Vasco é passado e sonha com Maraca pelo Fla

Aos 31 anos, jogador jogará pela primeira vez profissionalmente em um clube brasileiro. Atacante, que defendeu a Croácia na Copa 2014, vestirá a camisa 23

Por Rio de Janeiro
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Eduardo da Silva Apresentação Flamengo (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)Eduardo da Silva assinou por 18 meses com o Flamengo (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)
Nas primeiras horas da manhã, Eduardo da Silva desembarcou no Rio de Janeiro. No começo da tarde, assinou contrato com o Flamengo por 18 meses. Em seguida, deixou a Gávea e foi ao Ninho do Urubu ser apresentado aos novos companheiros e à imprensa. Apesar do desgaste e de um pouco de nervosismo ao encarar os jornalistas, o atacante demonstrou muito ânimo para iniciar sua caminhada no futebol brasileiro, após quase 16 anos na Europa.
- Para mim, é um grande sonho poder jogar pela primeira vez no Brasil, que tem um grande campeonato. Vestir essa camisa, a de maior tradição do país, com grande história e que tem a maior torcida do mundo. Feliz por estar aqui. Claro que tem uma fase de adaptação, mas vou dar meu máximo - disse o jogador.
Eduardo da Silva Apresentação Flamengo (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)Eduardo da Silva recebe a camisa 23 de um sócio-torcedor (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)









Antes de ser apresentado, o atacante fez uma atividade na sala de musculação. Depois de receber a camisa 23 das mãos de um sócio-torcedor, mostrou um certo nervosismo durante a entrevista. Durante as respostas, os quase 16 anos fora do Brasil ficaram claros nos momentos em que fez pausas para buscar palavras na memória.
- Saí muito cedo. Optei por jogar pela Croácia porque foi uma grande oportunidade. O carinho é grande. Desde o Sub-20 jogo lá - comentou.
Criado na Vila Kennedy, Eduardo deixou o Brasil em 1999 após se destacar na Taça das Favelas e defendeu três clubes em sua carreira: Dínamo Zagreb (2001/07), Arsenal (2007/10) e Shakhtar Donetsk (desde 2010). Naturalizado croata, disputou a Eurocopa de 2012 e a última Copa do Mundo - quando ficou no mesmo grupo do Brasil. Mas jogou pouco no Mundial e entrou apenas no segundo tempo da goleada da Croácia por 4 a 0 sobre Camarões.
Veja os principais tópicos da apresentação:
Estilo de jogo
- A maioria nunca me viu jogar, foram 15 anos na Europa. Minha característica é de jogar como atacante. Nos últimos anos, na Ucrânia e na seleção (da Croácia), estava jogando mais pelos lados ou até mesmo atrás dos centroavantes. Estou aqui para atuar em qualquer posição.
Adaptação ao futebol brasileiro
- Acho que não vai demorar a adaptação. Fora de campo, na vida e amizades, talvez. Mas dentro de campo espero que seja muito rápido, não acredito em dificuldades. Nunca joguei como profissional no Brasil, mas o que eu penso mesmo é sobre o clima, que é bem diferente. O Flamengo vai jogar no Sul no domingo, com frio. E depois pode jogar no Nordeste com calor. Isso é diferente, mas vou fazer de tudo para me entrosar o mais rápido possível.
Eduardo da Silva apresentado no Flamengo (Foto: Marcos Tristão / Agência O Globo)Eduardo da Silva veste a camisa rubro-negra na apresentação no Ninho (Foto: Marcos Tristão / Agência O Globo)


Torcida pelo Vasco
- Tentei explicar isso já. Foi uma coisa de infância. Juntava os amigos, e cada um torcia para o seu time. Mas já são 15 anos na Europa. Venho para realizar o sonho de jogar em um grande clube como o Flamengo. Quero ajudar para colocar o time no lugar onde a torcida se acostumou a ver. Sonho poder jogar em um grande clube como o Flamengo no Maracanã.
Salvador da pátria?
- Não posso me considerar o que resolve. São 11 jogadores e um grupo de 25 ou mais. Todos dependem de todos. Flamengo tem muita pressão, qualquer jogador pode decidir.
Estreia
Meu último jogo dia 23 de junho pela seleção, quando fomos eliminados. Fiquei até hoje fora de atividade. No calendário europeu, é férias. Mas ainda estava jogando peladas no Rio, na praia, fazendo uma corridinha. Sobre estreia, ainda não sei. Pode ser em uma semana, em dez dias. Vai depender do técnico e do meu rendimento nos treinos.

Lineker ganha "Luta da Noite", e Mineiro fatura bônus de performance

Além dos dois brasileiros, Alptekin Ozkilic, que enfrentou o peso-mosca, e Donald Cerrone, pelo nocaute sobre Jim Miller, faturam os outros prêmios

Por Atlantic City, EUA
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O próprio Dana White admitiu que não foi fácil para escolher quem ia ganhar os bônus de "Luta da Noite" e "Performances da Noite". Das 11 lutas do UFC: Cerrone x Miller, nesta quarta-feira, em Atlantic City (EUA), apenas duas foram para a decisão dos juízes. Nas outras, oito nocautes e uma finalização. E, entre os premiados, dois brasileiros saíram com a conta bancária mais cheia: John Lineker, que conseguiu um nocaute técnico sobre Alptekin Ozkilic nos últimos segundos da luta, teve seu combate eleito como o melhor, premiando ele e o turco pelo bom duelo travado. O outro atleta do Brasil a se dar bem foi Lucas Mineiro, que nocauteou Alex White no terceiro round e ganhou um dos bônus de melhor performance. Cada lutador premiado faturou US$ 50 mil (cerca de R$ 110 mil).
Além dos dois brasileiros e do turco, Donald Cerrone, que fez a luta principal contra Jim Miller, também levou US$ 50 mil por sua performance contra o rival. O Cowboy precisou nocautear duas vezes para sair com a vitória. Primeiro, acertou um chute na linha de cintura que fez o adversário se curvar e, quando ia concluir o nocaute, viu o árbitro interromper alegando que o golpe pegou na região genital. Quando o combate foi retomado, um chute alto definiu a luta a favor de Cerrone.
Lucas Martins vitória UFC Atlantic City (Foto: Reuters)Lucas Martins nocauteou Alex White nesta quarta-feira (Foto: Reuters)

Após nocaute em Dunham, Edson Barboza cogita revanche com Cerrone

Brasileiro vinha de derrota para o Cowboy e venceu nesta quarta-feira, em Atlantic City (EUA): "Seria uma honra lutar contra ele novamente. Ficarei feliz"

Por Atlantic City, EUA
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Edson Barboza se recuperou bem da derrota sofrida para Donald Cerrone em abril. Nesta quarta-feira, no UFC: Cerrone x Miller, em Atlantic City (EUA), ele enfrentou Evan Dunham e, com um potente chute na linha de cintura, nocauteou o americano no primeiro round. Em 13º no ranking oficial dos pesos-leves do Ultimate, o brasileiro foi questionado na coletiva de imprensa após o evento sobre uma possível revanche contra o Cowboy, que venceu Jim Miller na luta principal e está em sexto na divisão, e se mostrou aberto para um novo duelo.
- Quem sabe no futuro? Seria uma honra lutar contra o Cerrone novamente. Mas quero continuar andando para a frente. Se me derem essa oportunidade, eu ficarei muito feliz - afirmou Edson.
Donald Cerrone x Edson Barboza UFC MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)Edson Barboza cogita fazer revanche contra Donald Cerrone (Foto: Evelyn Rodrigues)
O lutador, que é natural de Nova Friburgo, mas treina em Nova Jersey quando está nos Estados Unidos, comemorou o fato de ter lutado no estado e exaltou seu retrospecto de quatro vitórias em quatro lutas quando atua no local.
- É ótimo lutar aqui. Já venci as quatro lutas que fiz aqui. É um prazer lutar em Atlantic City. Como eu falei antes, agora eu sou um garoto de Nova Jersey - declarou, lembrando de seus triunfos sobre Anthony Njokuani, Marcelo Guidici e Nabih Barakat, sendo que as duas últimas lutas citadas aconteceram antes de sua ida para o UFC.
Barboza ainda comentou o chute na linha de cintura que lhe rendeu seu 14º triunfo na carreira em 16 combates.
- Eu treino muito esse movimento, e vi a oportunidade porque ele estava abrindo muito os cotovelos. E eu sabia que, se eu o acertasse, a luta acabava - concluiu.
Edson Barboza x Evan Dunham_UFC Fight Night (Foto: Reuters)Chutes de Edson Barboza liquidaram o combate contra Evan Dunham (Foto: Reuters)

Gadelha não quer esperar campeã da divisão: “Quero lutar o quanto antes"

Brasileira estreou com vitória na primeira luta peso-palha feminino do UFC:
“Estou fazendo história e ninguém vai tirar isso de mim”, diz

Por Atlantic City, EUA
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Nesta quarta-feira a brasileira Cláudia Gadelha tornou-se a primeira atleta da divisão peso-palha feminino (até 52 kg)  a vencer uma luta do UFC. A brasileira derrotou a finlandesa Tina Lahdemaki na decisão unânime dos juízes e conquistou a sua 12ª vitória na carreira. Apesar de ter se credenciado para disputar o cinturão da divisão, Claudinha contou ao Combate.com que não quer ficar parada até a definição da campeã da categoria. A dona do título só será conhecida em dezembro, na final da 20ª edição do reality show “The Ultimate Fighter”, que começou a ser gravado no início do mês em Las Vegas, EUA, e que tem 16 lutadoras sendo treinadas por Anthony Pettis e Gilbert Melendez.
- Eu era uma das desafiantes top do Invicta, fui escolhida duas vezes para disputar o cinturão da divisão e não consegui disputar o título porque quebrei o nariz na primeira vez e, na segunda, peguei uma infecção intestinal e fui parar no hospital. Pelo meu recorde e pelas lutas que eu venho fazendo, eu acho que tenho condições de disputar o cinturão do UFC, mas todas as garotas estão dentro da casa do TUF 20 e a campeã só vai sair em dezembro ou janeiro. Por isso, eu gostaria de ter uma nova oportunidade de lutar, para não ficar muito tempo parada. Quero lutar o quanto antes. Porém, sou funcionária do UFC e o que eles decidirem eu vou cumprir - declarou a atleta.
Claudia Gadelha x Tina Lahdemaki UFC MMA (Foto: Reuters)Claudinha pessou pela finlandesa Lahdemaki e quer o título dos palhas (Foto: Reuters)
No duelo desta quarta, Gadelha conseguiu levar a melhor tanto em pé quanto no chão. Ela até chegou a encaixar um mata-leão no final do primeiro round, mas não conseguiu a finalização. Lahdemaki foi dura e ofereceu resistência até o final do combate, mas a brasileira respirou aliviada ao final do duelo e acha que conseguiu mostrar a que veio:
- O Dedé Pederneiras e o Jair Lourenço fizeram uma estratégia para eu levar a luta para o chão, porque ela é uma lutadora boa no chão também, mas eles achavam que o meu jogo era melhor do que o dela. Então, o plano era derrubar e ficar por cima batendo e tentar pegar, mas acabou que, no decorrer da luta eu me senti muito bem em pé. Já tive outras lutas que troquei bem, mas essa foi a que me senti melhor. Estou me sentindo cada vez mais confiante. Quando se fala em Cláudia Gadelha, todo mundo pensa que vai ser aquela luta agarrada ali no chão, porque eu lutei muito jiu-jítsu, fiz 43 lutas na arte suave só na faixa-branca, depois migrei para o MMA e fiquei fazendo aquele jogo do chão. Mas, hoje em dia ,eu não sou uma lutadora de jiu-jítsu, sou uma lutadora de MMA. Venho treinando na Nova União, que tem um nível altíssimo de trocação, e venho me desenvolvendo muito em pé. Eu tenho muito mais para mostrar, mas preciso de mais tempo e de oportunidade.
Depois de passar pelos três rounds e de ter o braço erguido no final de sua esteia no octógono, a brasileira não conseguia esconder a emoção da primeira vitória e falou com voz embargada sobre o momento da estreia:
- Quem conhece a minha história sabe o quanto eu ralei para ser uma lutadora de MMA no Brasil. Se já é complicado para um atleta masculino, imagine para uma mulher. Eu ralei mesmo, fiquei ali dentro da Nova União e, às vezes, nem tinha treino, não tinha ninguém do meu peso e eu tinha que treinar com atletas maiores. Era complicado conseguir patrocínio para me manter, me alimentar, ou mesmo para morar no Rio, que é uma cidade muito cara de se viver. Mas eu queria fazer parte da Nova União, me mudei para o Rio com esse objetivo, então eu persisti. Fiquei 10 anos lá lutando por um sonho e cheguei no lugar mais alto da minha carreira, né? E vim para ficar, estreei com vitória, graças a Deus, e estou muito feliz. Foi um momento muito importante, ainda mais porque estou fazendo história e ninguém vai tirar isso de mim. Eu fui a primeira peso-palha a vencer no octógono do UFC. Eu e a Tina fizemos a estreia da categoria e é uma divisão que veio para ficar, de garotas super talentosas. Entrar ali,  passar por aquela galera, sentir aquela energia , ouvir o Bruce Buffer falando o meu nome e ver que eu realmente estava no UFC foi uma sensação incrível. Quero voltar muitas vezes - finalizou.

Lineker comemora "vitória dupla" e
pede chance ao título: “Estou pronto"

Brasileiro nocauteou Ozkilic em Atlantic City e venceu batalha contra a
balança: “Bater o peso não será mais problema daqui para frente”, afirma

Por Atlantic City, EUA
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O peso-mosca John Lineker conseguiu uma vitória importante na noite desta quarta-feira, quando nocauteou o turco Alptekin Ozkilic faltando apenas nove segundos para acabar o duelo pelo “UFC: Cerrone x Miller”, em Atlantic City, EUA. Mas o brasileiro venceu o seu maior adversário na véspera do combate, quando conseguiu bater os 57,1 kg do limite da categoria em lutas que não valem o cinturão, depois de não conseguir bater o peso em três de seus últimos cinco duelos pelo Ultimate. Ao comemorar a vitória dupla,  o atual sétimo colocado no ranking da categoria afirmou que não terá mais problemas com a balança:
- Eu tenho que agradecer às críticas construtivas, pois elas fizeram com que eu pudesse enxergar e ter foco. Quero agradecer a Deus por ter colocado a minha cabeça no lugar e ao trabalho do Dr Marco Aurélio Aranha, que me ajudou muito nesse processo. Estou muito feliz por ter batido o peso e posso garantir que isso não vai ser mais problema daqui para frente. Estou pronto para tudo.
John Lineker vence luta UFC Atlantic City (Foto: Getty Images)Lineker contou com sua potente canhota para nocautear o turco Ozkilic (Foto: Getty Images)
O nocaute de Lineker sobre Ozkilic lhe rendeu o bônus de “Performance da Noite” no valor de US$ 50 mil (cerca de R$ 110 mil). Empolgado com o prêmio e com o desempenho dentro do octógono, o atleta conhecido pela sua “mão de pedra” pediu novamente uma chance ao título de Demetrious Johnson:
- Eu vim para isso mesmo, vim para dar show para o público. É o que os fãs pagam para assistir e é o que eu vim fazer. Vim lutar e fazer o que eu gosto. Eu acreditava que poderia nocauteá-lo a qualquer momento. Quis fazer o que eu mais gosto, que é a trocação, então para mim foi ótimo. Eu acredito na minha mão e, graças a Deus, consegui buscar o nocaute. Meu golpe encaixou no queixo e foi decisivo. Agora eu quero esse cinturão. Todos os Top 5 já tiveram a sua chance e eu quero a minha. Estou pronto. Tomara que o UFC me escute e me dê essa oportunidade -finalizou.
Aos 24 anos, Lineker agora tem cinco vitórias e duas derrotas no UFC. Seu cartel no MMA é de 24 triunfos e sete reveses.

Mineiro celebra nocaute sobre White:
“Conseguiria lutar mais seis rounds"

Brasileiro diz que se sentiu à vontade em retorno à divisão dos penas e
quer voltar a lutar o mais rápido possível

Por Atlantic City, EUA
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Lucas Mineiro estreou com o pé direito em seu retorno à divisão peso-pena do UFC. Nesta quarta-feira, o brasileiro nocauteou o então invicto Alex White em duelo em Atlantic City, EUA, e levou o bônus de “Performance da Noite”, no valor de US$ 50 mil (cerca de R$ 110 mil), pelo seu desempenho. Em conversa com o Combate.com após o duelo, o lutador comemorou a conquista e afirmou que se sentiu muito à vontade em seu retorno à categoria:
- Eu me senti confortável demais. O meu gás estava em dia e, por mim, eu conseguiria lutar por mais seis round. O Alex é um cara duro, não perdia há 10 lutas e isso não é para qualquer um. Pelo fato de ele ser canhoto, eu trabalhei um pouco a minha estratégia de rodar para o lado contrário. Ele tinha a mão pesada, mas eu venho da trocação e treinei bastante com o pessoal da Chute Boxe, então consegui impor o meu jogo. Eu estava vendo que ele estava jogando o direto e eu queria jogar por cima toda hora. Como eu falei, ele é canhoto e fica um pouco diferente quando você vai jogar o soco por cima. Mas eu joguei o cruzado e, quando ele cruzou também, eu consegui encaixar por cima. Eu sabia que quando a minha mão entrasse ele ia sentir. Sentiu um pouco e caiu em câmera lenta, mas graças a Deus deu tudo certo - comemorou.
Lucas Martins vitória UFC Atlantic City (Foto: Reuters)Mineiro sobrou diante de Alex White e nocauteou o até então invicto lutador americano (Foto: Reuters)
A vitória desta quarta-feira foi a 15ª da carreira de Mineiro e também foi a sua estreia em eventos no exterior pelo UFC. Aos 25 anos, o lutador de Montes Claros ja disputou três combates no Brasil, com duas vitórias e uma derrota. Depois de vencer o bônus desta quarta-feira, ele agora só quer saber de voltar ao octógono o mais rápido possível:
- Eu sou um atleta novo no UFC ainda, só penso em crescer. Estou pronto para quem eles decidirem colocar na minha frente. Se for para lutar semana que vem, já estou pronto e quero lutar. Eu tive essas lesões que acabaram atrapalhando o meu ano e quero fazer mais duas lutas em 2014. Quando me chamarem, estarei às ordens e espero que seja logo - finalizou.

Gleison Tibau comemora recorde de lutas na divisão dos leves do UFC

Brasileiro derrotou Pat Healy na decisão unânime dos juízes e já pensa em
revanche contra Michael Johnson: “Ele me tirou muitas noites de sono”, diz

Por Atlantic City, EUA
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Nesta quarta-feira o potiguar Gleison Tibau chegou à 14ª vitória na divisão dos leves do UFC ao derrotar o veterano Pat Healy na decisão unânime dos juízes no evento realizado em Atlantic City, nos EUA. Com o triunfo, o brasileiro conquistou o recorde de 22 lutas pelo Ultimate e é, também, o lutador peso-leve com mais lutas pela organização. Em entrevista ao Combate.com após o duelo, Tibau não conseguia esconder o orgulho de sua trajetória na competição:
- Eu fico muito feliz com isso. Acho que sou o brasileiro que tem mais tempo na organização. Hoje, eu sou o maior recordista em vitórias na categoria e isso é fenomenal e só me empolga mais. Estou com um foco muito bom na minha vida e, de agora em diante, vou só pensar nos treinos. Eu vejo que consegui essa vitória hoje, mas sei que cometi alguns erros e que preciso corrigi-los. Quero ficar afiado para não deixar brecha nenhuma para as minhas próximas lutas.
Depois de duelar por três rounds, o brasileiro mal desceu do octógono e já foi pedir um novo adversário ao matchmaker do Ultimate, Joe Silva. E, apesar de não escolher adversários, o potiguar não esconde o desejo de enfrentar novamente o americano Michael Johnson, que o nocauteou em dezembro do ano passado no UFC 168, em Las Vegas:
Gleison Tibau vence luta UFC Atlantic City (Foto: Reuters)Paul Healy foi a 22ª vítima de Tibau no UFC (Foto: Reuters)
- Eu falei com o Joe Silva e pedi para lutar o mais rápido possível. No primeiro semestre do ano, eu iria lutar no meu estado natal, lá no Rio Grande do Norte, pelo UFC e ía ser uma coisa fenomenal para a minha vida, mas eu tive uma pequena lesão que me tirou da luta. Isso me deixou muito triste, me deixou afastado por oito meses da competição. Eu estava treinando esse tempo todo e voltei agora com vontade de recuperar esses seis meses. Nunca passei tanto tempo sem lutar. Sou um cara que tenho muitas lutas porque luto bastante e estou sempre procurando competir.  Também falei para o Joe Silva que eu quero qualquer um. Não quero escolher adversário. Na verdade, a derrota para o Michael Johnson  pesou muito porque foi uma luta para a qual eu estava bem preparado. Acontece que ali, naquele momento, entrou um golpe que eu não vi. Isso me tirou muitas noites de sono. Então, eu queria ter essa oportunidade de enfrentá-lo novamente para poder recuperar essas noites em claro (risos).
Com muito bom-humor, o potiguar ainda revelou que, apesar de entrar na arena ao som da banda britânica de heavy metal Black Sabbath, tem um gosto musical eclético e prefere treinar ao som de forró e lambada. Confira no vídeo ao lado.
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Khabib Nurmagomedov pede por luta de cinco rounds com Donald Cerrone

Russo publica montagem de fotos com o "Caubói" e diz que quer se testar

Por Rio de Janeiro
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Sem lutar desde abril, quando derrotou o brasileiro Rafael dos Anjos, o russo Khabib Nurmagomedov não perdeu tempo e pediu ao UFC por uma luta contra Donald Cerrone, logo após a vitória do "Caubói" sobre Jim Miller no "UFC: Cerrone x Miller", na noite de quarta-feira. O americano declarou durante a semana que estava interessado no confronto.
- Vamos lá, estou pronto - escreveu Nurmagomedov em sua conta no Twitter logo após a vitória de Cerrone, anexando uma montagem com fotos dos dois em pesagens do UFC.
montagem - Donald Cerrone e Khabib Nurmagomedov ufc (Foto: Editoria de Arte)Khabib (dir.) postou montagem com foto de Donald Cerrone (esq.) (Foto: Editoria de Arte)
O russo não parou por aí: cerca de 12 horas depois, nesta quinta-feira, publicou um pedido por um combate de cinco rounds contra o americano, geralmente reservados para eventos principais ou lutas valendo cinturão.
- Eu quero cinco rounds com @Cowboycerrone, eu quero me testar @ufc @danawhite - escreveu.
Nurmagomedov é atualmente o quarto colocado do ranking dos pesos-leves do UFC, e está invicto em 22 lutas no MMA, as últimas seis delas pelo Ultimate. Cerrone é o sexto colocado, mas, após sua vitória por nocaute sobre Miller, pode subir na próxima atualização do ranking, programada para sexta-feira. Cerrone tem 24 vitórias, seis derrotas e um "No Contest" (luta sem resultado) no cartel, e venceu seus últimos quatro combates.

McGregor diz que vai "furar fila" pelo título e será campeão até fim do ano

Peso-pena irlandês esbanja confiança em vitória "fácil" contra brasileiro Diego Brandão, que responde chamando adversário de sábado de "palhaço"

Por Dublin
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Conor McGregor treino ufc (Foto: Getty Images)Conor McGregor participa de treino aberto do UFC
em Dublin (Foto: Getty Images)
Os ingressos do "UFC: McGregor x Brandão", card que marca o retorno do UFC à Irlanda pela primeira vez desde 2009, se esgotaram em cerca de 25 minutos, de acordo com a organização. O diretor do UFC na Europa, Garry Cook, afirmou que "99% do país" assistirá ao evento ao vivo na televisão, e tudo isso encheu o lutador local, Conor McGregor, de confiança. O peso-pena, que vinha dizendo que levaria o Ultimate de volta à Irlanda antes mesmo de ser escalado no evento principal, prometeu uma atuação impressionante contra o brasileiro Diego Brandão e uma ascensão direta à disputa do cinturão da categoria, atualmente detido por José Aldo.
- Pressão é uma ilusão, mas quero essa ilusão de pressão. Me dê mais pressão para, quando eu acabar com esse cara e fizer parecer fácil - e vou fazer isso - as pessoas dizerem, "Como ele fez isso? Vamos pular a fila e colocá-lo para disputar o cinturão direto". No sábado à noite, vocês verão um verdadeiro desafiante número 1 - disse McGregor na coletiva de imprensa do evento, realizada na quarta-feira no hospital Royal Hospital Kilmainham, em Dublin. O local tem importância histórica para o país: recebia veteranos de guerra desde que foi construído, em 1684.
Mais tarde, o peso-pena, 13º do ranking da categoria no UFC, disse ter uma visão de que seria campeão da organização até o final de 2014.
- Eu pareço ter um poder de prever o futuro, e a visão é clara que o cinturão estará ao redor da minha cintura até o fim do ano. Como acontecerá? Não descobri ainda, mas digamos que o campeão retorne antes do fim do ano e haja uma lesão do competidor. Não sei como, mas tenho essa visão clara do cinturão na minha cintura até o fim do ano - explicou McGregor.
O lutador irlandês contou ainda que encontrou Cub Swanson, lutador convidado da organização para o evento e atual número 3 do ranking, e que disse a ele que fora levado a Dublin para "ver como se parece um desafiante número 1 de verdade". Swanson afirmou ao jornal "Daily Telegraph" que o encontro aconteceu, mas que respondeu a McGregor que precisava "apenas olhar no espelho".
Conor McGregor e DiegoBrandao ufc (Foto: Getty Images)Conor McGregor e Diego Brandão se encaram após a coletiva e treino aberto (Foto: Getty Images)
Ex-companheiro de treinos de Swanson e adversário de McGregor, Diego Brandão não se intimidou com a presença massiva de fãs no local para apoiar o irlandês e chamou o rival de "palhaço".
- Vocês acham que ele vai fazer isso comigo tão fácil e tão rápido. Ele pode fazer, você nunca sabe, mas não vai ser tão fácil quanto ele está falando. Por isso, o chamo de palhaço. Todo mundo tem boca, todo mundo fala o que quiser. Estou pronto para esta luta, Conor. Não será o Diego que você viu antes, será o novo Diego, do TUF 14, que nocauteia todo mundo no primeiro round - disse o lutador cearense.
O "UFC: McGregor x Brandão" terá transmissão ao vivo do canal Combate a partir das 13h30 (de Brasília). O Combate.com acompanha todos os detalhes em Tempo Real. Na sexta-feira, site e canal transmitem a pesagem ao vivo a partir de 12h. Confira o card completo:
UFC: McGregor x Brandão
19 de julho de 2014, em Dublin (IRL)
CARD PRINCIPAL
Peso-pena: Conor McGregor x Diego Brandão
Peso-meio-médio: Zak Cummings x Gunnar Nelson
Peso-mosca: Ian McCall x Brad Pickett
Peso-leve: Norman Parke x Naoyuki Kotani
CARD PRELIMINAR
Peso-médio: Ilir Latifi x Chris Dempsey
Peso-mosca: Phil Harris x Neil Seery
Peso-médio: Cathal Pendred x Mike King
Peso-médio: Tor Troeng x Trevor Smith
Peso-meio-pesado: Cody Donovan x Nikita Krylov
Peso-mosca: Paddy Holohan x Josh Sampo

Para redimir Sonnen, Luke Barnatt desafia Wanderlei: "Ele está morto"

Lutador foi treinado pelo americano no TUF 17 e pede por luta contra o Cachorro Louco: "Se esta luta acontecer, prometo um grande espetáculo"

Por Dublin
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Luke Barnatt lutou no dia 31 de maio pela última vez, quando foi derrotado por decisão dividida por Sean Strickland, e já tem um alvo em mente para o seu próximo compromisso. O inglês quer enfrentar Wanderlei Silva para redimir Chael Sonnen, que não pôde fazer o duelo com o brasileiro após o TUF Brasil 3, já que foi pego no exame antidoping e anunciou sua aposentadoria. O "Bigslow", que foi treinado pelo americano no TUF 17, garantiu que pode nocautear o Cachorro Louco no primeiro round.
- O nome que estou procurando é o do senhor Wanderlei Silva. Ele tem mais ou menos 40 anos, eu sou jovem, é uma boa luta para mim. Ele é uma lenda do esporte, mas eu posso nocauteá-lo no primeiro round. Acho que será devastador para ele. É uma redenção para os vilões. Chael Sonnen foi meu técnico, nós somos muito próximos, ele passa por momentos difíceis e lutar com Wanderlei Silva era o principal objetivo dele, então passou a ser o meu principal objetivo. Eu posso bater Wanderlei por ele, será ótimo para mim e é o que quero fazer - afirmou Barnatt, em entrevista ao "Daily Telegraph", em Dublin, onde acontecerá o UFC: McGregor x Brandão neste sábado.
montagem - Wanderlei Silva e Luke Barnatt (Foto: Editoria de Arte)Luke Barnatt quer enfrentar Wanderlei Silva em sua próxima luta (Foto: Editoria de Arte)
Barnatt foi além e declarou que Wanderlei está morto e que serve se escada para os atletas mais novos.
- Wanderlei Silva está morto. As pessoas querem ver lutadores novos como eu. Eu sou o novo. É por isso que o Wanderlei ainda luta, para caras como eu poderem fazer suas carreiras acontecerem. Ele está lá para ser batido pelos mais novos. Quero essa luta, estou pronto para enfrentar grandes nomes como Wanderlei, ele é um grande nome por uma razão, mas ele está acabado. Se essa luta acontecer, prometo um grande espetáculo - concluiu.

Namorada de CR7 aproveita piscina e exibe boa forma de biquíni na Grécia

Modelo russa Irina Shayk aproveita dia todo para descansar na Ilha de Mykonos: "Pôr do sol sem filtro". Ela publicou também fotos de drinques e da refeição que escolheu

Por Rio de Janeiro
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A modelo russa Irina Shayk está curtindo muito as férias ao lado do amado, o atacante Cristiano Ronaldo, do Real Madrid. Enquanto o astro dos merengues não volta para a temporada do Velho Continente, o casal aproveita a bela paisagem para descansar na Ilha de Mykonos, na Grécia. A bela publicou diversas fotos em sua conta pessoal nesta quinta-feira e mostrou que passou o dia praticamente inteiro relaxando na piscina. Em uma delas, exibiu a boa forma de biquíni.
- Pôr do sol sem filtro - disse a moça.
Irina Shayk mostra corpão nas férias (Foto: Reprodução)Irina Shayk mostra corpão nas férias (Foto: Reprodução)


Irina mostrou refeição calórica que escolheu (Foto: Reprodução)Irina mostrou refeição calórica que escolheu (Foto: Reprodução)

Antes disso, ela postou foto de um drinque, ainda pela manhã (Foto: Reprodução)Antes disso, ela postou foto de um drinque, ainda pela manhã (Foto: Reprodução)

Uefa anuncia os dez finalistas ao prêmio de melhor jogador da Europa

Diego Costa é um dos cinco sul-americanos da lista, com Messi, Di María, Suárez e James Rodríguez, contra trio alemão formado por Neuer, Lahm, Müller, Robben e CR7

Por Nyon, Suíça
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A Uefa anunciou nesta quinta-feira a lista dos dez finalistas ao prêmio de melhor jogador na Europa na temporada 2013/14. Além dos habituais Messi, do Barcelona, e Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, disputam o prêmio o sergipano naturalizado espanhol Diego Costa, ex-Atlético de Madrid e recém-contratado pelo Chelsea, o argentino Di María, do Real, os alemães Neuer, Lahm e Thomas Müller, todos do Bayern de Munique, o holandês Robben, também do Bayern, o colombiano James Rodríguez, do Monaco, e o uruguaio Suárez, ex-Liverpool e com a transferência acertada para o Barça. Será feita uma nova votação com o júri de jornalistas de cada um dos países membros da confederação continental e, em 14 de agosto, anunciados os três que concorrem ao troféu. O vencedor será conhecido duas semanas depois, no dia 28 do mês que vem, durante o sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões.
montagem prêmio uefa cristiano ronaldo messi di maria james rodriguez lahm neuer (Foto: Getty Images)Diego Costa, James Rodríguez, Di María, Lahm, Messi, Thomas Müller, Neuer, Robben, Luis Suárez e Cristiano Ronaldo: Bayern de Munique domina a lista, com quatro dos dez finalistas do prêmio da Uefa (Foto: Getty Images)

Na votação inicial, os jurados escolheram seus cinco preferidos, em ordem crescente, com o primeiro recebendo cinco pontos, o segundo, quatro, e assim sucessivamente. Os que alcançaram maior pontuação entraram na lista de dez finalistas. Os mesmos avaliadores escolherão os três que disputarão o prêmio, com votação durante a festa de entrega do prêmio, por sistema eletrônico.
A Uefa revelou que 35 jogadores receberam votos na primeira fase de escolha. Neymar e Thiago Silva são os dois brasileiros que aparecem entre os escolhidos. O atacante do Barcelona ficou em 17º, ao lado de Schweinsteiger, e atrás ainda do zagueiro espanhol Sergio Ramos, do Real Madrid, do goleiro belga Courtois, do Atlético de Madrid, do sueco Ibrahimovic, do Paris Saint-Germain, do italiano Pirlo, do Juventus, do volante marfinense Yaya Touré, do Manchester City, e do alemão Toni Kroos, do Bayern de Munique, recém-contratado pelo Real. O zagueiro do PSG, capitão da Seleção, terminou em 28º.
Ganhador da premiação na temporada passada, superando Messi e Cristiano Ronaldo, o francês Ribéry ficou em 24º na rodada inicial. É a quarta edição do prêmio. Nos dois primeiros anos, os eleitos foram do Barcelona: Messi e Iniesta.
ribery bayern munique uefa prêmio (Foto: AP)Ribéry com o troféu da Uefa de melhor jogador da temporada passada: apenas o 24º em 2013/14 (Foto: AP)

Grêmio apresenta software alemão e projeta implementação em até um ano

Tecnologia usada pela Alemanha na Copa vira carro-chefe de "revolução" em modelos de gestão e tática a ser introduzida no clube, que contará com antenas e chips

Por São Leopoldo
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Modernizar o futebol a partir de estatísticas e coleta de dados com uso de tecnologia e, com isso, influenciar diretamente a parte tática de um time. Também melhorar o processo de gestão no esporte e inovar no relacionamento com o torcedor. Esses são os objetivos do Grêmio a partir da parceria com a SAP, líder em aplicativos de negócios, lançada em evento na Unisinos, na manhã desta quinta-feira, e que deve ser completamente implementada entre seis meses e um ano.

Executivo chefe de Inovação da SAP, Daniel Duarte falou em revolucionar o mundo dos esportes, a partir de dados para melhorar o desempenho de atletas e do clube de uma forma em geral. Trata-se do mesmo software - chamado de Sap Hana - utilizado pela seleção da Alemanha na Copa do Mundo, por exemplo, mas em outro molde, já que o projeto para o time de Joachim Löw foi para uma competição curta. A direção gremista evita falar em valores, mas garante ter adquirido o programa abaixo do valor de mercado. De acordo com informações apuradas pelo GloboEsporte.com, o software custa cerca de R$ 3,5 milhões.

- A base tecnológica é a mesma (do software usado pela seleção alemã), que dá a capacidade de análise de informações em tempo real. A apresentação não é igual ao da Alemanha - explica Daniel Duarte.
Todo processo de implementação deverá levar de seis meses a um ano. Isso porque precisa de um forte aparato técnico. O CT do Grêmio localizado em frente a Arena, por exemplo, receberá antenas de captação de dados e câmeras. Durante os treinamentos, os atletas utilizarão chips nas meias para que os dados sejam captados em tempo real. Esse trabalho poderá ser simulado posteriormente em uma tela, como se fosse um jogo de videogame.

- As imagens poderão ser analisadas em diversas câmeras e ângulos escolhidos – comenta Duarte.
software alemanha gremio sap (Foto: Diego Guichard / GloboEsporte.com)Software é tratado como esperança de mudança de gestão e futebol no clube (Foto: Diego Guichard / GloboEsporte.com)
Com o auxílio da nova tecnologia, o técnico poderá analisar a performance de cada atleta e de diversas categorias, como velocidade, posição em que mais ocupa em campo, porcentagem de acertos e erros, etc. Tudo para auxiliar na melhor formação tática e também para ajudar a escolher a melhor formação.

- Não basta só processar o dado, mas é preciso agregar valor, com capacidade de prever as coisas, como identificar quando um atleta pode ter uma distensão, por exemplo. Dá a possibilidade de o jogador analisar sua performance para tentar melhorá-la.

Antes das partidas, a comissão técnica tem como projetar a movimentação dos jogadores adversários e simular lances de partida. Há dados gravados sobre os rivais e que servem para simular possíveis jogadas e detectar pontos defeituosos dos adversários. 
Grêmio apresenta software para modernizar a gestão do futebol (Foto: Diego Guichard)Grêmio apresenta software para modernizar a gestão do futebol (Foto: Diego Guichard)
Rede social para aumentar relação com torcida
O programa quer melhorar a relação da torcida com o clube. E isso vale com o lançamento de uma espécie de rede social, em que esse torcedor poderá fazer amigos, comprar lanches, identificar previsão do tempo, tamanho de filas nos banheiros e até indicar hotéis próximos a Arena, por exemplo.

A ideia é que esse gremista se sinta cada vez mais parte do clube, interagindo nas redes sociais, monitorando clube e jogadores e ganhando vantagens com isso.

- Vamos assistir às partidas e identificar as necessidades do torcedor. Com isso, tentar evoluir a relação - acrescenta Dutra.

O Grêmio evita falar em previsão, de quando esse software melhorará o clube e o futebol. Mas há um consenso na diretoria de que se trata de uma medida inédita e sem volta.

- O clube necessita de resultados rápidos. O Grêmio busca a qualidade, eficiência, estar em patamar de disputar títulos - afirma o vice-presidente Romildo Bolzan. - Essa ferramenta possivelmente será modelo de gestão. Ou seja, a necessidade de aperfeiçoamento de qualificação para ter melhores resultados. Estamos dando esse passo importantíssimo na busca de sucesso.

Coleta de dados para a base
Com essas mudanças, o clube espera melhorar o desenvolvimento na formação de atletas, a partir de uma gigantesca coleta de dados.

- Queremos que essa parceria possa criar um ambiente de formação cada vez melhor, com dados para melhor aproveitá-lo. Será um grande investimento humano para se tirar melhor proveito e gerar ativos importantes para o clube - explica Bolzan.

Em relação à gestão administrativa, o software faz o controle de estoque, de pessoal, de contratos, de orçamentos do clube. Gera relatórios completos. Também pode projetar cenários financeiros para o clube e indicar o quanto precisa arrecadar para ter fluxo de caixa em dia. Indica, por exemplo, quantos jogadores precisaram ser vendidos para cobrir as despesas. A ideia é profissionalizar e simplificar a administração do time, com dados confiáveis.
software alemanha gremio sap (Foto: Diego Guichard / GloboEsporte.com)Alemanha é clara referência no novo plano de gestão do Grêmio (Foto: Diego Guichard / GloboEsporte.com)

Apresentado, Van Gaal exalta desafio no United: "É o maior clube do mundo"

Técnico holandês diz que vai analisar primeiro o atual elenco antes de buscar novos reforços e afirma que não podia deixar escapar a chance de comandar a equipe

Por Manchester, Inglaterra
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Bobby Charlton Louis van gaal manchester United apresentaçao  (Foto: Agência Reuters)Van Gaal posa com camisa personalizada ao lado de Bobby Charlton (Foto: Agência Reuters)
Novo técnico do Manchester United, o holandês Louis van Gaal foi apresentado oficialmente n esta quinta-feira e não poupou elogios aos Diabos Vermelhos. Questionado sobre a missão de liderar a reformulação da equipe, após uma temporada decepcionante, o treinador classificou como um desafio a tarefa de reerguer o “maior clube do mundo”.
- Quando há um desafio como este, eu nunca deixo escapar. Ser chamado pelo maior clube do mundo é uma grande chance para mim. Eu gosto da maneira como posso trabalhar. Eu acho que posso corresponder às expectativas, mas é difícil, porque a grandeza do clube é maior do que em outros – disse o técnico.
Van Gaal chega ao United após levar a Holanda ao terceiro lugar na Copa do Mundo. Ele vai suceder David Moyes, demitido após uma péssima campanha no último Campeonato Inglês – a equipe terminou em sétimo lugar e sequer se classificou para as competições europeias.
Apesar da missão de reformular o elenco - os jornais ingleses dizem que ele terá à disposição 150 milhões de libras para contratações -, o treinador deixou claro que, primeiro, precisa conhecer os jogadores já disponíveis.
- Meu método é sempre o mesmo. Eu quero ver os atuais jogadores, como eles se comportam sob o meu comando. Nas primeiras três ou quatro semanas, eu quero ver o que eles podem fazer. Depois, talvez eu compre outros jogadores.
Louis van gaal manchester United apresentaçao  (Foto: Agência Reuters)Van Gaal quer analisar o atual elenco do United antes de buscar outros reforços (Foto: Agência Reuters)

Até agora, o United já acertou com dois reforços: o lateral Luke Shaw e o meia Ander Herrera. Van Gaal revelou que aprovou os jogadores, mas que eles já faziam parte da lista do clube. Agora, pretende buscar um entendimento com o elenco antes de dar novos passos.
- Primeiro, eu quero ver os jogadores atuando sob a minha filosofia e o quão rápido eles conseguem assimilar isso. É muito importante que haja um entendimento entre os jogadores e o técnico.
Fora das quatro linhas, o entrosamento de Van Gaal parece ser maior. Na chegada a Manchester, na quarta-feira, ele foi recebido por Ryan Giggs, que será seu auxiliar-técnico. Além disso, outros ídolos do United farão parte da comissão do holandês.
- Nicky Butt já está nos ajudando. Ainda temos que achar um papel para Scholes e Phil Neville.
Louis van gaal manchester United apresentaçao  (Foto: Agência Reuters)Van Gaal chega ao United após boa campanha com a Holanda na Copa do Mundo (Foto: Agência Reuters)

Eduardo da Silva diz que Vasco é passado e sonha com Maraca pelo Fla

Aos 31 anos, jogador jogará pela primeira vez profissionalmente em um clube brasileiro. Atacante, que defendeu a Croácia na Copa 2014, vestirá a camisa 23

Por Rio de Janeiro
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Eduardo da Silva Apresentação Flamengo (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)Eduardo da Silva assinou por 18 meses com o Flamengo (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)
Nas primeiras horas da manhã, Eduardo da Silva desembarcou no Rio de Janeiro. No começo da tarde, assinou contrato com o Flamengo por 18 meses. Em seguida, deixou a Gávea e foi ao Ninho do Urubu ser apresentado aos novos companheiros e à imprensa. Apesar do desgaste e de um pouco de nervosismo ao encarar os jornalistas, o atacante demonstrou muito ânimo para iniciar sua caminhada no futebol brasileiro, após quase 16 anos na Europa.
- Para mim, é um grande sonho poder jogar pela primeira vez no Brasil, que tem um grande campeonato. Vestir essa camisa, a de maior tradição do país, com grande história e que tem a maior torcida do mundo. Feliz por estar aqui. Claro que tem uma fase de adaptação, mas vou dar meu máximo - disse o jogador.
Eduardo da Silva Apresentação Flamengo (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)Eduardo da Silva recebe a camisa 23 de um sócio-torcedor (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)









Antes de ser apresentado, o atacante fez uma atividade na sala de musculação. Depois de receber a camisa 23 das mãos de um sócio-torcedor, mostrou um certo nervosismo durante a entrevista. Durante as respostas, os quase 16 anos fora do Brasil ficaram claros nos momentos em que fez pausas para buscar palavras na memória.
- Saí muito cedo. Optei por jogar pela Croácia porque foi uma grande oportunidade. O carinho é grande. Desde o Sub-20 jogo lá - comentou.
Criado na Vila Kennedy, Eduardo deixou o Brasil em 1999 após se destacar na Taça das Favelas e defendeu três clubes em sua carreira: Dínamo Zagreb (2001/07), Arsenal (2007/10) e Shakhtar Donetsk (desde 2010). Naturalizado croata, disputou a Eurocopa de 2012 e a última Copa do Mundo - quando ficou no mesmo grupo do Brasil. Mas jogou pouco no Mundial e entrou apenas no segundo tempo da goleada da Croácia por 4 a 0 sobre Camarões.
Veja os principais tópicos da apresentação:
Estilo de jogo
- A maioria nunca me viu jogar, foram 15 anos na Europa. Minha característica é de jogar como atacante. Nos últimos anos, na Ucrânia e na seleção (da Croácia), estava jogando mais pelos lados ou até mesmo atrás dos centroavantes. Estou aqui para atuar em qualquer posição.
Adaptação ao futebol brasileiro
- Acho que não vai demorar a adaptação. Fora de campo, na vida e amizades, talvez. Mas dentro de campo espero que seja muito rápido, não acredito em dificuldades. Nunca joguei como profissional no Brasil, mas o que eu penso mesmo é sobre o clima, que é bem diferente. O Flamengo vai jogar no Sul no domingo, com frio. E depois pode jogar no Nordeste com calor. Isso é diferente, mas vou fazer de tudo para me entrosar o mais rápido possível.
Eduardo da Silva apresentado no Flamengo (Foto: Marcos Tristão / Agência O Globo)Eduardo da Silva veste a camisa rubro-negra na apresentação no Ninho (Foto: Marcos Tristão / Agência O Globo)


Torcida pelo Vasco
- Tentei explicar isso já. Foi uma coisa de infância. Juntava os amigos, e cada um torcia para o seu time. Mas já são 15 anos na Europa. Venho para realizar o sonho de jogar em um grande clube como o Flamengo. Quero ajudar para colocar o time no lugar onde a torcida se acostumou a ver. Sonho poder jogar em um grande clube como o Flamengo no Maracanã.
Salvador da pátria?
- Não posso me considerar o que resolve. São 11 jogadores e um grupo de 25 ou mais. Todos dependem de todos. Flamengo tem muita pressão, qualquer jogador pode decidir.
Estreia
Meu último jogo dia 23 de junho pela seleção, quando fomos eliminados. Fiquei até hoje fora de atividade. No calendário europeu, é férias. Mas ainda estava jogando peladas no Rio, na praia, fazendo uma corridinha. Sobre estreia, ainda não sei. Pode ser em uma semana, em dez dias. Vai depender do técnico e do meu rendimento nos treinos.

Há 20 anos, Ricardo Rocha escreveu
o mais improvável enredo do tetra

Estiramento na virilha resume Copa do xerife dentro de campo ao primeiro jogo,
mas não impede seu protagonismo nos bastidores e o posterior reconhecimento

Por Recife
Romário entrou para a galeria dos gênios.
Ao lado do Baixinho, Bebeto brilhou. Dunga virou símbolo de raça. Taffarel salvou a pátria. Branco eternizou uma cobrança de falta. Jorginho, um cruzamento. Ricardo Rocha pouco jogou.

Mas é o pernambucano quem primeiro ergue e beija a taça no desembarque dos tetracampeões em solo brasileiro. E é no Recife, terra do ex-zagueiro, onde a aeronave que conduzia a seleção fez o primeiro pouso. A relação entre a capital pernambucana, o xerife e a geração do tetra é um capítulo à parte no enredo da conquista que completa 20 anos nesta quinta-feira.
Duas décadas depois, o reconhecimento à importância de Ricardo Rocha naquela campanha segue intacto. É como se ele jamais tivesse sofrido a lesão, ainda na estreia, que o tirou das outras seis partidas. No momento mais delicado da carreira, o zagueiro assimilou a frustração. E como um autêntico líder, contribuiu, mesmo fora de campo, para que em 17 de julho de 1994 aquela geração saísse consagrada do estádio Rose Bowl, em Los Angeles, após a angústia dos pênaltis contra a Itália.
01
o baque

Então titular, Ricardo sofreu um estiramento na virilha pouco antes dos 30 minutos do segundo tempo do jogo contra a Rússia. Com o semblante abatido, deixou o campo amparado. A experiência, aos 30 anos, foi suficiente para prever o resultado do exame no dia seguinte. Apesar de não ser uma lesão grave, o tempo de recuperação não era compatível com a urgência de um Mundial.
- Além de ser campeão, eu pensava em ser o melhor zagueiro da Copa. Porque me preparei para isso. Eu sabia que era a minha última Copa. E fiquei muito mal do dia da lesão até o outro dia.
ilustração Ricardo Rocha - 20 anos do Tetra (Foto: infoesporte / cláudio roberto)Ricardo Rocha ficou marcado pelas histórias do tetra em 1994 (Imagem: Cláudio Roberto)

O xará Ricardo Gomes, companheiro de zaga em quase todo o período de preparação, havia sido cortado por lesão após um dos últimos amistosos, contra El Salvador, já nos Estados Unidos.
- Éramos eu e Márcio Santos no quarto. Ele não viu, mas quando chegamos ao hotel, fui tomar banho e fiquei um bom tempo sozinho debaixo do chuveiro. Chorei muito naquele dia. Pensei: "Caramba, me preparei tanto…" Passa um filme na cabeça. A derrota em 90, aquela festa no Recife...
02
calejado

Ricardo faz parte de uma geração que aprendeu a vencer na dor. Foi um dos remanescentes do fracasso na Copa da Itália, quatro anos antes.O time comandado por Sebastião Lazaroni, para muitos, encabeça a lista das piores seleções do Brasil nas Copas. Do grupo tetracampeão, Taffarel, Jorginho, Ricardo Rocha, Dunga, Branco e Müller foram titulares na derrota para a Argentina. Ricardo Rocha foi o último dos quatro marcadores que tentou parar Maradona no lance genial do gol de Caniggia. Mazinho, Bebeto e Romário viram tudo do banco.
- Ficamos muito marcados. Levou um tempo para voltarmos a vestir a camisa da Seleção. O retorno aconteceu aos pouquinhos. Eu, Branco e Mazinho fomos os primeiros a voltar. Falcão nos convocou para a Copa América de 1991. Depois a gente foi trazendo os outros - recorda.
Não bastasse o fardo de 1990 sobre aqueles jogadores, nas Eliminatórias, em 1993, a derrota para a Bolívia, em La Paz, elevou o nível das cobranças a um patamar quase insuportável. Era o segundo jogo da campanha - após o empate sem gols com o Equador, em Quito - e o primeiro revés da seleção em 40 anos nas Eliminatórias.
A mídia alarmou a chance de o Brasil ficar fora de um Mundial pela primeira vez. A torcida comprou a ideia e massacrou. A seleção e sobretudo o técnico Carlos Alberto Parreira eram cada vez mais contestados. Foi preciso dar as mãos para reverter o cenário. Literalmente. No jogo de volta contra os bolivianos, no Recife, Ricardo Rocha sugeriu que o time entrasse em campo de maneira diferente. As mãos dadas virariam o maior símbolo daquele grupo e seria repetido até a final da Copa. Convocado, o povo do Recife abraçou o conterrâneo e toda a seleção. A goleada por 6 a 0 virou um marco. Resgatou a autoestima da equipe, que carimbou o passaporte para o Mundial dos Estados Unidos com uma exibição de gala de Romário no Maracanã, contra o Uruguai. Todos aqueles momentos fervilhavam na cabeça do xerife embaixo do chuveiro.
03
a boa notícia

No dia seguinte à lesão, logo após tomar conhecimento do resultado do exame de imagem - já esperado -, Ricardo Rocha recebeu a visita de Parreira, Zagallo, então coordenador técnico, e do médico Lídio Toledo. A notícia desta vez era boa. Ele não seria cortado. Os três ressaltaram a importância de sua permanência para os demais jogadores no decorrer da Copa. Pouco depois, foi a vez dos companheiros se dirigirem ao quarto do xerife para dar uma força. De um dia para o outro, o sentimento mudou completamente.
Ayrton Senna seleção do tetra em 1994 (Foto: Reprodução)Após a conquista, jogadores homenageiam Ayrton Senna, que morreu dois meses antes (Foto: Reprodução)
- Pensei: "Eu não posso deixar essa turma triste. Não dá." Eles me aceitaram. Porque poderia haver um corte. Não posso decepcionar esse grupo, principalmente como ser humano. Se eles já tinham confiança em mim, agora vão ter mais. Decidi que iria amanhecer diferente no dia seguinte. Eles sabiam que eu tinha ido para a Copa jogar, buscar o título com eles, querendo ser o melhor zagueiro, mas aquele cara, naquele dia, iria despertar muito mais feliz e agradecido.
Na prática, Ricardo passou a ser mais um integrante da comissão técnica que propriamente jogador. Ao lado do comedido Parreira, era ele quem elevava o tom de voz no vestiário e à beira
do campo.

-Eu puxava a reza, ajudava na preleção, cobrava, alertava, pegava muito no pé dos zagueiros, mas também descontraía o ambiente. As brincadeiras se intensificaram justamente em um momento psicológico ruim, que foi a lesão. Foi uma forma de dar a volta por cima. Às vezes eu olhava, eles não viam, mas eu ficava de longe observando, notando que estava mais tenso, aí eu ia lá brincava... Eu tinha um controle ali. Eles não sabiam  mas eu tinha dentro de mim o controle de cada jogador.
04
cogitou-se jogar a final

jorginho seleção brasil 1994 (Foto: Getty Images)Jorginho em disputa com italiano durante a final. Brasil só venceria nos pênaltis (Foto: Getty Images)
Ainda assim, mesmo praticamente fora de combate, o xerife teve a escalação cogitada em duas ocasiões. Chegou a participar de um coletivo às vésperas do jogo contra os Estados Unidos, pelas oitavas de final, mas voltou a sentir durante o treino. Depois, a três dias da grande final, Parreira foi ao seu encontro.
- Aldair sentiu um probleminha. O professor veio falar comigo para saber das minhas possibilidades de jogar a final. Só fiz um pedido: que me avisasse com certa antecedência. Precisava me preparar psicologicamente. Sabia que não seria fácil entrar naquele jogo sem estar 100%, mas me coloquei à disposição.
Ricardo então procurou Aldair. O titular, que o substituiu desde a estreia, garantiu que o desconforto não seria suficiente para tirá-lo da final. Obviamente, o xerife não insistiu. Além do receio natural pela falta de ritmo de jogo, prevaleceu o respeito ao companheiro. Rocha porém ajudou até o fim. À sua maneira.  

-  É tudo aquilo que todo mundo já sabe. Muita alegria, piada, brincadeira, seriedade. Eu sabia até onde podia ir a brincadeira e a seriedade. Antes dos jogos, não deixava transparecer aquela coisa. Será que vai dar pra ganhar? Não deixava. O discurso era um só: nós vamos ganhar. Nós vamos passar. Nós vamos ser campeões. Aí botava uma música, brincava, chamava um, chamava outro. O vestiário me ensinou muito ao longo da vida.