Vice da CBF, Delfim desaprova Gilmar e diz que Leonardo recusou convite
Delfim Pádua Peixoto, vice-presidente da entidade na região sul, indica ex-jogador
do Milan, diz preferir técnico estrangeiro e discorda da escolha: "Era empresário"
156 comentários
Delfim Pádua Peixoto discorda das novas ações da presidência da CBF (Foto: Marcelo Silva)
A distância da apresentação da seleção brasileira para a
Alemanha, na goleada histórica sofrida por 7 a 1, na semifinal da Copa do
Mundo, parece ser a mesma entre os discursos e pensamentos da CBF. Na manhã
desta quinta, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria
Marin, fez o anúncio de que Gilmar Rinaldi será o novo coordenador de seleções.
A decisão contrasta com a visão do vice-presidente eleito da entidade
Delfim Pádua Peixoto,
também presidente da Federação Catarinense de Futebol. O dirigente é
contra um ex-empresário ser integrante CBF. Além disso, gostaria de ter
um nome estrangeiro à frente da Seleção e teria indicado o Leonardo para
a cúpula da Confederação.
Colocaram o Gilmar, era empresário de jogador e acho que não poder ficar em coordenação de Confederação um empresário"
Delfim de Pádua
vice-presidente eleito da CBF
vice-presidente eleito da CBF
Sobre a ausência de um técnico para o lugar de Luiz Felipe Scolari, Delfim se mostra tranquilo e entende que a entidade não deve ter pressa para a definição – na entrevista coletiva na sede da CBF nesta quinta, Marin afirmou que deve anunciar um novo nome até a próxima terça-feira. Além disso, salientou que é preciso um processo de reuniões e estudos para analisar o futebol brasileiro e comentou a preferência por um treinador estrangeiro, De preferência de países que, segundo ele, “ultrapassaram o futebol brasileiro”. A possibilidade é descartada pelos outros dirigentes.
- Olha, não tem pressa, estou falando isso há mais de uma semana. Tem o Gallo aí, o coloquem para tocar o barco. E com o tempo, estudem, chamem pessoas que entendam, para discutir, se acharmos que pela mesmice dos treinadores brasileiros, não é mais o momento de um treinador brasileiro, podemos fazer uma renovação nisso. Se em reunião, acharmos que é para chegar em um nome daqueles que nos ultrapassaram, como os europeus, até da América do Sul, o Chile e a Colômbia, por exemplo, mostraram que estão com um futebol melhor que o nosso. Eu acho que um treinador de fora seria muito bom para essa renovação do futebol brasileiro. Espero que estudem bem o nome desse técnico, mesmo que não seja estrangeiro - analisou.
Delfim de Pádua Peixoto ocupa o cargo de presidente da Federação Catarinense de Futebol há 29 anos. O dirigente, na última semana, logo após a queda da Seleção na Copa do Mundo, declarou que o então treinador, Luiz Felipe Scolari, estava "ultrapassado". Felipão respondeu na mesma altura ao dizer que Delfim teria que o agradecer de joelhos. "Nunca ganharam nada (futebol catarinense). E o que ganharam foi graças a mim". A reposta de Felipão repercutiu mal em Santa Catarina.
Gilmar
Rinaldi, ao lado de José Maria Marin, no anúncio do novo coordenador de
seleções da CBF (Foto: Bruno Domingos / Mowa Press)
Nenhum comentário:
Postar um comentário